Excelente. Obrigado por compartilhar. Fico muito assustado com este tempo em que vivemos. A redução da subjetividade do sujeito pós-moderno a mero consumidor se dá pelo esmagamento da subjetividade, soterrada em informação inútil, fantasiosa, hedonista, voltada apenas à liberação de endorfina e ao vício. As redes sociais são um instrumento muito potente neste processo de esmagamento. Todas as histórias ali contadas, em poucos caracteres e com imagens sem profundidade, banalizam o cotidiano como mero uso e exposição de produto à venda. O horror.
Primeiro: você é o máximo, Cleide! Você fez conexões entre pensadores que sustentam o pensamento ocidental, e, muitas vezes, a conexão foi implícita. Eu ainda não li este livro do nome impronunciável (vejam a pronúncia na internet....kkkk... inviável). Dos textos filosóficos, "o narrador" é um dos que mais me emociona. Poucas páginas que desvelam o mundo e sua crise de sentido, até de uma forma prática. Exemplo: qual a relação de um avô com seu neto, na atualidade? Não posso deixar de mencionar o Barthes. Tudo que ele escreveu sobre narrativas, e eu tive acesso, eu li. No Direito, a narração é importantíssima. Sem narração, não há democracia, não há devate, não há sentido para os procedimentos judiciais ou legislativos. E a Psicanálise? Ela também está cravada nessa conversa. Na hermenêutiica, com Ricoeur, por exemplo. Cleide, quem me apresentou ao Chul Han não foi gente da Academia, mas uma livreira sensacional: a Simone, que na época trabalhava na Ouvidor. Um autor sensacional. Obrigado pelo vídeo de grande importância intelectual e afetiva para mim.
Simone é sempre lembrada com respeito e carinho. Este é um tema que ainda precisa ser melhor analisado, o Han atualizou Benjamim, isso ele fez com genialidade, principalmente nesta miscelânia de textos técnicos, filhotes desta coisa ainda enfumaçada chamada IA que já circula em meios acadêmicos e em alguns nichos editoriais. E obrigada pelo retorno, é incentivando o diálogo que reaprendemos a narrar. bjs
Ah, sem dúvida! A estratégia de ensaios em edição poket foi muito boa! E não me canso do Han, logo trarei outro título dele. Obrigada pela presença. Um abraço
Sei que o contexto da palestra é europeu. Mas em setratandk de NARRATIVA nas comunidades, é bom lembrar o nordeste brasileiro, o cordel e autores e cantores como Luiz Gonzaga. Tudo está no contar. Na historinha diária
Sim, Jacire, há um contexto, mas sempre procuramos conhecer o nosso território, isso nos ensinou Mário de Andrade. Sou aficcionada pela literatura de Patativa do Assaré, como de Suassuna, o mestre da reverência da cultura original do nordeste brasileiro. Somos riquíssimo em modos de expressa a nossa história e cultura, não há como questionar isso. Um abraço e obrigada pela presença.
@@grilofalante0isso que vcs falam é o que entendi em Benjamim: narrativa enquanto experiência significativa, bem diferente de “vivência” , esse rol de processos diários massacrantes inclusive que a gente vai levando, se adaptando, sem coragem de sair das nossas zonas de conforto! Acabei de lembrar de como as empresas de turismo industrial mesmo oferecem as “experiências” turísticas como no Airbnb… Mas vi uma muito interessante na “Pequena África”, no Rio de Janeiro…Pelo menos percebi um “desvio” no padrão turístico bondinho-redentor-carnaval…
Você disse tudo, Luciana, tenho muita, muita vontade de conversar sobre Literatura, este foi um dos motivos que moveram a criação deste canal. Vou te fazer um convite: dia 12/09 vou fazer a mediação do Clube de Leitura Quixote Falante, e será transmitido simultaneamente para os que moram fora de BH, mas no Grilofalante do Instagram. Um abraço
Han é interessante, mas m parece ser basicamente a filosofia alemã retornando à própria tradição para lidar com um mundo novo. Um tom meio Bauman, d grande erudição e pouca disponibilidade para brechas, sempre comentando o mundo do a partir d um viés decadentista. Qdo Bauman apareceu por aqui eu estava lendo Maffesoli, q aparentemente foi deixado de lado pela academia, mas traz várias percepcoes interessantes - porém numa chave mais empolgadona, o q certamente contribuiu para q fosse preterido por vozes mais condizentes com o zeitgeist,como byung-chul ou o próprio bauman.
Eh, profundo! Han é o herdeiro de Bauman, não resta dúvidas. Só pondero sobre a questão da decadência. Vejo nele um grande humanista colocando o dedo na ferida dos incautos. Não tenho a leitura do Maffesoli, mas vou seguir sua indicação. Um abraço.
Esta é uma questão que atinge vários níveis: autor, narrativa e narração. Até o momento, o que vi, não me convenceu, texto sem "aura", produto da reprodutibilidade técnica. A produção estética da linguagem não é para amadores e máquinas!
😱😱😱 Eu fui professora de literatura, gênero narrativo em alta nas aulas, claro ( e enquanto narrativa jornalística tb) e, de repente, eu aterrissei no séculoXXI, pós pandemia e simplesmente OJERIZEI o uso abusivo dessa palavra principalmente pelo vies da extrema direita. Afffff Houve um dia que quase tive um troço quando um parente virou e disse que eu “estava criando narrativa” qd falava de FATOS REAIS que tinham acontecido no nosso passado em comum na pequena cidade onde moramos.
Sim, o conceito de narrativa foi pulverizado, dando um caráter de mentira, enganação. Isso me incomodou bastante também. É uma preocupação do Han, ele enfoca, ainda, a questão midiática, isso é algo a se considerar. Obrigada
Aiii que delícia te ouvir! 😍😍😍
Obrigada, e está convidada a assistir aos outros vídeos. Um abraço
Professora Cleide❤ Que maravilha te ouvir ❤ Que aula fantástica!! Imensa gratidão!!
Juliana, sou quem agradece a sua presença e delicadeza. Seja bem-vinda!
Que maravilha. Cheguei aqui no teu perfil através de teu perfil no Threads. Obrigada por compartilhar seu conhecimento aqui conosco.
Suelen, seja bem-vinda! Fico grata pela sua presença e palavras. Um abraço
Excelente. Obrigado por compartilhar.
Fico muito assustado com este tempo em que vivemos. A redução da subjetividade do sujeito pós-moderno a mero consumidor se dá pelo esmagamento da subjetividade, soterrada em informação inútil, fantasiosa, hedonista, voltada apenas à liberação de endorfina e ao vício. As redes sociais são um instrumento muito potente neste processo de esmagamento. Todas as histórias ali contadas, em poucos caracteres e com imagens sem profundidade, banalizam o cotidiano como mero uso e exposição de produto à venda. O horror.
Você pensa como o Han! Esta banalização do conceito de narrativa é enervante. Obrigada
Uau! Diante de tanta bizarrice na Internet, somos agraciados com conteúdo instigante! Muito obrigada!
Ana, obrigada. O bom da leitura é o quanto nos instiga e convida a novas leituras. Um abraço
Faz tempo leio e reflito sobre o pensamento de Byung, assim como estudei, há muito tempo, J. Khrisnamurti. Excelentes!
Você está em excelente companhia, tanto no aspecto intelectual como espiritual, e agradeço a sua presença aqui. Um abraço
Cleide, descobri seu canal agorae já adorei! Parabéns e continue seu belíssimo trabalho.
Fernando, seja bem-vindo! Obrigada pelo apoio e te aguardo sempre. Um abraço
Primeiro: você é o máximo, Cleide! Você fez conexões entre pensadores que sustentam o pensamento ocidental, e, muitas vezes, a conexão foi implícita. Eu ainda não li este livro do nome impronunciável (vejam a pronúncia na internet....kkkk... inviável). Dos textos filosóficos, "o narrador" é um dos que mais me emociona. Poucas páginas que desvelam o mundo e sua crise de sentido, até de uma forma prática. Exemplo: qual a relação de um avô com seu neto, na atualidade? Não posso deixar de mencionar o Barthes. Tudo que ele escreveu sobre narrativas, e eu tive acesso, eu li. No Direito, a narração é importantíssima. Sem narração, não há democracia, não há devate, não há sentido para os procedimentos judiciais ou legislativos. E a Psicanálise? Ela também está cravada nessa conversa. Na hermenêutiica, com Ricoeur, por exemplo. Cleide, quem me apresentou ao Chul Han não foi gente da Academia, mas uma livreira sensacional: a Simone, que na época trabalhava na Ouvidor. Um autor sensacional. Obrigado pelo vídeo de grande importância intelectual e afetiva para mim.
Simone é sempre lembrada com respeito e carinho. Este é um tema que ainda precisa ser melhor analisado, o Han atualizou Benjamim, isso ele fez com genialidade, principalmente nesta miscelânia de textos técnicos, filhotes desta coisa ainda enfumaçada chamada IA que já circula em meios acadêmicos e em alguns nichos editoriais. E obrigada pelo retorno, é incentivando o diálogo que reaprendemos a narrar. bjs
Excelente! Parabéns e muito obrigado!
Os livros sao sempre pequenos, mas o conteudo é demasiado denso e profundo. Sao excelentes livros.
Ah, sem dúvida! A estratégia de ensaios em edição poket foi muito boa! E não me canso do Han, logo trarei outro título dele. Obrigada pela presença. Um abraço
Que felicidade descobrir seu vídeo! Muito obrigada por compartilhar suas reflexões e indicar esses caminhos. Já estou fã do seu canal e de você. :)
Izadora, seja muito bem-vinda! Obrigada, conto com você a partir de agora. Um abraço
Descobri o canal agora e adorei o conteúdo e a figura agradabilíssima da apresentadora. Parabéns!!!
Seja bem-vido, Jeorge! Obrigada pelas palavras de incentivo, conto com você! Um abraço
Sei que o contexto da palestra é europeu. Mas em setratandk de NARRATIVA nas comunidades, é bom lembrar o nordeste brasileiro, o cordel e autores e cantores como Luiz Gonzaga. Tudo está no contar. Na historinha diária
Sim, Jacire, há um contexto, mas sempre procuramos conhecer o nosso território, isso nos ensinou Mário de Andrade. Sou aficcionada pela literatura de Patativa do Assaré, como de Suassuna, o mestre da reverência da cultura original do nordeste brasileiro. Somos riquíssimo em modos de expressa a nossa história e cultura, não há como questionar isso. Um abraço e obrigada pela presença.
@@grilofalante0isso que vcs falam é o que entendi em Benjamim: narrativa enquanto experiência significativa, bem diferente de “vivência” , esse rol de processos diários massacrantes inclusive que a gente vai levando, se adaptando, sem coragem de sair das nossas zonas de conforto! Acabei de lembrar de como as empresas de turismo industrial mesmo oferecem as “experiências” turísticas como no Airbnb… Mas vi uma muito interessante na “Pequena África”, no Rio de Janeiro…Pelo menos percebi um “desvio” no padrão turístico bondinho-redentor-carnaval…
Que maravilhoso achar esse vídeo! Há tempos venho me incomodando com isso!
É preciso separar os discursos e seus públicos, a literatura agradece. Um abraço
Muito bom.
Obrigada, Luiz Fernando! Seja bem-vindo! Um abraço
Bom dia ! Que delícia de domingo em sua companhia ! Obrigada pelo video ❤❤❤❤❤
Você disse tudo, Luciana, tenho muita, muita vontade de conversar sobre Literatura, este foi um dos motivos que moveram a criação deste canal. Vou te fazer um convite: dia 12/09 vou fazer a mediação do Clube de Leitura Quixote Falante, e será transmitido simultaneamente para os que moram fora de BH, mas no Grilofalante do Instagram. Um abraço
Eu adorei! Obrigada!
Sou eu quem agradece você no canal do Grilofalante. Um abraço
Que alegria encontrar esse canal♡ Obrigada.
Samya, sou eu quem agradece a sua presença! Obrigada
muito bom.
Obrigada. Você tem a leitura do Han? Amo, tenho vários títulos dele e sempre me ajudam bastante a entender muitas questões contemporâneas. Um abraço
Fiquei muito feliz por encontrar o seu canal! Já estou seguindo, é algo valioso. Obrigada.
Sou eu quem agradece, Daniela. Seja muito em-vinda. Bjs
Obrigada!
Querida, sou quem agradeço, e de todo coração. bjs
Eu sou apaixonada por suas narrativas. Sempre estou por aqui assistindo essa riqueza de conteúdo.❤
E eu sempre alegre com a sua presença. Você traz calor com este sorriso. bjs
Han é interessante, mas m parece ser basicamente a filosofia alemã retornando à própria tradição para lidar com um mundo novo. Um tom meio Bauman, d grande erudição e pouca disponibilidade para brechas, sempre comentando o mundo do a partir d um viés decadentista. Qdo Bauman apareceu por aqui eu estava lendo Maffesoli, q aparentemente foi deixado de lado pela academia, mas traz várias percepcoes interessantes - porém numa chave mais empolgadona, o q certamente contribuiu para q fosse preterido por vozes mais condizentes com o zeitgeist,como byung-chul ou o próprio bauman.
Eh, profundo! Han é o herdeiro de Bauman, não resta dúvidas. Só pondero sobre a questão da decadência. Vejo nele um grande humanista colocando o dedo na ferida dos incautos. Não tenho a leitura do Maffesoli, mas vou seguir sua indicação. Um abraço.
Como sempre, genial!!
Ro, já imaginou uma fala histórica sobre esta evolução social e seu paralelo com a produção literária? Fica o convite. bjs
Vc é fantástica amiga. Só tenho aprendido com vc. Abs
Somos comadres literárias, aprendemos mutuamente, sem dúvida. Bjs, querida amiga
Excelente reflexão!
Gratidão! Han é uma inspiração, tamanha lucidez e capacidade de reflexão até assusta! Um abraço
parabéns
Obrigada, Renato. Seja super bem-vindo. Um abraço
Professora. Música ao fundo atrapalha concentração! Obg
Oi, Marisa, tem razão, a vinheta durou um pouco mais. Vamos ficar atentos. Obrigada
Sim
E o que dizer a respeito dos textos escritos por Inteligência Artificial? Que rumo estamos tomando?
Esta é uma questão que atinge vários níveis: autor, narrativa e narração. Até o momento, o que vi, não me convenceu, texto sem "aura", produto da reprodutibilidade técnica. A produção estética da linguagem não é para amadores e máquinas!
@@grilofalante0 Perfeito! Sem emoção não há arte nem literatura
😱😱😱 Eu fui professora de literatura, gênero narrativo em alta nas aulas, claro ( e enquanto narrativa jornalística tb) e, de repente, eu aterrissei no séculoXXI, pós pandemia e simplesmente OJERIZEI o uso abusivo dessa palavra principalmente pelo vies da extrema direita. Afffff Houve um dia que quase tive um troço quando um parente virou e disse que eu “estava criando narrativa” qd falava de FATOS REAIS que tinham acontecido no nosso passado em comum na pequena cidade onde moramos.
Sim, o conceito de narrativa foi pulverizado, dando um caráter de mentira, enganação. Isso me incomodou bastante também. É uma preocupação do Han, ele enfoca, ainda, a questão midiática, isso é algo a se considerar. Obrigada
O mundo está doente, parece que as pessoas não querem absorver o conteúdo. (Sugiro terapia Cognitivo-Comportamental)