Reformas ajudam, mas grande desafio brasileiro é melhorar o ambiente de negócios | Caio Megale

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  • Опубліковано 23 тра 2024
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    Passada a agenda da regulamentação da Reforma Tributária, que deve ser debatida em um prazo de até 50 dias, de acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), o Brasil precisa olhar com atenção e enfrentar outras duas questões: a melhoria da produtividade e a integração comercial. O alerta é do economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização FecomercioSP.
    O desafio para melhorar a produtividade deve ser enfrentado tanto na esfera privada quanto no setor público, uma vez que é necessário gerar um ambiente de negócios propício para que floresça a inovação no ambiente econômico. Estabilidade macroeconômica, juros baixos e acessos ao crédito e a boas escolas básicas e universidades são os pilares que precisam ser aprimorados para criar as condições para o Brasil avançar. “Atualmente, ao vermos uma empresa brasileira fazendo sucesso, pensamos, primeiro, que o empreendedor é um herói, porque precisa passar por cima de uma série de adversidades. No entanto, o papel do setor público é justamente reduzir essas adversidades e criar um ambiente de negócios mais favorável para o crescimento e a inovação”, comenta Megale.
    O ex-secretário de Desenvolvimento da Indústria e Comércio pondera que essa criação em âmbito empresarial vai além de melhorar as questões macroeconômicas. Um dos fatores que afeta diretamente a produtividade nacional é a violência e a insegurança. “Uma empresa precisa gastar, atualmente, muito mais com segurança para tocar a sua produção, o que inclui a área de Transportes. E esse desembolso gera custo e dificuldade para o Brasil crescer”, adverte.
    Já a pauta da integração comercial, pontua Megale, tem de voltar a ser discutida - e o País precisa abrir a economia e reduzir tarifas. O economista enxerga com preocupação a tendência de adoção de medidas antidumping e protecionistas.
    Megale ainda ressalta que a receita composta por proteção excessiva e tarifas comerciais elevadas, com baixa integração com o comércio internacional, prejudicam a produtividade doméstica a longo prazo.
    Outro gargalo é a deficiência da infraestrutura em portos, aeroportos e estradas. “Melhorou nos últimos anos, mas continua sendo um desafio. No Estado de São Paulo, por exemplo, temos boas estradas, mas essa não é a realidade em todo o País. Dispomos de poucas ferrovias e transporte naval. E mesmo no transporte rodoviário, a frota de caminhões é antiga.”
    No âmbito da tecnologia e inovação, falta conexão entre as pesquisas acadêmica e aplicada, especialmente nas pequenas e médias empresas. “O Brasil tem um estudo acadêmico muito forte, mas essas pesquisas não se traduzem, necessariamente, em melhor produtividade da economia.”
    Modernizações no ambiente de negócios e na infraestrutura
    Sobre as reformas realizadas desde o governo Michel Temer (2016-2018), Megale avalia que a Trabalhista foi muito importante, porque melhorou o relacionamento entre as empresas e os trabalhadores e a viabilidade de serviços, que eram engessados e complexos. O aprimoramento de marcos legais e a ampliação de concessões e privatizações abriram espaço para o setor privado investir em áreas que, historicamente, eram blindadas pelo setor público. Já a Reforma da Previdência, por sua vez, melhorou a flexibilidade dentro do orçamento e abriu espaço para o setor privado fazer novos investimentos.
    O que falta, ressalta Megale, é completar a Reforma Tributária, que só vai obter sucesso se o Brasil for capaz de conter e melhorar a estabilidade e a eficiência dos gastos públicos para que não haja a necessidade de continuar buscando novas receitas e fontes de arrecadação, as quais acabam distorcendo a economia. “A reforma precisa, de fato, ser efetiva, e não forçar o País a voltar a criar novos penduricalhos tributários para pagar os gastos.”
    O economista-chefe da XP Investimentos observa que a dinâmica dos gastos públicos obrigatórios é muito acelerada, com regras que fazem com que a maior parte desses desembolsos cresça acima da inflação, como é o caso de indexações e obrigações vinculadas aos pisos constitucionais e às diversas despesas atreladas ao salário mínimo e ao crescimento da economia.
    De acordo com Megale, as reformas ajudam, mas o grande desafio é melhorar o ambiente de negócios e a infraestrutura para que o Brasil volte a crescer de forma sistemática e consistente. “Se não trouxermos essas agendas para a pauta, o País vai continuar com esse freio na economia e registrando voos de galinha.”
    Para saber mais, acesse: umbrasil.com
    Facebook, Instagram e Twitter: @CanalUMBRASIL
    *Entrevista gravada em 06 de maio de 2024.
    As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.
    #CaioMegale #Economia #canalumbrasil

КОМЕНТАРІ • 4

  • @alexandrinobruno
    @alexandrinobruno Місяць тому +1

    Obrigado pelo programa..!!

  • @tattianasalles3019
    @tattianasalles3019 Місяць тому +5

    A produtividade aumenta qdo as instituições permitem que empresas pouco produtivas quebrem. O Brasil é a economia mais fechada do G20, tem um simples de um tamanho que não tem paralelo no mundo, tem lucro presumido, conteúdo nacional, um Judiciário pró devedor e um marco de garantias ultrapassado.
    Ou seja, o Brasil dá incentivos para que empresas improdutivas permanecerem no mercado alocando mal os fatores.
    Para além disso, há o problema da Educação. O Brasil quintuplicou o gasto com ensino médio em 20 anos e não houve nenhuma alteração positiva na qualidade da educação. Os adolescentes continuam terminando o colégio sem saber direito fração ou diferenciar sujeito de predicado em uma oração. Até os nossos vizinhos da América Latina conseguem fazer mto melhor que isso. A gente olha o ranking do PISA, passa o Chile, passa o Uruguai, passa o México, passa a Costa Rica...o Brasil está lá no fim da fila junto com a Argélia (que está praticamente em guerra civil). Alguma coisa está mto errada com educação no Brasil!

  • @sir_cassimiro
    @sir_cassimiro Місяць тому +1

    "A taxa de juros é sintoma mais do que causa. Ela é consequência da estabilidade ou instabilidade da economia."