Eu tive muitas sensações conflitantes nessa leitura. Por exemplo, quando a mãe do garoto lembra da menina morta que elas escondiam, isso me faz pensar quase numa história de horror. Até hoje isso me faz pensar em Entrevista com o Vampiro, em que a personagem da Kirsten Dunst escondia uma moça morta entre as suas bonecas. Eu também achei muito interessante a cena em que a Pequena Flor sorri para o explorador, e o deixa todo desconcertado. Ali (para mim, óbvio) é como se Clarice fizesse uma inversão: naquela situação, no meio da selva, o homem branco é que era o intruso, o diferente. Ali ele não era o parâmetro. Na verdade, ela o era. E Pequena Flor não teve a mesma reação que todas aquelas pessoas brancas de classe média tiveram: em sua simplicidade, ela ficou encantada e se sentiu plena. É como se Lispector perguntasse: quem realmente é o humano nisso tudo? Por fim, a atmosfera do conto reflete para mim muito dos anos 1960, onde surgiam inúmeros "documentários" insinuando que a África cairia na barbárie e violência após as guerras de independência, como Africa Addio, o que não deixa de ser uma visão racista muito séria da época e que, para mim, Clarice expôs e criticou com maestria. Foi minha melhor vez revisitando o conto. Falou, Tatá (acho qu viajei demais kkkk)❤
GRANDES considerações! Adorei! ❣️
Obrigado pelo vídeo, Tatá!
Esse conto é inesquecível, fiquei tão chocada com o absurdo dele que aonde quer que eu ouça falar eu sinto novamente aquela sensação de perplexidade.
um dos melhores!
Parabéns pelo canal lindona! ❤🎉 Amei 🙏🏼
Obrigada ☺️
Adorei!
Que bom!!!!
Eu tive muitas sensações conflitantes nessa leitura. Por exemplo, quando a mãe do garoto lembra da menina morta que elas escondiam, isso me faz pensar quase numa história de horror. Até hoje isso me faz pensar em Entrevista com o Vampiro, em que a personagem da Kirsten Dunst escondia uma moça morta entre as suas bonecas.
Eu também achei muito interessante a cena em que a Pequena Flor sorri para o explorador, e o deixa todo desconcertado. Ali (para mim, óbvio) é como se Clarice fizesse uma inversão: naquela situação, no meio da selva, o homem branco é que era o intruso, o diferente. Ali ele não era o parâmetro. Na verdade, ela o era. E Pequena Flor não teve a mesma reação que todas aquelas pessoas brancas de classe média tiveram: em sua simplicidade, ela ficou encantada e se sentiu plena. É como se Lispector perguntasse: quem realmente é o humano nisso tudo?
Por fim, a atmosfera do conto reflete para mim muito dos anos 1960, onde surgiam inúmeros "documentários" insinuando que a África cairia na barbárie e violência após as guerras de independência, como Africa Addio, o que não deixa de ser uma visão racista muito séria da época e que, para mim, Clarice expôs e criticou com maestria.
Foi minha melhor vez revisitando o conto. Falou, Tatá (acho qu viajei demais kkkk)❤
Adorei suas considerações e sabe... também foi a minha melhor vez de releitura.
❤❤❤❤
❤😘