História da F-250, evolução e fim

A F-250 foi lançada no Brasil em 1998 para ser sucessora da famosa F-1000, foi a maior “pick-up” fabricada do país, rival da Chevrolet Silverado, fez a alegria dos aficionados por Diesel, trazendo a tona o duelo entre os motores Cummins e MWM.
A F-1000 saiu de linha após 19 anos no Brasil, e a F-250 chegava seguindo o mesmo design norte americano onde também era lançada na série F Super Duty, apresentada em cabine simples e tração 4x2, 5 marchas e quatro opções de acabamento e capacidade de carga: XL e XLT simples e SuperDuty, de acordo com a capacidade de carga:
1190KG para o modelo comum á diesel;
1220KG para o modelo comum á gasolina;
1560KG para o SuperDuty professional;
1640KG para o SuperDuty á gasolina ou seja essas últimas eram para trabalho))
A grande diferença ficava por conta das duas opções de motores, o primeiro era Ford Essex V6 a gasolina de 4.2 litros, que gerava 35.7KGFM (2250RPM) e 205CV (4500RPM), e o outro era o Cummins série B, Turbo Diesel intercooler de quatro cilindros, 3.9 litros que gera 40.4 KGFM (1500RPM) e 145 CV (2800RPM ).
Em 1999, a Ford resolveu substituir o Cummins da F-250 pelo mesmo da Silverado, porém acrescentando o intercooler, levando o MWM Sprint de 4,2 litros a gerar 51KGFM de torque e 180cv.
A F-250 a gasolina foi descontinuada em meados de 2002, o consumo de combustível era bastante elevado, normal para motor V6, porém inviável para o mercado brasileiro.
Em 2002 a Silverado havia sucumbido e sido descontinuada pela Chevrolet, não conseguindo emplacar o mesmo sucesso da antiga D-20, e a Ford lançou a F-250 Cabine dupla em 2003. A F-250 cabine dupla tinha o entre eixos mais cumprido da história, pois a Ford resolveu não diminuir a caçamba da caminhonete, ficando então com seus exagerados 6.24 metros.
Em 2006 uma grande exigência do mercado foi atendida, a tração 4x4, inclusive para a cabine dupla. Neste mesmo ano de 2006, juntamente com as demais mudanças, veio a nova troca de motor, o MWM usado desde 99, foi substituído pelo Cummins novamente, tratava-se do mesmo motor turbo diesel 4 cilindros de 1998, porém modernizado, agora Maxpower, com injeção eletrônica (common rail - Primeiro motor eletrônico diesel da série F) teve taxa de compressão aumentada passando a gerar 56 KGFM (1500RPM) e 203CV (2900RPM), além de atender as novas normas de emissão de poluentes da época.
A injeção eletrônica nesse motor a diesel se tornou muito eficiente, tendo em vista que o motor de 4 cilindros chegou aos seus 203cv, e o MWM de 6 cilindros com injeção mecânica chegava a apenas 180cv. Porém o Cummins com 2 cilindros a menos, não conseguia levar a F-250 a mesma velocidade final que o anterior, e consumia mais diesel, as mudanças deram destaque ao duelo MWM vs Cummins, com críticas e elogios dos fãs de ambas as marcas.
A tropical cabines foi a maior responsável por oferecer modelos de F-250 transformados, apresentou versões em cabine dupla antes da opção ser lançada pela própria Ford, dentre outros modelos 4 portas que mistura sedã e SVUs, cabines alongadas, vans e cabines triplas, modelos de luxo incluindo adaptação de cambio automático.
Um detalhe importante das F-250, é o peso bruto total, que em vários modelos ultrapassam os 3500 kg, sendo consideradas caminhão, tal característica é comum a todos os modelos cabine dupla, as 4x4 e as SuperDuty, assim como as RAM 2500, é necessário verificar no documento a classificação do veículo, e na plaqueta de especificações técnicas se o PBT ultrapassa os referidos 3500 kg.
No início de 2012, sem cerimônias a Ford anunciou o fim da fabricação da F-250 no Brasil, que também era exportada para o mercado Argentino.
Na série F americana, as picapes super duty sempre foram Best Sellers, continuando sua evolução.
Em 2017 uma importadora anunciou que começaria a vender no Brasil a F-250 Lariat americana, sob encomendas, porém, com preço de aproximadamente R$ 550 mil na versão composta pelo motor V8 diesel de 446 cavalos ((127,9 kgfm)), preço é mais que o dobro da também importada Ram 2500.
O encerramento da F-250 no Brasil em 2012, representava o fim da era de picapes grandes trazidas pela série F da Ford desde o ano de 1958. Sem uma substituta a altura, a F-250 deixou o espaço naquele ano para a nova Ranger.
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