Eu culpo o twitter por essas dificuldade das pessoas em criticar algo de forma respeitosa, lá as pessoas são insuportáveis e se elas querem criticar algo ofendem todo mundo
Em compensação o UA-cam, vc não pode colocar uma palavra fora do lugar que o comentário é apagado, acabando com a liberdade de expressão, aí vira um conto de fadas de só comentários fofinhos e bonitinhos , e vamos aplaudir a fantasia e não a realidade das coisas.
Vamos combinar que as pessoas não são educadas formalmente e socialmente no Twitter. Se as redes sociais são responsáveis em uma coisa é a sobre a política do engajamento que "recompensa" comentários inflamados, brigas, quanto mais brigas, a política das redes sociais é recompensar ainda mais os criadores de tretas. Mas o problema também é da educação, do social.
Nossa, sim! A arte não é subjetiva! Eu não gostei de mais da metade do que eu li no curso de letras. Mas a gente não estuda pra aprender a gostar, a gente estuda pra entender a importância, as técnicas, analisar as intenções. Vontade de tatuar a seção final do vídeo na testa.
Mesmo que um livro não tenha uma narrativa complexa ou profunda, ele ainda sim pode ser bem escrito, sabe? Uma livro p/ entretenimento não precisa, necessariamente, ser de baixa qualidade. Não é por ser um tema mais “leve”, mas por ser ruim mesmo. Além do mais, o que acontece hoje é que o nível de qualidade ta MUITO baixo (pelo menos os livros que eu li que viralizaram), e querem colocar no mesmo patamar de livros tecnicamente ótimos e inovadores, e como foi dito, reduzir livros incríveis a tropes. Sou mt fã dos livros da Jane Austen, e percebo que a maioria das pessoas que gostam não entenderam o livro e os personagens :/ Vídeo com um tema bem necessário, parabéns! ☺️
Sabe porque as pessoas não entendem os livros da Jane Austen, e dizem gostar? A maior culpa disso, é das editoras, que vendem esses livros de maneira errada, com capas bonitinhas, coloridas. E aí lá dentro, tem todo um prefacio de um qualquer que se diz entendido no assunto, querendo encaixar esses livros nas suas pautas pessoas, e influenciam as pessoas a acharem que é aquilo que é o livro. Não é a toa que a maioria hoje em dia, lê Madame Bovary, e acha que ela era uma mulher a frente do seu tempo, que queria lutar pelos seus sonhos, que era uma oprimida da sua época, e por isso que ela fez o que fez no final. 🤡🤡
Eu sempre pisei em ovos ao tentar falar o que você falou : as pessoas estão se achando intelectuais por ler um livro hot. E uma das minhas questões sobre isso é : objetificar a mulher, colocar a mulher como alguém que ta sempre disposta a ser comprada por um milionário poderoso.
Eu acho que esse lance dessas tropes comuns nos livros hot de mulher se dar pra milionário poderoso tem mais complexidade do que só a objetificação, até porque o público-alvo são exatamente as mulheres. Se o objetivo fosse realmente a objetificação, o apelo seria pra os homens hétero que não ligam pra o mundo interno da personagem feminina e só querem a realização da fantasia sexual deles. De certa forma, o tropo de "mulher consegue um milionário poderoso pra satisfazer todas as suas vontades" é uma fantasia de poder, assim como o tropo "homem macho mata os bandidos e fica com a gata no final" de filmes de ação. Não que não haja uma inteira discussão sobre a problemática presente nesses tropos que perpetuam a ideia patriarcal de "homem poderoso, mulher interesseira". De fato, esse fenômeno é um retrato do estado da sociedade moderna, que cada vez mais tende ao regresso de ideais devido ao iminente colapso dessa economia global. Tá todo mundo f*dido e quer uma sociedade onde não tem que se submeter a uma vida sub-humana de trabalho pra ter o básico pra viver. Todo mundo quer voltar pra uma época (não-existente, aliás) onde essa vida não seja necessária. Pra os homens, é vendida a ideia de que é preciso derrotar os inimigos e tomar o que ele ls merecem a partir da violência. Pras mulheres, é vendida a ideia de que ser uma princesa paparicada pelo macho que provê tudo o que ela precisa é a vida ideal. Em resumo: a culpa é do capitalismo /brinks
Análise muito apropriada, principalmente na parte que vc diz que todo mundo quer voltar pra uma época que nunca existiu. Ideologicamente é construída uma narrativa de que a vida das mulheres era mais fácil quando elas dependiam exclusivamente dos homens para viver, e sabemos que de fácil essa vida não tinha nada e que essa dependência era uma prisão, mas é construída tbm uma individualidade de que existe *um homem perfeito* que vai te ter como propriedade mas que vai transformar isso em algo bom. Sabemos tbm que n tem como as duas coisas coexistirem @@FunnyFany
@@Li_shao Eu nunca me senti muito atraída por dark romance, nunca me pegou. Depois de viver um relacionamento muito abusivo essas coisas geraram muitos gatilhos pra mim. Nem consigo interagir com tiktok direito porque é infestado dessas coisas! Fui ler ACOTAR às cegas, achando ser algo de fantasia inspirado em Avalon, esperando que seria algo estilo Lancelot e Guinevere. Um romance fantasioso bem escrito... Me decepcionei!
Existe uma parada que tbm é sobre as redes sociais. Elas cansam, a real é essa. As pessoas acham que estão relaxando em uma rede social, mas não estão. Estão ativamente fragmentando a própria atenção. Ao fim do dia, quando você precisa de energia pra focar num livro, porque a leitura é ativa, você está cansado e com a atenção fragmentada. Por isso, um livro não pode ter muita enrolação com essa galera, não pode exigir muito, não existe energia pra desprender na leitura. Eu mesmo, vira e mexe desinstalo o instagram justamente porque percebo que estou lendo meia página e corro pegar o celular pra ver alguma coisa.
Cada pauta que você trouxe foram todas necessárias. Principalmente, o final sobre s3x0 vende muito e muitos consomem somente isso para ler. Arte boa é boa, mas vamos escolher a que mais nos agrada. O que é ruim é ruim e você pode gostar. Está tudo bem gostar, porém entenda que nem TUDO é BOM.
acho uma discussão muito interessante, principalmente por que além de ser leitora sou e gosto muito de ballet, e atualmente estamos vendo algo semelhante mas em outra esfera. Atualmente, no ballet, tem se discutido muito sobre uma hiper valorização da técnica sobre a artisticidade de um bailarino, eles chamam também de atletização do ballet, pois atualmente muitas escolas tem dado mais ênfase na quantidade de giros e no qual alto um bailarino pula do que em sua arte em sí, na musicalidade e teatralidade, pois afinal um bailarino não só dança como também atua. E é bem preocupante ver como as pessoas estão cada vez menos musicais e teatrais e muito mais técnica e robotizadas. Não estou querendo dizer que tecnica não seja importante ela é, demais é literalmente uma das bases do ballet, mas ela não pode nunca, de forma alguma se sobressair a parte artistica e expressiva, principalmente se tratando de uma arte tão física quanto o ballet.
@@beatrizalmeidasantos7746 Gostei muito da sua perspectiva! Fiz ballet por muito tempo e até hoje sou apaixonada e concordo 100% com você na área do ballet. Espero que nao tenha entendido hora nenhuma que eu quis dizer que devemos reduzir literatura apenas as técnicas. Tudo que disse é que a arte se torna subjetiva, ou seja, conseguimos discutir seus temas, sua expressao/intenção, a partir do momento que foi construído uma boa obra literária. Assim como o ballet, nada de vale uma excelente expressão se você não consegue fazer sua técnica corretamente, nem que você domine ela para então subverte-la, o famoso "conheça as regras para quebra-las". Obrigada por comentar! Espero te ver por aqui mais vezes 🤍
Sempre gostei de ballet, eu percebi que muitas apresentações que eu vejo os bailarinos tem uma técnica incrível, mas nao me passam nenhum sentimento no palco, nao contam nenhuma história
Temos uma questão semelhante na comunidade de guitarristas. Desde os anos 1980 temos um crescimento em técnica e guitarristas técnicos, mas pra uma galera isso é considerado anti-artístico, robótico, desnecessário, especialmente os guitarristas mais recentes - Tim Henson e Scott Lepage da banda Polyphia sendo alvos frequentes, mas também tem gente que critica Kiko Loureiro, Steve Vai, John Petrucci, caras velhinhos, já. Eu adoro tecnicalidade na música, tanto por simplesmente achar divertido ouvir notas serem tocadas com velocidade e fluidez, mas também porque eu acho justamente o oposto, que é um toque a mais de amor à própria obra quando uma pessoa se dedica a aprimorar sua execução, pois isso dá muito mais liberdade pra ela expressar ideias, fazer coisas mais instigantes, interessantes, satisfatórias e divertidas. Tenho treinado pra melhorar e conseguir fazer o que eu quero no instrumento. Mas, justamente, é necessário saber usar essa técnica pra compor de verdade.
Vendo os comentários, percebo que as pessoas não entendem muito a diferença entre algo ser bem feito ou mal feito, e ser gostável ou não. O gosto é subjetivo, mas a qualidade não é relativa. O fato do miojo ser gostoso ao paladar de muitos faz ele ser uma boa comida? verduras com arroz é objetivamente melhor do que um salgadinho para se alimentar, isso não quer dizer que não há espaço para a subjetividade e eu gostar mais de comer salgadinho. Ainda assim, verduras com arroz é objetivamente melhor que o salgadinho, nada, nem o gosto pessoal muda isso.
Eu só acho que livro hot já existia e vendia tem muitos e muitos anos ... Minha mãe tinha muitos e lia... Eram os famosos livros de banca, que não eram bons o suficiente para irem para livraria haha então o sucesso é antigo, só que agora se fala mais abertamente sobre
Uma coisa que, para mim, meio que enfraqueceu muito o cenário de resenhas foi a pira anti-spoiler dos anos 2010. O nível que as pessoas passaram a considerar spoiler era tipo... coisas que estavam nas sinopses. As pessoas tinham que ficar se policiando para não entregar nenhum detalhe sob a pena de levar canetada nos comentários... quando no fim é sobre os detalhes. É o que te pega nos livros. Pra mim isso enfraqueceu tanto as resenhas que tipo... elas deixaram de ser sobre a opinião da pessoa (porque não dava pra ser específico) e não dava para ser sobre o livro (porque não podia dar spoiler). Então acabaram ficando vídeos de quase 10 minutos... esvaziados.
@@BeAnEnigma é, mas acaba que virou algo de vlogs e cenas de livro que parece que dá até mais spoiler as vezes???? sem falar que resenha nem precisa falar da sinopse, pode ser comentando da escrita e dos personagens, tem que saber fazer também, tem gente que a resenha é a sinopse aí complica kkkk
Nossa, finalmente um vídeo trazendo esse ponto de vista. Sem querer acusar ninguém (ainda mais porque eu não conheço essas pessoas), mas eu fico me questionando se esse pessoal que defende o anti-intelectualismo tem mesmo essa opinião ou fala isso porque seu público é fã de literatura escapista e o ganha pão da pessoa é promover livro farofa.
Eu, particularmente, amo vídeos longos e por vezes com o costume de ver os "shorts" do instagram ou tiktok, eu tenho que me desafiar a voltar a assistir videos longos. O ca!al do Paulo Ratz,livraria em casa, me ajuda muito pelo humor e literatura ser mesclado, então o video extremamente longo passa rápido.
Eu creio que esta literatura (formato) é muito popular por Wattpad, é uma literatura acessível para todos porque não todos podem pagar por ler bons autores. Muitos só leram naquela plataforma. Mi disculpo português não é minha prima lengua 😅
Gostei bastante do conteúdo. É reflexo disto mesmo: do imediatismo, especialmente nos mais jovens. Precisamos mudar essa mentalidade, pois a resiliência é necessária pra vida, e as pessoas não estão com paciência nem pra ver um filme, de tão viciadas em vídeos curtos. Esses dias eu vi em algum lugar que estavam fazendo livros menores justamente por conta do tiktok. E eu não sei se isso é verdade, mas não duvido! Este mundo está raso demais, e tudo que você comentou é reflexo disso. De relações à leitura (quando ela existe), tudo precisa ser fácil e palatável. É problemático demais, mas é uma soma de cultura e influência, tanto interna, da família, quanto externa, dos amigos e professores. Ir contra essa corrente, a meu ver, é indispensável.
No mercado geral muita gente vem comentando sobre aquela inversão de se criar o consumidor primeiro pra depois vender o produto, ao invés do contrário, como costumava ser. Acho que com os livros no meio booktok parece ter ocorrido uma inversão também! Muitos autores tentando escrever livros se baseando em tropes como se fossem receitinhas de bolo pra atrair um público específico e muitos jovens os comprando já sabendo o que esperar do enredo. Tem um livro que li por recomendação de lá chamado “Príncipe Cruel”. Não é a melhor forma de literatura do mundo, mas eu gostei bastante e descobri que muitos não gostam porque compraram com a intenção de ler um “enemies to lovers”, mas a história foca muito mais na política daquele universo do que no romance. É cômico porque muita gente acha que isso é motivo pra uma nota baixa, sendo que em momento nenhum o livro se propôs a entregar uma trope. Fora que, mesmo sendo de um gênero diferente do esperado, não significa que você não pode gostar de der uma chance! Realmente se manter nessa zona de conforto acaba atrapalhando muito na formação do pensamento crítico, principalmente dos jovens.
Acho dois pontos importantes de considerar também. O primeiro é que ler um livro demanda muito mais tempo que assistir algo, e ler algo fora da zona de conforto pode ser mais difícil pra quem tem um ritmo lento de leitura e/ou usa só pra entretenimento. Outro ponto é a "dificuldade" de achar livros que abordem temas importantes menos ou mais pesados, pois geralmente não são o tipo que o algorítimo mostra pra gente.
gostei dessa conclusão, mencionando a bolha. penso ser um fenômeno das redes que se propaga também para todos nossos interesses na industria de entretenimento (séries, novelas, jogos, música). então cabe a gente ficar atento para lembrar de nadar um pouco contra a corrente dos algoritimos (que basicamente nos devolvem aquilo que nos chamou atenção anteriormente). o que tem prendido nossa atenção ultimamente? por quê? como ter autonomia para engajar conscientemente com coisas que também nos façam pessoas mais atentas, empáticas e reflexivas? é bom e saudável pra gente e pros outros
Uma coisa que não pode ser dispensada nesse cenário todo é a influência da fanfic no mercado editorial. A fanfic ela traz todo um universo próprio: de querer ler os mesmos tropos, usar esses tropos para a pesquisa, querer ler o mesmo casal de novo e de novo e de novo. A medida que o capitalismo avançou e as coisas foram se tornando mais caras, a fanfic ganhou muito espaço, mas a fanfic não pode ser monetizada. O mercado editorial, percebendo esse movimento e especialmente depois do sucesso estrondoso de 50 Tons de Cinza, começa a surfar essa onda, atraindo esse pessoal do universo da fanfic com divulgações voltados pro pessoal da fanfic... e isso acaba se espalhando por tudo. Gente que nunca leu fanfic e que não fazia ideia de pesquisar pelas coisas que elas gostavam descobriram esses conceitos pela primeira vez... e a coisa da fanfic é que ela É viciante.
Seu comentário me deixou bem reflexiva. Recentemente tenho tido dificuldades de concentrar (talvez por conta da vida adulta) e ler livros convencionais, o que acaba me levando para fanfics, que são beeem mais superficiais e fáceis de ler. (Há exceções). Acaba que por ler fanfic não me sinto tão mal por não estar lendo nada, mas acabo me acomodando nessas leituras. Agora que parei pra pensar que é um universo repetitivo, pois mesmo que seja histórias diferentes, tem um padrão nos personagens e na personalidade deles. É de certa forma... limitante e uma zona de conforto....Acho que é importante nos policiarmos para não ficarmos presos, pois o cérebro vai sempre escolher a leitura mais fácil e que seja prazerosa.
Eu fazia resenha dos livros que lia, mas as visualizações deles são baixíssimas. Hoje eu faço um vídeo dos lidos do mês, mas por não ter tempo mesmo de criar um vídeo pra um único livro. Mas vou voltar a gravar a resenha de cada livro que leio.
QUE VÍDEO EXCELENTE! sua visão como escritora e, principalmente, somo estudante e pesquisadora da área traz um embasamento fenomenal. ai cara, amei amei
Tem um vídeo do canal Zoebee, que eu acho que trata do assunto "arte não ser subjetiva" de forma muito boa. Na verdade é a compreensão de que sim, a arte tem aspectos subjetivos e não subjetivos. Basicamente culminando na ideia de que não tem como você "entender" a arte (ela fala "get it", no sentido de sacar o que aquela obra tá falando), mas tem como claramente a gente entender errado aushah. Recomendo tu assistir :D
O pior é que, quem já lê há muito tempo, não consegue mais ler história com clichê. Nós queremos histórias que nos deem personagens diferentes, com camadas e enredo autêntico, mas temos que nos contentar com as histórias que estão sendo vendidas em massa.
Quem entra nesse cenário que você descreve em 13:00 de se curvar ao que a audiência (supostamente) deseja não é artista, é outra coisa. o artista geralmente faz a obra primeiro para si mesmo porque precisa/deseja fazer aquilo. se alguém gostar é lucro
Ótimo vídeo e um argumento muito pertinente. Eu sinto que as pessoas são particularmente resistentes a ideia de existir algum grau de objetividade em discussão literária porque assumem que isso ameaça o lado subjetivo da discussão, que é o que interessa o público geral, até porque a maioria das pessoas não estão prontas para construir uma análise técnica muito profunda sobre as obras que consomem. Como aspirante a escritora, eu sinto uma diferença bem grande entre os projetos de fanfic mais "freestyle" que eu escrevia desde o início da adolescência e os esforços relativamente maiores que eu tenho hoje em dia. Nenhum escritor tem uma "checklist" gigantesca que ele vai preenchendo durante o processo, mas você consegue ver que, mesmo que de forma subconsciente, o repertório e reflexão faz uma diferença substancial. Referente as questões envolvendo a facilidade maior de vender o que é mais simples e a falta do desejo de sair da zona de conforto: é algo com a qual eu me identifico muito. Só no final do ano passado eu decidi que iria ler um ou dois livros por mês - algo que eu, admitidamente, ainda sinto ser pouco para o que eu posso fazer -. Eu ainda tenho algumas dificuldades com a leitura, mesmo gostando bastante por ser uma experiência bem mais ativa para mim do que a encontrada em mídias visuais. Nesse um ano, eu li estudos de cultura japonesa e religião como por exemplo "The Seven Tengu Scrolls" de Haruko Wakabayashi, clássicos como "And then there were none" e "The Secret Adversary" da Agatha Christie e "Frankenstein" da Mary Shelley, também comecei a ler aos poucos "Jornada ao Oeste" de Wu Cheng'en (me desejem sorte). Não é a maior variedade de todas, mas é um sentimento um tanto satisfatório saber que até eu, que nunca nem havia tocado em um livro de verdade nos primeiros 3/4 da minha vida, consigo aos poucos me habitar a prática. No mais, vou me inscrever no seu canal, muito sucesso!
Quem acha que a onda Dark romance e Hot é nova, claramente não lembra das coleções de livros de banca Sabrina, Julia e Bianca 😂 Nós somos empoderadas desde 1977, nesse sentido. Aliás indico pra quem gosta de romances rápidos 😅
@@EmyCustodio acho que você é muito nova para ter pego o ápice desses livros, mas se vc entrar em algum sebo e perguntar com ctz vai achar um cantinho cheio.
Essa "favoragem" literária é só mais um sintoma da apologia da ignorância: a pessoa quer ser respeitada como uma crítica ou escritora de primeira prateleira sem o ser. Como que faz? Fazendo de conta que qualquer treinamento para crítica literária ou para escrita é pura pedância. Então esse pessoal faz um esforço para destruir a hierarquia natural da arte. Se você gosta de literatura baixa, goste, mas aquilo continua sendo baixo e há alguns vários motivos o Northrop Frye é o Northrop Frye, o Todorov é o Todorov, o Homero é o Homero, e você é você. A única saída do ignorante preguiçoso é destruir o conhecimento e a verdadeira arte. É um profundo ressentimento contra aquilo que a pessoa julga ser impotente para alcançar. Ótimo vídeo.
@@sophiabazilonidacosta5644 mulher acredito que ela privou ent Pq ela fazia bastante esses vídeos de livros eu lembro de uma série que ela fez que era livros pra cada signo
É a primeira vez que vejo alguém falar dos vídeos sobre livros que ela fazia. Eu lembro que esses vídeos ficavam separados em uma playlist no canal dela 5 anos atrás, quando ela já fazia conteúdo disney
23 дні тому+4
Esse inicio falando de criadores, me fez pensar num booktuber que faz vídeo que não seja vlog ou listinha/tag, é o Felippe Barbosa. Ele faz séries de vídeos que é praticamente uma leitura em conjunto, e a cereja do bolo é a pesquisa que ele faz para trazer referências. É claro que ele tbm vai dar preferência à obras hypadas e que estãosendo adaptadas (tem imagens pra ilustrar, percebi isso agora que vc citou), mas é sempre com aprofundamento em mitologia, outras obras. Já vi video de uma mesma obra num canal que é referencia no audiovisual, mas não foi 1/3 da qualidade do Felippe, pq ele trouxe a pesquisa com qualidade. Eu gosto de ver até vídeos sobre livros (e filmes, séries) que eu não consumiria, só pq sei que o trabalho vai ter muito mais que só aquilo.
O pseudo intelectualismo com os livros hot É ABSURDO!! E essa questão do empoderamento feminino nessa literatura a gente tem que lembrar que é um recorte bem especifico, porque são sempre mulheres e homens brancos, hetero, magros cis, sendo retratados, então só reforça certos padrões da nossa sociedade
É literalmente pornografia escrita KSKSKKSKKSK, essas mulheres podem nem criticar homens que consomem pornografia, porque fazem o mesmo. (nao tem nada have com o comentário, so quis comentar)😊
Місяць тому+6
Amando que tu voltou pro youtube e já trouxe essa pedrada na cara!
Se tudo é arte então nada é arte. O significado da palavra se perde e fica carente de algo mais profundo. Dizer que um livro com puro hot é arte igual, por exemplo, a metarmofose é um completo absurdo... Concordo com o que diz no vídeo, arte não é subjetiva
isso não faz sentido o conceito de arte está mais no espectador do na obra em si n existe essa de valor artístico q torna algo maior q outro um livro besta ou uma canção brega é tão artística quanto a odisseia de homero, não aplique são gostos a definição de arte pq vc estará fazendo juízo de valor e não discussões relevantes 😂 deveria estudar filosofia da arte antes de falar viu
Oi, Emy!! Eu sou uma das hosts do Chá da Meia Noite, adorei seu video e seu canal!!! ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤ Obrigada por assistir nosso episódio e nos mencionar!!!!!
Oii Bia! Aí adoro o seu podcast! Fico muito feliz que gostou do vídeo e do canal! Espero te ver mais por aqui ❤ Não perco um episódio do chá da meia noite!
Acho que algo a se considerar também é a transição dos gatekeepers pra gatewatchers, que é algo que falamos muito dentro da área da comunicação. Houve uma época em que se um agente literário não aceitasse alguém, era o fim da carreira da pessoa. Eles podiam decidir quem entrava e quem não entrava. Hoje, grande parte do pessoal começa pela autopublicação e inclusive prefere continuar se autopublicando do que assinar com editoras grandes pra poder ter maior controle sobre as próprias obras. Agora, o agente literário e a pessoa responsável pelas aquisições dentro das editoras, eles precisam ver o que está indo bem e se adaptar a isso, correr atrás do que já é garantido (até porque os custos de impressão estão maiores depois da pandemia e da crise do papel pólen, os preços de marketing são sempre exorbitantes e tudo o mais). No fim, eles acabam apelando também pro s3x0 vende porque eles precisam vender. Todo mundo tá indicando que a indústria do livro vai passar pela sua maior mudança desde a invenção da prensa de Gutenberg. Então nos resta observar o que vem daqui pra frente.
Concordo muito! Eu sou alguém que adoro alta fantasia e ficção científica, e raramente leio algum romance, mas no final do ano quando chega a minha retrospectiva do skoob e eu vejo que só li fantasia, eu me pergunto se não tá na hora de variar um pouco. Não vou parar de ler fantasia, ou livros de qualidade bem duvidosa que a gente sempre tem, mas é importante dar uma chance para coisas diferentes. E dizer uma coisa, explorar outro gênero é muito mais divertido do que ler sempre a mesma coisa. Eu passo muito mais tempo pensando nos motivos de eu não ter gostado da leitura, as questões que me agradam e desagradam, do que como eu penso quando leio algo que eu estou acostumada, que eu já gosto a muito tempo. Outra, se for de alguma ajuda, não confiem no tiktok para recomendações de livros. Eu sempre vou atrás de alguma leitura diferente, ou até mesmo nos padrões de livros que eu sempre gosto, nas redes como skoob, amazon ou até mesmo sebos. É muito mais estimulante você gostar da capa, ler a sinopse, ver as avaliações, do que ir de mente vazia para uma leitura que você acha que vai se encaixar naquela trope que te dizeram que ia ter. Enfim, adorei o vídeo!
Com os quadrinhos isso ta bem forte há um tempo, é essa praga da nostalgia, só q a gente percebe mais isso pq nerd é um bicho q faz barulho dms, vlw disney
Recomendo a leitura do livro "Sociedade Paliativa", do Han, é um livro de sociologia incrivel que fala dessa nossa busca de conforto de fuga da dor. Vídeo exelente o seu
olá, Emy. gostei muito do vídeo, esse é um tema que tem me despertado muito interesse. também sou escritora e tenho um bookstagram. concordo com muitas coisas que você disse, porem não com o que você disse sobre escrever "uma boa história". também sinto que o ser humano tem cada vez mais se distanciado do novo, do grotesco, do desconfortável e pulado de cabeça no fenómeno das massas. Sobre escrever uma boa história, creio que a técnica não é importante, como você disse ser. a técnica expressa a arte, mas a técnica não tem relação alguma com a arte. literatura, pintura, etc é, ao meu ver, para ser sentido, cuspido, tirado da alma. não é uma graduação em arte visuais que vai me transformar numa grande pintora, ou uma graduação em escrita criativa, e sim minha capacidade de expressar no papel conteúdos da alma. Na psicologia analítica de C.G. Jung a arte é a ferramenta para expressão de fenómenos psíquicos, não existe técnica, não existe fórmula ou estrutura que vá transformar um livro ou um escritor em superstar. exemplos do que estou falando: Clarice Lispetor. qual a técnica que ela tem e que se aplica a outros escritores? ela cospe a alma dela, não tem estrutura alguma nos livros, é um fluxo de consciência assustador e belo.
Oie tudo bem? Então, entendo de onde vem seu ponto mas vou precisar reforçar que a técnica é sim extremamente importante! Existe um motivo para ter estudos e mais estudos em cima disso. Pense assim: se você escrever um livro cheio de intenção e sentimentos, mas não conseguir desenvolver um personagem, não conseguir mostrar pra seus leitores o que sente, não conseguir organizar seus pensamentos e sua narrativa, você não vai conseguir transmitir sua mensagem. É o ponto que eu trago, a arte é subjetiva a partir do momento que as obras são bem escritas porque aí vem a afinidade-- eu posso achar um livro clássico chato cheio de técnica mas que o autor não colocou nenhum sentimento ali e outra pessoa achar aquilo cheio de emoção. Quando falo de tecnica é isso... por exemplo, não da pra comparar Crepusculo com Dracula. Dracula foi um livro tao revolucionario que virou classico. Crepusculo foi uma febre no seu ano. Mas Dracula é extremamente bem escrito e desenvolvido, tanto que faculdades de escrita e literatura ensinam o livro pros alunos. Ja Crepusculo possui inumeras falhas de desenvolvimento de personagens, furos de roteiro, etc. Por mais qhe eu adore e me divirta, nao tem como dizer que é melhor que Dracula, tem só como dizer que me divirto e gosto mais dele. Eu super concordo com o que você diz: arte é pra gente sentir, é pra mexer com a gnt. Mas a galera tem uma noção que a técnica vai tirar isso da arte e é muito pelo contrário. É pra te ajudar a transmitir seus sentimentos e sua intenção da melhor maneira :) Obrigada por comentar e por curtir o vídeo, espero te ver mais vezes por aqui!
Muito bacana o vídeo, Emily!! Vendo o vídeo tive a impressão de que para você a qualidade de uma produção artística está relacionada a padrões (métodos, modelos, formatos) que são reconhecidos por pessoas e instituições acadêmicas e científicas. No sentido de que existem conhecimentos científicos sobre “a arte” e que ele é o balizador entre algo ser de mais qualidade ou não. É isso mesmo? Falo isso porquê o ser humano produz conhecimento e arte muito antes de nos organizarmos de forma mais complexa com nossas instituições, academias e padrões artísticos. Ai eu faço a pergunta, antes disso a produção artística era pior? Será que não se trata apenas de complexidades distintas? Ou então produções artísticas que se aproximam mais ou menos de padrões que são referência? Concordo contigo no sentido da percepção de que a sociedade está mais sensível a crítica… E ótimo tópico de debate, rende muita discussão!!!
@@felipelauer7 Oiii Fê! Que bom te ver por aqui! Então, a gente demorou pra se organizar nas noções modernas de instituições mas a academia está aí há muito tempo e a metodologia mais tempo ainda, não é que a academia as criou, e sim que começou a ser estudado. Mas por exemplo, foi Aristóteles que foi responsável por grande parte das estruturas narrativas de hoje em dia. A técnica da Jornada do Herói é outra que na verdade tá presente desde que as pessoas contavam histórias da mitologia. A illiada e a Odisséia é, por exemplo, uma jornada do herói inteira. O primeiro romance do mundo, Dom Quixote, em 1605, já tinha técnica e metodologia. Elas foram se desenvolvendo junto com a gente e seguem se desenvolvendo junto com a gente. Toda arte tem sua técnica até as mais antigas :) Povo também confunde metodologia com regras e padrões, mas é totalmente diferente. Metodologia é um conjunto de técnicas. Não é limitador e inclusive ajuda a expressar a intenção. Tem uma variedade de livros de diferentes gêneros e estilos que possuem diferentes técnicas e são excelentes. Beijão! Saudades
Uma coisa que me deixa pensativo: a gente não tem "conhecimento técnico" ou "metodológico" da maior parte das coisas. Eu penso que isso pode dificultar um pouco na hora de dizer que algo é "bom mas eu não gosto".... CLARO, isso pode ser contornado pesquisando por críticas, conversando com outras pessoas etc. Ainda assim se torna mais trabalhoso. Vídeo legal inclusive!
Eu não gosto desse discurso de "isso é ruim porque me deixa desconfortável", porque talvez o autor da obra tenha feito isso justamente com esse objetivo em mente: uma obra que te deixe desconfortável. Às vezes isso é feito de uma maneira ruim (como o exemplo de 13 reasons why) e por isso vale criticar, mas essa castração da arte... fazer só aquilo que conforta não me agrada. Você não é obrigado a ler algo que te faça mal, mas um artista não é obrigado a deixar de tocar em assuntos sensíveis só porque isso te incomoda.
A real é q dependendo do tópico acho até importante q seja tratado de forma desconfortável, tem situações na vida q são desconfortáveis e se pôr algum motivo decidem representar isso numa mídia q não seja de maneira q algm possa levar como natural, rotineiro
Sobre a difinculdade de criar conteúdo literário por não ter as cenas pra auxiliar na narrativa dos conteúdos a ias serafim tem feito umas resenhas muito incríveis onde ela trás os diálogos e cenas dos livros interpretados por dubladores, é um conteúdo com maior custo de produção e foi a primeira pessoa que vi fazendo isso e eu achei muito incrível
Apesar das pessoas associarem anti intelectualismo com gente Olavista de direita, o que mais vejo no meio progressista é o anti intelectualismo nessa maldita relativização da arte e do belo. Apesar da definição grega de arte ser muito mais rica do que isso, Platão costumava associar o Belo ao que é benéfico, e o que é benéfico nem sempre é prazeroso, como um remédio, por exemplo. Ele via o mal justamente na associação do belo apenas com aquilo que da prazer. É brilhante, só mostra o quanto Platão ainda permanece atual, já que estamos vivendo em uma geração exatamente com essa inversão de valores, onde um bando de adultos infantilizados querem apenas prazer e conforto, sem precisar o mínimo de esforço para pensar. Não a toa é tão comum o tão do "final explicado."
O jeito é ler essas obras de olhos fechados e com a mentalidade de "é tão ruim que dá a volta". Gosto pessoal é subjetivo, mas técnica de escrita não é. E leitores críticos sabem discernir muito bem.
OBRIGADA pela parte do vídeo em q vc diz q arte não é subjetiva, eu genuinamente nao entendo pq as pessoas tem medo de gostar de coisas ruins ou medíocres. Eu gosto de um monte de coisa ruim e medíocre e n gosto de um monte de coisa boa assim fomo todo mundo e ta tudo bem sabe???? Acho inclusive muito infantil ficar batendo o pé no chão jurando q a série/filme ou livro q vc gosta é bom sim só pq vc gostou
Caramba o que você fala serviu como uma terapia para mim. Vou acompanhar, gostei muuuuuuito das suas ideias, você é muito congruente. Desejo sorte no canal!!!
acho que cada plataforma a gente perfoma de um jeito por conta do público. faço alguns vídeos por aqui mais longos e no instagram acabo indo mais curto - mas claro, depois eu escrevo as resenhas usando as frases nas fotos. é complicado demais porque as pessoas não tem mais paciência. gaguejou? ficou 5s em silêncio pensando? pulam o vídeo... enfim, gostaria de falar bastante dos livros, poder escrever mais as resenhas, mas o público não ajuda.
@@leituramista é isso, nossa paciência hoje em dia tá muito curta, estamos mal acostumados, e infelizmente, prejudica a gente... amei saber que vc tem um canal, já me inscrevi :)
Acho essa frase do Ariano extremamente preconceituosa e elitista. Chimbinha é sim um gênio. Só que dentro do contexto dele. Comparar ele com Beethoven é o mesmo que comparar um leão com um gato. Ambos são felinos, porém diferentes, o que por si só não anula o valor de cada um. O estilo musical do chimbinha é a guitarrada que se encontra principalmente nos ritimos de carimbó e lambada. Ritimos esses que surgem da fusão entre as culturas africanas e indígenas. Perpetuar essa frase é continuar com o preconceito europeu de que preto e indígena é gente sem cultura, quando na verdade devemos valorizar a cultutra de todos, principalmente dentro de cada contexto.
@@juliananacimento3950 Não interpretei a frase do Ariano dessa forma, mas concordo que a comparação - creio eu, feita em um contexto humorístico, já que Ariano é humorista - não se aplica quando consideramos os diferentes tipos musicais envolvidos. No entanto, como discutido no vídeo, a maioria das pessoas atualmente perdeu a capacidade de diferenciar o que seria ‘genial’ em termos técnicos, sem misturar com o sentimento das músicas populares, feitas para o comércio.
@@juliananacimento3950 Não interpretei a frase do Ariano dessa forma, mas concordo que a comparação - creio eu, feita em um contexto humorístico, já que Ariano é humorista - não se aplica quando consideramos os diferentes tipos musicais envolvidos. No entanto, como discutido no vídeo, a maioria das pessoas atualmente perdeu a capacidade de diferenciar o que seria ‘genial’ em termos técnicos, sem misturar com o sentimento das músicas populares, feitas para o comércio.
@@juliananacimento3950não, Chimbinha não é um gênio, pode ser ótimo, grande artista mas daqui 100 anos ou menos ng vai levar mais dele. Ele não é um gato ou leão, é um ser humano como foi Bethovem.
Discussão muito interessante essa, porque ao mesmo tempo que queremos relaxar não podemos fechar os olhos para o fato de que o que consumimos é parte de nós. Então se você só consume porcaria o resultado não vai ser muito bom. Eu leio cerca de trinta livros por ano e um dos grandes motivos par esse número ser alto assim é o fato de que são leituras muito simplistas. Ano que vem irei começar a alternar um classico e um livro do meu próprio interesse, porque a gente acha que vai ser chato ou ruim, mas na verdade o impacto de um bom livro vem muito depois. Na época da faculdade eu participava de um grupo de pesquisa em que as leituras basicamente giravam em torno de guerras, escravidão, racismo e preconceito, e não vou mentir, foi bem difícil ler aquilo, mas mesmo depois de muitos anos eu ainda consigo ver o benefícios que aquelas leituras me trouxeram.
Gostei muito do conteúdo, esse é meu primeiro contato com o canal, já estou me inscrevendo, eu sou super ansiosa, do tipo que tem q se tratar, mesmo assim, adoro livros complexos, que me deixa horas fervendo meu cérebro, mas gosto de mesclar, eu leio dois mais cabeçudos, depois vou para um livro leve, geralmente o leve pra mim é Agatha Christie, bjs e sucesso.
Tbm já estou consumido o youtube há algums anos, tô por aqui desde 2007, vi o início do booktube brasileira, então sim, o pessoal no início, falava a real o que achava do livro com educação e leva hate por isso kkkk, ou seja, sempre foi assim, mas eu prefiro assim, pq eu quero sim a opinião do q a pessoa achou, as informações q a pessoa achou relevante ou não. Eu comecei a ver vlogs de leitura no Resenhando sonhos, hoje em dia eu acostumei, mas eu gostava msm era da resenha, ainda tem, é claro principalmente nos canais de livros q sigo, mas qndo vou procurar um livro , a maioria dos vídeos são resumos em formato vlog, principalmente se for um canal novo, a opinião as pessoas estão guardando pra si, sei lá, talvez por medo de hate. E detesto esse negócio de tropes "se vc gosta de tropes tal, leia esses livros", tipo, tropes já é um negócio tão genérico, vc meio q já sabe o q vai acontecer na história. É claro q tem histórias q tem as tropes e tals q eu gosto, mas ficar só lendo, vendo filmes ou jogando histórias q tem sempre as msms coisas, cara, fica chato, e isso é autocrítica tbm. Exemplo, eu me forço a ler alguns livros clássicos, msm q não seja o meu gênero favorito, faço isso só pra ter contato com outras coisas, e aprender.
Gostei muito do tema que você trouxe nesse vídeo. É bastante pertinente nos atentarmos às mais variadas formas de consumo do mundo atual que tendem a aniquilar o tédio, negando a possibilidade de contemplação... Assim, o scroll da tela infinita da era do Tiktok que acabou por moldar uma nova forma de consumir um vídeo, muito mais imediatista e acrítica - pois tudo que é rolado é soterrado e esquecido no mesmo minuto-, parece ter dado contorno não mais a experiência líquida, indicada por Bauman, mas uma sociedade gasosa e virtual - uma sublimação dos eu´s que se tornaram nuvens-, intangíveis, nunca mais presentificadas em um único momento, mas fragmentadas em vários simulacros do eu. Já parou pra pensar quando foi a última vez que você esteve sozinha(o)? Digo sozinha(o) mesmo, sem dividir a atenção com mais nada. De minha parte mesmo quando estou no mundo ‘real’, divido minha atenção ouvindo uma música, mexendo no celular, lendo um livro ou ouvindo um podcast... Acho que você descreveu com bastante precisão esses sintomas da (pós) modernidade, a facilidade da criação de bolhas e dos vieses de confirmação, alguma coisa entre a infantilização dos sujeitos, incapazes que são de assumir o desconforto, e viciados pela luta infinita do scroll da próxima dopamina... Só que se me permite discordar, no entanto, creio que a raiz da sua provocação - que a arte não é subjetiva, isto é, que ela é, então, objetiva -, não responde satisfatoriamente as causas do problema, mas pelo contrário, acaba por fomentar aquilo que criticava. Parto do princípio que todo o gosto pode ser construído, isto é, que aquilo que for considerado ‘bom’ dentro de uma estrutura de normatividade, é ao fim e ao cabo uma disputa de poder, ou seja, um gosto padronizado, um padrão de pessoa considerada bonita ou uma ideia de ‘alta arte’, nada mais são que formas de distinção social, que estão mais a favor de um sofisticado jogo entre poderes de uma dada sociedade do que a favor de uma construção objetiva e formal da arte - como objetivava o velho Platão. Na realidade, as ideias racionalistas e platônicas universais já se mostraram potencialmente diabólicas no século passado, não nos esqueçamos... Desse modo, fio-me na perspectiva trazida pelo escritor Julio Cortázar, que elaborou um ensaio bastante interessante a respeito da técnica literária, no qual introduz que o manuseio das palavras, das técnicas e dos estudos do fazer literário correspondem mais ou menos aos utensílios de um cozinheiro, muito úteis, é claro, para bater um bolo, abrir uma massa, cortar um pão, mas é a substância - a sensibilidade do autor que cristalizará o tempo e o fará um grande escritor. É por isso que um Saramago da vida não precisa de pontuação e nem por isso deixa de ser um grande escritor. É mais sua subjetividade do que a objetividade de uma forma que faz um grande artista, ao meu ver.
Acredito que você não entendeu muito o que disse, se está discordando de mim, pois é claro que se a pessoa não souber aplicar as técnicas, não saber executa-las de maneira para criar o "bolo", logo a criação não será boa - o bolo vai ter dado errado. Da maneira que vejo, essa substância que diz seria equivalente ao "sabor" do bolo, e aí vem meu ponto - tem gente que gosta de bolo de chocolate, tem gente que gosta de laranja e isso aí é subjetivo, porque ambos os bolos foram bem feitos tudo que diferencia é o sabor. O que pontuei é que a partir do momento em que duas obras foram muito bem executadas, o que te atrai por uma e te afasta de outra é afinidade, e aí sim é subjetivo. O meu ponto é: não é porque você gostou ou não gostou do livro que esse livro é bom ou ruim. Você pode não gostar de grandes clássicos que foram premiados e até não entender porque foram, você pode não ver o que muitas pessoas viram, mas isso não faz do livro bom ou ruim. É meu exemplo "você não vai a um restaurante japonês de três estrelas michelan e falar que o restaurante é ruim só porque não gosta de comida japonesa". A arte é subjetiva a partir do ponto que foi bem executada. É isso que diferencia, por exemplo, livros como Crepúsculo de Drácula, por exemplo. Foi meu exemplo também de duas obras que são bem executadas, como O Morro dos Ventos Uivantes e Orgulho e Preconceito, mas que eu tenho mais afinidade e aprecio mais Emily Bronte do que Jane Austen, mas não posso dizer que o livro dela é ruim, porque ela executou todas as técnicas corretamente.
@@EmyCustodio Minha cara, não é porque eu discordei de você que eu não entendi o que você disse. É perfeitamente possível que duas pessoas tenham seus pontos de discordância e que nem por isso o diálogo seja impossível. Achei muito interessante a sua perspectiva e senti uma sensibilidade muito aguçada quanto ao momento que vivemos. A minha questão vai mais ao encontro de não acreditar em receita de bolo para o fazer literário. A ideia de um escritor arquiteto, que vai criando as fundações, selecionando os tijolos, dispondo os porcelanatos, pavimentando o circuito hidráulico e elétrico de uma casa, isto é, que tem método, pleno controle de sua obra, embora seja um fazer literário possível, é claro que não é a única forma de fazer literatura - vide Clarice, saramago, cortazar -, que têm como característica justamente o oposto: não aprenderam métodos de escrever, eles apreenderam a realidade. Esse fazer literário mais metodista me parece se encaixar mais num circuito de indústria cultural, na medida que cria padrões que podem ser replicados e reproduzidos até o esgotamento. O Adorno tem uns textos bem legais nesse sentido. Além disso, se a ‘boa’ literatura fosse aprendida, se é que realmente existe uma hierarquia das artes, com coachs, oficinas e faculdades, estariamos germinando Machado's de Assis por aí, o que é não parece ser o caso. Não falo isso dando endosso ao anti-intelectualismo, pois a educação é também, para mim, uma ferramenta poderosa de transformação social, capaz de aumentar as visões de mundo e enriquecer nossa forma de se expressar. É muito bom ter um vasto vocabulário, por exemplo, porque como dizia Wittgenstein ‘os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem’. O que quero dizer, portanto, é que embora eu reconheça que o domínio da técnica seja importante, mais importante ainda é o que você tem a dizer (a sua subjetividade). Eu não sou do campo das letras, que fique claro kkk mas do direito, uma área que o rigor da técnica muitas vezes acaba por sopesar mais do que a verdade em si, e talvez venha daí o meu pessimismo a respeito da arte enquanto objeto racional e objetivo. De qualquer forma, agradeço a interlocução e estou aberto a mais conversas, se também for do seu agrado. Me inscrevi no canal para começar a te acompanhar ^^
@@lucasvalerianodosrei Achar que um escritor arquiteto é o que aplica técnicas é mostrar que não sabe o que são as técnicas, seu pensamento está equivocado. Qualquer um pode aplicar técnicas, seja aquele que planeja, seja aquele que escreve conforme vai. Tecnica não é o mesmo que planejamento nem mesmo existe só uma, logo nao existe esse medo de ficar tudo a mesma coisa. É por isso que existem inúmeros livros bons que são de formas e gêneros diferentes. Isso não é uma questão de opinião, é justamente o ponto que faço no vídeo. Acredite, as pessoas nos cursos e aulas estão sim conversando sobre Machado de Assis. Falar sobre o que ter a dizer é o ponto que digo sobre afinidade. A partir de um momento que duas obras são tecnicamente boas, o que vc tira de uma e o que vc tira de outra diz respeito a você e sua vivencia. Eu falo no vídeo que a subjetividade vem a partir do momento que duas obras estão bem escritas, e é isso que acredito que você não entendeu do video. Da maneira que diz, é impossível dizer quem é um bom artista ou não porque o que cada um tira do que o autor disse da obra são coisas diferentes, e cada um tem uma afinidade diferente para cada tema abordado. O ponto que reforço é que está tudo bem gostar de livros que não possuem uma excelente técnica e está tudo bem gostar de livros com defeitos imensos, isso não vai dizer se o livro foi bem escrito ou não. Isso é técnica. É isso que aprendemos nos cursos. É isso que aprendemos nas escolas e é isso que usamos para julgar livros em grandes premiações. Ignorar isso (nao estou dizendo que esta fazendo isso) é um enorme desrespeito aqueles que estudam a escrita e se dedicam a isso. Enfim, obrigada aí por se inscrever, e por ter curtido o video, fico feliz :)
Eu estudei belas artes na faculdade e entrei indignado no vídeo porque obviamente arte é subjetiva e eu terminei ouvindo exatamente o que digo pros meus amigos quando rola alguma dicussão "acalorada" sobre alguma mídia q a gente ama ou ama odiar. Fui baitado, mas gostei do vídeo
@@viniciusmoura1310 HAHAHA obg por reconhecer a bait e entender o ponto do video, a maioria que comenta que achou um absurdo o que falei só leu o título e fez textao sem entender nada! feliz que gostou e espero te ver mais por aqui!
É aquilo né, 40% da população não lê um livro por ano, as vezes é melhor que nada E eu to falando isso pq eu era um desses nos ultimos anos (se não contar livros tecnicos de programação). Esse ano voltei a ler, maior parte fantasia (Brandon Sanderson, Terry Pratchett, etc), mas conclui um tempo atrás o mesmo que você disse nesse video, e decidi criar uma regra para os próximos trimestres: ler 1 de fantasia, 1 fora da minha zona de conforto e 1 não-ficção, por trimestre.
A arte está indo de mal a pior justamente por isso. Além de banalizá-la, estão com medo de criticá-la por medo de ferir os sentimentos alheios. Parece que todos agora são de vidro e têm que ser tratados com extrema delicadeza.
@@MelkarX Concordo bastante mas também acredito que tem muita coisa boa saindo atualmente, tem que saber procurar. Obrigada por comentar, espero te ver mais por aqui! 🤍
Pra mim, a metodologia e técnicas de escritas que comprovadamente trazem qualidade a obra, não devem ser limitadores para auferir essa qualidade a ela. Uma das características da arte é subverter, transgredir. Se submeter, sim, mas só porque quer e não por imposição. No mais, ótimo vídeo e espero que chegue ao 1k de inscritos.
@@Willianpm15 Para subverter e transgredir você tem que saber as regras inicialmente. É o famoso ditado "saiba as regras para quebra-las". Não é bem questão de opinião. Até em obras transgressivas que subvertem as expectativas, a metodologia está lá mesmo que não seja óbvio.
Isso é tão real, adoro os livros da Ali Hazelwood, mas sinto que todos os livros dela são iguais, só muda o nome dos personagens e os trabalhos deles. Apesar de eu ter citado a Ali, existem diversos autores nacionais que tbm produzem livros assim, já li vários nacionais nessa msm pegada. Isso não é um ataque a nenhuma autora, até pq eu leio esse estilo de livro tbm, mas as pessoas estão taaao acostadas, tão acomodadas com esses livros mais clichês e chegou a um ponto em que o mercado literário só tem consumido esses livros, o que “força” os escritores a publicarem livros que parecem repetidos por terem o mesmo enredo, a msm vibe. Enfim, acho que esses livros confortos são sim importantes, até as vzs só queremos um livro que aqueça nss coração e nos conforte, porém acho errado querer só consumir esses livros e se enfiar numa bolha ilusória.
06:37 "eles refletem essa necessidade contemporânea por conteúdo acessível"... ah que maravilha ser jovem! Emy, essa necessidade não é contemporânea não viu? existe desde sempre. Mas você sabe disso, né? beijos e keep rocking
Você parte de uma perspectiva muito tecnicista e esquemática advinda da própria análise literária que pode até funcionar em alguns aspectos pra literatura, mas não pra arte de maneira mais geral. É um certo desconhecimento do que é a crítica de arte em si. Esta não é propriamente uma avaliação conjunta partindo de uma "checklist" de métodos específicos transcendentais que existem em um plano à parte (há divergências entre teóricos até no que seriam esses métodos). A crítica é, na verdade, um processo dialético onde você tem pessoas com opiniões divergentes sobre uma obra de arte, que por sua vez parte da experiência sensorial e emocional dessas mesmas pessoas. É um debate histórico. Várias obras foram rechaçadas pela maioria dos críticos na época em que foram lançadas, mas depois de um debate muito extenso, onde você tinha pessoas que viam um valor grande naquilo, hoje tem-se uma visão diferente sobre tais obras, sendo muitas delas consideradas obras-primas. O próprio campo de estudo do gosto é parte necessária dentro do campo da filosofia da arte. A arte se difere, por exemplo, de uma tarefa mecânica específica, como a do padeiro e do pedreiro que você cita. Nós partimos de princípios objetivos, como nossa vivência, conhecimento etc., mas nossa experiência com a arte é completamente subjetiva, partindo desses fatores objetivos. Sobre a tal faculdade de arte ser prova de que há um jeito "certo" de fazer as coisas também é equivocado. O que faz de um bom artista é, em maior parte, ter um repertório abrangente sobre tanto a história da arte como também da linguagem do tipo de arte que ele pretende fazer. Isso não significa necessariamente que ele vai seguir esses métodos e convenções, e sim aprimorar a sua visão e prática artística baseado neles. Muitos artistas revolucionários simplesmente rejeitaram e se opuseram a convenções definidas em suas épocas e, portanto, mudaram a forma de se pensar a arte. Posso falar principalmente de cinema pois sou mais desse campo: há uma crítica muito grande a essas faculdades e cursos por apresentar, muitas vezes, uma maneira muito específica de fazer filmes que vem da técnica hollywoodiana, o que evidência também que os próprios conceitos que a gente tem sobre o que é uma arte boa pode ser sim muito limitadas. Enfim, respeitosamente discordo bastante da sua visão. Acho ela meio limitante. Evidentemente não se deve ter uma ideia anti-crítica de "let people enjoy things", mas também não se deve, ao meu ver, ter uma ideia de que há valores místicos e herméticos sobre arte.
@@jabuticabamoments não tem muito o que discordar do que eu falei sobre arte, seus artistas revolucionários garanto sabiam das regras e se subverteram é por conhece-las e criaram outras que foram seguidas - no vídeo falei sobre metodologia, não sobre uma regra só, metodologia é um conjunto de inúmeras regras e técnicas diversas, por isso inúmeras histórias são diferentes e bem feitas ao mesmo tempo. Existe inúmeras maneiras de escrever de um jeito certo. E isso não é "hollywoodiano", sendo que técnicas de escrita criativa estão aí desde a Grécia Antiga com Sócrates. Mas se você vai me dizer que uma obra pode ser má escrita, cheia de furos de roteiro, e personagens mal desenvolvidos e ainda continuar boa, está equivocado. Você diz sobre as inumeras obras classicas que foram rechaçadas pela critica e debatidas e sobre expressoes sensoriais. Eu não excluí isso hora nenhuma (se prestou atenção no video). Se quer criticar a academia e dizer que sabe mais que pessoas que dedicaram a vida toda a isso, é desrespeitoso. Pode criticar questionar, mas então prove seu ponto. Acredito que a maioria das pessoas que assistiu meu vídeo já foi com a intenção de criticar e não ouviu direito o que eu tenho a dizer. Eu falei sobre técnicaS, não técnica. Eu falei sobre metodologia. Eu não falei que a subjetividade não importa, falei que ela vai ser avaliada após avaliar se o livro foi bem executado tecnicamente, até porque, dificilmente a pessoa vai conseguir transmitir sua mensagem, sua intenção, em algo mal feito. Não disse que as coisas não mudam. Não disse que não existe mais de uma técnica. Não disse que é só uma fórmula matemática. São inúmeras. Escolha a sua. Mas que você precisa saber a essência, o básico, do que faz uma boa historia é indiscutivel. Eu acho engraçado que pra aprender música, a pessoa tem que estuda como se toca um violâo, piano, canto etc., pra aprender a atuar, a pessoa tem que estudar teatro, para cozinhar, a pessoa precisa aprender culinária, agora pra escrever um livro, ou até mesmo pintura/escultura, acham que é só sentar e deixar a inspiração vir. Não é assim.
Eu sou fã de monster romance, e so gosto desses livros pois é os unicos que gosto mesmo, e cara as vezes é chat algumas autoras, elas sempre escrevem o mesmo livros, eu gosto de sla um mundo novo, monstros novos e hot diferente. Parece que os livros sao sem criatividades. Mas em maioria é cada livro tao foda e bom❤ nao acho que precisa mudar o gênero que gosto pois ele ja tem tudo bem diferente, um dia desses tava lendo um que envolvia problemas psicológicos. Eu gosto de coisas novas, mas de tro de um gênero, isso seria sair da bolha ou só uma falsa saida? Pois sou escritora e nunca pensei em escrever livros de terror/mistério e eu pensei "pq nao um livro? Seria interessante." Seria diferente fazer mas interessante pois nunca vi um livro desses generos e muito menos com monster romance (acho que nem tem)
Acho que é sempre bom se aventurar fora em outros gêneros nem que seja de vez em quando. Mas tudo bem como escritora querer escrever só um, eu digo mais na hora de consumir. Acredito que todo gênero conseguimos encontrar coisas diferentes, eu amo fantasia e cada uma mais diferente da outra, mas mesmo assim, as vezes acho que vale ler algo completamente diferente, ler uma comédia romântica, um sci fi, um drama familiar. Nem que seja pra eu ler e voltar pro conforto da minha fantasia :)
Vc trouxe UM EXCELENTE EXEMPLO PRA DISCUSSÃO!!! Mesmo duchamp, antes de decidir desconstruir os conceitos de arte, os conhecia! Romper com as propostas demanda coragem, e conhecimento de quais são elas. Mesmo a rebeldia, precisa saber contra oque está se rebelando kkkkkkkkk Mas se o mictório já ofende, veja um poema dadaísta 🤣
Discordo, acho que o feito dele foi muito simbólico considerando o contexto da época e o quão críticas as academias artísticas eram, existia uma intenção por trás do movimento dadaísta. O problema mesmo foram as pessoas q interpretaram isso como um “qualquer um pode fazer o mínimo esforço e chamar de arte” e começaram a tentar replicar a todo custo
Entre meus amigos eu sou o unico que acompanha youtube. Meus amigos gastam o tempo deles vendo serie, anime, lendo maga, usam o yotube pra coisas bem especificas tipo achar indicação de livro, jogo, filme. Eu nao, to sempre com um video longo tocando sobre algum hobby meu
Essa logica da tecnica sobre a qualidade da arte é bem limitada kek Se fosse assim, seria so seguir uma lista de regra pra escrever algo genial. Na pintura as "regras" mudaram e continuam mudando, ate a definição de arte. A poesia atual, em alguns casos é tao experimental que faria um Álvares de azevedo ficar confuso. O artista deve obviamente conhecer todas as "regras" conhecer todas as estruturas mas nao necessariamente usar isso se não for dialogar com o que ele busca falar. Da mesma forma, a critica nao deve fazer uma análise sintética e pensar numa lista do que ta "certo" ou "errado" A crítica ao meu ver, tem o propósito de teorizar e ate expandir a percepção do leitor sobre a obra, pensando no que o autor fez e se isso funcionou ou não, claro com todo suporte teorico, mas se usso funcionou para ele e por que nao funcionou para ele. O artista por sua vez, pode quebrar regras gramaticais para representar una criança ou criar uma historia sem a estrutura dos 3 atos ou talvez sem trama nenhuma, no o que o Mckee chama de antitrama, pq essa foi a forma que o artista decidiu que seria melhor pra expressar as suas ideias. Entao ao mesmo tempo que eu concordo que a arte nao pode ser subjetiva da perspectiva da qualidade ser simplesmente o gosto tambem vejo o gosto como muito importante pra determinar a qualidade da obra. Na pandemia eu assisti "eu sou a lenda" e achei genial, varias cenas longas de planos abertos mostrando a cidade totalmente vazia pelo dia e absurdamente silenciosa, me criou uma angustia enorme e eu amei aquele filme por um bom tempo e hoje eu acho o filme mediocre, principalmente tendo lido o livro e com mais bagagem, mas ainda assim, hoje em dia eu vejo um venom 2 da vida acho incrivel, o filme faz tudo oq se propoe a fazer quase perfeitamente na minha percepção. É um otimo video e eu genuinamente tava so concordando com a cabeça durante maior parte do tempo que tava vendo, tirando a questão sobre arte e tals que eu espero ter conseguido elaborar aqui.
@@pedroh8803 oie tudo bom? eu falei de metodologia, não de regras específicas, que consiste no conjunto de técnicas das mais antigas até as mais modernas, te garanto que toda literatura que você leu seguiu algo, assim como as poesias também. E eu não excluí a subjetividade, eu falei que vai ser avaliada após a metodologia, como você vai avaliar a intenção, expressividade, e subtextos da obra se está mal escrito, mal desenvolvido, e personagens vazios. E falei, que é o que o pessoal tem dificuldade de aceitar, que tá tudo bem gostar de coisa que não é tão bem executada. Isso não excluí que tem coisas boas nessas coisas. Por exemplo, o filme do Coringa 2 é lindamente filmado e atuado mas a narrativa é fraca e tem furos de roteiro. Enfim, fico feliz que curtiu o vídeo e espero te ver mais por aqui!
É, de fato, uma lástima que uma literatura tão baixa esteja em voga. Ainda que este padrão se repita pela história, com a preferência de produções mais simples às complexas, é desanimador perceber que uma sociedade tão sobrecarregada de informação não é capaz de revisitar os clássicos e sair de suas zonas de conforto. Concordo que há um "efeito bolha", mas também existe uma má vontade; refletida, é claro, em algo que eu sequer sabia a respeito de uma falsa intelectualidade no mundo de livros eróticos. Não sou um indivíduo inserido nessas bolhas de livros atuais, mas preciso de uma elucidação a esse respeito, pois uma dúvida sempre me cutucou. Ao que me parece, quase todos os influenciadores desse meio divulgam leituras de cunho extremamente duvidoso, em matéria de técnica artística. Entendo, há o fator mercadológico, mas pelas impressões que tomei desses sujeitos, não acho que exista, de fato, uma bagagem intelectual sólida de qualquer um deles. Lêem muito e não sabem falar corretamente, têm vocabulário limitado e limitam seu próprio público. Percebo que nunca houve uma real preocupação em divulgar os clássicos, como também um obscurantismo no momento de tratá-los. E isso se repete até mesmo nos exemplos que deu de clássicos. Sei que não é seu caso, em razão de sua formação acadêmica; no entanto, é verídico noutros casos. As pessoas fazem bico para Dostoiévski, Herman Hesse, ou um clássico mais consagrado ainda feito Homero. Essas pessoas provavelmente lêem mais de um livro por mês e, como bem pontuou, não saem da zona de conforto. Por causa disso, identifico que a falsa intelectualidade, ou sua ausência, também se dá em razão da negligência dos influenciadores em tentarem introduzir leituras levemente mais complexas. Ainda que exista a justificativa da complexidade, livros como Knulp, Declínio de um Homem e até mesmo Memórias Póstumas de Brás Cubas são um ótimo ponto de entrada. Maimônides afirmava que as ciências naturais e a filosofia deveriam ser ocultadas do povo comum; às vezes penso que deveria ser assim; olho novamente e vejo que já é assim e me enfureço com o tratamento da literatura atual. E acho que acabei tornando isso numa carta de ódio a todos os booktubers e booktokers. Não é nada pessoal.
@@triffschinoise Fico triste com esse pensamento. Tem muitos booktubers e booktokers excelentes e de diferentes nichos, da literatura, basta saber procurar :)
@EmyCustodio Eu concordo, foi apenas uma extrapolação. Conheço muitos canais excelentes de literatura tanto aqui quanto em conteúdo gringo. Perdoe-me se fui ácido demais, mas foi o meio mais "cativante" que achei de propagar a mensagem e meu descontentamento. Sucesso e paz pra você.
Eu comecei a gravar para falar o que acho dos livros que leio, mas realmente a nova cultura desse nicho é muito superficial. Eu gosto de falar e falar, e videos de 1 minuto não é entregue a ninguem e ninguem interage. É muito difícil ir na onda qnd vc vê um video de 1min seu ganhar muitos likes. Mas decidi continuar o que eu sou, e vou falar sempre dos meus livros do jeito que eu quiser
Você concorda com o vídeo? Não? Deixa sua opinião nos comentários! E não esquece de deixar seu like e se inscrever no canal ❤
Eu culpo o twitter por essas dificuldade das pessoas em criticar algo de forma respeitosa, lá as pessoas são insuportáveis e se elas querem criticar algo ofendem todo mundo
@@tata12costa44 Olha, sou obrigada a concordar. Desde que o tt foi banido fiz um detox e tá bem paradinho desde que voltou.
Eu achava que só eu tinha essa impressão, bom saber que tem gente que pensa assim também
Em compensação o UA-cam, vc não pode colocar uma palavra fora do lugar que o comentário é apagado, acabando com a liberdade de expressão, aí vira um conto de fadas de só comentários fofinhos e bonitinhos , e vamos aplaudir a fantasia e não a realidade das coisas.
Vamos combinar que as pessoas não são educadas formalmente e socialmente no Twitter. Se as redes sociais são responsáveis em uma coisa é a sobre a política do engajamento que "recompensa" comentários inflamados, brigas, quanto mais brigas, a política das redes sociais é recompensar ainda mais os criadores de tretas. Mas o problema também é da educação, do social.
Nossa, sim! A arte não é subjetiva! Eu não gostei de mais da metade do que eu li no curso de letras. Mas a gente não estuda pra aprender a gostar, a gente estuda pra entender a importância, as técnicas, analisar as intenções. Vontade de tatuar a seção final do vídeo na testa.
@@BeAnEnigma #TaTudoBemGostarDeCoisaRuim
Como arte não é subjetiva???,
@@ogabrielnauta assiste o vídeo que eu respondi lá :)
@@EmyCustodio é, eu tava na metade depois eu vi e acabei esquecendo de deletar esse comentario
Você resumiu muito bem o que acontece no cenário atual: as pessoas confundem qualidade com gosto pessoal.
Mesmo que um livro não tenha uma narrativa complexa ou profunda, ele ainda sim pode ser bem escrito, sabe? Uma livro p/ entretenimento não precisa, necessariamente, ser de baixa qualidade. Não é por ser um tema mais “leve”, mas por ser ruim mesmo.
Além do mais, o que acontece hoje é que o nível de qualidade ta MUITO baixo (pelo menos os livros que eu li que viralizaram), e querem colocar no mesmo patamar de livros tecnicamente ótimos e inovadores, e como foi dito, reduzir livros incríveis a tropes. Sou mt fã dos livros da Jane Austen, e percebo que a maioria das pessoas que gostam não entenderam o livro e os personagens :/
Vídeo com um tema bem necessário, parabéns! ☺️
@@onedayofmay Falou tudo! Obrigada por comentar 🤍
é aquilo né, você ler um livro farofa vez ou outra quando você tá sem saco ou só precisa de algo pra se divertir tudo bem, mas se você SÓ lê isso...
Sabe porque as pessoas não entendem os livros da Jane Austen, e dizem gostar?
A maior culpa disso, é das editoras, que vendem esses livros de maneira errada, com capas bonitinhas, coloridas. E aí lá dentro, tem todo um prefacio de um qualquer que se diz entendido no assunto, querendo encaixar esses livros nas suas pautas pessoas, e influenciam as pessoas a acharem que é aquilo que é o livro.
Não é a toa que a maioria hoje em dia, lê Madame Bovary, e acha que ela era uma mulher a frente do seu tempo, que queria lutar pelos seus sonhos, que era uma oprimida da sua época, e por isso que ela fez o que fez no final. 🤡🤡
Eu sempre pisei em ovos ao tentar falar o que você falou : as pessoas estão se achando intelectuais por ler um livro hot. E uma das minhas questões sobre isso é : objetificar a mulher, colocar a mulher como alguém que ta sempre disposta a ser comprada por um milionário poderoso.
Eu acho que esse lance dessas tropes comuns nos livros hot de mulher se dar pra milionário poderoso tem mais complexidade do que só a objetificação, até porque o público-alvo são exatamente as mulheres. Se o objetivo fosse realmente a objetificação, o apelo seria pra os homens hétero que não ligam pra o mundo interno da personagem feminina e só querem a realização da fantasia sexual deles.
De certa forma, o tropo de "mulher consegue um milionário poderoso pra satisfazer todas as suas vontades" é uma fantasia de poder, assim como o tropo "homem macho mata os bandidos e fica com a gata no final" de filmes de ação. Não que não haja uma inteira discussão sobre a problemática presente nesses tropos que perpetuam a ideia patriarcal de "homem poderoso, mulher interesseira".
De fato, esse fenômeno é um retrato do estado da sociedade moderna, que cada vez mais tende ao regresso de ideais devido ao iminente colapso dessa economia global. Tá todo mundo f*dido e quer uma sociedade onde não tem que se submeter a uma vida sub-humana de trabalho pra ter o básico pra viver. Todo mundo quer voltar pra uma época (não-existente, aliás) onde essa vida não seja necessária. Pra os homens, é vendida a ideia de que é preciso derrotar os inimigos e tomar o que ele ls merecem a partir da violência. Pras mulheres, é vendida a ideia de que ser uma princesa paparicada pelo macho que provê tudo o que ela precisa é a vida ideal.
Em resumo: a culpa é do capitalismo /brinks
Eu sempre achei isso estranho, tipo hj em dia e todo mundo falando bora viver um " dark r" porém, quem já viveu isso sabe o quão triste é @@FunnyFany
Análise muito apropriada, principalmente na parte que vc diz que todo mundo quer voltar pra uma época que nunca existiu. Ideologicamente é construída uma narrativa de que a vida das mulheres era mais fácil quando elas dependiam exclusivamente dos homens para viver, e sabemos que de fácil essa vida não tinha nada e que essa dependência era uma prisão, mas é construída tbm uma individualidade de que existe *um homem perfeito* que vai te ter como propriedade mas que vai transformar isso em algo bom. Sabemos tbm que n tem como as duas coisas coexistirem @@FunnyFany
@@Li_shao Eu nunca me senti muito atraída por dark romance, nunca me pegou. Depois de viver um relacionamento muito abusivo essas coisas geraram muitos gatilhos pra mim. Nem consigo interagir com tiktok direito porque é infestado dessas coisas! Fui ler ACOTAR às cegas, achando ser algo de fantasia inspirado em Avalon, esperando que seria algo estilo Lancelot e Guinevere. Um romance fantasioso bem escrito... Me decepcionei!
Existe uma parada que tbm é sobre as redes sociais. Elas cansam, a real é essa. As pessoas acham que estão relaxando em uma rede social, mas não estão. Estão ativamente fragmentando a própria atenção. Ao fim do dia, quando você precisa de energia pra focar num livro, porque a leitura é ativa, você está cansado e com a atenção fragmentada. Por isso, um livro não pode ter muita enrolação com essa galera, não pode exigir muito, não existe energia pra desprender na leitura.
Eu mesmo, vira e mexe desinstalo o instagram justamente porque percebo que estou lendo meia página e corro pegar o celular pra ver alguma coisa.
Cada pauta que você trouxe foram todas necessárias. Principalmente, o final sobre s3x0 vende muito e muitos consomem somente isso para ler. Arte boa é boa, mas vamos escolher a que mais nos agrada. O que é ruim é ruim e você pode gostar. Está tudo bem gostar, porém entenda que nem TUDO é BOM.
@@hillarymatos isso!!!! que bom que gostou do video! espero te ver mais por aqui 🧡
acho uma discussão muito interessante, principalmente por que além de ser leitora sou e gosto muito de ballet, e atualmente estamos vendo algo semelhante mas em outra esfera. Atualmente, no ballet, tem se discutido muito sobre uma hiper valorização da técnica sobre a artisticidade de um bailarino, eles chamam também de atletização do ballet, pois atualmente muitas escolas tem dado mais ênfase na quantidade de giros e no qual alto um bailarino pula do que em sua arte em sí, na musicalidade e teatralidade, pois afinal um bailarino não só dança como também atua. E é bem preocupante ver como as pessoas estão cada vez menos musicais e teatrais e muito mais técnica e robotizadas. Não estou querendo dizer que tecnica não seja importante ela é, demais é literalmente uma das bases do ballet, mas ela não pode nunca, de forma alguma se sobressair a parte artistica e expressiva, principalmente se tratando de uma arte tão física quanto o ballet.
@@beatrizalmeidasantos7746 Gostei muito da sua perspectiva! Fiz ballet por muito tempo e até hoje sou apaixonada e concordo 100% com você na área do ballet. Espero que nao tenha entendido hora nenhuma que eu quis dizer que devemos reduzir literatura apenas as técnicas. Tudo que disse é que a arte se torna subjetiva, ou seja, conseguimos discutir seus temas, sua expressao/intenção, a partir do momento que foi construído uma boa obra literária. Assim como o ballet, nada de vale uma excelente expressão se você não consegue fazer sua técnica corretamente, nem que você domine ela para então subverte-la, o famoso "conheça as regras para quebra-las". Obrigada por comentar! Espero te ver por aqui mais vezes 🤍
Sempre gostei de ballet, eu percebi que muitas apresentações que eu vejo os bailarinos tem uma técnica incrível, mas nao me passam nenhum sentimento no palco, nao contam nenhuma história
Temos uma questão semelhante na comunidade de guitarristas. Desde os anos 1980 temos um crescimento em técnica e guitarristas técnicos, mas pra uma galera isso é considerado anti-artístico, robótico, desnecessário, especialmente os guitarristas mais recentes - Tim Henson e Scott Lepage da banda Polyphia sendo alvos frequentes, mas também tem gente que critica Kiko Loureiro, Steve Vai, John Petrucci, caras velhinhos, já. Eu adoro tecnicalidade na música, tanto por simplesmente achar divertido ouvir notas serem tocadas com velocidade e fluidez, mas também porque eu acho justamente o oposto, que é um toque a mais de amor à própria obra quando uma pessoa se dedica a aprimorar sua execução, pois isso dá muito mais liberdade pra ela expressar ideias, fazer coisas mais instigantes, interessantes, satisfatórias e divertidas. Tenho treinado pra melhorar e conseguir fazer o que eu quero no instrumento. Mas, justamente, é necessário saber usar essa técnica pra compor de verdade.
Vendo os comentários, percebo que as pessoas não entendem muito a diferença entre algo ser bem feito ou mal feito, e ser gostável ou não. O gosto é subjetivo, mas a qualidade não é relativa. O fato do miojo ser gostoso ao paladar de muitos faz ele ser uma boa comida? verduras com arroz é objetivamente melhor do que um salgadinho para se alimentar, isso não quer dizer que não há espaço para a subjetividade e eu gostar mais de comer salgadinho. Ainda assim, verduras com arroz é objetivamente melhor que o salgadinho, nada, nem o gosto pessoal muda isso.
@@eu12389 OBRIGADA
@@EmyCustodio 🥰
Eu só acho que livro hot já existia e vendia tem muitos e muitos anos ... Minha mãe tinha muitos e lia... Eram os famosos livros de banca, que não eram bons o suficiente para irem para livraria haha então o sucesso é antigo, só que agora se fala mais abertamente sobre
@@SussUhr é bem isso mesmo
Eram histórias muito parecidas, "Julia", " Sabrina" etc...
Uma coisa que, para mim, meio que enfraqueceu muito o cenário de resenhas foi a pira anti-spoiler dos anos 2010. O nível que as pessoas passaram a considerar spoiler era tipo... coisas que estavam nas sinopses. As pessoas tinham que ficar se policiando para não entregar nenhum detalhe sob a pena de levar canetada nos comentários... quando no fim é sobre os detalhes. É o que te pega nos livros. Pra mim isso enfraqueceu tanto as resenhas que tipo... elas deixaram de ser sobre a opinião da pessoa (porque não dava pra ser específico) e não dava para ser sobre o livro (porque não podia dar spoiler). Então acabaram ficando vídeos de quase 10 minutos... esvaziados.
@@BeAnEnigma é, mas acaba que virou algo de vlogs e cenas de livro que parece que dá até mais spoiler as vezes???? sem falar que resenha nem precisa falar da sinopse, pode ser comentando da escrita e dos personagens, tem que saber fazer também, tem gente que a resenha é a sinopse aí complica kkkk
Nossa, finalmente um vídeo trazendo esse ponto de vista. Sem querer acusar ninguém (ainda mais porque eu não conheço essas pessoas), mas eu fico me questionando se esse pessoal que defende o anti-intelectualismo tem mesmo essa opinião ou fala isso porque seu público é fã de literatura escapista e o ganha pão da pessoa é promover livro farofa.
@@gabriellacardosopaiva417 é algo a se perguntar haha
Eu, particularmente, amo vídeos longos e por vezes com o costume de ver os "shorts" do instagram ou tiktok, eu tenho que me desafiar a voltar a assistir videos longos. O ca!al do Paulo Ratz,livraria em casa, me ajuda muito pelo humor e literatura ser mesclado, então o video extremamente longo passa rápido.
Ademais, estou buscando cada vez mais ficar dentro de vídeos longos e intelectuais para realmente me ajudar a aguçar meu senso crítico e me desafiar.
Eu creio que esta literatura (formato) é muito popular por Wattpad, é uma literatura acessível para todos porque não todos podem pagar por ler bons autores. Muitos só leram naquela plataforma. Mi disculpo português não é minha prima lengua 😅
meu deus, tenho inscrito internacional! adorei! obrigada por comentar
Mandou muito bem no português
Gostei bastante do conteúdo. É reflexo disto mesmo: do imediatismo, especialmente nos mais jovens. Precisamos mudar essa mentalidade, pois a resiliência é necessária pra vida, e as pessoas não estão com paciência nem pra ver um filme, de tão viciadas em vídeos curtos. Esses dias eu vi em algum lugar que estavam fazendo livros menores justamente por conta do tiktok. E eu não sei se isso é verdade, mas não duvido! Este mundo está raso demais, e tudo que você comentou é reflexo disso. De relações à leitura (quando ela existe), tudo precisa ser fácil e palatável. É problemático demais, mas é uma soma de cultura e influência, tanto interna, da família, quanto externa, dos amigos e professores. Ir contra essa corrente, a meu ver, é indispensável.
@@AutoraBeatrizOliveira Muito bem colocado. E sim, os livros estão refletindo os vídeos. São curtos e com letras grandes, "faceis" de ler.
No mercado geral muita gente vem comentando sobre aquela inversão de se criar o consumidor primeiro pra depois vender o produto, ao invés do contrário, como costumava ser.
Acho que com os livros no meio booktok parece ter ocorrido uma inversão também! Muitos autores tentando escrever livros se baseando em tropes como se fossem receitinhas de bolo pra atrair um público específico e muitos jovens os comprando já sabendo o que esperar do enredo.
Tem um livro que li por recomendação de lá chamado “Príncipe Cruel”. Não é a melhor forma de literatura do mundo, mas eu gostei bastante e descobri que muitos não gostam porque compraram com a intenção de ler um “enemies to lovers”, mas a história foca muito mais na política daquele universo do que no romance. É cômico porque muita gente acha que isso é motivo pra uma nota baixa, sendo que em momento nenhum o livro se propôs a entregar uma trope. Fora que, mesmo sendo de um gênero diferente do esperado, não significa que você não pode gostar de der uma chance!
Realmente se manter nessa zona de conforto acaba atrapalhando muito na formação do pensamento crítico, principalmente dos jovens.
Acho dois pontos importantes de considerar também. O primeiro é que ler um livro demanda muito mais tempo que assistir algo, e ler algo fora da zona de conforto pode ser mais difícil pra quem tem um ritmo lento de leitura e/ou usa só pra entretenimento. Outro ponto é a "dificuldade" de achar livros que abordem temas importantes menos ou mais pesados, pois geralmente não são o tipo que o algorítimo mostra pra gente.
gostei dessa conclusão, mencionando a bolha. penso ser um fenômeno das redes que se propaga também para todos nossos interesses na industria de entretenimento (séries, novelas, jogos, música). então cabe a gente ficar atento para lembrar de nadar um pouco contra a corrente dos algoritimos (que basicamente nos devolvem aquilo que nos chamou atenção anteriormente). o que tem prendido nossa atenção ultimamente? por quê? como ter autonomia para engajar conscientemente com coisas que também nos façam pessoas mais atentas, empáticas e reflexivas? é bom e saudável pra gente e pros outros
obrigada pela ousadia de publicar um vídeo assim!!
@@alsoinadream Obrigada por ter gostado!!
Uma coisa que não pode ser dispensada nesse cenário todo é a influência da fanfic no mercado editorial. A fanfic ela traz todo um universo próprio: de querer ler os mesmos tropos, usar esses tropos para a pesquisa, querer ler o mesmo casal de novo e de novo e de novo. A medida que o capitalismo avançou e as coisas foram se tornando mais caras, a fanfic ganhou muito espaço, mas a fanfic não pode ser monetizada. O mercado editorial, percebendo esse movimento e especialmente depois do sucesso estrondoso de 50 Tons de Cinza, começa a surfar essa onda, atraindo esse pessoal do universo da fanfic com divulgações voltados pro pessoal da fanfic... e isso acaba se espalhando por tudo. Gente que nunca leu fanfic e que não fazia ideia de pesquisar pelas coisas que elas gostavam descobriram esses conceitos pela primeira vez... e a coisa da fanfic é que ela É viciante.
@@BeAnEnigma Isabella Fernandes a maior especialista em fanfics que conheço. Com certeza amiga, adorei esse acréscimo! 🤩🤩
Seu comentário me deixou bem reflexiva. Recentemente tenho tido dificuldades de concentrar (talvez por conta da vida adulta) e ler livros convencionais, o que acaba me levando para fanfics, que são beeem mais superficiais e fáceis de ler. (Há exceções). Acaba que por ler fanfic não me sinto tão mal por não estar lendo nada, mas acabo me acomodando nessas leituras. Agora que parei pra pensar que é um universo repetitivo, pois mesmo que seja histórias diferentes, tem um padrão nos personagens e na personalidade deles. É de certa forma... limitante e uma zona de conforto....Acho que é importante nos policiarmos para não ficarmos presos, pois o cérebro vai sempre escolher a leitura mais fácil e que seja prazerosa.
Eu fazia resenha dos livros que lia, mas as visualizações deles são baixíssimas. Hoje eu faço um vídeo dos lidos do mês, mas por não ter tempo mesmo de criar um vídeo pra um único livro. Mas vou voltar a gravar a resenha de cada livro que leio.
QUE VÍDEO EXCELENTE! sua visão como escritora e, principalmente, somo estudante e pesquisadora da área traz um embasamento fenomenal.
ai cara, amei amei
Muito obrigada Anna!
Tem um vídeo do canal Zoebee, que eu acho que trata do assunto "arte não ser subjetiva" de forma muito boa.
Na verdade é a compreensão de que sim, a arte tem aspectos subjetivos e não subjetivos.
Basicamente culminando na ideia de que não tem como você "entender" a arte (ela fala "get it", no sentido de sacar o que aquela obra tá falando), mas tem como claramente a gente entender errado aushah.
Recomendo tu assistir :D
@@coisaslegaisdenerd Oba!! obrigada pela sugestão! vou ver sim!!
que vídeo NECESSÁRIO!
@@julianaalmeida7036 Aí fico feliz! Espero te ver mais aqui pelo canal 🤍🤍
O pior é que, quem já lê há muito tempo, não consegue mais ler história com clichê. Nós queremos histórias que nos deem personagens diferentes, com camadas e enredo autêntico, mas temos que nos contentar com as histórias que estão sendo vendidas em massa.
Quem entra nesse cenário que você descreve em 13:00 de se curvar ao que a audiência (supostamente) deseja não é artista, é outra coisa. o artista geralmente faz a obra primeiro para si mesmo porque precisa/deseja fazer aquilo. se alguém gostar é lucro
Gostei mt da sua fala, principalmente sobre expandir horizontes através da arte e do entretenimento em si. Arrasou
@@luhprim2746 Muito obrigada! 🤍 Espero te ver por aqui mais vezes!
Ótimo vídeo e um argumento muito pertinente. Eu sinto que as pessoas são particularmente resistentes a ideia de existir algum grau de objetividade em discussão literária porque assumem que isso ameaça o lado subjetivo da discussão, que é o que interessa o público geral, até porque a maioria das pessoas não estão prontas para construir uma análise técnica muito profunda sobre as obras que consomem.
Como aspirante a escritora, eu sinto uma diferença bem grande entre os projetos de fanfic mais "freestyle" que eu escrevia desde o início da adolescência e os esforços relativamente maiores que eu tenho hoje em dia. Nenhum escritor tem uma "checklist" gigantesca que ele vai preenchendo durante o processo, mas você consegue ver que, mesmo que de forma subconsciente, o repertório e reflexão faz uma diferença substancial.
Referente as questões envolvendo a facilidade maior de vender o que é mais simples e a falta do desejo de sair da zona de conforto: é algo com a qual eu me identifico muito. Só no final do ano passado eu decidi que iria ler um ou dois livros por mês - algo que eu, admitidamente, ainda sinto ser pouco para o que eu posso fazer -.
Eu ainda tenho algumas dificuldades com a leitura, mesmo gostando bastante por ser uma experiência bem mais ativa para mim do que a encontrada em mídias visuais. Nesse um ano, eu li estudos de cultura japonesa e religião como por exemplo "The Seven Tengu Scrolls" de Haruko Wakabayashi, clássicos como "And then there were none" e "The Secret Adversary" da Agatha Christie e "Frankenstein" da Mary Shelley, também comecei a ler aos poucos "Jornada ao Oeste" de Wu Cheng'en (me desejem sorte). Não é a maior variedade de todas, mas é um sentimento um tanto satisfatório saber que até eu, que nunca nem havia tocado em um livro de verdade nos primeiros 3/4 da minha vida, consigo aos poucos me habitar a prática.
No mais, vou me inscrever no seu canal, muito sucesso!
@@colmeiadaangela1026 Fico feliz que gostou do vídeo e se inscreveu! Espero te ver mais por aqui (e ler alguma coisa sua hehehe)
Quem acha que a onda Dark romance e Hot é nova, claramente não lembra das coleções de livros de banca Sabrina, Julia e Bianca 😂 Nós somos empoderadas desde 1977, nesse sentido. Aliás indico pra quem gosta de romances rápidos 😅
@@xbrokens2 Não conheço! Bom saber! Mas de fato, dark romance e hot só migrou mais de locais publicados, pq wattpad tá aí a bastante tempo hahaha
Não é nova, mas está cada vez pior.
Verdade! Eu lia naquela época!
Mas as histórias são praticamente iguais, só muda o cenário.
@@EmyCustodio acho que você é muito nova para ter pego o ápice desses livros, mas se vc entrar em algum sebo e perguntar com ctz vai achar um cantinho cheio.
Essa "favoragem" literária é só mais um sintoma da apologia da ignorância: a pessoa quer ser respeitada como uma crítica ou escritora de primeira prateleira sem o ser. Como que faz? Fazendo de conta que qualquer treinamento para crítica literária ou para escrita é pura pedância. Então esse pessoal faz um esforço para destruir a hierarquia natural da arte. Se você gosta de literatura baixa, goste, mas aquilo continua sendo baixo e há alguns vários motivos o Northrop Frye é o Northrop Frye, o Todorov é o Todorov, o Homero é o Homero, e você é você. A única saída do ignorante preguiçoso é destruir o conhecimento e a verdadeira arte. É um profundo ressentimento contra aquilo que a pessoa julga ser impotente para alcançar.
Ótimo vídeo.
@@bescoitto Obrigada 🤍
A Dear Maidy é outra que começou fazendo livros e hoje é GIGANTE no mundo de Disney e desenhos
@@tata12costa44 Não conheço! Vou procurar!!
Eu a acompanhava um tempo atrás, não sabia que ela fazia vídeos de livros. Procurei o canal dela e os vídeos mais antigos são de DIY
@@sophiabazilonidacosta5644 mulher acredito que ela privou ent
Pq ela fazia bastante esses vídeos de livros eu lembro de uma série que ela fez que era livros pra cada signo
@@tata12costa44 faz sentido
É a primeira vez que vejo alguém falar dos vídeos sobre livros que ela fazia. Eu lembro que esses vídeos ficavam separados em uma playlist no canal dela 5 anos atrás, quando ela já fazia conteúdo disney
Esse inicio falando de criadores, me fez pensar num booktuber que faz vídeo que não seja vlog ou listinha/tag, é o Felippe Barbosa. Ele faz séries de vídeos que é praticamente uma leitura em conjunto, e a cereja do bolo é a pesquisa que ele faz para trazer referências. É claro que ele tbm vai dar preferência à obras hypadas e que estãosendo adaptadas (tem imagens pra ilustrar, percebi isso agora que vc citou), mas é sempre com aprofundamento em mitologia, outras obras. Já vi video de uma mesma obra num canal que é referencia no audiovisual, mas não foi 1/3 da qualidade do Felippe, pq ele trouxe a pesquisa com qualidade.
Eu gosto de ver até vídeos sobre livros (e filmes, séries) que eu não consumiria, só pq sei que o trabalho vai ter muito mais que só aquilo.
Obg pela indicação!!
O pseudo intelectualismo com os livros hot É ABSURDO!! E essa questão do empoderamento feminino nessa literatura a gente tem que lembrar que é um recorte bem especifico, porque são sempre mulheres e homens brancos, hetero, magros cis, sendo retratados, então só reforça certos padrões da nossa sociedade
@@tata12costa44 Exatamente!
É literalmente pornografia escrita KSKSKKSKKSK, essas mulheres podem nem criticar homens que consomem pornografia, porque fazem o mesmo. (nao tem nada have com o comentário, so quis comentar)😊
Amando que tu voltou pro youtube e já trouxe essa pedrada na cara!
hahahahahaha muito obg amigaa 🖤
Se tudo é arte então nada é arte. O significado da palavra se perde e fica carente de algo mais profundo. Dizer que um livro com puro hot é arte igual, por exemplo, a metarmofose é um completo absurdo... Concordo com o que diz no vídeo, arte não é subjetiva
@@ma4ki1 Obrigada!! É sobre entender que tem livros que é puro escapismo e entretenimento e tá tudo bem!
isso não faz sentido o conceito de arte está mais no espectador do na obra em si n existe essa de valor artístico q torna algo maior q outro um livro besta ou uma canção brega é tão artística quanto a odisseia de homero, não aplique são gostos a definição de arte pq vc estará fazendo juízo de valor e não discussões relevantes 😂 deveria estudar filosofia da arte antes de falar viu
@@killerqueen8008 e tu deveria estudar escrita criativa e literatura antes de falar, e estudar filosofia melhor tb 😅
@@EmyCustodio lacrou 😭
@@killerqueen8008 então me fala, o que é arte para uma pessoa tão culta quanto você?
Se não me apresentar uma resposta então arte se torna algo fútil.
Oi, Emy!! Eu sou uma das hosts do Chá da Meia Noite, adorei seu video e seu canal!!! ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤ Obrigada por assistir nosso episódio e nos mencionar!!!!!
Oii Bia! Aí adoro o seu podcast! Fico muito feliz que gostou do vídeo e do canal! Espero te ver mais por aqui ❤ Não perco um episódio do chá da meia noite!
vídeo excelente, ganhou uma nova inscrita ❤ enriqueceu muito meus argumentos e pensamentos sobre essas discussões, obrigada!!
obrigada
@EmyCustodio ❤️❤️❤️
Acho que algo a se considerar também é a transição dos gatekeepers pra gatewatchers, que é algo que falamos muito dentro da área da comunicação. Houve uma época em que se um agente literário não aceitasse alguém, era o fim da carreira da pessoa. Eles podiam decidir quem entrava e quem não entrava. Hoje, grande parte do pessoal começa pela autopublicação e inclusive prefere continuar se autopublicando do que assinar com editoras grandes pra poder ter maior controle sobre as próprias obras. Agora, o agente literário e a pessoa responsável pelas aquisições dentro das editoras, eles precisam ver o que está indo bem e se adaptar a isso, correr atrás do que já é garantido (até porque os custos de impressão estão maiores depois da pandemia e da crise do papel pólen, os preços de marketing são sempre exorbitantes e tudo o mais). No fim, eles acabam apelando também pro s3x0 vende porque eles precisam vender. Todo mundo tá indicando que a indústria do livro vai passar pela sua maior mudança desde a invenção da prensa de Gutenberg. Então nos resta observar o que vem daqui pra frente.
@@BeAnEnigma Ficamos aí na espera e só observando e lutando pra entrar nessa festa.
Fico feliz que vc conseguiu chegar nos 1k inscritos!
@@alessandroramos5194 Obrigada!
Concordo muito! Eu sou alguém que adoro alta fantasia e ficção científica, e raramente leio algum romance, mas no final do ano quando chega a minha retrospectiva do skoob e eu vejo que só li fantasia, eu me pergunto se não tá na hora de variar um pouco. Não vou parar de ler fantasia, ou livros de qualidade bem duvidosa que a gente sempre tem, mas é importante dar uma chance para coisas diferentes.
E dizer uma coisa, explorar outro gênero é muito mais divertido do que ler sempre a mesma coisa. Eu passo muito mais tempo pensando nos motivos de eu não ter gostado da leitura, as questões que me agradam e desagradam, do que como eu penso quando leio algo que eu estou acostumada, que eu já gosto a muito tempo.
Outra, se for de alguma ajuda, não confiem no tiktok para recomendações de livros. Eu sempre vou atrás de alguma leitura diferente, ou até mesmo nos padrões de livros que eu sempre gosto, nas redes como skoob, amazon ou até mesmo sebos. É muito mais estimulante você gostar da capa, ler a sinopse, ver as avaliações, do que ir de mente vazia para uma leitura que você acha que vai se encaixar naquela trope que te dizeram que ia ter.
Enfim, adorei o vídeo!
@@broken1378 Muito obrigada! Espero te ver mais por aqui!
Com os quadrinhos isso ta bem forte há um tempo, é essa praga da nostalgia, só q a gente percebe mais isso pq nerd é um bicho q faz barulho dms, vlw disney
ameeiiiii esse video essay 😍
amiga, incrível demais! adoreiii
Obg amiga!!!! ❤❤❤
Recomendo a leitura do livro "Sociedade Paliativa", do Han, é um livro de sociologia incrivel que fala dessa nossa busca de conforto de fuga da dor. Vídeo exelente o seu
olá, Emy. gostei muito do vídeo, esse é um tema que tem me despertado muito interesse. também sou escritora e tenho um bookstagram. concordo com muitas coisas que você disse, porem não com o que você disse sobre escrever "uma boa história". também sinto que o ser humano tem cada vez mais se distanciado do novo, do grotesco, do desconfortável e pulado de cabeça no fenómeno das massas. Sobre escrever uma boa história, creio que a técnica não é importante, como você disse ser. a técnica expressa a arte, mas a técnica não tem relação alguma com a arte. literatura, pintura, etc é, ao meu ver, para ser sentido, cuspido, tirado da alma. não é uma graduação em arte visuais que vai me transformar numa grande pintora, ou uma graduação em escrita criativa, e sim minha capacidade de expressar no papel conteúdos da alma. Na psicologia analítica de C.G. Jung a arte é a ferramenta para expressão de fenómenos psíquicos, não existe técnica, não existe fórmula ou estrutura que vá transformar um livro ou um escritor em superstar. exemplos do que estou falando: Clarice Lispetor. qual a técnica que ela tem e que se aplica a outros escritores? ela cospe a alma dela, não tem estrutura alguma nos livros, é um fluxo de consciência assustador e belo.
e mais uma vez, parabens pelo conteúdo. é de extrema importância falar sobre esse tema tão atual.
Oie tudo bem? Então, entendo de onde vem seu ponto mas vou precisar reforçar que a técnica é sim extremamente importante! Existe um motivo para ter estudos e mais estudos em cima disso. Pense assim: se você escrever um livro cheio de intenção e sentimentos, mas não conseguir desenvolver um personagem, não conseguir mostrar pra seus leitores o que sente, não conseguir organizar seus pensamentos e sua narrativa, você não vai conseguir transmitir sua mensagem. É o ponto que eu trago, a arte é subjetiva a partir do momento que as obras são bem escritas porque aí vem a afinidade-- eu posso achar um livro clássico chato cheio de técnica mas que o autor não colocou nenhum sentimento ali e outra pessoa achar aquilo cheio de emoção. Quando falo de tecnica é isso... por exemplo, não da pra comparar Crepusculo com Dracula. Dracula foi um livro tao revolucionario que virou classico. Crepusculo foi uma febre no seu ano. Mas Dracula é extremamente bem escrito e desenvolvido, tanto que faculdades de escrita e literatura ensinam o livro pros alunos. Ja Crepusculo possui inumeras falhas de desenvolvimento de personagens, furos de roteiro, etc. Por mais qhe eu adore e me divirta, nao tem como dizer que é melhor que Dracula, tem só como dizer que me divirto e gosto mais dele. Eu super concordo com o que você diz: arte é pra gente sentir, é pra mexer com a gnt. Mas a galera tem uma noção que a técnica vai tirar isso da arte e é muito pelo contrário. É pra te ajudar a transmitir seus sentimentos e sua intenção da melhor maneira :)
Obrigada por comentar e por curtir o vídeo, espero te ver mais vezes por aqui!
Muito bacana o vídeo, Emily!!
Vendo o vídeo tive a impressão de que para você a qualidade de uma produção artística está relacionada a padrões (métodos, modelos, formatos) que são reconhecidos por pessoas e instituições acadêmicas e científicas. No sentido de que existem conhecimentos científicos sobre “a arte” e que ele é o balizador entre algo ser de mais qualidade ou não. É isso mesmo?
Falo isso porquê o ser humano produz conhecimento e arte muito antes de nos organizarmos de forma mais complexa com nossas instituições, academias e padrões artísticos. Ai eu faço a pergunta, antes disso a produção artística era pior?
Será que não se trata apenas de complexidades distintas? Ou então produções artísticas que se aproximam mais ou menos de padrões que são referência?
Concordo contigo no sentido da percepção de que a sociedade está mais sensível a crítica… E ótimo tópico de debate, rende muita discussão!!!
@@felipelauer7 Oiii Fê! Que bom te ver por aqui!
Então, a gente demorou pra se organizar nas noções modernas de instituições mas a academia está aí há muito tempo e a metodologia mais tempo ainda, não é que a academia as criou, e sim que começou a ser estudado. Mas por exemplo, foi Aristóteles que foi responsável por grande parte das estruturas narrativas de hoje em dia. A técnica da Jornada do Herói é outra que na verdade tá presente desde que as pessoas contavam histórias da mitologia. A illiada e a Odisséia é, por exemplo, uma jornada do herói inteira. O primeiro romance do mundo, Dom Quixote, em 1605, já tinha técnica e metodologia. Elas foram se desenvolvendo junto com a gente e seguem se desenvolvendo junto com a gente. Toda arte tem sua técnica até as mais antigas :)
Povo também confunde metodologia com regras e padrões, mas é totalmente diferente. Metodologia é um conjunto de técnicas. Não é limitador e inclusive ajuda a expressar a intenção. Tem uma variedade de livros de diferentes gêneros e estilos que possuem diferentes técnicas e são excelentes.
Beijão! Saudades
Uma coisa que me deixa pensativo: a gente não tem "conhecimento técnico" ou "metodológico" da maior parte das coisas. Eu penso que isso pode dificultar um pouco na hora de dizer que algo é "bom mas eu não gosto".... CLARO, isso pode ser contornado pesquisando por críticas, conversando com outras pessoas etc. Ainda assim se torna mais trabalhoso.
Vídeo legal inclusive!
@@glmasterofc É, a gente tem que buscar estudar as coisas né hahaha obg por comentar!
Otimas observações Emy. Eu tento seguír pessoas que ampliem meus horizontes, que me façam sair da zona de conforto. Concordo contigo.❤
@@eudelima Muito obrigada! É muito importante seguir pessoas diferentes e ter contato com experiências diferenças! 🤩 Espero que continue por aqui!
Por isso gosto muito da Tatiana Feltrin.
Eu não gosto desse discurso de "isso é ruim porque me deixa desconfortável", porque talvez o autor da obra tenha feito isso justamente com esse objetivo em mente: uma obra que te deixe desconfortável. Às vezes isso é feito de uma maneira ruim (como o exemplo de 13 reasons why) e por isso vale criticar, mas essa castração da arte... fazer só aquilo que conforta não me agrada. Você não é obrigado a ler algo que te faça mal, mas um artista não é obrigado a deixar de tocar em assuntos sensíveis só porque isso te incomoda.
@@vitoriarocha3979 simmmm exatamente!!!
A real é q dependendo do tópico acho até importante q seja tratado de forma desconfortável, tem situações na vida q são desconfortáveis e se pôr algum motivo decidem representar isso numa mídia q não seja de maneira q algm possa levar como natural, rotineiro
Sobre a difinculdade de criar conteúdo literário por não ter as cenas pra auxiliar na narrativa dos conteúdos a ias serafim tem feito umas resenhas muito incríveis onde ela trás os diálogos e cenas dos livros interpretados por dubladores, é um conteúdo com maior custo de produção e foi a primeira pessoa que vi fazendo isso e eu achei muito incrível
@@Elf2047 adorei as dicas! tô procurando fazer coisas assim Tb!
Emy, vc foi cirúrgica! Impressionada como essa discussão é importante nos dias de hoje
@@marivavilov743 Muito obrigada, Mari! Fico feliz que gostou 🧡 Espero te ver mais por aqui no canal
Apesar das pessoas associarem anti intelectualismo com gente Olavista de direita, o que mais vejo no meio progressista é o anti intelectualismo nessa maldita relativização da arte e do belo.
Apesar da definição grega de arte ser muito mais rica do que isso, Platão costumava associar o Belo ao que é benéfico, e o que é benéfico nem sempre é prazeroso, como um remédio, por exemplo. Ele via o mal justamente na associação do belo apenas com aquilo que da prazer. É brilhante, só mostra o quanto Platão ainda permanece atual, já que estamos vivendo em uma geração exatamente com essa inversão de valores, onde um bando de adultos infantilizados querem apenas prazer e conforto, sem precisar o mínimo de esforço para pensar. Não a toa é tão comum o tão do "final explicado."
O jeito é ler essas obras de olhos fechados e com a mentalidade de "é tão ruim que dá a volta". Gosto pessoal é subjetivo, mas técnica de escrita não é. E leitores críticos sabem discernir muito bem.
Adorei o vídeo, a forma que você explica e o formato da edição. Que ódio que só agora o yt me recomendou o canal
@@fillipemartins3585 Obrigada! Espero te ver mais por aqui 🤍🤍🤍
OBRIGADA pela parte do vídeo em q vc diz q arte não é subjetiva, eu genuinamente nao entendo pq as pessoas tem medo de gostar de coisas ruins ou medíocres. Eu gosto de um monte de coisa ruim e medíocre e n gosto de um monte de coisa boa assim fomo todo mundo e ta tudo bem sabe???? Acho inclusive muito infantil ficar batendo o pé no chão jurando q a série/filme ou livro q vc gosta é bom sim só pq vc gostou
@@juliawinck8135 de nada haha espero te ver mais por aqui.
Analise perfeita Emilly!!! Tema controverso colocado de forma assertiva e muito leve. Parabéns!!!
Mas e aí gente... Monalisa ou Abaporu?!
Caramba o que você fala serviu como uma terapia para mim. Vou acompanhar, gostei muuuuuuito das suas ideias, você é muito congruente. Desejo sorte no canal!!!
@@leroeronardo Muito obrigada! Espero te ver mais por aqui 🤍
Muito bom! Concordo que arte tem a ver com técnica tbm.
ameii seu canal!!
ps: tenta na edição mudar umas config. da camera ou tratar a imagem, ia ficar top!!
acho que cada plataforma a gente perfoma de um jeito por conta do público. faço alguns vídeos por aqui mais longos e no instagram acabo indo mais curto - mas claro, depois eu escrevo as resenhas usando as frases nas fotos. é complicado demais porque as pessoas não tem mais paciência. gaguejou? ficou 5s em silêncio pensando? pulam o vídeo...
enfim, gostaria de falar bastante dos livros, poder escrever mais as resenhas, mas o público não ajuda.
@@leituramista é isso, nossa paciência hoje em dia tá muito curta, estamos mal acostumados, e infelizmente, prejudica a gente...
amei saber que vc tem um canal, já me inscrevi :)
Foi o que meu grande Ariano Suassuna falou: “Se você diz que o chimbinha é um gênio, como eu vou chamar Beethoven?”
Sim, fato!!
Acho essa frase do Ariano extremamente preconceituosa e elitista. Chimbinha é sim um gênio. Só que dentro do contexto dele. Comparar ele com Beethoven é o mesmo que comparar um leão com um gato. Ambos são felinos, porém diferentes, o que por si só não anula o valor de cada um. O estilo musical do chimbinha é a guitarrada que se encontra principalmente nos ritimos de carimbó e lambada. Ritimos esses que surgem da fusão entre as culturas africanas e indígenas. Perpetuar essa frase é continuar com o preconceito europeu de que preto e indígena é gente sem cultura, quando na verdade devemos valorizar a cultutra de todos, principalmente dentro de cada contexto.
@@juliananacimento3950 Não interpretei a frase do Ariano dessa forma, mas concordo que a comparação - creio eu, feita em um contexto humorístico, já que Ariano é humorista - não se aplica quando consideramos os diferentes tipos musicais envolvidos. No entanto, como discutido no vídeo, a maioria das pessoas atualmente perdeu a capacidade de diferenciar o que seria ‘genial’ em termos técnicos, sem misturar com o sentimento das músicas populares, feitas para o comércio.
@@juliananacimento3950 Não interpretei a frase do Ariano dessa forma, mas concordo que a comparação - creio eu, feita em um contexto humorístico, já que Ariano é humorista - não se aplica quando consideramos os diferentes tipos musicais envolvidos. No entanto, como discutido no vídeo, a maioria das pessoas atualmente perdeu a capacidade de diferenciar o que seria ‘genial’ em termos técnicos, sem misturar com o sentimento das músicas populares, feitas para o comércio.
@@juliananacimento3950não, Chimbinha não é um gênio, pode ser ótimo, grande artista mas daqui 100 anos ou menos ng vai levar mais dele. Ele não é um gato ou leão, é um ser humano como foi Bethovem.
Discussão muito interessante essa, porque ao mesmo tempo que queremos relaxar não podemos fechar os olhos para o fato de que o que consumimos é parte de nós. Então se você só consume porcaria o resultado não vai ser muito bom. Eu leio cerca de trinta livros por ano e um dos grandes motivos par esse número ser alto assim é o fato de que são leituras muito simplistas. Ano que vem irei começar a alternar um classico e um livro do meu próprio interesse, porque a gente acha que vai ser chato ou ruim, mas na verdade o impacto de um bom livro vem muito depois. Na época da faculdade eu participava de um grupo de pesquisa em que as leituras basicamente giravam em torno de guerras, escravidão, racismo e preconceito, e não vou mentir, foi bem difícil ler aquilo, mas mesmo depois de muitos anos eu ainda consigo ver o benefícios que aquelas leituras me trouxeram.
Caí aqui de paraquedas, mas já amei. 👏🏽👏🏽
Concordo com tudo o que você falou. ❤
Mais uma inscrita 😊
Obrigada! Fico feliz e espero te ver mais por aqui!
Gostei muito do conteúdo, esse é meu primeiro contato com o canal, já estou me inscrevendo, eu sou super ansiosa, do tipo que tem q se tratar, mesmo assim, adoro livros complexos, que me deixa horas fervendo meu cérebro, mas gosto de mesclar, eu leio dois mais cabeçudos, depois vou para um livro leve, geralmente o leve pra mim é Agatha Christie, bjs e sucesso.
@@vivianeemerickbueno9139 Eu sou exatamente assim! Beijos, espero te ver mais por aqui! Obrigada por se inscrever!
Nossa que video bem feito, bela analise
@@eduarda4372 muito obrigada 🖤
Queria ser essa pessoa que repete o que consome.
Tbm já estou consumido o youtube há algums anos, tô por aqui desde 2007, vi o início do booktube brasileira, então sim, o pessoal no início, falava a real o que achava do livro com educação e leva hate por isso kkkk, ou seja, sempre foi assim, mas eu prefiro assim, pq eu quero sim a opinião do q a pessoa achou, as informações q a pessoa achou relevante ou não. Eu comecei a ver vlogs de leitura no Resenhando sonhos, hoje em dia eu acostumei, mas eu gostava msm era da resenha, ainda tem, é claro principalmente nos canais de livros q sigo, mas qndo vou procurar um livro , a maioria dos vídeos são resumos em formato vlog, principalmente se for um canal novo, a opinião as pessoas estão guardando pra si, sei lá, talvez por medo de hate. E detesto esse negócio de tropes "se vc gosta de tropes tal, leia esses livros", tipo, tropes já é um negócio tão genérico, vc meio q já sabe o q vai acontecer na história. É claro q tem histórias q tem as tropes e tals q eu gosto, mas ficar só lendo, vendo filmes ou jogando histórias q tem sempre as msms coisas, cara, fica chato, e isso é autocrítica tbm. Exemplo, eu me forço a ler alguns livros clássicos, msm q não seja o meu gênero favorito, faço isso só pra ter contato com outras coisas, e aprender.
@@TairineSan oie! espero que fique por aqui! tem uma playlist de resenhas bem reais de livros aqui no canal pra vc assistir
Amei o vídeo. Me fez refletir sobre muita coisa👏❤
@@VitoriaMarshall00 Fico feliz! Espero te ver mais por aqui 🤍🤍
Gostei muito do tema que você trouxe nesse vídeo. É bastante pertinente nos atentarmos às mais variadas formas de consumo do mundo atual que tendem a aniquilar o tédio, negando a possibilidade de contemplação... Assim, o scroll da tela infinita da era do Tiktok que acabou por moldar uma nova forma de consumir um vídeo, muito mais imediatista e acrítica - pois tudo que é rolado é soterrado e esquecido no mesmo minuto-, parece ter dado contorno não mais a experiência líquida, indicada por Bauman, mas uma sociedade gasosa e virtual - uma sublimação dos eu´s que se tornaram nuvens-, intangíveis, nunca mais presentificadas em um único momento, mas fragmentadas em vários simulacros do eu. Já parou pra pensar quando foi a última vez que você esteve sozinha(o)? Digo sozinha(o) mesmo, sem dividir a atenção com mais nada. De minha parte mesmo quando estou no mundo ‘real’, divido minha atenção ouvindo uma música, mexendo no celular, lendo um livro ou ouvindo um podcast...
Acho que você descreveu com bastante precisão esses sintomas da (pós) modernidade, a facilidade da criação de bolhas e dos vieses de confirmação, alguma coisa entre a infantilização dos sujeitos, incapazes que são de assumir o desconforto, e viciados pela luta infinita do scroll da próxima dopamina... Só que se me permite discordar, no entanto, creio que a raiz da sua provocação - que a arte não é subjetiva, isto é, que ela é, então, objetiva -, não responde satisfatoriamente as causas do problema, mas pelo contrário, acaba por fomentar aquilo que criticava.
Parto do princípio que todo o gosto pode ser construído, isto é, que aquilo que for considerado ‘bom’ dentro de uma estrutura de normatividade, é ao fim e ao cabo uma disputa de poder, ou seja, um gosto padronizado, um padrão de pessoa considerada bonita ou uma ideia de ‘alta arte’, nada mais são que formas de distinção social, que estão mais a favor de um sofisticado jogo entre poderes de uma dada sociedade do que a favor de uma construção objetiva e formal da arte - como objetivava o velho Platão. Na realidade, as ideias racionalistas e platônicas universais já se mostraram potencialmente diabólicas no século passado, não nos esqueçamos...
Desse modo, fio-me na perspectiva trazida pelo escritor Julio Cortázar, que elaborou um ensaio bastante interessante a respeito da técnica literária, no qual introduz que o manuseio das palavras, das técnicas e dos estudos do fazer literário correspondem mais ou menos aos utensílios de um cozinheiro, muito úteis, é claro, para bater um bolo, abrir uma massa, cortar um pão, mas é a substância - a sensibilidade do autor que cristalizará o tempo e o fará um grande escritor. É por isso que um Saramago da vida não precisa de pontuação e nem por isso deixa de ser um grande escritor. É mais sua subjetividade do que a objetividade de uma forma que faz um grande artista, ao meu ver.
Acredito que você não entendeu muito o que disse, se está discordando de mim, pois é claro que se a pessoa não souber aplicar as técnicas, não saber executa-las de maneira para criar o "bolo", logo a criação não será boa - o bolo vai ter dado errado. Da maneira que vejo, essa substância que diz seria equivalente ao "sabor" do bolo, e aí vem meu ponto - tem gente que gosta de bolo de chocolate, tem gente que gosta de laranja e isso aí é subjetivo, porque ambos os bolos foram bem feitos tudo que diferencia é o sabor. O que pontuei é que a partir do momento em que duas obras foram muito bem executadas, o que te atrai por uma e te afasta de outra é afinidade, e aí sim é subjetivo. O meu ponto é: não é porque você gostou ou não gostou do livro que esse livro é bom ou ruim. Você pode não gostar de grandes clássicos que foram premiados e até não entender porque foram, você pode não ver o que muitas pessoas viram, mas isso não faz do livro bom ou ruim. É meu exemplo "você não vai a um restaurante japonês de três estrelas michelan e falar que o restaurante é ruim só porque não gosta de comida japonesa". A arte é subjetiva a partir do ponto que foi bem executada. É isso que diferencia, por exemplo, livros como Crepúsculo de Drácula, por exemplo. Foi meu exemplo também de duas obras que são bem executadas, como O Morro dos Ventos Uivantes e Orgulho e Preconceito, mas que eu tenho mais afinidade e aprecio mais Emily Bronte do que Jane Austen, mas não posso dizer que o livro dela é ruim, porque ela executou todas as técnicas corretamente.
@@EmyCustodio Minha cara, não é porque eu discordei de você que eu não entendi o que você disse. É perfeitamente possível que duas pessoas tenham seus pontos de discordância e que nem por isso o diálogo seja impossível. Achei muito interessante a sua perspectiva e senti uma sensibilidade muito aguçada quanto ao momento que vivemos. A minha questão vai mais ao encontro de não acreditar em receita de bolo para o fazer literário. A ideia de um escritor arquiteto, que vai criando as fundações, selecionando os tijolos, dispondo os porcelanatos, pavimentando o circuito hidráulico e elétrico de uma casa, isto é, que tem método, pleno controle de sua obra, embora seja um fazer literário possível, é claro que não é a única forma de fazer literatura - vide Clarice, saramago, cortazar -, que têm como característica justamente o oposto: não aprenderam métodos de escrever, eles apreenderam a realidade. Esse fazer literário mais metodista me parece se encaixar mais num circuito de indústria cultural, na medida que cria padrões que podem ser replicados e reproduzidos até o esgotamento. O Adorno tem uns textos bem legais nesse sentido.
Além disso, se a ‘boa’ literatura fosse aprendida, se é que realmente existe uma hierarquia das artes, com coachs, oficinas e faculdades, estariamos germinando Machado's de Assis por aí, o que é não parece ser o caso. Não falo isso dando endosso ao anti-intelectualismo, pois a educação é também, para mim, uma ferramenta poderosa de transformação social, capaz de aumentar as visões de mundo e enriquecer nossa forma de se expressar. É muito bom ter um vasto vocabulário, por exemplo, porque como dizia Wittgenstein ‘os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem’. O que quero dizer, portanto, é que embora eu reconheça que o domínio da técnica seja importante, mais importante ainda é o que você tem a dizer (a sua subjetividade).
Eu não sou do campo das letras, que fique claro kkk mas do direito, uma área que o rigor da técnica muitas vezes acaba por sopesar mais do que a verdade em si, e talvez venha daí o meu pessimismo a respeito da arte enquanto objeto racional e objetivo. De qualquer forma, agradeço a interlocução e estou aberto a mais conversas, se também for do seu agrado.
Me inscrevi no canal para começar a te acompanhar ^^
@@lucasvalerianodosrei Achar que um escritor arquiteto é o que aplica técnicas é mostrar que não sabe o que são as técnicas, seu pensamento está equivocado. Qualquer um pode aplicar técnicas, seja aquele que planeja, seja aquele que escreve conforme vai. Tecnica não é o mesmo que planejamento nem mesmo existe só uma, logo nao existe esse medo de ficar tudo a mesma coisa. É por isso que existem inúmeros livros bons que são de formas e gêneros diferentes. Isso não é uma questão de opinião, é justamente o ponto que faço no vídeo. Acredite, as pessoas nos cursos e aulas estão sim conversando sobre Machado de Assis. Falar sobre o que ter a dizer é o ponto que digo sobre afinidade. A partir de um momento que duas obras são tecnicamente boas, o que vc tira de uma e o que vc tira de outra diz respeito a você e sua vivencia. Eu falo no vídeo que a subjetividade vem a partir do momento que duas obras estão bem escritas, e é isso que acredito que você não entendeu do video. Da maneira que diz, é impossível dizer quem é um bom artista ou não porque o que cada um tira do que o autor disse da obra são coisas diferentes, e cada um tem uma afinidade diferente para cada tema abordado. O ponto que reforço é que está tudo bem gostar de livros que não possuem uma excelente técnica e está tudo bem gostar de livros com defeitos imensos, isso não vai dizer se o livro foi bem escrito ou não. Isso é técnica. É isso que aprendemos nos cursos. É isso que aprendemos nas escolas e é isso que usamos para julgar livros em grandes premiações. Ignorar isso (nao estou dizendo que esta fazendo isso) é um enorme desrespeito aqueles que estudam a escrita e se dedicam a isso. Enfim, obrigada aí por se inscrever, e por ter curtido o video, fico feliz :)
Eu estudei belas artes na faculdade e entrei indignado no vídeo porque obviamente arte é subjetiva e eu terminei ouvindo exatamente o que digo pros meus amigos quando rola alguma dicussão "acalorada" sobre alguma mídia q a gente ama ou ama odiar. Fui baitado, mas gostei do vídeo
@@viniciusmoura1310 HAHAHA obg por reconhecer a bait e entender o ponto do video, a maioria que comenta que achou um absurdo o que falei só leu o título e fez textao sem entender nada! feliz que gostou e espero te ver mais por aqui!
Analise perfeita, muito boa mesmo!
❤
Socorro a época do Klebio Damas falando de livrooos
@@tata12costa44 Pois é hahahahahah
É aquilo né, 40% da população não lê um livro por ano, as vezes é melhor que nada
E eu to falando isso pq eu era um desses nos ultimos anos (se não contar livros tecnicos de programação).
Esse ano voltei a ler, maior parte fantasia (Brandon Sanderson, Terry Pratchett, etc), mas conclui um tempo atrás o mesmo que você disse nesse video, e decidi criar uma regra para os próximos trimestres: ler 1 de fantasia, 1 fora da minha zona de conforto e 1 não-ficção, por trimestre.
@@VkaraujoHusk adorei sua regra! quero muito ler brandon sanderson!
Ótimo vídeo!
A arte está indo de mal a pior justamente por isso. Além de banalizá-la, estão com medo de criticá-la por medo de ferir os sentimentos alheios. Parece que todos agora são de vidro e têm que ser tratados com extrema delicadeza.
@@MelkarX Concordo bastante mas também acredito que tem muita coisa boa saindo atualmente, tem que saber procurar. Obrigada por comentar, espero te ver mais por aqui! 🤍
Acabei de te conhecer e compartilho da mesma opinião
@@LillyLolla 🤍
Pra mim, a metodologia e técnicas de escritas que comprovadamente trazem qualidade a obra, não devem ser limitadores para auferir essa qualidade a ela. Uma das características da arte é subverter, transgredir. Se submeter, sim, mas só porque quer e não por imposição.
No mais, ótimo vídeo e espero que chegue ao 1k de inscritos.
@@Willianpm15 Para subverter e transgredir você tem que saber as regras inicialmente. É o famoso ditado "saiba as regras para quebra-las". Não é bem questão de opinião. Até em obras transgressivas que subvertem as expectativas, a metodologia está lá mesmo que não seja óbvio.
@@EmyCustodio Me refiro a qualidade obtida ou não por uso de técnicas de escrita e usei esse segundo trecho sobre subversão para embasar.
@@Willianpm15 ah sim tudo depende se a técnica foi bem aplicada ou não, não adianta saber teoria e não prática
Tati Feltrim segue fazendo.
A melhor que temos!
A melhor que temos 2.0!! 😅
A melhor de todos!!
A melhor!
A melhor sempre!!!
Isso é tão real, adoro os livros da Ali Hazelwood, mas sinto que todos os livros dela são iguais, só muda o nome dos personagens e os trabalhos deles. Apesar de eu ter citado a Ali, existem diversos autores nacionais que tbm produzem livros assim, já li vários nacionais nessa msm pegada. Isso não é um ataque a nenhuma autora, até pq eu leio esse estilo de livro tbm, mas as pessoas estão taaao acostadas, tão acomodadas com esses livros mais clichês e chegou a um ponto em que o mercado literário só tem consumido esses livros, o que “força” os escritores a publicarem livros que parecem repetidos por terem o mesmo enredo, a msm vibe. Enfim, acho que esses livros confortos são sim importantes, até as vzs só queremos um livro que aqueça nss coração e nos conforte, porém acho errado querer só consumir esses livros e se enfiar numa bolha ilusória.
é preciso ter curiosidade pelo mundo.
Que vídeo sensato. Obrigado algoritmo do youtube
@@Ericles18 Obrigada 🤍
Oii, Emy. Eu tenho mto interesse em cursar escrita criativa. Onde você cursou? Recomenda alguma plataforma ou tem alguma dica? 🥰
Oie! Me chama na DM do insta pra gente conversar! Conheço vários :) @emycustodio! 😊
@@EmyCustodio vou chamar sim! 🩷
Gostei da reflexão!
FALOU TUDO O QUE EU PENSO. E DIGO MAIS AINDA
@@rebecamesquita6750 Quero saber esse MAIS aí hahahahah obrigada 🤍
06:37 "eles refletem essa necessidade contemporânea por conteúdo acessível"... ah que maravilha ser jovem! Emy, essa necessidade não é contemporânea não viu? existe desde sempre. Mas você sabe disso, né? beijos e keep rocking
@@ludurigan Oie!! Eu quis dizer que atualmente estamos necessitados disso, mas também não exclui que no passado também era assim
@@EmyCustodio boa!
Você parte de uma perspectiva muito tecnicista e esquemática advinda da própria análise literária que pode até funcionar em alguns aspectos pra literatura, mas não pra arte de maneira mais geral. É um certo desconhecimento do que é a crítica de arte em si. Esta não é propriamente uma avaliação conjunta partindo de uma "checklist" de métodos específicos transcendentais que existem em um plano à parte (há divergências entre teóricos até no que seriam esses métodos). A crítica é, na verdade, um processo dialético onde você tem pessoas com opiniões divergentes sobre uma obra de arte, que por sua vez parte da experiência sensorial e emocional dessas mesmas pessoas. É um debate histórico. Várias obras foram rechaçadas pela maioria dos críticos na época em que foram lançadas, mas depois de um debate muito extenso, onde você tinha pessoas que viam um valor grande naquilo, hoje tem-se uma visão diferente sobre tais obras, sendo muitas delas consideradas obras-primas. O próprio campo de estudo do gosto é parte necessária dentro do campo da filosofia da arte. A arte se difere, por exemplo, de uma tarefa mecânica específica, como a do padeiro e do pedreiro que você cita. Nós partimos de princípios objetivos, como nossa vivência, conhecimento etc., mas nossa experiência com a arte é completamente subjetiva, partindo desses fatores objetivos.
Sobre a tal faculdade de arte ser prova de que há um jeito "certo" de fazer as coisas também é equivocado. O que faz de um bom artista é, em maior parte, ter um repertório abrangente sobre tanto a história da arte como também da linguagem do tipo de arte que ele pretende fazer. Isso não significa necessariamente que ele vai seguir esses métodos e convenções, e sim aprimorar a sua visão e prática artística baseado neles. Muitos artistas revolucionários simplesmente rejeitaram e se opuseram a convenções definidas em suas épocas e, portanto, mudaram a forma de se pensar a arte. Posso falar principalmente de cinema pois sou mais desse campo: há uma crítica muito grande a essas faculdades e cursos por apresentar, muitas vezes, uma maneira muito específica de fazer filmes que vem da técnica hollywoodiana, o que evidência também que os próprios conceitos que a gente tem sobre o que é uma arte boa pode ser sim muito limitadas.
Enfim, respeitosamente discordo bastante da sua visão. Acho ela meio limitante. Evidentemente não se deve ter uma ideia anti-crítica de "let people enjoy things", mas também não se deve, ao meu ver, ter uma ideia de que há valores místicos e herméticos sobre arte.
@@jabuticabamoments não tem muito o que discordar do que eu falei sobre arte, seus artistas revolucionários garanto sabiam das regras e se subverteram é por conhece-las e criaram outras que foram seguidas - no vídeo falei sobre metodologia, não sobre uma regra só, metodologia é um conjunto de inúmeras regras e técnicas diversas, por isso inúmeras histórias são diferentes e bem feitas ao mesmo tempo. Existe inúmeras maneiras de escrever de um jeito certo. E isso não é "hollywoodiano", sendo que técnicas de escrita criativa estão aí desde a Grécia Antiga com Sócrates. Mas se você vai me dizer que uma obra pode ser má escrita, cheia de furos de roteiro, e personagens mal desenvolvidos e ainda continuar boa, está equivocado. Você diz sobre as inumeras obras classicas que foram rechaçadas pela critica e debatidas e sobre expressoes sensoriais. Eu não excluí isso hora nenhuma (se prestou atenção no video). Se quer criticar a academia e dizer que sabe mais que pessoas que dedicaram a vida toda a isso, é desrespeitoso. Pode criticar questionar, mas então prove seu ponto. Acredito que a maioria das pessoas que assistiu meu vídeo já foi com a intenção de criticar e não ouviu direito o que eu tenho a dizer. Eu falei sobre técnicaS, não técnica. Eu falei sobre metodologia. Eu não falei que a subjetividade não importa, falei que ela vai ser avaliada após avaliar se o livro foi bem executado tecnicamente, até porque, dificilmente a pessoa vai conseguir transmitir sua mensagem, sua intenção, em algo mal feito. Não disse que as coisas não mudam. Não disse que não existe mais de uma técnica. Não disse que é só uma fórmula matemática. São inúmeras. Escolha a sua. Mas que você precisa saber a essência, o básico, do que faz uma boa historia é indiscutivel. Eu acho engraçado que pra aprender música, a pessoa tem que estuda como se toca um violâo, piano, canto etc., pra aprender a atuar, a pessoa tem que estudar teatro, para cozinhar, a pessoa precisa aprender culinária, agora pra escrever um livro, ou até mesmo pintura/escultura, acham que é só sentar e deixar a inspiração vir. Não é assim.
Eu sou fã de monster romance, e so gosto desses livros pois é os unicos que gosto mesmo, e cara as vezes é chat algumas autoras, elas sempre escrevem o mesmo livros, eu gosto de sla um mundo novo, monstros novos e hot diferente. Parece que os livros sao sem criatividades. Mas em maioria é cada livro tao foda e bom❤ nao acho que precisa mudar o gênero que gosto pois ele ja tem tudo bem diferente, um dia desses tava lendo um que envolvia problemas psicológicos. Eu gosto de coisas novas, mas de tro de um gênero, isso seria sair da bolha ou só uma falsa saida? Pois sou escritora e nunca pensei em escrever livros de terror/mistério e eu pensei "pq nao um livro? Seria interessante." Seria diferente fazer mas interessante pois nunca vi um livro desses generos e muito menos com monster romance (acho que nem tem)
Acho que é sempre bom se aventurar fora em outros gêneros nem que seja de vez em quando. Mas tudo bem como escritora querer escrever só um, eu digo mais na hora de consumir. Acredito que todo gênero conseguimos encontrar coisas diferentes, eu amo fantasia e cada uma mais diferente da outra, mas mesmo assim, as vezes acho que vale ler algo completamente diferente, ler uma comédia romântica, um sci fi, um drama familiar. Nem que seja pra eu ler e voltar pro conforto da minha fantasia :)
tudo começou a dar errado depois que duchamp chamou um mictório de arte.
socorro kkkkkkk
puniu
Vc trouxe UM EXCELENTE EXEMPLO PRA DISCUSSÃO!!! Mesmo duchamp, antes de decidir desconstruir os conceitos de arte, os conhecia! Romper com as propostas demanda coragem, e conhecimento de quais são elas. Mesmo a rebeldia, precisa saber contra oque está se rebelando kkkkkkkkk Mas se o mictório já ofende, veja um poema dadaísta 🤣
Discordo, acho que o feito dele foi muito simbólico considerando o contexto da época e o quão críticas as academias artísticas eram, existia uma intenção por trás do movimento dadaísta. O problema mesmo foram as pessoas q interpretaram isso como um “qualquer um pode fazer o mínimo esforço e chamar de arte” e começaram a tentar replicar a todo custo
@@in-betweendays amo trazer esse cara para discussões! É um completo dodói da cabeça de tao genial!
Gostar de coisas ruim é super normal, eu mesma ja assisyir shadow hunters varias vezes
@@paula-pq5ry eu sou mega defensora do filme de Fallen e é sobre isso é tá tudo bem kkkkkk
A percepção das pessoas é subjetiva, apenas.
Furou a bolha , primeira vez que aparece o seu canal para min , você consome mangá?
@@yvisaquino4246 assisto mais anime do que leio mangá, mas gosto muito :))
não é o assunto do video mas cliquei pq é a primeira vez q vejo alguem com o mesmo sobrenome q eu fazendo videos kkkkk
@@oidots é a segunda pessoa que comenta com o sobrenome Custódio aqui hahahah
Entre meus amigos eu sou o unico que acompanha youtube. Meus amigos gastam o tempo deles vendo serie, anime, lendo maga, usam o yotube pra coisas bem especificas tipo achar indicação de livro, jogo, filme. Eu nao, to sempre com um video longo tocando sobre algum hobby meu
@@nandomax3 Adoro vídeos longos no UA-cam!
Eu tô desde essa época tbm kkk
Acho q é super valido se blindar de algumas coisas, tipo a imundície daquele filme terrified
@@paula-pq5ry cada um sabe seus limites haha
Essa logica da tecnica sobre a qualidade da arte é bem limitada kek
Se fosse assim, seria so seguir uma lista de regra pra escrever algo genial. Na pintura as "regras" mudaram e continuam mudando, ate a definição de arte. A poesia atual, em alguns casos é tao experimental que faria um Álvares de azevedo ficar confuso.
O artista deve obviamente conhecer todas as "regras" conhecer todas as estruturas mas nao necessariamente usar isso se não for dialogar com o que ele busca falar. Da mesma forma, a critica nao deve fazer uma análise sintética e pensar numa lista do que ta "certo" ou "errado"
A crítica ao meu ver, tem o propósito de teorizar e ate expandir a percepção do leitor sobre a obra, pensando no que o autor fez e se isso funcionou ou não, claro com todo suporte teorico, mas se usso funcionou para ele e por que nao funcionou para ele.
O artista por sua vez, pode quebrar regras gramaticais para representar una criança ou criar uma historia sem a estrutura dos 3 atos ou talvez sem trama nenhuma, no o que o Mckee chama de antitrama, pq essa foi a forma que o artista decidiu que seria melhor pra expressar as suas ideias.
Entao ao mesmo tempo que eu concordo que a arte nao pode ser subjetiva da perspectiva da qualidade ser simplesmente o gosto tambem vejo o gosto como muito importante pra determinar a qualidade da obra.
Na pandemia eu assisti "eu sou a lenda" e achei genial, varias cenas longas de planos abertos mostrando a cidade totalmente vazia pelo dia e absurdamente silenciosa, me criou uma angustia enorme e eu amei aquele filme por um bom tempo e hoje eu acho o filme mediocre, principalmente tendo lido o livro e com mais bagagem, mas ainda assim, hoje em dia eu vejo um venom 2 da vida acho incrivel, o filme faz tudo oq se propoe a fazer quase perfeitamente na minha percepção.
É um otimo video e eu genuinamente tava so concordando com a cabeça durante maior parte do tempo que tava vendo, tirando a questão sobre arte e tals que eu espero ter conseguido elaborar aqui.
@@pedroh8803 oie tudo bom? eu falei de metodologia, não de regras específicas, que consiste no conjunto de técnicas das mais antigas até as mais modernas, te garanto que toda literatura que você leu seguiu algo, assim como as poesias também. E eu não excluí a subjetividade, eu falei que vai ser avaliada após a metodologia, como você vai avaliar a intenção, expressividade, e subtextos da obra se está mal escrito, mal desenvolvido, e personagens vazios. E falei, que é o que o pessoal tem dificuldade de aceitar, que tá tudo bem gostar de coisa que não é tão bem executada. Isso não excluí que tem coisas boas nessas coisas. Por exemplo, o filme do Coringa 2 é lindamente filmado e atuado mas a narrativa é fraca e tem furos de roteiro. Enfim, fico feliz que curtiu o vídeo e espero te ver mais por aqui!
É, de fato, uma lástima que uma literatura tão baixa esteja em voga. Ainda que este padrão se repita pela história, com a preferência de produções mais simples às complexas, é desanimador perceber que uma sociedade tão sobrecarregada de informação não é capaz de revisitar os clássicos e sair de suas zonas de conforto. Concordo que há um "efeito bolha", mas também existe uma má vontade; refletida, é claro, em algo que eu sequer sabia a respeito de uma falsa intelectualidade no mundo de livros eróticos.
Não sou um indivíduo inserido nessas bolhas de livros atuais, mas preciso de uma elucidação a esse respeito, pois uma dúvida sempre me cutucou. Ao que me parece, quase todos os influenciadores desse meio divulgam leituras de cunho extremamente duvidoso, em matéria de técnica artística. Entendo, há o fator mercadológico, mas pelas impressões que tomei desses sujeitos, não acho que exista, de fato, uma bagagem intelectual sólida de qualquer um deles. Lêem muito e não sabem falar corretamente, têm vocabulário limitado e limitam seu próprio público. Percebo que nunca houve uma real preocupação em divulgar os clássicos, como também um obscurantismo no momento de tratá-los. E isso se repete até mesmo nos exemplos que deu de clássicos. Sei que não é seu caso, em razão de sua formação acadêmica; no entanto, é verídico noutros casos. As pessoas fazem bico para Dostoiévski, Herman Hesse, ou um clássico mais consagrado ainda feito Homero. Essas pessoas provavelmente lêem mais de um livro por mês e, como bem pontuou, não saem da zona de conforto.
Por causa disso, identifico que a falsa intelectualidade, ou sua ausência, também se dá em razão da negligência dos influenciadores em tentarem introduzir leituras levemente mais complexas. Ainda que exista a justificativa da complexidade, livros como Knulp, Declínio de um Homem e até mesmo Memórias Póstumas de Brás Cubas são um ótimo ponto de entrada. Maimônides afirmava que as ciências naturais e a filosofia deveriam ser ocultadas do povo comum; às vezes penso que deveria ser assim; olho novamente e vejo que já é assim e me enfureço com o tratamento da literatura atual. E acho que acabei tornando isso numa carta de ódio a todos os booktubers e booktokers. Não é nada pessoal.
@@triffschinoise Fico triste com esse pensamento. Tem muitos booktubers e booktokers excelentes e de diferentes nichos, da literatura, basta saber procurar :)
@EmyCustodio Eu concordo, foi apenas uma extrapolação. Conheço muitos canais excelentes de literatura tanto aqui quanto em conteúdo gringo. Perdoe-me se fui ácido demais, mas foi o meio mais "cativante" que achei de propagar a mensagem e meu descontentamento. Sucesso e paz pra você.
Mds eu conheço tds esses canais q vc falou ahhh mds como eu sou antiga
@@paula-pq5ry toca aqui
Eu comecei a gravar para falar o que acho dos livros que leio, mas realmente a nova cultura desse nicho é muito superficial. Eu gosto de falar e falar, e videos de 1 minuto não é entregue a ninguem e ninguem interage. É muito difícil ir na onda qnd vc vê um video de 1min seu ganhar muitos likes. Mas decidi continuar o que eu sou, e vou falar sempre dos meus livros do jeito que eu quiser
@@coraliight Opaaa quero ver seus vídeos! E espero te ver mais por aqui, aqui é vídeo longo atrás de vídeo longo, inclusive soltei um ontem ;)