Vocês são tipo um grupo de RPG vivendo no mundo da fantasia. Com esse discurso NUNCA vão ter apoio popular. Por isso a esquerda radical não faz mais que 2 deputados federais. "Camarada Rita". Fala esse papo pro seu Zé servente de pedreiro que acorda 5h da manhã. Por isso a igreja neo petencostal ganha espaço. Pq vocês não furam a bolha.
Uma vez por mês passo uns dias com meus avós. Fico uns cinco dias cuidando deles uma vez por mês. E junto a isso tenho que estudar, trabalhar (sou trabalhador freelancer) e participar das atividades no sindicato e na associação. Anos atrás morei quase um ano com meus avós maternos. Meu avô foi diagnosticado com câncer e fiquei quase um ano cuidando dele. Presenciei toda evolução do câncer, do diagnóstico ao falecimento. Tinha que descer e subir quatro lances de escadas com ele na cadeira de rodas. Isso quase todos os dias. E ao mesmo tempo trabalhando, fazendo pós, sindicato etc. Engordei 15 kgs, fiquei com problema na coluna, adquiri ansiedade, meu colesterol ficou o dobro do limite. Tudo isso é trabalho não remunerado, que te desgasta profundamente. E isso mostra como meritocracia é um mito. Enquanto muitos (maioria formada por mulheres negras periféricas) possuem vários trabalhos, uma minoria possui tempo e condições para desenvolver seus trabalhos e estudos.
Muito bom, camarada! Queria mais desse assunto no canal mesmo, inclusive ia amar ver você falando da obra "Sexualidade e Socialismo" que inclusive foi traduzida pelo LGBT Comunista! Aprofunda muito esse debate e é fundamental pra disputar com perspectivas liberais ou pós modernas.
Que video necessário! Rita é fera, adoro seus videos. Agora, ver o jones comentando a fala dela foi uma combinação que melhorou meu dia, ainda mais quando o assunto é gênero
@@kevengabryelcandidobatista3844 Sim, todos que pensam diferente de vcs é preconceituoso. Pensamento binário fazendo mal à cabeça da juventude, não aceitam dialogar nem refletir no que está sendo dito.
Aguardando ansiosamente o dia que o Jones vai comentar o livro da Gerda Lerner. O patriarcado é milenar e está estabelecido em quase todas as culturas conhecidas, é tao parte da nossa visao de mundo que nem nos damos conta. O livro Mulheres Invisíveis mostra com muitos exemplos o resultado disso.
@@rafaelvilas4230amigo, vi que tu se esforçou muito nessa seção de comentários para escrever a maior quantidade de merda possível por dígito. Meus parabéns, tome seu prêmio 🖕
Ele nao vai falar pq abrange opressões femininas. E pra isso ele precisa olhar sobre muitas coisas que ele corrobora e passa pano no apagamento das mulheres.
@@BrunaOliveira-ok5dz exatamente."a diferença entre a esquerda e a direita quando se trata de mulheres é apenas em que ponto dos nossos pescoços eles devem pisar com suas botas.Para os homens de direita somos propriedade privada . Para os homens de esquerda somos propriedades públicas ".Dworkin
O debate da subjetividade é muito raso em alguns meios comunistas, ao ponto da revolução virar a solução mágica para questões que também demandam uma construção própria. Já ouvi comunista falando que tem que proibir a prostituição e que depois do socialismo ela não seria mais necessária… já ouvi comunista falando que o veganismo não faz o menor sentido agora porque só no socialismo os animais poderão ser melhor tratados. Mas a construção disso tudo passa por agora, pelo nosso imaginário e pelas condições materiais. É necessário demais trazermos esse debate não só pra qualificar nossos militantes, mas pra não afastar os trabalhadores que vivem essas realidades. Excelente vídeo, Jones!
Eu vejo justamente o contrário: é muito youtuber 'de esquerda' tratando de pautas identitarias de maneira rasa para gerar engajamento ($$$) fidelizando uma juventude carente de quem a defenda e pouquissimos que conversam de verdade com a massa trabalhadora. O marxismo jamais exclui de sua pauta tais assuntos que tocam nas subjetividades do homem, mas o TRABALHO é a dimensão ontológica da nossa sociabilidade. Portanto, é URGENTE mesmo que se entenda de economia politica para que não usem vocês como massa de manobra como o mercado e o sistema representativo eleitoral burgues vem fazendo..
Jones, acredito que faltou um pouco de pesquisa quanto algumas afirmações da Rita, pois mesmo estando do nosso lado devemos checar as informações. O terceiro gênero não é uma identidade comum a todos os povos ameríndios e inclusive pessoas de povos indígenas brasileiros já tentaram corrigir a Rita anteriormente e não foram escutados. Isso resulta em uma homogeneização das experiências desses povos que acredito ser parte do que tentamos combater. Inclusive, o uso do nome Pindorama para se referir ao Brasil é debatido por pertencer apenas uma família linguística dos nossos povos originários. Entendo que essas críticas são mais ao discurso da Rita do que o seu, porém acredito que faltou um pouco de checagem dos fatos informados. Fora isso, parabéns pelas suas colocações que são muito bem feitas e baseadas. Seu trato do assunto foi sensível e estruturado, da forma como deve ser.
Se não me engano o guilherme já falou que quando citou "terceiro gênero", ele falou da ausência de binarismo, e não necessariamente que existia 3 em todos, e sobre pindorama é de como foi chamado. Como por exemplo de quando chamam a URSS de URSS e não de Rússia e países vizinhos socialistas.
Na vdd falta pesquisa da sua parte, além de um pouco de boa vontade, Rita busca sempre ser didática, assim como Jones e por diversas vezes ela, assim como ele, apresenta um panorama geral e menos específico dos conceitos e fatos históricos, sempre deixando a fonte pra q possamos nos aprofundar mais de forma mais específica em cada questão, Rita é uma agitadora cultura q está tentando passar conceitos hipercomplexos pra uma plateia muitas vezes completamente distante do debate político e acadêmico
Muito interessante e necessário o debate! Às vezes fico com receio das coisas que a Rita diz porque algumas não são verdade. Neste vídeo dela, pesquisei e não achei nada que corroborasse a etimologia de Drag Queen que ela traz. Também me dá receio ela falar categoricamente que todos os povos e culturas do território que hoje chamamos de Américas tinham/têm três e somente três gêneros, o terceiro sendo o "dois espíritos". Alguém pode me confirmar com fontes confiáveis? Eu não achei. E é inclusive possível chegar a essa conclusão tão categórica e generalizante?
Isto é conhecimento básico nos estudos de género e antropologia que é onde mais se estudam estas questões. Existem, por exemplo, documentos dos anais da Inquisição que reflectem exactamente o que a Rita disse. Dá para encontrar online. Eu li recentemente um estudo sobre alguns grupos do Uganda onde ainda se pratica por exemplo o matriarcado e casamentos entre mulheres e têm outras noções de género, sexualidade e reprodução. Mas eu li que nas Américas havia alguns grupos que não aceitavam a tríade por exemplo e isto estava ligado a conflictos políticos entre os grupos. Mas não sou especialista, então não sei a história toda..
Tudo q a Rita fala tem largo lastro nos estudos de gênero e pode ser encontrado com um clique na bio dos videos dela, até para pesquisar no Google é preciso saber como, nn adianta achar q vai ter a raiz epistemologica da palavra drag (q ela msm diz q pode ter várias origens) pesquisando simplesmente "significado de drag queen", vários termos estão em disputa historicamente
Camarada Rita tem muita razão, mas queria trazer também os aportes dos feminismos comunitários principalmente andinos e bolivianos, com autoras como Julieta Paredes e Adriana Guzmán, que propõe a ideia de “entronque de patriarcados”. Nessa compreensão, a invasão colonial teria dado origem a uma fusão de modelos de patriarcado - os ancestrais/indígenas, chamados por Rita Segato de “patriarcados de baixa intensidade”, e o modelo patriarcal moderno/colonial ocidental. O projeto colonial teria “negociado” a subordinação dos homens indígenas na nova ordem colonial em troca de “inflar” a sua posição perante as mulheres do seu mesmo grupo. Teria, em troca da subordinação ampliada dos grupos indígenas frente ao modelo colonial/ocidental, “compensado” os patriarcados indígenas dotando-os de “maior intensidade”, e consequentemente, de uma lógica de profunda desigualdade de poder. A tese que Rita Von Hunty apresenta está maiormente inscrita na compreensão e perspectiva de autoras como a argentina-gringa Maria Lugones, e a nigeriana Oyeronke Oyewumi. Os principais textos de uma e outra são, respectivamente, “Colonialidade e gênero, e “A invenção das mulheres” (um dos livros mais fascinantes e desruptivos que já li). Há um texto de Aura Cumes, “Cosmovisión maya y patriarcado”, em que diferentes abordagens críticas sobre a ideia de patriarcado estão sistematizadas. Segundo ela, ainda haveria dois outras chaves interpretativas para compreender o patriarcado, e em alguma medida o sistema de organização sexo-gênero; uma, de Rita Segato, quem vai defender que todos os mitos de fundação subordinam as mulheres em alguma medida; e a outra seria a proposta metodológica de Federici de historicizar o patriarcado. O texto de Cumes, e na verdade todas essas referências, valem muito a pena para seguir aprofundando o debate.
Obrigada por esse comentário tão informativo! Eu repito: sinto falta de mulheres não apenas falando mais nesses espaços de esquerda nas mídias sociais, mas também sendo citadas por suas contribuições como escritoras e pesquisadoras.
Obrigado pelas referencias. VocÊs acredita que algo semelhante a essa negociação que você citou acontece na nossa cultura dentro da classe trabalhadora? Eu peno sobre isso, sobre como o homem comum tem pouco poder na sociedade, mas tem algum poder na sua família, e em algum grau o machismo funcionaria como um suborno aos homens pobres, um salário psicológico que faz eles sentirem que estão por cima, num mundo onde eles estão muito mais próximos do mendigo e do presidiário que do bilionário e do presidente.
Excelente, obrigada pelo comentário! Vou buscar as referências. A diferença é gritante entre você falando com propriedade e esses opinismos supérfluos dos esquerdomachos do vídeo!
O Jones consegue fazer uma boa mescla entre conteudo político-econômico atual e com debates impotantes sobre varios aspectios do capitalismo/imperialismo/colonialismo. Perfeito para se politizar cada vez mais e para aumentar o nosso arsenal teorico de argumentação
Eu fico encantada com a didática da Rita!!! Poucos são aqueles que se fazem compreender, menos ainda aqueles que trazem além do conhecimento a oportunidade de transformação. Que conteúdo foda!
Rita me perdeu quando disse que o Rei da França era drag queen. É muito anacronismo. Pra sociedade francesa daquela época usar peruca, meia calça, maquiagem etc era o normal e aprendido pelo nobre francês. Se identificar como homem era se vestir daquela maneira. N tem nada de drag queen. Isso me fez duvidar de todo o resto que foi dito. A pessoa nasce homem ou mulher, um dado biológico. Uma sociedade pode dizer que um homem tem que ter cabelo grande, vestir rosa e pintar as unhas. Esse seria o padrão masculino daquela sociedade.
mas o sentido que ela falou vai no caminho de "na sociedade de hoje, a forma como esses nobres franceses se vestiam e se comportavam seria entendida como uma performance drag queen". embora ela não tenha falado "na sociedade de hoje esse comportamento seria entendido como uma performance drag queen", pra mim é claro que foi nesse sentido que ela quis dizer, porque seria meio estranho achar que ela não saberia que essa seria uma afirmação anacrônica. talvez ela tenha feito isso pra fins didáticos pra não começar a embaralhar tudo, ou talvez só tenha esquecido de constatar isso pelo formato de entrevista, mas claramente ela sabia que dizer isso seria um anacronismo assim como ela falou depois de um tempo que dizer que o colonialismo cometeu crimes de homofobia era anacronismo. acho que foi mais uma maneira de construir argumentos e ela acabou esquecendo de frisar esse aspecto.
No q diz respeito a questão do rei "drag queen", Rita está apenas fazendo uma analogia, mostrando q hj esse tipo de "estilo" e comportamento está ligado a grupos marginalizados e ele poderia ser lido assim se olharmos com os olhares de hj. Gênero é uma categoria social, ninguém nasce homem ou mulher, nós tornamos, as categorias biológicas servem apenas para delimitar características reprodutivas de indivíduos q pertence a grupos reprodutivos diferentes na msm espécie
Gente mas foi exatamente o que ela quis dizer. Naquela época se vestir daquele jeito era considerado ser homem. Hoje em dia usar peruca, usar maquiagem e salto, a gente encara como Drag Queen. A Rita apontou como o que é ser homem é diferente em cada tempo e cultura
Então você travou no drag queen e não ouviu o restante que ela falou. É o tipo de escuta que deixa de escutar até o fim e trava no que considerou um equívoco. Não escuta porque já está atrás da contestação do argumento. A escuta é um processo difícil mesmo.
@@Marsia.Mariner mas o que eu mais vejo é marxista dizendo que a partir da propriedade privada dos meios de produção é que a mulher é dominada. Se baseiam apenas no texto do Engels
O livro considera populações em Africa? Porque se analisarmos a organização do quilombo dos Palmares já podemos observar uma divergência ao modelo estabelecido pela colonização
acho presunção [um] livro de [uma] autora explicar a história [mundial] da “mulher”, sendo que a própria ideia de mulheridade é situada historicamente...
Ninguém liga para as teses que argumentam que a divisão se xual do trabalho é anterior a propriedade privada, como diversas comunidades da antiguidade comercializavam suas mulheres. Isso literalmente está em Levi Strauss, nem precisa chegar na Gerda Lerner.
Homem ditando regra não é novidade, não é progressista. Guilherme tem que se produzir todo na feminilidade porque antes disso ninguém prestava atenção no discurso dele. Ele é homem e se identifica como homem.
@@betosoares9318 verdade, cada respirar tem que ter fontes, tinha me esquecido disso. Nunca ouviu falar de dialética materialista? É tipo só a teoria principal do Marx... Precisa mesmo de fonte pra isso?! O seu comentário também não tem fontes.
Mas assim quando uma mulher decide ter filhos e ficar em casa quem tem que pagar por esse serviço não seria o marido ? Por exemplo se eu casasse com uma mulher que fica em casa metade do salário não seria dela ? No caso de mães solteiras não sei como equacionar.
Muitas pessoas, aqui nos comentários, tentam desligitimar esse debate afirmando que só existem dois gêneros ou com biologismos. Dois pontos: primeiramente, somos seres biológicos e sociais, se a biologia determina o corpo físico, a sociedade delimita ( ou pelo menos tenta delimitar) as ações sociais, sejam essas coletivas ou individuais. Nessa segunda categoria, estão as formas como nos relacionamos com os outros, afeta e sexualmente, e com nós mesmos, nossa percepção sobre a própria identidade. Segundo ponto: a visão de classe e gênero como algo universal. Sim existiam castas/classes em alguns povos ameríndios, porém a diversidade existente no continente sempre foi gigantesca. Esta ideia barata que são os direitos femininos, indígenas ou LGBTs responsáveis pelo afastamento do proletariado da militância ignora décadas de anticomunismo, eurocentrismo e silenciamento de povos oprimidos. Penso que muitos desses comentários sejam de trolls se passando por comunistas e anarquistas, mas achei necessário comentar minha opinião. Vai que alguém lê esses comentários sem reflexão.
@@youngwizard777 mas o debate acerca de gênero - tanto na esquerda, tanto na direita - está infestado de argumentos biologizantes e positivistas - colocando noções que tangem unicamente o campo do biológico (como o sexo biológico/órgãos genitais) como absolutas e ignorando conceitos como gênero, enquanto construção e fenômeno social (ou seja, este é variável à depender da cultura/período de uma determinada sociedade). Quando se fala em binarismo de gênero, se fala em *gênero* - não em sexo biológico. Somos seres sociais - ignorar isso e adotar uma visão meramente biologizante acerca do debate sobre gênero (como muitos comentários aqui estão fazendo) é não compreender o que está sendo debatido.
@@commodore-lk1lvo conceito de gênero não é absoluto, por isso sua existência pode ser questionada. Agora o de sexo já é bem estabelecido e muito mais que comprovado por dados empíricos, observacionais e racionais.
@@commodore-lk1lvtambem é interessante reconhecer que nem mesmo de um ponto de vista biológico o binarismo se sustenta - o sexo biológico é um espectro e existem milhões e milhões de pessoas cujos corpos não se enquadram perfeitamente em uma noção de sexo masculino ou feminino, uma infinidade de possibilidades de diferentes distribuições hormonais, órgãos sexuais e etc que fogem desse suposto binarismo, a separação desse espectro em 2 extremos que além de tudo ainda são irreais para a maioria das pessoas que se encontram mais próximas de um deles é arbitrária. pessoas intersexo
Sim. E você disse que a forma como nos relacionamos em sociedade "afeta" o ser biológico que somos. Mas esse é o nó da questão: que afeta é evidente. Quem se oporia à tese de que cada época e cultura é capaz de expressar e interpretar o biológico de modos diferentes? Ao que parece, a história prova que as expressões culturais são extremamente ricas, e, em alguns casos, formas muitas diferentes de expressão de gênero podem surgir. É claro que sim! Mas "afeta" não é a palavra certa. Só há real controvérsia quando as pessoas afirmam sem evidência que as relações sociais "determinam" a natureza biológica da espécie humana (que é apenas mais uma espécie animal) no que diz respeito ao gênero ou até mesmo ao próprio sexo. Essas são duas teses bem diferentes: uma é óbvia e fundamentada em evidência, a outra é muito radical e não é nem um pouco fácil demonstrar que ela é verdadeira.
@@manat-fb7czpessoas intersexuais se encontram dentro do binarismo. E elas sao socializadas de acordo com o sexo predominante. Não são pessoas que gozaram de privilégio masculino, tem estrutura corporal tipicamente masculina, engravidam mulheres e vem falar, ain eu sou uma mulher.
E ainda pior, deslocou e sobrepôs povos de culturas muito distintas e que depois ocasionaram a necessidade da produção de unicidades artificiais que resultariam em povos monstrengos como no próprio Brasil.
o deslocamento de povos, a mescla de culturas e o surgimento de novas unidades territoriais são artefatos da História. Pela sua lógica, todos os países seriam “monstrengos artificiais”.
Com o devido respeito. Você tem um papel imensurável na discussão sobre luta de classes, exploração do capital sobre o trabalhador, disputas e reivindicações políticas atuais no Brasil e, talvez, no mundo. Eu, com 44 anos, graduado em Gestão de Políticas Públicas por uma Universidade Pública, nunca ouvi falar dessa questão de "binarismo" oriundo do colonialismo. Essa é uma discussão que para mim, até hoje, e até que me provem o contrário, é e será uma questão da nossa pós modernidade.
Vocês precisam entender que a pós modernidade fornece interpretações equivocadas muitas vezes, mas não cria problemas ou questões do nada. Isso inclusive é subestimar os outros, tirar todo mundo de irracional menos você.
Porque não se aborda divisão social do trabalho de povos originários em Gestão de Políticas Públicas. Na antropologia a constatação de papéis de gêneros diversos nos povos originários está registrada desde a modernidade.
Rita me perdeu quando disse que o Rei da França era drag queen. É muito anacronismo. Pra sociedade francesa daquela época usar peruca, meia calça, maquiagem etc era o normal e aprendido pelo nobre francês. Se identificar como homem era se vestir daquela maneira. N tem nada de drag queen. Isso me fez duvidar de todo o resto que foi dito. A pessoa nasce homem ou mulher, um dado biológico. Uma sociedade pode dizer que um homem tem que ter cabelo grande, vestir rosa e pintar as unhas. Esse seria o padrão masculino daquela sociedade. Pra mim isso parece idealismo ao explicar o passado de forma enviesada reproduzindo as questões do presente.
@@Tsauro-rex Esse é um debate tão complexo, que me faz perder a esperança de um consenso. Dessa forma, me sinto muito à vontade de desconfiar de quem ganha, e muito bem, para propagar essas ideias. Para mim, querendo ou não, isso se tornou mais uma disputa identitária individual do que coletiva.
@@rinaldolimadasilva5378 Faço das tuas minhas palavras. Não acho que seja do pensamento critico onde essas questões que remetem à identidade puras e simplesmente colaboram com a luta e emancipação da classe trabalhadora. O pensamento binário está presente desde o mundo é mundo e a humanidade é humanidade mas ninguem tá preparado pra ouvir isso, e muito antes do Cristianismo vir como religião oficial por Constantino e muito antes das expedições colonizatórias. Os padrões dominantes estão ai para serem questionados levando SEMPRE em consideração o que isso pode representar para a luta da classe trabalhadora, passou disso é lacração e engajamento para gerar money!Sem contar que o próprio aparato burgues de legislação da CF/88 já prevê isonomia levando em consideração questões dessa estirpe. Não há problema algum em binariedade de gênero (deixem isso claro principalmente se quiserem conquistar gente pro lado de cá), contanto que se respeite e dê voz a quem se enxerga fora disso e a lei já respalda. Portanto, é o tipo de assunto que se dá volta em circulos e não sai do lugar..
Excelente video, parabens!Dúvida: como alguém poderia performar ser "do outro gênero" (como o exemplo dado pela Rita ao início), sem binarismo de gênero? Tipo: o "outro" implica que há dois, e que a performance é de um desses dois, independente do sexo da pessoa. Também no caso de povos indígenas com três gêneros, sendo um deles uma composição dos outros dois em diferentes proporções; isso parece confirmar um binarismo no gênero. Eu não acredito que seja binário, mas os exemplos que foram de fato dados implicam que sempre há um binarismo de fundo. E que seria a partir desse binarismo que se fazem sentido de outras tantas e diversas identidades (mais ou menos fluidas). Se for isso, então o que o ocidente colonial exportou pro mundo não foi o binarismo, mas a noção de que o sexo masculino (genitais, etc) determinam algo como um "gênero masculino", e o sexo feminino determinaria algo como um "gênero feminino", e só isso e nada mais, necessariamente. Mas o binarismo de gênero em si mesmo continuaria existindo naquelas outras sociedades e tempos históricos citados pela Rita como evidência de que o binarismo em si seria uma exportação recente e ocidental. Eu quero acreditar que não há nenhum binarismo de fundo, mas pelo menos a lógica do que ela disse é essa. Ao refutar, reafirma.
Não existe 0.5 em linguagem binária. Essa proporção não é de forma alguma confirmação, mas negação direta - em binário, qualquer sistema binário, mas pegando por exemplo lógico em linguagem, existe SÓ 0 ou 1. Computação quântica funciona fora da linguagem binária, onde os valores podem ir de 0 a 1, mas podem ser 0.5, 0.3, 0.77, etc. - já não é binário. Esses sistemas vão pra mais além ainda, que pode ser 0, ou 1, ou 0.n, ou 0 e 1 - isso não é um sistema binário. No sistema binário, inclusive de gênero, SÓ tem 0 e 1, macho e fêmea. É só esses dois que cabem na nossa documentação, por exemplo. Não há reafirmação quando todas as estruturas de documentação, classificação, repressão e controle médico da sociedade não podem incluir sua categoria, e há refutação da validade da categorização binária quando se insere ela. E de forma alguma esse é um padrão consistente em todas as sociedades, de ter variação entre pólos e "espíritos" masculinos e femininos - tem civilização que tinha 5 gêneros, 4, 7, etc. Único padrão consistente é a diversidade e particularidade dele.
@@yum9918 sim, excelente. Eu concordo com isso. Mas há algo a mais aqui. Num nível, há várias identidades (que podem ser mais ou menos femininas, masculinas, ou uma mistura em diferentes proporções), e isso indica que o sistema binário de gênero é falso e imposto. E isso parece tranquilo. É aqui que a manifestação por direitos geralmente fica. Mas ao explicar isto, foi preciso usar as categorias de masculino e feminino em algum sentido (ou de 0 e 1 - afinal, 0.5 é algo ENTRE 0 e 1). Entendendo dessa forma, o que eu quis dizer com "binarismo", é que parece que algumas pessoas, para explicar o espectro de gênero na prática, acabam tendo que mencionar o binarismo que estão negando. O termo atual "não binário" como gênero parece negar isso. Mas quando a Rita usa exemplos históricos e culturais, nesses casos é realmente necessário usar feminino e masculino para explicar o que está acontecendo no gênero de um ou outro indivíduo. E isso é um tipo de "binarismo" quanto ao gênero, que funciona aqui como uma paleta limitada a partir da qual se pintam outras possibilidades, inúmeras, e únicas. Mas, ainda assim, a partir de dois. Bom, isso não é tão importante para os direitos LGBTQIA+. Parece ser apenas uma questão teórica.
@@fluxo_musical É necessário porque nossa base é a nossa sociedade com estrutura binária. Falta recurso cultural e linguístico (talvez menos aqui que na gringa, já que a gente tem Travesti, mas ainda assim...) A gente explica os outros em função da nossa língua, dos nossos gêneros, mas até aí falha nossa - até mesmo não-binário, é uma negação que já reconhece o modelo. Tipo, o que você está falando soa como uma distribuição bimodal, que é um modelo usado pra explicar diversidade no sexo, até aí justo - mas o que me preocupa é que variação de gênero não precisa entrar nisso, várias saem ou tem outros padrões, sendo que a nossa sociedade tem estrutura majoritariamente binária, a gente provavelmente ainda ficaria sem recurso pra explicar mesmo essas sem citar masculino e feminino.
Sobre a diversidade de gênero e o "dois espíritos", a fala parece mais uma negação da diversidade do que uma afirmação. Seria muito difícil que num continente tão grande e diverso, com tão diversas linguas, religiões, organizações políticase tudo o mais, que todas as culturas presentes nesse continente adotassem uma mesma contrução de espiritualoidade e gênero chamada dois espíritos, que seria entendido como um terceiro gênero, de pessoas que possum um espírito masculino e um feminino. Quando pesquisamos sobre essa identidade descobrimos que se trata de um elemento cultural mais recente, pós colonização, de povos indígenas da América do Norte, criada pra tratar do que a gente entende como "LGBT", que é tudo o que não está limitado a mulheres heterossexuais e homens heterossexuais. Outra questão é que nessa ideia de pessoas que desempenham papéis masculinos, pessoas que desempenham papéis femininos e pessoas que desempenham uma combinação dos dois, há um binarismo, entre papéis femininos e masculinos. Esse binarismo é semelhante ao da máquina de sorvete italiano, que tem duas massas: a de chocolate e a de baunilha, e você pode ter um sorvete de chocolate, de baunilha, ou o misto dos dois. Na prática, a ideia dessa diversidade de gênero não é muito diferente da que nós temos na classificação homem hetero/mulher hetero/pessoa LGBT, onde temos pessoas mais alinhadas com papeis masculinos, pessoas mais alinhadas com papeis femininos e pessoas que vivem mais uma istura dos dois. O que parce ser diferente entre as culturas é a aceitação que se tem dessas variações, ora mais aceitas, ora mais combatidas. Sobre papeis femininos e masculinos em culturas americanas antes da colonização, vale perguntar o quão realmente diverso isso era. O trabalho de guerrear não era consistentemente mais atribuído a pessoas que nasceram com pênis? O trabalho de cuidar de crianças não era consistentemente mais atribuido a pessoas que nasceram com vaginas? Os padrões de gênero, como até foi citado no vídeo, mudam não somente de sociedade para sociedade, mas em uma mesma sociedade de uma época para outra. O que foi considerado coisa de homem em um século dentro de uma mesma cultura europeia é considerado coisa de mulher em outro século, mas as categorias "homem" e "mulher" persistem. Homem não é a pessoa que vai para a guerra, que faz mais o trabalho remunerado e menos o trabalho doméstico não remunerado, homem é a pessoa sobre a qual essas espectativas vão cair, frequentemente como imposição da lei, e isso é um exemplo de como é preciso separar gênero de papél de gênero e espectativa de gênero, os segundos aplicados a partir do primeiro.
No entendimento que eu descrevi, homem e mulher, socialmente, são pessoas com certos atributos físicos visualmente identificáveis, e a partir da identificação feita por esses atributos são colocados os papéis e espectativas. Entre as coisas que são tipicamente feita por homens ou mulheres, há mais variação de umas que de outras. Nas culturas que usam essas palavras, homem e mulher, e palavras que significam a mesma coisa em linguas diferentes, é o homem ou a muleher que usa maquiagem em eventos sociais e salto alto? Isso é passível de mais variação, mas é o homem ou a mulher que engravida? Nisso tem menos variação. É o homem ou a mulher que desenvolve mais a espiritualidade, fazendo a ligação entre o mundo material e o sobrenatural? Isso é mais passível de variação, mas é o homem ou a mulher que compoe o grosso do exercito? Quanto mais relacionado com atributos físicos que são diferentes entre os sexos, menos passível de variação algo é em relação a ser papel de um gênero, de outro, ou neutro. Como a relação "homem penis" e "mulher vagina" é muito mais estável que a relação "homem estudo", por exemplo, é bem claro que não é o comportamento do indivíduo que define, socialmente, na maioria das vezes, o seu gênero, e portanto o que é entendido como homem e mulher por qualquer pessoa pra quem você vai perguntar na rua é muito mais fácil de existir na maioria das culturas, independente da forma como é chamado em cada época e local. Resumindo, convém que homens e mulheres tenham mais liberdade em relação ao que podem fazer e gostar, e essa posição não depende de acreditar que "socialmente construido" é o mesmo que "totalmente arbitrário" e que gênero é o mesmo que papel de gênero e que o que é entendido por mulher no senso comum vem de uma cultura muito específica.
@@kevengabryelcandidobatista3844 nada disso amigo, ela fez uma afirmação sobre gênero e espiritualidade a respeito de todos os povos de um continente num momento histórico e frisou "sem exceções", e uma outra afirmação geral sobre atribuição de gênero.
A sodomia feminina é uma categoria criada após a inquisição, durante a ideia média e parte da ideia moderna a única prática homossexual criminalizada e reconhecida era a entre homens, mulheres por nn serem reconhecidas como seres portadores de desejo sexual nn eram vistas como capazes de cometer esse crime
Esse Rito é uma farsa... a personagem dele é um poço de misoginia e a argumentação dele é repleta de falsos silogismos. Até antes desse vídeo eu acreditava na tua seriedade intelectual. Daqui pra frente continue enganando quem você puder.
Sempre houve divisão do trabalho masculino e feminino, só que o da mulher foi sendo desvalorizado, até o século 20, quando a mulher teve acesso a escolas e faculdades
@@reginamenezes6780Quais povos? Dividir o trabalho por si só nn é o problema o problema é a divisão baseada em gênero e a desvalorização sistemática do trabalho feminino
Nāo é um debate exclusivamente pós-estruturalista, quem abriu as portas para essas ideias foi Judith Butler. Performatividade de gênero. Vamos ser honestos.
Tbm achei equivocado a Rita generalizar que todas as etnias do Brasil tem um sistema de gênero de tríade. ( eu realmente queria saber da onde ela tirou essa informação). Eu mesmo assisti um podcast da Katu Mirim q ela diz q é um problema a afirmação de q todos os indígenas tinham essa tríade de gênero... Sendo q mts dessas etnias nem tinham uma construção 'do q é gênero'... q nós em uma sociedade eurocêntrica tem...
Achei MT interessante o debate. Mas achei um pouco errado a Rita dizer q o gênero é baseado em "boa parte/ ou em sua maioria" em esteriótipos de gênero. Pq eu vejo MT além disso.. gênero pra além de esteriótipos, também são construções sociais de socialização... E a socialização foi construída através da divisão sexual do trabalho pra construir os papéis sociais da mulher e assim explorar e oprimir as mulheres. Então...o gênero é muito além de somente "esteriótipos de gênero", é também toda uma forma de explorar e oprimir as mulheres. A socialização é algo bem mais profundo na construção e controle das mulheres. Posso estar errada, mas é assim q eu vejo essa questão.
É embaraçoso como eles tentam não tocar em religião no debate. Como se a religião tivesse um papel coadjuvante nessa ideia de gêneros e perseguição de qualquer coisa que fuja dessa ideia. Como se a Europa com seu colonialismo fossem o único motivo do surgimento do preconceito. Como se a religião não tivesse um papel fundamental na disseminação de ideias do que é ser homem e do que é ser mulher. E nada mais além disso. Eu entendo a estratégia dos comunistas de pisarem em ovos ao falar de religião. Entendo o motivo pelo qual eles preferem isentar as religiões das mazelas do mundo e atribuir tudo ao capitalismo. Num país religioso como o Brasil é inteligente essa tática deles. Mas é também inescrupulosa e sorrateira. Se vcs REALMENTE lutam contra LGBTfobia, então comecem atacando a fonte da disseminação de preconceito - as igrejas neopentecostais!
O povo escolhe a religião. O operário q decide sua vontade. LGBT podem ser aceitos, mas devem se colocar em seu devido lugar sem querer crescer em cima e desestruturar os valores tradicionais religiosos do operário médio. Se n aceitar isso, simplesmente crie uma cidade só pra vocês e deixe o resto dos operários em paz
Não, porque somos leninistas, não iluministas burgueses. Leia Lênin e você saberá por que motivo não lutamos contra a religião em primeiro plano. "Lênin e a Religião", da editora Lavrapalavra, trata exaustivamente do tema. Recomendo a você.
@@maverick.tough23 nossa que falacia, porque no irã, na árabia saudita o povo, não escolhe o cristianismo, e na china, vietnam, thailandia, não escolhem o hinduismo ? religião é impossissão, se só existe igrejas cristãs, um povo necessitado, analfabeto, desnorteado, economicamente, necessitado de afetos, vai entrar no primeiro lugar q acolher eles, se só tem igrejas cristãs, vão aderir ao cristianismo, se só tem templos budistas, vão virar budistas, é simples, não existe vontade propria de quem é pobre, está na miseria social e economica, na sua rua tem templos budistas, e mesquitas islã, se sim, e mesmo assim, 90% do povo escolhe o cristianismo, ai poderia questionar q o povo realmente está escolhendo por algum motivo, mas se só existe igrejas cristãs, seja catolica ou protestante, o seu argumento é muito fraco, não limpa a bunda com ele.
@@arkistoida não lutamos contra no inicio, mas devemos derrubar as bases delas, principalmente as opressoras, ex: na igreja católica, os padres são a liderança e tem o dom divino, representam claramente o "patriarcado" e colocam a mulher c inferior, fora q a mulher só pode fazer sexo dentro do casamento monogamico, q é outra forma de controle da mulher, e a hierarquia supostamente divina q os fiéis tem em relação ao "clero" , uma pratica claramente de subordinar o povo, os pobres, a classe trabalhadora, a classe dominante, e pior 95% da bíblia foi escrita pela classe dominante, ai já mostra q a religião, é um aparato de controle social, e da ideologia da classe dominante, e pior utiliza de argumentos para além da matéria, para legitimar a subordinação do povo, sobre a classe dominante, e tem o quesito, do cristianismo ser colonialista, aonde ele desletima todas as outras formas de culturas, e se põe c a unica religião verdadeira, destruindo culturas, e povos, e transformando os em meros pobres, proletarios,q teram q vender a sua força de trabalho.
Na verdade, a religião determina muito desse processo mas só porque converge com os interesses da classe dominante e com as relações materiais postas. Isso é o que explica, por exemplo, porque um país cuja religião predominante não aborda a homossexualidade ou aborda muito pouco, também tem homofobia, como é o caso do Japão ou vários outros.
Jones, tá certo, e AMO a Rita/Gui Terreri, mas tbm não dá pra fingir que não havia divisão de raças, mas divisão entre povos, tribos, e escravidão existiam com base nisso sim, né? Inúmeros exemplos não faltam na história, inclusive entre entre povos africanos, e indígenas no mundo todo!!! Por que ninguém fala sobre isso e alguma interferência nisso na cultura do colonialismo? É do ser humano subjugar o que ele considera diferente, mais fraco!!!! Isso que tem que acabar!!!! Gente é uma desgraça!!!
A questão do racismo reverso só poderia ser no máximo fosse paulista criticando carioca. Ou foi São Paulo que pegava dinheiro dos cariocas via imposros? São Paulo já foi roubado pelos Portugueses, depois Cariocas e agora a Capital recentemente foi pra Brasília mas Susep e CVM continuam a funcionar a partir do Rio de Janeiro. Fora o fato de que proporcionalmente Rio elege mais deputados e senadores que São Paulo.
Unica pesquisa que eu encontrei menciona que os indigenas norte-americanos tinham 5 generos. Acho bem ousado afirmar que toda a america concordava num ponto tao especifico como papeis de genero. Me parece uma generalizacao
Gente, este debate tá incrivel. Vou trazer uma contribuiçao: o binarismo - dualidade constroi todo o sofrimento. Este é o ensinamento do Buda. Em nivel ultimo, o bem e o mal são consteuídos e históricos como todo o resto. Dissolver esta dualidade é a iluminação, tão necessária quanto a revoluçao. Conheçam o Prajnaparamita. #ficaadica
Jones que vídeo bom, sua abordagem e citações de pensadores Marxistas, nesse video vc fala de Engels, tratando de temas além da questão econômica abre minha mente, na faculdade de história não falam desse lado do marxismo, colocam uma placa de que só falam de como o fator econômico é o motor da história.
Camarada Rita é muito valiosa! Acho impressionante a capacidade de se fazer entender sem rebaixar conceitos ou debates.
Vocês são tipo um grupo de RPG vivendo no mundo da fantasia. Com esse discurso NUNCA vão ter apoio popular. Por isso a esquerda radical não faz mais que 2 deputados federais. "Camarada Rita". Fala esse papo pro seu Zé servente de pedreiro que acorda 5h da manhã. Por isso a igreja neo petencostal ganha espaço. Pq vocês não furam a bolha.
Uma vez por mês passo uns dias com meus avós. Fico uns cinco dias cuidando deles uma vez por mês. E junto a isso tenho que estudar, trabalhar (sou trabalhador freelancer) e participar das atividades no sindicato e na associação. Anos atrás morei quase um ano com meus avós maternos. Meu avô foi diagnosticado com câncer e fiquei quase um ano cuidando dele. Presenciei toda evolução do câncer, do diagnóstico ao falecimento. Tinha que descer e subir quatro lances de escadas com ele na cadeira de rodas. Isso quase todos os dias. E ao mesmo tempo trabalhando, fazendo pós, sindicato etc. Engordei 15 kgs, fiquei com problema na coluna, adquiri ansiedade, meu colesterol ficou o dobro do limite. Tudo isso é trabalho não remunerado, que te desgasta profundamente. E isso mostra como meritocracia é um mito. Enquanto muitos (maioria formada por mulheres negras periféricas) possuem vários trabalhos, uma minoria possui tempo e condições para desenvolver seus trabalhos e estudos.
Parabéns por ser quem você é, ainda mais com as adversidades. Que tempos melhores e mais justos cheguem para todos nós 💪🏽
Esse éo padrão Grego de trabalho.
Eu nunca tinha pensado nesse aspecto do colonialismo. Obrigado por trazer esse debate, camarada.
RIta + Jones é o tipo de conteúdo que vale a pena ver e rever pra absorver cada miligrama de conhecimento.
Aula maravilhosa ❤
Puro suco de identitarismo do leblon
Finalmente! 😢
Esperei tanto tempo o Jones abordar esse tema no canal, só via em outros meios ✊🏽⚧☭
Muito bom, camarada! Queria mais desse assunto no canal mesmo, inclusive ia amar ver você falando da obra "Sexualidade e Socialismo" que inclusive foi traduzida pelo LGBT Comunista! Aprofunda muito esse debate e é fundamental pra disputar com perspectivas liberais ou pós modernas.
Jones é uma máquina de fazer ótimos vídeos.
E a Rita tbm❤❤
SIIIIIM@@Cassia0909
Cada vez melhor e mais frequente
Ouvir a Rita é sempre sensacional, o camarada Gui é muito bom
2 videão no mesmo dia?! Trabalhando muito camarada!
Que video necessário! Rita é fera, adoro seus videos. Agora, ver o jones comentando a fala dela foi uma combinação que melhorou meu dia, ainda mais quando o assunto é gênero
Absolutamente fantástico! Esse vídeo é um marco inclusive no pensamento do Jones, que parece ter dado um salto!
Ou um declinio gigantesco..
@@avozdailha8751só pra quem é preconceituoso
@@kevengabryelcandidobatista3844 Sim, todos que pensam diferente de vcs é preconceituoso. Pensamento binário fazendo mal à cabeça da juventude, não aceitam dialogar nem refletir no que está sendo dito.
Que diálogo você propôs? Qual a sua crítica?
@@avozdailha8751Sim, para os colonizados.
Fantástica sua análise juntamente com a exposição de Rita!!! Parabéns
Rita tem a combinação didática e conteúdo mais impecável que já vi
Aguardando ansiosamente o dia que o Jones vai comentar o livro da Gerda Lerner. O patriarcado é milenar e está estabelecido em quase todas as culturas conhecidas, é tao parte da nossa visao de mundo que nem nos damos conta. O livro Mulheres Invisíveis mostra com muitos exemplos o resultado disso.
Uma conversa com Rita e Jones seria incrível
Ótimo vídeo, parabéns 👏🏼👏🏼👏🏼
Excelente vídeo do trisal Jones, Rita e Guilherme. Patabens, camaradas!
Boa noite pessoal.
Dale. Assunto interessante.
Ótimo vídeo. A Rita é muito didática msm.
Camarada, queria muito que vc lesse e falasse sobre o livro A criação do patriarcado.
Ah esse ele não lê né? Gente marxista defendendo teoria queer é o fim
Isso aí camarada!!!
@@rafaelvilas4230amigo, vi que tu se esforçou muito nessa seção de comentários para escrever a maior quantidade de merda possível por dígito. Meus parabéns, tome seu prêmio 🖕
Ele nao vai falar pq abrange opressões femininas. E pra isso ele precisa olhar sobre muitas coisas que ele corrobora e passa pano no apagamento das mulheres.
@@BrunaOliveira-ok5dz exatamente."a diferença entre a esquerda e a direita quando se trata de mulheres é apenas em que ponto dos nossos pescoços eles devem pisar com suas botas.Para os homens de direita somos propriedade privada . Para os homens de esquerda somos propriedades públicas ".Dworkin
rita e jones num vídeo é tudo de bom
O debate da subjetividade é muito raso em alguns meios comunistas, ao ponto da revolução virar a solução mágica para questões que também demandam uma construção própria. Já ouvi comunista falando que tem que proibir a prostituição e que depois do socialismo ela não seria mais necessária… já ouvi comunista falando que o veganismo não faz o menor sentido agora porque só no socialismo os animais poderão ser melhor tratados. Mas a construção disso tudo passa por agora, pelo nosso imaginário e pelas condições materiais. É necessário demais trazermos esse debate não só pra qualificar nossos militantes, mas pra não afastar os trabalhadores que vivem essas realidades. Excelente vídeo, Jones!
Eu vejo justamente o contrário: é muito youtuber 'de esquerda' tratando de pautas identitarias de maneira rasa para gerar engajamento ($$$) fidelizando uma juventude carente de quem a defenda e pouquissimos que conversam de verdade com a massa trabalhadora. O marxismo jamais exclui de sua pauta tais assuntos que tocam nas subjetividades do homem, mas o TRABALHO é a dimensão ontológica da nossa sociabilidade. Portanto, é URGENTE mesmo que se entenda de economia politica para que não usem vocês como massa de manobra como o mercado e o sistema representativo eleitoral burgues vem fazendo..
Excelente vídeo!
Jones, acredito que faltou um pouco de pesquisa quanto algumas afirmações da Rita, pois mesmo estando do nosso lado devemos checar as informações. O terceiro gênero não é uma identidade comum a todos os povos ameríndios e inclusive pessoas de povos indígenas brasileiros já tentaram corrigir a Rita anteriormente e não foram escutados. Isso resulta em uma homogeneização das experiências desses povos que acredito ser parte do que tentamos combater. Inclusive, o uso do nome Pindorama para se referir ao Brasil é debatido por pertencer apenas uma família linguística dos nossos povos originários. Entendo que essas críticas são mais ao discurso da Rita do que o seu, porém acredito que faltou um pouco de checagem dos fatos informados.
Fora isso, parabéns pelas suas colocações que são muito bem feitas e baseadas. Seu trato do assunto foi sensível e estruturado, da forma como deve ser.
Se não me engano o guilherme já falou que quando citou "terceiro gênero", ele falou da ausência de binarismo, e não necessariamente que existia 3 em todos, e sobre pindorama é de como foi chamado. Como por exemplo de quando chamam a URSS de URSS e não de Rússia e países vizinhos socialistas.
Eles não checam porque a pseudo ciência e a desinformação também faz parte da pauta atual da esquerda. Infelizmente.
Na vdd falta pesquisa da sua parte, além de um pouco de boa vontade, Rita busca sempre ser didática, assim como Jones e por diversas vezes ela, assim como ele, apresenta um panorama geral e menos específico dos conceitos e fatos históricos, sempre deixando a fonte pra q possamos nos aprofundar mais de forma mais específica em cada questão, Rita é uma agitadora cultura q está tentando passar conceitos hipercomplexos pra uma plateia muitas vezes completamente distante do debate político e acadêmico
@@kevengabryelcandidobatista3844 Calma parceiro! Calma! Discordâncias mesmo parciais ou interpretações particulares, fazem parte do debate aberto!
não companheiro, basta ver o víde, fica muito clara a afirmação que rita faz, e a observação da camarada lívia está perfeita
@@Trick6666
Muito interessante e necessário o debate! Às vezes fico com receio das coisas que a Rita diz porque algumas não são verdade. Neste vídeo dela, pesquisei e não achei nada que corroborasse a etimologia de Drag Queen que ela traz. Também me dá receio ela falar categoricamente que todos os povos e culturas do território que hoje chamamos de Américas tinham/têm três e somente três gêneros, o terceiro sendo o "dois espíritos". Alguém pode me confirmar com fontes confiáveis? Eu não achei. E é inclusive possível chegar a essa conclusão tão categórica e generalizante?
Amigo, você leu as referências que Rita deixou no vídeo dela?
Na verdade, ela falou em tríade, e onde masculino e feminino aparecem mesclados em proporções diferentes.
Isto é conhecimento básico nos estudos de género e antropologia que é onde mais se estudam estas questões. Existem, por exemplo, documentos dos anais da Inquisição que reflectem exactamente o que a Rita disse. Dá para encontrar online. Eu li recentemente um estudo sobre alguns grupos do Uganda onde ainda se pratica por exemplo o matriarcado e casamentos entre mulheres e têm outras noções de género, sexualidade e reprodução.
Mas eu li que nas Américas havia alguns grupos que não aceitavam a tríade por exemplo e isto estava ligado a conflictos políticos entre os grupos. Mas não sou especialista, então não sei a história toda..
Tudo q a Rita fala tem largo lastro nos estudos de gênero e pode ser encontrado com um clique na bio dos videos dela, até para pesquisar no Google é preciso saber como, nn adianta achar q vai ter a raiz epistemologica da palavra drag (q ela msm diz q pode ter várias origens) pesquisando simplesmente "significado de drag queen", vários termos estão em disputa historicamente
Então amigo, você ao menos leu as referências que a própria Rita deixou?
Fonte: Dos desejos
Fonte: presente na descrição dos vídeos, basta deixar de ser preguiçoso e procurar (se souber ler, é praticamente td escrito)
Gostei mto! Mais que relevante cruzar esses entendimentos.
Analise que eu não conhecia e me trouxe outras mil perguntas. Obrigada!
Rafinha Bastos tem lido Engels
video bom demais, mt didatico, mt inteligente
Camarada Rita tem muita razão, mas queria trazer também os aportes dos feminismos comunitários principalmente andinos e bolivianos, com autoras como Julieta Paredes e Adriana Guzmán, que propõe a ideia de “entronque de patriarcados”. Nessa compreensão, a invasão colonial teria dado origem a uma fusão de modelos de patriarcado - os ancestrais/indígenas, chamados por Rita Segato de “patriarcados de baixa intensidade”, e o modelo patriarcal moderno/colonial ocidental. O projeto colonial teria “negociado” a subordinação dos homens indígenas na nova ordem colonial em troca de “inflar” a sua posição perante as mulheres do seu mesmo grupo. Teria, em troca da subordinação ampliada dos grupos indígenas frente ao modelo colonial/ocidental, “compensado” os patriarcados indígenas dotando-os de “maior intensidade”, e consequentemente, de uma lógica de profunda desigualdade de poder.
A tese que Rita Von Hunty apresenta está maiormente inscrita na compreensão e perspectiva de autoras como a argentina-gringa Maria Lugones, e a nigeriana Oyeronke Oyewumi. Os principais textos de uma e outra são, respectivamente, “Colonialidade e gênero, e “A invenção das mulheres” (um dos livros mais fascinantes e desruptivos que já li).
Há um texto de Aura Cumes, “Cosmovisión maya y patriarcado”, em que diferentes abordagens críticas sobre a ideia de patriarcado estão sistematizadas. Segundo ela, ainda haveria dois outras chaves interpretativas para compreender o patriarcado, e em alguma medida o sistema de organização sexo-gênero; uma, de Rita Segato, quem vai defender que todos os mitos de fundação subordinam as mulheres em alguma medida; e a outra seria a proposta metodológica de Federici de historicizar o patriarcado.
O texto de Cumes, e na verdade todas essas referências, valem muito a pena para seguir aprofundando o debate.
Muito bom! Obrigada pelas referências.
Obrigada por esse comentário tão informativo! Eu repito: sinto falta de mulheres não apenas falando mais nesses espaços de esquerda nas mídias sociais, mas também sendo citadas por suas contribuições como escritoras e pesquisadoras.
Obrigado pelas referencias. VocÊs acredita que algo semelhante a essa negociação que você citou acontece na nossa cultura dentro da classe trabalhadora? Eu peno sobre isso, sobre como o homem comum tem pouco poder na sociedade, mas tem algum poder na sua família, e em algum grau o machismo funcionaria como um suborno aos homens pobres, um salário psicológico que faz eles sentirem que estão por cima, num mundo onde eles estão muito mais próximos do mendigo e do presidiário que do bilionário e do presidente.
Excelente, obrigada pelo comentário! Vou buscar as referências. A diferença é gritante entre você falando com propriedade e esses opinismos supérfluos dos esquerdomachos do vídeo!
O Jones consegue fazer uma boa mescla entre conteudo político-econômico atual e com debates impotantes sobre varios aspectios do capitalismo/imperialismo/colonialismo. Perfeito para se politizar cada vez mais e para aumentar o nosso arsenal teorico de argumentação
Aulas jones
Parabéns pela contribuição, excelente trabalho
10:28 momento carregando o especial
Saravá camarada Jones! 🤘🏽
Jones, sensacional 👏🏽
Obrigado por tudo e parabéns pelo trabalho
Muita saúde para você e toda a sua família
Eu fico encantada com a didática da Rita!!! Poucos são aqueles que se fazem compreender, menos ainda aqueles que trazem além do conhecimento a oportunidade de transformação. Que conteúdo foda!
O camarada nem falou o tema do vídeo e eu já dou o like.
Mais um excelente vídeo. Do precisa tirar o momento " vacilo Biden" que ficou pelo meio do vídeo. kkkkkk.
Amo Rita Von Hunty Amo ❤❤❤❤❤ lindo Guilherme
Salve, camarada Jones! Ótimo react... lindo quadro do Chico Science.
Rita me perdeu quando disse que o Rei da França era drag queen. É muito anacronismo. Pra sociedade francesa daquela época usar peruca, meia calça, maquiagem etc era o normal e aprendido pelo nobre francês. Se identificar como homem era se vestir daquela maneira. N tem nada de drag queen.
Isso me fez duvidar de todo o resto que foi dito.
A pessoa nasce homem ou mulher, um dado biológico. Uma sociedade pode dizer que um homem tem que ter cabelo grande, vestir rosa e pintar as unhas. Esse seria o padrão masculino daquela sociedade.
mas o sentido que ela falou vai no caminho de "na sociedade de hoje, a forma como esses nobres franceses se vestiam e se comportavam seria entendida como uma performance drag queen".
embora ela não tenha falado "na sociedade de hoje esse comportamento seria entendido como uma performance drag queen", pra mim é claro que foi nesse sentido que ela quis dizer, porque seria meio estranho achar que ela não saberia que essa seria uma afirmação anacrônica.
talvez ela tenha feito isso pra fins didáticos pra não começar a embaralhar tudo, ou talvez só tenha esquecido de constatar isso pelo formato de entrevista, mas claramente ela sabia que dizer isso seria um anacronismo assim como ela falou depois de um tempo que dizer que o colonialismo cometeu crimes de homofobia era anacronismo.
acho que foi mais uma maneira de construir argumentos e ela acabou esquecendo de frisar esse aspecto.
No q diz respeito a questão do rei "drag queen", Rita está apenas fazendo uma analogia, mostrando q hj esse tipo de "estilo" e comportamento está ligado a grupos marginalizados e ele poderia ser lido assim se olharmos com os olhares de hj. Gênero é uma categoria social, ninguém nasce homem ou mulher, nós tornamos, as categorias biológicas servem apenas para delimitar características reprodutivas de indivíduos q pertence a grupos reprodutivos diferentes na msm espécie
Gente mas foi exatamente o que ela quis dizer. Naquela época se vestir daquele jeito era considerado ser homem. Hoje em dia usar peruca, usar maquiagem e salto, a gente encara como Drag Queen. A Rita apontou como o que é ser homem é diferente em cada tempo e cultura
Então você não entendeu o que ela disse.
Então você travou no drag queen e não ouviu o restante que ela falou. É o tipo de escuta que deixa de escutar até o fim e trava no que considerou um equívoco. Não escuta porque já está atrás da contestação do argumento. A escuta é um processo difícil mesmo.
É um privilégio sem tamanho ouvir as palavras do camarada. Obrigado por trazer a Rita, jones !
Segundo Gerda Lener, no livro A Criação do Patriarcado, a mulher já tinha sido dominada antes mesmo da criação da propriedade privada.
@@Marsia.Mariner mas o que eu mais vejo é marxista dizendo que a partir da propriedade privada dos meios de produção é que a mulher é dominada. Se baseiam apenas no texto do Engels
O livro considera populações em Africa? Porque se analisarmos a organização do quilombo dos Palmares já podemos observar uma divergência ao modelo estabelecido pela colonização
acho presunção [um] livro de [uma] autora explicar a história [mundial] da “mulher”, sendo que a própria ideia de mulheridade é situada historicamente...
@@gustavopereira7930 pesquise sobre o livro que você vai entender melhor, camarada
Ninguém liga para as teses que argumentam que a divisão se xual do trabalho é anterior a propriedade privada, como diversas comunidades da antiguidade comercializavam suas mulheres. Isso literalmente está em Levi Strauss, nem precisa chegar na Gerda Lerner.
Tudo de bom pra @Todes
Rita e Jones são o futuro desse país ✊🏼
Homem ditando regra não é novidade, não é progressista. Guilherme tem que se produzir todo na feminilidade porque antes disso ninguém prestava atenção no discurso dele. Ele é homem e se identifica como homem.
Muito boa análise!
Bom dia a todos e todas
❤❤❤❤
🤍Rita e Jones 🤍
Caramba, somos manipulados desde sempre.
continua sendo, enquanto ficar ouvindo sem tese, antitese e sintese, você vai estar manipulado.
@@healord51 O seu comentário me parece vazio quando você não cita fontes.
@@betosoares9318 verdade, cada respirar tem que ter fontes, tinha me esquecido disso.
Nunca ouviu falar de dialética materialista? É tipo só a teoria principal do Marx... Precisa mesmo de fonte pra isso?!
O seu comentário também não tem fontes.
@@healord51 No vídeo citaram fontes que vou pesquisar, é a isso que me refiro. Quanto a dialética materialista infelizmente não li.
@@betosoares9318 sugiro ler O capital.
Mas assim quando uma mulher decide ter filhos e ficar em casa quem tem que pagar por esse serviço não seria o marido ? Por exemplo se eu casasse com uma mulher que fica em casa metade do salário não seria dela ? No caso de mães solteiras não sei como equacionar.
jones voce pode fazer um dia um video sobre o movimento zapatista no mexico. pirfavor
Muitas pessoas, aqui nos comentários, tentam desligitimar esse debate afirmando que só existem dois gêneros ou com biologismos.
Dois pontos: primeiramente, somos seres biológicos e sociais, se a biologia determina o corpo físico, a sociedade delimita ( ou pelo menos tenta delimitar) as ações sociais, sejam essas coletivas ou individuais. Nessa segunda categoria, estão as formas como nos relacionamos com os outros, afeta e sexualmente, e com nós mesmos, nossa percepção sobre a própria identidade.
Segundo ponto: a visão de classe e gênero como algo universal. Sim existiam castas/classes em alguns povos ameríndios, porém a diversidade existente no continente sempre foi gigantesca.
Esta ideia barata que são os direitos femininos, indígenas ou LGBTs responsáveis pelo afastamento do proletariado da militância ignora décadas de anticomunismo, eurocentrismo e silenciamento de povos oprimidos.
Penso que muitos desses comentários sejam de trolls se passando por comunistas e anarquistas, mas achei necessário comentar minha opinião. Vai que alguém lê esses comentários sem reflexão.
@@youngwizard777 mas o debate acerca de gênero - tanto na esquerda, tanto na direita - está infestado de argumentos biologizantes e positivistas - colocando noções que tangem unicamente o campo do biológico (como o sexo biológico/órgãos genitais) como absolutas e ignorando conceitos como gênero, enquanto construção e fenômeno social (ou seja, este é variável à depender da cultura/período de uma determinada sociedade).
Quando se fala em binarismo de gênero, se fala em *gênero* - não em sexo biológico.
Somos seres sociais - ignorar isso e adotar uma visão meramente biologizante acerca do debate sobre gênero (como muitos comentários aqui estão fazendo) é não compreender o que está sendo debatido.
@@commodore-lk1lvo conceito de gênero não é absoluto, por isso sua existência pode ser questionada. Agora o de sexo já é bem estabelecido e muito mais que comprovado por dados empíricos, observacionais e racionais.
@@commodore-lk1lvtambem é interessante reconhecer que nem mesmo de um ponto de vista biológico o binarismo se sustenta - o sexo biológico é um espectro e existem milhões e milhões de pessoas cujos corpos não se enquadram perfeitamente em uma noção de sexo masculino ou feminino, uma infinidade de possibilidades de diferentes distribuições hormonais, órgãos sexuais e etc que fogem desse suposto binarismo, a separação desse espectro em 2 extremos que além de tudo ainda são irreais para a maioria das pessoas que se encontram mais próximas de um deles é arbitrária. pessoas intersexo
Sim. E você disse que a forma como nos relacionamos em sociedade "afeta" o ser biológico que somos. Mas esse é o nó da questão: que afeta é evidente. Quem se oporia à tese de que cada época e cultura é capaz de expressar e interpretar o biológico de modos diferentes? Ao que parece, a história prova que as expressões culturais são extremamente ricas, e, em alguns casos, formas muitas diferentes de expressão de gênero podem surgir. É claro que sim!
Mas "afeta" não é a palavra certa. Só há real controvérsia quando as pessoas afirmam sem evidência que as relações sociais "determinam" a natureza biológica da espécie humana (que é apenas mais uma espécie animal) no que diz respeito ao gênero ou até mesmo ao próprio sexo.
Essas são duas teses bem diferentes: uma é óbvia e fundamentada em evidência, a outra é muito radical e não é nem um pouco fácil demonstrar que ela é verdadeira.
@@manat-fb7czpessoas intersexuais se encontram dentro do binarismo. E elas sao socializadas de acordo com o sexo predominante. Não são pessoas que gozaram de privilégio masculino, tem estrutura corporal tipicamente masculina, engravidam mulheres e vem falar, ain eu sou uma mulher.
Por que o Jones travou em 10'45''? 😯
Muito bom!Seus vídeos e da Rita são maravilhosos.👏🏽👏🏽
E ainda pior, deslocou e sobrepôs povos de culturas muito distintas e que depois ocasionaram a necessidade da produção de unicidades artificiais que resultariam em povos monstrengos como no próprio Brasil.
o deslocamento de povos, a mescla de culturas e o surgimento de novas unidades territoriais são artefatos da História. Pela sua lógica, todos os países seriam “monstrengos artificiais”.
Do q vc está está falando? Tá defendendo purismo racial aqui?
@@kevengabryelcandidobatista3844 já ouviu falar de aprisionamentos e deslocamentos forçados e suas consequências nefastas?
@@kevengabryelcandidobatista3844 O que? To defendendo a existência do brasil, de onde você tirou purismo racial?
Com o devido respeito. Você tem um papel imensurável na discussão sobre luta de classes, exploração do capital sobre o trabalhador, disputas e reivindicações políticas atuais no Brasil e, talvez, no mundo.
Eu, com 44 anos, graduado em Gestão de Políticas Públicas por uma Universidade Pública, nunca ouvi falar dessa questão de "binarismo" oriundo do colonialismo.
Essa é uma discussão que para mim, até hoje, e até que me provem o contrário, é e será uma questão da nossa pós modernidade.
Vocês precisam entender que a pós modernidade fornece interpretações equivocadas muitas vezes, mas não cria problemas ou questões do nada. Isso inclusive é subestimar os outros, tirar todo mundo de irracional menos você.
Porque não se aborda divisão social do trabalho de povos originários em Gestão de Políticas Públicas. Na antropologia a constatação de papéis de gêneros diversos nos povos originários está registrada desde a modernidade.
Rita me perdeu quando disse que o Rei da França era drag queen. É muito anacronismo. Pra sociedade francesa daquela época usar peruca, meia calça, maquiagem etc era o normal e aprendido pelo nobre francês. Se identificar como homem era se vestir daquela maneira. N tem nada de drag queen.
Isso me fez duvidar de todo o resto que foi dito.
A pessoa nasce homem ou mulher, um dado biológico. Uma sociedade pode dizer que um homem tem que ter cabelo grande, vestir rosa e pintar as unhas. Esse seria o padrão masculino daquela sociedade.
Pra mim isso parece idealismo ao explicar o passado de forma enviesada reproduzindo as questões do presente.
@@Tsauro-rex Esse é um debate tão complexo, que me faz perder a esperança de um consenso. Dessa forma, me sinto muito à vontade de desconfiar de quem ganha, e muito bem, para propagar essas ideias.
Para mim, querendo ou não, isso se tornou mais uma disputa identitária individual do que coletiva.
@@rinaldolimadasilva5378 Faço das tuas minhas palavras. Não acho que seja do pensamento critico onde essas questões que remetem à identidade puras e simplesmente colaboram com a luta e emancipação da classe trabalhadora. O pensamento binário está presente desde o mundo é mundo e a humanidade é humanidade mas ninguem tá preparado pra ouvir isso, e muito antes do Cristianismo vir como religião oficial por Constantino e muito antes das expedições colonizatórias. Os padrões dominantes estão ai para serem questionados levando SEMPRE em consideração o que isso pode representar para a luta da classe trabalhadora, passou disso é lacração e engajamento para gerar money!Sem contar que o próprio aparato burgues de legislação da CF/88 já prevê isonomia levando em consideração questões dessa estirpe. Não há problema algum em binariedade de gênero (deixem isso claro principalmente se quiserem conquistar gente pro lado de cá), contanto que se respeite e dê voz a quem se enxerga fora disso e a lei já respalda. Portanto, é o tipo de assunto que se dá volta em circulos e não sai do lugar..
bom demais cmrd
Excelente video, parabens!Dúvida: como alguém poderia performar ser "do outro gênero" (como o exemplo dado pela Rita ao início), sem binarismo de gênero? Tipo: o "outro" implica que há dois, e que a performance é de um desses dois, independente do sexo da pessoa.
Também no caso de povos indígenas com três gêneros, sendo um deles uma composição dos outros dois em diferentes proporções; isso parece confirmar um binarismo no gênero. Eu não acredito que seja binário, mas os exemplos que foram de fato dados implicam que sempre há um binarismo de fundo. E que seria a partir desse binarismo que se fazem sentido de outras tantas e diversas identidades (mais ou menos fluidas). Se for isso, então o que o ocidente colonial exportou pro mundo não foi o binarismo, mas a noção de que o sexo masculino (genitais, etc) determinam algo como um "gênero masculino", e o sexo feminino determinaria algo como um "gênero feminino", e só isso e nada mais, necessariamente. Mas o binarismo de gênero em si mesmo continuaria existindo naquelas outras sociedades e tempos históricos citados pela Rita como evidência de que o binarismo em si seria uma exportação recente e ocidental. Eu quero acreditar que não há nenhum binarismo de fundo, mas pelo menos a lógica do que ela disse é essa. Ao refutar, reafirma.
Não existe 0.5 em linguagem binária. Essa proporção não é de forma alguma confirmação, mas negação direta - em binário, qualquer sistema binário, mas pegando por exemplo lógico em linguagem, existe SÓ 0 ou 1.
Computação quântica funciona fora da linguagem binária, onde os valores podem ir de 0 a 1, mas podem ser 0.5, 0.3, 0.77, etc. - já não é binário.
Esses sistemas vão pra mais além ainda, que pode ser 0, ou 1, ou 0.n, ou 0 e 1 - isso não é um sistema binário. No sistema binário, inclusive de gênero, SÓ tem 0 e 1, macho e fêmea. É só esses dois que cabem na nossa documentação, por exemplo. Não há reafirmação quando todas as estruturas de documentação, classificação, repressão e controle médico da sociedade não podem incluir sua categoria, e há refutação da validade da categorização binária quando se insere ela.
E de forma alguma esse é um padrão consistente em todas as sociedades, de ter variação entre pólos e "espíritos" masculinos e femininos - tem civilização que tinha 5 gêneros, 4, 7, etc. Único padrão consistente é a diversidade e particularidade dele.
@@yum9918 sim, excelente. Eu concordo com isso. Mas há algo a mais aqui. Num nível, há várias identidades (que podem ser mais ou menos femininas, masculinas, ou uma mistura em diferentes proporções), e isso indica que o sistema binário de gênero é falso e imposto. E isso parece tranquilo. É aqui que a manifestação por direitos geralmente fica. Mas ao explicar isto, foi preciso usar as categorias de masculino e feminino em algum sentido (ou de 0 e 1 - afinal, 0.5 é algo ENTRE 0 e 1). Entendendo dessa forma, o que eu quis dizer com "binarismo", é que parece que algumas pessoas, para explicar o espectro de gênero na prática, acabam tendo que mencionar o binarismo que estão negando. O termo atual "não binário" como gênero parece negar isso. Mas quando a Rita usa exemplos históricos e culturais, nesses casos é realmente necessário usar feminino e masculino para explicar o que está acontecendo no gênero de um ou outro indivíduo. E isso é um tipo de "binarismo" quanto ao gênero, que funciona aqui como uma paleta limitada a partir da qual se pintam outras possibilidades, inúmeras, e únicas. Mas, ainda assim, a partir de dois. Bom, isso não é tão importante para os direitos LGBTQIA+. Parece ser apenas uma questão teórica.
@@fluxo_musical Se vc reparar a Rita cita feminino botando entre aspas, pq ela nãoe stá falando do que É feminino, mas do que é considerado feminino.
@@fluxo_musical É necessário porque nossa base é a nossa sociedade com estrutura binária. Falta recurso cultural e linguístico (talvez menos aqui que na gringa, já que a gente tem Travesti, mas ainda assim...) A gente explica os outros em função da nossa língua, dos nossos gêneros, mas até aí falha nossa - até mesmo não-binário, é uma negação que já reconhece o modelo.
Tipo, o que você está falando soa como uma distribuição bimodal, que é um modelo usado pra explicar diversidade no sexo, até aí justo - mas o que me preocupa é que variação de gênero não precisa entrar nisso, várias saem ou tem outros padrões, sendo que a nossa sociedade tem estrutura majoritariamente binária, a gente provavelmente ainda ficaria sem recurso pra explicar mesmo essas sem citar masculino e feminino.
@@yum9918 Um sistema binário tem "só" 0 e 1, sim. Mas eles são usados pra formar 00, 11, 01, 010, 101011, 1000101101 e assim por diante.
Simone de Beauvoir tem outra visão.
tem não
Meu cabra favorito falando da minha deusa favorita 😍😍😍😍
Camaradas, Áudio Baixo demais. Do Jones no caso.
thumbnail muito bem feita
Sobre a diversidade de gênero e o "dois espíritos", a fala parece mais uma negação da diversidade do que uma afirmação. Seria muito difícil que num continente tão grande e diverso, com tão diversas linguas, religiões, organizações políticase tudo o mais, que todas as culturas presentes nesse continente adotassem uma mesma contrução de espiritualoidade e gênero chamada dois espíritos, que seria entendido como um terceiro gênero, de pessoas que possum um espírito masculino e um feminino. Quando pesquisamos sobre essa identidade descobrimos que se trata de um elemento cultural mais recente, pós colonização, de povos indígenas da América do Norte, criada pra tratar do que a gente entende como "LGBT", que é tudo o que não está limitado a mulheres heterossexuais e homens heterossexuais. Outra questão é que nessa ideia de pessoas que desempenham papéis masculinos, pessoas que desempenham papéis femininos e pessoas que desempenham uma combinação dos dois, há um binarismo, entre papéis femininos e masculinos. Esse binarismo é semelhante ao da máquina de sorvete italiano, que tem duas massas: a de chocolate e a de baunilha, e você pode ter um sorvete de chocolate, de baunilha, ou o misto dos dois. Na prática, a ideia dessa diversidade de gênero não é muito diferente da que nós temos na classificação homem hetero/mulher hetero/pessoa LGBT, onde temos pessoas mais alinhadas com papeis masculinos, pessoas mais alinhadas com papeis femininos e pessoas que vivem mais uma istura dos dois. O que parce ser diferente entre as culturas é a aceitação que se tem dessas variações, ora mais aceitas, ora mais combatidas. Sobre papeis femininos e masculinos em culturas americanas antes da colonização, vale perguntar o quão realmente diverso isso era. O trabalho de guerrear não era consistentemente mais atribuído a pessoas que nasceram com pênis? O trabalho de cuidar de crianças não era consistentemente mais atribuido a pessoas que nasceram com vaginas? Os padrões de gênero, como até foi citado no vídeo, mudam não somente de sociedade para sociedade, mas em uma mesma sociedade de uma época para outra. O que foi considerado coisa de homem em um século dentro de uma mesma cultura europeia é considerado coisa de mulher em outro século, mas as categorias "homem" e "mulher" persistem. Homem não é a pessoa que vai para a guerra, que faz mais o trabalho remunerado e menos o trabalho doméstico não remunerado, homem é a pessoa sobre a qual essas espectativas vão cair, frequentemente como imposição da lei, e isso é um exemplo de como é preciso separar gênero de papél de gênero e espectativa de gênero, os segundos aplicados a partir do primeiro.
No entendimento que eu descrevi, homem e mulher, socialmente, são pessoas com certos atributos físicos visualmente identificáveis, e a partir da identificação feita por esses atributos são colocados os papéis e espectativas. Entre as coisas que são tipicamente feita por homens ou mulheres, há mais variação de umas que de outras. Nas culturas que usam essas palavras, homem e mulher, e palavras que significam a mesma coisa em linguas diferentes, é o homem ou a muleher que usa maquiagem em eventos sociais e salto alto? Isso é passível de mais variação, mas é o homem ou a mulher que engravida? Nisso tem menos variação. É o homem ou a mulher que desenvolve mais a espiritualidade, fazendo a ligação entre o mundo material e o sobrenatural? Isso é mais passível de variação, mas é o homem ou a mulher que compoe o grosso do exercito? Quanto mais relacionado com atributos físicos que são diferentes entre os sexos, menos passível de variação algo é em relação a ser papel de um gênero, de outro, ou neutro. Como a relação "homem penis" e "mulher vagina" é muito mais estável que a relação "homem estudo", por exemplo, é bem claro que não é o comportamento do indivíduo que define, socialmente, na maioria das vezes, o seu gênero, e portanto o que é entendido como homem e mulher por qualquer pessoa pra quem você vai perguntar na rua é muito mais fácil de existir na maioria das culturas, independente da forma como é chamado em cada época e local. Resumindo, convém que homens e mulheres tenham mais liberdade em relação ao que podem fazer e gostar, e essa posição não depende de acreditar que "socialmente construido" é o mesmo que "totalmente arbitrário" e que gênero é o mesmo que papel de gênero e que o que é entendido por mulher no senso comum vem de uma cultura muito específica.
Homens tem uma tendência maior a ser combativos por conta da testosterona. Isso é fato
Muito blablabla pra chover no molhado, a Rita deu um exemplo, esforce-se para entender algo básico
@@maverick.tough23fonte: águas de Lindóia
@@kevengabryelcandidobatista3844 nada disso amigo, ela fez uma afirmação sobre gênero e espiritualidade a respeito de todos os povos de um continente num momento histórico e frisou "sem exceções", e uma outra afirmação geral sobre atribuição de gênero.
eita pega, 🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯
Bom demais!!
23:42 Era a Inquisição que julgava isso e definia como crime de sodomia. Quando se tratava de mulheres, chamava-se crime de sodomia feminina.
A sodomia feminina é uma categoria criada após a inquisição, durante a ideia média e parte da ideia moderna a única prática homossexual criminalizada e reconhecida era a entre homens, mulheres por nn serem reconhecidas como seres portadores de desejo sexual nn eram vistas como capazes de cometer esse crime
No canal do Jones E Manoel passando anúncio do Brasil Paralelo? 🤔🤔
Esse Rito é uma farsa... a personagem dele é um poço de misoginia e a argumentação dele é repleta de falsos silogismos. Até antes desse vídeo eu acreditava na tua seriedade intelectual. Daqui pra frente continue enganando quem você puder.
Eu tô amando os vídeos do Jones todo dia, mas tô preocupada com o ritmo de trabalho dele! Todo dia dois videos densos! Muito obrigada por isso ❤
Sempre houve divisão do trabalho masculino e feminino, só que o da mulher foi sendo desvalorizado, até o século 20, quando a mulher teve acesso a escolas e faculdades
Essa é uma perspectiva muito eurocêntrica e ocidental, camarada
Concordo, inclusive os povos indígenas dividiam seu trabalho.
@@nyui_arantes só na Europa existiu diferenciação entre gêneros e divisão do trabalho entre homens e mulheres?
@@reginamenezes6780Quais povos? Dividir o trabalho por si só nn é o problema o problema é a divisão baseada em gênero e a desvalorização sistemática do trabalho feminino
Envidente que não amigo...Mas acreditar nisto tem utilidade...eu e vc sabemos qual...
Nāo é um debate exclusivamente pós-estruturalista, quem abriu as portas para essas ideias foi Judith Butler. Performatividade de gênero. Vamos ser honestos.
Ela é marxista?
Tbm achei equivocado a Rita generalizar que todas as etnias do Brasil tem um sistema de gênero de tríade. ( eu realmente queria saber da onde ela tirou essa informação). Eu mesmo assisti um podcast da Katu Mirim q ela diz q é um problema a afirmação de q todos os indígenas tinham essa tríade de gênero... Sendo q mts dessas etnias nem tinham uma construção 'do q é gênero'... q nós em uma sociedade eurocêntrica tem...
Achei MT interessante o debate. Mas achei um pouco errado a Rita dizer q o gênero é baseado em "boa parte/ ou em sua maioria" em esteriótipos de gênero. Pq eu vejo MT além disso.. gênero pra além de esteriótipos, também são construções sociais de socialização... E a socialização foi construída através da divisão sexual do trabalho pra construir os papéis sociais da mulher e assim explorar e oprimir as mulheres. Então...o gênero é muito além de somente "esteriótipos de gênero", é também toda uma forma de explorar e oprimir as mulheres. A socialização é algo bem mais profundo na construção e controle das mulheres. Posso estar errada, mas é assim q eu vejo essa questão.
bom demais
Não binário é o conceito mais ridículo que ja surgiu nessa pseudo ciência contemporâneo!
Eu conheci o seu canal por indicação da Rita ❤
Salve Rita!
É embaraçoso como eles tentam não tocar em religião no debate. Como se a religião tivesse um papel coadjuvante nessa ideia de gêneros e perseguição de qualquer coisa que fuja dessa ideia.
Como se a Europa com seu colonialismo fossem o único motivo do surgimento do preconceito.
Como se a religião não tivesse um papel fundamental na disseminação de ideias do que é ser homem e do que é ser mulher. E nada mais além disso.
Eu entendo a estratégia dos comunistas de pisarem em ovos ao falar de religião. Entendo o motivo pelo qual eles preferem isentar as religiões das mazelas do mundo e atribuir tudo ao capitalismo.
Num país religioso como o Brasil é inteligente essa tática deles. Mas é também inescrupulosa e sorrateira.
Se vcs REALMENTE lutam contra LGBTfobia, então comecem atacando a fonte da disseminação de preconceito - as igrejas neopentecostais!
O povo escolhe a religião. O operário q decide sua vontade. LGBT podem ser aceitos, mas devem se colocar em seu devido lugar sem querer crescer em cima e desestruturar os valores tradicionais religiosos do operário médio. Se n aceitar isso, simplesmente crie uma cidade só pra vocês e deixe o resto dos operários em paz
Não, porque somos leninistas, não iluministas burgueses. Leia Lênin e você saberá por que motivo não lutamos contra a religião em primeiro plano. "Lênin e a Religião", da editora Lavrapalavra, trata exaustivamente do tema. Recomendo a você.
@@maverick.tough23 nossa que falacia, porque no irã, na árabia saudita o povo, não escolhe o cristianismo, e na china, vietnam, thailandia, não escolhem o hinduismo ? religião é impossissão, se só existe igrejas cristãs, um povo necessitado, analfabeto, desnorteado, economicamente, necessitado de afetos, vai entrar no primeiro lugar q acolher eles, se só tem igrejas cristãs, vão aderir ao cristianismo, se só tem templos budistas, vão virar budistas, é simples, não existe vontade propria de quem é pobre, está na miseria social e economica, na sua rua tem templos budistas, e mesquitas islã, se sim, e mesmo assim, 90% do povo escolhe o cristianismo, ai poderia questionar q o povo realmente está escolhendo por algum motivo, mas se só existe igrejas cristãs, seja catolica ou protestante, o seu argumento é muito fraco, não limpa a bunda com ele.
@@arkistoida não lutamos contra no inicio, mas devemos derrubar as bases delas, principalmente as opressoras, ex: na igreja católica, os padres são a liderança e tem o dom divino, representam claramente o "patriarcado" e colocam a mulher c inferior, fora q a mulher só pode fazer sexo dentro do casamento monogamico, q é outra forma de controle da mulher, e a hierarquia supostamente divina q os fiéis tem em relação ao "clero" , uma pratica claramente de subordinar o povo, os pobres, a classe trabalhadora, a classe dominante, e pior 95% da bíblia foi escrita pela classe dominante, ai já mostra q a religião, é um aparato de controle social, e da ideologia da classe dominante, e pior utiliza de argumentos para além da matéria, para legitimar a subordinação do povo, sobre a classe dominante, e tem o quesito, do cristianismo ser colonialista, aonde ele desletima todas as outras formas de culturas, e se põe c a unica religião verdadeira, destruindo culturas, e povos, e transformando os em meros pobres, proletarios,q teram q vender a sua força de trabalho.
Na verdade, a religião determina muito desse processo mas só porque converge com os interesses da classe dominante e com as relações materiais postas. Isso é o que explica, por exemplo, porque um país cuja religião predominante não aborda a homossexualidade ou aborda muito pouco, também tem homofobia, como é o caso do Japão ou vários outros.
Onde posso ver a história desse cara Wilian
Jones, tá certo, e AMO a Rita/Gui Terreri, mas tbm não dá pra fingir que não havia divisão de raças, mas divisão entre povos, tribos, e escravidão existiam com base nisso sim, né? Inúmeros exemplos não faltam na história, inclusive entre entre povos africanos, e indígenas no mundo todo!!!
Por que ninguém fala sobre isso e alguma interferência nisso na cultura do colonialismo?
É do ser humano subjugar o que ele considera diferente, mais fraco!!!!
Isso que tem que acabar!!!! Gente é uma desgraça!!!
Rafinha Bastos descobrindo o Colonialismo
👏👏👏
A questão do racismo reverso só poderia ser no máximo fosse paulista criticando carioca. Ou foi São Paulo que pegava dinheiro dos cariocas via imposros? São Paulo já foi roubado pelos Portugueses, depois Cariocas e agora a Capital recentemente foi pra Brasília mas Susep e CVM continuam a funcionar a partir do Rio de Janeiro. Fora o fato de que proporcionalmente Rio elege mais deputados e senadores que São Paulo.
conteudo é top! E agora um ponto positivo para o audio que ficou bom nesse video parabens
Muito boa a reflexão, camarada, como sempre
Jones tá me lembrando o Baco Exu
Video maravilhoso de bom!!
Unica pesquisa que eu encontrei menciona que os indigenas norte-americanos tinham 5 generos. Acho bem ousado afirmar que toda a america concordava num ponto tao especifico como papeis de genero. Me parece uma generalizacao
Mas ela não disse isso, ela disse q há vários povos com várias visões diferentes de gênero e citou um exemplo
Amei
Gente, este debate tá incrivel. Vou trazer uma contribuiçao: o binarismo - dualidade constroi todo o sofrimento. Este é o ensinamento do Buda. Em nivel ultimo, o bem e o mal são consteuídos e históricos como todo o resto. Dissolver esta dualidade é a iluminação, tão necessária quanto a revoluçao. Conheçam o Prajnaparamita. #ficaadica
Logo, ser R ista não é ruim, mata T rans também não.
sensacional! obrigada companheiro
Jones que vídeo bom, sua abordagem e citações de pensadores Marxistas, nesse video vc fala de Engels, tratando de temas além da questão econômica abre minha mente, na faculdade de história não falam desse lado do marxismo, colocam uma placa de que só falam de como o fator econômico é o motor da história.
Tem que comentar a entrevista do Don L ao Bdf ...ficou mto foda. MC Comunista ganhador do prêmio APCA ...precisamos divulgar mais essas conquistas🔥🔥🔥
Excelente! Esse papo é muito necessário p jogar luz nesse tema q por vezes é cooptado por idealismos do social-liberalismo.
Jones, porque você não está fazendo mais vídeos com aquela qualidade de antes? Fica meio estranho você não olhar pra câmera durante o vídeo.
Excelente!!!