Ótima aula! Mesmo assim, eu acho que hoje principalmente no meio empresarial tem um exagero de termos em inglês numa conversação simples. Por exemplo, outro dia um coordenador disse a seguinte frase: "hoje não vou poder ficar full time com vocês"... Qual a necessidade disso? se temos como expressar isso em português... Em alguns casos que falta uma palavra em português pra determinar alguma coisa eu até entendo... mas há muito exagero no uso. Obrigado pela suas aulas!
O problema que vejo com o estrangeirismo é o esnobismo. Brasileiros pensam ser bonito usar palavras de outras línguas, principalmente do inglês. Como cheguei a conclusão que não se passa de "esnobismo"? Falo inglês fluente e vivo há 33 anos nos Estados Unidos. Trabalhei por 17 anos fazendo traduções de português/inglês vice/versa. Falo português, pois fui alfabetizado no Brasil, falo inglês, pois decidi morar nos Estados Unidos. Pelo fato de eu conviver cotidianamente com pessoas que falam inglês eu deveria estar confuso com ambas as línguas, quem pensa assim engana-se. Falo português sem usar palavras do inglês e vice-versa. Brasileiros e páginas de grande porte na ‘internet’ adoram este esnobismo, e o pior é que as palavras vindas do inglês na maioria das vezes são traduzidas literalmente, o que não faz sentido. A maioria gosta tanto de aparecer que vou citar uma palavra em inglês que está sendo muito usada atualmente por brasileiros, "feedback". Brasileiros usam esta palavra mais que os próprios americanos. Trabalho com um engenheiro americano durante 12 anos. Além de conversarmos sobre serviço, também falamos sobre diversos assuntos. Durante estes anos eu jamais ouvi de sua boca a palavra "feedback". Usar palavras de outras línguas denigrem a nossa língua. Se o latim foi extinto por não se atualizar, poderíamos pensar que poderá acontecer a mesma coisa com o inglês? Os americanos não usam palavras novas de outras línguas. As que usam já foram incorporadas há muito tempo. Mas ajudariam os brasileiros a aprender inglês o estrangeirismo? É esta a minha dúvida, pois como disse tradução literal atrapalha. A pessoa aprende errado e depois é difícil corrigir Um exemplo, a palavra "look". Diversos órgãos de imprensa usam esta palavra de maneira errada, até mesmo os intelectuais da comunicação. O "look" (vestimenta)da fulana é feio. Deixe-me abrasileirar, o look da fulana está fora de mora. (usei a palavra abrasileirar, pois, se dissesse aportuguesar estaria referindo a todos que falam português). Se eu traduzir esta frase para o inglês, ver-se-á que a palavra "look" está incorreta. Her outfit is outdated. Se eu colocar a palavra look e traduzir num dicionário de inglês/inglês, vou ter diversos significados, porém nunca "outfit" She bought a new outfit for her daughter’s wedding. Ela comprou uma roupa nova para o casamento da filha. . She bought a new outfit for the party. Ela comprou uma roupa nova para a festa. He wore an unusual outfit of pink pants and green sneakers. Ele usou uma roupa estranha, calças rosa e tênis verde. Então está provado que os intelectuais da imprensa brasileira além de gostarem de aparecer, cometem gafes. Já que estamos próximo, quero comentar mais uma gafe da imprensa brasileira, Dia dos Namorados dos Estados Unidos (valentine's day) Está a pergunta e resposta: (encontrada no Google) Is valentine's day for couples? Dia de são valentim é para casais? Valentine's Day is around the corner. Contrary to popular belief, this day is not only for lovers but for all those whom we love. Dia de São valetim está próximo, ao contrário que muitos acreditam, este dia não é apenas para casais, mas para todos que amam. "Around the corner" quer dizer próximo, é por isto que tradução literária não funciona.
Parabéns. Vc conseguiu sintetizar exatamente o que penso sobre o assunto. Contribuição ou influência de outro idioma, ocorre quando não há correspondente em nossa própria língua. O que não é o caso de dizer "fazer uma call"; "divulgar fake news"; "tirar uma selfie"... Pois fazer uma chamada, divulgar notícia falsa ou boato e tirar um auto retrato, machuca os ouvidos de quem? Dos esnobes...rsrsrs Daqueles que insistem em usar termos em inglês, mas é analfabeto funcional em português. Também não discordo da brilhante fundamentação do professor, mas realmente há um uso indiscriminado de termos em língua estrangeira, o qual passa longe de ser uma contribuição dinâmica, pois a palavra que exprime aquela idéia existe no vernáculo.
Muito interessante, professor Pablo. Pretendo estudar melhor essa questão. O que me pega ainda nesse questão do estrangeirismo é o uso do inglês de modo muito forçado nas empresas e, em diversas ocasiões, uma preocupação maior com o inglês em detrimento da língua materna, no caso, o português. No primeiro caso, o discurso corporativo chega a ser engraçado de se ouvir. Hoje, estava assistindo a uma live no canal de youtube da empresa Johnson, e fiquei surpreso com a homogeneização do discurso, no que se refere às expressões em inglês. A cada sentença que eles pronunciavam havia ao menos um termo em inglês. Job, "aplicar o currículo" (vindo da palavra apply, suponho), Talent Hub, diversity etc. O nome de todas as vagas também era em inglês, EXECUTIVE ASSISTANT, Talent Acquisition Sr. Manager etc. Quase tive que ligar o tradutor do navegador. No segundo caso, a saber, maior zelo pela língua inglesa, a ponto de saber melhor o inglês que a língua mãe. Para ilustrar, tive um colega na faculdade de filosofia que a preocupação dele com o inglês era tão excessiva que, além de ter estudado mais inglês que português (e isso o prejudicava nas monografias que ele tinha que escrever, em português, na faculdade), ele chegava ao ponto de usar regras e estruturas da língua inglesa em suas monografias escritas em português! Era tão grave o caso, que ele reprovou em uma disciplina, pois o professor acreditava que a monografia dele seria o caso de plágio, pois o texto parecia uma "tradução ruim do inglês". Outro exemplo é daqui de casa. Minha irmã de 21 anos consome muito mídia, cultura em inglês. Para resumir, ela estudou mais inglês (4 anos no cursinho) que português. Propus-me a ensiná-la a escrever textos em português e constatei o seu pouco domínio na escrita. Enfim, professor, deixo aqui apenas uma impressão genérica que tenho desse assunto. Não creio que o estrangeirismo seja o maior problema da educação no Brasil, mas isso não muda o fato de que constatamos que, no Brasil, país onde a educação (escolar, formal) é evidentemente sofrível, as pessoas aprendem a falar e a escrever inglês, usam expressões em inglês (totalmente traduzíveis, portanto, expressões que possuem correspondentes na língua portuguesa) e passam mais tempo e dão mais valor a uma língua estrangeira que a própria língua mãe, é sinal de algo talvez mais profundo e que pode ser abordado, não apenas do ponto de vista linguístico, mas sociolinguístico (área que não conheço quase nada), sociológico, político, histórico etc. Gostaria de pensar melhor essa questão, se o senhor tiver alguma recomendação de leitura seria muito bacana. Obrigado pelos vídeos e pelo seu trabalho aqui no youtube.
Eu acredito que o estrangeirismo não prejudica a língua nativa,mas o seu uso exagerado por meio de influências externas e pelo esnobismo pode ser prejudicial em algumas situações.
Muito aqui tenho ouvido sobre estrangeirismo, não na Língua Portuguesa, a inconfundível Língua de Camões, mas em "Brasileirês", aquela que se diz Português do Brasil. Caso para se dizer que o brasileiro abusa na sua Língua, diferençando do verdadeiro e original Português. Sou português nascido e vivido no Norte de Portugal, até aos 41 anos de idade, quando tive de emigrar para um país de Língua inglesa, onde vivo há mais de 44 anos. Por vezes sou levado a acreditar, que algumas palavras brasileiras, não passam para nós portugueses, também de "estrangeirismos".
Excelente explicação! Mas , resta-me uma dúvida: muitos professores recomendam evitar o estrangeirismo na produção de textos como os de vestibulares e concursos. Eu estarei passível de perder pontos se utilizar, por exemplo, a palavra "delivery" para fazer referência à entrega de mercadorias em domicílio?
Pablo, a palavra "denegrir" é uma termo racista? citei uma sentença com essa palavra na minha redação com o sentido de desgastar. O professor da plataforma me aconselhou a não usar essa palavra, mas eu disse que essa palavra não foi usada em sentido conotativo e que ela tem um significado no dicionário. Outros professores acharam normal, mas você, como um professor bastante atualizado, qual o seu conselho? obrigado! eu li sobre, mas as matérias são bastante distintas ou muitas vezes feitas por pessoas que não são gramáticos. Queria saber isso na perspectiva da L.P.
Até onde eu sei denegrir não tem nenhum contexto historicamente racista, a palavra em si já existia, o problema mesmo foi ela ser usada durante o período escravagista.
Profe, a palavra italiana *_mozzarella_* já tem a forma aportuguesada, que, segundo o VOLP/ ABL, é *muçarela* . No entanto, alguns insistem em escrever *"mussarela"* , que, pelo que já li, foi um equívoco replicado várias vezes: de tanto essa escrita incorreta ser reproduzida pelo comércio, terminou sendo incorporada em alguns *dicionários alternativos* . Até no Wikipedia aparece essa grafia como sendo supostamente correta. Não sei por que fico é irritada quando vou ao supermercado e vejo um "mussarela" atrevido na minha frente! kkkkk O que o senhor acha? É correto ou não? Talvez possa ser um tema interessante para um vídeo curto qualquer dia desses.
Verbos VER e VIR. É um assassinato à nossa língua, dizer: Se a gente não se "VER" mais ... O CERTO É: se a gente não se VIR mais... Professor, você pode dar uma explicação sobre a maneira correta de usar o verbo VER, neste caso?
Prof, então pq a esquerda diz que o brasil não quer deixar de ser "colônia" dos EUA por gostar de usar termos em inglês? Isso tem fundamento ou é ignorância linguística? Existe isso de colonialismo linguístico de modo "pejorativo"?
Não vejo estrangeirismo no nosso idioma e nem no nome das nossas empresas... Design, delivery, fitness, jeans, shopping center, spray, show, notebook, online, off, sale, barber, marketing e babydoll. Empresas, Trendy Girl, Fashion Avenue, Style Queen, Glam Chic, Pretty in Pink, Fashion Man. O que vemos é AMERICANISMO, VIRA-LATISMO. Porque não tem influência de outro idioma, senão o inglês dos Estados Unidos. O brasileiro tem síndrome de colonialismo. Adora ser quintal dos Estados Unidos. Em detrimento da nosso riquíssimo idioma. Jovens entortam a boca pra pedir chesse burger, chesse egg. E não sabe escrever exceção ou excêntrico. Muito menos o significado dessa palavra. Meu nome é 5 letras básicas, que ninguém entende. Mas, Washington, Wellington e whatsapp, todos sabem. Engraçado né
Caro professor, estrangeirismo é uma coisa ruim. É um vício. Ou seja, uma virtude em exagero, algo desnecessário. E línguas - aliás o próprio português foi - são sim, criadas por decreto. É muito conhecida a citação de famoso linguista de que "dialeto é uma língua sem exército." As línguas não morrem porque simplesmente não se renovam, mas muito mais porque são penetradas por estrangeirismos de tal forma que se descaracterizam. O problema não é tão simples assim. O abuso deve, sim, ser coibido. Existe um imperialismo linguístico bem documentado. Inclusive a ONU reconhece o perigoso fenômeno do linguicídio. O impulso do esperanto foi exatamente esse: cada povo com sua língua, esperanto para todos.
Ótima aula
Primeiraaaa! O senhor posta vídeo todos os dias? As 16:00 professor? Boa tarde 💜
Isso aí!
@@PabloJamilk ❤️ obg, okay. Deus te abençoe!
Depois do fenômeno chamado "globalização" o estrangeirismo ficou ainda mais forte.
Compartilhei vossa aula com minha conta no Facebook, espero que se divirtam tanto como eu, obrigado mestre
Ótima aula! Mesmo assim, eu acho que hoje principalmente no meio empresarial tem um exagero de termos em inglês numa conversação simples. Por exemplo, outro dia um coordenador disse a seguinte frase: "hoje não vou poder ficar full time com vocês"... Qual a necessidade disso? se temos como expressar isso em português... Em alguns casos que falta uma palavra em português pra determinar alguma coisa eu até entendo... mas há muito exagero no uso.
Obrigado pela suas aulas!
Parabéns professor Pablo! É exatamente o que eu queria saber meu caro!
Muito bom, Pablo.
Money, que é good nós não have.
Se nós havasse nós não estava aqui estudando.
Isso é a true. Trurisse pura
Ótimo vídeo.
Isso explicação é antológica! Parabéns Professor
Excelente explicação.
Lendo Jorge Amado por exemplo você pode perceber a forte influência do espanhol naquela época.
Parabéns, excelente!!!!
Mas o "estrangeirismo" faz parte dos chamados vícios de linguagem.
O problema que vejo com o estrangeirismo é o esnobismo. Brasileiros pensam ser bonito usar palavras de outras línguas, principalmente do inglês. Como cheguei a conclusão que não se passa de "esnobismo"? Falo inglês fluente e vivo há 33 anos nos Estados Unidos. Trabalhei por 17 anos fazendo traduções de português/inglês vice/versa.
Falo português, pois fui alfabetizado no Brasil, falo inglês, pois decidi morar nos Estados Unidos.
Pelo fato de eu conviver cotidianamente com pessoas que falam inglês eu deveria estar confuso com ambas as línguas, quem pensa assim engana-se. Falo português sem usar palavras do inglês e vice-versa.
Brasileiros e páginas de grande porte na ‘internet’ adoram este esnobismo, e o pior é que as palavras vindas do inglês na maioria das vezes são traduzidas literalmente, o que não faz sentido. A maioria gosta tanto de aparecer que vou citar uma palavra em inglês que está sendo muito usada atualmente por brasileiros, "feedback". Brasileiros usam esta palavra mais que os próprios americanos.
Trabalho com um engenheiro americano durante 12 anos. Além de conversarmos sobre serviço, também falamos sobre diversos assuntos. Durante estes anos eu jamais ouvi de sua boca a palavra "feedback". Usar palavras de outras línguas denigrem a nossa língua. Se o latim foi extinto por não se atualizar, poderíamos pensar que poderá acontecer a mesma coisa com o inglês? Os americanos não usam palavras novas de outras línguas. As que usam já foram incorporadas há muito tempo. Mas ajudariam os brasileiros a aprender inglês o estrangeirismo? É esta a minha dúvida, pois como disse tradução literal atrapalha. A pessoa aprende errado e depois é difícil corrigir Um exemplo, a palavra "look". Diversos órgãos de imprensa usam esta palavra de maneira errada, até mesmo os intelectuais da comunicação. O "look" (vestimenta)da fulana é feio. Deixe-me abrasileirar, o look da fulana está fora de mora. (usei a palavra abrasileirar, pois, se dissesse aportuguesar estaria referindo a todos que falam português). Se eu traduzir esta frase para o inglês, ver-se-á que a palavra "look" está incorreta. Her outfit is outdated.
Se eu colocar a palavra look e traduzir num dicionário de inglês/inglês, vou ter diversos significados, porém nunca "outfit"
She bought a new outfit for her daughter’s wedding. Ela comprou uma roupa nova para o casamento da filha.
. She bought a new outfit for the party. Ela comprou uma roupa nova para a festa.
He wore an unusual outfit of pink pants and green sneakers. Ele usou uma roupa estranha, calças rosa e tênis verde.
Então está provado que os intelectuais da imprensa brasileira além de gostarem de aparecer, cometem gafes.
Já que estamos próximo, quero comentar mais uma gafe da imprensa brasileira, Dia dos Namorados dos Estados Unidos (valentine's day)
Está a pergunta e resposta: (encontrada no Google) Is valentine's day for couples? Dia de são valentim é para casais?
Valentine's Day is around the corner. Contrary to popular belief, this day is not only for lovers but for all those whom we love.
Dia de São valetim está próximo, ao contrário que muitos acreditam, este dia não é apenas para casais, mas para todos que amam.
"Around the corner" quer dizer próximo, é por isto que tradução literária não funciona.
Parabéns. Vc conseguiu sintetizar exatamente o que penso sobre o assunto. Contribuição ou influência de outro idioma, ocorre quando não há correspondente em nossa própria língua. O que não é o caso de dizer "fazer uma call"; "divulgar fake news"; "tirar uma selfie"... Pois fazer uma chamada, divulgar notícia falsa ou boato e tirar um auto retrato, machuca os ouvidos de quem? Dos esnobes...rsrsrs
Daqueles que insistem em usar termos em inglês, mas é analfabeto funcional em português. Também não discordo da brilhante fundamentação do professor, mas realmente há um uso indiscriminado de termos em língua estrangeira, o qual passa longe de ser uma contribuição dinâmica, pois a palavra que exprime aquela idéia existe no vernáculo.
Adorei, vou ver de novo até entender tudo..a idade faz isso kk
Concordo plenamente, mas "eu vou estar indo fazer", dói, né?
...e o "não vou ter...", Ou..."nada haver"
Professor plabo nota 1000.🥰🥰👍💟💟
Muito interessante, professor Pablo. Pretendo estudar melhor essa questão. O que me pega ainda nesse questão do estrangeirismo é o uso do inglês de modo muito forçado nas empresas e, em diversas ocasiões, uma preocupação maior com o inglês em detrimento da língua materna, no caso, o português. No primeiro caso, o discurso corporativo chega a ser engraçado de se ouvir. Hoje, estava assistindo a uma live no canal de youtube da empresa Johnson, e fiquei surpreso com a homogeneização do discurso, no que se refere às expressões em inglês. A cada sentença que eles pronunciavam havia ao menos um termo em inglês. Job, "aplicar o currículo" (vindo da palavra apply, suponho), Talent Hub, diversity etc. O nome de todas as vagas também era em inglês, EXECUTIVE ASSISTANT, Talent Acquisition Sr. Manager etc. Quase tive que ligar o tradutor do navegador. No segundo caso, a saber, maior zelo pela língua inglesa, a ponto de saber melhor o inglês que a língua mãe. Para ilustrar, tive um colega na faculdade de filosofia que a preocupação dele com o inglês era tão excessiva que, além de ter estudado mais inglês que português (e isso o prejudicava nas monografias que ele tinha que escrever, em português, na faculdade), ele chegava ao ponto de usar regras e estruturas da língua inglesa em suas monografias escritas em português! Era tão grave o caso, que ele reprovou em uma disciplina, pois o professor acreditava que a monografia dele seria o caso de plágio, pois o texto parecia uma "tradução ruim do inglês". Outro exemplo é daqui de casa. Minha irmã de 21 anos consome muito mídia, cultura em inglês. Para resumir, ela estudou mais inglês (4 anos no cursinho) que português. Propus-me a ensiná-la a escrever textos em português e constatei o seu pouco domínio na escrita.
Enfim, professor, deixo aqui apenas uma impressão genérica que tenho desse assunto. Não creio que o estrangeirismo seja o maior problema da educação no Brasil, mas isso não muda o fato de que constatamos que, no Brasil, país onde a educação (escolar, formal) é evidentemente sofrível, as pessoas aprendem a falar e a escrever inglês, usam expressões em inglês (totalmente traduzíveis, portanto, expressões que possuem correspondentes na língua portuguesa) e passam mais tempo e dão mais valor a uma língua estrangeira que a própria língua mãe, é sinal de algo talvez mais profundo e que pode ser abordado, não apenas do ponto de vista linguístico, mas sociolinguístico (área que não conheço quase nada), sociológico, político, histórico etc. Gostaria de pensar melhor essa questão, se o senhor tiver alguma recomendação de leitura seria muito bacana. Obrigado pelos vídeos e pelo seu trabalho aqui no youtube.
Pablo, indica uma bibliografia básica de linguística!
Existe um exagero do estrangerismo que vem da língua inglesa e isso é uma coisa ruim.
Eu ñ encontrei o que é chimia, o que consegui encontrar foi chimia = química.
"Chimia" aqui no sul é oq o resto do Brasil conhece como "Geleia"
Chimia de uva por exemplo
@@gabrielsales3323 obrigada!!
Eu acredito que o estrangeirismo não prejudica a língua nativa,mas o seu uso exagerado por meio de influências externas e pelo esnobismo pode ser prejudicial em algumas situações.
Muito aqui tenho ouvido sobre estrangeirismo, não na Língua Portuguesa, a inconfundível Língua de Camões, mas em "Brasileirês", aquela que se diz Português do Brasil. Caso para se dizer que o brasileiro abusa na sua Língua, diferençando do verdadeiro e original Português. Sou português nascido e vivido no Norte de Portugal, até aos 41 anos de idade, quando tive de emigrar para um país de Língua inglesa, onde vivo há mais de 44 anos. Por vezes sou levado a acreditar, que algumas palavras brasileiras, não passam para nós portugueses, também de "estrangeirismos".
É mais facil um brasileiro de 50 anos se comunicar com um alemão de 50, do que com um português de 90.
Mas quando alguém quer divulgar um evento, por exemplo, usar experience invés de experiência ou we are shine invés de nós brilhamos, não é exagero?
Excelente explicação! Mas , resta-me uma dúvida: muitos professores recomendam evitar o estrangeirismo na produção de textos como os de vestibulares e concursos.
Eu estarei passível de perder pontos se utilizar, por exemplo, a palavra "delivery" para fazer referência à entrega de mercadorias em domicílio?
Não. Pode usar.
Firewall por exemplo.
Diabéisso?????
Pablo, a palavra "denegrir" é uma termo racista? citei uma sentença com essa palavra na minha redação com o sentido de desgastar. O professor da plataforma me aconselhou a não usar essa palavra, mas eu disse que essa palavra não foi usada em sentido conotativo e que ela tem um significado no dicionário. Outros professores acharam normal, mas você, como um professor bastante atualizado, qual o seu conselho? obrigado! eu li sobre, mas as matérias são bastante distintas ou muitas vezes feitas por pessoas que não são gramáticos. Queria saber isso na perspectiva da L.P.
Até onde eu sei denegrir não tem nenhum contexto historicamente racista, a palavra em si já existia, o problema mesmo foi ela ser usada durante o período escravagista.
O problema está em quem diz, que há um problema nessa palavra
@@heitorpedrodegodoi5646 Mais uma prova de que o sentido das palavras se modifica de acordo com o contexto da época.
Excelente trabalho... mas como compreender a persistência de "garçon", "marron" e diversas outras?...
Profe, a palavra italiana *_mozzarella_* já tem a forma aportuguesada, que, segundo o VOLP/ ABL, é *muçarela* . No entanto, alguns insistem em escrever *"mussarela"* , que, pelo que já li, foi um equívoco replicado várias vezes: de tanto essa escrita incorreta ser reproduzida pelo comércio, terminou sendo incorporada em alguns *dicionários alternativos* . Até no Wikipedia aparece essa grafia como sendo supostamente correta.
Não sei por que fico é irritada quando vou ao supermercado e vejo um "mussarela" atrevido na minha frente! kkkkk O que o senhor acha? É correto ou não? Talvez possa ser um tema interessante para um vídeo curto qualquer dia desses.
Verbos VER e VIR. É um assassinato à nossa língua, dizer: Se a gente não se "VER" mais ... O CERTO É: se a gente não se VIR mais...
Professor, você pode dar uma explicação sobre a maneira correta de usar o verbo VER, neste caso?
E quem determina que uma palavra usada por nós não precisa mais ser grifada? Seria a ABL por meio do VOLP?
Prof, então pq a esquerda diz que o brasil não quer deixar de ser "colônia" dos EUA por gostar de usar termos em inglês? Isso tem fundamento ou é ignorância linguística? Existe isso de colonialismo linguístico de modo "pejorativo"?
Lá vem o besteirol do outro!!!!
@@Mari.al1307 tbm acho besteirol, não acredito nisso. Maaaas, se existe gente q fala essas coisas talvez tenha algum sentido, ou não.
🤔
Não vejo estrangeirismo no nosso idioma e nem no nome das nossas empresas... Design, delivery, fitness, jeans, shopping center, spray, show, notebook, online, off, sale, barber, marketing e babydoll. Empresas,
Trendy Girl,
Fashion Avenue,
Style Queen,
Glam Chic, Pretty in Pink, Fashion Man. O que vemos é AMERICANISMO, VIRA-LATISMO. Porque não tem influência de outro idioma, senão o inglês dos Estados Unidos.
O brasileiro tem síndrome de colonialismo. Adora ser quintal dos Estados Unidos. Em detrimento da nosso riquíssimo idioma. Jovens entortam a boca pra pedir chesse burger, chesse egg. E não sabe escrever exceção ou excêntrico. Muito menos o significado dessa palavra. Meu nome é 5 letras básicas, que ninguém entende. Mas, Washington, Wellington e whatsapp, todos sabem. Engraçado né
❤️❤️
😃👍👍👍
Fale sobre a linguagem neutra kkkkk
Caro professor, estrangeirismo é uma coisa ruim. É um vício. Ou seja, uma virtude em exagero, algo desnecessário. E línguas - aliás o próprio português foi - são sim, criadas por decreto. É muito conhecida a citação de famoso linguista de que "dialeto é uma língua sem exército." As línguas não morrem porque simplesmente não se renovam, mas muito mais porque são penetradas por estrangeirismos de tal forma que se descaracterizam. O problema não é tão simples assim. O abuso deve, sim, ser coibido. Existe um imperialismo linguístico bem documentado. Inclusive a ONU reconhece o perigoso fenômeno do linguicídio. O impulso do esperanto foi exatamente esse: cada povo com sua língua, esperanto para todos.
Você é linguista?
Historiador. Linguísta diletante (na verdade frustrado!)
@@PabloJamilk gostei muito Pablo pr. Assis esposo d. Francisca lembra Rondônia
Então pare de falar portugues e aprenda Latim,irmão
@@hugomaas então, meu amigo, faltam-lhe as bases hermenêuticas da Linguística para discutir o assunto mais propriamente.