Separar autor e obra - isso é possível? É necessário? Analisando a questão na filosofia e nas artes

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  • Опубліковано 7 вер 2024

КОМЕНТАРІ • 184

  • @convergenciaz
    @convergenciaz 8 місяців тому +127

    Eu dou risada daqueles caras de direita que se dizem fãs do Pink Floyd e quando descobrem que essa banda era cheia de ideias de esquerda ficam cheios de frustração e vão pra internet dizer coisas como "... gosto deles , só não gosto do que eles falam..." , KKKKKKKKKKKKKKKKKK

    • @somewhere.onlyweknow
      @somewhere.onlyweknow 8 місяців тому +15

      Diferente daquela banda ruim que toca naquele programa supostamente de humor, que também é muito ruim.

    • @leonardomota9679
      @leonardomota9679 8 місяців тому

      Na realidade o Pink Floyd é claramente anti-fascista, daí quem é fã bolsominion está delirando. Mas dizer que o Pink Floyd é uma banda "militante de esquerda" daí eu não posso afirmar isso com certeza... 🤔

    • @pedror.r.anovites7392
      @pedror.r.anovites7392 8 місяців тому +3

      ​@@somewhere.onlyweknow essa banda tem músicas interessantes, eu inclusive me surpreendi com o Roger quando se mostrou de extrema direita, claro q isso faz a gente pensar em possibilidades: ou ele mudou ideia dessa época pra hj, ou a interpretação q devemos fazer deve ser mais metafórica e metalinguística.

    • @somewhere.onlyweknow
      @somewhere.onlyweknow 8 місяців тому +1

      @@pedror.r.anovites7392 nunca ouvi nenhuma que me agradou

    • @convergenciaz
      @convergenciaz 8 місяців тому

      @@somewhere.onlyweknow Que banda?

  • @rafaeldeoliveiracruz7895
    @rafaeldeoliveiracruz7895 8 місяців тому +19

    Excelente vídeo e preciosas considerações. Lembrei das polêmicas em torno de Lovecraft e da autora da série de livros do Harry Potter. Penso de maneira muito similar a vc com um acréscimo: o público se apropria da obra de arte de maneiras muito peculiares e diversas da intenção do autor e isso permite um distanciamento saudável. É interessante conhecer o(a) autor(a) e seus posicionamentos, mas a contribuição de uma obra para a cultura pode ser de tal modo considerável que extrapola a individualidade do(a) autor(a).

  • @andrebonamigo7069
    @andrebonamigo7069 8 місяців тому +6

    Tenho uma camiseta igual! Raul Seixas era um leitor assíduo de diversas obras, entre elas as filosoficas. Não é por acaso que suas musicas/composições têm uma profundidade rara. Conseguiu imprimir sua digital, sua autenticidade, a partir de insights que concerteza surgiram também dessas leituras. Viva o Raulzito! Viva a Filosofia! Obrigado pelo seu canal!

  • @ricardocorrea7980
    @ricardocorrea7980 8 місяців тому +28

    Concordo plenamente! No entanto, separar autor da obra é um exercício de autoconhecimento. Assim, é uma tarefa monumental e digna de mérito.

  • @edsonandrade.person
    @edsonandrade.person 8 місяців тому +3

    Excelentes colocações. Só queria colocar um pouco da minha visão. Creio que o fator "surpreenda-me" é muito proveitoso para acadêmicos e pessoas que vivem da leitura filosófica, literária e política. Para pessoas que trabalham em ramos mais pragmáticos e fazem suas leituras em oportunidades mais raras, esta abordagem pode se reverter em perda de tempo. A mescla entre autor e obra muitas vezes nos serve como triagem/filtro para estabelecermos nossas leituras segundo nossas prioridades. É mais uma necessidade do que qualquer outra coisa. Parabéns pelo trabalho!

  • @Fala_Fabim
    @Fala_Fabim 8 місяців тому +13

    Meu amigo, acompanho seu canal e hoje ficou claro porquê, estava trabalhando e pensando nesta questão, até o exemplo do Chico Buarque me ocorreu, ainda Fagner e Zé Ramalho no oposto. Até Vargas Llosa eu pensei. Abraço e sucesso

  • @Claudi333
    @Claudi333 8 місяців тому +7

    Muitos nāo entendem a seriedade da situação com relaçāo ao viés de confirmação, esse assunto precisa ser mais debatido em canais como esse!👍

  • @Cris16oli
    @Cris16oli 7 місяців тому +4

    Professor Glauber, esse vídeo me fez lembrar duas coisas: Primeiro foi Adorno, em Indústria cultural, uma live sua de mais ou menos 2 anos. Sempre fui muito ligada em músicas americanas, britânica, francesa, italiana... (modesta a parte, só as melhores) mas lembrei de quando soube que um cantor do começo dos anos 80 estava envolvido com pedofilia fiquei triste demais. Gostava muito das músicas dele. Nunca mais quis escutar!😩
    O segundo foi bem engraçado e estranho: estava na casa da minha irmã e mostrava na tv para meu sobrinho a sua página. Ele é católico praticante e quando viu uma live sua camiseta com um capetinha ( ele falou outro nome, mas não lembro) kkkkk Olha, ele fez um escândalo!! 🤦‍♀Eu expliquei que você é ateu e que ter ou não capetinha não significa nada e que o importante era a aula que você sempre dá nas suas lives! Eu, desde 2020, não sou mais católica. Mas continuo acreditando num (ou nuns) ser espiritual. E quanto mais adquiro conhecimento, mais acredito. Mas não adiantou muito. E ainda falou mal das suas camisetas! 🤷Esse sim é um bom exemplo de nada a ver o que você veste, seu ateísmo, rock pesado... com os seus excelentes ensinamentos filosóficos! Abraços.

  • @marca8368
    @marca8368 8 місяців тому +10

    No que tange à literatura, eu acreditava que era perfeitamente plausível separar autor de obra. Depois que eu escrevi e publiquei o meu primeiro romance de ficção, eu mudei de posição. A meu ver, é até possível separar autor de obra quando você não faz a menor de ideia de quem seja a pessoa que escreveu. Entretanto, a partir do momento em que você se dispõe a conhecer a vida e as posições da pessoa que exprimiu uma parte importante de seus pensamentos e de sua alma e lapidou em uma história, autor e obra não são mais separáveis. O risco de conhecer o autor de uma obra que lhe agradou é de se desapontar, mas entender de onde veio a obra em âmbito pessoal aprimora o entendimento sobre a dita obra, e potencialmente isso pode fazer com que goste ainda mais.

  • @Giofelippi
    @Giofelippi 8 місяців тому +7

    Excelente vídeo. Apesar de eu achar que no final a decisão é mais pessoal - principalmente nas artes - o mais importante é sempre manter a análise crítica. Até porque mesmo se um autor ou artista tiver posições parecidas com as nossas, nem por isso devemos abandonar o teor crítico à sua produção. Esse é um debate que aflorou bastante na cena da música, especialmente nos últimos anos quando as redes sociais passaram a dar mais visbilidade a acusações de diversas celebridades. Os músicos do século passado então nem se fala, a maioria tem algum podre na carreira (assim como atores e diretores de cinema também). Mas nem por isso a obra deixa de ser relevante, e acredito que até mesmo o artista. Contanto sempre que se mantenha uma posição crítica perante a isso

  • @jotta2819
    @jotta2819 Місяць тому +1

    11:29 - Conhecer sem pré-conceitos, estar aberto a experiência, ver o que ela tem a oferecer, é de uma grandeza enorme, de uma alma/ psique que supera constantemente seus próprios conceitos e limitações, pois em seu cerne habita uma vontade maior, a vontade de conhecer e beber da fonte.
    Pra min é possível separar Autor & Obra, mas nem sempre é viável, pois a obra é uma manifestação do individuo/ autor, possui parte de quem ele é, ou seja, o autor está ali.
    Mas também pode ser separada, pois o autor não será o mesmo para sempre, a mudança é tão inevitável quanto a morte. Por isso a necessidade de separar INDIVIDUO & OBJETO,
    para que um não interfira no valor do outro, o valor que damos é significativo, provém do impacto, influencia e importância de tal, e depois de estabelecido fica difícil ao ego, desapegar
    de um conceito ou segurança, para abraçar o novo e desconhecido.
    A separação para min deve ser racional, ética, moral, pautada em valores e no "bem comum", não deve tomar partido, mas buscar o bem estar de forma abrangente,
    e sim, as vezes é necessário retirar partes interpretativas, para que assim não haja margem para auto engano na narrativa.
    O QUE É BOM DEVE SER EVIDENCIADO, O QUE É MAU DEVE SER CONFRONTADO COM SABEDORIA, mais que inteligência!

  • @Gael_Nairy_Okisa
    @Gael_Nairy_Okisa 8 місяців тому +15

    Interessante essa frase: As vezes os indivíduos não estão a altura de suas próprias obras.
    Sobre se dá pra gostar de uma obra sem gostar do autor, ao meu ver temos três casos:
    Primeiro é quando as ideias de uma pessoa são diretamente expressadas e transmitidas nas suas obras, como músicas, pinturas, livros, etc.
    Segundo é quando as ideias parecem ser expressas indiretamente nas obras, nesse caso a muito espaço para interpretação forçada.
    E o terceiro caso é quando aquilo que a pessoa pensa, não é transmitido para sua obra.
    No primeiro caso, pra o receptor considerar tal obra valorosa vai depender se o que esta sendo expressado pelo emissor é aceitavel.
    O segundo e terceiro caso tornam possível apreciarmos separadamente a obra do autor. Exemplo: Banda Pantera e o Vocalista Phil Anselmo.

    • @valeriacarvalho6091
      @valeriacarvalho6091 8 місяців тому +1

      Existe o terceiro caso, camarada? Ou olhando bem, dali se tira esse pensamento de forma velada? Porque, pra isso ter sentido, teria de haver uma completa alienação quase abstrata da realidade, o que, no mínimo, já é expressão de uma postura inconsciente desconexa com a realidade e com o meio do artista, o que demonstra já perpassado o pensamento e postura dele; no sentido inverso: ele ter uma postura e não transpor aquilo na obra, não seria factível, pois o autor/artista seria... "Burro" de ter uma plataforma dessas disponível e não utilizar, ou seria... "Cínico e dissimulado" de transparecer o não-posicionamento realista reativo, mesmo tendo-o... E isso, camarada, desvaloriza a expressão artística pois ela fica superficial, e, pra quem é das artes pelo menos, isso é perceptível; tipo: "que obra boba e viajandinha, cara... É fraca"; contudo, num país de capitalismo periférico, em que o povo é desinstruído, ou reina a ideologia dominante, pode haver quem diga: "óbvio que existe tal neutralidade! Tal... INexpressão artística." Bom, não há três lados nessas moeda, já dissera Ernst Fischer em A Necessidade da Arte: há a expressão consciente, há a alienação inconsciente, não há a neutralidade... Pois esta, seria uma "alienação consciente", serve sempre ao lado da ideologia dominante, consciente ou inconscientemente... Quanto ao exemplo: tu consegue interpretar profundamente as letras do Pantera? Entende inglês? Em que nível? De que assuntos tratam as letras? Viajantes sem nexo ou sugerem, ou descrevem problemáticas sócio individuais? Estas refletem o sistema em que o Phil Anselmo está inserido? Pimba: refletem, não há arte neutra, pois ela fruto do artista, e o artista, em boa parte, é fruto do tempo espaço cultural do qual emerge.

    • @valeriacarvalho6091
      @valeriacarvalho6091 8 місяців тому +2

      Quanto a interpretação ser forçada: se a obra for de uma expressão artística mais sensorial, é sensório... A interpretação é menos racional, se for uma obra "literária": letra, poema, romance, roteiro, peça, propaganda televisa... Sempre haverá uma interpretação, e está será sempre, acredite, forçada... A falácia de Suzan Sontag sobre a contrainterpretatividade pode funcionar para artes mais sensoriais, e ainda assim estas expressarão a percepção advinda de uma postura sócio-individual do mundo, e as mais racionais, que lidam com a matéria prima cultural e linguística sempre nos demandarão certa força de percepção, de compreensão, do nível mais baixo ao mais alto... Interpretação forçada é um pleonasmo, camarada, tal qual: Capitalismo Selvagem, até o próprio ato da fala humana, funcionando sob a égide de alguma língua, já é um ato minimamente forte, tanto na expressão quanto na IMpressão: somente no uso corriqueiro, imagina no artístico! Arte: a dialética exteriointeriorizada através da consciência ou da inconsciência, se for consciente, é como a esquerda revolucionária: individualmente o autor começa a interferir na percepção realística do público, ou o leva a esquecer-se numa IMpercepção realística do público...pimba de novo: não há arte neutra, o que há é a capacidade do autor de perceber como atuante.

  • @Zubacomuna
    @Zubacomuna 8 місяців тому +2

    Excelente vídeo! E inclusive é uma importante pontuação para nós da esquerda, que exigimos total compreensão da produção intelectual de Stálin (com todas as suas contradições biográficas) e, por outro lado, condenamos qualquer coisa escrita, por exemplo, por Hannah Arendt (cuja biografia e produção intelectual também são extremamente problemáticas). Aliás, já vi youtuber falando o absurdo de que não se deveria ler Foucault porque ele violentava crianças. É um exercício difícil, mas autor e obra precisam ser separados.

  • @PedroHenrique-gi5rq
    @PedroHenrique-gi5rq 8 місяців тому +3

    Bom vídeo Glauber, mas existe um ponto que poderia ter sido melhor abordado, quando o autor, através das vendas da sua obra, financia movimentos que descredibilizam minorias, isto é, o financiamento do artista que tem visões preconceituosas não é algo a se refletir ?

  • @Pedro-S1lva
    @Pedro-S1lva 8 місяців тому +3

    como sempre reflexões de alto nivel,otimo video glauber!

  • @trabalhadorquele
    @trabalhadorquele 8 місяців тому +10

    Concordo em gênero, número e grau. O que nos faz separar um autor de sua obra são o preconceito e a ignorância.

    • @morhamednovaconta2256
      @morhamednovaconta2256 8 місяців тому

      Não foi isso que ele disse, camarada.

    • @trabalhadorquele
      @trabalhadorquele 8 місяців тому

      @@morhamednovaconta2256 talvez eu tenha entendido errado, mas o que eu quero dizer é que não podemos ter preconceito com nenhum escritor

  • @sorchagalera4465
    @sorchagalera4465 8 місяців тому +4

    Assim, se tratando de arte eu nao costumo separar o autor da obra não
    Se descubro que um cantor tem atos ou opiniões que considero muito ruins, logo paro de consumir seu conteúdo, principalmente se meu consumo render algum lucro para ele
    Perco o interesse na obra

  • @musicbykarma
    @musicbykarma 6 місяців тому +1

    Esse é um dialogo muito maduro, e é dificil encontrar pessoas com uma visão explicativa como a sua, obrigado camarada

  • @FelipeFinelli6088
    @FelipeFinelli6088 8 місяців тому +3

    Ótimo vídeo, esse tópico é sempre difícil, mas minha posição sobre isso é bem parecida com a sua, raramente procuro saber muito sobre o autor ou artista que vou ter o primeiro contato, costumo deixar isso pra um segundo momento. Eu sou da área de musicologia, e um dos grandes dilemas no nosso campo é o que fazer com o R. Wagner e sua obra. Ele era abertamente anti-Semita e um ser humano bastante podre de maneira geral, além de ser o compositor preferido de Hitler, mas a sua obra musical é belíssima e muito importante na história da música, então fica esse eterno dilema. Também gostei bastante do seu comentário sobre Bach e a Paixão Segundo São Mateus, apesar a nível de depoimento mesmo, eu sou ateu, e Bach é meu compositor preferido, consigo me emocionar muito mesmo com suas obras mais dedicadas ao cristianismo, ainda que eu não acredite no que ele acreditava, acho muito bela a forma como ele expressou aquilo que ele acreditava. E claro, a sua música era simplesmente extraordinária, e acho que isso de certa forma supera qualquer eventual ressentimento sobre religião.

  • @jetou3362
    @jetou3362 8 місяців тому +6

    Quando comecei a escutar Black Metal, onde o fascismo é muito presente, fiquei com essa dúvida. Pensei que escutar só aquelas bandas que eram abertamente contra essas ideologias problemáticas era uma opção. Mas apesar de existirem listas que cobrem as visões políticas de uma boa quantidade delas é impossível listar absolutamente todas. No capitalismo, o consumo ético é quase, ou talvez totalmente, impossível: não tenho como realmente assegurar que tudo que compro/consumo foi feito em condições justas de trabalho (na verdade, muito provavelmente não foram), mas isso seria válido pra música também? No sentido de que não é antiético por não existir escolha? Porque parece, ao menos, que existe uma possibilidade de escolha, uma vez que, a princípio, não necessitamos de arte para viver. Sinceramente não sei, vou refletir mais sobre depois.
    Ademais, ótimo vídeo. Gostei da nova edição.
    Perdão pelo comentário gigantesco!

    • @silvasantosjc2011
      @silvasantosjc2011 8 місяців тому +1

      Também curto o Black Metal, mas no meu caso eu sou um reacionário. Para um cara de esquerda entendo ser mais difícil de lidar. Eu costumo dizer que você deve curtir as obras porque pessoas nunca estarão 100% alinhadas nem com seus valores e nem com sua visão de mundo.

  • @matheussilvaunknownperfil6334
    @matheussilvaunknownperfil6334 8 місяців тому +1

    O ser humano esta em constante mudanças. Eu escuto os álbuns antigos do Kanye West mas na época ele não tinha esses distúrbio mental, ou se tinha devia estar bem mais controlado, mas hoje ele fala cada perola que não da nem vontade de ouvir o ultimo album dele

  • @gustavorebelo1052
    @gustavorebelo1052 8 місяців тому +2

    Acho que Adorno nos ajuda a entender melhor essa questão do que Kant, que parte de pressupostos muito formalistas na sua estética. A obra guarda uma autonomia relativa frente à sociedade e ao artista. Não podemos equipará-la nem a uma coisa nem a outra. É uma mediação entre ambas. Joga luz à elementos obscuros do social, assim como tem contradições com a biografia do autor. A arte é muito mais ambígua do que parece.

  • @MsValdenor
    @MsValdenor 8 місяців тому +2

    Dentro desse pensamento do distância do autor da obra me vem a cabeça o Nietzsche
    Todo mundo que conhece mais ou menos a biografia dele sabe que ele era um frustrado, misógino e bastante narcisista, porém nada disso importa diante do valor de sua obra defenderiam seus leitores
    Mas quando você começa a ler a obra dele você vê que esses elementos dentre outros nada amáveis estão presentes na obra, sendo inclusive a espinha dorsal dela em muitos aspectos
    Então nesse caso como separar o autor da obra? Para mim neste caso não dá

  • @JoseSantos-xh9mp
    @JoseSantos-xh9mp 8 місяців тому +4

    Já superei isso há muito tempo. A vida é curta, a obra é longa! Mas tenho dificuldade de receber bens os autores "liberais" contemporaneos pois os acho muito fracos. Os clássicos liberais ( Locke, A Smith, Burke ) são interessante e leio com vontade.

  • @joaorenato4352
    @joaorenato4352 4 місяці тому

    Apesar de muitas divergencias por pensamento, admiro seu grandioso trabalho.

  • @andrepatorres6001
    @andrepatorres6001 8 місяців тому +1

    Primeiro queria te parabenizar pela qualidade do conteúdo. Sou seu conterrâneo de Bello Horizonte, também atleticano e te conheci por acaso. Feliz Coincidência.
    No entanto acho que você tenta, na sua linha de raciocínio, decantar a arte em busca de algum elemento não-político, o que acho impossível. A arte expressa, de maneira explícita ou não, uma concepção de mundo de quem cria, sendo assim ela é essencialmente política, não dá pra separar. Talvez isso sirva para concluir que não dá pra separar autor de obra, como lidar com essa conclusão é que eu acho a sacada.
    Abraço.

  • @gabrielmorais971
    @gabrielmorais971 8 місяців тому +3

    Isso ocorre no mundo das Artes, dos esportes e das Ciências em geral tb. Pelé, Picasso e Frank Sinatra - entre muitos - foram genios suas profissões... mas na vida pessoal não foram tão virtuosos... então peguemos os bons exemplos e virtudes deles... afinal, somos tds assim... não perfeitos!

  • @otaciliooliveira8280
    @otaciliooliveira8280 7 місяців тому +1

    Parabéns pelo conteúdo

  • @eduardocesar9747
    @eduardocesar9747 8 місяців тому +2

    Faz esforços neste e noutros vídeos para, enfim, tornar este canal um lugar exclusivamente de adultos! Parabéns.

  • @gilbertagenor824
    @gilbertagenor824 8 місяців тому +2

    Eu concordo com essas questões, mas confesso que tenho certa dificuldade de separar o autor da obra. 😊

  • @danielfurtadoferreira1793
    @danielfurtadoferreira1793 8 місяців тому

    Conheci seu canal essa semana, estou gostando muito , sou cristão evangélico, não me considero nem de direita nem de esquerda , não gosto de extremos de nenhum dos lados , sobre o tema é exatamente o que vc disse Glauber temos que separar o autor da obra com certeza , continuarei seguindo esse canal , muito , muito bom obrigado

  • @martocasp
    @martocasp 8 місяців тому +1

    Adorei o tema. Esses dias mesmo estava conversando meus alunos sobre a separação do autor e sua obra. Excelente!

  • @FabricioBGil
    @FabricioBGil 8 місяців тому +2

    Em relação à arte, estou tendo um certo problema em relação à banda Mgla. Gosto muito da banda. O conceito em torno da banda é o niilismo, ao qual eles abordam magistralmente bem em suas letras, arte gráfica e simbolismo em apresentação ao vivo. Contudo, o selo que distribui o material deles, chamado Northern Heritage, tambem trabalha com bandas de extrema direita de cunho facho, além do vocalista ter projetos paralelos pra lá de suspeitos...

  • @SwagGirl8494
    @SwagGirl8494 8 місяців тому +2

    Concordo tanto que não concordei com quase nada que você disse mas estou indo agora assistir seu curso de filosofia. Abraço.

  • @TheCicloChannel
    @TheCicloChannel 8 місяців тому +1

    Excelente vídeo, trouxe uma perspectiva muito boa pra esse tipo de discussão, mas acho que faltou levar em consideração algumas coisas, que fazem um diferencial:
    A Perspectiva do Autor: É importante entender que uma obra e seu autor não existem sozinhos num vácuo, que elas são produzidas de acordo (e também enfatizar que ainda existem as que são produzidas em reação as) mentalidades de suas épocas, e com isso é importante entender a obra como uma expressão disso, uma parte muito importante para entender arte moderna foi justamente essa reação entre "reprodução x expressão", que mudou muito como a arte era vista; Magritte e Duchamp por exemplo usavam a questão da mensagem da obra (ou ausência desta) em suas obras ("A fonte" do Duchamp e "Isto não é um cachimbo" do Magritte por exemplo). A questão disso tudo é justamente, assim como Bernardo de Chartre fala de sermos anões em ombros de gigantes, de usar o autor como apoio para poder ver mais longe do que o próprio autor não pôde ver, não de ser subjugado por ele e reproduzir sua obra.
    A Perspectiva do leitor: Seguindo da conclusão do ponto anterior, é justamente um dos pontos que Roland Barthes enfatiza no seu ensaio "A Morte do Autor", que gosto muito de usar a frase "morto não fala" para exemplificar essa perspectiva, quando você lê a obra, você está mais perto de ler uma receita de bolo do que ler as palavras do autor que ele realmente quis trazer consigo, digamos assim; Você tem o trabalho todo de preparar o bolo, seja ter os ingredientes e ferramentas, saber as técnicas e entender o que a receita quer te instruir para só depois do preparo poder ter o prazer de comer o bolo, e isso tudo é basicamente o trabalho de leitura que você tem que fazer, saber o contexto daquela obra ("o porquê", "o onde" e "o quando" essa obra foi produzida), saber abstrair o conteúdo do texto (o "como") para entender o que ela quer comunicar com você (seja emoções, teorias etc, é o "o quê" ) e a sua finalidade (o "pra quê"), mas esse trabalho todo acaba não sendo o mesmo para todo leitor: um satanista, um teólogo da libertação e um padre irão ler a bíblia de formas completamente diferentes de um para o outro, da mesma forma que nossa capacidade e experiência lendo as obras, tendo sua própria análise e interpretação do que lhe foi dado com o que já tem.
    No final das contas, para poder separar o autor da obra, creio que você tem que primeiro entender tanto o autor quanto a obra, para poder resignificar ela, usando da analogia do bolo, saber onde ajustar na receita para poder fazer o bolo do jeito que você gosta, mas a partir dai não seria mais uma leitura do autor, seria uma leitura de um novo participante nesse processo, do leitor-autor, aquele que leu a obra do autor original, entendeu ela e trabalhou encima dela para dar um novo significado da experiência original. O movimento artístico do Construtivismo, em seu Manifesto Realistico, termina com a frase "A arte é chamada para acompanhar o homem em todo lugar onde sua vida incansável toma lugar e se expressa: no escritório, na oficina, na folga e no lazer..."; A arte nos acompanha, não o contrário, nós que produzimos, não é o que foi produzido pelos gigantes do passado que exclusivamente nos produz.

  • @lucaserickcorreia4956
    @lucaserickcorreia4956 8 місяців тому

    Interessante. Obrigado.

  • @franciscanotiago9548
    @franciscanotiago9548 8 місяців тому +1

    bom conteúdo!

  • @aristotelesberino
    @aristotelesberino 8 місяців тому

    Discussão hoje muito relevante. O viés está muito presente na discussão pública. Certamente, haverá sempre a visão de mundo em toda proposição mais significativa sobre as questões de interesse em cada época. O problema agora talvez seja o modo em estamos engajados nas polêmicas, que nos ocupam praticamente o dia todo nas redes sociais. Há uma disputa instantânea e exaustiva pela verdade que está esgotando a possibilidade de todo debate.

  • @TheSup3r1
    @TheSup3r1 8 місяців тому +1

    É uma discussão importante que insistentemente tem rondando a internet com força, há pelo menos uma década. Confesso que minha opinião sobre o tema tem oscilado ao longo destes anos. Dentro deste tema, a disputa sobre a interpretação das obras de Monteiro Lobato, que notoriamente possui material racista e eugenista. Mas que é consagrado e formou gerações de leitores.

  • @josenildopintodossantossan8358
    @josenildopintodossantossan8358 8 місяців тому +1

    Muito bom ! Já tinha um pensamento parecido com o seu, consigo lidar bem com isso. Sou estudante de filosofia e sempre estou aprendendo com você, muito obrigado!

  • @pablofalcao4323
    @pablofalcao4323 8 місяців тому +1

    Ótima explicação, embasada e didática como sempre 👏🏼👏🏼👏🏼

  • @renatorebelowski1507
    @renatorebelowski1507 8 місяців тому +1

    Concordo com sua analise. Valeeeeu!

  • @pedror.r.anovites7392
    @pedror.r.anovites7392 8 місяців тому +1

    Gostei dessa capa do video. Grande Glauber, otimas argumentações. E achei interessante sua forma de analisar obras diversas e a relação com o autor destas.

  • @graycekelly9532
    @graycekelly9532 8 місяців тому +1

    No que tange à parte da filsoofia, concordo e achei a reflexao mais simples. A parte da arte achei um ppuco mais confusa a explicacao, mas no que entendi claramente, eu concordo, tenho apenas algo a acrescentar que eu uso para mim: enquanto mulher nessa sociedade misógina, embora em possa separar a obra do autor, eu prefiro nao comtribuir para o crescimento de determinados (as) artistas, pois a misoginia estampada tanto em sua obra ou que seja só em si mesmo, irá se voltar contra mim no final do dia.

  • @sidcleyqueiroz8093
    @sidcleyqueiroz8093 8 місяців тому +1

    que aula, parabéns,foi muito esclarecedor suas reflexões..

  • @comprimido
    @comprimido 8 місяців тому +1

    Bom demais o seu canal, professor! Obrigada pelos conteúdos.

  • @somewhere.onlyweknow
    @somewhere.onlyweknow 8 місяців тому +1

    Minha amiga falou um monte ppr eu ouvir marilyn manson, mas pra mim é nostalgico, lembra minha adolescência rebelde. Eu to nem ai pra vida pessoal dos artisitas...

  • @raqueldecamargo425
    @raqueldecamargo425 8 місяців тому

    Muito Interessante 🤔

  • @cacoroger2038
    @cacoroger2038 7 місяців тому

    Excelente aula, camarada!

  • @tavaresrco
    @tavaresrco 6 місяців тому +1

    particularmente gosto mais das fugas e de Pachelbel (essa ultima é simplesmente divina) e sou ateu... bem, em relação ao tema... mais ou menos, a muito tempo seguia exatamente como vc citou ai no vídeo, me preocupando com o que está escrito e não muito com o histórico e posicionamentos do autor.... erro a não se cometer mais! E vou explicar. Li O príncipe 3 x... e descobri que as 2 primeiras vezes eu não tinha intendido algo fundamental para a obra.... a ironia! em uma palestra sobre Maquiavel, veio a luz do erro de não se entender sobre o viés ideológico do autor e mesmo sobre peculiaridades culturais do mesmo... ingleses são muito sarcásticos em seus textos e produções, e é um humor dito dificil pq não vem de graça... ai veio a luz sobre a obra, Maquiavel era republicano ferrenho e provavelmente escreveu o referido livro na prisão por se opor a coroa.
    Isso tem uns 10 anos... dai pra frente resolvi revisitar algumas obras e descobri uma releitura muito mais rica com base na semiótica do autor. As vezes até deletéria, como todo o racismo de senhor dos anéis, e Hary Poter ou enriquecedoras como nos irmãos Karamazov; que para quem não sabe karamazo é lixo, já se perdeu no título... vai até achar que o pastor é uma espécie de herói da estória... e está longe disso... mas sé um questionamento muito válido esse... até que ponto podemos distanciar a obra de seu autor...

  • @diegolealcoleciona
    @diegolealcoleciona 8 місяців тому +1

    Obrigado camarada Glauber por mais um material rico e escalrecedor! Separar o homem da obra é uma coisa muito estigmatizada na música extrema brasileira. Temas tabus como: Anticristianismo, Antifascismo, homofibia, Anti-racismo entre outras tantas coisas munem a temática de inúmeras bandas (Manger Cadavre?, Violator, Dorsal Atlântica, Ratos de Porão, Sangue de Bode, Desalmado, Eskröta, Surra e muito mais). Talvez, uma das contradições mais conhecidas é o posicionamento político do ex vocalista do Sarcófago 'Wagner Anti-Christ". Onde o mesmo se posicionou a favor do Bolsonaro mesmo com sua forte declaração Anticristã na lírica do Sarcófago. Separar o autor da obra também implica em avaliar política e obra artísca. Obras artíscas podem ter ou ser poscionamentos políticos? Se sim seriam possível dissocialas? Fica o questionamento.

  • @ronivon6179
    @ronivon6179 8 місяців тому +1

    A obra é eterna, o autor mortal. A obra é definitiva depois de pronta, o autor pode mudar de ideia. Criador e criatura não se mistura e Frankstein já abordou esse assunto a muito tempo atrás.

  • @BoydorameiroStudy
    @BoydorameiroStudy 8 місяців тому +1

    prof Glauber, estou lendo Introdução à Dialética do Adorno por recomendação sua no spotify antes de começar Fenomenologia do Espírito! 💪

  • @cesar-hi9xc
    @cesar-hi9xc 8 місяців тому +2

    glauber falando sobre o manifesto sendo comentado por nao marxistas me lembrou direto da versao do manifesto que tem prefacio do PONDÉ

  • @goturmatau
    @goturmatau 8 місяців тому +1

    Admiracao de mais por seu trabalho glauber. Salve de nova iorque ✌️

  • @almirfda
    @almirfda 8 місяців тому +1

    Coincidentemente eu acabei agora o livro Teoria da História do José D'Assunção Barros onde ele afirma exatamente esse ponto, e além do exemplo do Heidegger, ele cita o caso do Althusser, que matou a esposa estrangulada e mais tarde renegou grande parte do seu trabalho, e nem por isso deve ter a sua obra descartada.

  • @leandrogomes1423
    @leandrogomes1423 8 місяців тому +2

    tem que tomar cuidado pra diferenciar o mensageiro da mensagem, e as obras não refletem todas as caracteristicas do autor, a obra não é o autor, por mais que algumas das caracteristicas dos autores podem estar expressadas na obra, mas isso tem que ser analisado caso a caso

  • @henriquebarreto4124
    @henriquebarreto4124 8 місяців тому +1

    Parei de ouvir Metallica depois que descobri que o vocalista tinha como hobby caçar grandes animais.... simplesmente foi. 😅

  • @MarcosPaliari
    @MarcosPaliari 8 місяців тому +1

    Muito bom camarada 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

  • @eduardoligabue7982
    @eduardoligabue7982 8 місяців тому

    Boa noite! A separação se faz necessário!!! Mas sim quando temos idearios convergentes temos tendência valorizar mais!!

  • @lucastomazini58
    @lucastomazini58 8 місяців тому

    muito boa a reflexão

  • @carmentoledo4342
    @carmentoledo4342 8 місяців тому +1

    No caso tanto da JK Rowlling quanto do HP Lovecraft o reacionárismo dos mesmos é externalizado na obra. Particularmente acho as reimaginações críticas das obras do Lovecraft mais interessantes que as do autor em si.
    Mas concordo que Hegel é um racista incontornável, o próprio Ministro Silvio Almeida recomendou sua obra mesmo com essa ressalva

  • @Ocpiocpi
    @Ocpiocpi 8 місяців тому

    Excelente vídeo👋🏼👋🏼

  • @gabrieldelamanche9291
    @gabrieldelamanche9291 8 місяців тому

    Muito, muito bom mesmo, excelente reflexão com excelentes citações!

  • @jarbasvespasiano3540
    @jarbasvespasiano3540 8 місяців тому +1

    Penso que a vida de um autor influência na sua produção intelectual, mas a trajetória de vida não determina, a obra aspira transcendência, mas é ingenuidade acreditar em plena autonomia intelectual da obra, isso é uma crença liberal, acreditar em suposta verdade é uma crença positivista, o fundamental é sempre dialogar criticamente com a obra, não se resume a uma questão de preconceito e julgamento moral, a reflexão vai além dessa afirmação

  • @iank20
    @iank20 8 місяців тому

    Concordo plenamente com seu ponto e a linha do arguento foi contruída de forma muito coerente. Sempre comento sobre a necessidade de ler, assistir e analisar os outros pontos de vista afim de apurar o que defendo. Um exemplo que sempre cito é o Pondé, discordo de muito do que ele diz mas não é possível alegar de que não é uma pessoa inteligente e com muito repertório e até mais do que eu mesmo. Assim como o Woody Allen, sua história de vida não consigo levantar como ponto de analise para julgar seus filmes. Narrativa impecavel mesmo discordando das suas escolhas de vida.

  • @bezerraalbuquerque6143
    @bezerraalbuquerque6143 8 місяців тому

    Passei um bom tempo achando que era necessário sempre associar o artista com a obra. Para mim era um verdadeiro conflito moral. Mas hoje tenho a capacidade de separar bem e consigo consumir a obra de artistas dos quais tenho várias ressalvas e até de alguns que eu não gosto. É um constante exercício para com as nossas próprias convicções.
    De todo modo, querendo ou não, às vezes nós internalizamos tanto a ideia de um artista "ser" algo que não condiz com os nossos princípios, que realmente fica difícil de consumir sua obra.

  • @marangonisjc1
    @marangonisjc1 7 місяців тому

    Prof. Glauber, excelente trabalho! Gostaria, se possível, que vc tratasse de uma questão próxima a esta que explica tão bem em seu vídeo: "devo consumir a arte de indivíduos de conduta condenável?"
    Vou dar um exemplo bem concreto, aí da Alemanha mesmo: faz vários anos que Rammstein é uma das minhas bandas favoritas e a forma que tinha para consumir Rammstein era pelo UA-cam e o Spotify. Acontece que, desde que várias acusações de assédio sexual caíram sobre Till Lindemann eu praticamente não ouço mais. Não me parece correto a base de fãs seguir consumindo (não apenas apreciando, importante frisar), enquanto não se souber se a conduta de Lindemann é minimamente tolerável.
    Estou correto?
    Forte abraço e ótima semana aqui do sul de Minas!

  • @daniellocatelli_
    @daniellocatelli_ 8 місяців тому +2

    Um tempo atrás eu compartilhava imagens de pinturas do Dalí e um amigo do Facebook me repreendia alegando que o Dalí era fascista, ficou do lado do Franco na revolução espanhola, etc. Fui buscar sobre, descobri que foi isso mesmo, mas não parei de compartilhar suas pinturas pois separei o artista da obra. É claro que perde a admiração pela pessoa, mas a obra eu consigo separar numa boa.

  • @misaelsantos5493
    @misaelsantos5493 8 місяців тому +1

    Continue com o canal glauber, eu ainda vou assinar o seu curso de filosofia kk ❤

  • @VSZ-zd0
    @VSZ-zd0 8 місяців тому +2

    Lembro de discussões acaloradas que tive por dizer que é possivel aproveitar a obra de um autor independente da ideologia dele, mas a maioria ao meu redor acha q sao coisas indissociáveis só pq foi o autor que falou/escreveu. Mais recente teve uma conversa sobre artes marciais serem em si fascistas, oq eu acho um absurdo, nenhuma tecnica em si é uma ideologia pq é uma coisa que nao possui capacidade de raciocínio como nós humanos, logo é impossivel a tecnica em si ser ou nao algo. Podemos ver a ideologia atraves do que é falado e feito por cada um pois expressa seus pensamentos na realidade, e nao a atividade em si. Que essa relaçao de lutadores e academias de luta terem maioria conservadora vem da ideia da nossa sociedade do que é "O Homem", ou seja, aquele que sabe se defender, é malhado, viril e etc... Logo essas pessoas com tal pensamento buscam esses locais pra atender oq a ideologia dele expressa, e nao o contrario...
    Enfim n sei se ficou confuso, mas o video veio num momento mt interessante...

  • @fernandobrancher3657
    @fernandobrancher3657 8 місяців тому

    Excelente vídeo. Muito pertinente e atual

  • @adailtomalves
    @adailtomalves 8 місяців тому +1

    Olá! Parece-me que o seu ponto de vista acerca da análise de obras de arte é fenomenológico, isto é, sem contexto, busca o fenômeno em si. Quanto à visão desinteressada de Kant é idealista, correto? O que quero dizer, é que todo artista é fruto de seu tempo histórico, com todas as contradições, pode assumir, consciente ou inconscientemente um lado, seja da dominação ou da crítica e só às vezes certa particularidade assumirá o universal - me parece que o posto de universal é o que você apresenta no vídeo. abs

  • @professoraerica7838
    @professoraerica7838 8 місяців тому +1

    Concordo. Eu avalio a obra, o trabalho, não a pessoa.

  • @GriiiiiiM
    @GriiiiiiM 8 місяців тому +2

    Mestre, você pretende vender o seu livro "Duvidar de Tudo" no formato ebook para Kindle?

    • @FilosofiaVermelha
      @FilosofiaVermelha  8 місяців тому

      Isso é com a editora, inicialmente eles fizeram só a edição física mesmo, não sei se pretendem lançar digital.

  • @leandrogomes1423
    @leandrogomes1423 8 місяців тому

    ótimo vídeo

  • @vinroza
    @vinroza 8 місяців тому

    Muito bom vídeo! É curioso porque, depois de uma determinada época conturbada politicamente, eu não consigo mais ouvir e cantar certas músicas de cantores e bandas que admirava devido à descoberta das posições políticas deles... Não consigo ser tão razoável assim.

  • @LeonnelRed
    @LeonnelRed 8 місяців тому +1

    Achava que na idade média todo mundo era intolerante e eu não sabia que Santo Agostinho era tolerante á filosofia "pagã". Interessante saber isso e reconheço que até acontece comigo as vezes esse filtro por viés.
    E se for abrir as redes sociais e ler os posts, dá impressão de que as pessoas estão bem fechadas em seus vieses. Esse debate precisa muito ser incentivado, ao meu ver.

  • @iridium-x7i
    @iridium-x7i 8 місяців тому

    Amigo ótimo vídeo e eu respeito e ate concordo ate certo ponto com seu ponto de vista. Porque nem todas as pessoas tem um certo nível intelectual compatível com essas leituras que você citou. digo. Nem todas as pessoas deveriam ler esses livros pois certas pessoas são tão fracas ou leigas em leituras em geral, que podem acabar distorcendo ou confundindo certas leituras como essas ou seja, não tem um nível intelectual correto para julgar corretamente o conteúdo do livro. Agora te pergunto não seria mais proveitoso essa pessoa ler outros livros reconhecidos e aceitos por todos como livros de matemática, física ou literatura brasileira ?

  • @dwschiu
    @dwschiu 8 місяців тому

    Assistindo o vídeo com camiseta do Rush, banda apreciadora da obra de Ayn Rand, que era de direita.

  • @daianyamour3263
    @daianyamour3263 8 місяців тому

    AMEEEEEEEIIIIII

  • @davidramos6385
    @davidramos6385 8 місяців тому

    Sim o que você diz no vídeo eu concordo que faz todo o sentido, eu mesmo já li o livro ao qual você mostrou e é um livro bem escrito e se fossem julgar pelo autor só os nazista podem ler, mas a obra tenho que admitir foi bem escrita talvez até mesmo por isso tenha sido censu

  • @pamcj008
    @pamcj008 8 місяців тому

    Parabéns pelo vídeo, professor!

  • @maiornegrovivo
    @maiornegrovivo 8 місяців тому +1

    17:47 já que você citou esse exemplo: existem INÚMERAS músicas evangélicas que vão contra OS PRÓPRIOS DOGMAS cristãos, mas passam ilesos por puro viés de confirmação

  • @matheuscarrasco3254
    @matheuscarrasco3254 8 місяців тому +1

    Há algum tempo entrei em uma discussão com um colega que se recusa a assistir aos filmes do Lars Von Trier por conta de declarações controversas do diretor, e por conta da acusação de assédio moral de algumas atrizes. Acho um pouco mais complexo se posicionar nesse caso, uma vez que não se trata apenas de uma posição do autor, mas sim de ações condenáveis. Sou muito fã da obra dele, mas também não condeno pessoas q escolhem não prestigia-lo. No entanto, algo que nunca farei é me privar de um conteúdo artístico de qualidade simplesmente pelo boicote, pois me parece uma ação um tanto inútil para a resolução do problema.

  • @robertodsmartins8268
    @robertodsmartins8268 8 місяців тому +2

    Toda História tem um pouco da história de quem conta.

    • @gabrielpires2908
      @gabrielpires2908 8 місяців тому

      Sim mas isso não define a história só abre o leck de possibilidades de análise

  • @gaucho69gaucho71
    @gaucho69gaucho71 8 місяців тому

    Penso da mesma forma.

  • @rlimalima5915
    @rlimalima5915 8 місяців тому

    Olá, Glauber. Sugestão de tema, p.você analisar do ponto de vista da Filosofia: p/favor ver a resenha deste filme recente, por Isabela Boskov: "A Sociedade da Neve": o impossível dilema da sobrevivência

  • @MultiMaquinho
    @MultiMaquinho 8 місяців тому

    Parabéns pelos ótimos vídeos!

  • @JulianaRainhadeMaio
    @JulianaRainhadeMaio 8 місяців тому

    O mesmo vale para o pessoal. Um exemplo: meu pai foi um excelente pai, porém cometeu erros com a minha mãe q a fez sofrer. No entanto, o papel dele de pai foi excelente e não posso dizer q ele é uma má pessoa somente diante de uma faceta.
    O mesmo eu vejo pelo lado profissional: já vi homens machistas que eram excelentes profissionais.
    Esse tom moralista muito característico no meio religioso, ultrapassou o seu meio e agora se dissemina entre outros grupos. Uma pena.

  • @magnomuniz5914
    @magnomuniz5914 8 місяців тому +1

    Concordo, não atoa eu curto Gusttavo Lima, dentre outros artistas, apesar de posições políticas bem problemáticas 😂

  • @JoaoVictor-sy1ig
    @JoaoVictor-sy1ig 8 місяців тому

    Camarada. Indica algumas obras sobre psicanálise, especialmente psicanálise e marxismo.

  • @LeonardoFernandesAlves
    @LeonardoFernandesAlves 8 місяців тому

    Muito bom !!!!

  • @emannuelsousa6540
    @emannuelsousa6540 8 місяців тому +1

    Fala aí, Glauber. Blz? Você chegou a falar da questão das bandas e seus integrantes e na hora me veio o Pantera na cabeça. Adoro o som.dos caras, mas o Phil Anselmo estragou o rolê todo. Você gosta de Pantera?
    Forte abraço.

  • @igromad
    @igromad 4 місяці тому

    acho que faltou citar autores contemporâneos e a questão do lucro, por exemplo a relação entre o consumo de Harry Potter e a JK Rowling sendo transfóbica

  • @caltamoio6705
    @caltamoio6705 8 місяців тому

    Nessa discussão tenho uma relação de amor e ódio com a banda Behemoth devido o Nergal ser AntiantiFa.
    Mas a reflexão desse vídeo até pela discussão Sartriana ilumina essa questão para padrões fora do simplismo binário.

  • @zenaidemiriaramos
    @zenaidemiriaramos 8 місяців тому

    é possível, mas tudo é exercício e reflexão.

  • @wguerra
    @wguerra 8 місяців тому

    Prof. Galuber, boa noite. Parabens pelo excelente trabalho. Pensando aqui comigo, que tenho uma formação inicial em exatas, não seria complicado se comparar afirmações que eu posso verificar (2+2=4) de afirmnações mais abstratas como o castelo é belo ou fulano é corrupto?

  • @andersondeoliveira6205
    @andersondeoliveira6205 8 місяців тому +1

    Bom dia. Parabéns pelo vídeo e pelo canal, companheiro. Gostaria de saber se a obra MINHA LUTA, de dois volumes apresentados por você, existe em inglês. Se sim, qual o nome do autor . Obrigado.

  • @rafaellpinheirof
    @rafaellpinheirof 8 місяців тому

    Eu acho que é sim necessário separar autor e obra, porém não em tudo. Vão existir situações em que a obra vai estar completamente contaminada pelo autor.