A VIDA INÚTIL
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- Опубліковано 11 бер 2021
- Você tem a impressão de que a sua vida é inútil?
De que você perde o seu tempo nas redes sociais ou séries que você nem queria mesmo assistir?
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Ai que saudades, chegar da aula e assistir Malhação, novela das seis, sete, e a das nove....
Às vezes as pessoas só querem ser entretidas até morrer.
Acho que o celular é uma ferramenta de fácil acesso para a fuga, é muito fácil você pegar esse aparelho e nele terá dezenas de coisas para te distrair e te desligar da realidade, vez ou outra eu reparo em mim mesmo fazendo nada no celular apenas para não me dar de cara com a realidade, pois assim que desligamos o celular e damos espaço para nossos pensamentos fluírem, nós nos encontramos com nossos conflitos internos, nossos dilemas e nosso peso de existir.
O tempo existe para ser desperdiçado, o amor fracassa e a vida é inútil.
Charles Bukowski.
Tem a colocação do Clóvis de Barros no livro: A felicidade é inútil. Ele diz que inútil é algo que tem valor em si só, não é pra receber algo em troca no futuro. Vlw Manu.
Pra mim o problema é que os boletos vão chegar, os preços do supermercado aumentaram muito, não tenho emprego garantido, se não produzir, estudar e trabalhar vou ficar sem dinheiro e o celular atrapalha. Quem me dera ter tempo livre. Mas acho que não deveria ser assim.
nossa, total, eu me sinto assim também, são tantos problemas externos que quando e se quando, conseguimos parar, eu me sinto no direito de ser inútil, ai eu vou pro celular, fico ouvindo musica, e jogando, fico mais no celular para jogar e ver fotos no tumblr e pinterest, pq de alguma forma, precisamos do nada.
Sim! Estava pensando sobre isso ontem! Estava na internet e veio essa culpa e eu realizei que preciso de tempo na vida pra não fazer nada de útil e está tudo bem! que lugar e esse que a gente acha que vai chegar produzindo o tempo inteiro, sendo úteis, úteis pra que, pra quem? Esse discurso de que a vida tem um propósito pode ser uma armadilha! Mais uma prisão!
Acho que tem livro que pode ser mais fútil que novela... E que tem trabalho que é mais vazio que ficar rolando o dedo em uma página de Facebook interessante.
De todo modo, concordo que tá tudo bem reservar uma parte do tempo pra ser gasta a toa mesmo, independente do que a gente considera que seja inútil...
Sou viciada em videos do youtube. Acordo tomo e café e já venho ver meu facebook , email e pulo para o youtube. Por ter uma consciencia muito forte sobre produtividade, passei a buscar videos que acrescentem algo em meu ser. Assim descobri o canal Flor e Manu, Leandro Karnal, Nova Acrópole, Pedro Calabrez e música. Assim desperdiço o meu tempo mas aprendo coisas novas. Me obrigo a levantar depois de 1 hora e fazer outra coisa! Procurando a coluna do meio. Nem tanto ócio, nem tanto produtividade. A Homeoestase!
Filósofos faziam isso... gastavam tempo pensando. Não se culpe. Vc deve ser bem inteligente e as tarefas diárias são enfadonhas.
Pela utilidade do inútil! 🍃
Inutensílio, termo do Paulo Leminski
Eu acho essa uma questão muito sensível e não acho que o problema em si seja fazer coisas inúteis. O negócio é quando ser "inútil" é mecanismo de fuga e não de compensação. Mecanismos de compensação são necessários, são o que faz a gente negociar e cumprir com as obrigações (alô vídeo da procrastinação). Mas mecanismos de fuga são, pelo menos em minha visão, apenas tiros no pé. Tem dias que o celular é pra mim quase um oásis, tem dia que é um coice no peito frágil.
Agravou-SE um processo, no meu entendimento, que vem lá da revolução industrial, com o relógio e o tempo das fábricas, do patrão. Antes, muito mais guiados pelo tempo da natureza, até pelas características dos trabalhos (olha aí o carrinho de mão), tínhamos uma rotina muito mais circadiana, já transformada claro, mas muito mais conectada com as necessidades do corpo, com o tempo do sol. Com a luz elétrica só piorou nesse aspecto, pois podemos agora produzir em horários antes excluídos para tal. O sonho de qualquer acumulador de dinheiro: burguêses (no sentido marxiano mesmo). Com a ideologia te introjetam o desejo de produção e te fazem acreditar sim que é natural tu produzir mais que se precisa para alguém, e ai de ti não fazer dessa forma (incopetente, um ser humano menor). Não tem como, também segundo entendo, fazer uma mudança comportamental/de entendimento nessa lógica onde não se tem espaço para o pensamento fluir, constantemente dragado pra dentro do vórtex da produção incessante. Quantas pessoas estão virando reféns de post em suas redes sociais? Tendo que mostrar necessariamente algo de interessante o tempo todo, como se todo mundo fosse interessante o tempo todo... Não tem como ter uma cabeça saudável nessas condições. Diria que uma das maiores amarras é tua necessidade de dinheiro, para comer, para morar, para viver mesmo. É a forma mais simples de te cooptar: tirar teus recursos. Por isso a ideia de pleno emprego também não é bem vista por esses mesmos burgueses. Exército de reserva é um bando de gente desesperada que faz qualquer coisa para viver e nessas condições, fazer analise ou meditar ouro qualquer outra solução fica totalmente fora do horizonte de expectativa. Mas também acredito que é na hora mais escura que tu consegue ver melhor a luz, é quando tu pode olhar e perceber que alguma coisa não funciona nisso tudo e tu pode te "libertar" um pouco, notar suas reais necessidades e quais desejos se pode atender em determinada situação. Enfim, não sei se divergi muito do assunto, mas fica uma reflexão. Abraço e bora bater um papo, discordando ou concordando, tanto faz.
Achei muito acertado seu comentário . Também a rescento que também fazendo assim fica mais fácil de doutrinar as pessoas incutindo lhes novas ideias que nem sempre são tão novas assim. Meio que uma lavagem cerebral em massa. Escrevo isso por que tenho notado esse processo ocorrido em grande escala mas décadas de 80 e 90. E a crédito que tem tudo a ver com oque você escrever. Aproveitando se que nesse sistema que não permite o pensamento fluir seria o tempo oportuno para incutir uma lavagem cerebral social. Não sei se é algo descabido fruto de minha mente ou se é real, visto que na época os que tinham ideias próprias eram somente as criancas tendo vivido essas complicadas décadas, acreditei que as pessoas em suas horas OCIOSAS recebiam dos veículos de comunicação uma doutrinação em massa. Inclusive tive até um professor que abordou sobre isso . Embora muitas pessoas mais velhas cantem aqueles tempos em prosa e verso sofremos cobranças incessantes e absurdas por exemplo eram os cobrados a sermos interessantes o tempo todo e aos 20 anos ter carro, casa própria, emprego fixo , e de preferência já serv casado. Algo que nem sempre era possível a tão curto prazo.
Me fez lembrar da animação Soul. Qual o nosso propósito? A gente realmente tem uma missão?
Acabei de assistir num outro vídeo que dizia: "Nós não aceitamos que somos animais". Achei bem profundo e tem a ver com o que vc falou... não aceitamos nossa insignificância e parece que queremos mostrar que somos 'superiores' aos outros animais, daí a ideia de produtividade. É como se a gente tivesse que provar que não somos como os outros animais... sempre fazendo mais e mais pra provar que somos úteis e melhores e poderosos... Mas somos só animais, né? Querendo ser deuses ou robôs ou humanos inteligentes ('raça superior')... Os outros animais seguem vivendo a vida deles (comendo e dormindo) !!! Haha Baita sacada que, ao meu ver, faz todo sentido.
Para mim, hoje, o que bate é: o problema não é o que eu faço com o meu tempo, mas é o que eu espero ou desejo depois, ou seja, se eu fico as minhas horas "livres" simplesmente navegando na internet, vendo filme ou qualquer outra coisa que eu deseje, ok, ta tudo bem, só não será razoável eu me chatear por TALVEZ não obter o nível de progresso que eu desejo em uma área x da minha vida na qual eu não fiz o "esforço necessário" (subjetivo) pois dediquei para uma outra coisa. Como diria Graciliano Ramos:
"É fácil se livrar das responsabilidades. Difícil é escapar das consequências por ter se livrado delas."
Obrigado pelo vídeo Manu!! Os vídeos dessa semana me fizeram refletir ainda mais sobre alguns pontos que venho pensando (e de onde saiu esse pensamento ai de cima).
Obrigado também a todos que comentam. Muita riqueza nesse espaço!!
Uma vez eu calculei que fico umas 10h dos meus dias úteis sentada! E depois eu pensei que estranho dizer isso "dias úteis", quer dizer que os outros 2 dias são inúteis?? E quem diz que o que eu faço nos meus dias é útil ou inútil?
O meio da busca não é o problema, em si. As redes sociais também têm muitas coisas incríveis, pode depender do que cada um segue... obrigada sempre!
Sim, concordo que precisamos de um pouco de ócio na vida.
Todavia, acho que o celular (redes sociais) ele não proporciona um ócio bom, pois a busca continua, não descansamos, se é que um dia descansaremos.
Penso que ócio bom seria a contemplação, o silêncio, o descanso de estar atrás de algo, seja de produtividade ou das redes.
Obrigada pelo video 🌼🎬
Pra mim, a questão principal do celular é exatamente oq vc falou, busca por vínculo, acolhimento e tb produção de auto imagem (que têm a ver uma com a outra)... Acho que são questões bem complicadas (e tendem a se complicar mais nas redes heheh).
As vezes passo 12h, 14h dentro de um laboratório (trabalho com pesquisa em uma universidade), e me culpo por ir dormir as 10h da noite ("cedo") sem estudar alguma coisa da faculdade. Hj nao precisei ir trabalhar, ja ia tirar uma sonequinha da tarde me sentindo culpada por nao estar fazendo algo de produtivo. Valeu Manu e galera dos comentários (li todos) vou relaxar bem tranquilinha e parar de me cobrar tanto.
Olá Manu, tudo bem? Gostei muito desse vídeo. Ele cabe exatamente no momento que estou vivendo. O primeiro ponto para mim é que eu concordo com você em relação a culpa de usar o celular ou Netflix. E a essa pressão subjetiva de não podermos "desperdiçar tempo". Eu percebo a minha vida com problemas de produtividade no trabalho e aumento do déficit de atenção, e consequentemente problemas de memória. Percebo claramente que o uso das redes sociais em minha vida, aumentou minha ansiedade. Virou um ciclo: aumentou a distração, diminuiu o foco, piorou a memória e a capacidade de aprendizado , que gera ansiedade e culpa. Então, eu não acho que é um problema usar a rede social, no entanto, o problema é a forma como cada um consegue ou não se controlar e usar com moderação. Para mim, virou mais um vício.
...sei que é meio chato ficar indicando leituras. Mas esse papo me levou para uma leitura que fiz ha algum tempo atras. O Avesso do Niilismo - cartografias do esgotamento, do Pelbart. Não são resposta. Mas caminhos, possibilidades que nos conduzem ao oposto da desistência, do abandono. Talvez interesse.
Acho que vale a pena fazer pelo menos uma coisa importante. Seja para sua comunidade ou humanidade. Não penso em culpa, apenas receio que algumas pessoas são apenas parasitas. Não fazer nada e fazer de tudo me parece uma maneira de se aproximar da morte. Então, bom senso é sempre bem vindo. E sem culpa, só reflexão e bom senso. Não precisamos ser extraordinários nem zumbis.
De uns tempos pra cá, especialmente com a pandemia☹tenho me permitido um pouco de muuuuita coisa. Tento - tento! - controlar o tempo que fico envolvida com cada coisa e assim tento - tento! - fazer parte do que é necessário e parte do que me da prazer( incluindo procrastinar) e isso todos os dias!
Comecei tentando colocar horario e tempo mas pra mim nao deu certo.
Quando comecei a deixar correr livre, percebi que aproveitava mais o dia e de e um jeito mais agradável. E até o necessário( facina, limpeza, arrumação) passou a ser realizado numa atmosfera mais leve...
Quando caminho com meu cão, começo a ms pergintar o que vou fazer quando voltar pra casa e daí encontro respostas que nao esperava, que vieram de um intetesse qualquer naquele momento. Se chego em casa cansada, adioa e descanso e no descansar busco algo pra fazer parada, daí vou fazer o que pensei enquanto caminhava e vou procurando também me dar prêmios pela dedicação ao que era necessário e por fim, condigo tambem ver o que quero np celular, todos os dias mas não por muoto tempo...tem sido assim. Ta sendo bom.😊😉E trabalho fora 3 a 5 vezes na semana, com duas horas ausente de casa a cada dia de trabalho. Isso me permite usar meu tempo livre com a liberdade que desejo. Mas quando a pandemia passar , a carga horaria fora de cada vai aumentar mas daí, será OUTRO momento, OUTRA historia.
Vídeo curtinho e super propositivo, Manu. Adorei! Cheio de abertura. Um respiro de leveza. Lembrei do Guimarães Rosa: "Felicidade se acha é em horinhas de descuido"
Fui dormir ontem pensando exatamente nisso, nas inutilidades da minha vida. Importante o vídeo, muito obrigada!
O ato de descansar/relaxar produz paz interior.
Nossa , parece que cada vídeo é uma coisa sobre o que tô passando kkkk. Esse canal é sensacional! Bom, a minha geração ( 20 anos) sente MUITA inutilidade e incapacidade. Parece que estamos sempre para trás. E isso vem muito , pra mim, das redes sociais mesmo .... que me faz me comparar mais com pessoas que eu admiro ou não . E como eu disse , parece que eu tô sempre para trás. Eu vivo no looping de desinstalar e instalar o instagram. Porque meio que tá na nossa cabeça que parece que para ser bem sucedido você tem que ter um conta profissional com milhares de seguidores e fazer vídeo no UA-cam. Mas eu não quero isso kkklkk aí parece que tô sempre em desvantagem
Ai amg, vamos nos abraçar? Tenho 22 anos. Pelo menos umas três vezes por semana eu desativo o twitter, mudo senha do Instagram, tudo numa tentativa de sabotar minhas horas descendo e subindo telinha. Parei de me sentir tão culpada quando lembrei que tô há um ano sem convivência com meus círculos de amizade e é nas redes sociais que eu tenho alguma tentativa de conexão com essas pessoas, com o mundo. Saudável não é, mas é o que temos pra hoje por enquanto e enfim. Te entendo TANTO nisso de se sentir pra trás o tempo todo, metas que não se cumprem nunca né? Espero que nossa geração em algum momento comece a ser menos noiada e só fique mais tranquila vendo novela, pq puts
@@amandacavalcante4093 aaaa eu tb!! Tenho 21. Vamos começar a tendência de ficar tranquilo vendo novela
Caroline Freire bobagem! Eu tive o infortúnio de ter sido adolescente nos anos 80 e uma jovem adulta nos anos 90. Eu me sentia igual a você. Sempre em desvantagem. Com uma vida considerada sem atrativos, na maior parte do tempo desempregada. O ensino nessas épocas haviam ddcaido demais. Eu tinha dificuldades e estava sempre atrasada na escols. Era cobrança demais! Depois que me casei, fui cobrada até para ter um comportamento sexual que eu jsmais teria. EM contrapartida, meu filho não se casou. Estudou muito. Teve liberdades que não tive. Tem um excelente emprego e se sente um fracassado assim como eu me sentia. Não precisa ser assim. E difícil mas acredito que a gente consegue tocar o FODA SE e passar a viver nossa própria vida sem nos importamos e sempre nos defendendo das críticas nada e fácil nessa vida mas a liberdade e sempre conquistada com suor , e acredite depois de apertar o botão mágico do FODA SE, o nosso existir milagrosamente passa a se tornar bem mais leve e produtivo!
@@amandacavalcante4093 parabéns pela sus atitude! Mas sua geração não é noitada! E linda! A msis bonita que já vi. Fui adolescente nos anos 80 e jovem adulta nos anos 90 e me sentia para traz a mesma coisa. Muita cobrança a mesma coisa. Meu filho e super estudado. Tem um excelente emprego e também se sente um fracassado. As cobranças sociais parecem com um buraco negro gigante que nunca fica satisfeito e sempre exige mais e mais. A cura e apertar o botão do FODA SE!
Valeu Emanuel! Seus vídeos sempre me fazem pensar além
Essa provocação me fez refletir sobre algumas questões comparativas. Ao ver Tv nos anos 80, 90, estávamos sempre a mercê de uma programação que tem início, meio (intervalos) e fim. Mas que, de alguma forma, tinha um fim. Seja do programa preferido, seja do capítulo da novela. Mas, uma hora havia uma mudança ali no que se estava assistindo que não dependia do espectador e que, por sua vez, aguçava menos a busca. Hoje, o conteúdo está ali, à disposição, e é possível assistir a uma novela inteira de uma vez só, comparativamente. Não é preciso mais esperar o dia seguinte. Acho coerente inclusive estabelecer uma conexão desse cardápio sem fim e dessa busca incessante com a própria lógica do sistema capitalista. Consome-se mais, e o limite (ou a falta dele) agora é pautado pela necessidade de busca de cada um.
Excelentes indagações...obrigada Emanuel!!!
Questionamentos importantes. Estamos nessa cobrança grande por produtividade. Obrigada Manu. Seus vídeos logo cedo, tão ânimo para começar o dia. 🤗
A minha culpabilização por ficar no celular e a idéia de inutilização da vida vem de uma infancia muito ativa, quase sem tv. Brincavamos o dia, a tarde estudavamos e a noite brincavamos. Eram 40 crianças na rua. A vida era uma festa, cheia de energia e conexçoes afetivas sociais. Depois veio trabalho+escola e quando me formei veio um grande vazio que até hj, principalmente com o celular e tv me dao a sensação de inutilidade da vida.... me falta brincar, divertir, jogar, conversar, rir, fazer, uma vida muito mais ativa e nao passiva do assistir... uma sensação de que estou assistindo a vida passar e nap fazendo ela ser... Nada.melhor que nossas historias pra contar, nao a do outro pra assistir...
Li o título do vídeo e já sei que é pra mim
Ócio criativo. Relaxa, tb faz o pensar, proporciona novos assuntos e consequentemente, novo olhar, insights.
Tô comentando pra caramba (tô sem ter o que fazer) mas esqueci de elogiar seus vídeos curtos mas sempre com um conteúdo agregador. Parabéns👏👏👏👏
Entendo a importância do ócio e concordo plenamente que a gente não deve ser cobrar tanto pra ter uma vida útil. A utilidade que cada um dá pra sua vida é individual e intransferível. Eu tento me manter produtiva, mesmo inventando novos hobbies, porque sou curiosa e acho que quando você se mantém ativo, novas portas se abrem, encontrando gente (mesmo que agora só virtualmente), fazendo conexões que podem ser transformados em dinheiro lá na frente. Mas a cobrança de se manter produtivo é realmente exaustiva. Tudo é questão de equilíbrio, mas saber balancear é uma das tarefas mais difíceis na vida. Nietzsche pensava que aquele que não tem dois terços do tempo de seu dia para si pode ser considerado um escravo, não importa que profissão exerce. Acho uma boa ponderação. Me fez parar para refletir sobre minhas escolhas, com certeza.
A minha vida está a ser útil te ouvindo
Abraço Emanuel! Gostei da ideia de inutilidade.
Amei!!!
O uso do celular hoje, ao meu ver, é considerado na maioria das vezes negativo pelo motivo dele estar acompanhado dessa falta de propósito que muita gente sente. Então, antes de resolvermos o problema da busca (encontrando algo que nos satisfaça mais do que o celular, ou entendendo que as nossas buscas atuais são causadas pelo sistema de produção) nós preenchemos este "vazio" com algo que não nos beneficia, pelo menos emocionalmente. No seu caso, por exemplo, após o "dever" de estudar, você se sentia no direito e sem culpa de assistir TV por 4 horas, porém isso poderia ser um problema para você se você não considerasse o estudo como algo que te preenchesse. Hoje, as pessoas estão compreendendo melhor o seu valor, o significado do trabalho, e daí então não se sentem preenchidas pelo que o padrão/sociedade exige.
Cara, esses questionamentos são muito bons! Resolvi "parar " a minha vida trabalhista há 6 meses, depois de sofrer assedio moral no meu último emprego! Pois bem tinha uma grana q eu guardava p realizar um sonho e pensei: o q adianta realizar o sonho sem saúde, física e mental?! Sai do emprego e estou tentando me dar atenção, principalmente mentalmente! Mas, para os amigos, eu estou me vitimizando e "perdendo tempo " ficando em casa! Pq afinal de contas, quem fica em casa não vale nada! Vide as "donas de casa"! E eu penso: porra! Eu ganhei tanto nesses meses! Eu aprendi tanto ! Mas tb vem a auto sabotagem em pensar q eu nem deveria ter gastado a grana q eu tinha r ter continuado trabalhando p juntar mais p realizar um sonho material! Mas, o material sempre estará lá , me esperando! As auroras boreais sempre estarão lá! E mais, eu já as tenho aqui , dentro do coração e imaginação!!! ❤
Ótimo. Hahaha. Falei isso na terapia hoje. Que parece que há anos não faço nada demais da vida. Que o tempo passou rápido e etc. E que neste tempo mudei poucas coisas.
Para mim funciona como uma descarga cerebral, assim como a TV, mas com a pandemia isso mudou um pouco. Trabalho dando aula online e vejo minhas aulas do curso pelo PC. As reuniões do budismo, os vídeos no UA-cam, a inutilidade do BBB 🙈 nesse ano me rendi a isso pela curiosidade. Enfim, tudo isso às vzs me esgota e em algum momento, por vontade própria, fico longe de tudo o q vem de uma tela para descansar de verdade, pq acho q é um estímulo contínuo. Funciono da mesma forma quando estou com pessoas por muito tempo, em algum momento preciso fugir e ficar sozinha, sem ter q interagir e ouvir alguma coisa.
pesquisa sobre pessoas altamente sensíveis, o canal ame sua sensibilidade... Talvez se identifique :)
@@amandasilvamarangoni Obrigada pela dica. Vou ver!
Juliete Muniz de Castro. Normal. Acho que no fundo todo mundo e assim.. uma dica se você tiver acesso, nas horas ociosas ir a um parque ou a uma praça que TENHA AREA verde. O contato com a natureza ajuda a desobstruir a mente. Faco coisas impensáveis para muitos, quando a cabeça está cheia. Vou a um local verde e começo a usar o celular para fotografar insetos, plantas, e se tiver no percurso casarões antigos, grafites. Parece tosco mas tem me relaxado e até aliviado as dores que sinto nas costas rsrsrs. A natureza e um excelente lugar por que nela tudo e vivo. Tudo respira. Tudo tem energia. Maravilhosa a sensação de abraçar uma árvore. De contemplar os pássaros. EM meu bairro tem um grupo de maritacas e de papagaios que pousam sobre as árvores. O entardecer o nascer de um novo dia. Todos são espetáculos que não tem preço.
É o velho mito de Sísifo, tão bem explorado por Camus. Cerregamos uma pedra para o cume de uma montanha, só para vê-la cair. Nosso esforço, no fim, é inútil. E sempre será. Essa existência pode ter um fim a qualquer momento, e tudo o que a gente "construiu" pode ir por água abaixo. Faz parte.
Respondendo q sua pergunta: acho que a todos tem o direito de ficar de 'boas' em algum momento da vida. Ninguém é de ferro😅
Isso de como gastava meu tempo era a questão existencial pior que meu pai fazia comigo. Eu tinha questões (que só foram ficar mais claras anos e alguns diagnósticos depois) mas eu ficava de tarde só vendo tv. E curtindo uma ansiedade.
Sou da década de 80 e lembro que eu estudava muito menos que os meus filhos e que ou dormia a tarde inteira após a escola ou assistia a filmes e novelas e realmente isso nunca foi um problema ou pelo menos nunca pareceu. Acho que com o advento das redes sociais onde todos parecem ter uma vida incrível com produções das mais diversas, viagens, etc., essa 'ociosidade' que fez/faz parte da vida de uns poucos privilegiados passou a ser um problema. E eh preciso questionar isso! Acho que um mínimo pra se ter uma vida saudável devemos buscar, mas a cobrança excessiva pela produção/atuação, o que quer que seja, não é nem um pouco salutar. A saúde mental atual que nos diga.
Emanuel, regra não existe, mas uma vida “inútil” não seria mais problemática pelo fato da ausência de sentido, aprecio muito a linha do Frankl na Logoterapia, acredito que a criação de significados nos ajuda a lidar com a angústia.
E também acredito que saber onde gastar seu tempo nos ajuda a ter resultados melhores, que logo nos trazem melhores estímulos. Aquilo que faço e que me da estímulos positivos, me ajuda com a angústia, e oque faço que é negativo, pode aumenta-la. Se puder comentar sobre
Top
cara
o manu é o cara
parei de ver novelas logo cedo na adolescência porque sentia que nao estava vivendo a minha vida e investi no que realmente me fazia feliz
Manu, qual vai ser o horário das lives no sábado? Elas vão ficar disponíveis para os membros do canal depois ou só vai dar pra assistir ao vivo??? Adorando esses vídeos!
11hs. E sim, ficam disponíveis
🙂👍🏾📝
😉
Ah nem, manu... Acho que caímos na mesma pergunta do vídeo de ontem então... Me parece perigoso naturalizar o ver novela seguida e prolongadamente, assim como a alternativa do celular pra passar o tempo... Você citou logo essas demandas, que vem tanto daquela artificialidade que criticou no vídeo de ontem, uai... acho que uma coisa é o elogio ao direito à preguiça, outra coisa é naturalizar a forma nociva que a cultura das telas tende a chegar no nosso cotidiano...
Entre os "serás" que você propõe, acho importante também a gente perguntar: Será que eu me sinto melhor mesmo aproveitando minha preguiça na frente das telas e sendo bombardeada por anúncios e modos de vida sedutores nas redes sociais? Será que se eu, aos pouquinhos, me propor a formas de distração que me alimentem mais, literalmente, como pegar na enxada pra plantar comida ou aprender a fazer algo com minhas próprias mãos como cozinhar, eu não acabaria descobrindo fontes muito mais ricas e existenciais de satisfação? Será que esse meu desejo de procrastinar funções essenciais (não as excessivas), não está sendo estimulado para manter uma lógica social doente que nos adoece?...
Não sei... Claro que me incomodo muito com a forma que a sociedade em que me insiro me cobra, especialmente por ser mulher. Dizem que tenho que dar conta de uma, duas, três jornadas 'sem descer do salto'. Isso não é estímulo digno, é convite à servidão. Mas ao mesmo tempo, percebo a armadilha que é naturalizar o uso de certas válvulas de escape... Acho que tem muito a ver com uma ideia que li outro dia. A gente não apenas gasta tempo, a gente investe. Não só tempo, mas tbm dinheiro, esforço, energia,... Para quem estamos dando o que temos de mais precioso? Em que valores estamos 'investindo' nossas forças vitais? Do que nós estamos nos alimentando e em que estamos 'gastando' toda a força que extraímos desses alimentos? Claro que quem trabalhou tem direito de usar seu salário para comprar muitos fast foods, pagar grandes planos de internet,... Mas que tipo de estilo de vida estamos nutrindo com o que muitas vezes suamos pra conseguir?... Enfim... Continuo com certa dificuldade de perceber alguns limites... É o que dizem, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose né? Mas penso que é a dose sim, mas também a sua essência, seu fundamento, que nos estrutura e dá sentido às nossas existências... Com qual repertório de presenças no mundo, qual paleta de quais cores que pinta os horizontes que compõe a paisagem do cenário da nossa jornada nesse mundo?...
Até onde o ócio e a preguiça podem ser vistos como remédio e até onde como veneno?...
Um problema da minha vida inteira resolvido em literalmente 5min e 39s sou uma nova pessoa, nunca tive depressão.
Ocio produtivo se aprende algo aqui no youtube....
ai moço pisa menos
yoo
Oi Emanuel, obrigada por todo o seu incrível trabalho! Tem sido suporte pra entendimentos profundos.
Foi uma grata surpresa depois de te ver com a Flor, em um outro vídeo seu do começo desse ano ver você falar que fez o Hamlet. Eu vi e chapei... detesto teatro, me explico: acho uma linguagem dificílima, quando é bom é muito foda e quando é ruim é péssimo. Parece pleonasmo ou jargão... mas pra mim essa força da presença do ator é difícil de encarar, peças "psicologisantes" me fazem sentir um grande constrangimento, uma vergonha alheia insuportável... Enfim, e mesmo nos momentos de interação que a peça propõe que tinham silêncios e falas difíceis, tudo fez muito sentido pra mim (algo do Brecht presente ali?)... e tive dois momentos de insights profundos.
Um deles, o momento em que há a imagem de uma moça ou menina ao se levantar da cama e tocar os pés no chão...
Enfim, divaguei. Mas de certa forma entendi que o que você fez com a peça é o que você está a fazer por aqui, no UA-cam com a auto escrita.
Olha só, tudo isso pra mandar o link do vídeo que mostra a ação de um artista que tem tudo a ver com essa sua reflexão de hoje. O Francis Alys, belga que vive no México.
Paradoxo da Práxis 1 - Às vezes fazer algo não leva a nada.
vimeo.com/130838361
...
Adoro esse trabalho do francis alys!
meu sonho é ser inútil para capitalistas HAHAHAHHA