Quando vc se diz não deve, não significa necessariamente que o tratamento não possa ser bem sucedido. Eu tratei de um primo com depressão, que o impedia de dormir, mal se alimentava e com crises de pânico, tinha medo de sair de casa. Com 3 meses, fazendo 3 sessões por semana, eu consegui tira-lo dessa depressão, suprimiu-se o medo, e ele conseguiu construir uma vida conjugal, até estão nunca teve uma namorada, estando com 23 anos. Há 10 anos, que não teve mais crise e ele confessa que conseguiu uma transformação efetiva em sua forma de sentir a vida. Leitura de sonhos, reinterpretação de fatos traumáticos de relação com a mãe, e enfrentamento dos monstros que o assustavam. E eu tb sai transformado nessa jornada. Eu tive depressão e crise de pânico com 13 anos, e conheço bem esse monstro de perto, e a maturidade me ensinou a vencê-lo, antes de conhecer a psicanálise. Não através de um confronto, mas um encontro com o que o sintoma quer revelar. Não temos certeza se vamos conseguir essa transformação, mas a relação de afeto e confiança com uma fé no bem estar do outro é imprescindível.
Foi exatamente o que aconteceu comigo no início, realmente não tem como. Vou deixar aqui meu relato: Atendi uma amiga próxima e por mais que eu tenha me afastado dela como amiga durante o tratamento (fiz isso para evitar a contaminação), ela não me via como terapeuta, por mais que ela dizia que sim... as intervenções que eu fiz que acabaram a confrontando, ela levou para o lado pessoal e o resultado foi que eu perdi a amiga e a paciente. Por mais que a gente queira ajudar, a probabilidade de isso não dar certo é grande. Terapia não é papo de comadre, mas infelizmente tem gente que acha que sim. Dr. Lucas obrigada por compartilhar seus conhecimentos, estou sempre assistindo e aprendendo com seus vídeos!
Resumindo, não dá pra gerar um confronto saudável e não consegue separar as coisas e pode levar pro pessoal ainda. A liberdade e intimidade estraga tudo.
Realmente, na família as pessoas ja tem uma visão de vc, e aí fica difícil mudar a chave, a pessoa atendida tbm nao consegue passar a te ver como profissional.
Minha sogra é psicanalista e ela quer que eu faça terapia com ela para ser “cobaia”. Obviamente fiquei receosa e achei antiético e falei pra ela que não achava certo pela nossa proximidade, e ela falou que não tinha nenhum problema isso não,q ela sabia separar as coisas. Vendo esse vídeo cheguei a conclusão que não vou aceitar essa insistência dela
Realmente não tem cabimento. Atender marido/esposa, filhos... pais... não existiria liberdade para se "falar tudo que vier a cabeça". Já pensou a guerra? Kkk
Dr. Lucas, sempre brilhante na questão em esmiuçar um determinado assunto o qual é complexo, mas em suas mãos se torna fácil de se entender... obrigado DOUTOR LUCAS.
Concordo plenamente com as suas pontuações. No início dos meus atendimentos, tive algumas experiências de aproximação de alguns pacientes e realmente não deu certo. Foi um tanto invasivo da parte do paciente e sei que fui eu que permiti isso.
Como gerir um tratamento, onde o sujeito precisa confiar plenamente em um não julgamento total, para expôr seus dramas, conflitos e mesmo segredos? Como confiar se há vinculos, afetivos ou não, bem como histórias, fatos e momentos compartilhados, onde cada um interpretou de formas diferentes cada um deles e carecem de credibilidade muitas vezes, nestas interpretações. Defendo totalmente qualquer vínculo, inclusive quando há uma indicaçâo de outro paciente também com vínculos. Quanto mais distante do universo do paciente, mais confiança há no processo do terapeuta, a despeito de sua ética, evitando que esta seja aludida, sem mais um motivo desnecessário. A profissão sofre um pouco por este dilema, pois as indicações são uma grande base do processo de fatorar uma carteira de pacientes.
Mas Freud fez análise com o amigo e tambem fez análise da sua própria filha. Embora ele mesmo recomendasse isso, Freud não leu Freud? Embora eu penso que, é possível que este parente ou amigo não nos veja como profissional e sim como apenas amigo ou parente, não concordo com esta posição. Creio que um analista bem preparado saberá manter a imparcialidade. Está na hora de quebrar alguns tabus, como por exemplo, o tripé, que mais serve para as academias fazerem "vendas casadas" de uma infinidade de horas de análise.
Osmar, o que acontecia nos primeiros anos da Psicanálise não vale para a atualidade. Muitos erros foram cometidos e certas práticas só aconteceram porque a coisa estava sendo estabelecida. Freud, por exemplo, não fez uma análise formal com outro analista e o próprio pai da Psicanálise, a partir de certo momento, passou a considerar que a análise pessoal era condição essencial para a prática da Psicanálise.
@@lucasnapoli Sim professor, concordo com isso, mas se a psicanálise trabalha com o inconsciente, por mais que o analista conheça esta pessoa o material que virá à tona não será novo para os dois? Desculpe pelo questionamento, estou no início do curso de psicanálise, penso que o debate é sempre interessante. Pretendo me inscrever na confraria futuramente. Abraços.
@@osmarlucianodossantos2799 O analista não deve atender parentes e conhecidos pois eles não vão se entregar o suficiente para o secesso da análise, e como professor mencionou eles não vão te enxergar como profissional duvidando de sua capacidade e não levaram a sério o tratamento
@@osmarlucianodossantos2799 as vezes precisamos nos "dar mal" por nós mesmos para entendermos o processo analítico, mesmo sabendo pelas experiências dos outros que determinado procedimento não é viável, isso nos ajudará a entender melhor o procedimento analítico. Como diria Alexandre Simões, psicanalista não se forma através de um curso, mas de um percurso. Sucesso!
Gente ,mas quem vai querer fazer análise com amigo ou parente? Só se a pessoa estiver muito ruim da mente . Deus me livre! Tenho pavor até de encontrar o terapeuta fora do consultório, que dirá fazer análise com uma pessoa íntima.
Muitos colegas me pedem pra fazer terapia com eles. No caso deles, eu percebo que se sentem mais a vontade, e as vezes ficam chateado, não entende , que a intimidade atrapalha a análise.
Professor, eu estou fazendo o curso psicanálise, estava desistindo não pôr não gostar, mas por não estar intendendo. Mas, depois que te achei no UA-cam, voltei a estudar pelo simples fato de estar entendendo suas explicações fácies e claras. Obrigada por estar me ajudando e com certeza muitas outras pessoas.
Muito esclarecedor!
Quando vc se diz não deve, não significa necessariamente que o tratamento não possa ser bem sucedido. Eu tratei de um primo com depressão, que o impedia de dormir, mal se alimentava e com crises de pânico, tinha medo de sair de casa. Com 3 meses, fazendo 3 sessões por semana, eu consegui tira-lo dessa depressão, suprimiu-se o medo, e ele conseguiu construir uma vida conjugal, até estão nunca teve uma namorada, estando com 23 anos. Há 10 anos, que não teve mais crise e ele confessa que conseguiu uma transformação efetiva em sua forma de sentir a vida.
Leitura de sonhos, reinterpretação de fatos traumáticos de relação com a mãe, e enfrentamento dos monstros que o assustavam.
E eu tb sai transformado nessa jornada.
Eu tive depressão e crise de pânico com 13 anos, e conheço bem esse monstro de perto, e a maturidade me ensinou a vencê-lo, antes de conhecer a psicanálise. Não através de um confronto, mas um encontro com o que o sintoma quer revelar.
Não temos certeza se vamos conseguir essa transformação, mas a relação de afeto e confiança com uma fé no bem estar do outro é imprescindível.
Foi exatamente o que aconteceu comigo no início, realmente não tem como. Vou deixar aqui meu relato: Atendi uma amiga próxima e por mais que eu tenha me afastado dela como amiga durante o tratamento (fiz isso para evitar a contaminação), ela não me via como terapeuta, por mais que ela dizia que sim... as intervenções que eu fiz que acabaram a confrontando, ela levou para o lado pessoal e o resultado foi que eu perdi a amiga e a paciente. Por mais que a gente queira ajudar, a probabilidade de isso não dar certo é grande. Terapia não é papo de comadre, mas infelizmente tem gente que acha que sim. Dr. Lucas obrigada por compartilhar seus conhecimentos, estou sempre assistindo e aprendendo com seus vídeos!
Resumindo, não dá pra gerar um confronto saudável e não consegue separar as coisas e pode levar pro pessoal ainda. A liberdade e intimidade estraga tudo.
Realmente, na família as pessoas ja tem uma visão de vc, e aí fica difícil mudar a chave, a pessoa atendida tbm nao consegue passar a te ver como profissional.
Minha sogra é psicanalista e ela quer que eu faça terapia com ela para ser “cobaia”. Obviamente fiquei receosa e achei antiético e falei pra ela que não achava certo pela nossa proximidade, e ela falou que não tinha nenhum problema isso não,q ela sabia separar as coisas.
Vendo esse vídeo cheguei a conclusão que não vou aceitar essa insistência dela
Professor maravilhoso!! Vale muito a pena assinar a confraria. Perfeito! Muito conhecimento transferido
Muito obrigado, queríssima!!
É por isso que o insta pessoal dos analistas são privados e eles não aceitam seus pacientes kkk
Sem contar as informações prévias que dificultam a escuta desse analista " amigo".
Conheci um psicoterapeuta que se envolvia sexualmente com suas clientes. Fiquei indignada!!!😢
MELHOR PROFESSOR
Boa noite, chegando hoje no canal.
Seja muito bem-vinda, Kelly!!
90% disso eu vivi com meu ex terapeuta. No final de tudo procurei um psicólogo pra consertar a.merda.
Realmente não tem cabimento. Atender marido/esposa, filhos... pais... não existiria liberdade para se "falar tudo que vier a cabeça". Já pensou a guerra? Kkk
Exatamente!
Dr. Lucas, sempre brilhante na questão em esmiuçar um determinado assunto o qual é complexo, mas em suas mãos se torna fácil de se entender... obrigado DOUTOR LUCAS.
Valeu, Valdecir!!
@@lucasnapoli Eu que agradeço Dr. Lucas, por sua atenção dada e nos ensinando a nível riquíssimo em conhecimento de excelente qualidade...abraço.
Concordo plenamente com as suas pontuações. No início dos meus atendimentos, tive algumas experiências de aproximação de alguns pacientes e realmente não deu certo. Foi um tanto invasivo da parte do paciente e sei que fui eu que permiti isso.
Porque ninguém explicou tão bem assim? 😂😁👏👏👏👏
🤗🤗🤗
Perfeito!!!! Inclusive é uma dúvida de muitos colegas e familiares
Como gerir um tratamento, onde o sujeito precisa confiar plenamente em um não julgamento total, para expôr seus dramas, conflitos e mesmo segredos?
Como confiar se há vinculos, afetivos ou não, bem como histórias, fatos e momentos compartilhados, onde cada um interpretou de formas diferentes cada um deles e carecem de credibilidade muitas vezes, nestas interpretações.
Defendo totalmente qualquer vínculo, inclusive quando há uma indicaçâo de outro paciente também com vínculos.
Quanto mais distante do universo do paciente, mais confiança há no processo do terapeuta, a despeito de sua ética, evitando que esta seja aludida, sem mais um motivo desnecessário.
A profissão sofre um pouco por este dilema, pois as indicações são uma grande base do processo de fatorar uma carteira de pacientes.
Pierre Bourdieu: “Os circuitos de consagração social serão tanto mais eficazes, quanto maior a distancia social do objeto consagrado”.
a melhor caixinha de perguntas do instagram diga-se de passagem 🤓
Valeu, Grey!! 🤗🤗🤗
👍
Mas Freud fez análise com o amigo e tambem fez análise da sua própria filha. Embora ele mesmo recomendasse isso, Freud não leu Freud? Embora eu penso que, é possível que este parente ou amigo não nos veja como profissional e sim como apenas amigo ou parente, não concordo com esta posição. Creio que um analista bem preparado saberá manter a imparcialidade. Está na hora de quebrar alguns tabus, como por exemplo, o tripé, que mais serve para as academias fazerem "vendas casadas" de uma infinidade de horas de análise.
Osmar, o que acontecia nos primeiros anos da Psicanálise não vale para a atualidade. Muitos erros foram cometidos e certas práticas só aconteceram porque a coisa estava sendo estabelecida. Freud, por exemplo, não fez uma análise formal com outro analista e o próprio pai da Psicanálise, a partir de certo momento, passou a considerar que a análise pessoal era condição essencial para a prática da Psicanálise.
@@lucasnapoli Sim professor, concordo com isso, mas se a psicanálise trabalha com o inconsciente, por mais que o analista conheça esta pessoa o material que virá à tona não será novo para os dois? Desculpe pelo questionamento, estou no início do curso de psicanálise, penso que o debate é sempre interessante. Pretendo me inscrever na confraria futuramente. Abraços.
@@osmarlucianodossantos2799 O analista não deve atender parentes e conhecidos pois eles não vão se entregar o suficiente para o secesso da análise, e como professor mencionou eles não vão te enxergar como profissional duvidando de sua capacidade e não levaram a sério o tratamento
@@musicaevida6031 Sim, entendo e respeito, mas nem todos psicanalistas pensam desta forma. Estou em formação, a prática me dirá...rs
@@osmarlucianodossantos2799 as vezes precisamos nos "dar mal" por nós mesmos para entendermos o processo analítico, mesmo sabendo pelas experiências dos outros que determinado procedimento não é viável, isso nos ajudará a entender melhor o procedimento analítico.
Como diria Alexandre Simões, psicanalista não se forma através de um curso, mas de um percurso.
Sucesso!
O valor aumentou? não é 39,99
Oi, Rosália! Para novos assinantes, sim, o valor aumentou. 🙂
O mesmo se aplica a outras terapias não psicológicas como fisioterapia e medicina?
olá, sou terapeuta com formação em medicina chinesa, sobre sua pergunta, se aplica sim, atender pacientes íntimos e ou amigos, não funciona.
@@jairorezende6402 obrigado pelo esclarecimento
Precisei viver para entender.
Professor onde faço perguntas nessa caixinha do Insta?
Oi, Alessandra! De vez em quando, eu abro a caixinha lá nos stories. 😉
Gente ,mas quem vai querer fazer análise com amigo ou parente? Só se a pessoa estiver muito ruim da mente . Deus me livre! Tenho pavor até de encontrar o terapeuta fora do consultório, que dirá fazer análise com uma pessoa íntima.
Muitos colegas me pedem pra fazer terapia com eles. No caso deles, eu percebo que se sentem mais a vontade, e as vezes ficam chateado, não entende , que a intimidade atrapalha a análise.
😂😂😂
Professor, eu estou fazendo o curso psicanálise, estava desistindo não pôr não gostar, mas por não estar intendendo. Mas, depois que te achei no UA-cam, voltei a estudar pelo simples fato de estar entendendo suas explicações fácies e claras. Obrigada por estar me ajudando e com certeza muitas outras pessoas.
👏👏👏👏