eu acho muito bonito e importante ver como a militância tem evoluído e se tornando cada vez sensata e empatica mas sem perder a seriedade e força, eu acho que o impacto e alcance acabam ficando maiores com calma e respeito. parabens adorei o video :)
Não me incomoda uma mulher branca de tranças até mesmo Porque quando quero também Aliso o meu cabelo, a questão é até onde está o meu valor independente da minha cor.
acontece q cabelo liso não é exclusividade de brancos... então, não justifica um branco poder usar tal coisa só pq o negro usa o cabelo liso, isso foi um padrão imposto pra q negras fossem aceitas , não uma opção .
Mas mesmo assim. São questões diferentes. Tranças são herança cultural, já cabelos lisos são heranças genéticas. E existe preto de cabelo liso, logo, não seria apropriação. Além de que, acontece quando uma cultura dominante se apropria de uma cultura dominada. Tendo relação com símbolos de resistência ou fé.
Mas cabelo liso é uma questão de genética, as tranças é ligada ao negro culturalmente. Mas pra ser bem sincero, chegou num ponto onde ninguém pode fazer N-A-D-A. O branco não pode mais usar babyliss e o próprio negro não pode alisar o cabelo se quiser... É difícil viver com militância em cima de militância. A individualidade evaporou!
Muito bom a forma que vc colocou Não me sinto ofendido quando vou na capoeira e tem pessoas brancas jogando comigo. O estranho seria uma propaganda na Globo vendendo aulas de capoeiras no qual tem uma roda com loiros europeus dos olhos azuis tocando berimbal e tabaca, pelo simples fato de ser mais bonito aos olhos da sociedade e de que a figura loira vende mais que a figura negra
Gostei e concordo com você! Esse assunto é tão complicado... imagina isso: minha filha é australiana mãe brasileira e pai africano/ indiano (somos uma mistura doida) ela entende o português francês e creole, dança Sega e coloca as roupas tradicionais , quem olha e não conhece, vê a menina branca de roupa africana e vai julgá-la... mas esses mundos são parte dela...não é difícil?
Eu acho engraçado que o video foi muito didático e, ainda assim, a maior parte das pessoas que estão comentando, não entendeu nada. Ele foi MUITO claro: apropriação cultural é um fenômeno promovido pelo capitalismo. Branca usando deads está promovendo apropriação cultural? NÃO. Pois ela como indivíduo, não tem nem poder sobre isso. Quem tem é a indústria.
Você conseguiu colocar em palavras tudo o que eu sinto. OBRIGADA! Agora quero clamar por sua ajuda. Chamo-me Azania, sou estudante de medicina da faculdade Unoeste- Presidente Prudente/SP e já sofri com racismo dentro da universidade e o episódio se repetiu durante os jogos intermed com um colega da fisioterapia por parte de um aluno da medicina. O episódio é lamentável e nao podemos mais nos calar. Comecei um movimento contra o RACISMO com o tema "O que me torna diferente de você". É um movimento pacífico que GRITA NÃO A VIOLÊNCIA e CLAMA pelo ESCLARECIMENTO SOCIAL. Por favor me ajude nessa luta. Acredito que se pessoas como você nos ajudar a divulgar iremos ganhar notoriedade e REALMENTE conseguir fazer a diferença.
Antes de eu colocar as tranças pela primeira vez, eu passei dias pesquisando sobre o apropriação cultural, e recebi duras críticas de pessoas que não entendiam que quem se apropria são as grandes empresas, mas mesmo assim coloquei, e quando eu estava na casa da moça que trançou meu cabelo, eu decidi expôr essa dúvida pra ela, então com toda a paciência do mundo ela me explicou exatamente tudo o que foi dito nesse vídeo. Minha autoestima numa foi tão boa quanto agora, e eu me sinto muito grato por esse vídeo pq de certa forma tirou de mim os últimos resquícios de dúvida. Gratiluz ♥️✨
Sou trancista a 17 anos, e AMO TRANCAR BRANCOS. Trancas é Cultura... com o outras coisas. Ja pensou se a galera da Índia implicasse cm a gente por aderir algumas coisas deles? E se barrasse o preto de alisar o cabelo e pintar de loiro! Eu moro a 5 anos no Rio de Janeiro, e vejo aqui muita apropriação cultural dentro da culinária. E gente, tudo bem! Todos sabem que trança e Cultura negra, que samba e Cultura negra, e que feijoada, e dobradinha e de Cultura negra e prato tipico baiano kkkkk sejam felizes, sambando de trancas comendo feijoada e sendo brancos 😍
queria comentar um outro lado dessa parte de apropriação cultural, mas sem falar mto sobre politica: certa vez, vi um video de um casal que faz vlog de viagens o qual eles tinha ido à Israel. E uma frase que fez MTO sentido para mim foi do cara num restaurante:"Eu nunca sei se as coisas aqui são sagradas ou mundanas, então eu tento tomar cuidado com tudo o que mexo." E aqui temos uma frase o qual transparece o que falta: o respeito, respeito por outras culturas.
Eu acho incrível as pessoas verem uma branca de trança e chamarem de apropriação cultural, Gente, estudem antes de falar merda! Parabéns pelo vídeo INCRÍVEL!
Meu filho, que aula, não só de conhecimentos, mas, também, de humildade, só agradecer a Deus por esta leva de espíritos numa geração linda, muito obrigada!
Uma vez vi um post perguntando oq achavam de pessoas brancas de tranças e nesse post TODOS os comentarios dizendo que era apropriação cultural eram de pessoas brancas e os poucos negros q apareceram disseram que não viam problema e cada um citou os motivos. Outra coisa q acho problemática nesse assunto é q muito se discute das tranças, mas não vejo criarem casos com vestimenta africanas, por exemplo, nem com culturas de outras etnias, como a asiática
Cara que vídeo incrível, você falou de um jeito que não ofendeu ninguém e mesmo assim conscientizou as pessoas ao certo, e pode ter certeza que você não falou nenhuma bobagem.
*O AUGE foi a MARINA RUY BARBOSA estrelar uma campanha publicitária cujo slogan era BLACK IS BEAULTIFUL e depois dizer que aquela discussao era MIMIMI*
Esses dias eu tava no treino de vôlei. Lá tem uma menina que treina cmg e ela tem tranças enormes (ela é negra), aí a outra que tbm treina com a gente (que é branca) pegou no cabelo dela bem na raiz e falou: "Não dói não ? Parece que pesa e puxa" Aí a outra falou: "N, n dói, é cabelo igual o seu" e colocou a mão no cabelo dela tbm. Eu só consegui ver e pensar "eu n faria diferente"
Obrigada por esse vídeo! Muito explicativo e direto, sou uma das pessoas que não tinha achado a resposta final pra essa pergunta. Sou branca, uso turbantes e entendo e aprecio o significado majestoso que ele tem na cultura africana.
Foi muito importante pra mim ver esse vídeo, pois a questão “apropriação cultural” na minha cabeça ainda era muito confusa, realmente era o “eu posso ou não posso usar?”, o vídeo muito bem explicativo e didático me fez entender isso de maneira bem clara. Obrigada! Mais uma inscrita pro canal!
Nossa concordo demaiiiiss. Sempre pensei que a apropriação cultural estava muito mais ligada a indústria cultural, e não na escolha particular do indivíduo.
Há alguns anos essa coisa toda vem me dando caspa. É, sou do tipo que perde noite coçando a cabeça tentando levar os pensamentos até a sua complexidade. Sou um baiano mulato, gordo, que vive uma situação de fraca intermediaridade (nem sei se essa palavra existe), e, desde que as questões de identidade emergiram das salas das universidades e ganharam as ruas, tenho passando por muitos apertos e revisões. Então, sim, meu posicionamento a respeito da minha identidade etnica-cultutal é refletida, não fruto de uma reprodução desinformada. Peço paciência e um pouquinho de compreensão a você (e a todo mundo que vai ler). Sei que posso estar errado e estou disposto a mudar de posição sobre tudo, desde que seja respeitado e compreendido. Lá atrás, quando esse lance de apropriação cultural ganhou força e as páginas de humor começaram a tirar sarro das meninas e meninos brancos que decidiam usar dreads ou tranças, uma exclamação surgiu na minha testa. Ficava assustado. Aqui na Bahia, você sabe bem, essa economia da trança sempre foi o sustento de muitas casas. Hoje mesmo, uma parte importante da renda da minha casa vem das tranças. É uma oportunidade para o mercado que não privilegia pessoas "que tem cara de favelado" (pretos, mulatos e brancos com trejeitos periféricos). No momento em que esse papo estourou, pensei no impacto disso sobre a vida prática da minha família e sobre a microeconomia geral do setor. A primeira coisa que me apitou foi: "será que vão começar a nós apontar como brancos que fazem tranças e apropriadores culturais?". Bem, essa pergunta foi respondida com uma espécie de emenda discursiva que agregou todos nós, mulatos, dentro da categoria "negro", o que me soou esquisito (calma, explico mais adiante), mas, por uma questão pragmática e de falta de recursos discursivos (pouca literatura e pensadores que consideram a hipótese da categoria 'mulato' ocupar uma situação social específica e necessitar de uma teoria própria a respeito de si), acabou sendo aceita por mim e por todos na casa. A segunda questão a apitar foi: "e os clientes brancos que fazem tranças aqui?". Aí foi caso de divisão. Toda minha família trabalha com cabelo, direta ou indiretamente. Minha mãe, minha irmã, e minha namorada, são trancistas. Dessas, minha irmã, a mais nova, foi a que sofreu maior assédio para que abandonasse os clientes brancos, e de fato, ela parou de trabalhar com eles (além de ficar pentelhando o restante da família). Minha mãe e minha namorada continuaram atendendo as clientes brancas (que, com o tempo, quase sumiram, por conta da pressão geral). Acompanhei o desenrolar dos debates dentro de casa, era aquele auê. Sempre mais pragmático do que ideológico... Aliás, acho que quando a gente tá no aperto financeiro, esse distanciamento tende a ficar cada vez menor, não é? Porém, quando ia deitar para curtir a minha insônia, o que vinha a mente era sempre a outra questão: "por que me sinto um mentiroso descarado quando saio dizendo por aí que sou negro?". Aí é duro, né? Aqui do lado tem uma fotinha minha; acho que, como sempre, as posições a respeito da minha identidade etnica vão ser diversas. Hoje até gosto, mas, durante muito tempo isso foi motivo de muita crise. A sensação era de ser um eterno ilegítimo. Uma espécie de bastardo; tolerado a medida da conveniência e repudiado quando fosse oportuno... Esse paradigma do bastardo, inclusive, é uma grande chave quando vamos falar sobre a identidade mulata. No meu caso é uma coisa ainda mais pertinente. Quando eu tinha 4 anos minha mãe se casou com um homem negro retinto e teve o meu irmão, que tem a pele muito mais escura do que a minha. Sempre chamei meu padrasto de pai, o que gerava estranheza em qualquer lugar. Passei essa fase da minha infância no bairro do Cabula VI e na Sussuarana, onde minha mãe recebeu o apelido "mulher com um filho branco e outro preto". Meu núcleo familiar foi fechado com a chegada da minha irmã, mulata como eu, que foi adotada bebê... Enfim, o resultado foi uma família meio atípica. Durante minha formação transitei entre dois espaços sociais: a casa de meus avós, no Corredor da Vitória e a minha casa, que sempre mudava de endereço, mas que transitava pelos bairros citados. Nessas, assisti muitas cenas de humilhação e racismo vividas pelo meu padrasto e pelo meu irmão; coisas que eu e minha irmã nunca chegamos perto de passar. Mas também conheci as marcas da minha epiderme; no playground da minha avó, sempre fui o favelado e nas ruas do Cabula, o playboy. Lá no bairro de elite, por incrível que pareça, conheci o candomblé; já na periferia, a igreja pentecostal. Tudo fez parte de mim. Minhas gírias, meu jeito de ver, andar, vestir, é uma tentativa de conciliação entre esses dois universos. Quando me vi pressionado para escolher entre uma das identidades, optei pela que considerava a luta mais justa, a que me via mais dotado da capacidade econômica para exercer (ser branco é caro) e a que me fazia sentir mais parte do meu núcleo familiar. Me vi, aos meus 20 anos de idade, ensinando meu irmão de 15 que eu era negro. Ele gastou comigo e eu me senti ridículo. Mas, enfim, na universidade eu convencia e me deixavam opinar sobre minha própria vida (coisa que até eu afirmar que era negro ninguém deixava). Os anos andaram e eu comecei a notar a furada em que tinha me metido. Ainda estou na faculdade, meio largando; namoro; trabalho; sou próximo do candomblé; não tenho filhos. Meu irmão negro já é pai; se casou; é evangélico; faz bico de garçom; e não terminou o ensino médio. Ele tem 20 e eu 25. Acompanhei de perto a formação dele e a minha, e se você me perguntar se tenho coragem de voltar a dar aulinha para ele pra explicar que sou negro, vou dizer que não. Ao mesmo tempo, não posso negar todos os espaços que me foram negados no círculo branco. Não dá pra fingir que as mães de meus amigos do play não ficavam assustadas quando me viam brincando com os filhos delas. Que eu sempre fui preterido pelas meninas de lá. Que eu era visto como um corpo sem supervisão pelos pedófilos do prédio e pelos funcionários... Enfim, acho que vivi uma condição típica de mulato e me reconheço nessa identidade. Acho que esse é um tema que, assim como o lance da apropriação, merece ser abordado sem chavões e dedos na cara. Sei que é um parecer atípico e que tem a questão da raiz da palavra (que, honestamente, é uma discussão sem propósito e um argumento maluco, uma vez que a palavra já é autônoma em relação a sua suposta raiz há anos), mas, ainda assim, me sinto sincero comigo mesmo quando digo que sou mulato.
Obrigada pelo vídeo, tem muita gente que fala de forma muito agressiva e pouco empática e desqualificam qualquer opinião oposta que seja. Eu sou branca e estou passando por minha transição capilar e quero muito colocar tranças, sempre achei muito bonito. Não me preocupo mais se vou ser taxada de apropriadora cultural, tenho uma formação acadêmica que me colocou no centro desse debate inúmeras vezes. Sou historiadora e estudo as religiões afro-brasileiras, dou aula sobre cultura-afro-brasileira, formo professores para atuarem no ensino básico e compartilho com eles muitos conhecimentos sobre a cultura negra que eles passarão a diante. Conhecimentos esses que não estavam nos livros didáticos até pouco tempo atrás e ainda aparecem de forma muito deficiente e eu tenho consciência da contribuição que dou para o debate de tantas causas, como o racismo, de ver meus alunos aprendendo e se orgulhando da sua própria cultura. Ninguém pode me apontar um dedo e dizer que eu não posso usar isso ou aquilo por não ser negra e se fizerem falarão sozinhos pois minha paz de espírito é muito mais importante do que qualquer outra coisa.
To passando por transição capilar e tem sido dificil, meu cabelo é bem cacheado e eu aliso desde antes dos 10 anos, como eu usava franja tem sido um inferno pra tentar deixar natural. Esse fim de semana dois amigos negros falaram pra eu colocar tranças e minha cabeça bugou um pouco de, porque eu nunca cogitei essa possibilidade por medo de ser ofensivo. Agora to aqui pesquidando sobre e caio nesse canal lindo (que eu ja acompanho). Obrigada pela leveza pra tratar do assunto ♥️
Achei muito interessante seu vídeo, comecei a compreender "apropriação cultural", acho que sobre comércio e industria, acontece em todos os campos, roupas plus size apresentadas por modelos "menos plus size ", para que tragam mais retorno. Muito importante a maneira como vc explicou.
meu deus, finalmente. toda vez que eu escuto sobre apropriação cultural, são as adolescentes de twitter cancelando qualquer que chega perto de tranças ou coisas do tipo, chamam de racistas e eu nunca entendi bem o porque disso ser errado. mesmo pesquisando, eu entendia o lado de ser ridículo o quanto as pessoas babam ovo pra cultura mas estão pouco se fodendo pros donos da cultura, mas ao mesmo tempo achava um mimimi chato demais as pessoas mandando ódio em alguém só por ter um dread no cabelo. mas, eu sempre quis entender o porque de ser tão ofensivo e tenho ido atrás sempre. eu amei o vídeo, acho que foi a primeira vez que eu consegui entender direitinho sobre o assunto, e a primeira vez que a pessoa não está falando "branca com tranças = racista" e só.
Estou extremamente emocionada com o vídeo. Me arrepiou em vários momentos. Você é magnífico e falou lindamente sobre o tema, meus mais sinceros parabéns.
O vídeo tá incrível. Super bem explicado e didático. Tenho notado que vc tá assumindo uma postura mais empática ao falar de assuntos como esse. Eu amei o vídeo e voltei a acompanhar seu canal. Parabéns pelo trabalho!!!
Eu quero morar nesse vídeo! Eu sempre tive MUITAS dúvidas com relação ao sentido da expressão "apropriação cultural". Eu quero agradecer de coração por esse vídeo Spartakus, ele foi imensamente esclarecedor. Obrigada.
Não conhecia esse canal. O algoritmo mostrou esse vídeo e que bom que assisti! Muito esclarecedor! Obrigada por compartilhar esse conhecimento de foram tão clara.❤
Muito bom teu vídeo e tua pesquisa, pois dreads realmente sempre fizeram parte da cultura de diversas etnias mundo afora. Aqui na América foram encontradas múmias com dreads no Peru e entre os astecas alguns sacerdotes também usavam. Hoje os grupos mais conhecidos são os Sadhus da India e alguns grupos africanos, que preservam esse hábito cultural há milhares de anos. Acabou se relacionando esse hábito mais a povos africanos graças a Bob Marley o ter divulgado através de suas músicas, mas eu acredito que é algo compartilhado por tantos grupos ao longo da história, que nada mais normal de que ainda hoje tantas pessoas queiram aderir a esse costume. Eu sou uma rsrsrs... já estou me preparando para cultivar meus dreads, pois quase sempre estão relacionados a um avanço espiritual e embora eu ainda esteja engatinhando nesse processo, certamente me dedicarei a isso. Parabéns!!! 💜💜💜
Acabei, de conhecer seu trabalho e vc utilizou das palavras com plena sabedoria e isso me emocionou, pois é exatamente isso que sinto. Parabéns ! Belíssimo trabalho
Concordo 100% com vc! Adoro a forma como vc aborda os assuntos nos seus vídeos, sempre embasados na pesquisa transparente e assertiva! Vc me inspira e é um lindo menino, tenho idade de ser sua mãe. Sou sua fã e fiel seguidora! Adoro vc! Sou a Marlucia Fernandes, tenho 61 anos.
Cara, que didática maravilhosa. Obrigado por dissipar essa névoa de ignorância que pairava sobre mim. E é isso: apropria-se da cultura negra, mas continuamos a excluir os negros. Massa quando você diz que o problema não está na branca de dreadlocks, mas no processo de desvinculação entre povo negro e a produzida por esse povo. É como Foucault explicou: o poder não vacila! E poder age assim: arrancando as tranças da pele negra.
Meu sonho é bater um papo e conhecer o Spartacus, cara vc é um homem de muita cultura e isso é muito importante, tmj! Abordar assuntos tão complicados assim dever ser difícil, digo sem ofender ninguém, e expressar seu ponto de vista defendendo quem está sendo oprimido.
Seus vídeos despertam várias reflexões que nunca tive. Bastante interessante. Colocou-me pra pensar, tirou-me da inércia da aceitação de conceitos que foram me colocados desde sempre. Grato! Além do mais, tu é muito lindo! :P
Parabéns pelo video! Excelente. O problema está em quem recebe a msg, pq esse video está muito, mas muito bem explicado, de maneira educada, com simplicidade no vocabulário e tudo muito bem esclarecido.
Falou tudo. Gostaria que teu video virasse uma cartilha, para que toda vez que alguém se sentisse incomodado com uma situação como quando, vimos, uma mulher branca usando turbante, ou o caso do jovem que estava usando dread, que foram abordados de forma agressiva, ao invés de agir de tal forma, poderíamos criar um dialogo usando o teu video como guia para o discurso e permitindo a retórica sem violência. Estamos vivemos tempos difíceis, precisamos nos respeitar e ser mais empáticos. Você falou bonito, abriu minha cabeça mais ainda para o assunto, não falou bobagem não. :)
Bacana ! É Como, quando colocamos uma referência bibliográfica em um texto. Podemos usar, mas deixando claro de onde veio o que estamos usando. Gostei do vídeos!
Queria agradecer por este vídeo, isso abriu meu olhar para além das tranças, mas sobre como as pessoas realmente tentam vender a cultura e esquecem do povo que criou essa cultura, consigo entender agora não só sobre trancas, mas sobre samba, capoeira, rap. Quando deixam de apoiar a cultura para se tornar o mercado vendível, o mercado capitalista visa procurar o rosto que vende ao invés do dono da cultura. Vídeo sensacional
Soube se expressar perfeitamente, e eu concordo plenamente com tudo que vc falou, eu li sobre, pra entender melhor do assunto e acho que todos deveriam fazer isso, e eu tava pensando nisso q você falou no finalzinho, uma preta usando trança, significa muito, tem toda uma história por trás e é um símbolo de resistência, diferentemente de um branco, pq não demostra nada, apenas a admiração pela cultura negra.
Nossa, sério... Muito obrigada! Eu tinha minhas dúvidas sobre apropriação cultural e você abriu minha mente. Me sinto muito bonita de tranças e gosto muito de usar, mas é em mulheres negras que me inspiro e busco sempre enaltecer que é uma parte muito bonita da cultura, da história e que deve ser dado o devido valor a quem nos trouxe.
Obrigada por essa explicação Spartakus. Você sempre muito claro e didático. Eu por exemplo amo, assim é uma coisa de alma, samba, mas aquele samba raiz mesmo. E alguns deles tem umas letras bem fortes com cunho de resistência, que falam de experiências de racismo etc. E sempre que estava em uma roda de samba eu cantava, me emocionava (tendo consciência de que não era uma história sobre mim), mas ficava meio mal me perguntando se eu podia estar ali, se eu podia cantar aquela letra, porque não queria tomar o lugar de ninguém.
gostei MUITO do vídeo, extremamente didático e essencial assistí-lo até o fim! aprendi muita coisa hoje pq apropriação cultural pra mim ainda era um conceito um pouco ambíguo e confuso, parabéns e obrigada pela informação
Gente, uma dúvida que ficou no caso da loja de roupas que fez modelos inspirados na Iemanjá e não quis usar modelos negres. Se a loja usasse em sua maioria pessoas negras e uma parte menor de pessoas brancas, isso seria como uma "cota branca" na propaganda?! Porque tipo, eu sempre vi propagandas de shampoo (usarei esse exemplo porque é o que eu acho mais didático ) nas quais as modelos eram, em sua maioria, brancas e uma ou outra era negra; nessa viagem toda eu sempre pensei que era tipo uma cota negra dentro da indústria. Aí hoje tem umas propagandas que inverteram o esquema e eu me perdi kkkkkk. E outra, esses dias eu vi uma propaganda sobre cachos e só tinham modelos negras mostrando os diversos tipos de cachos e tals. Isso se configura como falta de representatividade, já que existem pessoas brancas de cabelo cacheado? Obrigada para quem leu o textão! Kkkkkk Uma boa vida a todos!
Meio que concordo com o que você falou. Mas então quando a Marvel fez um filme do Thor, que é um herói totalmente baseado na mitologia nórdica, e colocou um ator negro para representar um dos deuses dessa mitologia, foi um erro?
Muito obrigada por me ensinar sobre apropriação cultural,eu queria saber sobre o assunto e tinha duvidas,vc explicou super bem,concordo com a sua opinião,um grande abraço para vc.
Spartakus, seus vídeos são incríveis, você sintetiza e apresenta de forma muito correta e acessível as discussões atuais e necessárias. Vou lhe fazer uma sugestão, já que tenho usado seus vídeos como introdutórios de assuntos importantes como este em minhas aulas, já que mostrar você falando cativa os alunos e depois fica bem mais fácil seguir para a bibliografia da disciplina: você poderia citar mais os autores que você leu para embasar suas falas ou uma outra sugestão seria colocar apenas na tela na tela (sem ter que alterar suas falas) os nomes dos autores nos quais você se embasou para criar seu conteúdo. Vejo claramente Djamila, Silvio Almeida, Adilson Moreira guiando suas opiniões (e certamente você leu todo esse pessoal) mas quem não conhece a bibliografia não os reconhece. Seria até uma forma de fazer um link dos seus vídeos para as pessoas procurarem os livros ou vídeos desses pensadores essenciais para se entender nossa sociedade hoje. Beijão.
Apesar de ser branca minha família é constituída de negros e índios, sempre tive ao meu redor negras com cabelo liso e traços indígenas ou cabelo encrespados e pele clara com traços negros, uma mistura muito louca, mas a maior parte das minhas referências as negras eram muito empoderadas e lindas, e eu queria ser como elas, poderosa como elas, linda como elas, cabelão liso ou crespo, não importava, o que importava era a força que aquela mulher que eu via todo dia me passava. Quando criança me apeguei demais aos traços indígenas, mas na adolescência e no começo da juventude quando passei a admirar e entender mais a cultura negra, esse tipo de questionamento sempre me fora levantado; por nunca me explicarem direito, e sempre ser um assunto tenso, sem resposta definitiva, eu guardava meu desejo por achar que estaria fazendo algo errado... Mas com esse vídeo eu me lembrei do dia que eu decidi colocar tranças, e disse para mim mesma, "agora poderei representar toda força das mulheres negras que passaram pela minha vida." Muito obrigada por isso.
Melhor vídeo sobre o tema. Coloquei uma faixa na cabeça certa vez e minha filha me criticou afirmando q aquilo era apropriação cultural uma vez q sou branca. Ela explicou sobre, mas confesso q não entendi e mesmo após pesquisar bastante nunca consegui entender mas ela conseguiu me fazer sentir culpada e nunca mais usei a tal faixa.
Cara, esse vídeo é de longe o mais completo que vi sobre esse tema. Já vi muitos vídeos e li textos em que as pessoas exaltam os negros (não vejo nada de errado nisso) mas rebaixam os brancos ou de pele um pouco mais clara. Me parece um tipo de racismo tb e isso faz com que muitos brancos vejam os negros de uma forma que a grande maioria não merece. Muito obrigado por ter feito esss vídeo, foi muito esclarecedor, você está de parabéns. Deus te abençoe muito!!!
muito obrigado por esclarecer minhas duvidas com esse tema, sempre tive muita dificuldade em entender e ate debater pois toda a vez que vejo pessoas comentando sobre estão sendo agressivas, intolerantes e as vezes preconceituosas e por conta disso sempre me abstive do debate por medo de perguntar e entender melhor sobre o assunto, achei o seu video muito bom e extremamente informativo parabéns
eu lembro da epoca que anita colocou tranças e o pessoal começou uma certa discussao, ai durante essa epoca lembro de um texto falando coisas bem parecidas com o que vc falou, enquanto anita era vista como uma mulher linda de tranças e ter feito coisas para ficar mais escura, pessoas negras e de tranças eram feias e sofriam racismo, infelizmente ainda vejo pessoas brancas usando coisas da cultura negra e se sentindo negro por isso, ninguem quer se sentir negro pelo racismo, so pela cultura
Adorei o vídeo, me elucidou demais! Eu nunca achei estranho o uso de tranças, roupas e outras coisas lindas oriundas de outras culturas, porque eu vejo uma beleza imensa em cada manifestação que cada povo tem. É uma visão minha, ainda mais sendo brasileira nata, ou seja, ser mais miscigenado que a gente, não tem. Pode ser um pensamento utópico ainda, mas chegará o dia em que toda cultura será reverenciada, principalmente aquela que foi oprimida e usurpada. O reconhecimento cultural da manifestação de cada povo deveria ser lei e, assim sendo, sua apropriação para fins financeiros, ser punida. Excelente vídeo, parabéns pela sensatez e sensibilidade.
Perfeito me ajudou muito a entender o que é o a fazer um trabalho para o colégio. Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento. Gostei muito do Vídeo
Eu te odiava, com todas as minhas forças e passei te adorar, comecei a ouvir mais oq vc tem pra dizer e não me arrependo, além de ter argumentos sólidos parece mais educado e empático o vídeo ficou sensacional, admiro muito seu trabalho.
eu acho muito bonito e importante ver como a militância tem evoluído e se tornando cada vez sensata e empatica mas sem perder a seriedade e força, eu acho que o impacto e alcance acabam ficando maiores com calma e respeito. parabens adorei o video :)
Não me incomoda uma mulher branca de tranças até mesmo Porque quando quero também Aliso o meu cabelo, a questão é até onde está o meu valor independente da minha cor.
acontece q cabelo liso não é exclusividade de brancos... então, não justifica um branco poder usar tal coisa só pq o negro usa o cabelo liso, isso foi um padrão imposto pra q negras fossem aceitas , não uma opção .
Cabelo liso não é apropriação da cultura ariana, é padrão de beleza.
Cabelo liso não é "símbolo" de brancos
Mas mesmo assim. São questões diferentes. Tranças são herança cultural, já cabelos lisos são heranças genéticas. E existe preto de cabelo liso, logo, não seria apropriação. Além de que, acontece quando uma cultura dominante se apropria de uma cultura dominada. Tendo relação com símbolos de resistência ou fé.
Mas cabelo liso é uma questão de genética, as tranças é ligada ao negro culturalmente. Mas pra ser bem sincero, chegou num ponto onde ninguém pode fazer N-A-D-A. O branco não pode mais usar babyliss e o próprio negro não pode alisar o cabelo se quiser... É difícil viver com militância em cima de militância. A individualidade evaporou!
Muito bom a forma que vc colocou
Não me sinto ofendido quando vou na capoeira e tem pessoas brancas jogando comigo. O estranho seria uma propaganda na Globo vendendo aulas de capoeiras no qual tem uma roda com loiros europeus dos olhos azuis tocando berimbal e tabaca, pelo simples fato de ser mais bonito aos olhos da sociedade e de que a figura loira vende mais que a figura negra
Gostei e concordo com você!
Esse assunto é tão complicado...
imagina isso: minha filha é australiana mãe brasileira e pai africano/ indiano (somos uma mistura doida)
ela entende o português francês e creole, dança Sega e coloca as roupas tradicionais , quem olha e não conhece, vê a menina branca de roupa africana e vai julgá-la... mas esses mundos são parte dela...não é difícil?
Eu acho engraçado que o video foi muito didático e, ainda assim, a maior parte das pessoas que estão comentando, não entendeu nada. Ele foi MUITO claro: apropriação cultural é um fenômeno promovido pelo capitalismo. Branca usando deads está promovendo apropriação cultural? NÃO. Pois ela como indivíduo, não tem nem poder sobre isso. Quem tem é a indústria.
"A Cultura negra é popular, mais o negro não " ,está aí a resposta, quando todos entenderem isso o debate ficará mais claro e melhor.
Você conseguiu colocar em palavras tudo o que eu sinto. OBRIGADA!
Agora quero clamar por sua ajuda. Chamo-me Azania, sou estudante de medicina da faculdade Unoeste- Presidente Prudente/SP e já sofri com racismo dentro da universidade e o episódio se repetiu durante os jogos intermed com um colega da fisioterapia por parte de um aluno da medicina. O episódio é lamentável e nao podemos mais nos calar. Comecei um movimento contra o RACISMO com o tema "O que me torna diferente de você". É um movimento pacífico que GRITA NÃO A VIOLÊNCIA e CLAMA pelo ESCLARECIMENTO SOCIAL. Por favor me ajude nessa luta. Acredito que se pessoas como você nos ajudar a divulgar iremos ganhar notoriedade e REALMENTE conseguir fazer a diferença.
Primeiro: você é lindo.
Segundo: a metáfora do chef francês é perfeita.
Antes de eu colocar as tranças pela primeira vez, eu passei dias pesquisando sobre o apropriação cultural, e recebi duras críticas de pessoas que não entendiam que quem se apropria são as grandes empresas, mas mesmo assim coloquei, e quando eu estava na casa da moça que trançou meu cabelo, eu decidi expôr essa dúvida pra ela, então com toda a paciência do mundo ela me explicou exatamente tudo o que foi dito nesse vídeo.
Minha autoestima numa foi tão boa quanto agora, e eu me sinto muito grato por esse vídeo pq de certa forma tirou de mim os últimos resquícios de dúvida.
Gratiluz ♥️✨
Sou trancista a 17 anos, e AMO TRANCAR BRANCOS. Trancas é Cultura... com o outras coisas. Ja pensou se a galera da Índia implicasse cm a gente por aderir algumas coisas deles?
E se barrasse o preto de alisar o cabelo e pintar de loiro!
Eu moro a 5 anos no Rio de Janeiro, e vejo aqui muita apropriação cultural dentro da culinária. E gente, tudo bem!
Todos sabem que trança e Cultura negra, que samba e Cultura negra, e que feijoada, e dobradinha e de Cultura negra e prato tipico baiano kkkkk sejam felizes, sambando de trancas comendo feijoada e sendo brancos 😍
O que eu entendo é que uma coisa é uma mulher branca colocar trança e outra é ela passar a se considerar/ser considerada negra pq colocou trança 👌🏼
Alice Rodrigues a boca rosa é assim
Gente inteligente falando é sempre bom de ouvir
queria comentar um outro lado dessa parte de apropriação cultural, mas sem falar mto sobre politica: certa vez, vi um video de um casal que faz vlog de viagens o qual eles tinha ido à Israel. E uma frase que fez MTO sentido para mim foi do cara num restaurante:"Eu nunca sei se as coisas aqui são sagradas ou mundanas, então eu tento tomar cuidado com tudo o que mexo." E aqui temos uma frase o qual transparece o que falta: o respeito, respeito por outras culturas.
Eu acho incrível as pessoas verem uma branca de trança e chamarem de apropriação cultural, Gente, estudem antes de falar merda! Parabéns pelo vídeo INCRÍVEL!
Meu filho, que aula, não só de conhecimentos, mas, também, de humildade, só agradecer a Deus por esta leva de espíritos numa geração linda, muito obrigada!
Uma vez vi um post perguntando oq achavam de pessoas brancas de tranças e nesse post TODOS os comentarios dizendo que era apropriação cultural eram de pessoas brancas e os poucos negros q apareceram disseram que não viam problema e cada um citou os motivos.
Outra coisa q acho problemática nesse assunto é q muito se discute das tranças, mas não vejo criarem casos com vestimenta africanas, por exemplo, nem com culturas de outras etnias, como a asiática
Cara que vídeo incrível, você falou de um jeito que não ofendeu ninguém e mesmo assim conscientizou as pessoas ao certo, e pode ter certeza que você não falou nenhuma bobagem.
*O AUGE foi a MARINA RUY BARBOSA estrelar uma campanha publicitária cujo slogan era BLACK IS BEAULTIFUL e depois dizer que aquela discussao era MIMIMI*
E o pior, era campanha de PAPEL HIGIÊNICO!!! Como se estivesse dizendo: "eu, Barbie, concordo que black is beautiful pra limpar meu cu". Absurdo
1. O cabelo é dela , 2. Nórdicos também usavam tranças e eles eram brancos.
O problema não é o cabelo e sim o desrespeito, aliás ótimo vídeo.
Esses dias eu tava no treino de vôlei. Lá tem uma menina que treina cmg e ela tem tranças enormes (ela é negra), aí a outra que tbm treina com a gente (que é branca) pegou no cabelo dela bem na raiz e falou:
"Não dói não ? Parece que pesa e puxa"
Aí a outra falou:
"N, n dói, é cabelo igual o seu" e colocou a mão no cabelo dela tbm.
Eu só consegui ver e pensar "eu n faria diferente"
"a cultura negra é comercial, mas as pessoas negras não" :'((( é foda
Obrigada por esse vídeo! Muito explicativo e direto, sou uma das pessoas que não tinha achado a resposta final pra essa pergunta. Sou branca, uso turbantes e entendo e aprecio o significado majestoso que ele tem na cultura africana.
Foi muito importante pra mim ver esse vídeo, pois a questão “apropriação cultural” na minha cabeça ainda era muito confusa, realmente era o “eu posso ou não posso usar?”, o vídeo muito bem explicativo e didático me fez entender isso de maneira bem clara.
Obrigada! Mais uma inscrita pro canal!
Eu sempre quis entender e nunca foi tão claro. Obrigada!
Nossa concordo demaiiiiss. Sempre pensei que a apropriação cultural estava muito mais ligada a indústria cultural, e não na escolha particular do indivíduo.
Nossa chorei com a pesquisa do Google foi uma coisa muito chocante apesar de ter consciência de que isso existe. Como pode?
eu queria colocar tranças mas aí uma pessoa disse que eu não poderia pq sou """branca""'... adorei o vídeo e aprendi bastante
Há alguns anos essa coisa toda vem me dando caspa. É, sou do tipo que perde noite coçando a cabeça tentando levar os pensamentos até a sua complexidade. Sou um baiano mulato, gordo, que vive uma situação de fraca intermediaridade (nem sei se essa palavra existe), e, desde que as questões de identidade emergiram das salas das universidades e ganharam as ruas, tenho passando por muitos apertos e revisões. Então, sim, meu posicionamento a respeito da minha identidade etnica-cultutal é refletida, não fruto de uma reprodução desinformada. Peço paciência e um pouquinho de compreensão a você (e a todo mundo que vai ler). Sei que posso estar errado e estou disposto a mudar de posição sobre tudo, desde que seja respeitado e compreendido.
Lá atrás, quando esse lance de apropriação cultural ganhou força e as páginas de humor começaram a tirar sarro das meninas e meninos brancos que decidiam usar dreads ou tranças, uma exclamação surgiu na minha testa. Ficava assustado. Aqui na Bahia, você sabe bem, essa economia da trança sempre foi o sustento de muitas casas. Hoje mesmo, uma parte importante da renda da minha casa vem das tranças. É uma oportunidade para o mercado que não privilegia pessoas "que tem cara de favelado" (pretos, mulatos e brancos com trejeitos periféricos). No momento em que esse papo estourou, pensei no impacto disso sobre a vida prática da minha família e sobre a microeconomia geral do setor. A primeira coisa que me apitou foi: "será que vão começar a nós apontar como brancos que fazem tranças e apropriadores culturais?". Bem, essa pergunta foi respondida com uma espécie de emenda discursiva que agregou todos nós, mulatos, dentro da categoria "negro", o que me soou esquisito (calma, explico mais adiante), mas, por uma questão pragmática e de falta de recursos discursivos (pouca literatura e pensadores que consideram a hipótese da categoria 'mulato' ocupar uma situação social específica e necessitar de uma teoria própria a respeito de si), acabou sendo aceita por mim e por todos na casa. A segunda questão a apitar foi: "e os clientes brancos que fazem tranças aqui?". Aí foi caso de divisão. Toda minha família trabalha com cabelo, direta ou indiretamente. Minha mãe, minha irmã, e minha namorada, são trancistas. Dessas, minha irmã, a mais nova, foi a que sofreu maior assédio para que abandonasse os clientes brancos, e de fato, ela parou de trabalhar com eles (além de ficar pentelhando o restante da família). Minha mãe e minha namorada continuaram atendendo as clientes brancas (que, com o tempo, quase sumiram, por conta da pressão geral). Acompanhei o desenrolar dos debates dentro de casa, era aquele auê. Sempre mais pragmático do que ideológico... Aliás, acho que quando a gente tá no aperto financeiro, esse distanciamento tende a ficar cada vez menor, não é? Porém, quando ia deitar para curtir a minha insônia, o que vinha a mente era sempre a outra questão: "por que me sinto um mentiroso descarado quando saio dizendo por aí que sou negro?".
Aí é duro, né? Aqui do lado tem uma fotinha minha; acho que, como sempre, as posições a respeito da minha identidade etnica vão ser diversas. Hoje até gosto, mas, durante muito tempo isso foi motivo de muita crise. A sensação era de ser um eterno ilegítimo. Uma espécie de bastardo; tolerado a medida da conveniência e repudiado quando fosse oportuno... Esse paradigma do bastardo, inclusive, é uma grande chave quando vamos falar sobre a identidade mulata. No meu caso é uma coisa ainda mais pertinente. Quando eu tinha 4 anos minha mãe se casou com um homem negro retinto e teve o meu irmão, que tem a pele muito mais escura do que a minha. Sempre chamei meu padrasto de pai, o que gerava estranheza em qualquer lugar. Passei essa fase da minha infância no bairro do Cabula VI e na Sussuarana, onde minha mãe recebeu o apelido "mulher com um filho branco e outro preto". Meu núcleo familiar foi fechado com a chegada da minha irmã, mulata como eu, que foi adotada bebê... Enfim, o resultado foi uma família meio atípica.
Durante minha formação transitei entre dois espaços sociais: a casa de meus avós, no Corredor da Vitória e a minha casa, que sempre mudava de endereço, mas que transitava pelos bairros citados. Nessas, assisti muitas cenas de humilhação e racismo vividas pelo meu padrasto e pelo meu irmão; coisas que eu e minha irmã nunca chegamos perto de passar. Mas também conheci as marcas da minha epiderme; no playground da minha avó, sempre fui o favelado e nas ruas do Cabula, o playboy. Lá no bairro de elite, por incrível que pareça, conheci o candomblé; já na periferia, a igreja pentecostal. Tudo fez parte de mim. Minhas gírias, meu jeito de ver, andar, vestir, é uma tentativa de conciliação entre esses dois universos. Quando me vi pressionado para escolher entre uma das identidades, optei pela que considerava a luta mais justa, a que me via mais dotado da capacidade econômica para exercer (ser branco é caro) e a que me fazia sentir mais parte do meu núcleo familiar. Me vi, aos meus 20 anos de idade, ensinando meu irmão de 15 que eu era negro. Ele gastou comigo e eu me senti ridículo. Mas, enfim, na universidade eu convencia e me deixavam opinar sobre minha própria vida (coisa que até eu afirmar que era negro ninguém deixava).
Os anos andaram e eu comecei a notar a furada em que tinha me metido. Ainda estou na faculdade, meio largando; namoro; trabalho; sou próximo do candomblé; não tenho filhos. Meu irmão negro já é pai; se casou; é evangélico; faz bico de garçom; e não terminou o ensino médio. Ele tem 20 e eu 25. Acompanhei de perto a formação dele e a minha, e se você me perguntar se tenho coragem de voltar a dar aulinha para ele pra explicar que sou negro, vou dizer que não.
Ao mesmo tempo, não posso negar todos os espaços que me foram negados no círculo branco. Não dá pra fingir que as mães de meus amigos do play não ficavam assustadas quando me viam brincando com os filhos delas. Que eu sempre fui preterido pelas meninas de lá. Que eu era visto como um corpo sem supervisão pelos pedófilos do prédio e pelos funcionários... Enfim, acho que vivi uma condição típica de mulato e me reconheço nessa identidade.
Acho que esse é um tema que, assim como o lance da apropriação, merece ser abordado sem chavões e dedos na cara. Sei que é um parecer atípico e que tem a questão da raiz da palavra (que, honestamente, é uma discussão sem propósito e um argumento maluco, uma vez que a palavra já é autônoma em relação a sua suposta raiz há anos), mas, ainda assim, me sinto sincero comigo mesmo quando digo que sou mulato.
Obrigada pelo vídeo, tem muita gente que fala de forma muito agressiva e pouco empática e desqualificam qualquer opinião oposta que seja. Eu sou branca e estou passando por minha transição capilar e quero muito colocar tranças, sempre achei muito bonito. Não me preocupo mais se vou ser taxada de apropriadora cultural, tenho uma formação acadêmica que me colocou no centro desse debate inúmeras vezes. Sou historiadora e estudo as religiões afro-brasileiras, dou aula sobre cultura-afro-brasileira, formo professores para atuarem no ensino básico e compartilho com eles muitos conhecimentos sobre a cultura negra que eles passarão a diante. Conhecimentos esses que não estavam nos livros didáticos até pouco tempo atrás e ainda aparecem de forma muito deficiente e eu tenho consciência da contribuição que dou para o debate de tantas causas, como o racismo, de ver meus alunos aprendendo e se orgulhando da sua própria cultura. Ninguém pode me apontar um dedo e dizer que eu não posso usar isso ou aquilo por não ser negra e se fizerem falarão sozinhos pois minha paz de espírito é muito mais importante do que qualquer outra coisa.
To passando por transição capilar e tem sido dificil, meu cabelo é bem cacheado e eu aliso desde antes dos 10 anos, como eu usava franja tem sido um inferno pra tentar deixar natural. Esse fim de semana dois amigos negros falaram pra eu colocar tranças e minha cabeça bugou um pouco de, porque eu nunca cogitei essa possibilidade por medo de ser ofensivo. Agora to aqui pesquidando sobre e caio nesse canal lindo (que eu ja acompanho). Obrigada pela leveza pra tratar do assunto ♥️
Achei muito interessante seu vídeo, comecei a compreender "apropriação cultural", acho que sobre comércio e industria, acontece em todos os campos, roupas plus size apresentadas por modelos "menos plus size ", para que tragam mais retorno. Muito importante a maneira como vc explicou.
Garoto, na moral, eu te amo! Obrigada por ter esclarecido algo que eu não entendia de forma clara e objetiva! Eu o admiro!
meu deus, finalmente. toda vez que eu escuto sobre apropriação cultural, são as adolescentes de twitter cancelando qualquer que chega perto de tranças ou coisas do tipo, chamam de racistas e eu nunca entendi bem o porque disso ser errado. mesmo pesquisando, eu entendia o lado de ser ridículo o quanto as pessoas babam ovo pra cultura mas estão pouco se fodendo pros donos da cultura, mas ao mesmo tempo achava um mimimi chato demais as pessoas mandando ódio em alguém só por ter um dread no cabelo. mas, eu sempre quis entender o porque de ser tão ofensivo e tenho ido atrás sempre. eu amei o vídeo, acho que foi a primeira vez que eu consegui entender direitinho sobre o assunto, e a primeira vez que a pessoa não está falando "branca com tranças = racista" e só.
Dos vídeos sobre o assunto, o seu é o mais didático e completo. Parabéns, lindíssimo explicou tudo
Obrigada por não desistir de passar informações. Acrescentou muito aqui e reforçou algumas ideias que já tinha.
O movimento negro tem avançado em lutas e na análise das questões da sociedade brasileira. Parabéns! Ótimo vídeo!
Estou extremamente emocionada com o vídeo. Me arrepiou em vários momentos. Você é magnífico e falou lindamente sobre o tema, meus mais sinceros parabéns.
O vídeo tá incrível. Super bem explicado e didático. Tenho notado que vc tá assumindo uma postura mais empática ao falar de assuntos como esse. Eu amei o vídeo e voltei a acompanhar seu canal. Parabéns pelo trabalho!!!
"isso não qr dizer q branco não pode tocar samba" kkkkkkkkkkkkkkkkkk lembrei da Mallu na hora. qz morri
Eu quero morar nesse vídeo!
Eu sempre tive MUITAS dúvidas com relação ao sentido da expressão "apropriação cultural". Eu quero agradecer de coração por esse vídeo Spartakus, ele foi imensamente esclarecedor. Obrigada.
Não conhecia esse canal. O algoritmo mostrou esse vídeo e que bom que assisti! Muito esclarecedor! Obrigada por compartilhar esse conhecimento de foram tão clara.❤
Nossa, você foi o MELHOR na explicação sério, assisti vários vídeos e as pessoas só enrolavam, e você explicou muito bem, sem rodeios!
Este vídeo está muito esclarecedor, bem pontuado, bem explicativo, ótimos exemplos. Muito inteligente e bem pensado. Você arrasa.
Muito bom teu vídeo e tua pesquisa, pois dreads realmente sempre fizeram parte da cultura de diversas etnias mundo afora. Aqui na América foram encontradas múmias com dreads no Peru e entre os astecas alguns sacerdotes também usavam. Hoje os grupos mais conhecidos são os Sadhus da India e alguns grupos africanos, que preservam esse hábito cultural há milhares de anos. Acabou se relacionando esse hábito mais a povos africanos graças a Bob Marley o ter divulgado através de suas músicas, mas eu acredito que é algo compartilhado por tantos grupos ao longo da história, que nada mais normal de que ainda hoje tantas pessoas queiram aderir a esse costume. Eu sou uma rsrsrs... já estou me preparando para cultivar meus dreads, pois quase sempre estão relacionados a um avanço espiritual e embora eu ainda esteja engatinhando nesse processo, certamente me dedicarei a isso. Parabéns!!! 💜💜💜
“Entendeu Malu?” Kkkkk foi o melhor
Uau. Explicou tão bem que o assunto se abriu na minha cabeça. Parabéns
Não sei vocês, mas quando digitei as duas formas, apareceu, nas duas opções, mulheres negras e brancas.
Acabei, de conhecer seu trabalho e vc utilizou das palavras com plena sabedoria e isso me emocionou, pois é exatamente isso que sinto. Parabéns ! Belíssimo trabalho
Eu gosto muito da forma didática e não violenta que você explica!
Concordo 100% com vc! Adoro a forma como vc aborda os assuntos nos seus vídeos, sempre embasados na pesquisa transparente e assertiva! Vc me inspira e é um lindo menino, tenho idade de ser sua mãe. Sou sua fã e fiel seguidora! Adoro vc! Sou a Marlucia Fernandes, tenho 61 anos.
Cara, que didática maravilhosa. Obrigado por dissipar essa névoa de ignorância que pairava sobre mim. E é isso: apropria-se da cultura negra, mas continuamos a excluir os negros. Massa quando você diz que o problema não está na branca de dreadlocks, mas no processo de desvinculação entre povo negro e a produzida por esse povo. É como Foucault explicou: o poder não vacila! E poder age assim: arrancando as tranças da pele negra.
Meu sonho é bater um papo e conhecer o Spartacus, cara vc é um homem de muita cultura e isso é muito importante, tmj! Abordar assuntos tão complicados assim dever ser difícil, digo sem ofender ninguém, e expressar seu ponto de vista defendendo quem está sendo oprimido.
Seus vídeos despertam várias reflexões que nunca tive.
Bastante interessante. Colocou-me pra pensar, tirou-me da inércia da aceitação de conceitos que foram me colocados desde sempre. Grato!
Além do mais, tu é muito lindo! :P
Parabéns pelo video! Excelente.
O problema está em quem recebe a msg, pq esse video está muito, mas muito bem explicado, de maneira educada, com simplicidade no vocabulário e tudo muito bem esclarecido.
Gostei muito. Achei simples, objetivo e esclarecedor. Você comunica muito bem
Falou tudo. Gostaria que teu video virasse uma cartilha, para que toda vez que alguém se sentisse incomodado com uma situação como quando, vimos, uma mulher branca usando turbante, ou o caso do jovem que estava usando dread, que foram abordados de forma agressiva, ao invés de agir de tal forma, poderíamos criar um dialogo usando o teu video como guia para o discurso e permitindo a retórica sem violência. Estamos vivemos tempos difíceis, precisamos nos respeitar e ser mais empáticos. Você falou bonito, abriu minha cabeça mais ainda para o assunto, não falou bobagem não. :)
Que vídeo sensível, informativo e claro! Obrigado por compartilhar ♥️
Obrigado. Eu estava criando discussões equivocadas mas esse video me esclareceu muita coisa.
Você como sempre perfeito e com o dom da palavra! Obrigado por mais uma vez compartilhar seu conhecimento, Spartakus!
Bacana ! É Como, quando colocamos uma referência bibliográfica em um texto. Podemos usar, mas deixando claro de onde veio o que estamos usando.
Gostei do vídeos!
Queria agradecer por este vídeo, isso abriu meu olhar para além das tranças, mas sobre como as pessoas realmente tentam vender a cultura e esquecem do povo que criou essa cultura, consigo entender agora não só sobre trancas, mas sobre samba, capoeira, rap.
Quando deixam de apoiar a cultura para se tornar o mercado vendível, o mercado capitalista visa procurar o rosto que vende ao invés do dono da cultura.
Vídeo sensacional
Adoro suas colocações. De forma clara e muito compreensível...
Muito obrigada pela sua pesquisa, dedicação e paciência na produção desses ótimos vídeos! Axé!
Soube se expressar perfeitamente, e eu concordo plenamente com tudo que vc falou, eu li sobre, pra entender melhor do assunto e acho que todos deveriam fazer isso, e eu tava pensando nisso q você falou no finalzinho, uma preta usando trança, significa muito, tem toda uma história por trás e é um símbolo de resistência, diferentemente de um branco, pq não demostra nada, apenas a admiração pela cultura negra.
Maravilhosa a abordagem teórica, os exemplos, explicação didática, te indico nas minhas aulas! Parabéns pela pesquisa e obrigada pelos ensinamentos!!
Um dos canais mais sensatos quando se trata de temas polêmicos. Parabéns Spartakus!!! Adoro seus vídeos são muito explicativos!!!!
Nossa, sério... Muito obrigada! Eu tinha minhas dúvidas sobre apropriação cultural e você abriu minha mente. Me sinto muito bonita de tranças e gosto muito de usar, mas é em mulheres negras que me inspiro e busco sempre enaltecer que é uma parte muito bonita da cultura, da história e que deve ser dado o devido valor a quem nos trouxe.
Pelo vídeo, vejo que você tem amadurecido seu discurso e suas ideias. Muito legal!
Obrigada por essa explicação Spartakus. Você sempre muito claro e didático. Eu por exemplo amo, assim é uma coisa de alma, samba, mas aquele samba raiz mesmo. E alguns deles tem umas letras bem fortes com cunho de resistência, que falam de experiências de racismo etc. E sempre que estava em uma roda de samba eu cantava, me emocionava (tendo consciência de que não era uma história sobre mim), mas ficava meio mal me perguntando se eu podia estar ali, se eu podia cantar aquela letra, porque não queria tomar o lugar de ninguém.
gostei MUITO do vídeo, extremamente didático e essencial assistí-lo até o fim! aprendi muita coisa hoje pq apropriação cultural pra mim ainda era um conceito um pouco ambíguo e confuso, parabéns e obrigada pela informação
Gente, uma dúvida que ficou no caso da loja de roupas que fez modelos inspirados na Iemanjá e não quis usar modelos negres. Se a loja usasse em sua maioria pessoas negras e uma parte menor de pessoas brancas, isso seria como uma "cota branca" na propaganda?! Porque tipo, eu sempre vi propagandas de shampoo (usarei esse exemplo porque é o que eu acho mais didático ) nas quais as modelos eram, em sua maioria, brancas e uma ou outra era negra; nessa viagem toda eu sempre pensei que era tipo uma cota negra dentro da indústria. Aí hoje tem umas propagandas que inverteram o esquema e eu me perdi kkkkkk. E outra, esses dias eu vi uma propaganda sobre cachos e só tinham modelos negras mostrando os diversos tipos de cachos e tals. Isso se configura como falta de representatividade, já que existem pessoas brancas de cabelo cacheado? Obrigada para quem leu o textão! Kkkkkk Uma boa vida a todos!
Meio que concordo com o que você falou. Mas então quando a Marvel fez um filme do Thor, que é um herói totalmente baseado na mitologia nórdica, e colocou um ator negro para representar um dos deuses dessa mitologia, foi um erro?
Muito obrigada por me ensinar sobre apropriação cultural,eu queria saber sobre o assunto e tinha duvidas,vc explicou super bem,concordo com a sua opinião,um grande abraço para vc.
Adorei o video 😍 acabei de trançar meu cabelo, pois sempre achei maravilhoso.
Spartakus, seus vídeos são incríveis, você sintetiza e apresenta de forma muito correta e acessível as discussões atuais e necessárias. Vou lhe fazer uma sugestão, já que tenho usado seus vídeos como introdutórios de assuntos importantes como este em minhas aulas, já que mostrar você falando cativa os alunos e depois fica bem mais fácil seguir para a bibliografia da disciplina: você poderia citar mais os autores que você leu para embasar suas falas ou uma outra sugestão seria colocar apenas na tela na tela (sem ter que alterar suas falas) os nomes dos autores nos quais você se embasou para criar seu conteúdo. Vejo claramente Djamila, Silvio Almeida, Adilson Moreira guiando suas opiniões (e certamente você leu todo esse pessoal) mas quem não conhece a bibliografia não os reconhece. Seria até uma forma de fazer um link dos seus vídeos para as pessoas procurarem os livros ou vídeos desses pensadores essenciais para se entender nossa sociedade hoje. Beijão.
Apesar de ser branca minha família é constituída de negros e índios, sempre tive ao meu redor negras com cabelo liso e traços indígenas ou cabelo encrespados e pele clara com traços negros, uma mistura muito louca, mas a maior parte das minhas referências as negras eram muito empoderadas e lindas, e eu queria ser como elas, poderosa como elas, linda como elas, cabelão liso ou crespo, não importava, o que importava era a força que aquela mulher que eu via todo dia me passava. Quando criança me apeguei demais aos traços indígenas, mas na adolescência e no começo da juventude quando passei a admirar e entender mais a cultura negra, esse tipo de questionamento sempre me fora levantado; por nunca me explicarem direito, e sempre ser um assunto tenso, sem resposta definitiva, eu guardava meu desejo por achar que estaria fazendo algo errado... Mas com esse vídeo eu me lembrei do dia que eu decidi colocar tranças, e disse para mim mesma, "agora poderei representar toda força das mulheres negras que passaram pela minha vida." Muito obrigada por isso.
Que massa, vei! Primeira vez que assisto um vídeo tão simples e claro sobre esse assunto que é tão polêmico.
Muito bem colocada a sua pesquisa. É sempre bom esclarecer a diferença entre práticas individuais e estruturais.
Um assunto muito importante, e super complexo. Precisa ser dito em vários momentos, até todos entenderem.
Melhor vídeo sobre o tema. Coloquei uma faixa na cabeça certa vez e minha filha me criticou afirmando q aquilo era apropriação cultural uma vez q sou branca. Ela explicou sobre, mas confesso q não entendi e mesmo após pesquisar bastante nunca consegui entender mas ela conseguiu me fazer sentir culpada e nunca mais usei a tal faixa.
Abriu a minha visão sobre esse assunto.
Muito obrigada
Nossa, achei super esclarecedor seu vídeo. Obrigada pela explicação. Vou divulgar!
Ótimo vídeo mano parabéns
Nossa.... to sem palavras!! Colocações PERFEITAS. 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Cara, esse vídeo é de longe o mais completo que vi sobre esse tema. Já vi muitos vídeos e li textos em que as pessoas exaltam os negros (não vejo nada de errado nisso) mas rebaixam os brancos ou de pele um pouco mais clara. Me parece um tipo de racismo tb e isso faz com que muitos brancos vejam os negros de uma forma que a grande maioria não merece. Muito obrigado por ter feito esss vídeo, foi muito esclarecedor, você está de parabéns. Deus te abençoe muito!!!
muito obrigado por esclarecer minhas duvidas com esse tema, sempre tive muita dificuldade em entender e ate debater pois toda a vez que vejo pessoas comentando sobre estão sendo agressivas, intolerantes e as vezes preconceituosas e por conta disso sempre me abstive do debate por medo de perguntar e entender melhor sobre o assunto, achei o seu video muito bom e extremamente informativo parabéns
O melhor vídeo que eu assisti até hoje a respeito do tema!
Parabéns e obrigada por esse presente à internet 💝
MARAVILHOSO esse vídeo! Achei super didático e adorei os exemplos que você usou! Muito obrigado por compartilhar!
eu lembro da epoca que anita colocou tranças e o pessoal começou uma certa discussao, ai durante essa epoca lembro de um texto falando coisas bem parecidas com o que vc falou, enquanto anita era vista como uma mulher linda de tranças e ter feito coisas para ficar mais escura, pessoas negras e de tranças eram feias e sofriam racismo, infelizmente ainda vejo pessoas brancas usando coisas da cultura negra e se sentindo negro por isso, ninguem quer se sentir negro pelo racismo, so pela cultura
Adorei o vídeo, me elucidou demais! Eu nunca achei estranho o uso de tranças, roupas e outras coisas lindas oriundas de outras culturas, porque eu vejo uma beleza imensa em cada manifestação que cada povo tem. É uma visão minha, ainda mais sendo brasileira nata, ou seja, ser mais miscigenado que a gente, não tem. Pode ser um pensamento utópico ainda, mas chegará o dia em que toda cultura será reverenciada, principalmente aquela que foi oprimida e usurpada. O reconhecimento cultural da manifestação de cada povo deveria ser lei e, assim sendo, sua apropriação para fins financeiros, ser punida. Excelente vídeo, parabéns pela sensatez e sensibilidade.
Perfeito me ajudou muito a entender o que é o a fazer um trabalho para o colégio. Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento. Gostei muito do Vídeo
Nossa o vídeo é uma perfeição do começo ao fim.
Obrigafo pelas ensinamentos e reflexões acerta desse tema tão pequeno, mas ao menos tempo enorme. Abriu muito a minha mente! Sucesso!
Eu te odiava, com todas as minhas forças e passei te adorar, comecei a ouvir mais oq vc tem pra dizer e não me arrependo, além de ter argumentos sólidos parece mais educado e empático o vídeo ficou sensacional, admiro muito seu trabalho.
Que vídeo completo e esclarecedor!
sempre quis entender pra formar minha opinião, e tu explicou perfeitamente! 🥰
cara te amo, um video bem sóbrio, objetivo e apresentado por um amorzinho
Melhor video que ja vi sobre o tema. Super didático. Parabéns!!!
Nossos seres humanos em constante evolução! Parabéns pelo vídeo.
A explicação dele é tão lúcida e bem colocada. Gosto de entender para poder crescer como ser humano.