Traduções de Shakespeare - Peças

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  • Опубліковано 6 лют 2025
  • Vídeo onde comento as traduções das peças de William Shakespeare.
    A Tradução Literária (Paulo Henriques Britto): goo.gl/RJSWvz
    Trecho de Macbeth (Ato 1, Cena 7): nfs.sparknotes....
    "If it were done when ’tis done, then ’twere well
    It were done quickly. If the assassination
    Could trammel up the consequence, and catch
    With his surcease success; that but this blow
    Might be the be-all and the end-all here,
    But here, upon this bank and shoal of time,
    We’d jump the life to come. But in these cases
    We still have judgment here, that we but teach
    Bloody instructions, which, being taught, return
    To plague th' inventor: this even-handed justice
    Commends the ingredients of our poisoned chalice
    To our own lips. He’s here in double trust:
    First, as I am his kinsman and his subject,
    Strong both against the deed; then, as his host,
    Who should against his murderer shut the door,
    Not bear the knife myself. "
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КОМЕНТАРІ •

  • @eduardolucio8451
    @eduardolucio8451 5 місяців тому

    Descobri o seu canal há pouco e já assisti a vários vídeos. Você está de parabéns pela competência, capacidade de expressão, inteligência e simpatia. Ganhou um inscrito.

  • @Salgadelli
    @Salgadelli Рік тому +1

    Exposição excelente! Muito grato!

  • @karinaluciabarrosoferreira8677
    @karinaluciabarrosoferreira8677 4 роки тому +7

    Que vídeo maravilhoso! Eu li as obras de Shakespeare na tradução da Bárbara e amei! ♥️ Eu queria tanto esse vídeo! Obrigada por ter feito!

  • @carlapoppe9941
    @carlapoppe9941 7 років тому +17

    Mais um vídeo incrível! Completíssimo e com informações relevantes. Eu confesso que só conheço Shakespeare através do cinema. Pretendo corrigir isso em breve e esse vídeo vai me ajudar muito a fazer melhores escolhas. Ouvindo você falar sobre as dificuldades enfrentadas pelos tradutores, comecei a pensar em autores que já li e que imagino tenham sido muito desafiadores, como por exemplo, Virgínia Woolf.

  • @denisefreitas6727
    @denisefreitas6727 2 роки тому +1

    Gosto demais das traduções da Barbara Heliodora e da Penguin. Vídeo impecável Aline!

  • @adiblima
    @adiblima 11 місяців тому +2

    você é foda. parabéns pela exposição genial. continue compartilhando suas experiências. Saudações pelo seu trabalho.

  • @marciasantos-rt6sn
    @marciasantos-rt6sn 6 років тому +4

    Encontrei por um acaso, e me apaixonei...mais uma inscrita 😀

  • @rodrigomoreira2681
    @rodrigomoreira2681 2 роки тому +1

    Muito obrigado, Aline!!!
    Parabéns pelo vídeo.

  • @DamarisOBS
    @DamarisOBS 7 років тому +5

    Sem palavras, só gratidão

  • @marthajumartins
    @marthajumartins 7 років тому +4

    Excelente esse vídeo, Aline. Não entendo de tradução, mas é incrível perceber a diferença que faz para as pessoas uma tradução de Shakespeare mais acessível (mais doméstica usando o termo que vc falou) do que uma tradução mais arcaizante. É muitas vezes o determinante para se conquistar mais leitores de Shakespeare ou não. Parabéns pelo conteúdo. Adoraria v vc falando sobre os periodos literários -período elisabetano, vitoriano..

  • @wereallmadhere
    @wereallmadhere 7 років тому +22

    As traduções do Carlos Alberto Nunes não são difíceis de encontrar, elas saíram em edições pocket pela editora Peixoto Neto.
    Eu li algumas peças no original também e eu concordo com alguns críticos de que há muitas incoerências na fala de alguns personagens de Shakespeare e o Carlos Alberto Nunes "meio" que corrige essas incoerências. Por exemplo, um personagem fica emocionado e começa um discurso incoerente para deixar transparecer esse conflito emocional. Eu comparei algumas partes de Titus Andronicus em que no original o personagem começa a fala com "Vós" (Ye/You) para mostrar respeito, deferência e termina com "tu" (Thou). Já no texto do Carlos Alberto Nunes o pronome é sempre o mesmo, alvo engano ,"Vós". Ele faz algumas correções que outros tradutores não fazem (já não lembro detalhes, porque eu terminei o meu projeto de ler todas as peças o ano passado, 2017).
    As traduções da Barbara Heliodora estão revisadas na caixa de Teatro Completo, enquanto as edições mais antigas não estão revisadas.
    Eu não li as traduções do Flores pela LP&M, (não posso comentar).
    Para estudo, para quem quer conhecer mais a fundo o texto de Shakespeare, sem ir direto ao original (que é muito difícil, às vezes quase impossível de entender), eu recomendo as traduções do Elvio Funck (pronuncia-se FUNQUI, é alemão, não inglês) pela editora Movimento/UNISC.
    O professor Elvio traz o texto original e a tradução interlinear para que o leitor compare e muitas, mas muitas notas de roda-pé com detalhes que só a tradução não pode trazer.
    Embora seja muito difícil encontrar essas traduções, eu sempre recomendo por ser o mais próximo do original sem se perder em uma edição apenas com o texto original. Pena que a editora da UNISC não faça nenhum tipo de divulgação ou distribuição de suas obras.

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +2

      Essas edições da Peixoto Neto a gente encontra em livraria ou sebo? Importante essa afirmação sobre as correções do CAN. Obrigada! A tradução do Flores é da Penguin Companhia.

    • @manebone5385
      @manebone5385 7 років тому +2

      We're All Mad Here Acabei de ler "Romeu e Julieta" Unisc... e confere o dito acima...super recomendo!!! ... retirei na biblioteca pública da minha cidade!

    • @wereallmadhere
      @wereallmadhere 7 років тому +4

      Em livraria, são edições novas de todas as peças traduzidas pelo CAN. Na Livraria Martins Fontes em SP há todas (Esse ISBN 9788588069725, exemplo), na Saraiva também... A Peixoto Neto tem uma coleção de teatro muito interessante, mas eu vejo que muita gente não conhece....

  • @LIVROSEBOOKS
    @LIVROSEBOOKS 6 років тому +2

    Muito interessante e esclarecedor esse seu vídeo. Não sabia nada sobre essas dificuldades e estilos de tradução. Tudo o que li de Shakespeare foi traduzido pelo meu xará (também me chamo Carlos Alberto Nunes) e sempre achei que aquele fosse o estilo de Shakespeare. Com seu video, me interessei muito pelas traduções da Bárbara - estou me coçabdo pra comprar aquela edição completa, de capa azul...

  • @vivianpaula2027
    @vivianpaula2027 7 років тому +2

    Aline, por uma série de motivos está cada vez mais difícil para mim acompanhar os vídeos dos vlogs dos quais tenho afinidades literárias. Ainda não li nada dele estou em divida comigo. (rsrs) Mas, são por vídeos como este que permaneço aqui te acompanhando. Amei! Gosto do seu cuidado! Fica muito claro que estou ganhando meu tempo. Grata!Bjs

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому

      Obrigada pela companhia de sempre, Vivian. Fiz com carinho!

  • @AHoraeAVezdaPoesia
    @AHoraeAVezdaPoesia 3 роки тому +1

    Muito bom, parabéns pelo vídeo!

  • @luisfprotasio
    @luisfprotasio 7 років тому +3

    com a breca! você falando sobre tradução é muito ❤️. Um ponto pouco comentado, mas fundamental quando se trata de tradução é a questão da época em que a tradução é feita - afinal, a perspectiva a partir da qual se traduz é um retrato do contexto, inclusive literário, em que introdutor está inserido, não acha? por isso não existe tradução perfeita e "final' e textos tão ricos como os do Shakespeare e do Cervantes não só podem, como, na minha opinião, devem ser retraduzidos sempre. Não sei se comece o livro "Quase a mesma coisa", do Umberto Eco - é um livro bem interessante para quem gosta desse universo da tradução. Enfim, outro vídeo sensacional, como sempre. Parabéns!!! ;)

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому

      Não conheço o livro do Eco. Obrigada pela indicação. Acho que seu comentário dialoga com o do James Thiago. E acho que o contexto influência, sim, no modo como lemos uma obra, embora sempre haja estudiosos empenhados em estudar essas diferentes leituras. Especialmente quando se trata de cânone.

  • @leitoruniversal5711
    @leitoruniversal5711 7 років тому +5

    O José Francisco Botelho (que traduziu brilhantemente Os Contos da Cantuária do Chaucer) traduziu Romeu e Julieta para a Penguin e, em breve, outras peças também, assim como o Lawrance Flores Pereira .

    • @leitoruniversal5711
      @leitoruniversal5711 7 років тому +1

      José Francisco Botelho também traduziu Júlio César, recém publicado pela Penguin.

  • @moraes_psi
    @moraes_psi Рік тому +1

    Que vídeo ótimo e esclarecedor. Teu vídeo me fez mudar de opinião. Eu ia ler pela tradução da L&PM, mas com a comparação, vou pro meu box da tradução da Bárbara Heliodora.
    Sinceramente, mesmo usando o recurso estruturado, ela conseguiu, ao menos nessa leitura que fizesse, me soar até mais direta e compreensiva.
    As traduções do chato do Carlos Alberto Nunes eu passo longe. A forma eh mais importante pra ele do que a compreensão do texto. Eu conhecia já as traduções dele do Homero. Inelegíveis.

  • @tayrinyfranciele8286
    @tayrinyfranciele8286 4 роки тому +1

    Excelente vídeo 👏👏👏👏

  • @raquelfribeiro
    @raquelfribeiro 7 років тому +4

    Que vídeo rico em informações! Parabéns! Curioso você ter falado que não achou a tradução de Hamlet da Barbara Heliodora. Se não me engano, foi a mãe dela quem traduziu Hamlet e Barbara nunca quis traduzir pois gostava muito da tradução que a mãe que fez para ela. Mas há uma edição mais recente desta tradução (uma edição comemorativa de 50 anos da Nova Fronteira com tradução de Hamlet e Romeu e Julieta) que foi apenas revista pela Barbara Heliodora que fez pouquíssimas alterações, mas primordialmente é a tradução da mãe dela. 😉

  • @audreyfalavignaosorio7574
    @audreyfalavignaosorio7574 2 роки тому +1

    Nossa! Que vídeo sensacional. Aline, chegaste a ler no original? Eu tenho as traduções da L&PM e uma edição de obras completas do Shakespeare em inglês. Estou entre comprar o box traduzido pela Barbara Heliodora e encarar o inglês do século XVI mesmo.

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  2 роки тому +1

      Li só algumas peças no original e achei bem desafiador.

  • @LIVROSEBOOKS
    @LIVROSEBOOKS 5 років тому +4

    Oi, Aline! Adoro teu canal, especialmente os vídeos sobre Shakespeare, é esse é excepcional! Fiz um video sobre ROMEU E JULIETA e tomei a liberdade de mencionar e deixei o link desse video lá. Espero que não se importe se tiver algum problema é só falar que eu tiro, ok?

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  5 років тому +2

      Problema nenhum! Obrigada pela divulgação!

  • @ateliedarebeca
    @ateliedarebeca 3 роки тому +1

    Muito bom, obg! Aproveitando o ensejo, qual tradução vc recomendaria de Jane Austen? Que seja fiel principalmente ao humor e à época

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  3 роки тому

      não tenho leitura suficiente de Jane Austen para fazer essa recomendação. :/

  • @mariaclaramorette4019
    @mariaclaramorette4019 7 років тому +8

    Aline, que vídeo útil! Tenho lido na tradução da Bárbara e às vezes preciso retornar para entender. No entanto, eu prefiro demorar mais na leitura porque prezo pelo estilo. Você possui algum livro com textos de apoio para a leitura das peças? Tenho procurado algum livro que seja como um estudo sobre as peças, algo que me ajude a contextualizar a leitura. A questão é que não sou da área de letras e aí não sei muito se o que encontro possui qualidade ou não.

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +3

      A Bárbara Heliodora tem um chamado: Shakespeare, o que as peças contam. Se quiser aprofundar mais, ela tem outro chamado Falando de Shakespeare. Um livro básico, introdutório, mas excelente, dela também?, que fala do autor de modo geral é Por que ler Shakespeare.

    • @eduardovainer9205
      @eduardovainer9205 7 років тому +1

      Essa questão da tradução é fundamental. As melhores traduções são as que conseguem manter fidelidade ao texto original conjugada com a inteligibilidade em Língua Portuguesa. Exemplos de traduções magníficas para livros fundamentais que combinam essas virtudes: José Francisco Botelho ( Contos da Cantuária: Penguin Companhia) ; Jorge Vaz de Carvalho ( Ulisses: Relógio D'Água); Jorge Wanderley e Ítalo Eugênio Mauro ( Inferno e a Divina Comédia completa ); Sergio Telarolli ( Origem: Thomas Bernhard).

    • @ivanetefaquineti1152
      @ivanetefaquineti1152 7 років тому +2

      Posso entrar de supetão e citar um aqui quem me ajudou muito? Ele é um pouco mais complexo e ''acadêmico'' - o conheci por intermédio do meu professor de Práticas de Leitura do Texto Literário, e me foi de grande valia no meu primeiro ano cursando Letras - que é o: ''Shakespeare: a Invenção do Humano'' do Harold Bloom. Porém, vale lembrar que Bloom é um adepto ferrenho da ''bardolatria'' e parte de um pressuposto em que Shakespeare seria ''O grande autor por excelência' '. Contudo, mesmo com este viés declaradamente ''pró Shakespeare'', aconselho imensamente a leitura deste livro, pois, nele o autor nos propicia uma leitura bem minuciosa e única acerca de todas as peças do nosso queridíssimo bardo.

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому

      Sim, eu consulto muito esse livro. Um dos melhores!

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +2

      Outros dois que lêem o Shakespeare de forma muito minuciosa são Northrope Frye é René Girard.

  • @Yanara0510
    @Yanara0510 7 років тому +3

    Fiquei imaginando aqui, Aline, a conversão de um Guimarães Rosa. Muitos abandonaram a arrojada aventura, mas soube q uma australiana está nesse empreendimento para à obra em inglês (embora já exista, naturalmente ), e outro linguista, para o alemão. Imagina o q é tentar fazer um alemão assimilar um cenário sertanejo autêntico com seu seu dialeto,rs. Se num país como o nosso existem regionalismos e seus aspectos tão idiossincraticos ,o q dirá de um país tão diferente. Deve ser algo tipo eu tentando entender física quântica .
    Acredito q certas traduções são verdadeiras mutilações, não há como sustentar à essência, perde-se à significação . Lembrei de uma entrevista do grande Jorge Amado, q tem traduções para dezenas e dezenas de línguas, relatando o quanto riu de uma expressão traduzida. Tipo, nada a ver! rs
    Enfim, só um comentário à toa. Realmente muito interessante essa questão de tradução. Boa semana:)

  • @jmcanal9513
    @jmcanal9513 2 роки тому

    Comprei *Hamlet* da Martin Claret recentemente, tradução de Gentil Saraiva Jr., e não gostei muito. Acredito que algumas frases e palavras ele modernizou. Pesquisei e encontrei que a tradução da Chiado para *Hamlet* é muito melhor e mais próxima da original.

  • @fortunatocaio
    @fortunatocaio 4 роки тому

    comprei Ricardo II com a tradução do Carlos Alberto Nunes e estou achando muito estranho

  • @LIVROSEBOOKS
    @LIVROSEBOOKS 6 років тому

    "Se estivesse feito quando está feito, necessário seria fazê-lo imediatamente. Se o assassinato atirasse a rede sobre todas as consequências e capturasse ao mesmo tempo o sucesso; se o golpe fosse tudo e terminasse tudo aqui embaixo, no banco de areia e no baixio deste mundo, arriscaríamos a vida futura..." - tradução de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros. Gostei bastante. O que você achou?

  • @alb_reuel
    @alb_reuel 4 роки тому +2

    Tradução do Carlos Alberto Nunes afasta o leitor. Barbara Heliodora aproxima o leitor. E ao ler no original percebe-se que Barbara acertou na musicalidade, na fluência e no tom do Shakespeare, que não tem nada a ver com a sisudez intelectual do Carlos Alberto Nunes.

  • @JamesThiagoHP
    @JamesThiagoHP 7 років тому +2

    Dando um de advogado do diabo, talvez. Até que ponto um texto traduzido nos permite acessar a obra original? Na sua fala ficou claro para mim, mas obviamente você pode discordar dessa minha interpretação, a questão de que em Shakespeare, por exemplo, mesmo um nativo de língua inglesa encontra dificuldades ao entrar em contato com o texto original por conta das expressões em desuso. Isso nos faz leitores de um outro ("novo") Shakespeare? Ou seja, o texto não é só traduzido, mas em alguma medida também é reescrito? E talvez lido de forma diferente dos contemporâneos da obra, visto que o autor hoje já é um cânone (no sentido de que isso modifica a forma de ser apresentado ao texto)? Isso me parece evidenciar que um texto não deixa de ser renovado pelo modo com que é incorporado e reincorporado pela cultura.
    Outra pergunta: Como podemos identificar traduções confiáveis? Só nos é possível confiar ou desconfiar da editora?

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +2

      Não sei se entendi seus pontos, Thiago, mas há divergência teórica entre tradutores. Há os que defendem que não há recriação, só transposição para o outro idioma, e outros que acham que parte de traduzir é criar um pouco, sim. Acredito que uma experiência longa com tradução possa clarear a questão, mas talvez não dissipe esse tipo de desconfiança. Sobre seu último ponto, a menos que sejamos poliglotas, como vamos questionar a qualidade da tradução? É algo que sempre me pergunto. Para mim é possível avaliar traduções do inglês e de algumas línguas neolatinas, mas e do russo? Do grego? Do alemão? Os problemas mais facilmente identificáveis são os de adequação às regras do português. É muito comum, por exemplo, ver estruturas típicas do inglês transpostas pro português sem a adequação devida. Mas e nessas outras línguas, ou nas questões de estilo? Complicado... Quanto ao Shakespeare, seus enredos são consagrados por um sem-número de montagens e adaptações para outros formatos. Só que, se ler Shakespeare é lê-lo no seu estilo próprio temos algo sobre o que pensar, de fato. Mas estou só especulando.

    • @JamesThiagoHP
      @JamesThiagoHP 7 років тому +2

      Obrigado! Levantei mais uma rede de dúvidas em relação à busca de uma "essência" do texto. Por exemplo, se estamos muito distantes cronologicamente do texto original e estamos lendo uma tradução, o quanto esse texto foi "modificado" pelo decurso temporal e pelo leitor de hoje? Ou seja, como a sociedade mudou, mudou também a forma de ler as palavras expressas no texto. Neste sentido, até que ponto a busca por essa "essência" do texto é possível ser acessada mesmo pelos nativos de língua inglesa? O que tentei expressar com dificuldade é que talvez estejamos lendo um "outro Shakespeare" e ao mesmo tempo o Shakespeare do ato da escrita. Um livro não seria então modificado pelo decurso do tempo, uma vez que o leitor, a sociedade, a língua, a linguagem são outras? Tentando pensar um pouco sobre como acessamos textos antigos e até que ponto podemos nos aproximar da experiência de leitura dos contemporâneos de Shakespeare. Talvez a pergunta real seja, o que queremos com o (encontrar no) "Shakespeare de hoje"?

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +2

      Esse comentário me lembrou exatamente a modificação da leitura de Dom Quixote, que não foi considerado uma paródia em seu tempo. Ou sobre como a Divina Comédia tem um sem-número de subtextos praticamente inacessíveis para os leitores de hoje. Mas é claro que há inúmeros estudiosos e especialistas dessaa obras que fazem esse estudo e registram esse tipo de coisa. Sobre Shakespeare, Dante e Cervantes, há bibliotecas inteiras. E essa é até meio que a ideia por trás do conto Pierre Menard, autor do Quixote, de J. L. Borges.

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  7 років тому +3

      Sobre ler outro Shakespeare, você está certíssimo. O bardo colocou um sem número de críticas e análises sociais que o público caótico e barulhento da época nem percebeu. Sem contar que os críticos da época dele o consideravam um bárbaro e só no Romantismo ele foi resgatado como gênio.

    • @JamesThiagoHP
      @JamesThiagoHP 7 років тому +1

      Existe alguma boa biografia em português sobre Shakespeare que você indicaria?

  • @ateliedarebeca
    @ateliedarebeca 3 роки тому +1

    Muito bom, obg! Aproveitando o ensejo, qual tradução vc recomendaria de Jane Austen? Que seja fiel principalmente ao humor e à época

    • @AlineAimee
      @AlineAimee  3 роки тому

      olha, não comparei tantas traduções de Jane Austen, então ficarei te devendo essa informação.

    • @jmcanal9513
      @jmcanal9513 2 роки тому

      Procure pela tradução do Ivo Barreto, segundo o que li ele é especialista em Jane Austen. Eu tenho a sua tradução de *Razão e Sentimento* da Nova Fronteira (ano de 1996-4 edição), comprei logo depois de ver o filme da Emma Thompson.