E interessante fazer a pesquisa sobre. Mas um comparativo seria a dança na Capoeira, será que a dança esconde a luta? O sincretismo esconde a crença original?
Pq não é "a verdade" é uma perspectiva pessoal, que desconsidera os relatos dos quilombolas. E relatos orais servem sim como científicos, principalmente em comunidades agrafas ou sem acesso a poder político para registrar formalmente documentos que comprovem suas versões históricas.
Como ter escritas sendo que a maioria dos escravos não sabia o português, somente alguns escravos tinham acesso as aulas por meio de algum padre. E varios registros foram queimados, não quero dizer que é verdade, porem prefiro acreditar nas falas dos griôs, histórias que foram passadas de geração em geração. Podem ter distorções mais mentira sei que não é.
O que os historiadores não sabem é que a historia dos antigos vem oralmente e se formos esperar por artigos que muita das vezes é distorcido. Acho que antes de falar cabelo mergulhe na cultura entre aqui no quilombo.. O negócio de hoje em dia é que não aceitam nada que é dos negros no Brasil.
3 роки тому+1
Olá, Nego. Tudo bem? Sem dúvida será um grande prazer ter essa experiência convosco. Quanto à oralidade. Creio que muitos saberes se perpetuam a partir dessas bases. Não recuso tal possibilidade. Mas o fato que destaco é que a publicação que se popularizou na Internet não está sequer vinculada a essas bases orais. Sendo assim, ainda que no futuro isso possa ser parcial ou totalmente sustentado, isso não muda o fato de que a natureza da narrativa que circula na internet hoje está muito mais assentada em expectativas do que em aferições. A publicação dá a entender que em todos os tempos e lugares coloniais das américas a função das tranças era essa. Seria essa afirmação acurada? Nota-se, portanto, que a afirmação é genérica demais, o que é uma questão importante sobre a qual se ponderar. No mais, reitero que deixei no próprio vídeo a ideia de que, ainda que isso um dia possa vir a ser sustentável em amplo nível como elemento cultural da experiência afrodiaspórica americana, hoje a replicação dessa informação parte mais de um desejo de encontrar na história elementos de exaltação e de valorização de preferências pessoais. O modus operandi da Internet é um problema. No mais, agradeço o comentário e espero um poder estar visitando o quilombo. Grande abraço!
Muito útil o vídeo, independente se a teoría venha a se provar ou não, acho importante o destaque sobre Nossa relação frente a conteúdos que reforcam nossos ideias e crencas. Nesse caso é algo inofensivo mas não deixa de ser algo q vc le e acredita sem questionar como qqr fake news, só pq nos parece feliz e plausivel. Obrigada pelo conteúdo!
Gostei da reflexão na minha opniao , teria que proucar os quilombos , ate mesmo la na africa e fazer um estudo mais apurado com os membros mais antigos dos kilombos , pois eu acredito que as tranças nagô tinham um significado muito representativo com linguagens e crenças ainda nao certificadas... e rotas de fuga eram um ponto crucial para nossos irmaos naquela epoca... Será que nao e verdade mesmo? ,... na minha opniao sim ,,, mas como voce disse, onde e que certifica isso nao e mesmo ?,....rsr
Mas e você na sua pesquisa histórica foi nos quilombos ouvir as histórias , fez uma pesquisa a fundo das imagens que retratam o passado dos negros.
3 роки тому
Então, não fui. Mas eu não estou tentando refutar algo de alguém que tenha tido registros orais dessa prática. Eu não quero afirmar que é impossível, mas preciso deixar claro que quem afirma que isso acontecia também não fez uso de ferramentas históricas. Existe uma analogia comum a isso relativa à existência de dragões. Eu não preciso provar que eles não existem. Quem afirma que eles existem é que precisa recuperar as provas. Eu não preciso provar a inexistência deles, eu apenas preciso refutar as provas equivocadas. No dia que surgir uma prova mais concreta e que não me permita a refutação, aí sim eu posso acolher a afirmação de que existem. Mas note, em nenhum momento eu preciso rodar o mundo para afirmar que eles não existem. Eu preciso estar atento às supostas provas apresentadas por aqueles que alegam que eles existem.
Quantas outras histórias foram palpável em discurso oral,pra se gerar um registro social ou um documentário, relatos históricos,quando se trata de outra civilização.
Por exemplo nesta foto que muitos usam com modelos de Trança nenhuma representa o passado e somente a 4° e a 5° retrataria um mapa, já daria até para concordar com a sua teoria.
Estou fazendo estes questionamentos, porque a sua preocupação com a veracidade e quero ter seu nome como referência de historiador da história dos negros no Brasil, porque está história já foi por muito tempo excluída dos livros.
Tem como você fazer um vídeo para completar seu pensamento, aí posso me basear em provas e não só em palavras. Porque assim também fica muito vago. E nós realmente não queremos reproduzir história ainda mais da nossa cultura negra tão excluída dos estudos históricos nos livros sem estar com certeza, pois realmente seria um exercício muito ruim.
3 роки тому+3
Então, conforme indiquei em outro comentário, o ônus da prova está na conta de quem afirma. Eu apenas estou indicando que não há prova positiva deste uso específico. Eu não estou afirmando o significado pleno do uso, estou apenas indicando que a afirmação feita comumente na internet por produtores de conteúdo digital carece de fonte concreta. Aliás, eles são responsáveis por afirmar duas coisas equivocadas. (1) Afirmam que as tranças eram rotas de fuga e (2) Afirmam que as oferendas em encruzilhadas eram feitas para servir de fonte alimentar a negros em fuga. Isso demonstra muito mais uma expectativa do nosso tempo, um vício do nosso olhar, do que uma prática que assim era significada por eles. Nenhum autor jamais afirmou isso. O que existe é um texto falsamente atribuído a um professor da UNB. Uma das piores fake news acadêmicas das quais temos conhecimento. Grande abraço
Então no primeiro momento eu concordei com você, estava viajando na tua idéia até que nos 7 minutos e 28 do vídeo eu percebi que você fala sobre provas históricas.
Professor, porque você não pega outro assunto que não é a sua realidade pra tentar provar o contrário,pois você como homem Negro, já se nega por completo,o que me cara te que seu respaldo é verdadeiro.
Mas você também não apresenta provas do que está falando, sendo assim me parece mais a revolta de um Historiador intelectual que vê pessoas falando de história sem ser historiador, sem apresentar fontes e quem é o autor da pesquisa e estão ganhando likes sem saber realmente.
3 роки тому+6
Olá, Lilian. Tudo bem? Agradeço suas perguntas. Pois bem. A questão é a seguinte: o ônus da prova fica a cabo de quem está afirmando que isso é verdade, não de quem está indicando a ausência de fontes.. Ou seja, quem afirma que as tranças cumpriam essa função é que precisam provar o fato. O meu trabalho neste caso, portanto, é fundamentalmente o de apontar que estas afirmações que atualmente estão sendo feitas estão assentadas exclusivamente em romance e expectativa, mas não em fontes, relatos e registros orais ou escritos profícuos e concretos. Quanto ao mais: digamos que se prove que isso aconteceu no interior de alguma comunidade quilombola das américas. Ainda assim isso não serviria como elemento para afirmar que essa prática era abrangente e horizontal de modo a ser amplamente difundida entre as conunidas em diáspora ou fuga. Isso apenas provaria o uso particular disso em algum contexto. No entanto, o que vemos hoje é a afirmação de que isso era algo completamente comum e habitual. Ora, mas baseado no que se promove tal afirmação? Voltamos ao ponto inicial: apenas em romance e expectativa.
Professor, estou na graduação de História, mas preciso dizer que o patamar de identificação é muito grande!
Obrigado pelo excelente trabalho.
E interessante fazer a pesquisa sobre. Mas um comparativo seria a dança na Capoeira, será que a dança esconde a luta? O sincretismo esconde a crença original?
Eu como descendente quilombola confio muito nas narrativas do meu antepassado,que eles contam e que os outros contam tem muita diferença para mim.
Perfeita colocação!!!
Começou a falar sobre o assunto 2:30
1 ano desse vídeo, pouco mais de 700 visualização. Vídeos com a mentira com milhões de visualizações. A verdade realmente não é apreciada por ninguém.
Pq não é "a verdade" é uma perspectiva pessoal, que desconsidera os relatos dos quilombolas. E relatos orais servem sim como científicos, principalmente em comunidades agrafas ou sem acesso a poder político para registrar formalmente documentos que comprovem suas versões históricas.
Como ter escritas sendo que a maioria dos escravos não sabia o português, somente alguns escravos tinham acesso as aulas por meio de algum padre. E varios registros foram queimados, não quero dizer que é verdade, porem prefiro acreditar nas falas dos griôs, histórias que foram passadas de geração em geração. Podem ter distorções mais mentira sei que não é.
O que os historiadores não sabem é que a historia dos antigos vem oralmente e se formos esperar por artigos que muita das vezes é distorcido.
Acho que antes de falar cabelo mergulhe na cultura entre aqui no quilombo..
O negócio de hoje em dia é que não aceitam nada que é dos negros no Brasil.
Olá, Nego. Tudo bem?
Sem dúvida será um grande prazer ter essa experiência convosco.
Quanto à oralidade. Creio que muitos saberes se perpetuam a partir dessas bases. Não recuso tal possibilidade.
Mas o fato que destaco é que a publicação que se popularizou na Internet não está sequer vinculada a essas bases orais. Sendo assim, ainda que no futuro isso possa ser parcial ou totalmente sustentado, isso não muda o fato de que a natureza da narrativa que circula na internet hoje está muito mais assentada em expectativas do que em aferições.
A publicação dá a entender que em todos os tempos e lugares coloniais das américas a função das tranças era essa. Seria essa afirmação acurada?
Nota-se, portanto, que a afirmação é genérica demais, o que é uma questão importante sobre a qual se ponderar.
No mais, reitero que deixei no próprio vídeo a ideia de que, ainda que isso um dia possa vir a ser sustentável em amplo nível como elemento cultural da experiência afrodiaspórica americana, hoje a replicação dessa informação parte mais de um desejo de encontrar na história elementos de exaltação e de valorização de preferências pessoais. O modus operandi da Internet é um problema.
No mais, agradeço o comentário e espero um poder estar visitando o quilombo.
Grande abraço!
Muito útil o vídeo, independente se a teoría venha a se provar ou não, acho importante o destaque sobre Nossa relação frente a conteúdos que reforcam nossos ideias e crencas. Nesse caso é algo inofensivo mas não deixa de ser algo q vc le e acredita sem questionar como qqr fake news, só pq nos parece feliz e plausivel. Obrigada pelo conteúdo!
Aquela história de romantizar tudo!!
Gostei da reflexão na minha opniao , teria que proucar os quilombos , ate mesmo la na africa e fazer um estudo mais apurado com os membros mais antigos dos kilombos , pois eu acredito que as tranças nagô tinham um significado muito representativo com linguagens e crenças ainda nao certificadas... e rotas de fuga eram um ponto crucial para nossos irmaos naquela epoca... Será que nao e verdade mesmo? ,... na minha opniao sim ,,, mas como voce disse, onde e que certifica isso nao e mesmo ?,....rsr
O tanto que eu amei esse vídeo não tá escrito!
Muito que bem !
Mas e você na sua pesquisa histórica foi nos quilombos ouvir as histórias , fez uma pesquisa a fundo das imagens que retratam o passado dos negros.
Então, não fui. Mas eu não estou tentando refutar algo de alguém que tenha tido registros orais dessa prática. Eu não quero afirmar que é impossível, mas preciso deixar claro que quem afirma que isso acontecia também não fez uso de ferramentas históricas.
Existe uma analogia comum a isso relativa à existência de dragões. Eu não preciso provar que eles não existem. Quem afirma que eles existem é que precisa recuperar as provas. Eu não preciso provar a inexistência deles, eu apenas preciso refutar as provas equivocadas. No dia que surgir uma prova mais concreta e que não me permita a refutação, aí sim eu posso acolher a afirmação de que existem. Mas note, em nenhum momento eu preciso rodar o mundo para afirmar que eles não existem. Eu preciso estar atento às supostas provas apresentadas por aqueles que alegam que eles existem.
Tem pessoas que já está afirmando que é mania, de romantizar tudo, será?
De início já vou dizendo que amei outros vídeos seus.
Quantas outras histórias foram palpável em discurso oral,pra se gerar um registro social ou um documentário, relatos históricos,quando se trata de outra civilização.
Por exemplo nesta foto que muitos usam com modelos de Trança nenhuma representa o passado e somente a 4° e a 5° retrataria um mapa, já daria até para concordar com a sua teoria.
Estou fazendo estes questionamentos, porque a sua preocupação com a veracidade e quero ter seu nome como referência de historiador da história dos negros no Brasil, porque está história já foi por muito tempo excluída dos livros.
Posta aí professor um vídeo dissertativo, defendendo a nossa cultura.
Tem como você fazer um vídeo para completar seu pensamento, aí posso me basear em provas e não só em palavras. Porque assim também fica muito vago. E nós realmente não queremos reproduzir história ainda mais da nossa cultura negra tão excluída dos estudos históricos nos livros sem estar com certeza, pois realmente seria um exercício muito ruim.
Então, conforme indiquei em outro comentário, o ônus da prova está na conta de quem afirma. Eu apenas estou indicando que não há prova positiva deste uso específico. Eu não estou afirmando o significado pleno do uso, estou apenas indicando que a afirmação feita comumente na internet por produtores de conteúdo digital carece de fonte concreta. Aliás, eles são responsáveis por afirmar duas coisas equivocadas. (1) Afirmam que as tranças eram rotas de fuga e (2) Afirmam que as oferendas em encruzilhadas eram feitas para servir de fonte alimentar a negros em fuga. Isso demonstra muito mais uma expectativa do nosso tempo, um vício do nosso olhar, do que uma prática que assim era significada por eles. Nenhum autor jamais afirmou isso. O que existe é um texto falsamente atribuído a um professor da UNB. Uma das piores fake news acadêmicas das quais temos conhecimento.
Grande abraço
🤨
Então no primeiro momento eu concordei com você, estava viajando na tua idéia até que nos 7 minutos e 28 do vídeo eu percebi que você fala sobre provas históricas.
Digo:o que de cara não me faz acreditar no seu discurso, independente que você tenha sua formação acadêmica em história.
Sem problema.
Professor, porque você não pega outro assunto que não é a sua realidade pra tentar provar o contrário,pois você como homem Negro, já se nega por completo,o que me cara te que seu respaldo é verdadeiro.
Não entendi seu comentário. Abs
Entendo seu questionamento,mas não pra nossa civilização Africana,pois nesse vídeo você se retrata como um homem branco, sendo negro.
Então se eu não falo aquilo que prestigia a sua preferência eu viro branco. Entendi.
Ele é mestiço e brasileiro.
Mas você também não apresenta provas do que está falando, sendo assim me parece mais a revolta de um Historiador intelectual que vê pessoas falando de história sem ser historiador, sem apresentar fontes e quem é o autor da pesquisa e estão ganhando likes sem saber realmente.
Olá, Lilian. Tudo bem? Agradeço suas perguntas. Pois bem. A questão é a seguinte: o ônus da prova fica a cabo de quem está afirmando que isso é verdade, não de quem está indicando a ausência de fontes.. Ou seja, quem afirma que as tranças cumpriam essa função é que precisam provar o fato. O meu trabalho neste caso, portanto, é fundamentalmente o de apontar que estas afirmações que atualmente estão sendo feitas estão assentadas exclusivamente em romance e expectativa, mas não em fontes, relatos e registros orais ou escritos profícuos e concretos.
Quanto ao mais: digamos que se prove que isso aconteceu no interior de alguma comunidade quilombola das américas. Ainda assim isso não serviria como elemento para afirmar que essa prática era abrangente e horizontal de modo a ser amplamente difundida entre as conunidas em diáspora ou fuga. Isso apenas provaria o uso particular disso em algum contexto. No entanto, o que vemos hoje é a afirmação de que isso era algo completamente comum e habitual. Ora, mas baseado no que se promove tal afirmação? Voltamos ao ponto inicial: apenas em romance e expectativa.
*comunidades em diáspora
Pensei a mesma coisa...