Finalmente!❤ É importante para quem leu e gosta de Sci-Fi, e do que chamamos de trilogia distópica tardia(1984, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451), ler também as 3 distopias fundadoras do conceito moderno, que chamamos provocativamente de "as originais", obras inspiradoras as quais são inexplicavelmente esquecidas: - The New Utopia(A Nova Utopia) de Jerome K. Jerome: conto considerado fundador, e grande inspirador, de todas distopias modernas(com ênfase no "modernas"). Leitura obrigatória no gênero, influenciou profundamente o Zamyatin e todos os demais. Alguns até consideram We uma novelização deste conto, com Zamyatin estendendo o enredo e pontos chave. Vale muito a pena lê-lo. Mesmo na sua curtíssima extensão traz ali todos os conceitos do gênero que foram seguidos posteriormente e denuncia os males das utopias, fadadas a transformarem-se em distopias. Obra ácida e autocrítica do autor. É atual até hoje, sobretudo hoje. - The Iron Heel(O Tacão de Ferro) de Jack London. Mencionado pela Tati, já vem em forma de romance e também é anterior a We. Se passa na América e, diferentemente das demais, encena uma distopia monopolista das oligarquias e corporações, sendo contada também a partir de um manuscrito fictício, mas desta feita a partir da visão de uma mulher. Dos três é o mais ingênuo e alegórico, no qual a personagem(que é inserida para apresentar a ideiologia do autor) tenta substituir uma distopia por outra sem a análise crítica mais realista trazida por Jerome e Zamyatin. Apesar disso a prosa e desenrolar da obra, como é comum em London, é bem mais fluida e menos árida do que o comum no gênero. - We(Nós) de Zamyatin. Já muito bem explicado pela Tati. É mais maduro que The Iron Heel, já trazendo as mazelas e análise da distopia socialista experienciada pelo autor russo. Em relação à resenha da edição Britânica de We feita por Orwell ele diz que: "diante das assombrosas semelhanças" entre We e Admirával Mundo Novo, Huxley certamente teria adotado vários conceitos de Zamyatin no Brave New World(o que é verdade), mas convenientemente esqueceu de dizer que foi ele, Orwell, que mais "se inspirou"/copiou conceitos do colega Russo o qual, por sua vez, já havia se inspirado(aberta e publicamente) no conto supracitado de Jerome K. Jerome. Provavelmente Orwell já estava querendo se proteger antecipadamente de acusações de plágio :). Mas de qualquer maneira vale a pena ler essa resenha do Orwell. Ps. Temos o cuidado de dizer obras fundadoras das distopias "modernas", porque não se cria do nada, como apontou a Tati. H.G. Wells antes já trazia em várias obras traços distópicos, assim como Mary Shelley em The Last Man e E.M. Forster em The Machine Stops(A Máquina Parou). Porém esse formato conscientemente direcionado a reproduzir esse tipo de mundo foi mais consolidado no início do Sec XX e, embora não sejam obras tão originais(e não tenham quer ser), a "trilogia tardia" (Orwell, Huxley e Bradburry) é fortemente responsável pela divulgação do gênero. E certamente são ótimos livros também.
Perfeitos os seus comentários. Eu amo Orwell de paixão. Mas Qd li a resenha tb pensei o mesmo, uai, ele tá falando do Admirável Mundo novo, mas achei 1984 ainda mais inspirado no Nós. E outra coisa q vc comentou que eu super concordo é sobre os outros autores ainda mais antigos que já traziam universos distópicos.
Aqui você já pode dar like antes de ver o vídeo: qualidade garantida. Nunca me decepcionei com as avaliações da Tatiana. Parabéns pelo excelente trabalho. :)
George Orwell deu um crtl c + ctrl v nesse livro e ainda jogou a batata quente pra cima do Huxley. 1984 tem muito mais "em comum" de Nós do que Admiravel mundo novo.
Eu não consegui continuar essa leitura. Parei antes da metade. Mas prometi voltar a Chesterton. Quem sabe uma resenha da Tatiana me ajude a prosseguir...
Concluí Ortodoxia ontem. considerando a resenha e sua sugestão, lembrei desses trechos: "Agora chegamos ao colapso total e ao erro crasso. Misturamos duas coisas diferentes, duas coisas opostas. O progresso devia significar que estamos sempre transformando o mundo para ajustá-lo àquela visão. No entanto, progresso significa, atualmente, que estamos sempre mudando a visão." "Nenhum ideal dura o tempo suficiente para poder ser posto em prática, mesmo que parcialmente. Os jovens modernos nunca mudarão o ambiente em que vivem, porque estão sempre mudando de ideias." Ortodoxia, Chesterton.
Como sempre, uma resenha impecável! Só queria fazer uma observação (faz tempo que li o livro, então talvez eu esteja equivocado): As anotações de D-503 não são como um diário escrito para ele mesmo, mas parte de uma coletânea de obras que seriam enviadas através da "Integral" para os seres de outros planetas. O objetivo inicial das notas era demonstrar a beleza e grandeza do Estado Único.
Costumo sempre comprar pela Editora 34, suas traduções sempre são confiáveis quanto a literatura russa. Gosto do fato de quando eles traduzem direto do russo, deixam algumas expressões na íntegra para não perder a ideia.
Eu resolvi ler esse livro depois de passar seis meses morando em Moscou. Gostaria de aproveitar para perguntar se você, como russa, acha que faz diferença ter traduzido o nome do Д-503 para D-503. Pergunto isso porque no original há personagens como “nomes” de letras latinas, como R, I e S, mas o protagonista tem um “nome” com letra do alfabeto cirílico
Complementando a pira de relações bíblicas: vc não foi pesquisar na bíblia católica, né? Pq o pai de zamiátin era um pastor ortodoxo. A igreja ortodoxa russa usa a Septuaginta, que tem livros diferentes compondo o antigo testamento. Tem outros personagens nesse esquema: O-90 - poderia ser o livro de Odes, Oseias ou Obadias R-13 - livros de Rute, Reis (1 e 2) ou Samuel (2 livros, considerados como Reis 3 e 4) I-330 - livro de Isaías D-503 - Deuteronômio, Daniel ou Dragão (na real Bel e o Dragão) Já arrumei coisa pra vcs fazerem na pandemia. :)
A Septuaginta é a mesma bíblia mas em latim (foi a tradução mais aceita quando resolveram verter do hebraico e grego ). Mas os nomes dos livros é interessante.
Pensei tb q Zamiátim usou na real os nomes dos livros da bíblia em russo, vou pesquisar... Idéia fenomenal da Tatiana essa associação com a bíblia (q era repudiada pela revolução). A princípio pensei em algo como tabela periódica mas...
Obrigada pela aula, eu fico tentada a parar de assitir pq toda semana com essas resenhas minha lista de livros a comprar aumenta e pilha de pendências literárias tbm .
Essas distopias me lembram muito aquele episódio do Padrinhos mágicos onde o pai do Timmy é governador de uma cidade onde todos são obrigados a serem felizes e ele é chamado de "O pai"
Eu acabei de terminar, li em inglês. Confesso que demorei pra me acostumar com o estilo de escrita, mas de qqr maneira achei interessante, gostei do final.
Terminei de ler o livro hoje. 16:39 - Para mim, o trecho em que D503 está diante do Benfeitor (36ª Anotação, 2º parágrafo), faz lembrar o trecho da Bíblia em que o profeta Isaías tem a visão da glória do Senhor (ISAÍAS capítulo 6, especificamente os versículos 5 e 7). Até os pronomes que referem-se ao Benfeitor, são grafados em maiúsculo: Suas, Lhe, Ele e Dele, tratando-o como uma divindade. O versículo 11 do livro bíblico parece até narrar o que vai acontecer na história de “Nós”, em seus últimos capítulos, especificamente na 37ª Anotação e no trecho “as ruas desertas, como se houvessem sido varridas por alguma peste” (na 38ª Anotação).
Em relação à nação feita toda de vidro a referência está em Notas do Subsolo, a partir do capítulo 7 Dostoievsky menciona o Palácio de Cristal de uma nova civilização (e q parece ser resposta à uma mesma referência em O que fazer? Do Nicolai Tchernychevskiï).
Tatiana, antes de ler A revolta de Atlas, vc poderia ler Cântico, o livro é bem curtinho, tem muitas semelhanças com Nós. Terminei a leitura de Nós na semana passada, que surpresa a minha quando vi o título do vídeo (não reconheci pela tumblr). Obg pelo vídeo :D
E uma curiosidade sobre i x j (quando a Tati fala dos versículos da bíblia): Na engenharia (pelo menos na elétrica que é a minha área) a letra j que é a usada para designar os números imaginários (não se usa o i para não confundir com a corrente elétrica cujo símbolo adotado é a letra i)
Ótima resenha, Tatiana. Nós é realmente um ótimo livro. Muito obrigado por mais esse conteúdo. Além das distopias que você mencionou, do Orwell, Huxley e Zamiatin, sugiro também a leitura de O Zero e o Infinito, do Koestler, que considero tão bom quanto ou talvez até melhor que 1984, e uma pérola sueca chamada Kalocaína, da escritora sueca Karin Boye. Este último eu consegui achar há alguns anos na Estante Virtual numa tradução do falecido Janer Cristaldo. Abraço!
Seu canal me transporta no tempo. É como estar em sala de aula outra vez. Isso não tem preço. Não sou leitor voraz, não tenho afetações litaraloides, mas, sim, uma livraria é preferencialmente a primeira loja que procuro num shopping. Obrigado por você, mesmo sendo uma celebridade do UA-cam ( com perdão da expressão), não pertencer ao clubinho da superficialidade altiva - muito comum e, até mesmo, " compreensível" num país onde lemos tão pouco! Gostaria de saber se você conhece ou gosta de AS MINAS DO REI SALOMÃO? Foi um dos poucos livros que li na época de escola ( estava na oitava série do antigo primário).
Hoje (18/01/2021), e provavelmente por mais algumas semanas ou meses, esse livro está disponível para empréstimo do E-BOOK GRATUITO pela amazon prime (não é kindle unlimited, é aquela assinatura da amazon que vc faz pra assistir série. Também dá para pegar livros emprestados de graça nessa mesma assinatura). Espero que seja útil a alguém.
Não li o livro ainda, mas pela sua resenha parece ser um livro extremamente atual. Se tirarmos do contexto que foi escrito e colocarmos no contexto em que vivemos, é impressionante como nada mudou.
Vou colocar esse na minha TBR. A resenha me lembrou o livro "Cântico" da Ayn Rand. Acho que tem menos de 100 páginas, mas ele é escrito em terceira pessoa, logo não sei se dá pra processar rápido. É incrível também! Fica a dica. :)
Quando ela falou que nós era pela forma de pensar, sempre em coletivo, eu lembrei daquele livro. Desgastante, horrível, genial. Pra mim, a melhor distopia (das que li).
Oi Tati, resolvi terminar a leitura que comecei a fazer de "Nós" antes de ver o seu vídeo. Achei sua observação sobre texto bíblico e os nomes dos personagens muito interessante, até mesmo porque no livro o D-503 bora e mexe faz alguns questionamentos envoltos pela cristandade ou a ideia que tem sobre cristianismo.
SIM!, esqueci de comentar - o problema (para a minha teoria...), é que Isaías só vai até 26, não chega a 30. De modo que, provavelmente, minha teoria é furadíssima, rs
Li a tradução da Aleph, aliás linda edição, dá gosto ter. Já havia iniciado a leitura na livraria, me fisgou, achei poética. Mas agora eu compraria a outra, da 34, para ter as duas edições! Mas a da Aleph é um mimo, me encantou.
Tati, você já viu a minissérie Victor Hugo: ennemi d'état ? Ela aborda uma pequena parte da carreira política de Victor Hugo e mostra o seu desentendimento com Napoleão III.
Muito obrigado tati feltrin, por mais uma dica sobre uma area de leitura que gosto: Distopias. Acho curioso ver que essas historias acabam se tornando utopicas também. Estou lendo 1984 e ja li boa parte do 451. Vou anotar o NÓS aqui na lista. Valeu Tati, parabens pelo seu trabalho muito importante de educaçao pela leitura.
No momento desta escrita estou lendo esse livro. É como se caminhassemos para essa ''Realidade'' em um futuro próximo. Espero estar enganado. Através de suas resenhas, descobri literaturas de ótima qualidade.
Tatiana quero muito ler esse livro, sua resenha foi espetacular, enquanto vc falava da I-330 achei que ela fez o papel de Eva trazendo o ''conhecimento'' ao D-503.
Tatiana, tem um livro muito muito muito bom chamado Ortodoxia, de Chesterton. Por algum motivo, sinto que você vai gostar muito dele. É um livro interessantíssimo!
Tati, seguindo sua lógica dos versículos, a I330 não seria Isaías 33? "Ai de você, destruidor, que ainda não foi destruído! Ai de você, traidor, que não foi traído! Quando você parar de destruir, será destruído; quando parar de trair, será traído. Isaías 33:1" O "0" do 330 poderia ser equivalente ao "1", o início do capítulo, mas aí já não sei se seria forçação de barra kkkk Enfim, adorei a resenha.
Aí Tati, descobri hoje o canal Better than food, e estou doido para ver sua review do livro favorito dele de 2019. Do Javier Marias. (Pensa em uma pessoa ansiosa)
Não sei se faz sentido para o I 303 - Isaías 30, v 3 “ Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão. Isaías 30:3”
Uma resenha nesse canal nunca é só uma resenha. É uma aula!
obrigada, Quezia!
Sem dúvida nenhuma!! Parabéns Tati!!
Vdd.
Exatamente!
Finalmente!❤ É importante para quem leu e gosta de Sci-Fi, e do que chamamos de trilogia distópica tardia(1984, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451), ler também as 3 distopias fundadoras do conceito moderno, que chamamos provocativamente de "as originais", obras inspiradoras as quais são inexplicavelmente esquecidas:
- The New Utopia(A Nova Utopia) de Jerome K. Jerome: conto considerado fundador, e grande inspirador, de todas distopias modernas(com ênfase no "modernas"). Leitura obrigatória no gênero, influenciou profundamente o Zamyatin e todos os demais. Alguns até consideram We uma novelização deste conto, com Zamyatin estendendo o enredo e pontos chave. Vale muito a pena lê-lo. Mesmo na sua curtíssima extensão traz ali todos os conceitos do gênero que foram seguidos posteriormente e denuncia os males das utopias, fadadas a transformarem-se em distopias. Obra ácida e autocrítica do autor. É atual até hoje, sobretudo hoje.
- The Iron Heel(O Tacão de Ferro) de Jack London. Mencionado pela Tati, já vem em forma de romance e também é anterior a We. Se passa na América e, diferentemente das demais, encena uma distopia monopolista das oligarquias e corporações, sendo contada também a partir de um manuscrito fictício, mas desta feita a partir da visão de uma mulher. Dos três é o mais ingênuo e alegórico, no qual a personagem(que é inserida para apresentar a ideiologia do autor) tenta substituir uma distopia por outra sem a análise crítica mais realista trazida por Jerome e Zamyatin. Apesar disso a prosa e desenrolar da obra, como é comum em London, é bem mais fluida e menos árida do que o comum no gênero.
- We(Nós) de Zamyatin. Já muito bem explicado pela Tati. É mais maduro que The Iron Heel, já trazendo as mazelas e análise da distopia socialista experienciada pelo autor russo.
Em relação à resenha da edição Britânica de We feita por Orwell ele diz que: "diante das assombrosas semelhanças" entre We e Admirával Mundo Novo, Huxley certamente teria adotado vários conceitos de Zamyatin no Brave New World(o que é verdade), mas convenientemente esqueceu de dizer que foi ele, Orwell, que mais "se inspirou"/copiou conceitos do colega Russo o qual, por sua vez, já havia se inspirado(aberta e publicamente) no conto supracitado de Jerome K. Jerome. Provavelmente Orwell já estava querendo se proteger antecipadamente de acusações de plágio :). Mas de qualquer maneira vale a pena ler essa resenha do Orwell.
Ps. Temos o cuidado de dizer obras fundadoras das distopias "modernas", porque não se cria do nada, como apontou a Tati. H.G. Wells antes já trazia em várias obras traços distópicos, assim como Mary Shelley em The Last Man e E.M. Forster em The Machine Stops(A Máquina Parou). Porém esse formato conscientemente direcionado a reproduzir esse tipo de mundo foi mais consolidado no início do Sec XX e, embora não sejam obras tão originais(e não tenham quer ser), a "trilogia tardia" (Orwell, Huxley e Bradburry) é fortemente responsável pela divulgação do gênero. E certamente são ótimos livros também.
Salvando os livros citados aqui para procurar los mais tarde. Obg :D
Perfeitos os seus comentários. Eu amo Orwell de paixão. Mas Qd li a resenha tb pensei o mesmo, uai, ele tá falando do Admirável Mundo novo, mas achei 1984 ainda mais inspirado no Nós. E outra coisa q vc comentou que eu super concordo é sobre os outros autores ainda mais antigos que já traziam universos distópicos.
Acabei de ler hoje.
Completando minha leitura de distopias.
Também já li Fahrenheit 451, 1984, Admirável Mundo Novo, Kallocaina.
Estou indo a falência....não paro de comprar livros e a culpa é sua! Obrigado!
Bem eu. Tenho que parar de assistir a Tati
Livros são o melhor investimento da vida
Aqui você já pode dar like antes de ver o vídeo: qualidade garantida. Nunca me decepcionei com as avaliações da Tatiana. Parabéns pelo excelente trabalho. :)
Muito obrigada, Lucas!
George Orwell deu um crtl c + ctrl v nesse livro e ainda jogou a batata quente pra cima do Huxley. 1984 tem muito mais "em comum" de Nós do que Admiravel mundo novo.
Olá Tatiana.
Obrigada pela excelência da tua linguagem e comunicação.
Te admiro há temos e cada vez mais.🌹🌹❤️
Muito obrigada pelo carinho, Ana Maria! ❤️
Quando a Tati publica um vídeo, a gente assiste às propagandas do UA-cam com prazer e até o final. ❤️
ô, Janaina, obrigada!
Tatiana gostaria de ver você ler e comentar Ortodoxia do Chesterton , acho que seria muito interessante.
Obrigada pela dica, Franciole! Ainda não li nada do Chesterton, preciso resolver isso...
Eu não consegui continuar essa leitura. Parei antes da metade. Mas prometi voltar a Chesterton. Quem sabe uma resenha da Tatiana me ajude a prosseguir...
Concluí Ortodoxia ontem. considerando a resenha e sua sugestão, lembrei desses trechos:
"Agora chegamos ao colapso total e ao erro crasso. Misturamos duas coisas diferentes, duas coisas opostas. O progresso devia significar que estamos sempre transformando o mundo para ajustá-lo àquela visão. No entanto, progresso significa, atualmente, que estamos sempre mudando a visão."
"Nenhum ideal dura o tempo suficiente para poder ser posto em prática, mesmo que parcialmente. Os jovens modernos nunca mudarão o ambiente em que vivem, porque estão sempre mudando de ideias."
Ortodoxia, Chesterton.
Perfeito
Acabei de escrever um comentário sugerindo esta leitura maravilhosa ♡
Se a tati resenha a gente adiciona a meta de leitura
Esperei tanto por essa resenha ❤️
Bom dia, Jorge! Espero que goste :)
Excelente, Tatiana, como sempre!
A distopia de jack London é o excelente «O tacão de ferro», de 1908.
Sensacional! Agora quero ler 😅
bem interessante, Bruna! (sigo acompanhando a saga do mestrado, por aqui ;)
Cara professora, me inscrevi hoje. E não tenho outra palavra para qualificar tua resenha, a não ser EXCELENTE! Grande Abraço!
Como sempre, uma resenha impecável!
Só queria fazer uma observação (faz tempo que li o livro, então talvez eu esteja equivocado): As anotações de D-503 não são como um diário escrito para ele mesmo, mas parte de uma coletânea de obras que seriam enviadas através da "Integral" para os seres de outros planetas. O objetivo inicial das notas era demonstrar a beleza e grandeza do Estado Único.
Costumo sempre comprar pela Editora 34, suas traduções sempre são confiáveis quanto a literatura russa. Gosto do fato de quando eles traduzem direto do russo, deixam algumas expressões na íntegra para não perder a ideia.
Muito obrigada pelas resenhas dos livros russos. Para mim, sendo a russa, é muito agradavel de te escutar! Спасибо!
Eu resolvi ler esse livro depois de passar seis meses morando em Moscou.
Gostaria de aproveitar para perguntar se você, como russa, acha que faz diferença ter traduzido o nome do Д-503 para D-503. Pergunto isso porque no original há personagens como “nomes” de letras latinas, como R, I e S, mas o protagonista tem um “nome” com letra do alfabeto cirílico
Foi certinha em procurar pelo evangelho Tati, em ucraniano Ivan é João, acho que provavelmente em russo tbm
Adoro aprender com você! Parabéns pelo trabalho! 👏👏👏
Complementando a pira de relações bíblicas: vc não foi pesquisar na bíblia católica, né? Pq o pai de zamiátin era um pastor ortodoxo. A igreja ortodoxa russa usa a Septuaginta, que tem livros diferentes compondo o antigo testamento.
Tem outros personagens nesse esquema:
O-90 - poderia ser o livro de Odes, Oseias ou Obadias
R-13 - livros de Rute, Reis (1 e 2) ou Samuel (2 livros, considerados como Reis 3 e 4)
I-330 - livro de Isaías
D-503 - Deuteronômio, Daniel ou Dragão (na real Bel e o Dragão)
Já arrumei coisa pra vcs fazerem na pandemia. :)
A Septuaginta é a mesma bíblia mas em latim (foi a tradução mais aceita quando resolveram verter do hebraico e grego ). Mas os nomes dos livros é interessante.
Pensei tb q Zamiátim usou na real os nomes dos livros da bíblia em russo, vou pesquisar...
Idéia fenomenal da Tatiana essa associação com a bíblia (q era repudiada pela revolução). A princípio pensei em algo como tabela periódica mas...
Padre ortodoxo não pastor que.os.padres no cristianismo ortodoxo podem se casar
Tati: esse livro é incrível
Eu: vou comprar
Heheheh
Achei interessante a questão bíblica dos nomes e, no alfabeto russo, as letras I e J são semelhantes:
И - i
Й - j
Maravilhosa resenha.
Obrigada pela aula, eu fico tentada a parar de assitir pq toda semana com essas resenhas minha lista de livros a comprar aumenta e pilha de pendências literárias tbm .
Essas distopias me lembram muito aquele episódio do Padrinhos mágicos onde o pai do Timmy é governador de uma cidade onde todos são obrigados a serem felizes e ele é chamado de "O pai"
Eu acabei de terminar, li em inglês. Confesso que demorei pra me acostumar com o estilo de escrita, mas de qqr maneira achei interessante, gostei do final.
Pensei em Isaías 30:3 "Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão.
"
Vou falar de novo: gostaria muito de ter tido uma professora de Literatura como a Tati! Sucesso!
Terminei de ler o livro hoje.
16:39 - Para mim, o trecho em que D503 está diante do Benfeitor (36ª Anotação, 2º parágrafo), faz lembrar o trecho da Bíblia em que o profeta Isaías tem a visão da glória do Senhor (ISAÍAS capítulo 6, especificamente os versículos 5 e 7). Até os pronomes que referem-se ao Benfeitor, são grafados em maiúsculo: Suas, Lhe, Ele e Dele, tratando-o como uma divindade.
O versículo 11 do livro bíblico parece até narrar o que vai acontecer na história de “Nós”, em seus últimos capítulos, especificamente na 37ª Anotação e no trecho “as ruas desertas, como se houvessem sido varridas por alguma peste” (na 38ª Anotação).
Oi, Tati! Li "1984" e ontem terminei "Nós". Meu Deus, que incríveis! Obrigada pelas dicas, você me inspira! Beijos
Em relação à nação feita toda de vidro a referência está em Notas do Subsolo, a partir do capítulo 7 Dostoievsky menciona o Palácio de Cristal de uma nova civilização (e q parece ser resposta à uma mesma referência em O que fazer? Do Nicolai Tchernychevskiï).
Tatiana, antes de ler A revolta de Atlas, vc poderia ler Cântico, o livro é bem curtinho, tem muitas semelhanças com Nós.
Terminei a leitura de Nós na semana passada, que surpresa a minha quando vi o título do vídeo (não reconheci pela tumblr). Obg pelo vídeo :D
E uma curiosidade sobre i x j (quando a Tati fala dos versículos da bíblia):
Na engenharia (pelo menos na elétrica que é a minha área) a letra j que é a usada para designar os números imaginários (não se usa o i para não confundir com a corrente elétrica cujo símbolo adotado é a letra i)
Aí eu vejo o vídeo e descubro que preciso lê-lo urgentemente 😂😂🤩🤩👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Sério, Tati, obrigada por existir, tá?! 😘
Ótima resenha, Tatiana. Nós é realmente um ótimo livro. Muito obrigado por mais esse conteúdo. Além das distopias que você mencionou, do Orwell, Huxley e Zamiatin, sugiro também a leitura de O Zero e o Infinito, do Koestler, que considero tão bom quanto ou talvez até melhor que 1984, e uma pérola sueca chamada Kalocaína, da escritora sueca Karin Boye. Este último eu consegui achar há alguns anos na Estante Virtual numa tradução do falecido Janer Cristaldo. Abraço!
Tatiana você já leu "O lobo da estepe" do Herman Hesse? Queria muito que vc fizesse a resenha desse livro.
Do Hesse, por enquanto, só li Damian (tem vídeo no canal ;)
Meu livro de cabeceira esse. Fiz essa pergunta para vc em outra rede social. Gostaria de ver sua análise
“O lobo da estepe” é sensacional. Ótima sugestão.
Meu sonho de princesa é a Tati resenhar O Lobo da Estepe
Alisson Cauã ótima dica...Esse livro é atemporal.
lindo demais
Seu canal me transporta no tempo. É como estar em sala de aula outra vez. Isso não tem preço. Não sou leitor voraz, não tenho afetações litaraloides, mas, sim, uma livraria é preferencialmente a primeira loja que procuro num shopping. Obrigado por você, mesmo sendo uma celebridade do UA-cam ( com perdão da expressão), não pertencer ao clubinho da superficialidade altiva - muito comum e, até mesmo, " compreensível" num país onde lemos tão pouco!
Gostaria de saber se você conhece ou gosta de AS MINAS DO REI SALOMÃO? Foi um dos poucos livros que li na época de escola ( estava na oitava série do antigo primário).
Olá, Tati! Esse tipo de livro me faz refletir bastante sobre muitas coisas da vida.
Eu estou adorando essas publicações de livros até então esgotados ou inéditos da Editora Aleph. 😍
Hoje (18/01/2021), e provavelmente por mais algumas semanas ou meses, esse livro está disponível para empréstimo do E-BOOK GRATUITO pela amazon prime (não é kindle unlimited, é aquela assinatura da amazon que vc faz pra assistir série. Também dá para pegar livros emprestados de graça nessa mesma assinatura).
Espero que seja útil a alguém.
Olá, Tati! Qual continua sendo sua distopia preferida?!
Gosto muito das que eu já li, mas talvez a 1984 ganhe...
Qual das duas edições de NÓS você indica tendo em vista a tradução e editoração?
Minha meta eh receber um like e um comentario da Tati. Rsrs a admiro mt
@@eggibran No vídeo ela disse preferir a edição da 34.
apaixonada nas suas resenhas!!!!
Sou apaixonada por distopias. Que resenha sensacional, obrigada pela indicação.
venho só ouvir e saio com vontade de ler, muito interresante esse livro, minha lista não para de crescer \o/
Não li o livro ainda, mas pela sua resenha parece ser um livro extremamente atual. Se tirarmos do contexto que foi escrito e colocarmos no contexto em que vivemos, é impressionante como nada mudou.
O Cântico (Anthem) da Ayn Rand também me lembra muito essas distopias das famosas e tem vastos elementos em comum
Um livro que também merece menção é o "Do zero ao infinito", do Arthur Koestler.
Vou colocar esse na minha TBR. A resenha me lembrou o livro "Cântico" da Ayn Rand. Acho que tem menos de 100 páginas, mas ele é escrito em terceira pessoa, logo não sei se dá pra processar rápido. É incrível também! Fica a dica. :)
Quando ela falou que nós era pela forma de pensar, sempre em coletivo, eu lembrei daquele livro. Desgastante, horrível, genial. Pra mim, a melhor distopia (das que li).
Inspiração da música "Anthem" do Rush.
Obrigado Tatiana . Suas resenhas muito me ajudam . Gosto muito de livros. Verdadeiras aulas. Livros diversos. Enriquecimento cultural.
Adorei esse vídeo e fiquei com muita vontade de ler! Entrou fácil na minha lista eterna de leituras!!
Oi Tati, resolvi terminar a leitura que comecei a fazer de "Nós" antes de ver o seu vídeo. Achei sua observação sobre texto bíblico e os nomes dos personagens muito interessante, até mesmo porque no livro o D-503 bora e mexe faz alguns questionamentos envoltos pela cristandade ou a ideia que tem sobre cristianismo.
Tatiane, na Bíblia tem o o livro de Isaías. Como vc estava procurando a conexão, talvez se encaixe no I-330.
SIM!, esqueci de comentar - o problema (para a minha teoria...), é que Isaías só vai até 26, não chega a 30.
De modo que, provavelmente, minha teoria é furadíssima, rs
@@tatifeltrin kkkkk
Este canal é top. Tatiana dá uma aula super interessante e tem uma voz agradável. Parabéns.
Essa edição da Aleph é lindaaaaa
Acabei agora o ADMIRÁVEL MUNDO NOVO e estou louca pra ler NÓS! ❤️
Nada mais perfeito que as resenhas da Tati
Cada vez mais eu gosto desse canal!
Li a tradução da Aleph, aliás linda edição, dá gosto ter. Já havia iniciado a leitura na livraria, me fisgou, achei poética. Mas agora eu compraria a outra, da 34, para ter as duas edições! Mas a da Aleph é um mimo, me encantou.
Tati, você já viu a minissérie Victor Hugo: ennemi d'état ? Ela aborda uma pequena parte da carreira política de Victor Hugo e mostra o seu desentendimento com Napoleão III.
Já vim soltando o like. Pelo INTEGRAL!
Um abraço, Ivan!
Duas
@@tatifeltrin ❤❤❤
Eu já tô lendo três livros, e vendo essa resenha/aula, fico louco pra ler esse livro!
Muito obrigado tati feltrin, por mais uma dica sobre uma area de leitura que gosto: Distopias. Acho curioso ver que essas historias acabam se tornando utopicas também. Estou lendo 1984 e ja li boa parte do 451. Vou anotar o NÓS aqui na lista. Valeu Tati, parabens pelo seu trabalho muito importante de educaçao pela leitura.
Obrigado por me trazer de volta a leitura
Eu amo o seu entusiasmo para falar dos livros! É tão genuíno. Excelente resenha!!
Excelente resenha. Meu deus, amo esse canal 💕
Adoraria ver a resenha do Cântico (Anthem) de Ayn Rand. Parabéns pelo excelente trabalho.
Vou ler A revolta do atlas ainda esse ano ;)
Alex Kaster, eu também, mas um livro por vez. 😊
Que beleza de vídeo!
Agora viu ter que comprar essa edição da Editora 34($$$$).
Muito interessante... vou procurar. Tem umas idéias que apareceram no filme THX 1138, assim como no Fahrenheit 451...
Bom dia, Tati! Babando nessa edição da Aleph
ficou muito caprichada, mesmo
No momento desta escrita estou lendo esse livro. É como se caminhassemos para essa ''Realidade'' em um futuro próximo. Espero estar enganado. Através de suas resenhas, descobri literaturas de ótima qualidade.
Tatiana quero muito ler esse livro, sua resenha foi espetacular, enquanto vc falava da I-330 achei que ela fez o papel de Eva trazendo o ''conhecimento'' ao D-503.
Nunca li nenhum livro. Tô começando a me interessar agora e esse vídeo É UM IMPULSO ENORME! Amei demais!
A tradução do Francisco de Araújo,da 34 é primorosa.
Resenha impecável como sempre! Para mim, "Nós" foi uma das melhores distopias que já li. Esperando ansiosa pela resenha de "A revolta de Atlas".
Tatiana, tem um livro muito muito muito bom chamado Ortodoxia, de Chesterton. Por algum motivo, sinto que você vai gostar muito dele. É um livro interessantíssimo!
Tati, seguindo sua lógica dos versículos, a I330 não seria Isaías 33?
"Ai de você, destruidor, que ainda não foi destruído! Ai de você, traidor, que não foi traído! Quando você parar de destruir, será destruído; quando parar de trair, será traído.
Isaías 33:1"
O "0" do 330 poderia ser equivalente ao "1", o início do capítulo, mas aí já não sei se seria forçação de barra kkkk
Enfim, adorei a resenha.
Pensei também em Isaías 33:1, ou 3:30. Não sei se esse último "combina" com o livro Nós.
A leitura dos versículos me tirou o fôlego!
Ao assistir a esse video, não há como deixar de lembrar dos depoimentos dos refugiados norte-coreanos.
Puuuts, parece maravilhoso!
Tatiana, você aguçou a minha vontade de ler esse livro. Não conhecia ele, mas já incluí na minha lista de próximas leituras.
Que bom esse seu comentário Tatiana! Li há alguns meses, e tua análise acrescentou muito!
Mais um vídeo/resenha fenomenal! Comprei esse livro e estou aguardando chegar para poder devorá-lo!
Oh, Tati não faça isso... mais um pra minha infinita lista. :D Brincadeira, faça sim! Amamos (eu e um montão de gente) seus vídeos. ;)
Adoro quando faz a comparação entre traduções
Mais um a bela resenha pra aumentar a minha lista de quero muito! Obrigada! 😘
Excelente resenha 😁. Mais para minha lista de leituras 😁😁
Bom dia, Tati! Li o livro recentemente e gostei bastante! Vou aproveitar o intervalo entre as aulas EAD para assistir à resenha :-)
maravilhoso! estou doida pra ler este livro. Obrigada, Tati.
Parece que a Ayn Rand se inspirou nesse livro, para escrever O cântico, uma bela de uma novela aliás.
Tati, faz um vídeo sobre algum livro do escritor húngaro Sándor Márai. Um bem famoso aqui no Brasil é o "As Brasas".
A parte dos versículos faz todo sentido! Em algumas línguas, o nome João é grafado Iohannes!
Que insigth legal que vc teve sobre os versículos hein Tati. Caramba !
Lembrei muito de 1984 durante o vídeo.
É uma pena que a Editora 34 menospreze o mercado de ebooks, só tem a edição da Aleph disponível na Amazon.
Resenha do George Orwell? Acho que nem preciso pensar muito para escolher. Um abraço aos amantes da literatura clássica.
Tatiana eu já muito tempo estou para comprar esse livro....acho que deste ano não passa....adoro distopias....
Aí Tati, descobri hoje o canal Better than food, e estou doido para ver sua review do livro favorito dele de 2019. Do Javier Marias. (Pensa em uma pessoa ansiosa)
É incrível a resenha, vou comprar e ler este livro.
Bravo Tati, parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻. Mais um vídeo com excelência em conteúdo.
Não sei se faz sentido para o I 303 - Isaías 30, v 3
“ Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão. Isaías 30:3”
estou lendo Nós,estava lendo ate agora e deitei kkkk depois desse vídeo me deu vontare de levantar e continuar a ler
Tati, Isaías 30 começa assim: “Ai dos filhos rebeldes...” 😀😀