Foi Lipovetsky quem introduziu a expressão de "era do vazio" no título de um dos seus livros. É isso que se vai percebendo nestes webinars e nos documentos que se encontram à disposição. Muita vagueza, muitos lugares comuns, alguns quase ou mesmo centenários (não é isso que lhes retira o valor, quando são válidos, o que é escusado é apresentá-los como se fosse uma grande novidade), um conjunto de princípios ou de postulados ideológicos (ou mesmo demagógicos em alguns casos) de que se parte como se fossem verdades inquestionáveis, sem a devida crítica e ponderação. Enfim, não sei se ficaremos muito melhor, porque a verdade é que também nunca estivemos muito bem. No meio de tanta hesitação disfarçada em assertividade e em expedientes retóricos, parece-me que a reforma mais consistente que foi tentada (e que acabou rapidamente subvertida) no Portugal democrático, provavelmente também a mais participada, foi a que foi concebida durante os governos do Engº António Guterres e que não olhou apenas para a escola, mas também para a ciência, um trabalho notável do Prof. José Mariano Gago. Data dessa ocasião o surgimento dos Centros de Ciência Viva, por exemplo, e que tiveram um impacto sobre a educação se calhar muito maior do que muitas reformas ou ajustamentos curriculares nas escolas.
São referidas explicitamente muitas competências das diferentes áreas do saber, mas faltam competências da área das Humanidades que considero indispensáveis ao perfil do aluno, ou que deverão estar mais explícitas no documento. Refiro-me não apenas à memória histórica, mas também ao tempo histórico, às relações passado-presente, à construção de uma identidade nacional, europeia e mundial. Sem memória histórica o aluno não pode compreender o seu presente, muito menos tomar decisões ou fazer escolhas acertadas, ou refletir de forma crítica e fundamentada.
A legislação aponta para este tipo de competencias. Contudo na pratica é dificil de implementar ou melhor, operacionalizar.
Foi Lipovetsky quem introduziu a expressão de "era do vazio" no título de um dos seus livros. É isso que se vai percebendo nestes webinars e nos documentos que se encontram à disposição. Muita vagueza, muitos lugares comuns, alguns quase ou mesmo centenários (não é isso que lhes retira o valor, quando são válidos, o que é escusado é apresentá-los como se fosse uma grande novidade), um conjunto de princípios ou de postulados ideológicos (ou mesmo demagógicos em alguns casos) de que se parte como se fossem verdades inquestionáveis, sem a devida crítica e ponderação. Enfim, não sei se ficaremos muito melhor, porque a verdade é que também nunca estivemos muito bem. No meio de tanta hesitação disfarçada em assertividade e em expedientes retóricos, parece-me que a reforma mais consistente que foi tentada (e que acabou rapidamente subvertida) no Portugal democrático, provavelmente também a mais participada, foi a que foi concebida durante os governos do Engº António Guterres e que não olhou apenas para a escola, mas também para a ciência, um trabalho notável do Prof. José Mariano Gago. Data dessa ocasião o surgimento dos Centros de Ciência Viva, por exemplo, e que tiveram um impacto sobre a educação se calhar muito maior do que muitas reformas ou ajustamentos curriculares nas escolas.
São referidas explicitamente muitas competências das diferentes áreas do saber, mas faltam competências da área das Humanidades que considero indispensáveis ao perfil do aluno, ou que deverão estar mais explícitas no documento. Refiro-me não apenas à memória histórica, mas também ao tempo histórico, às relações passado-presente, à construção de uma identidade nacional, europeia e mundial. Sem memória histórica o aluno não pode compreender o seu presente, muito menos tomar decisões ou fazer escolhas acertadas, ou refletir de forma crítica e fundamentada.
Entao, veja o webinar com a professara Peralta e com a professora Roldao
Já vi, e daí? O facto é que no documento, e friso, no documento, isso não está explícito, como eu acho que deveria estar.