Para não morrer na Ladeira da Memória
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- Опубліковано 6 лис 2024
- Enfrentar o luto é sempre uma experiência solitária, ainda que outros já tenham passado "pelo mesmo". Há quem se apegue à memória do que perdeu, para tentar não perder ainda mais. E nessa descida pela ladeira da memória vamos vivendo como quem olha apenas pelo espelho retrovisor. Em algum momento será preciso olhar para a frente. Em "A Ladeira da Memória", o romancista José Geraldo Vieria elabora um luto seu em forma de romance, tentando encontrar uma forma de seguir adiante, sem esquecer do passado.
Excelente. Estou lendo essa edição agora mesmo!
Boa leitura, professora!
Teus vídeos são sempre irretocáveis, Francisco! Obrigada mesmo!
Nesse ano de 2024 , esse vídeo faz muito sentido
Obrigado
Eu agradeço imensamente ao Olavo por ter me indicado esse livro.
Estou começando hoje a leitura de A LADEIRA DA MEMÓRIA. Já li A MULHER QUE FUGIU DE SODOMA (Excelente!) e O ALBATROZ (muito bom!!!). A QUADRAGÉSIMA PORTA está na fila (será a próxima obra de J. G. Vieira a ser lida por mim). Parabéns pela postagem!!!
Este livro é maravilhoso!
Amei esse livro. É deslumbrante, palavras, fatos históricos o sentido da vida.
Aprender a substituir a Ladeira da Memória pela Escada do Paraíso. Show de bola!
Fui ter conhecimento da existência dele hoje
Terminei. Nota 6
Que lindo! Obrigada por esse vídeo, Chico 💕
A gente que agradece, Ana!
Excelente! Ótima recomendação! Parabens!
Obrigado!
Acabei de ler esse livro.
É bem mediano.
É um livro marcante esse..🥺
Eu precisava disso. Vou comprar o livro hoje!
O tema do luto é a realidade trágica da história do século XX e de seus personagens. Acredito que o esquecimento de José Geraldo Vieira é, primeiramente, pelo fato de que a crítica hegemônica brasileira é sociológica e essa linha crítica não tem mecanismos para entender o romance trágico de José Geraldo, de Lúcio Cardoso, de Cornélio Penna, de Adonias Filho, entre outros, que vêm de Faulkner, de Wassermann, de Dostoievski.
Sim, A Ladeira da Memória fala de uma catábasis necessária na vida de personagens que passam por perdas, mas mais do que isso é um "romance simbólico" , como diz o próprio narrador, que aponta para a quebra histórica e epistemológica que a Grande Guerra assinalou. Seus personagens são trágicos porque vêm do fundo desse abismo (Abgrund, na expressão de Nietzsche), da morte, da perda, mas, de acordo com o que disse o Professor, fazem uma anábasis, como se uma ascensão cômica, no sentido da Divina Comédia,uma redenção crística kierkegaardiana, não sinteticamente nos termos de Hegel, mas analiticamente, sem síntese, como o faz Dostoievski. Isso nos diz a personagem Berthe, em Terreno Baldio, outro grande romance de José Geraldo, "Todavia, não se morre quando se sofre, há sempre uma luz bruxuleando dentro do cérebro, uma cinza quente, uma pequenina mola dentro do coração a fazê-lo pulsar..." Por isso foi necessário à academia esquecer José Geraldo, assim como evita Dostoievski, Kierkegaard, Shakespeare, Unamuno. Eles dão uma saída não sintética para o trágico, apontam para o palindromos harmoniae do excelsior. E essa é uma revelação que o pensamento acadêmico não suporta, pois ela reúne os contrários do trágico e do crístico que Nietzsche condenou. Além de que o pensamento acadêmico é um capítulo do niilismo que ele mesmo condena e quer apontar nos outros.
Esse livro é muito bom, já havia lido em e-book, agora vou comprar o físico. Também gosto do "A Mulher que fugiu de Sodoma".
Boa Chico!
O Chico não tem barba?
Talvez ele a raspe de vez em quando né.