acho que a literatura se relaciona diretamente com aquela perspectiva elitista de cultura. o comentário sobre o Xeroque (kkkk) demonstra com clareza o papo que você iniciou nesse vídeo, Paloma, como leitores podem afastar outros futuros leitores simplesmente por serem presunçosos. adorei sua iniciativa de dialogar sobre esses diversos pontos! quero deixar como contribuição a ideia que eu e meu pai - que não é leitor, mas sempre me incentivou - colocamos em prática no condomínio onde moro: criamos uma biblioteca comunitária numa área comum do prédio, onde pude deixar diversos livros para os vizinhos acessarem e eles também podem contribuir trocando leituras. tem sido ótimo!
Eu AMEI essa ideia da biblioteca comunitária! Vou até fixar esse comentário aqui para ver se mais gente se inspira - eu mesma já vou ver com a administração aqui do condomínio se há essa possibilidade =)
Eu cresci em uma família onde ninguém lê (pois a maioria dos meus familiares como pais ou avós são analfabetos, e aqueles alfabetizados só concluíram o ensino fundamental). Não me lembro de ter lido algum livro na infância, mas o que fazia era assistir TV e animes como Naruto. Então com 11, 12 anos me interessei pelos mangás. Aos 15, tinha essa certa familiaridade com a leitura, apesar de não ler "livros", mas essa familiaridade me permitiu começar a me aventurar na biblioteca da minha escola (sou sempre grata por essa biblioteca, inclusive, de uma escola pública do interior do RJ, que não tinha estrutura nenhuma, mal tinha professor, mas tinha ótimos livros!). Hoje com 25 anos já li aproximadamente 300 livros (incluindo clássicos nacionais e internacionais), tive a minha vida e visão de mundo transformadas pela leitura, o que me levou a uma graduação em psicologia numa universidade federal (e a me tornar a primeira da minha família a concluir um curso superior). Então sim, precisamos incentivar as nossas crianças e jovens a ler (agora mais do que nunca), a ler qualquer coisa, a substituir as telas pelo menos um pouco. Principalmente quando falamos de crianças e jovens de baixa renda, que muitas vezes não tem acesso a outros tipo de entretenimento a não ser a internet/redes sociais. A leitura muda vidas, e posso dizer que mudou a minha, e por isso esse debate não pode ser deixado de lado. Obrigada, Paloma!
Eu não sei o que teria sido de mim sem a biblioteca da escola onde estudei durante o ensino médio, era uma escola pública no interior do RJ, uma escola pequena e com pouca estrutura, e a biblioteca também era pequenininha, mas tinha muitos livros maravilhosos e vários voltados para o público jovem. Vim de uma família que não lê e que não se dava ao "luxo" de comprar livros. Se não fosse os livros da escola, talvez eu nunca tivesse me tornado a leitora que sou hoje.
@@thegreatwarlavender Exatamente, no meu caso só consigo ler através das bibliotecas públicas por questões financeiras mas os lançamentos, livros mais recentes não tem.
@@eguinaldosantosnobre tempo tem sim, o problema é passar todo o tempo livre preso no celular em rede social. Existe vida além do trabalho e estamos perdendo o pouco que sobra dela ficando no celular... Uma biblioteca publica com o mesmo sistema que funciona nos EUA (emprestado por x tempo por retirada, entrada em fila de algum livro que ja esta em uso, venda de livros mais baratos que não estão funcionando no acervo, etc) seria um gigante incentivo aqui!
Eu vou começar um projeto de incentivar a leitura nas escolas de minha cidade … mostrar meu exemplo e onde a leitura me trouxe ( sou juíz de direito aqui no PR ) . É tudo começou com os Contos e Lendas dos Irmãos Grimm ( EDIGRAF ) e eu alucinei com aquilo .., depois o pai me deu a Enciclopédia TRÓPICO ilustrada ( maravilhosa e comprei uma nova pelo ML ) onde as matérias eram acompanhadas de desenhos pintados … coisa fodastica demais e o artigo da Divina Comédia foi algo surreal ! Minhas memórias de leitura são maravilhosas … belíssimo seu testemunho, Paloma , e eu tive que dar o meu … e quando descobri a MARVEL então … daí ferrou tudo . Lendo o dia todo … na praia, em casa, na faculdade … é isto continua até hoje ! Leitura vai lhe ajudar em momentos que vc nem imagina ( depressao, tristeza, etc) . O livro é meu amigo silencioso que me fala tudo que eu preciso ouvir … eu ABOMINO redes sociais e por isto estou cada vez mais feliz ! Sou um eremita virtual
Comecei a ler de verdade ano passado. Comecei, se não me engano, por um livro em quadrinhos. Antes nunca tinha pegado num livro com vontade de de fato lê-lo por completo, nunca havia lido um livro completamente. Ano passado veio uma vontade de ler aquele livro: os trabalhos de hércules. Tão trivial mas tão interessante naquele momento, era bem tarde da noite; sentei no sofá e li. Li por completo naquela única noite e adorei ter feito aquilo. Depois baixei diversos livros. Entretanto, um em específico me fez gostar de ler. Demorei cerca de 2 meses para acabar de ler porque, mesmo pequeno, eu lia pouquíssimas páginas por dia. O livro era "a menina que roubava livros"... que livro magnífico. Já estava no fim do ano e me sentia tão bem depois daquela leitura que decidi embarcar nesse "mundo dos livros". Meus pais nunca se preocuparam com isso, em relação a leituras ou algo do gênero. Me contavam histórias de suas vidas, nunca a de livros. Não reclamo, foram bons pais. Enfim, comecei a ler disparadamente esse ano. Estou amando isso. Peguei alguns livros na biblioteca da minha escola e folheei todos com tanta excitação que me deixou abismado até. Comecei a ler 1 livro toda semana. Li cerca de 30 livros esse ano e estou muito feliz. Comprei alguns e inclusive acabei um ontem e já comecei outro hoje. Li alguns clássicos e comprei outros, estou amando isso. Comecei "noites brancas" de dostoievski e ontem acabei "os sofrimentos do jovem werther". Comprei memórias do subsolo, crime e castigo e outros clássicos. Mal vejo a hora de lê-los também. Se estão se perguntando como arrumo tempo pra isso, vejam: estudo integral e leio nos intervalos e até mesmo enquanto almoço na escola. Nos dias de fim de semana gosto de passar lendo, entretido nas histórias e romances de meus adoráveis livros! Não sou muito de redes sociais, oque me ajuda demais a manter um foco interessante.
Eu cresci numa família (meus pais no caso), a qual nenhum deles lia. Morávamos na fazenda: eu, minha irmã, meu pai e minha mãe. Num local onde não tinha sequer energia elétrica, e quem dirá um telefone. 🥲 A única felicidade que eu e minha irmã tínhamos, era quando íamos para a escola, viajávamos 50km todos os dias, e íamos direto para a biblioteca da nossa escola pública, e saíamos cheias de livros...🥹 Líamos o final de semana inteiro, e mal podíamos esperar o dia de devolver os livros lidos e trocá-los por novos. (Obrigada livros! Por terem feito a nossa infância mais feliz e muito menos penosa.)🥹❤🙏
O recorte da desigualdade social é essencial pra analisar tudo no Brasil! Eu sou leitora desde a infância, nunca perdi o gosto pela leitura (nem na escola com as leituras obrigatórias). Tive um professor de literatura que falou do proust de uma maneira tão apaixonada que me fez querer ler, li e amei! Digo pras pessoas que existem inúmeros tipos de livros, vc precisa achar o que vc gosta. Concordo com sua fala!
Primeira booktuber que eu vejo trazer propostas de como podemos mudar essa realidade. Porque não adianta se inteirar dos fatos, comentar em vídeo e achar que o trabalho foi feito. Parabéns! É preciso abrir o tópico pra conversa, construir novos caminhos que estimulem a chegada dos livros para todos os públicos. Especialmente os jovens de camadas mais vulneráveis que se interessam pelos estudos e pela leitura como diversão, mas não possuem condição financeira suficiente para adquirir um livro por mês, por exemplo. Acredito que a doação de livros às bibliotecas de nossas cidades também é uma forma de renovar o acervo, disseminar e cultivar novos leitores brasileiros. A leitura sempre foi e continuará sendo um ato político. Porque nos faz pensar, abre nossas mentes e, consequentemente, facilita a nossa compreensão de posicionamento como cidadãos na sociedade brasileira e no mundo como um todo.
Realmente Paloma, nossos jovens estão cada vez mais dando preferência ao celular do que os livros, assim, cabe a nós espalhar o prazer de um bom livro.
Fui uma criança leitora que perdeu completamente o gosto pela leitura na época da escola, tendo que ler por obrigação e não por prazer. Depois de muitos anos, no ano passado retomei meu hábito de leitura (26 no total - pra quem lia só 3-4), este ano já estou no meu 56 livro e ainda temos pouco mais de um mês pro fim do ano. O que me fez retomar foram os audiobooks no começo, pois com eles consigo ler/ouvir enquanto realizo as tarefas diárias de casa/trabalho, depois de uns meses eu caí de volta no meu kindle e físicos e não parei mais (até audiobook mal estou ouvindo) - mas isso foi diretamente proporcional a retirada da minha presença nas redes sociais e internet. Foi só trocar o tempo de tela por tempo de leitura que hoje além de eu ler mais, eu sou muito mais feliz, menos ansiosa, menos cansada... é incrível como nosso celular mata nosso cérebro. O livro que me ajudou a largar as redes de vez foi o "Ten Arguments for Deleting Your Social Media Accounts Right" do Jaron Lanier!
Esse livro é bem famoso! E tá aí, audiolivro é algo que também costuma ser muito criticado por leitores mais “puristas” e que acaba sendo porta de entrada para livros físicos pra uma galera =)
Eu já era um leitor voraz há muitos anos, quando em 2019 li num livro do Dostoiévski os Demônios, um diálogo que um personagem diz ao outro "Se você não tiver fazendo nada LEIA. " Isso mexeu comigo, tanto hoje o que mais faço é ler.
Olá a todos! pessoalmente só adquiri o hábito da leitura depois de ver o filme "Mãos telentosas" e assistir os vídeos do Prof. Pierlugi e através do meu cabelereiro (por incrível que pareça) que me indicou muitos livros bons, principalmente de filsofia no período da Pandemia. Comprei muitos livros de todos os tipos e de maneira compulsiva, não cheguei nem a ler 20% de todos os livros. Atualmente tenhos aproximadamente 400 livros. Estou focando apenas nos clássicos, sou assinante do Clube da Literatura Clássica e do Clube Vitoriano por enquanto. Mas percebi uma coisa, o meu racicíonio aumentou e melhorou, tenho mais ideias e principalmente me sinto fora da bolha. As pessoas vivem grudadas nas telas, enquanto eu, vivo no mundo do livro físico. Ler é viver outro mundo. Quanto ao número de leitores caindo, acredito que está no desafio de concorrer comas telas, o hábito do brasieliro que prefere outro entretenimento e também do preço caro do livro. Atualmente trabalho em uma escola de ensino infantil e vejo na hora do intervalo os professores grudados na tela do celular. Vejo que muitos professores não são leitores.
Uma realidade triste . Na minha opinião criar o hábito é o principal. Bibliotecas públicas, estímulo nas escolas . Eu por exemplo não fui incentivada nem na escola nem na família, muito pelo contrário. Minha sobrinha já está no último ano ( escola particular) e nunca pediram para ela lê um livro sequer. Muito difícil essa geração criar o hábito da leitura com tanto estímulo contra e ,pelo menos no meu círculo, uma onda de anti-interlectualismo muito forte. Ouço com frequência a pergunta porque tu ler tanto? já nem respondo mais. Por isso acompanho canais como o seu pois sinto que quando falo ou ouço falar de um livro que já li ele fica mais comigo, mas na realidade cotidiana não tenho ninguém para conversar. Detalhe assisto os vídeo com minha família e até hoje ninguém teve o interesse em começar a ler. É muito difícil mesmo. 😢 Ótimo vídeo!
As pessoas tratam a literatura como se fosse algo de outro mundo, mas ela nada mais, nada menos do que faz parte da cultura! E, como bem colocou Gilberto Gil uma vez, cultura não tem que ser algo extraordinário, tem que ser ordinário, fazer parte do dia a dia das pessoas. Assim como a usamos pra refletir, também usamos pra puro entretenimento e tá tudo bem! É claro que tem gente chata em todo lugar, mas não vejo o pessoal enchendo tanto o saco querendo pagar de intelectual com filmes, músicas, séries, etc. quanto com livros. Adorei o vídeo, Paloma! Espero que chegue em muitas pessoas!
Realmente são poucas pessoas que lêem hoje em dia! Eu comecei e estou quase terminando um livro de 320 páginas. É incrível que todo assunto que eu menciono sobre livros infelizmente as pessoas dão a mínima importância para esse tipo de conversa!
A minha mãe era noveleira e ficava de queixo caído quando eu "previa" o que aconteceria na trama, mas era só o autor baseando a novela em um livro ou personagem da literatura clássica 😂
MARAVILHOSA! 👏🏻 e venho aqui deixar meu relato: Sempre tive dificuldade de engrenar em uma leitura quando adolescente. Minhas professoras de literatura recomendavam A divina comédia, A ilíada e por assim vai. Sei que são obras importantíssimas da literatura, mas quais as chances de uma adolescente de 13 anos se apaixonar por literatura com um livro desses? 😒 Foi então que conheci Harry Potter e me apaixonei. Comecei a devorar a série inteira… até que um dia, levei o livro do Príncipe de Azkaban para a escola e deixei ele na minha mesa, pra ler enquanto o professor não chegava. Quando ele chegou, viu meu livro, leu o título em voz alta e arrogantemente disse: “na minha época liam Shakespeare.” Fiquei sem graça e guardei o livro discretamente. Hoje em dia, já adulta, eu vejo o quão ridículo foi aquele comentário e o quanto de vaidade as pessoas tem em dizer que são mais “”””cultas”””” do que outras.
Foi por causa dessas pessoas "cultas" que eu, na minha adolescência, criei uma repulsa em relação a literatura, pq eu tinha pra mim que ler era algo chato e só pra pessoas que nasceram com uma inteligência superior. Isso é um pensamento bobo, mas pra um adolescente, isso fazia sentido. Foi na pandemia que descobri meu amor pela literatura com a saga The Witcher e hoje percebo o quanto esse comportamento arrogante de pessoas "cults" só faz é afastar as pessoas da literatura.
MEU DEEEEEEEEEEOOOOOS, que ódio desse professor. E existe TANTA gente assim por aí, infelizmente. Ainda bem que você, apesar de intimidada, seguiu com seus livrinhos
Que bom que vc teve pais que te incentivaram, no meu caso sou filha de mãe solo com um irmão mais novo e minha mãe nunca gostou de ler. Mas, quando comecei a ler na escola por causa de uma professora, ela sempre me incentivou e tem orgulho de ter os filhos leitores. Meu irmão fala, que começou a ler por causa do meu exemplo...
Amei as suas colocações!!! A educação escolar necessita rever o trabalho com as disciplinas das Ciências Humanas. Pensar excessivamente em uma formação utilitária desequilibra a tríade conteudo-forma-destinatári. Arte, Literatura expandem o pensamento porque se relacionam com todas as áreas do conhecimento.
Triste ver que as humanidades são deixadas cada vez mais de lado. Recentemente, li um livro chamado “A utilidade do inútil” e, pelo seu comentário, talvez você goste =) falei um pouco mais sobre ele em um vídeo recente aqui do canal (o vídeo sobre minhas leituras de agosto), caso tenha interesse!
Tenho 73 anos. Minha familia nao era leitora. Sem informática e poucos canais de Tv minha maior diversao era a leitura. Eu pedia livros de presente. Ganhava livro no aniversario e no natal. E relia dezenas de vezes até chegar o ano seguinte. Mas a vontade estava em mim. Talvez se tivesse celular minha historia seria diferente. Mas ainda acho que o preço do livro é um impeditivo.
Aprendi a ler e escrever com a minha mãe, em casa. Eu sempre pedia para alguém ler os quadrinhos e livros infantis pra mim e nem sempre encontrava alguém disposto a atender meu pedido. Sempre li muito e não me deixou contaminar com o rótulo de "livro difícil". No ensino médio, éramos obrigados a ler autores como Machado de Assis e Lima Barreto e eu até hoje acho que essa imposição não cria novos leitores e sim, faz o trabalho inverso. Hoje, tenho minhas restrições a alguns autores, Jorge Amado e Paulo Coelho, por exemplo e a alguns estilos, como auto ajuda. Eu me tornei uma pessoa que tem a leitura como lazer, aprendizado e crescimento. Inclusive, a minha banda favorita, Rush, tem diversas letras influenciadas por leituras de autores diversos. Leitura é essencial para o crescimento pessoal e de um.país.
Tenho os meus questionamentos em relação ao trabalho com os clássicos da nossa literatura nas escolas também, Rogério. Quem sabe papo para um outro vídeo =)
Minha história com os livros começa quando ainda era bebê, e minha mãe lia histórias da Disney na hora de me pôr na cama. Me recordo que era uma caixa azul, com uma alça amarela, com os desenhos de personagens. Ao mesmo tempo que comecei o maternal, iniciei o meu aprendizado da leitura. Minha mãe comprou um livro, que tinha as letras do alfabeto, e quando apertava, saía o som das mesmas. Daí, fui caminhando nas minhas primeiras leituras. Me recordo, que toda vez que estava no shopping quando criança, minha mãe, madrinha, ou tio, me deixavam lendo na parte infantil da livraria, e ficava entretido até a hora de ir embora. Cresci vendo minha mãe ler, a maior parte de minha vida, e sempre anotando. Lembro de minha avó lendo a biblia dela e cantando os hinos do cantor cristão. Meu pai sempre me falou da importância da leitura, apesar se nunca vê-lo lendo nada além do jornal, e nem ter recebido livros do mesmo. Minha madrinha além do incentivo, me presenteava com quadrinhos da turma da Monica, ou alguma outra leitura ou filmes que me interesasse. Minha mãe me presenteou com livros até pouco antes da faculdade, sendo que muitos deles eu pedi. Meu padrasto, uma outra grande influência, e uma das razões de ter um interesse por filosofia e teologia, que é sua área de formação e trabalho. Tive oportunidade de apreciar alguns livros de sua biblioteca pessoal. Que por sinal, foi a primeira que conheci. Desde então, procurei construir a minha. Me recordo que vendi uma bicicleta para comprar o primeiro livro que tive de nome teoria da música de Bohumil Med, com 14 anos. Sempre que ganhava algum dinheiro, comprava em livros, pratica que me fez acumular uma grande biblioteca, que é bom por um lado e ruim por ter pecado no excesso. Já na universidade, fiz amizade com uma das personalidades mais inteligentes que conheci em minha curta vida, que me indicou um mundo de filmes e leituras, a que devo muito. Minha história com os livros é muito mais extensa e não caberia escrever um texto ainda maior. Só posso dizer, que a leitura me levou a lugares nunca imaginados como na Bangladesh de Muhammad Yunus, com sua visão inovadora do microcrédito que revolucionou a vida de várias pessoas ou Tolkien, com o seu universo fantástico de mundos, culturas e raças que nos faz transcender a nossa realidade. Sobre a questão da queda de leitura no Brasil, sem dúvida as redes socias são um fator de grande importância, como também o preço dos livros, que estão a preços proibitivos nos últimos quatro anos, e sem dúvida a falta de políticas públicas com comerciais, atividades em bairros e restaurar e construir novas bibliotecas a fim de criar um espaço que crianças, jovens e adultos se sintam bem e inclinados ao ato de ler. É preciso pensar também, no que leva às pessoas a lerem. No meu caso, comecei a ler por entretenimento, e depois para conhecer a sociedade e um pouco do mundo além das fronteiras do nosso Brasil. Outra coisa que me levou a ler ainda mais, foi a solidão, principalmente pós regresso a cidade grande e pandemia, que tornou as pessoas ainda mais distantes umas das outras. Portanto, sou levado a conversar cada vez mais com oa grandes mestres da escrita, por falta de interlocutores a fim de trocar idéias e experiências. É incrível como é possível fazer parte de um mundo ou sociedade tão grande, e se sentir tão sozinho ou invisível. As redes sociais podem ser muito positivas, mas na realidade a sua capacidade negativa se tornou maior do que o que poderia ter de benéfica, isolando a todos no mundo real e conectando de maneira superficial a todos no virtual. Tudo isso para dizer que cada um precisa achar o seu motivo de ir em busca da literatura. Uma vez com o caminho em vista, dificilmente deixaremos. A cultura mundial literária é nossa. Somos herdeiros e devemos nos apossar de nossa herança a fim de mudar a nossa mente, realidade e sociedade. Viva a leitura!
Lendo sua história, percebe-se que temos o que, na minha opinião, mais funciona: exemplos de leitores! Acho difícil um pai querer que seu filho seja um leitor, sendo que ele próprio não lê. E concordo: redes sociais podem ser utilizadas para coisas maravilhosas, mas é uma pena que a gente tem perdido a mão com elas e acho que muitos ganham mais ao sair das redes do que permanecendo nelas, infelizmente.
@@PalomaLimaAgradeço pelo cuidado em responder meu comentário e por seu trabalho de espalhar luz, com conhecimento e cultura. Que as sementes que vem plantando se torne em uma grande e bela floresta. Desejo felicidades.
Minha história com livros é bastante peculiar. Li vários livros populares ao longo da adolescência. Percy Jackson, Dragões de éter, Harry Potter e outros, mas eles não me capturaram definitivamente ao mundo da leitura. Somente aos dezenove anos, ao ler, em sequência, Drácula, Frankenstein e O médico e o monstro me apaixonei por literatura, em especial a clássica. Então, desde 2017 eu me encontro imerso no mundo das letras, lendo e relendo as grandes obras da humanidade. Já li alguns contemporâneos; gostei muito de alguns, nem tanto de outros; não leio nada que esteja em alta, pois para mim a vontade de ler é como uma força divina que nos põe de joelhos antes de desferir seu golpe final: incontornável. Hoje mesmo chegou uma edição de Metamorfoses, de Ovídio, livro pelo qual estou sedenro há meses! Certamente será uma grande leitura.
Eu leio desde criança. Nós éramos pobres, mas toda oportunidade que minha mãe tinha de comprar livros ela comprova. Na minha casa tinha televisão, mas a gente era regulada nesta parte. Éramos frequentadoras assídua da biblioteca municipal. Detalhe, minha mãe só tinha a 3a série do Ensino Fundamental. Meu pai era trabalhador rural. Ler era e é divertido. Hoje eu percebo que o celular come meu tempo.
Tenho dois projetos pessoais para incentivar leituras. O primeiro é sempre, sempre, dar livros de presente para todas as pessoas. Penso em livros que elas poderiam gostar e dou. Se ela vai ler ou não, tudo bem. Mas pelo menos está tendo contato. O outro projeto, foi criar junto com uma amiga um clube de leitura gratuito, online, com livros de no maximo 300 paginas, para incentivar a leitura de pelo menos umas 10 paginas por dia. Damos apoio e selecionamos videos aqui do YT mesmo para auxiliar o pessoal. Tem sido muito bacana!
Sou muito grata por ter encontrado seu canal no final do ano passado, com sua resenha de A morte de Ivan Ilith. Como muita gente, eu era uma leitora voraz na adolescência e fui abandonando o hábito da leitura quando chegaram a o smartfone e a faculdade. Esse ano estipulei uma meta de leitura e estou muito feliz de ter conseguido seguir e ler livros maravilhosos. Seu trabalho é muito importante
Cresci em uma família que não lia nada, por não querer mesmo, preguiça pura. Meu primeiro incentivo foi na escola, com a leitura obrigatória do livro O Escaravelho do Diabo, lembro que eu amei a leitura e quis devorar outros livros. Infelizmente meus pais não queriam comprar livros para mim, alegando falta de dinheiro ( o que era mentira) então eu me contentava em pegar livros na biblioteca, até que de tanto insistir eles compraram para mim A Bússola de Ouro, outro livro que amei. Já adulta, quando pude comprar livros com o meu dinheiro, eu fiz a festa 😁 deixava de comprar qualquer coisa por um bom livro. Hoje leio livro físico e e-book (pelo kindle) e amo. Graças a Deus a escola incentivou a minha leitura, pois se eu fosse depender do exemplo em casa até hoje não teria lido nada. Quero muito criar os meus filhos com leituras diárias, além de proporcionar para eles uma mini biblioteca infantil em casa, já sonho e imagino esse momento.
Que vídeo necessário e que papo delicioso! Amo passar meus domingos com a sua companhia, Paloma! E a frase da Sontag sobre The Doors versus Dostoyevsky se mostra mais e mais relevante. Vejo muita gente discutindo isso -- principalmente quando falam sobre o BookTok e ~aqueles lados da internet -- e fico muito chateado quando percebo o quão insular a conversa sobre literatura consegue ser. Tem tanta nuance pra ser realçada ali, e tantos aspectos tão (ou mais!) importantes quanto o *status de um Livro Clássico ™ (inclusive venho me questionando muito a idéia de um cânone... ainda quero poder falar mais disso com vc, mas preciso desenvolver meu raciocínio antes -- curioso pra saber oq vc acha disso.) -- mas posso dizer com toda a certeza que você faz muito bem essa ponte com seu conteúdo, viu? Sou palomer com muito orgulho! Kkkkk P.s.: o comentário do Xeroque Homes é tão lendário quanto as Patricinhas que Leem Russos kkkkkkk. Bom domingo e boa semana, querida! Beijocas!!!
Seus comentários ❤ e eu também ando pensando bastante sobre essa questão do cânone, viu? Mas também só no terreno das divagações ainda e acho que não consigo formular algo sobre esse tema, pelo menos por enquanto. Não deixe de vir me procurar quando tiver desenvolvido melhor seu raciocínio! Quem sabe não ajuda a desenvolver o meu, rs!
Eu, desde os 13 anos, sempre li todo tipo de livro. Lembro que, com 14 anos, eu estava lendo, ao mesmo tempo, Amor de Perdição, do Camilo Castelo Branco, e Sabrina, Júlia e Bianca. Zero preconceito.😹😹😹
Descobri a leitura adolescente, indo na biblioteca da escola a noite, para fazer um trabalho. Lá vi a seção "literatura inglesa", achava que eram livros em inglês, até que a bibliotecária me explicou que eram obras de autores ingleses, mas que ali eram traduções em pt-br. Na curiosidade descobri Conan Doyle e Agatha Christie e foi um "novo mundo" daí pra frente.
Tanta gente aqui nos comentários falando do papel das bibliotecas na construção como leitor... uma pena que hoje em dia o hábito de frequenta-las esteja meio que extinção =(
Paloma, eu sou exceção a essa análise de que os leitores são, majoritariamente, incentivados a ler desde criança. Eu não lia assiduamente até os 15 anos de idade, sendo que - dos 9 aos 15 - eu passava 8 horas por dia jogando ou playstation 2 ou Xbox 360. O detalhe importante é que eu, muito raramente, pegava livros de criança para ler, mas era uma vez a cada 6 meses. Eu só fui desenvolver o gosto pela leitura com o meu professor de literatura Gilmar, o qual dava aulas apaixonantes sobre Machado, Drummond, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Camões, Fernando Pessoa, dentre outros clássicos da literatura brasileira e portuguesa. Quero somente colocar um pouco de esperança: é possível se tornar um leitor na adolescência. A questão é como cativar cada um para isso
Eu sou mãe de uma menina de sete anos e aqui, desde o aniversário de um ano dela, sempre tem livros entre os presentes. Temos o privilégio de poder comprar os livros que ela gosta, enciclopédias, gibis, quadrinhos variados, literatura... variamos ao máximo a oferta em casa, além de termos começado a frequentar bibliotecas como passeio em família e possibilidade de acesso aos livros que ainda não conhecemos. Fora isso, investimos em leitura em voz alta, além do exemplo em nos ver lendo. Não pretendo dar celular nem tão cedo e é uma luta nadar contra essa corrente... mas eu confio que um dia ela também irá nos agradecer por persistirmos tanto no hábito da leitura.
Acompanho muitos canais/perfis literários e, infelizmente, a maioria sempre com esse discurso de "sou culto e só o que eu leio importa". Parabéns, Paloma, pois não se engloba nessa bolha que mais atrapalha que incentiva. Eu, por exemplo, comecei lendo na adolescência Fala Sério, Mãe, e ai de quem falasse da Thalita Rebouças perto de mim (risos), mas era o que me deixava mais próxima e mais interessada em livros. Os clássicos, hoje, são os meus preferidos, mas como você disse, até chegar neles, passei por muitos outros, e como sou grata por isso. Mais uma vez, parabéns pela forma como incentiva a leitura ❤
A maioria das pessoas sempre reclamam do preço dos livros, mas acredito que além do preço as pessoas não priorizam a leitura em nenhum momento da vida, pois não é um hábito comum nas famílias, eu não fui criada numa família leitora mas sempre tive interesse em leitura desde pequena e estou criando a minha filha como uma pequena leitora ❤
Sim, acho que o preço dos livros e a escassez de bibliotecas públicas em muitas cidades do país têm um papel muito significativo, mas falando da minha bolha, vejo muita gente que não lê e o problema DEFINITIVAMENTE não é falta de recursos. Dizem que queriam ter tempo, mas passam pelo menos 2h por dia no celular. Complicado.
Eu AMO, de carteirinha, os romances do Nicholas Sparks (sou cadelinha sim de romance ruim). Eu também amo Jane Austen, Raul Pompeia, Harper Lee, Dostoievski... e tô vivo kkkkk o fato de eu gostar de livros mais blaser não impede de eu apreciar literatura com uma estética mais sofisticada.
Meu Deus, eu AMAVAAAA os romances dele também AHAHAHAHA em especial o “a última música” e um cujo nome tinha esquecido, mas acabei de ver que é o “O milagre”. Hoje em dia, confesso que não tolero mais 😂 mas tiveram um papel gigantesco no começo da minha vida de leitora
Meu primeiro celular foi com 14 ou 15 anos, nunca tive interesse em jogos eletrônicos, isso pode ter ajudado a não me viciar tbm. Mais tarde fui muito viciada em Orkut, depois no Facebook, mas sempre pelo computador (hoje não tenho mais face). Celular mesmo só para o básico. Atualmente tenho Instagram (beeem abandonado) e meu vício mesmo são vlogs e conteúdos de ciências/livros/papelaria no UA-cam hehe. Obrigada, pais.
Bom dia, Paloma! Isso é preocupante mesmo. Ontem levei "O apanhador no campo de centeio" para um primo que tem 17 anos. Falei um pouquinho do enredo e disse que quem conta a história é um adolescente. Sabe qual foi a resposta dele? "Não prometo que vou ler". A vida do querido é casa, escola e vídeo game. Não sai para nada. Os pais não têm hábito de leitura e acham melhor que ele fique socado dentro de casa. Competir com o celular é difícil, mas não impossível. Qual é a solução? Não sei.
Você já tentou adaptar a leitura para algo que ele costuma assistir ou jogar? Vou usar o seu exemplo de O Apanhador no Campo de Centeio. Eu li esse livro na adolescência, quando estava obcecada por histórias de serial killers. Dizem que, no dia em que o assassino de John Lennon cometeu o crime, ele estava lendo esse livro. Não estou querendo incentivar a violência, mas é um fato curioso. Se ele gostar dos Beatles ou se interessar por esse evento, no mínimo, vai ficar curioso e querer conferir a relação entre o livro e o fato 😁
Time das pessoas que jogariam o celular no lixo ou viveriam bem com um Nokia tijolo se não dependessem dele para o trabalho (eu amo consumir os conteúdos que eu gosto mas sério, afetou minha saúde mental e meu tempo livre para a leitura).
Honestamente, eu só tenho Instagram hoje em dia porque preciso pro meu trabalho. Não uso o TiKTok e acho o UA-cam uma rede muito mais saudável. Meu sonho é só ficar com isto aqui mesmo e estou trabalhando para isto.
Eu me lembro exatamente do livro que me arrebatou na adolescência: Precisamos falar sobre Kevin. Hoje, aos 27 anos, morando no norte do país, em uma cidade que não tem bibliotecas públicas e que o incentivo à leitura é inexistente- Marabá /Pa, eu sei que esses dados são reais. E acho que o seu trabalho ajuda e muito a incentivar novos leitores. Eu sou tímido, acabei criando um podcast justamente para isso, incentivar a leitura por aqui no norte
Aaaah, que coisa boa! MUITO sucesso para o seu podcast (se quiser deixar o link aqui, fique à vontade!) e espero que traga muitas outras pessoas para o "mundo dos livros" =)
Adorei o vídeo Paloma !!! Eu ao contrário de vc não tinha pais leitores e com condições de comprar livros para mim e meu irmão, mas a minha mãe nos levava na Biblioteca Municipal de Copacabana ( moro no Rio ) e ali o meu mundo cresceu ... Eu lia de tudo , sabe aquele livros 📚 da coleção " Seleções " , pois bem eu adorava , tinha pequenas histórias e ilustração, tenho essa memória afetiva , a coleção "Vaga - Lume " foi outro marco , lia para a escola . E por coincidência o meu Prime clássico que li foi justamente " O conde de Monte Cristo ". Hoje Pedagoga aposentada, leitora ávida de clássicos , literatura brasileira contemporânea ( participo do " Leia Mulheres " de Niterói) ,embora more no Rio, porque hoje me tornei avó do pequeno Arthur que vai completar 6 meses em dezembro e que já está tendo sua Biblioteca montada por mim , inclusive a primeira estante fui eu que dei 👶🏼📚. E como vc bem falou trazer a leitura 📖 para crianças desde de bem pequenas é o melhor presente que podemos dar com certeza. Eu como Pedagoga, que sempre trabalhei com Educação Infantil, sou uma fervorosa fã da biblioteca de bairro, onde eu comecei minhas leituras. Meu pai a cerca de 15 anos se tornou leitor e adora biografias , os livros do Carl Sagan entre outros e e eu e meu irmão estamos sempre presenteando-o com 📚. Hoje no meu apartamento tem estantes por todo canto 😊📚 e amo ganhar e dar de presente livros. Esse ano já li 19 livros , faço minhas 📃 no meu caderno , mas leio sempre de forma tranquila , não quero bater metas , pra mim literatura é antes de tudo um prazer. E como temos uma Vida de cada vez 😂 e muitos livros 📚 pra ler 📖, eu leio geralmente de 4 a 5 livros de gêneros diferentes e sempre um deles é não- ficção. Um beijo grande. 😘📚
A gente ia bem mais a bibliotecas antes, né, Marta? Hoje em dia não vejo tanto esse hábito, infelizmente =/ E que sorte do Arthur em ter uma vovó leitora e que dá o exemplo!
Temos tv em casa que nunca mas nunca é ligada. A maior parte dos dias estamos "todos" lendo e estudando. Escutar som de tv é algo que não estamos acostumados. Entrei agora no UA-cam para ver algo sobre engenharia elétrica e vi esse vídeo 😢 muito triste saber que a leitura não é prioridade dos seres humanos. Amo ler, aprender e estudar. ❤ 📚❤📚❤📚
Meus pais não eram leitores, fui ter uma biblioteca na escola aos 15 anos, mas fui amadurecendo e o gosto pela leitura foi crescendo comigo. Minha filha teve uma mãe leitora e hoje, aos 20 anos é uma leitora, mas meu filho de 12 não gosta de ler. Eu sigo acreditando nos livros!
Vídeo maravilhoso. Parabéns. Irei massifica-lo na divulgação 😅😂 O que mais me chamou a atenção lendo a pesquisa foi o fato da parte "tempo gasto com outras atividades que você gosta". O ranking desta lista é composto basicamente de: redes sociais, WhatsApp e jogos eletrônicos". E quanto estratificamos este comportamento por faixa etária ela compreende a esmagadora maioria da população de 11 a 40 anos.
Sim, e também me chamou atenção o fato de que leitores apresentaram uma variação de atividades maior do que quem não lê - inclusive, ainda tô pensando sobre isso, porque esse dado pode sugerir muita coisa. Quem sabe um dia a gente não volta nesse assunto por aqui.
Sou leitora e gosto de ler um pouco de tudo: desde clássicos, HQs, mangás, livros de receitas, filosofia, história, artes, direito (da minha formação acadêmica), espiritualidade e, acredite se quiser, até astrologia. O único gênero literário com o qual tenho dificuldade é autoajuda. Tentei ler Augusto Cury, mas não consegui. Concordo com você que ser leitor desde criança não garante nada, mas com certeza é um ótimo caminho. Minha irmã caçula e eu fomos incentivadas pela nossa mãe a ler desde cedo. Começamos com gibis da Turma da Mônica e aqueles livrinhos clássicos da Disney. Nossa bisa, querida baa-chan, nos ensinou japonês usando mangás de Dragon Ball. Na adolescência, comecei a mudar meus hábitos de leitura. Aos poucos, troquei Harry Potter, Crepúsculo, Diários de um Vampiro e Dan Brown por clássicos. Lembro até hoje como Dom Casmurro e O Morro dos Ventos Uivantes foram minha porta de entrada para a literatura clássica. Curiosamente, o que me levou a O Morro dos Ventos Uivantes foi justamente Crepúsculo, já que era o livro favorito da Bella. As tramas de ambos me prenderam tanto que passei madrugada lendo. Acho chato quando as pessoas julgam a leitura alheia. Para mim, vale muito mais a pena alguém ler alguma coisa do que não ler nada. Minha irmã caçula, por exemplo, é muito visual e lê mais mangás do que eu. Tento sempre adaptar as recomendações ao gosto de quem vai ler. Fiz minha irmã se interessar por Fahrenheit 451 e Jane Austen porque ela ama séries e filmes sobre distopias e é fã de Bridgerton. Agora quero incentivá-la a ler os quadrinhos da Liv Strömquist, que tenho certeza de que ela vai adorar. Normalmente, quem vive julgando o que os outros leem - e diz que só lê clássicos ou que não suporta best-sellers - é a mesma pessoa que só escuta um único gênero musical. Eu, que sou do contra, elegi Linkin Park como minha banda favorita justamente porque mistura nu metal, rap e eletrônico, rs. Essa atitude de julgar me lembrou um fato que sempre me incomoda: Maurício de Sousa não conseguiu entrar na Academia Brasileira de Letras porque, segundo os avaliadores, gibi não é literatura. Toda vez que lembro disso, sinto um certo ranço. Acredito que nós, como leitores, devemos incentivar a literatura adaptando-a ao gosto das pessoas. Inclusive, aproveitar as tecnologias atuais, como audiobooks, que têm sido uma grande alternativa. Outra ideia é recomendar canais literários ou livros baseados em séries do momento ou Quadrinhos. Incentivar a leitura sempre é o melhor caminho. Seu vídeo está excelente e levantou questões muito interessantes! ✌️
Essa história do Maurício me dói toda vez que lembro dela. Certamente uma das pessoas que mais contribuiu para a formação de pequenos - e que depois se tornaram grandes - leitores e a Academia vem com essa. O que volta no ponto de que parece ter gente que, embora fale que deseja que a leitura seja popularizada, parece contribuir para que seja cada vez mais vista como "nicho" e algo "exclusivo".
Eu fixo muito triste q na.minha cidade as bibliotecas da escola não funcionam.. no mei tempo foi onde comecei..não q eu seja uma super leitora..mas enfim... e na minha cidade a bibliotecária tem q auxiliar nas aulas...o que faz com que a biblioteca fique fechada..fora o acervo...muito pequeno..na minha cidade o acervo era maravilhoso.
Gente, amooo seu conteúdo Paloma e seu amor por livros (um pouco agressiva as vezes kkk indico o livro comunicação não violenta), mas vamos falar de outras realidades? Sou parte da maioria da população brasileira que é de origem pobre. Meus pais não leram pra mim e mesmo assim lia desde pequeno, tenho 32 anos, sou graduado, pós graduado e mudei minha realidade com a leitura e a educação, MAAAAS tenho que dizer que detesto literatura clássica e estou falando com propriedade. Já li Machado, Graciliano, Jorge Amado, Vinícius, Carlos Drummond, vários dos russos (Tolstói, Dostoiévski, Gogol) e não rola sentimento. Me encanto com a prosa, a escrita deles e tudo mais, porém as histórias são muito de problemas que ocorriam nas suas respectivas épocas. Gosto de livros enquanto entretenimento, que me tragam para esse lugar de descanso, conforto... Aí quando os que falam de livros (normalmente booktubers) querem indicar a obrigatoriedade dos clássicos isso me desanima. Imagino como deve ser para a maioria do povo que vem de uma educação precarizada como é no Brasil, que vem da labuta da vida difícil. Fica fácil perceber a escolha quando tiver que optar entre um livro e o celular. O hábito da leitura é algo muito elitizado ainda infelizmente. Acredito que uma solução possível seria tornar mais acessíveis os livros simples de cultura popular, assim talvez com a promoção deles possamos avançar para os clássicos, que muitas das vezes ainda não serão do agrado da maioria.
Ué, mas tá tudo bem gostar de livros que são “apenas” entretenimento! Eu fiz questão de deixar isso claro no vídeo 😉 quero incentivar a leitura de clássicos? Sim, porque são os livros de que mais gosto e que acredito que têm mais para oferecer. Mas longe de mim forçá-los goela abaixo de quem não tem interesse por eles e de achar que somente a leitura deles é válida - de novo, falei sobre isso no vídeo.
Ainda não consegui ver o vídeo inteiro, mas tenho pensado no problema com certa frequência. Inclusive, sinto os reflexos disso no meu dia a dia. Atualmente, tenho lido menos livros de deleite e consumido mais materiais técnicos. Por incrível que pareça, me sinto incapaz de compreender e escrever como fazia antigamente, inclusive no trabalho não crio com naturalidade, preciso sempre estar apoiado em uma referência. A grande questão é que o mundo se torna cada vez mais BANI. Infelizmente as pessoas hoje estão com a percepção de um tempo muito acelerado, o que as leva a consumir outros estímulos mais rápidos. Claro que isso se soma a uma economia cada vez mais complicada, que ancora o preço de livros simples em mais de 50 reais. No entanto, talvez tudo isso seja uma questão para leitores convencionais. O verdadeiro problema está na falta de entrada de novos leitores. Grande parte desse problema eu vinculo à ideia estúpida que nós como sociedade, aceitamos a algumas décadas: a tecnologia digital e a física não podem coexistir, sendo necessário sempre preterir uma em favor da outra. Infelizmente, por uma tendência natural humana, acabamos escolhendo o que é mais prático, mais leve e com mais estímulos. Afinal, nossos corpos foram feitos para funcionar, mas principalmente para economizar energia. Essa é apenas uma das facetas, mas uma muito importante, que contribui para que a humanidade se torne cada vez mais fraca, sem ímpeto ou autonomia individual (ou identidade, para quem preferir). Ah, não posso esquecer. Esse texto passou pelo GPT, mandei o macaco digital melhorar a concordância. A que ponto chegamos!
Amei as alfinetadas ao povo cult chato kkkk Também sou leitura desde muito cedo, inspirada por duas pessoas que eu sempre via lendo na infância. Hoje tento cultivar esse hábito com a minha filha, de 7 anos, que já é uma pequena leitora e inclusive assiste aos seus vídeos comigo.
Acredito que estamos vivendo uma “era” de informações superficiais e rápidas … uma vez vi um exemplo, que resume isso, não conseguimos esperar o anúncio de 30seg no UA-cam, e os 5 seg pra pular são eternos. E a geração internet nasceu consumindo essa rapidez no conteúdo então criar o hábito da leitura principalmente Qnd não estimulado precocemente está cada vez mais difícil. Ler exige silêncio, tempo (independente de qnt tempo seria isso) e concentração, coisas que estão cada vez mais escassas … minha filha é uma criança especial que tem um atrasão global no desenvolvimento neuropsicomotor então pra ela é um pouco mais difícil de trazer essa “realidade” mas observo minha sobrinha de 9 anos que tb é minha vizinha. Esses dias ela chegou em casa e eu estava estudando sobre Cleópatra (uma leve obsessão minha 😅) … no outro dia ela veio com um caderno e o tablet e me falou: titia eu posso estudar de livros com vc? ❤ … finalizando, acredito mto no que a Paloma disse, que não importa o que a pessoa leia, isso é a porta de entrada para um Mundo incrível … esse mundo sendo dentro dos Miseráveis ou com Evelyn Hugo
Eu amo livros bem água com açúcar, mas também tenho mr interessado cada vez mais por clássicos (e tem influência sua nisso, porque da forma que você apresenta parece ser incrível). Tento ler pelo menos 1 por semestre para ir me adaptando a escrita, para poder ver sobre a história por fora da própria leitura para aprender realmente a fazer essas análises mais profundas. Os outros livros, pop que leio vai como água kkkk mas tá bom, um dia vai estar mais equilibrado e tudo bem também. ❤
Sou leitora desde criança... mas era dificil ter acesso... era a única que lia e a minha família é pobre (não passei fome, mas não tinha dinheiro para livro, jornal ou gibi). Dependia de biblioteca, sebo, empréstimo de colega... O livro me dá mais prazer que a internet... e mesmo assim escolheria a internet, pois nela tenho acesso a mais coisas, conhecimento e analise... ummm... inclusive livros se precisar.
O controle sobre o digital é fundamental mesmo, Tati, que bom que você se atenta a isso. Para uma criança/adolescente, é difícil entender todo o mecanismo por trás das redes, né? Então os pais têm que assumir esse papel de supervisão.
Aff, isso é algo muito triste. Nesse ano não li nada, exceto algumas coisas da faculdade. E não me orgulho nada disso. Comecei Morro dos Ventos Uivantes e não terminei. Tenho que dissipar meu vício em telas.
Olá Paloma !!Leio desde criança , tb não comecei com os clássicos.Alguns livros li em décadas diferentes e o mesmo livro em cada década a experiência foi diferente… o livro mudou !?!? Não! Eu mudei ,hoje estou no 50 + e por eu trabalhar com cça e adolescentes entrei na leitura de mangás etc.. tiro um tempo dos clássicos e leio mangas grafic novels assisto anime etc … Como eu posso ser útil no meu trabalho, se não entendo o meu público, fico muito triste com esses dados sobre leitura no Brasil e acho que no mundo como um todo deve ter piorado tb ,seu trabalho é muito lindo .. tb acredito que ler um livro independente da temática abre portas ,pois eu acredito que a maioria desses leitores a cada leitura vai querer um algo mais ,e quem sabe chegar em um Joyce um Proust entre outros , confesso abri e fechei esses livros muiiiiitas vezes até que um dia fluiu,nunca se imponha um livro o dia dele vai chegar… ou não…😊 confesso:Joyce não vai ter releitura 😂😂😂😂 ❤❤❤❤
a mim não me espanta nada que o Brasil tenha atualmente menos 6,7 milhões de leitores do que tinha há 4 anos. O que me espanta verdadeiramente é que o Brasil tenha tido alguma vez 6,7 milhões de leitores. Isso é que me espanta e faz duvidar.
A maioria das cidades não tem livrarias nem biblioteca publica. E as vezes quando tem biblioteca, é muito obsoleta. Eu comecei a ler aos 14, simplesmente porque eu achava elegante quando via alguem lendo. Fiquei alguns anos depois disso sem ler, me entretendo com outras coisas, ninguem do meu ciclo social lê. Precisamos que as pessoas sejam mais incentivadas.
Minha infância não foi assim, minha família muito pobre ( hoje sou formada, especialista e mestranda) mas na minha sala do 1° ao 4 ° ano tinha o cantinho da leitura, a cada 20 dias era necessário pegar um livro pra ler, desde então nunca parei de ler.
A lei cortez esta chegando para aumentar os números desta pesquisa. Assim que a lei cortez for aprovada, na próxima pesquisa o numero de leitores será bem próximo de zero.
Retornei ao mundo da leitura, depois de muito tempo dizendo que "não tenho tempo e não tenho tempo", com o auxílio dos canais literários e booktubers. Às vezes oq é preciso é só um pouco de incentivo e menos julgamento.
Falar sobre livros ajuda sim a instigar (novos) leitores... No meu caso, tbm sou leitora desde a infância, mas no decorrer da vida adulta passei a ler menos, contudo, depois que encontrei o canal, voltei a ler mais!
Não acho que as pessoas não leêm porque livro tá caro (a amazon tem livro barato, e tem sebo com livros baratos). Nem acho que brasileiro não tenha tempo pra ler. Usar um relato pessoal: dois colegas de trabalho meu viraram a noite num show LOTADO. É prioridade mesmo. Ponho meu dedo na ferida sim: Brasil não constrói uma cultura de leitores. Simples assim. E a tendência é infelizmente diminuir.
Concordo 100%. Sou frequentador de bibliotecas públicas e sebos. Na maioria das vezes em que vou visitá-los, eles estão completamente vazios. No meu trabalho tem um projetinho de circulação e doação de livros. Você pode doar livros à vontade e pegar quantos livros quiser. Sou um dos principais doadores e... a pilha de livros do projetinho está intocada a meses, porque ninguém tem interesse.
Sou leitor de literatura clássica, não suporto ver a literatura se tornar algo puramente comercial onde as histórias sempre se repetem e não formulam nenhuma perspectiva de vida, mas guardo pra mim. É muito melhor uma pessoa lendo Colleen Hoover do que lendo nada, a leitura deve ser estimulada, já vi muita gente afastando outros da literatura com discursos de "não leia esse tipo de bobagem"; às vezes, a pessoa só busca um entretenimento e não uma reflexão. As pessoas buscam se auto-afirmar e mais distanciam as pessoas da literatura do que aproximam, acho suave zoar literatura comercial em roda de amigos, eu mesmo desprezo ela, mas ela pode servir de caminho para um conteúdo mais aprofundado.
A novela "O Outro Lado do Paraíso" realmente lembra uma versão piorada de "O Conde de Monte Cristo", kkkk. Eu também pensei a mesma coisa. Hoje em dia, é muito difícil competir com os celulares, especialmente porque as crianças estão cada vez mais cedo com os aparelhos nas mãos. Mesmo que não tenham seus próprios dispositivos, elas pegam os dos avós, pais, etc. Não sei como é a escola atualmente, mas na minha época, não havia uma matéria específica de Literatura nas escolas públicas. Tínhamos Português, que englobava tudo, mas, para mim, isso não era a melhor abordagem. Líamos muito pouco, acredito que uma vez por ano, e olhe lá. Eu também fui como seu irmão; comecei com quadrinhos, que até hoje têm a fama de ser "coisa de criança" ou uma leitura inferior. Nem vou mencionar os quadrinhos feitos para o público adulto, mas até mesmo os de super-heróis, como Sandman ou Watchmen, são bem mais interessantes do que muitos livros bem vendidos por aí.
Meu pai era bem leitor, quando eu era criança, mas lia livros teológicos, aí nunca me interessei. Nunca tive muita relação com a leitura, li alguns que peguei na biblioteca da escola só, até ter um “despertar”, por achar que poderia ser legal. Aí até consegui ler mais, mas bem pouco ainda. Aí ano passado/retrasado comecei a ler enquanto estava no ônibus, indo pro cursinho, aí comprei um kindle pra facilitar e boom.. comecei a ler bem mais. Ainda luto às vezes pra manter esse “novo” hábito, mas procuro sempre incentivar aos meus sobrinhos, namorado, família..
As vezes nós focamos só naquilo que o macro pode resolver e esquecermos de focar no micro - aquilo que podemos fazer para melhorar essa situação -, e nisso, as vezes perdemos pessoas que poderiamos incentivar com a leitura. Eu, por exemplo, incentivei a minha irmã de 16 anos a ler Harry Potter, Percy Jackson e Jogos Vorazes, e ela leu tudo isso e amou. Mais por que? Porque eram livros que tinha uma linguagem mais acessível a ela, e condiziam com o gosto dela, e agora, recomendei Jane Eyre e ela está amando. Tudo isso são questões de estratégias que nós leitores temos que ter pra incentivar mais a leitura.
É isso! Muitas vezes a gente deixa de fazer algo porque o buraco parece muito fundo - e, no caso da leitura, realmente é -, mas se cada um fizer um pouquinho, acho que já dá pra melhorar minimamente a situação.
Eu acho que infelizmente a leitura não tem o devido valor nos dias de hoje e, aliado a este fato, o vício em celular não é considerado tão prejudicial quanto deveria. Estou cansada de ir à restaurantes e ver pais fazendo a refeição ao lado dos filhos (pequenos) e pouco se importando que estes estão com a face enterrada no celular. É triste. Eu cresci em uma família que não lia (quase todos analfabetos infelizmente), mas por uma sorte imensa tive uma paixão imediata pela leitura desde que aprendi a juntar as sílabas, e também por sorte em ter uma escola com boa disponibilidade de livros e uma biblioteca ao lado. O que mais considero que foi crucial para o meu hábito de leitura foi: - Saber limitar o uso de celular quando este começou a ser parte da nossa vida (quase um membro do nosso corpo) - Perceber o quanto a frequência de leitura melhorou minha memória, concentração, argumentação, vocabulário, visão de mundo, fluidez de raciocínio, etc, etc, etc… - O imenso prazer que algumas histórias me proporcionaram - Entender que no futuro minha velha eu vai me agradecer por esta reserva cognitiva que creio estar formando… Tenho sinceramente uma certa tristeza (pena é a palavra mesmo) por pessoas que não têm capacidade/oportunidade/interesse por leitura e tudo o que você citou tento praticar e estimular outras pessoas quando possível. Tomara que estas estatísticas mudem em breve 🙏🏻
Confesso que acompanho alguns booktubers. E eles só lê a mesma coisa nem a capa dos livros mudam tanto, mas acho toda leitura valida. Mesmo essas sem sal. Única coisa é que hoje em dia não vejo quase nada deles por ser um conteúdo muito repetitivo.
Por favor eu tenho interesse em um vídeo específico sobre "tempo para leitura". Vemos que você é uma pessoa que faz muitas outras atividades além de ler e eu gostaria de saber como, ainda assim, você consegue, não só reservar o tempo adequado, como também desligar-se mentalmente das outras atividades diárias e focar na leitura. Obrigado.
acho que a literatura se relaciona diretamente com aquela perspectiva elitista de cultura. o comentário sobre o Xeroque (kkkk) demonstra com clareza o papo que você iniciou nesse vídeo, Paloma, como leitores podem afastar outros futuros leitores simplesmente por serem presunçosos. adorei sua iniciativa de dialogar sobre esses diversos pontos! quero deixar como contribuição a ideia que eu e meu pai - que não é leitor, mas sempre me incentivou - colocamos em prática no condomínio onde moro: criamos uma biblioteca comunitária numa área comum do prédio, onde pude deixar diversos livros para os vizinhos acessarem e eles também podem contribuir trocando leituras. tem sido ótimo!
Eu AMEI essa ideia da biblioteca comunitária! Vou até fixar esse comentário aqui para ver se mais gente se inspira - eu mesma já vou ver com a administração aqui do condomínio se há essa possibilidade =)
Eu cresci em uma família onde ninguém lê (pois a maioria dos meus familiares como pais ou avós são analfabetos, e aqueles alfabetizados só concluíram o ensino fundamental). Não me lembro de ter lido algum livro na infância, mas o que fazia era assistir TV e animes como Naruto. Então com 11, 12 anos me interessei pelos mangás. Aos 15, tinha essa certa familiaridade com a leitura, apesar de não ler "livros", mas essa familiaridade me permitiu começar a me aventurar na biblioteca da minha escola (sou sempre grata por essa biblioteca, inclusive, de uma escola pública do interior do RJ, que não tinha estrutura nenhuma, mal tinha professor, mas tinha ótimos livros!). Hoje com 25 anos já li aproximadamente 300 livros (incluindo clássicos nacionais e internacionais), tive a minha vida e visão de mundo transformadas pela leitura, o que me levou a uma graduação em psicologia numa universidade federal (e a me tornar a primeira da minha família a concluir um curso superior). Então sim, precisamos incentivar as nossas crianças e jovens a ler (agora mais do que nunca), a ler qualquer coisa, a substituir as telas pelo menos um pouco. Principalmente quando falamos de crianças e jovens de baixa renda, que muitas vezes não tem acesso a outros tipo de entretenimento a não ser a internet/redes sociais. A leitura muda vidas, e posso dizer que mudou a minha, e por isso esse debate não pode ser deixado de lado. Obrigada, Paloma!
Isso aí ❤
20:40 Dó 😂😂😂
Vou bater na tecla do acesso: Bibliotecas Públicas aos montes, que promovam discussões,clubes de leitura,etc .
Eu não sei o que teria sido de mim sem a biblioteca da escola onde estudei durante o ensino médio, era uma escola pública no interior do RJ, uma escola pequena e com pouca estrutura, e a biblioteca também era pequenininha, mas tinha muitos livros maravilhosos e vários voltados para o público jovem. Vim de uma família que não lê e que não se dava ao "luxo" de comprar livros. Se não fosse os livros da escola, talvez eu nunca tivesse me tornado a leitora que sou hoje.
E precisam renovar o acervo
@@thegreatwarlavender Exatamente, no meu caso só consigo ler através das bibliotecas públicas por questões financeiras mas os lançamentos, livros mais recentes não tem.
Ngm tem tempo de ler hoje em dia , nem $ pra livros
@@eguinaldosantosnobre tempo tem sim, o problema é passar todo o tempo livre preso no celular em rede social. Existe vida além do trabalho e estamos perdendo o pouco que sobra dela ficando no celular... Uma biblioteca publica com o mesmo sistema que funciona nos EUA (emprestado por x tempo por retirada, entrada em fila de algum livro que ja esta em uso, venda de livros mais baratos que não estão funcionando no acervo, etc) seria um gigante incentivo aqui!
Eu vou começar um projeto de incentivar a leitura nas escolas de minha cidade … mostrar meu exemplo e onde a leitura me trouxe ( sou juíz de direito aqui no PR ) . É tudo começou com os Contos e Lendas dos Irmãos Grimm ( EDIGRAF ) e eu alucinei com aquilo .., depois o pai me deu a Enciclopédia TRÓPICO ilustrada ( maravilhosa e comprei uma nova pelo ML ) onde as matérias eram acompanhadas de desenhos pintados … coisa fodastica demais e o artigo da Divina Comédia foi algo surreal ! Minhas memórias de leitura são maravilhosas … belíssimo seu testemunho, Paloma , e eu tive que dar o meu … e quando descobri a MARVEL então … daí ferrou tudo . Lendo o dia todo … na praia, em casa, na faculdade … é isto continua até hoje ! Leitura vai lhe ajudar em momentos que vc nem imagina ( depressao, tristeza, etc) . O livro é meu amigo silencioso que me fala tudo que eu preciso ouvir … eu ABOMINO redes sociais e por isto estou cada vez mais feliz ! Sou um eremita virtual
🌻
"Quem lê nunca está sozinho."
Não sei quem é o autor dessa frase, mas super me identifico com ela.
Comecei a ler de verdade ano passado. Comecei, se não me engano, por um livro em quadrinhos. Antes nunca tinha pegado num livro com vontade de de fato lê-lo por completo, nunca havia lido um livro completamente. Ano passado veio uma vontade de ler aquele livro: os trabalhos de hércules. Tão trivial mas tão interessante naquele momento, era bem tarde da noite; sentei no sofá e li. Li por completo naquela única noite e adorei ter feito aquilo. Depois baixei diversos livros. Entretanto, um em específico me fez gostar de ler. Demorei cerca de 2 meses para acabar de ler porque, mesmo pequeno, eu lia pouquíssimas páginas por dia. O livro era "a menina que roubava livros"... que livro magnífico. Já estava no fim do ano e me sentia tão bem depois daquela leitura que decidi embarcar nesse "mundo dos livros". Meus pais nunca se preocuparam com isso, em relação a leituras ou algo do gênero. Me contavam histórias de suas vidas, nunca a de livros. Não reclamo, foram bons pais.
Enfim, comecei a ler disparadamente esse ano. Estou amando isso. Peguei alguns livros na biblioteca da minha escola e folheei todos com tanta excitação que me deixou abismado até. Comecei a ler 1 livro toda semana. Li cerca de 30 livros esse ano e estou muito feliz. Comprei alguns e inclusive acabei um ontem e já comecei outro hoje. Li alguns clássicos e comprei outros, estou amando isso. Comecei "noites brancas" de dostoievski e ontem acabei "os sofrimentos do jovem werther". Comprei memórias do subsolo, crime e castigo e outros clássicos. Mal vejo a hora de lê-los também. Se estão se perguntando como arrumo tempo pra isso, vejam: estudo integral e leio nos intervalos e até mesmo enquanto almoço na escola. Nos dias de fim de semana gosto de passar lendo, entretido nas histórias e romances de meus adoráveis livros! Não sou muito de redes sociais, oque me ajuda demais a manter um foco interessante.
Eu cresci numa família (meus pais no caso), a qual nenhum deles lia. Morávamos na fazenda: eu, minha irmã, meu pai e minha mãe. Num local onde não tinha sequer energia elétrica, e quem dirá um telefone. 🥲 A única felicidade que eu e minha irmã tínhamos, era quando íamos para a escola, viajávamos 50km todos os dias, e íamos direto para a biblioteca da nossa escola pública, e saíamos cheias de livros...🥹 Líamos o final de semana inteiro, e mal podíamos esperar o dia de devolver os livros lidos e trocá-los por novos. (Obrigada livros! Por terem feito a nossa infância mais feliz e muito menos penosa.)🥹❤🙏
O recorte da desigualdade social é essencial pra analisar tudo no Brasil! Eu sou leitora desde a infância, nunca perdi o gosto pela leitura (nem na escola com as leituras obrigatórias). Tive um professor de literatura que falou do proust de uma maneira tão apaixonada que me fez querer ler, li e amei! Digo pras pessoas que existem inúmeros tipos de livros, vc precisa achar o que vc gosta. Concordo com sua fala!
Primeira booktuber que eu vejo trazer propostas de como podemos mudar essa realidade. Porque não adianta se inteirar dos fatos, comentar em vídeo e achar que o trabalho foi feito. Parabéns!
É preciso abrir o tópico pra conversa, construir novos caminhos que estimulem a chegada dos livros para todos os públicos. Especialmente os jovens de camadas mais vulneráveis que se interessam pelos estudos e pela leitura como diversão, mas não possuem condição financeira suficiente para adquirir um livro por mês, por exemplo.
Acredito que a doação de livros às bibliotecas de nossas cidades também é uma forma de renovar o acervo, disseminar e cultivar novos leitores brasileiros.
A leitura sempre foi e continuará sendo um ato político. Porque nos faz pensar, abre nossas mentes e, consequentemente, facilita a nossa compreensão de posicionamento como cidadãos na sociedade brasileira e no mundo como um todo.
Realmente Paloma, nossos jovens estão cada vez mais dando preferência ao celular do que os livros, assim, cabe a nós espalhar o prazer de um bom livro.
Fui uma criança leitora que perdeu completamente o gosto pela leitura na época da escola, tendo que ler por obrigação e não por prazer. Depois de muitos anos, no ano passado retomei meu hábito de leitura (26 no total - pra quem lia só 3-4), este ano já estou no meu 56 livro e ainda temos pouco mais de um mês pro fim do ano. O que me fez retomar foram os audiobooks no começo, pois com eles consigo ler/ouvir enquanto realizo as tarefas diárias de casa/trabalho, depois de uns meses eu caí de volta no meu kindle e físicos e não parei mais (até audiobook mal estou ouvindo) - mas isso foi diretamente proporcional a retirada da minha presença nas redes sociais e internet. Foi só trocar o tempo de tela por tempo de leitura que hoje além de eu ler mais, eu sou muito mais feliz, menos ansiosa, menos cansada... é incrível como nosso celular mata nosso cérebro.
O livro que me ajudou a largar as redes de vez foi o "Ten Arguments for Deleting Your Social Media Accounts Right" do Jaron Lanier!
Esse livro é bem famoso! E tá aí, audiolivro é algo que também costuma ser muito criticado por leitores mais “puristas” e que acaba sendo porta de entrada para livros físicos pra uma galera =)
🚨 Dado o nível de curiosidade, informo que descobriram a novela e é “O outro lado do paraíso”. MAS LEIAM O CONDE, QUE É MUITO MELHOR 👀
Eu já era um leitor voraz há muitos anos, quando em 2019 li num livro do Dostoiévski os Demônios, um diálogo que um personagem diz ao outro "Se você não tiver fazendo nada LEIA. " Isso mexeu comigo, tanto hoje o que mais faço é ler.
Faz um podcast sobre tempo pra leitura! ❤
Olá a todos!
pessoalmente só adquiri o hábito da leitura depois de ver o filme "Mãos telentosas" e assistir os vídeos do Prof. Pierlugi e através do meu cabelereiro (por incrível que pareça) que me indicou muitos livros bons, principalmente de filsofia no período da Pandemia. Comprei muitos livros de todos os tipos e de maneira compulsiva, não cheguei nem a ler 20% de todos os livros. Atualmente tenhos aproximadamente 400 livros. Estou focando apenas nos clássicos, sou assinante do Clube da Literatura Clássica e do Clube Vitoriano por enquanto. Mas percebi uma coisa, o meu racicíonio aumentou e melhorou, tenho mais ideias e principalmente me sinto fora da bolha. As pessoas vivem grudadas nas telas, enquanto eu, vivo no mundo do livro físico. Ler é viver outro mundo. Quanto ao número de leitores caindo, acredito que está no desafio de concorrer comas telas, o hábito do brasieliro que prefere outro entretenimento e também do preço caro do livro. Atualmente trabalho em uma escola de ensino infantil e vejo na hora do intervalo os professores grudados na tela do celular. Vejo que muitos professores não são leitores.
Pra mim, o livro físico é insubstituível também. Amo! Pena que os preços estão de fato muito altos!
Amo "Mãos Talentosas" ❤ Fico feliz pela sua experiência ❤
Adorei ler sobre sua experiência, Valdir =) obrigada por compartilhar!
Uma realidade triste . Na minha opinião criar o hábito é o principal. Bibliotecas públicas, estímulo nas escolas . Eu por exemplo não fui incentivada nem na escola nem na família, muito pelo contrário. Minha sobrinha já está no último ano ( escola particular) e nunca pediram para ela lê um livro sequer. Muito difícil essa geração criar o hábito da leitura com tanto estímulo contra e ,pelo menos no meu círculo, uma onda de anti-interlectualismo muito forte. Ouço com frequência a pergunta porque tu ler tanto? já nem respondo mais. Por isso acompanho canais como o seu pois sinto que quando falo ou ouço falar de um livro que já li ele fica mais comigo, mas na realidade cotidiana não tenho ninguém para conversar. Detalhe assisto os vídeo com minha família e até hoje ninguém teve o interesse em começar a ler. É muito difícil mesmo. 😢 Ótimo vídeo!
As pessoas tratam a literatura como se fosse algo de outro mundo, mas ela nada mais, nada menos do que faz parte da cultura! E, como bem colocou Gilberto Gil uma vez, cultura não tem que ser algo extraordinário, tem que ser ordinário, fazer parte do dia a dia das pessoas. Assim como a usamos pra refletir, também usamos pra puro entretenimento e tá tudo bem! É claro que tem gente chata em todo lugar, mas não vejo o pessoal enchendo tanto o saco querendo pagar de intelectual com filmes, músicas, séries, etc. quanto com livros. Adorei o vídeo, Paloma! Espero que chegue em muitas pessoas!
Realmente são poucas pessoas que lêem hoje em dia! Eu comecei e estou quase terminando um livro de 320 páginas. É incrível que todo assunto que eu menciono sobre livros infelizmente as pessoas dão a mínima importância para esse tipo de conversa!
A minha mãe era noveleira e ficava de queixo caído quando eu "previa" o que aconteceria na trama, mas era só o autor baseando a novela em um livro ou personagem da literatura clássica 😂
AHAHAHAHHAHAHAHAAHAHA
MARAVILHOSA! 👏🏻 e venho aqui deixar meu relato:
Sempre tive dificuldade de engrenar em uma leitura quando adolescente. Minhas professoras de literatura recomendavam A divina comédia, A ilíada e por assim vai. Sei que são obras importantíssimas da literatura, mas quais as chances de uma adolescente de 13 anos se apaixonar por literatura com um livro desses? 😒
Foi então que conheci Harry Potter e me apaixonei. Comecei a devorar a série inteira… até que um dia, levei o livro do Príncipe de Azkaban para a escola e deixei ele na minha mesa, pra ler enquanto o professor não chegava. Quando ele chegou, viu meu livro, leu o título em voz alta e arrogantemente disse: “na minha época liam Shakespeare.”
Fiquei sem graça e guardei o livro discretamente.
Hoje em dia, já adulta, eu vejo o quão ridículo foi aquele comentário e o quanto de vaidade as pessoas tem em dizer que são mais “”””cultas”””” do que outras.
Foi por causa dessas pessoas "cultas" que eu, na minha adolescência, criei uma repulsa em relação a literatura, pq eu tinha pra mim que ler era algo chato e só pra pessoas que nasceram com uma inteligência superior. Isso é um pensamento bobo, mas pra um adolescente, isso fazia sentido. Foi na pandemia que descobri meu amor pela literatura com a saga The Witcher e hoje percebo o quanto esse comportamento arrogante de pessoas "cults" só faz é afastar as pessoas da literatura.
MEU DEEEEEEEEEEOOOOOS, que ódio desse professor. E existe TANTA gente assim por aí, infelizmente.
Ainda bem que você, apesar de intimidada, seguiu com seus livrinhos
@@PalomaLima ai ❤🥹
Que bom que vc teve pais que te incentivaram, no meu caso sou filha de mãe solo com um irmão mais novo e minha mãe nunca gostou de ler. Mas, quando comecei a ler na escola por causa de uma professora, ela sempre me incentivou e tem orgulho de ter os filhos leitores. Meu irmão fala, que começou a ler por causa do meu exemplo...
O exemplo é o que mais funciona, uma pena que estamos tão carentes deles nos dias de hoje =/
Amei as suas colocações!!! A educação escolar necessita rever o trabalho com as disciplinas das Ciências Humanas. Pensar excessivamente em uma formação utilitária desequilibra a tríade conteudo-forma-destinatári. Arte, Literatura expandem o pensamento porque se relacionam com todas as áreas do conhecimento.
Triste ver que as humanidades são deixadas cada vez mais de lado. Recentemente, li um livro chamado “A utilidade do inútil” e, pelo seu comentário, talvez você goste =) falei um pouco mais sobre ele em um vídeo recente aqui do canal (o vídeo sobre minhas leituras de agosto), caso tenha interesse!
Tão bom que até me inscrevi… maravilhoso !
Seja bem-vindo =)
Tenho 73 anos. Minha familia nao era leitora. Sem informática e poucos canais de Tv minha maior diversao era a leitura. Eu pedia livros de presente. Ganhava livro no aniversario e no natal. E relia dezenas de vezes até chegar o ano seguinte. Mas a vontade estava em mim. Talvez se tivesse celular minha historia seria diferente. Mas ainda acho que o preço do livro é um impeditivo.
Concordo o financeiro pesa muito.
A luz ficou ótima.. e eu acho que pode refletir mais e ir p vozes da minha cabeça
Estou aqui de volta para agradecer e dizer que este vídeo é de utilidade pública.🥹
E sim dona Paloma Lima, queremos vídeo sobre gestão de tempo. 🙏🫶😍
Aprendi a ler e escrever com a minha mãe, em casa.
Eu sempre pedia para alguém ler os quadrinhos e livros infantis pra mim e nem sempre encontrava alguém disposto a atender meu pedido.
Sempre li muito e não me deixou contaminar com o rótulo de "livro difícil".
No ensino médio, éramos obrigados a ler autores como Machado de Assis e Lima Barreto e eu até hoje acho que essa imposição não cria novos leitores e sim, faz o trabalho inverso.
Hoje, tenho minhas restrições a alguns autores, Jorge Amado e Paulo Coelho, por exemplo e a alguns estilos, como auto ajuda.
Eu me tornei uma pessoa que tem a leitura como lazer, aprendizado e crescimento.
Inclusive, a minha banda favorita, Rush, tem diversas letras influenciadas por leituras de autores diversos.
Leitura é essencial para o crescimento pessoal e de um.país.
Tenho os meus questionamentos em relação ao trabalho com os clássicos da nossa literatura nas escolas também, Rogério. Quem sabe papo para um outro vídeo =)
Minha história com os livros começa quando ainda era bebê, e minha mãe lia histórias da Disney na hora de me pôr na cama. Me recordo que era uma caixa azul, com uma alça amarela, com os desenhos de personagens. Ao mesmo tempo que comecei o maternal, iniciei o meu aprendizado da leitura. Minha mãe comprou um livro, que tinha as letras do alfabeto, e quando apertava, saía o som das mesmas. Daí, fui caminhando nas minhas primeiras leituras. Me recordo, que toda vez que estava no shopping quando criança, minha mãe, madrinha, ou tio, me deixavam lendo na parte infantil da livraria, e ficava entretido até a hora de ir embora. Cresci vendo minha mãe ler, a maior parte de minha vida, e sempre anotando. Lembro de minha avó lendo a biblia dela e cantando os hinos do cantor cristão. Meu pai sempre me falou da importância da leitura, apesar se nunca vê-lo lendo nada além do jornal, e nem ter recebido livros do mesmo. Minha madrinha além do incentivo, me presenteava com quadrinhos da turma da Monica, ou alguma outra leitura ou filmes que me interesasse. Minha mãe me presenteou com livros até pouco antes da faculdade, sendo que muitos deles eu pedi.
Meu padrasto, uma outra grande influência, e uma das razões de ter um interesse por filosofia e teologia, que é sua área de formação e trabalho. Tive oportunidade de apreciar alguns livros de sua biblioteca pessoal. Que por sinal, foi a primeira que conheci. Desde então, procurei construir a minha. Me recordo que vendi uma bicicleta para comprar o primeiro livro que tive de nome teoria da música de Bohumil Med, com 14 anos. Sempre que ganhava algum dinheiro, comprava em livros, pratica que me fez acumular uma grande biblioteca, que é bom por um lado e ruim por ter pecado no excesso. Já na universidade, fiz amizade com uma das personalidades mais inteligentes que conheci em minha curta vida, que me indicou um mundo de filmes e leituras, a que devo muito.
Minha história com os livros é muito mais extensa e não caberia escrever um texto ainda maior.
Só posso dizer, que a leitura me levou a lugares nunca imaginados como na Bangladesh de Muhammad Yunus, com sua visão inovadora do microcrédito que revolucionou a vida de várias pessoas ou Tolkien, com o seu universo fantástico de mundos, culturas e raças que nos faz transcender a nossa realidade.
Sobre a questão da queda de leitura no Brasil, sem dúvida as redes socias são um fator de grande importância, como também o preço dos livros, que estão a preços proibitivos nos últimos quatro anos, e sem dúvida a falta de políticas públicas com comerciais, atividades em bairros e restaurar e construir novas bibliotecas a fim de criar um espaço que crianças, jovens e adultos se sintam bem e inclinados ao ato de ler.
É preciso pensar também, no que leva às pessoas a lerem. No meu caso, comecei a ler por entretenimento, e depois para conhecer a sociedade e um pouco do mundo além das fronteiras do nosso Brasil. Outra coisa que me levou a ler ainda mais, foi a solidão, principalmente pós regresso a cidade grande e pandemia, que tornou as pessoas ainda mais distantes umas das outras. Portanto, sou levado a conversar cada vez mais com oa grandes mestres da escrita, por falta de interlocutores a fim de trocar idéias e experiências. É incrível como é possível fazer parte de um mundo ou sociedade tão grande, e se sentir tão sozinho ou invisível. As redes sociais podem ser muito positivas, mas na realidade a sua capacidade negativa se tornou maior do que o que poderia ter de benéfica, isolando a todos no mundo real e conectando de maneira superficial a todos no virtual.
Tudo isso para dizer que cada um precisa achar o seu motivo de ir em busca da literatura. Uma vez com o caminho em vista, dificilmente deixaremos.
A cultura mundial literária é nossa. Somos herdeiros e devemos nos apossar de nossa herança a fim de mudar a nossa mente, realidade e sociedade.
Viva a leitura!
Lendo sua história, percebe-se que temos o que, na minha opinião, mais funciona: exemplos de leitores! Acho difícil um pai querer que seu filho seja um leitor, sendo que ele próprio não lê.
E concordo: redes sociais podem ser utilizadas para coisas maravilhosas, mas é uma pena que a gente tem perdido a mão com elas e acho que muitos ganham mais ao sair das redes do que permanecendo nelas, infelizmente.
@@PalomaLimaAgradeço pelo cuidado em responder meu comentário e por seu trabalho de espalhar luz, com conhecimento e cultura. Que as sementes que vem plantando se torne em uma grande e bela floresta. Desejo felicidades.
Minha história com livros é bastante peculiar. Li vários livros populares ao longo da adolescência. Percy Jackson, Dragões de éter, Harry Potter e outros, mas eles não me capturaram definitivamente ao mundo da leitura. Somente aos dezenove anos, ao ler, em sequência, Drácula, Frankenstein e O médico e o monstro me apaixonei por literatura, em especial a clássica. Então, desde 2017 eu me encontro imerso no mundo das letras, lendo e relendo as grandes obras da humanidade. Já li alguns contemporâneos; gostei muito de alguns, nem tanto de outros; não leio nada que esteja em alta, pois para mim a vontade de ler é como uma força divina que nos põe de joelhos antes de desferir seu golpe final: incontornável. Hoje mesmo chegou uma edição de Metamorfoses, de Ovídio, livro pelo qual estou sedenro há meses! Certamente será uma grande leitura.
Eu leio desde criança. Nós éramos pobres, mas toda oportunidade que minha mãe tinha de comprar livros ela comprova. Na minha casa tinha televisão, mas a gente era regulada nesta parte. Éramos frequentadoras assídua da biblioteca municipal. Detalhe, minha mãe só tinha a 3a série do Ensino Fundamental. Meu pai era trabalhador rural. Ler era e é divertido. Hoje eu percebo que o celular come meu tempo.
Tenho dois projetos pessoais para incentivar leituras.
O primeiro é sempre, sempre, dar livros de presente para todas as pessoas. Penso em livros que elas poderiam gostar e dou. Se ela vai ler ou não, tudo bem. Mas pelo menos está tendo contato.
O outro projeto, foi criar junto com uma amiga um clube de leitura gratuito, online, com livros de no maximo 300 paginas, para incentivar a leitura de pelo menos umas 10 paginas por dia. Damos apoio e selecionamos videos aqui do YT mesmo para auxiliar o pessoal. Tem sido muito bacana!
Sou muito grata por ter encontrado seu canal no final do ano passado, com sua resenha de A morte de Ivan Ilith. Como muita gente, eu era uma leitora voraz na adolescência e fui abandonando o hábito da leitura quando chegaram a o smartfone e a faculdade. Esse ano estipulei uma meta de leitura e estou muito feliz de ter conseguido seguir e ler livros maravilhosos. Seu trabalho é muito importante
Nhooooom, que coisa boa saber disso, Stephany!
Cresci em uma família que não lia nada, por não querer mesmo, preguiça pura. Meu primeiro incentivo foi na escola, com a leitura obrigatória do livro O Escaravelho do Diabo, lembro que eu amei a leitura e quis devorar outros livros. Infelizmente meus pais não queriam comprar livros para mim, alegando falta de dinheiro ( o que era mentira) então eu me contentava em pegar livros na biblioteca, até que de tanto insistir eles compraram para mim A Bússola de Ouro, outro livro que amei. Já adulta, quando pude comprar livros com o meu dinheiro, eu fiz a festa 😁 deixava de comprar qualquer coisa por um bom livro. Hoje leio livro físico e e-book (pelo kindle) e amo. Graças a Deus a escola incentivou a minha leitura, pois se eu fosse depender do exemplo em casa até hoje não teria lido nada. Quero muito criar os meus filhos com leituras diárias, além de proporcionar para eles uma mini biblioteca infantil em casa, já sonho e imagino esse momento.
Que vídeo necessário e que papo delicioso! Amo passar meus domingos com a sua companhia, Paloma!
E a frase da Sontag sobre The Doors versus Dostoyevsky se mostra mais e mais relevante. Vejo muita gente discutindo isso -- principalmente quando falam sobre o BookTok e ~aqueles lados da internet -- e fico muito chateado quando percebo o quão insular a conversa sobre literatura consegue ser. Tem tanta nuance pra ser realçada ali, e tantos aspectos tão (ou mais!) importantes quanto o *status de um Livro Clássico ™ (inclusive venho me questionando muito a idéia de um cânone... ainda quero poder falar mais disso com vc, mas preciso desenvolver meu raciocínio antes -- curioso pra saber oq vc acha disso.) -- mas posso dizer com toda a certeza que você faz muito bem essa ponte com seu conteúdo, viu? Sou palomer com muito orgulho! Kkkkk
P.s.: o comentário do Xeroque Homes é tão lendário quanto as Patricinhas que Leem Russos kkkkkkk.
Bom domingo e boa semana, querida! Beijocas!!!
Seus comentários ❤ e eu também ando pensando bastante sobre essa questão do cânone, viu? Mas também só no terreno das divagações ainda e acho que não consigo formular algo sobre esse tema, pelo menos por enquanto. Não deixe de vir me procurar quando tiver desenvolvido melhor seu raciocínio! Quem sabe não ajuda a desenvolver o meu, rs!
Eu, desde os 13 anos, sempre li todo tipo de livro. Lembro que, com 14 anos, eu estava lendo, ao mesmo tempo, Amor de Perdição, do Camilo Castelo Branco, e Sabrina, Júlia e Bianca. Zero preconceito.😹😹😹
Descobri a leitura adolescente, indo na biblioteca da escola a noite, para fazer um trabalho.
Lá vi a seção "literatura inglesa", achava que eram livros em inglês, até que a bibliotecária me explicou que eram obras de autores ingleses, mas que ali eram traduções em pt-br.
Na curiosidade descobri Conan Doyle e Agatha Christie e foi um "novo mundo" daí pra frente.
Tanta gente aqui nos comentários falando do papel das bibliotecas na construção como leitor... uma pena que hoje em dia o hábito de frequenta-las esteja meio que extinção =(
18:27 Fui curtir com força kkk já tinha curtido lá no início!!!! ❤❤❤ Concordo plenamente!!! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻✨✨✨✨
Paloma, eu sou exceção a essa análise de que os leitores são, majoritariamente, incentivados a ler desde criança. Eu não lia assiduamente até os 15 anos de idade, sendo que - dos 9 aos 15 - eu passava 8 horas por dia jogando ou playstation 2 ou Xbox 360. O detalhe importante é que eu, muito raramente, pegava livros de criança para ler, mas era uma vez a cada 6 meses. Eu só fui desenvolver o gosto pela leitura com o meu professor de literatura Gilmar, o qual dava aulas apaixonantes sobre Machado, Drummond, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Camões, Fernando Pessoa, dentre outros clássicos da literatura brasileira e portuguesa. Quero somente colocar um pouco de esperança: é possível se tornar um leitor na adolescência. A questão é como cativar cada um para isso
Eu sou mãe de uma menina de sete anos e aqui, desde o aniversário de um ano dela, sempre tem livros entre os presentes. Temos o privilégio de poder comprar os livros que ela gosta, enciclopédias, gibis, quadrinhos variados, literatura... variamos ao máximo a oferta em casa, além de termos começado a frequentar bibliotecas como passeio em família e possibilidade de acesso aos livros que ainda não conhecemos. Fora isso, investimos em leitura em voz alta, além do exemplo em nos ver lendo. Não pretendo dar celular nem tão cedo e é uma luta nadar contra essa corrente... mas eu confio que um dia ela também irá nos agradecer por persistirmos tanto no hábito da leitura.
Acompanho muitos canais/perfis literários e, infelizmente, a maioria sempre com esse discurso de "sou culto e só o que eu leio importa". Parabéns, Paloma, pois não se engloba nessa bolha que mais atrapalha que incentiva. Eu, por exemplo, comecei lendo na adolescência Fala Sério, Mãe, e ai de quem falasse da Thalita Rebouças perto de mim (risos), mas era o que me deixava mais próxima e mais interessada em livros. Os clássicos, hoje, são os meus preferidos, mas como você disse, até chegar neles, passei por muitos outros, e como sou grata por isso. Mais uma vez, parabéns pela forma como incentiva a leitura ❤
Eu que agradeço pela companhia e pelo comentário tão querido ❤
A maioria das pessoas sempre reclamam do preço dos livros, mas acredito que além do preço as pessoas não priorizam a leitura em nenhum momento da vida, pois não é um hábito comum nas famílias, eu não fui criada numa família leitora mas sempre tive interesse em leitura desde pequena e estou criando a minha filha como uma pequena leitora ❤
Sim, acho que o preço dos livros e a escassez de bibliotecas públicas em muitas cidades do país têm um papel muito significativo, mas falando da minha bolha, vejo muita gente que não lê e o problema DEFINITIVAMENTE não é falta de recursos. Dizem que queriam ter tempo, mas passam pelo menos 2h por dia no celular. Complicado.
Eu AMO, de carteirinha, os romances do Nicholas Sparks (sou cadelinha sim de romance ruim).
Eu também amo Jane Austen, Raul Pompeia, Harper Lee, Dostoievski... e tô vivo kkkkk o fato de eu gostar de livros mais blaser não impede de eu apreciar literatura com uma estética mais sofisticada.
Meu Deus, eu AMAVAAAA os romances dele também AHAHAHAHA em especial o “a última música” e um cujo nome tinha esquecido, mas acabei de ver que é o “O milagre”. Hoje em dia, confesso que não tolero mais 😂 mas tiveram um papel gigantesco no começo da minha vida de leitora
Paloma, bom dia. Vídeo muito bom. Parabéns e obrigado por compartilhar suas opiniões e visões conosco.
Muito obrigada!
Excelente 👏🏼
Meu primeiro celular foi com 14 ou 15 anos, nunca tive interesse em jogos eletrônicos, isso pode ter ajudado a não me viciar tbm. Mais tarde fui muito viciada em Orkut, depois no Facebook, mas sempre pelo computador (hoje não tenho mais face). Celular mesmo só para o básico. Atualmente tenho Instagram (beeem abandonado) e meu vício mesmo são vlogs e conteúdos de ciências/livros/papelaria no UA-cam hehe. Obrigada, pais.
Bom dia, Paloma! Isso é preocupante mesmo. Ontem levei "O apanhador no campo de centeio" para um primo que tem 17 anos. Falei um pouquinho do enredo e disse que quem conta a história é um adolescente. Sabe qual foi a resposta dele? "Não prometo que vou ler". A vida do querido é casa, escola e vídeo game. Não sai para nada. Os pais não têm hábito de leitura e acham melhor que ele fique socado dentro de casa. Competir com o celular é difícil, mas não impossível. Qual é a solução? Não sei.
Você já tentou adaptar a leitura para algo que ele costuma assistir ou jogar? Vou usar o seu exemplo de O Apanhador no Campo de Centeio. Eu li esse livro na adolescência, quando estava obcecada por histórias de serial killers. Dizem que, no dia em que o assassino de John Lennon cometeu o crime, ele estava lendo esse livro. Não estou querendo incentivar a violência, mas é um fato curioso. Se ele gostar dos Beatles ou se interessar por esse evento, no mínimo, vai ficar curioso e querer conferir a relação entre o livro e o fato 😁
Dificilmente alguém sem hábito de leitura vai começar com O apanhador, era melhor procurar algo mais atrativo.
Também existem livros que são adaptações de histórias dos videogames como a série de livros do Assassin's Creed
A novela é O outro lado do paraíso.... " Voces não imaginam o prazer que é estar de volta"😂
Time das pessoas que jogariam o celular no lixo ou viveriam bem com um Nokia tijolo se não dependessem dele para o trabalho (eu amo consumir os conteúdos que eu gosto mas sério, afetou minha saúde mental e meu tempo livre para a leitura).
Honestamente, eu só tenho Instagram hoje em dia porque preciso pro meu trabalho. Não uso o TiKTok e acho o UA-cam uma rede muito mais saudável. Meu sonho é só ficar com isto aqui mesmo e estou trabalhando para isto.
Eu me lembro exatamente do livro que me arrebatou na adolescência: Precisamos falar sobre Kevin. Hoje, aos 27 anos, morando no norte do país, em uma cidade que não tem bibliotecas públicas e que o incentivo à leitura é inexistente- Marabá /Pa, eu sei que esses dados são reais. E acho que o seu trabalho ajuda e muito a incentivar novos leitores. Eu sou tímido, acabei criando um podcast justamente para isso, incentivar a leitura por aqui no norte
Aaaah, que coisa boa! MUITO sucesso para o seu podcast (se quiser deixar o link aqui, fique à vontade!) e espero que traga muitas outras pessoas para o "mundo dos livros" =)
Sou leitora desde criança!! Por coincidência, estou nesse momento lendo Como um romance!!!
Adorei o vídeo Paloma !!!
Eu ao contrário de vc não tinha pais leitores e com condições de comprar livros para mim e meu irmão, mas a minha mãe nos levava na Biblioteca Municipal de Copacabana ( moro no Rio ) e ali o meu mundo cresceu ...
Eu lia de tudo , sabe aquele livros 📚 da coleção " Seleções " , pois bem eu adorava , tinha pequenas histórias e ilustração, tenho essa memória afetiva , a coleção "Vaga - Lume " foi outro marco , lia para a escola .
E por coincidência o meu Prime clássico que li foi justamente " O conde de Monte Cristo ".
Hoje Pedagoga aposentada, leitora ávida de clássicos , literatura brasileira contemporânea ( participo do " Leia Mulheres " de Niterói) ,embora more no Rio, porque hoje me tornei avó do pequeno Arthur que vai completar 6 meses em dezembro e que já está tendo sua Biblioteca montada por mim , inclusive a primeira estante fui eu que dei 👶🏼📚.
E como vc bem falou trazer a leitura 📖 para crianças desde de bem pequenas é o melhor presente que podemos dar com certeza.
Eu como Pedagoga, que sempre trabalhei com Educação Infantil, sou uma fervorosa fã da biblioteca de bairro, onde eu comecei minhas leituras.
Meu pai a cerca de 15 anos se tornou leitor e adora biografias , os livros do Carl Sagan entre outros e e eu e meu irmão estamos sempre presenteando-o com 📚.
Hoje no meu apartamento tem estantes por todo canto 😊📚 e amo ganhar e dar de presente livros.
Esse ano já li 19 livros , faço minhas 📃 no meu caderno , mas leio sempre de forma tranquila , não quero bater metas , pra mim literatura é antes de tudo um prazer.
E como temos uma Vida de cada vez 😂 e muitos livros 📚 pra ler 📖, eu leio geralmente de 4 a 5 livros de gêneros diferentes e sempre um deles é não- ficção.
Um beijo grande. 😘📚
A gente ia bem mais a bibliotecas antes, né, Marta? Hoje em dia não vejo tanto esse hábito, infelizmente =/
E que sorte do Arthur em ter uma vovó leitora e que dá o exemplo!
Temos tv em casa que nunca mas nunca é ligada. A maior parte dos dias estamos "todos" lendo e estudando. Escutar som de tv é algo que não estamos acostumados. Entrei agora no UA-cam para ver algo sobre engenharia elétrica e vi esse vídeo 😢 muito triste saber que a leitura não é prioridade dos seres humanos. Amo ler, aprender e estudar. ❤ 📚❤📚❤📚
Meus pais não eram leitores, fui ter uma biblioteca na escola aos 15 anos, mas fui amadurecendo e o gosto pela leitura foi crescendo comigo. Minha filha teve uma mãe leitora e hoje, aos 20 anos é uma leitora, mas meu filho de 12 não gosta de ler. Eu sigo acreditando nos livros!
que delícia de video. Adoro as tuas indicações! :)
Paloma Lima nunca passa frio.
Ahahahahahah, eu amo esse meme
Vídeo maravilhoso, Paloma! Também fiquei interessada na sua sugestão de vídeo sobre ter "tempo para leitura". Abraço! 🥰
Amo os barracos do Dostô muito engraçado 😂😂😂 bemmmm melhor que novela
Para ajudar, o governo quer por preço fixo na capa :)
Vídeo maravilhoso. Parabéns. Irei massifica-lo na divulgação 😅😂
O que mais me chamou a atenção lendo a pesquisa foi o fato da parte "tempo gasto com outras atividades que você gosta". O ranking desta lista é composto basicamente de: redes sociais, WhatsApp e jogos eletrônicos". E quanto estratificamos este comportamento por faixa etária ela compreende a esmagadora maioria da população de 11 a 40 anos.
Sim, e também me chamou atenção o fato de que leitores apresentaram uma variação de atividades maior do que quem não lê - inclusive, ainda tô pensando sobre isso, porque esse dado pode sugerir muita coisa. Quem sabe um dia a gente não volta nesse assunto por aqui.
Nao tinha repardo. Vou olhar de novo essa parte. ❤@@PalomaLima
Sou leitora e gosto de ler um pouco de tudo: desde clássicos, HQs, mangás, livros de receitas, filosofia, história, artes, direito (da minha formação acadêmica), espiritualidade e, acredite se quiser, até astrologia. O único gênero literário com o qual tenho dificuldade é autoajuda. Tentei ler Augusto Cury, mas não consegui.
Concordo com você que ser leitor desde criança não garante nada, mas com certeza é um ótimo caminho. Minha irmã caçula e eu fomos incentivadas pela nossa mãe a ler desde cedo. Começamos com gibis da Turma da Mônica e aqueles livrinhos clássicos da Disney. Nossa bisa, querida baa-chan, nos ensinou japonês usando mangás de Dragon Ball.
Na adolescência, comecei a mudar meus hábitos de leitura. Aos poucos, troquei Harry Potter, Crepúsculo, Diários de um Vampiro e Dan Brown por clássicos. Lembro até hoje como Dom Casmurro e O Morro dos Ventos Uivantes foram minha porta de entrada para a literatura clássica. Curiosamente, o que me levou a O Morro dos Ventos Uivantes foi justamente Crepúsculo, já que era o livro favorito da Bella. As tramas de ambos me prenderam tanto que passei madrugada lendo.
Acho chato quando as pessoas julgam a leitura alheia. Para mim, vale muito mais a pena alguém ler alguma coisa do que não ler nada. Minha irmã caçula, por exemplo, é muito visual e lê mais mangás do que eu. Tento sempre adaptar as recomendações ao gosto de quem vai ler. Fiz minha irmã se interessar por Fahrenheit 451 e Jane Austen porque ela ama séries e filmes sobre distopias e é fã de Bridgerton. Agora quero incentivá-la a ler os quadrinhos da Liv Strömquist, que tenho certeza de que ela vai adorar.
Normalmente, quem vive julgando o que os outros leem - e diz que só lê clássicos ou que não suporta best-sellers - é a mesma pessoa que só escuta um único gênero musical. Eu, que sou do contra, elegi Linkin Park como minha banda favorita justamente porque mistura nu metal, rap e eletrônico, rs.
Essa atitude de julgar me lembrou um fato que sempre me incomoda: Maurício de Sousa não conseguiu entrar na Academia Brasileira de Letras porque, segundo os avaliadores, gibi não é literatura. Toda vez que lembro disso, sinto um certo ranço. Acredito que nós, como leitores, devemos incentivar a literatura adaptando-a ao gosto das pessoas. Inclusive, aproveitar as tecnologias atuais, como audiobooks, que têm sido uma grande alternativa. Outra ideia é recomendar canais literários ou livros baseados em séries do momento ou Quadrinhos.
Incentivar a leitura sempre é o melhor caminho. Seu vídeo está excelente e levantou questões muito interessantes! ✌️
Essa história do Maurício me dói toda vez que lembro dela. Certamente uma das pessoas que mais contribuiu para a formação de pequenos - e que depois se tornaram grandes - leitores e a Academia vem com essa. O que volta no ponto de que parece ter gente que, embora fale que deseja que a leitura seja popularizada, parece contribuir para que seja cada vez mais vista como "nicho" e algo "exclusivo".
Abraço aqui da Suíça 🇨🇭
Comecei a ler Sidney Sheldon e livros policiais no início da adolescência. Atualmente, leio praticamente todos os gêneros, exceto fantasia.
Não basta incentivar as crianças a se aproximar do livro. É preciso incentivá-las a ficar longe dos celulares, influencers e similares.
Eu fixo muito triste q na.minha cidade as bibliotecas da escola não funcionam.. no mei tempo foi onde comecei..não q eu seja uma super leitora..mas enfim... e na minha cidade a bibliotecária tem q auxiliar nas aulas...o que faz com que a biblioteca fique fechada..fora o acervo...muito pequeno..na minha cidade o acervo era maravilhoso.
Gente, amooo seu conteúdo Paloma e seu amor por livros (um pouco agressiva as vezes kkk indico o livro comunicação não violenta), mas vamos falar de outras realidades? Sou parte da maioria da população brasileira que é de origem pobre. Meus pais não leram pra mim e mesmo assim lia desde pequeno, tenho 32 anos, sou graduado, pós graduado e mudei minha realidade com a leitura e a educação, MAAAAS tenho que dizer que detesto literatura clássica e estou falando com propriedade. Já li Machado, Graciliano, Jorge Amado, Vinícius, Carlos Drummond, vários dos russos (Tolstói, Dostoiévski, Gogol) e não rola sentimento. Me encanto com a prosa, a escrita deles e tudo mais, porém as histórias são muito de problemas que ocorriam nas suas respectivas épocas. Gosto de livros enquanto entretenimento, que me tragam para esse lugar de descanso, conforto...
Aí quando os que falam de livros (normalmente booktubers) querem indicar a obrigatoriedade dos clássicos isso me desanima.
Imagino como deve ser para a maioria do povo que vem de uma educação precarizada como é no Brasil, que vem da labuta da vida difícil. Fica fácil perceber a escolha quando tiver que optar entre um livro e o celular. O hábito da leitura é algo muito elitizado ainda infelizmente. Acredito que uma solução possível seria tornar mais acessíveis os livros simples de cultura popular, assim talvez com a promoção deles possamos avançar para os clássicos, que muitas das vezes ainda não serão do agrado da maioria.
Ué, mas tá tudo bem gostar de livros que são “apenas” entretenimento! Eu fiz questão de deixar isso claro no vídeo 😉 quero incentivar a leitura de clássicos? Sim, porque são os livros de que mais gosto e que acredito que têm mais para oferecer. Mas longe de mim forçá-los goela abaixo de quem não tem interesse por eles e de achar que somente a leitura deles é válida - de novo, falei sobre isso no vídeo.
Ainda não consegui ver o vídeo inteiro, mas tenho pensado no problema com certa frequência. Inclusive, sinto os reflexos disso no meu dia a dia. Atualmente, tenho lido menos livros de deleite e consumido mais materiais técnicos. Por incrível que pareça, me sinto incapaz de compreender e escrever como fazia antigamente, inclusive no trabalho não crio com naturalidade, preciso sempre estar apoiado em uma referência.
A grande questão é que o mundo se torna cada vez mais BANI. Infelizmente as pessoas hoje estão com a percepção de um tempo muito acelerado, o que as leva a consumir outros estímulos mais rápidos. Claro que isso se soma a uma economia cada vez mais complicada, que ancora o preço de livros simples em mais de 50 reais.
No entanto, talvez tudo isso seja uma questão para leitores convencionais. O verdadeiro problema está na falta de entrada de novos leitores. Grande parte desse problema eu vinculo à ideia estúpida que nós como sociedade, aceitamos a algumas décadas: a tecnologia digital e a física não podem coexistir, sendo necessário sempre preterir uma em favor da outra. Infelizmente, por uma tendência natural humana, acabamos escolhendo o que é mais prático, mais leve e com mais estímulos. Afinal, nossos corpos foram feitos para funcionar, mas principalmente para economizar energia.
Essa é apenas uma das facetas, mas uma muito importante, que contribui para que a humanidade se torne cada vez mais fraca, sem ímpeto ou autonomia individual (ou identidade, para quem preferir).
Ah, não posso esquecer. Esse texto passou pelo GPT, mandei o macaco digital melhorar a concordância. A que ponto chegamos!
Amei as alfinetadas ao povo cult chato kkkk
Também sou leitura desde muito cedo, inspirada por duas pessoas que eu sempre via lendo na infância. Hoje tento cultivar esse hábito com a minha filha, de 7 anos, que já é uma pequena leitora e inclusive assiste aos seus vídeos comigo.
AI, MEU DEUS, QUE AMOR!!! Um beijo para a sua pequena leitora
E como diz o SR King : “ O importante é a história, não o narrador “ … uma história pode salvar sua vida, vide a Sherazade nas 1001 Noites ..
Acredito que estamos vivendo uma “era” de informações superficiais e rápidas … uma vez vi um exemplo, que resume isso, não conseguimos esperar o anúncio de 30seg no UA-cam, e os 5 seg pra pular são eternos. E a geração internet nasceu consumindo essa rapidez no conteúdo então criar o hábito da leitura principalmente Qnd não estimulado precocemente está cada vez mais difícil. Ler exige silêncio, tempo (independente de qnt tempo seria isso) e concentração, coisas que estão cada vez mais escassas … minha filha é uma criança especial que tem um atrasão global no desenvolvimento neuropsicomotor então pra ela é um pouco mais difícil de trazer essa “realidade” mas observo minha sobrinha de 9 anos que tb é minha vizinha. Esses dias ela chegou em casa e eu estava estudando sobre Cleópatra (uma leve obsessão minha 😅) … no outro dia ela veio com um caderno e o tablet e me falou: titia eu posso estudar de livros com vc? ❤ … finalizando, acredito mto no que a Paloma disse, que não importa o que a pessoa leia, isso é a porta de entrada para um
Mundo incrível … esse mundo sendo dentro dos Miseráveis ou com Evelyn Hugo
Aaaah, que amor sua sobrinha! 🥺
❤ Infelizmente cada ano estou lendo menos, vou tenter melhorar.
Eu amo livros bem água com açúcar, mas também tenho mr interessado cada vez mais por clássicos (e tem influência sua nisso, porque da forma que você apresenta parece ser incrível). Tento ler pelo menos 1 por semestre para ir me adaptando a escrita, para poder ver sobre a história por fora da própria leitura para aprender realmente a fazer essas análises mais profundas. Os outros livros, pop que leio vai como água kkkk mas tá bom, um dia vai estar mais equilibrado e tudo bem também. ❤
No seu tempo! ❤ e se não rolar, tudo bem também =)
Sou leitora desde criança... mas era dificil ter acesso... era a única que lia e a minha família é pobre (não passei fome, mas não tinha dinheiro para livro, jornal ou gibi). Dependia de biblioteca, sebo, empréstimo de colega... O livro me dá mais prazer que a internet... e mesmo assim escolheria a internet, pois nela tenho acesso a mais coisas, conhecimento e analise... ummm... inclusive livros se precisar.
Amei! 👏🏻
Quanto aos meus filhos eu espero estar fazendo a coisa certa, aqui os dois são leitores 🙏🏻 mas ainda é preciso controle sobre o digital.
O controle sobre o digital é fundamental mesmo, Tati, que bom que você se atenta a isso. Para uma criança/adolescente, é difícil entender todo o mecanismo por trás das redes, né? Então os pais têm que assumir esse papel de supervisão.
Aff, isso é algo muito triste. Nesse ano não li nada, exceto algumas coisas da faculdade. E não me orgulho nada disso. Comecei Morro dos Ventos Uivantes e não terminei. Tenho que dissipar meu vício em telas.
Olá Paloma !!Leio desde criança , tb não comecei com os clássicos.Alguns livros li em décadas diferentes e o mesmo livro em cada década a experiência foi diferente… o livro mudou !?!? Não! Eu mudei ,hoje estou no 50 + e por eu trabalhar com cça e adolescentes entrei na leitura de mangás etc.. tiro um tempo dos clássicos e leio mangas grafic novels assisto anime etc … Como eu posso ser útil no meu trabalho, se não entendo o meu público, fico muito triste com esses dados sobre leitura no Brasil e acho que no mundo como um todo deve ter piorado tb ,seu trabalho é muito lindo .. tb acredito que ler um livro independente da temática abre portas ,pois eu acredito que a maioria desses leitores a cada leitura vai querer um algo mais ,e quem sabe chegar em um Joyce um Proust entre outros , confesso abri e fechei esses livros muiiiiitas vezes até que um dia fluiu,nunca se imponha um livro o dia dele vai chegar… ou não…😊 confesso:Joyce não vai ter releitura 😂😂😂😂 ❤❤❤❤
a mim não me espanta nada que o Brasil tenha atualmente menos 6,7 milhões de leitores do que tinha há 4 anos. O que me espanta verdadeiramente é que o Brasil tenha tido alguma vez 6,7 milhões de leitores. Isso é que me espanta e faz duvidar.
A maioria das cidades não tem livrarias nem biblioteca publica. E as vezes quando tem biblioteca, é muito obsoleta.
Eu comecei a ler aos 14, simplesmente porque eu achava elegante quando via alguem lendo.
Fiquei alguns anos depois disso sem ler, me entretendo com outras coisas, ninguem do meu ciclo social lê.
Precisamos que as pessoas sejam mais incentivadas.
Minha infância não foi assim, minha família muito pobre ( hoje sou formada, especialista e mestranda) mas na minha sala do 1° ao 4 ° ano tinha o cantinho da leitura, a cada 20 dias era necessário pegar um livro pra ler, desde então nunca parei de ler.
A lei cortez esta chegando para aumentar os números desta pesquisa. Assim que a lei cortez for aprovada, na próxima pesquisa o numero de leitores será bem próximo de zero.
Paixão é tudo …
21:23 ❤❤❤
Não dou mais livros de presente para pessoas que sei que não gostam de ler, cansei 😂 dou pros amigos que gostam ❤
Retornei ao mundo da leitura, depois de muito tempo dizendo que "não tenho tempo e não tenho tempo", com o auxílio dos canais literários e booktubers. Às vezes oq é preciso é só um pouco de incentivo e menos julgamento.
Simplismente eu um belo viciado em "telas " depois de encontra seu canal eu nao vivo sem clássicos 😅
Você não imagina o quão feliz eu fico em ler esse tipo de coisa 🩶
Falar sobre livros ajuda sim a instigar (novos) leitores... No meu caso, tbm sou leitora desde a infância, mas no decorrer da vida adulta passei a ler menos, contudo, depois que encontrei o canal, voltei a ler mais!
Os livros estam caros para uma desgraça sem falar que trabalho no Brasil consome todo o tempo das pessoas
Não acho que as pessoas não leêm porque livro tá caro (a amazon tem livro barato, e tem sebo com livros baratos).
Nem acho que brasileiro não tenha tempo pra ler. Usar um relato pessoal: dois colegas de trabalho meu viraram a noite num show LOTADO. É prioridade mesmo.
Ponho meu dedo na ferida sim: Brasil não constrói uma cultura de leitores. Simples assim. E a tendência é infelizmente diminuir.
Concordo 100%. Sou frequentador de bibliotecas públicas e sebos. Na maioria das vezes em que vou visitá-los, eles estão completamente vazios.
No meu trabalho tem um projetinho de circulação e doação de livros. Você pode doar livros à vontade e pegar quantos livros quiser. Sou um dos principais doadores e... a pilha de livros do projetinho está intocada a meses, porque ninguém tem interesse.
Sou leitor de literatura clássica, não suporto ver a literatura se tornar algo puramente comercial onde as histórias sempre se repetem e não formulam nenhuma perspectiva de vida, mas guardo pra mim. É muito melhor uma pessoa lendo Colleen Hoover do que lendo nada, a leitura deve ser estimulada, já vi muita gente afastando outros da literatura com discursos de "não leia esse tipo de bobagem"; às vezes, a pessoa só busca um entretenimento e não uma reflexão. As pessoas buscam se auto-afirmar e mais distanciam as pessoas da literatura do que aproximam, acho suave zoar literatura comercial em roda de amigos, eu mesmo desprezo ela, mas ela pode servir de caminho para um conteúdo mais aprofundado.
Me deixem com as minhas biografiaasss!!!!
A novela "O Outro Lado do Paraíso" realmente lembra uma versão piorada de "O Conde de Monte Cristo", kkkk. Eu também pensei a mesma coisa.
Hoje em dia, é muito difícil competir com os celulares, especialmente porque as crianças estão cada vez mais cedo com os aparelhos nas mãos. Mesmo que não tenham seus próprios dispositivos, elas pegam os dos avós, pais, etc.
Não sei como é a escola atualmente, mas na minha época, não havia uma matéria específica de Literatura nas escolas públicas. Tínhamos Português, que englobava tudo, mas, para mim, isso não era a melhor abordagem. Líamos muito pouco, acredito que uma vez por ano, e olhe lá.
Eu também fui como seu irmão; comecei com quadrinhos, que até hoje têm a fama de ser "coisa de criança" ou uma leitura inferior. Nem vou mencionar os quadrinhos feitos para o público adulto, mas até mesmo os de super-heróis, como Sandman ou Watchmen, são bem mais interessantes do que muitos livros bem vendidos por aí.
“Você quer parecer culto ou você quer fazer a pessoa ler o livro?” 😂😂😂 o tapa na cara dos que se acham
Meu pai era bem leitor, quando eu era criança, mas lia livros teológicos, aí nunca me interessei. Nunca tive muita relação com a leitura, li alguns que peguei na biblioteca da escola só, até ter um “despertar”, por achar que poderia ser legal. Aí até consegui ler mais, mas bem pouco ainda. Aí ano passado/retrasado comecei a ler enquanto estava no ônibus, indo pro cursinho, aí comprei um kindle pra facilitar e boom.. comecei a ler bem mais. Ainda luto às vezes pra manter esse “novo” hábito, mas procuro sempre incentivar aos meus sobrinhos, namorado, família..
Pra mim tanto faz… livros ou quadrinhos ! Tendo letras ou figurinhas estou ali .., só pedia livros de aniversário e Natal … e ganhava …
As vezes nós focamos só naquilo que o macro pode resolver e esquecermos de focar no micro - aquilo que podemos fazer para melhorar essa situação -, e nisso, as vezes perdemos pessoas que poderiamos incentivar com a leitura. Eu, por exemplo, incentivei a minha irmã de 16 anos a ler Harry Potter, Percy Jackson e Jogos Vorazes, e ela leu tudo isso e amou. Mais por que? Porque eram livros que tinha uma linguagem mais acessível a ela, e condiziam com o gosto dela, e agora, recomendei Jane Eyre e ela está amando. Tudo isso são questões de estratégias que nós leitores temos que ter pra incentivar mais a leitura.
É isso! Muitas vezes a gente deixa de fazer algo porque o buraco parece muito fundo - e, no caso da leitura, realmente é -, mas se cada um fizer um pouquinho, acho que já dá pra melhorar minimamente a situação.
Engajamento 🎉
Eu acho que infelizmente a leitura não tem o devido valor nos dias de hoje e, aliado a este fato, o vício em celular não é considerado tão prejudicial quanto deveria. Estou cansada de ir à restaurantes e ver pais fazendo a refeição ao lado dos filhos (pequenos) e pouco se importando que estes estão com a face enterrada no celular. É triste. Eu cresci em uma família que não lia (quase todos analfabetos infelizmente), mas por uma sorte imensa tive uma paixão imediata pela leitura desde que aprendi a juntar as sílabas, e também por sorte em ter uma escola com boa disponibilidade de livros e uma biblioteca ao lado. O que mais considero que foi crucial para o meu hábito de leitura foi:
- Saber limitar o uso de celular quando este começou a ser parte da nossa vida (quase um membro do nosso corpo)
- Perceber o quanto a frequência de leitura melhorou minha memória, concentração, argumentação, vocabulário, visão de mundo, fluidez de raciocínio, etc, etc, etc…
- O imenso prazer que algumas histórias me proporcionaram
- Entender que no futuro minha velha eu vai me agradecer por esta reserva cognitiva que creio estar formando…
Tenho sinceramente uma certa tristeza (pena é a palavra mesmo) por pessoas que não têm capacidade/oportunidade/interesse por leitura e tudo o que você citou tento praticar e estimular outras pessoas quando possível. Tomara que estas estatísticas mudem em breve 🙏🏻
Confesso que acompanho alguns booktubers. E eles só lê a mesma coisa nem a capa dos livros mudam tanto, mas acho toda leitura valida. Mesmo essas sem sal. Única coisa é que hoje em dia não vejo quase nada deles por ser um conteúdo muito repetitivo.
Vc também imagina o Sean Connery como o irmão William de Baskerville ? ( citação muito f…) . E o venerável Jorge até hoje me assombra …
Por favor eu tenho interesse em um vídeo específico sobre "tempo para leitura". Vemos que você é uma pessoa que faz muitas outras atividades além de ler e eu gostaria de saber como, ainda assim, você consegue, não só reservar o tempo adequado, como também desligar-se mentalmente das outras atividades diárias e focar na leitura.
Obrigado.
São vários fatores: livros caros, crianças e adultos preguiçosos pra ler, escolas que não incentivam, distração da Internet e TV/Streaming,...