Há também outro aspecto interessante: a fisica é uma ciência que trabalha com aspectos quantitativos (que podem ser medidos, mensurados) da realidade, e não qualitativos, que estudam o que determinada coisa é em verdade. Por exemplo: a física pode determinar o comprimento de onda ou a frequência para a luz vermelha, mas não pode explicar o que É o vermelho (descrever a sensação de perceber algo vermelho). De forma parecida, os nossos pensamentos e desejos tem uma correspondência em redes neurais de nossos cérebros, mas isso por si não explica a sensação da mente, que, sim, está sujeita aos nossos desejos, vontades e alma.
Olá, Omar, ótimo vídeo. Mesmo tendo ciência de que a alma humana transcende o plano físico, sendo uma análise material irrelevante nesses termos, gostaria de que você fizesse um vídeo explicando melhor a mecânica quântica e o porquê dela não quebrar o determinismo clássico mesmo se utilizando de cálculos probabilísticos.
A análise e conclusão do criador de conteúdo sobre o determinismo apresentam algumas falhas conceituais e argumentativas que enfraquecem sua proposta. Aqui estão alguns pontos em que a análise mostra fragilidade: 1. Falta de Clareza na Distinção entre Planos de Realidade: O autor menciona repetidamente diferentes "planos de realidade" para tentar sustentar a ideia de que o determinismo físico não afeta o livre-arbítrio humano. No entanto, ele não oferece uma fundamentação clara ou sólida sobre o que esses "planos" são ou como funcionam. Embora ele diga que o livre-arbítrio opera em um "plano diferente" do determinismo físico, ele não explica adequadamente como essa separação é possível. Sem essa distinção bem definida, a argumentação parece ser mais uma evasão do problema do determinismo do que uma refutação propriamente dita. 2. Confusão sobre o Determinismo na Física Quântica: O autor afirma que a física quântica "também é determinista" e que isso não abre espaço para o livre-arbítrio. No entanto, essa é uma simplificação grosseira da física quântica. De fato, a mecânica quântica introduz o conceito de indeterminação, como evidenciado no Princípio da Incerteza de Heisenberg. Isso não implica que ela seja totalmente indeterminista ou que automaticamente prove o livre-arbítrio, mas a interpretação da física quântica é uma questão complexa e debatida, que o autor ignora. Ele minimiza essas questões sem fornecer uma argumentação convincente. 3. Argumento da Intuição do Livre-Arbítrio é Fraco: O criador baseia grande parte de sua defesa da liberdade humana em uma "intuição" que temos de que nossas ações são livres. No entanto, o apelo à intuição como prova de livre-arbítrio é filosoficamente frágil. A sensação de que estamos tomando decisões livremente pode ser enganosa, especialmente se considerarmos as teorias que defendem que o comportamento humano é amplamente condicionado por fatores biológicos, psicológicos e ambientais. A mera sensação de liberdade não é suficiente para provar sua existência, uma vez que intuições podem ser falhas ou ilusórias. 4. Equívoco ao Misturar Ciência e Teologia: O autor tenta integrar argumentos teológicos ao debate sobre o determinismo físico, mencionando, por exemplo, a onisciência de Deus como um fator que não interfere no livre-arbítrio. Contudo, ele não estabelece uma ponte coerente entre esses dois campos. A introdução de conceitos teológicos não resolve o dilema entre determinismo e livre-arbítrio no campo da física ou da filosofia da mente. Em vez de tratar o problema dentro dos limites filosóficos ou científicos, ele muda o foco para uma esfera teológica, sem justificar adequadamente como as duas esferas interagem. 5. Simplificação das Implicações do Demônio de Laplace: Ao abordar o demônio de Laplace, o criador de conteúdo minimiza suas implicações sem discutir seriamente os desafios que essa ideia levanta para o livre-arbítrio. O argumento de Laplace não é apenas uma curiosidade intelectual, mas um teste para a ideia de que o universo, se compreendido completamente em termos de suas leis físicas, pode ser previsível em todos os níveis, inclusive no comportamento humano. A ideia de que uma "separação de planos de realidade" resolve o problema soa superficial, especialmente quando o autor não explica como esses planos operam de maneira independente. 6. Ausência de Contra-argumentos Filosóficos: Ao não engajar com argumentos filosóficos clássicos contra o livre-arbítrio, como os propostos por filósofos deterministas como Spinoza ou compatibilistas como David Hume, o criador deixa de abordar os principais desafios ao seu ponto de vista. Ele não responde aos argumentos de que nossas ações podem ser condicionadas por fatores fora de nosso controle, mesmo que sintamos que estamos agindo livremente. Ao ignorar esses desafios filosóficos mais profundos, a análise parece incompleta. Conclusão Geral: A análise é fraca porque o autor evita os desafios mais profundos e complexos que o determinismo coloca ao livre-arbítrio, recorre a uma distinção confusa de planos de realidade sem explicá-la adequadamente, e utiliza argumentos baseados em intuição e teologia que são incapazes de lidar com as questões filosóficas e científicas centrais. Em vez de oferecer uma resposta robusta ao problema do determinismo, a argumentação do criador de conteúdo parece superficial e evasiva.
Se considerarmos que, apesar de termos uma alma indeterminada, temos um corpo físico que é regido pelas leis da física, como conciliar uma vontade livre com um corpo mecânico?
Omagro tá voando. Parabéns, Omar. Mais um vídeo excelente
Obrigado!
Muito obrigada por acatar minha sugestão de vídeo! 🥳
Concordo com cada palavra. Perfeito. Parabéns pela didática, é muito difícil explicar essa questão de forma que todos entendam, e você conseguiu!!
Há também outro aspecto interessante: a fisica é uma ciência que trabalha com aspectos quantitativos (que podem ser medidos, mensurados) da realidade, e não qualitativos, que estudam o que determinada coisa é em verdade. Por exemplo: a física pode determinar o comprimento de onda ou a frequência para a luz vermelha, mas não pode explicar o que É o vermelho (descrever a sensação de perceber algo vermelho). De forma parecida, os nossos pensamentos e desejos tem uma correspondência em redes neurais de nossos cérebros, mas isso por si não explica a sensação da mente, que, sim, está sujeita aos nossos desejos, vontades e alma.
Olá, Omar, ótimo vídeo. Mesmo tendo ciência de que a alma humana transcende o plano físico, sendo uma análise material irrelevante nesses termos, gostaria de que você fizesse um vídeo explicando melhor a mecânica quântica e o porquê dela não quebrar o determinismo clássico mesmo se utilizando de cálculos probabilísticos.
Muito bom... Até onde alcancei.
Gostaria de ver uma resposta ao video do prof carlos
A análise e conclusão do criador de conteúdo sobre o determinismo apresentam algumas falhas conceituais e argumentativas que enfraquecem sua proposta. Aqui estão alguns pontos em que a análise mostra fragilidade:
1. Falta de Clareza na Distinção entre Planos de Realidade: O autor menciona repetidamente diferentes "planos de realidade" para tentar sustentar a ideia de que o determinismo físico não afeta o livre-arbítrio humano. No entanto, ele não oferece uma fundamentação clara ou sólida sobre o que esses "planos" são ou como funcionam. Embora ele diga que o livre-arbítrio opera em um "plano diferente" do determinismo físico, ele não explica adequadamente como essa separação é possível. Sem essa distinção bem definida, a argumentação parece ser mais uma evasão do problema do determinismo do que uma refutação propriamente dita.
2. Confusão sobre o Determinismo na Física Quântica: O autor afirma que a física quântica "também é determinista" e que isso não abre espaço para o livre-arbítrio. No entanto, essa é uma simplificação grosseira da física quântica. De fato, a mecânica quântica introduz o conceito de indeterminação, como evidenciado no Princípio da Incerteza de Heisenberg. Isso não implica que ela seja totalmente indeterminista ou que automaticamente prove o livre-arbítrio, mas a interpretação da física quântica é uma questão complexa e debatida, que o autor ignora. Ele minimiza essas questões sem fornecer uma argumentação convincente.
3. Argumento da Intuição do Livre-Arbítrio é Fraco: O criador baseia grande parte de sua defesa da liberdade humana em uma "intuição" que temos de que nossas ações são livres. No entanto, o apelo à intuição como prova de livre-arbítrio é filosoficamente frágil. A sensação de que estamos tomando decisões livremente pode ser enganosa, especialmente se considerarmos as teorias que defendem que o comportamento humano é amplamente condicionado por fatores biológicos, psicológicos e ambientais. A mera sensação de liberdade não é suficiente para provar sua existência, uma vez que intuições podem ser falhas ou ilusórias.
4. Equívoco ao Misturar Ciência e Teologia: O autor tenta integrar argumentos teológicos ao debate sobre o determinismo físico, mencionando, por exemplo, a onisciência de Deus como um fator que não interfere no livre-arbítrio. Contudo, ele não estabelece uma ponte coerente entre esses dois campos. A introdução de conceitos teológicos não resolve o dilema entre determinismo e livre-arbítrio no campo da física ou da filosofia da mente. Em vez de tratar o problema dentro dos limites filosóficos ou científicos, ele muda o foco para uma esfera teológica, sem justificar adequadamente como as duas esferas interagem.
5. Simplificação das Implicações do Demônio de Laplace: Ao abordar o demônio de Laplace, o criador de conteúdo minimiza suas implicações sem discutir seriamente os desafios que essa ideia levanta para o livre-arbítrio. O argumento de Laplace não é apenas uma curiosidade intelectual, mas um teste para a ideia de que o universo, se compreendido completamente em termos de suas leis físicas, pode ser previsível em todos os níveis, inclusive no comportamento humano. A ideia de que uma "separação de planos de realidade" resolve o problema soa superficial, especialmente quando o autor não explica como esses planos operam de maneira independente.
6. Ausência de Contra-argumentos Filosóficos: Ao não engajar com argumentos filosóficos clássicos contra o livre-arbítrio, como os propostos por filósofos deterministas como Spinoza ou compatibilistas como David Hume, o criador deixa de abordar os principais desafios ao seu ponto de vista. Ele não responde aos argumentos de que nossas ações podem ser condicionadas por fatores fora de nosso controle, mesmo que sintamos que estamos agindo livremente. Ao ignorar esses desafios filosóficos mais profundos, a análise parece incompleta.
Conclusão Geral: A análise é fraca porque o autor evita os desafios mais profundos e complexos que o determinismo coloca ao livre-arbítrio, recorre a uma distinção confusa de planos de realidade sem explicá-la adequadamente, e utiliza argumentos baseados em intuição e teologia que são incapazes de lidar com as questões filosóficas e científicas centrais. Em vez de oferecer uma resposta robusta ao problema do determinismo, a argumentação do criador de conteúdo parece superficial e evasiva.
Perfect!
Pergunta Omar você pretende ter um canal nu telegram divulgar os livros que você lê informa PDF e esse interessante
Ele não tem tempo pra isso
@@JamesBond-hg6xdMas seria bom
Se considerarmos que, apesar de termos uma alma indeterminada, temos um corpo físico que é regido pelas leis da física, como conciliar uma vontade livre com um corpo mecânico?
Professor o senhor conhece e pretende apoiar o Partido dos Cristeros?
Primeiro comentário hehe
segundo, haha