Televisão emburrece - o caráter regressivo de uma cultura da imagem comparada a uma cultura do texto
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- Опубліковано 7 вер 2024
- Substituir a leitura pelo ato de assistir televisão é algo culturalmente regressivo. Podemos dizer que a televisão, neste sentido, emburrece os indivíduos, e vai na contramão daquele desenvolvimento civilizatório do qual surgiu a ciência. Uma cultura do texto nos trouxe lógica, ciência, educação e civilidade. Quanto a uma cultura da televisão, no entanto, não podemos ser tão otimistas.
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Eu costumo dizer pros meus alunos que estudar é exatamente igual a malhar na academia. Vc não chega na academia no primeiro dia levantando 100 kgs no supino, assim como vc não começa a ler coisas extremamente difíceis de imediato. Tudo é prática
Entendo que essa questão se estende ao consumo de telas (não só a TV, mas os celulares, por exemplo). No livro A Fabrica de Idiotas Digitais, do Michel Dermurget, ele demonstra com muitas pesquisas o quanto o consumo de telas faz o desempenho escolar dos estudantes cair. E cai mais o quanto mais consomem essas telas. Detalhe é que o consumo massivo costuma ser mais um consumo de entretenimento. E mesmo quando o uso é educativo, quem assiste uma video aula aprende menos (na média) do que quem assiste uma aula presencial com interação com o professor e colegas de turma. As telas (mesmo quando bem usadas) ainda ficam atrás da leitura e da interação direta com as pessoas.
Mais um desserviço prestado pelo Capitalismo; até os avanços tecnológicos precisam gerar atraso justamente para continuar anestesiando as massas.
Além de nos emburrecer, nos tornou mais sedentarios e comprometeu de vez a noção de autonomia.
Sempre detestei os domingos, mas esperar pelos vídeos deste canal mudou a visão de tudo.
Agradecemos você não desistir do UA-cam.
Televisão o ópio do povo.
Por que o Pobre de Direita adora os domingos? É o único dia que as Elites compartilham com eles nos programas jornalísticos suas casas luxuosas e seus carros caríssimo, sem falar na comida sofisticada com ingredientes nobres que o pobre precarizado só vai ter na imagem de suas vidas miseráveis. Com isso a Classe Dominante doutrina o Pobe de Direita para votar e escolher os piores políticos nas eleições da Democracia Burgursa. Viva Bakunin.
@@Lily-AlvesMarx é o ópio dos comunistas.
Amigo esse raciocínio eu já vi em algum lugar,poderia mandar o livro ou referência?
O que tem haver o capitalismo com o fato de você ou qualquer outro adquirir conhecimento ou entretenimento das mais variadas formas?
Enfim, você só demonstrou ser tão ignorante quanto a quem está criticando.
Sou de Angola , seus vídeos me fazem refletir muito
O cara é bom né
E isso, Glauber! Minha experiência com a TV começa na minha infância, começo dos anos 70. Enquanto a ditadura corria, eu e minha família, depois de um sacrifico do meu pai, servente, comprou uma TV. Éramos imersivos na cultura do entretenimento global: novelas, shows... Quando a TV estragou, íamos pra casa da minha tia, a primeira casa, de 9, da vila onde morávamos. Todos parentes. Eu era apaixonada pelos festivais de musica do começo anos 70. Depois, troquei a assiduidade na TV pelas baladas nos clubes de discoteca e rock. Depois voltei a TV e ao rádio. Era louca pelo rádio, amava o Big Boy, disk jóquei da época. Enquanto isso, a ditadura matava e torturava, mas não percebia nada. Só fui perceber as artimanhas manipuladoras da TV, por causa da minha ânsia por leitura e o avanço dos meus estudos. Faz quase um ano que não tenho mais tv por assinatura! Eu não suporto mais tanta mentira e manipulação de notícias! Descobri que para se atualizar nas notícias não preciso da globo. O.mestrado em Análise Critica do Discurso tambem me ajudou muito em dar preferência pela leitura. Área que eu amo, inclusive Pragmática. E há sim uma outra guerra que, infelizmente, está em curso e vencendo: a guerra de narrativas! E quem percebe sofre demais!👊🏾Agora mesmo, vi no Instagram várias pessoas em barracas em NY. Muitos dizendo que a culpa é do socialismo e tanta gente concordando. EUA socialista!🙄 Pensa num engodo desse!!!
Parabéns camarada Glauber. Nesse sentido, nossos canais remam contracorrente em relação aos programas corriqueiros do YT.
Certamente, camarada! Grande abraço!
Recomendo muito o vídeo sobre a perda da infância. Falei desse vídeo até com minha psicóloga.
Em relação a esse vídeo aqui: eu quase não assisto TV. Mas, ando refletindo sobre o uso do meu tempo aqui no UA-cam, na Netflix. Nesse contexto, eu me obrigo a fazer uma resenha para o que eu assisto. Da mesma forma, em relação aos vídeos. Eu salvei os canais que eu penso que vale a pena acompanhar porque me proporciona uma reflexão crítica ou porque realmente me gera uma diversão genuína. Dos mais de 120 canais eu eu sigo, ficaram menos de 30. Um deles é o seu.
Obrigada! 🙏🏿
Estou há um ano e meio sem redes sociais. Suspendi as contas de Facebook e Instagram que eu usava.
Acesso, como se vê, o UA-cam.
Sigo canais de política e psicanálise.
Em um ano e meio creio que estou na transição entre o "emburrecimento das telas" e uma vida mais autoconsciente.
Esse canal me ajuda nisso, mas sobretudo precisamos de persistência.
Hoje sinto um prazer imenso em ler, estudar, conversar e verdadeiramente ESCUTAR.
Escuta é algo que precisamos ter primeiro com a gente mesmo e depois estudar ao outro.
Dá trabalho, moçada.
Mas vale a pena.
Meus vídeos preferidos são: "O desaparecimento da infância"(vi 4X), "Tipos de falácias"(vi 3X) e "Adorno e a Semicultura"(vi 7X). Parabéns pelo cana!l
Em casa nossa televisão nunca foi referência. Meus pais proibiram até completarmos 18 anos. Qdo liberaram já estávamos viciados em livros.
Eu não tenho filhos, mas também não sei se proibir seria a solução.
Nossa, vc é sortudo(a). Queria eu ter crescido com responsáveis que se preocupam com o desenvolvimento, visão crítica e saúde mental dos filhos, isso faz uma diferença imensa na vida.
@@xvenus.x Obrigado. O problema agora é o mundo digital. Por mais consciência que tenha dos excessos ainda me sinto devorado pela imposição desse mundo. Tenho acompanhado o professor Nicolelis e outros para entender mais. Agora mesmo estou lendo um livro mas fico tbm ligado no celular e os vídeos que me levam às inúmeras reflexões. De 5 anos para cá muita coisa mudou. 🤔
@@manuelgoncalves5853 Tenho pai francês e na França isso é comum, digo, televisão é pouco valorizada, é vista como sendo nociva. No Brasil já é o contrário. Não tive opção porque minha mãe brasileira concordava com meu pai rsrsrs
@@freespirit6898porém, existem livros e livros.....
Fantástica análise. Sou André, vivo no interior de SP e professor do Estado. A implementação de "telas" está a todo vapor. Este mês o Governo do Estado de São Paulo está implementado a plataforma de Língua Inglesa. Disse isso para comunicar que os jovens que já passam 4 ou mais horas em "games" irão ficar mais alguns minutos em outra tela que não lhes exigirá raciocínio e abstração. Os jovens estão sem repertório, isto é, eles não têm o que comunicar.
Eu tive uma infância incomum: aos 7 anos de idade, em 1989, fui morar com minha família em um bairro onde ainda não havia energia elétrica nem água encanada. Fui privado de assistir regularmente televisão até junho de 1994, quando enfim a energia chegou no bairro; mas curiosamente quando isso aconteceu, eu já havia desenvolvido o hábito de leitura e de desenhar, e não me acostumei a ver TV regularmente de novo. Esse fato foi doloroso por um lado, pois me isolou de minha própria geração - eu quase não tinha assunto com ninguém de minha idade - mas por outro lado me deixou como legado hábitos que cultivo com carinho até hoje e que são motivos de alegria pra mim. Não me tornei um gênio, nem nada do tipo simplesmente por não ver TV, mas acredito que deselvolvi uma personalidade um pouco mais original por causa disso, o que já é legal ... 😄
Muito bem Camarada, é isso aí.
@@arcadiolupin2841Valeu! Tenha um bom dia! 😊✌️
O Adorno ali na estante encarando minha alma profundamente durante o vídeo todo
*Recomendo fortemente*
Christoph Türcke, filosofo alemão que trabalha com os temas como atenção, estímulos e aceleração, quase que uma teoria da exploração a nível de sistema nervo que o mundo digital produz. Cada vez mais sendo estimulado pelas telas, diminuindo nossa capacidade de imaginação, criatividade, foco atencional e levando ao TDAH, ansiedade entre outros.
O autor faz uma arqueologia da Atenção, mostra que nos desenvolvemos pelos rituais, processos de pausa e reelaborações. Porem com o mundo das telas(televisão ou redes sociais), cada vez que trocamos de temas ou há um curte, como se fosse uma microviolencia ao nosso sistema atencional, fazendo com o que fiquemos cada vez mas inquietos. Perdendo a capacidade de atenção, portanto de relação com o mundo.
Recomendo os livros:
Sociedade Excitada
Hiperativos Abaixo a Cultura do Déficit de Atenção.
Christoph Turcke é maravilhoso.Há um livro dele , Filosofia do Sonho,no qual explora a vida psíquica e onírica sob o prisma da compulsão repetitiva.
Excelente conteúdo, ouvi a temática pelo Spotify e agora aqui no UA-cam.
Groucho Marx dizia que a televisão para ele colaborava muito para a cultura e inteligência : quando alguém na casa ligava a TV na sala, ele corria para o quarto e lia um livro...
Groucho Marx - o inventor do talk show - tinha programa na televisão. Como que alguém que faz programa na televisão não quer que as pessoas assistam televisão,,?
ASSINO TUDO ABAIXO!!!
Por experiência pessoal tenho uma dica pra quem anda ansioso e/ou tem THDA. Que focar na leitura de livros e em álbuns de música é bem terapêutico e restaurador. No meu caso leio ouvindo jazz, pra ajudar no foco ou mesmo uma desintoxicação mental no dia.
Eu leio um trecho e paro pra raciocionar o que tá pegando, fazer reflexões, me aprofundar naquilo
nem sempre isso é possível. em 2021 passei por um trauma, e a ansiedade gerava uma agitação mental tão grande que ficou impossível prosseguir com as minhas leituras. eventualmente, consegui voltar a ler, mas só retomei meu ritmo de verdade agora, 2 anos depois!
o apego de pensamento no trauma era tão grande que era difícil até ingressar no ritmo meditativo da leitura, em que as ideias passam como um rio, usando essa metáfora budista. a ferida psíquica era uma pedra imensa no caminho, uma barragem kkkkkk
@@pedropedro9605entendo ksksksksk
@@pedropedro9605 Também sinto assim as vezes!
O jazz é regressivo. Jazz é alienação.
Não sei se concordo inteiramente com algumas oposições que você apresenta. Concordo com a crítica à televisão na sua média, enquanto meio de entretenimento. (Será que só o cinema de Bergman é exceção? A série de TV Twin Peaks tbm não seria?) Sobre a oposição entre texto ou linguagem e imagem... achei complicada. A começar, todo texto é verbal? De outro lado, não achas que ao tomar o texto como da ordem do mais abstrato, em contraste à representação concreta, está muito afetado pela tecnologia de escrita do fonograma do dito ocidente, diversa da escrita em pictogramas ou em ideogramas. Tem algo de Sobre as fronteiras da pintura e da poesia de Lessing nessa oposição que você faz. E mesmo que fiquemos com essa oposição, será que toda imagem é algo fácil de reagir ? Velázquez, Magritte, Kandinsky e muitos outros mostram que não é bem assim... a imagem nem sempre se confunde com o referente. Perdão, tive de comentar, gosto do seu canal, mas essa oposição faz com que muitos ainda tratem os quadrinhos como uma algo hibrido e de segunda ordem, puro entretenimento. Será mesmo que os quadrinhos de Héctor Oesterheld, de Alan Moore, de Lourenço Mutarelli são só entretenimento de fácil reação?
Concordo plenamente contigo!
Faz bastante tempo que não acompanho seus conteúdo Camarada Glauber, mas hoje o título me chamou muito atenção.
O conteúdo continua excelente e de ótima qualidade.
Um dos melhores canais de filosofia da atualidade no UA-cam. 👏👏👏
Para contribuir na argumentação temos o "teorema da mala de viajem". A mala tem um espaço finito e você vai ter que escolher o que botar nela e cada escolha de um objeto é a renúncia de vários outros. Assim é um dia de 24 horas ou uma semana de 7 dias. Temos que escolher que objetos vão preencher esses volumes. Nesse sentido muitas horas de televisão pode significar poucas horas de leitura, já que temos que escolher e não podemos fazer duas coisas ao mesmo tempo.
Que blz de explicação, com ex . e criatividade.grato
Excelente vídeo. Vi o outro vídeo na íntegra e recomendo. Especialmente para professores
Felizmente cresci numa cassa com muitos livros! A TV sempre foi algo pouco valorizado! Hoje vou à casa de meus sobrinhos e cada um deles tem TV no quarto e os pais acham isso lindo! Livros, só os obrigatorios na escola. Triste!
Ola Glauber, o Brasil está melhorando, tomara que as universidades públicas recebam o investimento que realmente merece. Infelizmente eu não tenho o hábito de ler, até compro livro mas não leio. "Aqui é Alysson do Coral Canto Enquanto Espero
Nossa, ótimo vídeo. Me fez entender como fazer uma crítica à televisão. Criticar o modo de conteúdo "televisão" em si, e não o modo de conteúdo audiovisual como um todo. Obrigado!
Pra quem tá falando sobre livro ruim: pelo menos há poder de escolha. A Grande maioria do "conteúdo de televisão" existe uma falsa sensação de escolha, pessoa fica ali fuçando alguma coisa no catálogo até achar algo. Ou acaba trocando por funil de rede social (onde definitivamente a escolha é mais questionável).
Leitura acaba sendo mais "consciente" até nisso
Vídeo bom, Glauber. Obrigado.
Eu gosto muito de ler mas também já assistie muita televisão. Gosto muitos dos seus vídeos e esse já é um dos meus favoritos.
É chato que a maioria dos trabalhadores não tem segurança pra desfrutar do lugar onde vive por causa da violência, não tem tempo para se dedicar a uma atividade e resta a eles a programação escolhida por outros para eles. Ao menos essa foi a minha experiência com a televisão nos canais gratuitos.
Hoje como editor de vídeo, tenho revisitado alguns desenhos que assistia incessantemente na infância e tenho realmente conseguido enxergar os primórdios da minha sensibilidade para movimento ali. Isto é, o tipo de percepção intuitiva que te capacita separar um bom corte de um corte ruim e truncado, por exemplo. Me parece ser uma das poucas habilidades trabalhadas na mente enquanto se assiste tv, mas isso levanta uma série de questões e pressupõe um espectador menos passivo diante da tv. Também não sei se os desenhos a que me refiro se enquadrariam na categoria de televisão delimitada no vídeo, mas diria que até mesmo trailers de filmes já seriam um aprendizado nesse sentido. Enfim, acho que posso estar fugindo muito da questão, mas foi algo que me ocorreu quando pensando se era possível tornar-se um espectador melhor de televisão. Provavelmente esse olhar para o conteúdo televisivo que estou pontuando aqui se deve em parte a uma dedicação a leitura, o que só reforça o ponto do vídeo. Seria interessante ver essa questão se extendendo para além da tv também. Por exemplo, a menção a Carl Sagan ensinando ciência na bicicleta me remeteu certos recursos por vezes também utilizados pelo teatro para tornar um conteúdo filosófico mais visualmente interessante.
Acho muito relevante esse tema e concorda totalmente com você. Minha tv pifou faz dois anos e decidi ficar sem. E as minhas produções e e o meu tempo precioso agradecem. Grande abraço.
Televisão além de emburrecer, irrita e é tedioso por ser repetitivo e dirigido para a mediocridade. Em um livro podemos viajar para uma gde diversidade de mundos.
Excelente vídeo! Parabéns pelo conteúdo incrível.
Meu comentário desse vídeo, é que só tenho que agradecer pelos seus conteúdos, que graças a eles, eu tive muito mais interesse em leitura, minha paciência e minha sede de conhecimento melhoraram muito, assim como a minha vida acadêmica, porém, já faz muito tempo que te acompanho, não foi fácil conseguir chegar até aqui, e o melhor, antes eu tinha dificuldade com os vídeos de 10 20 minutos, agora parecem como se fossem 5 minutos, obrigada pelo trabalho bem feito 😊
Boas reflexões, como sempre.
Atualmente, há também a desvalorização do hábito da escrita, fato esse caracterizado pela substituição das palavras pelos " emojis"...
👏👏👍
Certa vez, vi o Rogério Skylab definindo a relação tv x ler: a sua relação com a tv ela é passiva, vc só recebe aquilo pronto e enquanto ler te faz ter um a relação ativa, enquato tu lê tu imagina aquelas situações num romance por exemplo... achei muito boa a relação que ele fez. Gosto muito muito de seu trabalho Glauber obg!
PS: adoro o seu visual! Você faz um cosplay de Trótsky com Ho Chi Min ao mesmo tempo e que gosta de heavy metal! Amplaxo para vc!
Ótimo trabalho, camarada. Seguiremos!
Por acaso, no "Fedro" de Platão há um problema parecido com esse.
No diálogo, Sócrates conta uma história (uma lenda) a Fedro acerca da invenção da escrita:
No Egito o deus Thoth fala com o monarca da região e mostra-lhe as suas invenções, uma delas, a escrita. Thoth afirma que a escrita é uma invenção incrível para a população, pois, entre inúmeros benefícios, pode aumentar a capacidade de memorização. Mas o monarca responde convictamente que isso era um engano, pois, na verdade, a escrita não iria melhorar a memória da população, muito pelo contrário! A escrita faria com que nós achassemos que estávamos a aprender algo em concreto, quando, na verdade, aquilo não passaria de meros símbolos que usaríamos para "rememoração". Tornar-nos-íamos mais preguiçosos.
Podíamos agora substituir a escrita pela televisão ou até mesmo pelo ChatGPT. Estamos sempre em busca de conhecimento superficial, isto é, apenas uma forma de saber os termos corretos e decorar umas frases feitas. No final do diálogo, Sócrates (Platão) mostra que nem toda a escrita deve ser descartada (no fundo o diálogo é uma crítica à retórica básica que visava convencer a população de qualquer que fosse o assunto, ignorando a verdade das premissas), mas de qualquer forma parece-me que o assunto abordado no livro vai um pouco ao encontro desse do vídeo.
"Filosofia Vermelha e A Filosofia Explica." Melhores Canaisl do UA-cam 👏👏👏
Ótimo episódio, mas Glauber, gostaria de te sugerir um novo quadro, no qual você criaria um debate filosófico entre duas pessoas com posicionamentos diferentes ou até mesmo antagônicos, (como por exemplo, Idealismo e Materialismo) acho que seria muito interessante, acrescentaria muito à seu conteúdo como uma maneira de demonstrar as distintas diferenças entre as principais correntes filosóficas.
gosto muito do seu trabalho, espero que um dia seu canal chegue ao reconhecimento que merece :)
A televisão me deixa eu burro, muito burro demais. E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais... Maravilhoso, como sempre. Muito obrigado.
Obrigado pela reflexão e desconstrução tão necessária, professor. Não basta saber que algo "faz mal"; deve-se destrinchar bem os aspectos e as razões
O melhor programa que eu assistia: Quem tem medo de música clássica, aos domingos aos 12:00, com Arthur Távola.
Camarada, concordo com Adorno em muitos pontos, mas tendo a me alinhar mais com a perspectiva de Benjamin sobre arte e cultura de massas.
Por falar em Benjamin, comecei a ler A Origem do Drama Barroco Alemão para minha dissertação, e me intrigou muito a explicação do método de Benjamin na apresentação de Sérgio Paulo Rouanet. Ficaria muitíssimo grata se fizesse um vídeo sobre o tema, sinto falta de uma base mais sólida em Filosofia nas discussões de História sobre esse autor.
Perfeito o vídeo. Obrigado pelas explicações.
Concordo plenamente com seu ponto de vista e estímulo sempre a ler livros ao invés de assisti-los. Mas obras de arte não se enquadrariam como sendo televisão, certo? Pois peguemos um anime com temática de filosofia como exemplo: “Fullmetal Alchemist” é um exemplo de como a televisão pode transmitir narrativas complexas e explorar temas filosóficos e éticos. Através de personagens bem desenvolvidos e tramas intrincadas, a série pode oferecer insights profundos sobre o valor da vida, as consequências das ações humanas e a busca pelo conhecimento. Embora a abordagem seja diferente daquela de um livro, a televisão também pode estimular a reflexão e promover debates intelectuais por meio das histórias que apresenta.
Portanto, é importante reconhecer que obras de arte como “Fullmetal Alchemist” transcendem os limites convencionais da televisão ao explorar temas complexos e desafiar o público a refletir sobre questões profundas, independente da forma de mídia em que são apresentadas.
Todas as vezes que re-assisto tenho profundas reflexões abre o tema.
Qual seria sua perspectiva a respeito deste assunto?
Por favor faça um video falando dos estudos antropólogicos e sociólogos de como foi desenvolvida as incorporações de religião de matriz africana !!obg
Eu não assisto TV pois leio livros de diferentes assuntos pois isso pra mim agrega ensinamentos e conhecimento
Glauber, assistir os seus vídeos me faz lembrar das aulas do Verlaine! Continue assim!
Muito bom o vídeo!👏👏👏
Comentando maior pro algoritmo notar
os trabalhos do bourdieu sobre a televisao sao muito bons.
Muito bom o conteúdo deste canal! ❤
Excelente 👏👏👏👏👏👏👏
Obrigada
Queria muito por um corte deste excelente vídeo em meu Instagram 🙏🏻👍🏻👏🏻 a tiktokização da sociedade também é outro tema que urge em ser mais debatido.
Caro Ataíde, acredito que o vídeo sobre o tema: O desaparecimento da infância, ua-cam.com/video/xt-dbgAmb58/v-deo.html , acredito que não tenha sido bem divulgado. Vou assistir e partilhar com os professores que conheço.
mano sou seu fã, compro todos os cursos seus. Foda é a disposição pra estudar kkk
É difícil para o ensino de ciência ser feito na forma de entretenimento, há limites até mesmo para a divulgação de ciências.
Entretenimento é de facil consumo e de pouca reflexão, numa escuta passiva. O ensino de ciências deve ser diferente da divulgação de ciências e consequentemente, diferente do entretenimento com doses de ciência.
eu sei que não tem nada a ver, mas oque vocês acharam do novo vídeo do rafael Braga vs o gaioffato
Na música eu vejo que acontece algo parecido, quando uma pessoa não treina os ouvidos para música não massificada.
Minha infância foi nos anos 80 auge dos programas infantis. Durante minha adolescência e parte da vida adulta, a leitura era somente para passar de ano e vestibular. A leitura começou a fazer parte da minha vida quando comecei a despertar interesse para certos temas ligados à Filosofia. Lembro-me que os anos que cursei o antigo segundo grau, mesmo estudando na rede particular de ensino foram raras as aulas sobre Literatura.
A Televisão deixou de existir para mim em 2012 quando minha única tevê pifou. Inicialmente senti muita falta, mas com passar do tempo ( foi o período que certos assuntos estavam atiçando minha cabeça) notei que programas televisivos já não faziam mais sentido à minha vida.
Acredito que foi essa atitude que tomei desde 2012 que me salvou de não me render as teorias conspiratórias e as fakes news que assolaram as redes sociais nos últimos anos.
Sou cristão católico, adepto da Teologia da Libertação. Parabéns pelos vídeos! Gosto de suas análises
Glauber, gosto muito de leitura ficcional. Você pode fazer um vídeo indicando seus romances (ou romancistas) favoritos?? Tenho curiosidade de saber. 😊
tô aqui por recomendação do Ian rsr
Esse canal eh mto bom, meu deus
👏👏👏
Bravo!!! Abraço.
As pessoas substituem por vídeos no UA-cam, principalmente memes, vídeos engraçados e vídeos de fofoca.
Great Job!
2:50 Até porque a mudança constante de imagens desconcentra do que está sendo dito. Ou ao menos assim percebo de modo empírico. Não sei se posso afirmar que acontece com todos.
Concordo prezado. A humanidade gosta muito de cultura evasiva... reflexiva doi a cabeça rsssss
Olá, meu caro! Gosto muito do canal.
Você poderia gravar um vídeo sobre o conceito de anacronismo? Eu gostaria de compreender de que maneira nós podemos avaliar o passado, para a compreensão do presente. Grande abraço!
Programas de Auditório, esses são os mais rasteiros.
Isso me fez lembrar que de um tempo pra o Ian Neves tem colocado vídeos de bichinhos nos seus vídeos/lives enquanto ele fala com o chat, que sem dúvida alguma, não está refletindo sobre nada.
Ver televisão e tao primitivo q os pais botão bebês de 1-2 meses ou menos de vida para vê-la. Qual a abilidade que uma criança de 1-2 meses de vida tem?
Eu ja vi criança de menos de 1 mês chorando porque o pai tirou o tablet da cara dela...
Quando ele boto denovo a criança se acalmou.
Virou um vício!
Não assisto televisão desde 2018, Nem aberta e nem fechada, uso a Netflix em documentários, filmes específicos e ultimamente para fazer neuropalsticidade neural, coloco filme mudando os idiomas, aproveito e estudo inglês e português 🎉
Durante a adolescência fui viciada em TV...na idade adulta, consegui me livrar disso, hoje estou viciada em podcasts e UA-cam...pelo menos, a escolha é maior, vou atrás de temas e apresentadores bacanas....
Adendo: eu consigo aprender muito mais ouvindo...não vou ler todos os livros e temas a que tenho acesso pela Internet...
também aprendo muito ouvindo, mal assisto vídeos no UA-cam. Na real, ouço muito mais do que assisto ksksks.
No UA-cam tem ótimos áudios books como por exemplo de livros de Marx e Engels. Eu sempre ouço no UA-cam o livro em audio : O Manifesto Comunista, enquanto faço tarefas domésticas e cada vez que ouço percebo o quanto esses autores tinham uma visão cristalina do futuro, incluindo a situação atual do Planeta e da Geo Política Global. Nesse ponto o UA-cam é muito útil e recomendo o audio book de Aníbal Poncci : Educação e Lutas de Classe, que minha irmã usou na Universidade e foi proibido pela Ditadura Nazista Militar 64-85.
Me identifico,70% do que consumia era ruim,mas curtia novela e alguns canais,anime etc,até a bosta daquela igreja mundial comprar aquele canal de anime
@@gilsonsilva7238 Ouvi o audiobook do Manifesto Comunista hoje mesmo por causa de seu comentário Camarada.
Eu abandonei a Televisão há muitos anos atrás. Antes mesmo de começar A Vida Intelectual (Sertillanges).
Ótimo vídeo!!!!
Será que já existe algum estudo que compare a qualidade da leitura de livros digitais com os de livros físicos? Sinto que não consigo absorver da mesma maneira quando faço leituras digitais, me esgoto muito rápido, não consigo ler mais que uma dezena de páginas enquanto no livro físico, dependendo, o leio inteiro.. e parabéns pelo canal!!!
Em parte, concordo Gláuber, mas reparo que o entretenimento não é tão puro. Assistindo a certos desenhos, pode-se aprender sobre ciência e mitologia. O problema mesmo é o capitalismo, que cria inclusive literatura regressiva como é o caso do Olavo de Caralho, senhor dos anéis, etc. A televisão pode nunca permitir transmitir a fenomenologia do Espírito, mas não precisa ser regressiva.
Senhor do Aneis?
Este "aprender ciência" através de desenhos é o que Adorno chama de "semicultura". Foi o tema do nosso podcast recentemente.
Vou assistir o vídeo Desaparecimento da Infância.
entendo y concordo com algumas criticas a televisao. no entanto, esti ode ao hábito de ler acaba ignorando o quanto ele é restrito a culturas europeias y se disseminou a parti do advento do colonialismo nos último quinhentos anos. há muitas culturas ki são mais antigas ki a invenção de muitas línguas europeias e ki nunca precisaram da escrita para elaborar conhesimentos muito complexos. a imagem não é algo tão simples como o sr. aponta. há muitos elementos que escapam ao texto y são signos muito potentes para a transmissão de pensamento y saberes. o texto é muito útil para a orientação linear europeia de pensamento. Leda maria martins por exemplo, em seu trabalho "performances do tempo espiralar" mostra como o gesto é o elemento fundamental de transmissão de saberes para os povos africanos, afro-brasileiros e indígenas. o gesto y o som não podem ser plenamente captados pelo texto e há gestos que transmitem muito saber. o filme, o vídeo é uma ferramente excelente para transmitir esti modo outro di produsão de saber. o trabalho do cineasta jean rouch é um grandi exemplo disso.
essis povos guiados pela cultura do texto (seus vizinhos europeus) produziram sim lógica, razão, ciência, lógica e civilidade. eles dirigiram as atrocidades mais violentas do mundo, os franceses escreviam obras lindas e estraordinarias em quanto escravizavam e exterminavam afrikanos e indígenas em afrika y em abya yala, enquanto destruiam e ainda continuam destroindo a natueza. belas obras essa razão ocidental nos legou.
enfim, apenas me incomodo com esse ode ao livro y a escrita, ele acaba hierarquizando e colocando no topo pessoas europeias e brancas que são íntimas a esse modo de produção de saber.
nu que tange a crítica as telas eu concordo muito. mas penso ki tanto as telas, quanto o texto nos apartam de aprender com nossos mais velhos y com a natureza. há muito a si aprender com eles.
Desculpe a pergunta, mas que língua tu falas? me parece português mas não consegui compreender de qual país...
Interessante discussão. Gostaria apenas de pontuar algumas coisas que me vieram à mente enquanto assistia: 1 - Creio que, para além da dicotomia linguagem/imagem, há também de se considerar a questão da velocidade da televisão e da sua sequencialidade, ambos aspectos que impedem o aprofundamento sobre qualquer ideia, ainda que esta seja veiculada por imagens. Ao meu ver, é nisso que reside o fator "emburrecedor" da TV, mais do que na questão imagem/texto em si. Aliás, há que se considerar que uma sequência de imagens também conta uma história, e que ao mudarmos ou interferirmos nessa sequência, o significado do que é mostrado/apreendido pode mudar radicalmente (o que mostra que imagens não são tão imunes à nossa interação cognitiva) ; 2 - digo isso pensando numa obra que li há alguns anos, muito instigante, que trata de maneira surpreendente (ao meu ver) das imagens e dos significados nelas presentes ou delas depreendidos - trata-se de "Diante da dor dos outros", de Susan Sonntag. Mas também me dá um pouco de receio de ver essa dicotomia entre imagem e linguagem ser, por um lado, hierarquizada (linguagem=superior, complexa/imagem=inferior, simples) sem uma maior problematização, por exemplo: o que dizer das culturas ágrafas? Ok, essas culturas não "assistem TV", mas apreendem o mundo de forma não-mediada pela palavra escrita - então pode-se dizer que seu pensamento seria menos complexo? (pergunta retórica.) A se aplicar um raciocínio muito direto, partindo dessa premissa, corre-se o risco de cair no famigerado "darwinismo social", segundo o qual a cultura letrada/livresca é superior às culturas ágrafas (ui!). Acho que um olhar mais antropológico sobre a questão seria de grande valia pra situar melhor esse debate e expandi-lo. (Aproveito pra indicar o maravilhoso "Orality and Literacy", de Walter J. Ong, de 1982, obra importante da linguística que discute um pouco, mas de maneira bem bacana, essa questão do pensamento das culturas ágrafas em comparação com o nosso). Grüße aus Brasília! 👋
Professor, aonde posso comprar uma camisa como essa que vestes? Obrigado
a internet tb emburrece...
🔥🔥🔥
E a TV paga, que deveria ter menos vendas porque é paga, não tem. É como a black friday na bahia (os preços sobem), tem mais vendas, além de cobrança de mensalidade abusiva e infinitas repetições de conteúdo (o mesmo) por anos.
Muito bom, camarada! 👏🤘✊️🔥
E pra piorar ,a renda das emissoras de tv e plataformas de internet vem só de patrocinadores que pagam de acordo com a quantidade da audiência independente do que seja de exibido no conteúdo
o que deu origem à cultura da televisão? em que ponto passamos de uma cultura do texto para uma cultura televisiva, ou melhor, como aconteceu o processo?
No auge da polarização política dizia-se que as brigas ocorriam por falta de interpretação de texto… tem fundamento…
nao existe polarizaçao
o breve recado eu narro junto haha
Interessante reflexão, mas um ponto... A Tv na nossa cultura começou sendo de massas. Já a escrita nas culturas anteriores era coisas das classes sociais mais altas.
Ademais, atualmente a população percentualmente lê mais em diversos países que antes da televisão.
Logo não acho que dá pra falar da substituição de uma cultura leitora por uma cultura televisiva. Muito menos levantar a questão de que a cultura da escrita levou a ciência e hj estamos indo por água abaixo por conta da televisão.
Observando essa questão nas trajetórias individuais, penso q faz mto mais sentido.
Gostei da separação entre os que leem e os que assistem à televisão.
Tmj, mestre!!!
Muito bom.
Não há problema nenhum em falar em moral é um dever de cada cidadão a ter