CAMPANHA - Fabiano Bacchieri - 19° Acampamento da canção nativa de Campo Bom/RS

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  • Опубліковано 5 лют 2025
  • CAMPANHA (MILONGA)
    Letra: Evair Suarez Gomez
    Música: Juliano Gomes
    Fabiano Bacchieri - Intérprete
    Evair Suarez Gomez - Recitado
    Juliano Gomes - Baixo e vocal
    Quinto Oliveira - Violão
    Luciano Fagundes - Guitarron
    Daniel Zanotelli - Flauta transversa
    Ricardo Comasseto - Cordeona
    Davi Batuka - Percussão
    Ponchito verde estendido
    Sonolento adormecia...
    Até que um choro surgia
    Pelo eixo enferrujado
    Madrugada e mate amargo
    Nasciam um para o outro
    E o sol rebolcava o corpo
    Sobre o sereno molhado.
    Era tu e a estrela Dalva
    As três Marias e o Cruzeiro
    A lua era o candieiro
    Pra noite não ser escura
    E foi num quarto de lua
    Quando minguava o pavio
    Que a noite fria pariu
    Uma branca geada graúda.
    Nasceste campanha imensa
    Pra miliqueros e errantes
    Pra gaúchos e andantes
    Contrabandista e matreiro
    Pros ranchos nascidos a esmo
    Baú de tantos segredos...
    Donde chinas dobrarem os joelhos
    Na prece antiga do terço.
    Campanha do velho umbu
    Que emprestava seus braços
    Para aliviar os mormaços
    Nesses dias de verão
    Solito na imensidão
    Quando assoviava o pampeiro
    Servia de guitarreiro
    Pra o vento cantar chuva e solidão.

    Mas te levaram pra o povo
    Te plantaram arranha céus
    E na trampa do mundéu
    Foram levando tua gente
    O choro lindo e estridente
    Que tu ouvia da espora
    Também levaram embora
    Assim no más, de repente.

    Neste floresta de pedra
    Não hay corunilhas plantadas
    Nem pitangas, nem aguadas,
    Nem gado berrando solto
    Tampouco pialos de potros
    Que se planchavam em teu ventre
    E nem estrelas cadentes
    Que te adornavam o rosto.

    Campanha, sei que de a pouco
    Te atulharam de cimento
    E que tu é um fragmento
    De tudo aquilo que eras
    Os ranchos viraram taperas
    Os bolichos não existem
    Talvez algum ainda insiste
    Pra servir trago pra um coera.

    E nesse metro e pouco de pasto
    Que batizaram canteiro
    Na embocadura do freio
    De um pingo oveiro picaço
    Vi uma nesga de pasto
    Que me fez voltar no tempo
    Campanha, por um momento,
    Te vi cortando meu rastro.

    Te vi como se nunca
    Tivesse vindo pra o povo
    Enxerguei o umbu de novo
    De braço crucificado
    Olhei o pingo encilhado
    Pastando junto ao canteiro
    E enxerguei meu pago inteiro
    No coração do povoado.

КОМЕНТАРІ • 4

  • @DemersiiJesse
    @DemersiiJesse 7 місяців тому

    Show de especial!!

  • @leonardodasilvasoares9316
    @leonardodasilvasoares9316 2 роки тому

    Só os fera!

  • @lisandrauequed
    @lisandrauequed 2 роки тому +1

    Que cousa bem Gaúcha! Poesia pura, cheirando a barro de mangueira, faz pensar, questionar !!!!! Orgulho da nossa produção cultural!!!! Baitaaaaaaa

  • @miguelaugusto9965
    @miguelaugusto9965 2 роки тому +1

    Buenas, não consegue a música Rumo e Tropas do Joca Martins e Ricardo Bergha