"A forma econômica específica em que o mais-trabalho não pago é extraído dos produtores diretos determina a relação de dominação e servidão, tal como esta advém diretamente da própria produção e, por sua vez, retroage sobre ela de modo determinante. Nisso se funda, porém, toda a estrutura da entidade comunitária econômica, nascida das próprias relações de produção; simultaneamente com isso, sua estrutura política peculiar. Em todos os casos, é na relação direta entre os proprietários das condições de produção e os produtores diretos - relação cuja forma eventual sempre corresponde naturalmente a determinada fase do desenvolvimento dos métodos de trabalho e, assim, a sua força produtiva social - que encontramos o segredo mais profundo, a base oculta de todo o arcabouço social e, consequentemente, também da forma política das relações de soberania e de dependência, isto é, da forma específica do Estado existente em cada caso. Isso não impossibilita que a mesma base econômica - a mesma no que diz respeito às condições principais -, graças a inúmeras circunstâncias empíricas de diversos tipos, condições naturais, raciais, influências históricas externas etc., manifeste-se em infinitas variações e matizes, que só se podem compreender por meio de uma análise dessas circunstâncias empíricas." MARX, Karl. O capital, tomo III, p. 852. Edição da Boitempo Editoral.
Muito foda!! Me fez pensar numa passagem do romance do Balzac "As ilusões perdidas". O narrador dá uma aula sobre os traços fenotípicos que distinguiriam um porte aristocrático de um porte burguês. O primeiro, em virtude de uma ascendência não votada a trabalhos manuais, seria dotado de certos traços físicos facilmente reconhecíveis pelos seus pares e que o distinguiriam do típico burguês, descendente de camponeses. É essa a oposição que o narrador faz entre Lucien de Rubempré e seu amigo David Séchard, ambos são brancos e pobres, na verdade, embora o segundo seja filho de um burguês endinheirado, mas tão avarento que nem o filho escapa das suas trapaças; no entanto, naquelas circunstâncias específicas da França do início do século XIX, os salões aristocráticos tornam-se muito mais acessíveis a um do que a outro. Essa situação é muito semelhante àquela a que você se refere no vídeo, do negro que ascendeu socialmente mas não perde os marcadores sociais que o identificam dentro da dinâmica de classes em que está inserido. Quando descobri a categoria da interseccionalidade achei fantástica pra entender a realidade, mas essa outra perspectiva aí é bem mais foda.
Faltou falar que existem também os indígenas, que pode ser óbvio mas faltou, mas menos óbvio seria dizer que muito dos pardos (não-brancos) são descendentes de indígenas
Sempre os ignoram na complexidade do nosso debate racial. Esquecem que há muitos indígenas que inclusive não possuem o estereótipo de "indígena" do senso comum, mas que são descentes e possuem características de diferentes etnias. Inclusive para os "afro bege" muito deles são "brancos", demonstrando o quanto a superficialidade e arrogância vem dominado uma parte crucial do debate.
Jones como um caboclo brasileiro eu agradeço profundamente o seu vídeo, apesar de discordar do termo "não-branco" porque nos pauta a partir da perspectiva da branquitude. Porém acho de extrema importância o seu vídeo, uma vez que temos uma enorme herança indígena, assim como populações tradicionais como os ribeirinhos, a população do sertão nordestino, caiçaras, caboclos (que na verdade são pessoas indígenas que não cresceram em contato com a cultura ancestral) e todos nós devemo estar na pauta antiracista, uma vez que também somos vítimas do racismo, mesmo que de formas diferentes. Por uma aliança descolonial e classista. Acredito que isso só tem a fortalecer a luta da negritude brasileira.
Jones, estou até emocionada porque você explorou e explicou exatamente o que eu tava tentando entender para escrever a minha monografia há meses. Muito obrigada!
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575 Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano? Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo. De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês. Resultado: - 87% teriam menos imposto pra pagar. - 2,73% pagariam mais imposto. Clica no link e depois em apoiar! Depois é só mandar pra todo mundo que vc conhece!
Parando no minuto 10 pra abstrair. Quem tá alheio a esse debate como um todo, pode perder de vista, no começo, a riqueza de conteúdo que tem aí. Quem tá se esforçando pra compreendê-lo a partir duma base teórico-metodológica marxista, já consegue atentar teu domínio no conteúdo de algo complexo, como é o movimento dialético. Excelente, Jones!
@@lauresharafi7770 Se puder ajudar indicando quem realmente entende, na sua convicção, de materialismo histórico dialético e, principalmente, que se disponha a compartilhar isso de forma popular, didática, não boçal e individualista, como costuma ser, a gente agradece! Da minha parte, existe um interesse pelo aprendizado, e um total desinteresse por disputa de ego, como é usual ver em quem se sente autoridade em marxismo
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575 Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano? Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo. De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês. Resultado: - 87% teriam menos imposto pra pagar. - 2,73% pagariam mais imposto. Clica no link e depois em apoiar! Pode ser feito com o login do Facebook ou do Google. E aí só mandar pra todo mundo que a gente conhece!
Minha mãe é neta de uma preta com um cigano. O cigano vendeu minha avó [filha da avó de minha mãe e mãe de minha mãe] prum grileiro. O grileiro teve oito filhos com minha avó, que tinha a pele clara. Minha mãe foi a única que nasceu com genes africanos marcantes - cabelo e pele [cabelo que alisava e pele que ela protegia para ficar mais clara]. Casou-se com um descendente de italianos, muito branco e de olhos azuis, e que era e é racista. Minha mãe também é racista. Eu sou a filha de pele mais clara da família, mas meu cabelo é muito crespo. Quando pequena, meus irmãos, que sofriam do racismo estrutural e que não queriam se sentir inferiores a mim, porque todos nasceram com a pele marrom e o cabelo crespo, me chamavam de Amarela. Apelido que perdura até hoje. Na Bahia é assim. Eu visito meus parentes e irmãos e primos me cumprimentam: "Gente, chegou Amarelão!" Sempre marquei "pardo", em cor. Respeito todas as minhas origens. Mudei para São Paulo e casei com o neto de um índio Terena com uma descendente de libaneses, em Campo Grande-MS, foi uma relação carnal e ela criou oito filhos sozinha. A avó de minha filha casou-se com o filho de espanhóis, de Bauru-SP. O pai de minha filha é um terena na cor, no cabelo, mas sua mãe é racista e chama os índios de bugres e despreza sua origem, sobre a qual evita falar e esconde. Minha filha é um exemplar maravilhoso de muitas etnias, mas sua pele é mais branca do que a minha. Ela me pergunta: "como eu classifico raça, aqui nesse questionário? eu coloco "parda", afinal eu não sou branca?" Segundo Jones, devo nos classificar como "não brancas", mas não me lembro dessa designação em nenhum questionário. EITA!!! Velho, lembrei da música do Arnaldo Antunes, "Inclassificáveis": "que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê? que preto branco índio o quê? branco índio preto o quê? índio preto branco o quê? aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos mamelucos sararás crilouros guaranisseis e judárabes orientupis orientupis ameriquítalos luso nipo caboclos orientupis orientupis iberibárbaros indo ciganagôs somos o que somos inclassificáveis não tem um, tem dois, não tem dois, tem três, não tem lei, tem leis, não tem vez, tem vezes, não tem deus, tem deuses, não há sol a sós aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos tapuias tupinamboclos americarataís yorubárbaros. somos o que somos inclassificáveis que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê? não tem um, tem dois, não tem dois, tem três, não tem lei, tem leis, não tem vez, tem vezes, não tem deus, tem deuses, não tem cor, tem cores, não há sol a sós egipciganos tupinamboclos yorubárbaros carataís caribocarijós orientapuias mamemulatos tropicaburés chibarrosados mesticigenados oxigenados debaixo do sol" www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/91636/
Passei muito por isso enquanto eu trabalhava como motorista por aplicativo. Pra tentar tirar um pouco da atenção dos passageiros, eu sempre vestia camisa manga longa e gravata. E sempre me perguntavam se eu era pastor, seu eu tava saindo de um serviço de segurança, seu eu iria para alguma festa e tantas outras. E esse video deixa claro isso
Me considero anarquista, mas tenho algumas leituras no campo marxista. Enfim, é o primeiro vídeo q assisto (apesar de já o conhecer de nome ha uma cota) e acho relevante falar q to bem impressionado com o domínio do rapaz sobre a literatura marxista, esse vídeo tá bem construído REALMENTE. Parabéns, camarada!
Eu passei o dia todo ansiosa para conseguir assistir a esse vídeo! Cara, que vídeo sensacional! Sabe o tipo de vídeo que traz calma para uma inquietação absurda? É esse! Parabéns e muito obrigada!
Essa parte sobre o bem arrumado e mesmo com dinheiro ser colocado como classe trabalhadora me lembrou meu irmão que foi até o apartamento que a familia da namorada tem no no Leblon com roupa social e o porteiro perguntou sobre entrega (tipo Ifood e tal). Meu irmão sequer é retinto, pra quem defende que negro é só aquele último tom de preto e ponto. Ele é pardo na vdd e com roupa social no Leblon "virou" entregador de aplicativo. Essas questões de classe são muito loucas. Como ele tem esses amigos muito de zona sul do Rio, mas é cria da zona norte, então meio que os dois grupos de amigos são CLARAMENTE diferentes com festas ,eventos e perfis diferentes. Ai as vezes os 2 mundos se encontram geralmente com eles caindo aqui pra zona norte kkkkk Eu me entendo como negra. Acho que tem pardos que tão mais pra brancos, mas como no meu caso acho que puxo mais pra negra, então me considero negra (embora não preta). Mas eu prefiro dizer parda para evitar polêmicas. Até pq eu mesma fico confusa as vezes. Você entende, então, que eu não seria negra? Queria entender. Pelo oq entendi no vídeo vc pareceu contra a ideia do pardo se considerar negro.
Isso é verdade, apesar de eu entender uma boa parte, sempre fico boiando em algumas, a gente devia tentar pedir pra ele tentar simplificar mais, pra que mais pessoas possam compreender.
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575 Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano? Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo. De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês. Resultado: - 87% teriam menos imposto pra pagar. - 2,73% pagariam mais imposto. Clica no link e depois em apoiar! Pode ser feito com o login do Facebook ou do Google. E aí só mandar pra todo mundo que a gente conhece!
Sempre tive essa visão Jones, o Brasil é diferente dos EUA, basta entrar numa favela aqui que vai perceber. Quem nasce em favela sabe, aqui o buraco é mais embaixo. Não é simplesmente 'black and white'.
@@rihannadebarbados7462 Eu sou cigano. Então, vou dizer que sou japonês porque me sinto um japonês, isso não faz sentido, tu estás a delirar vá se tratar.
Nosso canal é recente e também quer contribuir para as reflexões sobre o marxismo. Segue o link de um de nossos últimos vídeos sobre Marx: ua-cam.com/video/HIDMH9d7KtY/v-deo.html
Jonas eu amo muito teu trabalho e de vários canais que uso pra me informar e entender mais sobre as relações de raça, classe e gênero o seu é um dos que mais aprofundo na ciência marxista. Mas eu tenho que te confessar que sinto uma dificuldade muito grande de compreender a forma "academissista" como tu se expressa e isso me afasta muito de alguns conteúdos que poderiam somar muito em minha vida e nas lutas sociais que enfrento aqui na periferia de fortaleza que é a cidade onde moro. Mas mano, tudo de bom e todo apoio do mundo pro teu canal ser o maior. Parabéns pelo trampo e trabalho ✊🏼
Nosso canal é recente e também quer contribuir para as reflexões sobre o marxismo. Segue o link de um de nossos últimos vídeos sobre Marx: ua-cam.com/video/HIDMH9d7KtY/v-deo.html
Vídeo foda demais!!! Muito bom, deu um nó aqui... desmoronou tudo que levei tempos para construir hahah vou levar um tempo absorvendo tanto conteúdo. Obrigada
Cara, o capitalismo é foda. Enquanto assistia seu vídeo entrou duas vezes propaganda do "Brasil Paralelo" atacando os indígenas e as ONGs que atuam na Amazônia. É preciso pensar nisso.
Essas ongs NÃO são pro Ameríndio, o Brasil é mais complexo do que se imagina, acredite não só tem o cara que é PRO indígena e ong nem quem é CONTRA indígena e ong, tem aquele que é pro indígena mas é contra ongs, porque eu sei o que essas pragas fazem no nosso território ao Norte.
Olha Jones, primeiro parabéns pelo canal. Pelo pouco que vi do canal e do seu sítio na web me parece um conteúdo de qualidade, como poucos que já vi. Em seguida, venho dizer que mesmo EU tendo inclinações neoliberais e tendo votado no Bolsonaro (sim, eu fiz essa merda), me deixa muito esperançoso que analistas como você venham a frente para argumentar temas sensíveis como esse, do vídeo atual. Vou passear pelo conteúdo do seu sítio assim como ver outros vídeos seus, e os que indicar também, como forma de tentar diminuir um pré conceito que tenho com a teoria política e correntes filosóficas de esquerda. Sou formado em Relações Internacionais e dentro do meu campo de estudos o eurocentrismo é quase que unânime em todas as vertentes desta ciência, mesmo com a interferência pontual de alguns professores para que fosse intensificada a leitura de autores(as) nacionais e da América Latina, eu mesmo a época não me interessava por eles. Agradeço pelas dicas dadas nesse e em outro vídeo de autores nacionais, mesmo que alguns não tenham relação direta com o meu campo de estudos. Por ultimo, não sei se ser combativo do ponto de vista da esquerda é uma boa estratégia, a minha percepção é de que a extrema direita é versada nessa área e tende a se fortalecer com essa "guerra de ideias". Mas também não consigo ver como as ideias da esquerda, eu achando boas ou não, podem vir a ser empregadas e utilizadas para o bem social. No mais, volto a parabeniza-lo pela empreitada e continue no caminho de expor suas ideias e sua luta.
Vídeo esclarecedor e muito bem referenciado. Parabéns! Sugiro um vídeo dialogando com as posturas teóricas e metodológicas adotadas por Jessé de Souza para fazer essa discussão de classe e raça.
Ue', você de novo. Você é guarda costa do Jones? Ficou encarregada de insultar as pessoas que não lambem o Jones? Vi que meu comentario anterior, la' onde você me insultou, foi anulado. Covardia hein.
Ae Jones ,parabéns camarada, o livro 3 do Capital é a parte que mais meche comigo do Magnum Opus do Marx, é sempre maravilhoso ouvir um marxista de respeito citando ele, ainda mais de um jeito tão dinâmico como exige o materialismo dialético. A atualidade do pensamento de Marx sempre me impressiona, ótimo vídeo como de costume. E já estou ansioso pela sua coluna na Carta!
Cara excelente vídeo. Já vinha a muito tempo querendo fundamentar essa questão da miscigenação dentro de uma perspectiva materialista e suas dicas foram muito importantes. Parabéns e obrigado.
Assisti duas vezes para compreender melhor o tema até porque a premissa da análise é nova pra mim, nunca havia pensado por esta perspectiva. Jones como sempre único na abordagem e escolha dos tópicos.
Um vídeo respondendo indiretamente várias tretas surgidas recentemente principalmente no Twitter. Não sou marxista mas identifico me com o método. Já peguei meu livro na pré venda podia ter live sobre ele, modelo do que vc fez com o marxismo ocidental de losurdo p boitempo
Jones, primeiramente queria agradecer por contribuir com textos e conteúdos tão densos e preciosos nessa rede social que se torna cada vez superficial e estéril a cada dia que passa! Entendo que no processo dessa construção da sociedade moderna em que hoje vivemos, decorrente de uma ascensão de povos europeus, os povos negros vieram a ocupar, na sociedade de classes divididas e na divisão social do trabalho, um papel de menor protagonismo que em épocas anteriores da história humana. Sendo afastado para o lugar do subalterno e do serviçal. Acho que é muito claro nítido o papel do cristianismo na desumanização e desvalorização desses povos, sempre colaborando ao processo de exploração e escravidão juntamente com as elites econômicas - monarquias, oligarquias e burguesias - conforme o tempo se passou. Porem percebe-se sempre que estes povos europeus sempre tiveram um interesse de distanciamento físico dessas classes exploradas, pelo menos no território Europeu e que contribuiu obviamente para o distanciamento e a desumanização dessas ditas classes ditas "minorias" (que na verdade sempre foram a maioria) do ?povo branco europeu?, se podemos chamar assim. Esse processo de aparthaid geográfico se tornou impossível com o processo colonizatório, principalmente nas Américas. E claro que o processo se deu bem diferente quando analisamos tanto o processo norte americano (pautado pela ética protestante e o espirito do capitalismo) bem como na América do Sul (muito mais vinculado ao catolicismo romano). Trilharam caminhos diferentes porem mantiveram-se com muito sucesso um grau de cegueira dessa estratificação social(racial) mesmo com uma divisão do território físico, o que sugeriria que esses conflitos seriam mais iminentes a serem reconhecidos e esclarecidos pela sociedade ali formada. Tem alguma referencia literária que tente explicar esse fenômeno que você conheça para indicar?
Só para avisar, Jones: estava revendo esse vídeo e, de repente, começou um ad do documentário do Jessé Souza para a Globoplay sobre racismo estrutural. Kkkkkkkk.
Ė dose assistir o debate de Jonas e ser interrompido por propaganda do Brasil Paralelo com um revisionismo de uma direita colonialista. Mas sigamos na luta.
Debate fundamental e muito bem discutido, Jones. Contudo, importante não apagar, já que estamos falando de Brasil, a nossa história de construção da categoria "negros" enquanto a junção de pretos e pardos a partir do estatuto da igualdade racial, da militância histórica do Movimento Negro Unificado, etc. Deixar essa discussão à margem sendo que materialmente o IBGE atualmente usa as categorias pretos e pardos para compor a noção de negritude no país me parece perigoso para a composição do letramento racial e da consciência de classe e de raça.
Sou um não-branco e entendo empiricamente as diferentes formas de discriminação e opressão social/racial que sofro no dia a dia. Em lugares tradicionalmente brancos e de classe média, sou olhado dos pés a cabeça com olhar de desaprovação, no meio da minha família (a parte preta no caso), sou só o primo "cor de cuia". É que nem diz o Rapper Coruja Bc1: "Coruja é branco demais pra ser preto e preto demais pra ser branco"
Não-branco é categoria importada da Europa. Tente ler a literatura das relações raciais brasileiras antes de copiar terminologias alheias à nossa REALIDADE CONCRETA, alheias à nossa MATERIALIDADE HISTORICA DIALÉTICA.
Você é pardo, igual 90% da população brasileira, só que muita gente quer pertencer ao grupinho de pretos ou brancos... e os indígenas que se fodam como sempre :/
@@LiuLoki Eu acho tudo a mesma coisa, me auto intitulo sarará até. Porém nós sabemos que, tanto nós pardos quanto indígenas, carregamos traços fenótipos e culturais que são vistos como não-brancos pelos próprios brancos. Estamos muito mais pra negros pela nossa ascendência e pelo olhar social que nos categoriza, do que pra brancos.
Liberdade fraternidade e igualdade, só na história e no período da revolução da França, pois, na prática a exploração e expropriação correu forte a todo vapor.
Lembrando que essa racialização não é só sobre branco, negro e o """pardo"""" como um meio termo ou algo assim (não que todo pardo seja sobre pessoas com ancestralidade negra embora tenha sido englobado pelo termo negro no IBGE). E a luta antirracista não é só sobre pessoas negras. Sempre bom lembrar a existência de indígenas, amarelos, marrons. Raça não é (só) sobre tom de pele.
Tu podia fazer um livro chamado "Respostas Certas Para Perguntas Erradas".
seria um bom titulo
Esse título parece muito um nome de livro do Leandro Narloch
Super apóio!
@@victor_d.b kkkkkkkkkkkk
Gostaria de ouvir a opinião do Jonas sobre o porquê do negro no Brasil, quando ascende socialmente, pretére a negra e só se relaciona com brancas.
"A forma econômica específica em que o mais-trabalho não pago é extraído dos produtores diretos determina a relação de dominação e servidão, tal como esta advém diretamente da própria produção e, por sua vez, retroage sobre ela de modo determinante. Nisso se funda, porém, toda a estrutura da entidade comunitária econômica, nascida das próprias relações de produção; simultaneamente com isso, sua estrutura política peculiar. Em todos os casos, é na relação direta entre os proprietários das condições de produção e os produtores diretos - relação cuja forma eventual sempre corresponde naturalmente a determinada fase do desenvolvimento dos métodos de trabalho e, assim, a sua força produtiva social - que encontramos o segredo mais profundo, a base oculta de todo o arcabouço social e, consequentemente, também da forma política das relações de soberania e de dependência, isto é, da forma específica do Estado existente em cada caso. Isso não impossibilita que a mesma base econômica - a mesma no que diz respeito às condições principais -, graças a inúmeras circunstâncias empíricas de diversos tipos, condições naturais, raciais, influências históricas externas etc., manifeste-se em infinitas variações e matizes, que só se podem compreender por meio de uma análise dessas circunstâncias empíricas."
MARX, Karl. O capital, tomo III, p. 852. Edição da Boitempo Editoral.
Essa citação tem um poder teórico e metodológico incomensurável. É impressionante.
@@abraaojanderson5085, e infelizmente, muitos marxistas não assimilaram as lições contidas nesse trecho.
Muito foda!! Me fez pensar numa passagem do romance do Balzac "As ilusões perdidas". O narrador dá uma aula sobre os traços fenotípicos que distinguiriam um porte aristocrático de um porte burguês. O primeiro, em virtude de uma ascendência não votada a trabalhos manuais, seria dotado de certos traços físicos facilmente reconhecíveis pelos seus pares e que o distinguiriam do típico burguês, descendente de camponeses. É essa a oposição que o narrador faz entre Lucien de Rubempré e seu amigo David Séchard, ambos são brancos e pobres, na verdade, embora o segundo seja filho de um burguês endinheirado, mas tão avarento que nem o filho escapa das suas trapaças; no entanto, naquelas circunstâncias específicas da França do início do século XIX, os salões aristocráticos tornam-se muito mais acessíveis a um do que a outro. Essa situação é muito semelhante àquela a que você se refere no vídeo, do negro que ascendeu socialmente mas não perde os marcadores sociais que o identificam dentro da dinâmica de classes em que está inserido. Quando descobri a categoria da interseccionalidade achei fantástica pra entender a realidade, mas essa outra perspectiva aí é bem mais foda.
Que homem! Digo o Jones, não o Karl.
@@VINICIUS5791 Leia Lélia Gonzalez, Angela Davis e Carla Akotirene e verás q teu comentario é tautologicamente impossível.
Vídeo foda, o materialismo histórico dialético é de fato o melhor método de analise da realidade
Faltou falar que existem também os indígenas, que pode ser óbvio mas faltou, mas menos óbvio seria dizer que muito dos pardos (não-brancos) são descendentes de indígenas
Sim, essa discussão tem que ser trazida mais a tona
Sempre os ignoram na complexidade do nosso debate racial. Esquecem que há muitos indígenas que inclusive não possuem o estereótipo de "indígena" do senso comum, mas que são descentes e possuem características de diferentes etnias. Inclusive para os "afro bege" muito deles são "brancos", demonstrando o quanto a superficialidade e arrogância vem dominado uma parte crucial do debate.
Sim, ia escrever um comentário assim... É um apagamento histórico tão brabo, que tem que sempre trazer a tona mesmo.
Sim, eu por exemplo sou de parte de pai holandês-indígena e parte de mãe italiano-indígena.
Sempre esquecem os indígenas
Sempre e preto e branco
E o nosso lado indígena?
me sinto ignorante assistindo seus videos, mas isso nao é ruim.. sinto vontade de me aprofundar mais e mais! mto obrigada
Jones é muito bom! 😁
Ele é mt Caetano kkkkkk
Força no estudo camarada! A luta a ignorancia é a mais importante hoje em dia, e quem busca informaçao (como vc) nao é !
Tem sempre uns links maravilhosos na descricao, camarada ;)
@@BrunoLima-vh1eu Grande poeta de sonhos! como vai?
MDS! Esse vídeo merece um altar!!! Explêndido! Máximo respeito meu caro!!!
Jones como um caboclo brasileiro eu agradeço profundamente o seu vídeo, apesar de discordar do termo "não-branco" porque nos pauta a partir da perspectiva da branquitude. Porém acho de extrema importância o seu vídeo, uma vez que temos uma enorme herança indígena, assim como populações tradicionais como os ribeirinhos, a população do sertão nordestino, caiçaras, caboclos (que na verdade são pessoas indígenas que não cresceram em contato com a cultura ancestral) e todos nós devemo estar na pauta antiracista, uma vez que também somos vítimas do racismo, mesmo que de formas diferentes. Por uma aliança descolonial e classista. Acredito que isso só tem a fortalecer a luta da negritude brasileira.
Jones, estou até emocionada porque você explorou e explicou exatamente o que eu tava tentando entender para escrever a minha monografia há meses. Muito obrigada!
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575
Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano?
Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo.
De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês.
Resultado:
- 87% teriam menos imposto pra pagar.
- 2,73% pagariam mais imposto.
Clica no link e depois em apoiar!
Depois é só mandar pra todo mundo que vc conhece!
Parando no minuto 10 pra abstrair. Quem tá alheio a esse debate como um todo, pode perder de vista, no começo, a riqueza de conteúdo que tem aí. Quem tá se esforçando pra compreendê-lo a partir duma base teórico-metodológica marxista, já consegue atentar teu domínio no conteúdo de algo complexo, como é o movimento dialético. Excelente, Jones!
@@lauresharafi7770 Se puder ajudar indicando quem realmente entende, na sua convicção, de materialismo histórico dialético e, principalmente, que se disponha a compartilhar isso de forma popular, didática, não boçal e individualista, como costuma ser, a gente agradece! Da minha parte, existe um interesse pelo aprendizado, e um total desinteresse por disputa de ego, como é usual ver em quem se sente autoridade em marxismo
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575
Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano?
Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo.
De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês.
Resultado:
- 87% teriam menos imposto pra pagar.
- 2,73% pagariam mais imposto.
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Os indígenas são delegados para o esquecimento. Os verdadeiros brasileiros
Minha mãe é neta de uma preta com um cigano. O cigano vendeu minha avó [filha da avó de minha mãe e mãe de minha mãe] prum grileiro. O grileiro teve oito filhos com minha avó, que tinha a pele clara. Minha mãe foi a única que nasceu com genes africanos marcantes - cabelo e pele [cabelo que alisava e pele que ela protegia para ficar mais clara]. Casou-se com um descendente de italianos, muito branco e de olhos azuis, e que era e é racista. Minha mãe também é racista. Eu sou a filha de pele mais clara da família, mas meu cabelo é muito crespo. Quando pequena, meus irmãos, que sofriam do racismo estrutural e que não queriam se sentir inferiores a mim, porque todos nasceram com a pele marrom e o cabelo crespo, me chamavam de Amarela. Apelido que perdura até hoje. Na Bahia é assim. Eu visito meus parentes e irmãos e primos me cumprimentam: "Gente, chegou Amarelão!" Sempre marquei "pardo", em cor.
Respeito todas as minhas origens. Mudei para São Paulo e casei com o neto de um índio Terena com uma descendente de libaneses, em Campo Grande-MS, foi uma relação carnal e ela criou oito filhos sozinha. A avó de minha filha casou-se com o filho de espanhóis, de Bauru-SP. O pai de minha filha é um terena na cor, no cabelo, mas sua mãe é racista e chama os índios de bugres e despreza sua origem, sobre a qual evita falar e esconde. Minha filha é um exemplar maravilhoso de muitas etnias, mas sua pele é mais branca do que a minha. Ela me pergunta: "como eu classifico raça, aqui nesse questionário? eu coloco "parda", afinal eu não sou branca?" Segundo Jones, devo nos classificar como "não brancas", mas não me lembro dessa designação em nenhum questionário. EITA!!! Velho, lembrei da música do Arnaldo Antunes, "Inclassificáveis":
"que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes
orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs
somos o que somos
inclassificáveis
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não há sol a sós
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.
somos o que somos
inclassificáveis
que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores,
não há sol a sós
egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol"
www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/91636/
Jones está tão bonito nos últimos vídeos
Sempre foi
Meu Comulk sempre foi lindo
Tava reparando isso agora, ele tá muito mais bonito 😳
Jones é gato
O cara parece um neandertal
Passei muito por isso enquanto eu trabalhava como motorista por aplicativo. Pra tentar tirar um pouco da atenção dos passageiros, eu sempre vestia camisa manga longa e gravata. E sempre me perguntavam se eu era pastor, seu eu tava saindo de um serviço de segurança, seu eu iria para alguma festa e tantas outras. E esse video deixa claro isso
Salve ! um forte abraço, antes de mais nada. Curto suas aulas, são riquíssimas.
Me considero anarquista, mas tenho algumas leituras no campo marxista. Enfim, é o primeiro vídeo q assisto (apesar de já o conhecer de nome ha uma cota) e acho relevante falar q to bem impressionado com o domínio do rapaz sobre a literatura marxista, esse vídeo tá bem construído REALMENTE. Parabéns, camarada!
e ai, querido, ainda é?
Logo vai abandonar essa bobajada e se tornar um comunista. 👍🏿🙌🏿🙌🏿🙌🏿🙌🏿
Jones se superando a cada vídeo. Conteúdo incrível e didática perfeuta
Esse vídeo é o mais avançado sobre raça no UA-cam. Muito obrigado, camarada.
Eu passei o dia todo ansiosa para conseguir assistir a esse vídeo! Cara, que vídeo sensacional! Sabe o tipo de vídeo que traz calma para uma inquietação absurda? É esse! Parabéns e muito obrigada!
Essa parte sobre o bem arrumado e mesmo com dinheiro ser colocado como classe trabalhadora me lembrou meu irmão que foi até o apartamento que a familia da namorada tem no no Leblon com roupa social e o porteiro perguntou sobre entrega (tipo Ifood e tal).
Meu irmão sequer é retinto, pra quem defende que negro é só aquele último tom de preto e ponto. Ele é pardo na vdd e com roupa social no Leblon "virou" entregador de aplicativo.
Essas questões de classe são muito loucas. Como ele tem esses amigos muito de zona sul do Rio, mas é cria da zona norte, então meio que os dois grupos de amigos são CLARAMENTE diferentes com festas ,eventos e perfis diferentes.
Ai as vezes os 2 mundos se encontram geralmente com eles caindo aqui pra zona norte kkkkk
Eu me entendo como negra. Acho que tem pardos que tão mais pra brancos, mas como no meu caso acho que puxo mais pra negra, então me considero negra (embora não preta). Mas eu prefiro dizer parda para evitar polêmicas. Até pq eu mesma fico confusa as vezes. Você entende, então, que eu não seria negra? Queria entender.
Pelo oq entendi no vídeo vc pareceu contra a ideia do pardo se considerar negro.
Jones é foda. Flama difícil pra caralho, quase não entendo, mas é foda.
bom dia, você por aqui?
Isso é verdade, apesar de eu entender uma boa parte, sempre fico boiando em algumas, a gente devia tentar pedir pra ele tentar simplificar mais, pra que mais pessoas possam compreender.
www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=135575
Vamos ajudar a colocar mais dinheiro no bolso do trabalhador e taxar mais um pouco quem ganha mais de 500 mil por ano?
Tá rolando uma ideia legislativa no site do E-cidadania, do Senado, pra corrigir a tabela do Imposto de Renda e deixar ele mais justo.
De forma resumida: aumento da isenção pra quem ganha até 4 salários mínimos e atualização das outras faixas e aumento de Imposto pra quem ganha acima de 40 Salários Mínimos por mês.
Resultado:
- 87% teriam menos imposto pra pagar.
- 2,73% pagariam mais imposto.
Clica no link e depois em apoiar! Pode ser feito com o login do Facebook ou do Google. E aí só mandar pra todo mundo que a gente conhece!
Mais um bom livro, Jones! Já garanti meu livro, doida pra que chegue!! Parabéns pelo trabalho, camarada!
Sempre tive essa visão Jones, o Brasil é diferente dos EUA, basta entrar numa favela aqui que vai perceber. Quem nasce em favela sabe, aqui o buraco é mais embaixo. Não é simplesmente 'black and white'.
Sim tanto q o Neymar nem sabia q era negro ate um espanhol chamar ele de macaco
@@murilohenrique1201 Mas ele é mestiço.
@@antinoofromgreece6560 Mas ele mesmo se vê como negro, e milhares de pessoas no Brasil o vêem assim. Quem é você para ditar o que ele é ou não?
@@rihannadebarbados7462 Eu sou cigano. Então, vou dizer que sou japonês porque me sinto um japonês, isso não faz sentido, tu estás a delirar vá se tratar.
@@antinoofromgreece6560 Você sabe que não foi sobre isso, enfim, ele continua sendo negro. Beijos.
Obrigada, foi uma aula ♡
Estou lendo Marx, e seus vídeos são ótimos para esclarecer as minhas dúvidas
Nosso canal é recente e também quer contribuir para as reflexões sobre o marxismo. Segue o link de um de nossos últimos vídeos sobre Marx: ua-cam.com/video/HIDMH9d7KtY/v-deo.html
Que lindah
Poderia discutir mais sobre o "pardo" sito uma necessidade de me compreender dentro deste contexto, de descendência indígena e negra.
Jonas eu amo muito teu trabalho e de vários canais que uso pra me informar e entender mais sobre as relações de raça, classe e gênero o seu é um dos que mais aprofundo na ciência marxista. Mas eu tenho que te confessar que sinto uma dificuldade muito grande de compreender a forma "academissista" como tu se expressa e isso me afasta muito de alguns conteúdos que poderiam somar muito em minha vida e nas lutas sociais que enfrento aqui na periferia de fortaleza que é a cidade onde moro. Mas mano, tudo de bom e todo apoio do mundo pro teu canal ser o maior. Parabéns pelo trampo e trabalho ✊🏼
Nosso canal é recente e também quer contribuir para as reflexões sobre o marxismo. Segue o link de um de nossos últimos vídeos sobre Marx: ua-cam.com/video/HIDMH9d7KtY/v-deo.html
Vídeo foda demais!!! Muito bom, deu um nó aqui... desmoronou tudo que levei tempos para construir hahah vou levar um tempo absorvendo tanto conteúdo. Obrigada
Obrigado, Jones! Precisa muito que alguém de referência fizesse um vídeo sobre essas perguntas. Valeu 😘
Cara, o capitalismo é foda. Enquanto assistia seu vídeo entrou duas vezes propaganda do "Brasil Paralelo" atacando os indígenas e as ONGs que atuam na Amazônia. É preciso pensar nisso.
JESUS...
Essas ongs NÃO são pro Ameríndio, o Brasil é mais complexo do que se imagina, acredite não só tem o cara que é PRO indígena e ong nem quem é CONTRA indígena e ong, tem aquele que é pro indígena mas é contra ongs, porque eu sei o que essas pragas fazem no nosso território ao Norte.
Ótimo vídeo, Jones! Gostei das dicas de livros. Vou anotar. Abraço!
Gosto muito de sua reflexões... estou aprendendo muito! Obrigada
Olha Jones, primeiro parabéns pelo canal. Pelo pouco que vi do canal e do seu sítio na web me parece um conteúdo de qualidade, como poucos que já vi.
Em seguida, venho dizer que mesmo EU tendo inclinações neoliberais e tendo votado no Bolsonaro (sim, eu fiz essa merda), me deixa muito esperançoso que analistas como você venham a frente para argumentar temas sensíveis como esse, do vídeo atual. Vou passear pelo conteúdo do seu sítio assim como ver outros vídeos seus, e os que indicar também, como forma de tentar diminuir um pré conceito que tenho com a teoria política e correntes filosóficas de esquerda.
Sou formado em Relações Internacionais e dentro do meu campo de estudos o eurocentrismo é quase que unânime em todas as vertentes desta ciência, mesmo com a interferência pontual de alguns professores para que fosse intensificada a leitura de autores(as) nacionais e da América Latina, eu mesmo a época não me interessava por eles. Agradeço pelas dicas dadas nesse e em outro vídeo de autores nacionais, mesmo que alguns não tenham relação direta com o meu campo de estudos.
Por ultimo, não sei se ser combativo do ponto de vista da esquerda é uma boa estratégia, a minha percepção é de que a extrema direita é versada nessa área e tende a se fortalecer com essa "guerra de ideias". Mas também não consigo ver como as ideias da esquerda, eu achando boas ou não, podem vir a ser empregadas e utilizadas para o bem social.
No mais, volto a parabeniza-lo pela empreitada e continue no caminho de expor suas ideias e sua luta.
Parabéns pela brilhante aula, professor!
Top top!! E desejo sucesso na Carta capital!!!
Que vídeo excelente mano!!! Mais um vídeo essencialíssimo!
Difícil manter o foco no conteúdo 😬😍 obrigada por compartilhar conhecimento!
Cada vídeo mais instrutivo que o outro. Parabéns pelo canal e pelo conteúdo
Vídeo perfeito, Jones. Muito obrigado!!!
Excelente. Jones, vc tem uma maneira simples de falar temas profundos.
Obrigada, por esse vídeo. Eu tava precisando muito dele, de vdd. Como pessoa não-branca me vejo, por muitas vezes, nesse não lugar.
Vídeo esclarecedor e muito bem referenciado. Parabéns! Sugiro um vídeo dialogando com as posturas teóricas e metodológicas adotadas por Jessé de Souza para fazer essa discussão de classe e raça.
Bacana! Obrigado por trazer esse tema 👏🏼
Como sempre, exposições complexas e completas. Abarca toda a realidade material sem desacreditar no público. Bom demais! ✊🏽🌟
Tava esperando ansiosamente esse vídeo. Sempre uma aula.
Ue', você de novo. Você é guarda costa do Jones? Ficou encarregada de insultar as pessoas que não lambem o Jones? Vi que meu comentario anterior, la' onde você me insultou, foi anulado. Covardia hein.
Primeira vez que entendo quase tudo que você fala num vídeo. Vou ler algumas das indicações, ver outros vídeos. Merci!
Ae Jones ,parabéns camarada, o livro 3 do Capital é a parte que mais meche comigo do Magnum Opus do Marx, é sempre maravilhoso ouvir um marxista de respeito citando ele, ainda mais de um jeito tão dinâmico como exige o materialismo dialético. A atualidade do pensamento de Marx sempre me impressiona, ótimo vídeo como de costume.
E já estou ansioso pela sua coluna na Carta!
Essa questão de importar ideias da luta contra o racismo para Brasil, vem muito da falta de informação até hoje eu fico confuso..
Cara excelente vídeo. Já vinha a muito tempo querendo fundamentar essa questão da miscigenação dentro de uma perspectiva materialista e suas dicas foram muito importantes. Parabéns e obrigado.
Como sempre maravilhooooso. Obrigado pela reflexão.
Assisti duas vezes para compreender melhor o tema até porque a premissa da análise é nova pra mim, nunca havia pensado por esta perspectiva. Jones como sempre único na abordagem e escolha dos tópicos.
parece q leu minha mente obrigada por deixar as coisas tão nítidas joninho
Rapá, reflexão braba! Mt necessária. Obrigado!
Sinto falta de debates ambientais, ligados ao racismo, machismo, especismo etc. Espero que surja logo logo!!
Salve camarada. Excelente vídeo como de costume. ✊
Muito bom, um dos seus melhores vídeos
A primeira parte foi bem confusa. A segunda já consegui entender melhor.
Obrigada Jones! Esse tema divide a esquerda e a enfraquece. Você explica de forma tão didática um tema tão complexo... Uau!
Sempre aprendo com esse camarada arretado! 👏🏽👏🏽👏🏽
Obrigada, uma preciosidade.Sua fala é esclarecedora de um tema que se presta a muita confusão.
Genial, querido. Obrigado pelo vídeo!
Jones é foda! Adoro teu conteúdo, camarada.
Excelente vídeo, camarada!
Muito bom camarada, sempre anotando suas indicações de leitura aqui.
Esse vídeo precisa chegar a mais pessoas! Compartilhando
Adorando o canal. Maratonando.
Isso que tu falou foi muito bom! Em Recife muitos me chamavam de branco, mas depois que me mudei para o interior Paulista sou visto como moreno.
Excelente!!! Valeu pela aula.
Muito bom!!! Colocações perfeitas ;)
Que vídeo, meus amigos 👏👏👏
Um vídeo respondendo indiretamente várias tretas surgidas recentemente principalmente no Twitter.
Não sou marxista mas identifico me com o método.
Já peguei meu livro na pré venda podia ter live sobre ele, modelo do que vc fez com o marxismo ocidental de losurdo p boitempo
Salve, camarada! Otimo vídeo!
Excelente vídeo, Jones!
Jones, primeiramente queria agradecer por contribuir com textos e conteúdos tão densos e preciosos nessa rede social que se torna cada vez superficial e estéril a cada dia que passa!
Entendo que no processo dessa construção da sociedade moderna em que hoje vivemos, decorrente de uma ascensão de povos europeus, os povos negros vieram a ocupar, na sociedade de classes divididas e na divisão social do trabalho, um papel de menor protagonismo que em épocas anteriores da história humana. Sendo afastado para o lugar do subalterno e do serviçal.
Acho que é muito claro nítido o papel do cristianismo na desumanização e desvalorização desses povos, sempre colaborando ao processo de exploração e escravidão juntamente com as elites econômicas - monarquias, oligarquias e burguesias - conforme o tempo se passou. Porem percebe-se sempre que estes povos europeus sempre tiveram um interesse de distanciamento físico dessas classes exploradas, pelo menos no território Europeu e que contribuiu obviamente para o distanciamento e a desumanização dessas ditas classes ditas "minorias" (que na verdade sempre foram a maioria) do ?povo branco europeu?, se podemos chamar assim. Esse processo de aparthaid geográfico se tornou impossível com o processo colonizatório, principalmente nas Américas. E claro que o processo se deu bem diferente quando analisamos tanto o processo norte americano (pautado pela ética protestante e o espirito do capitalismo) bem como na América do Sul (muito mais vinculado ao catolicismo romano). Trilharam caminhos diferentes porem mantiveram-se com muito sucesso um grau de cegueira dessa estratificação social(racial) mesmo com uma divisão do território físico, o que sugeriria que esses conflitos seriam mais iminentes a serem reconhecidos e esclarecidos pela sociedade ali formada. Tem alguma referencia literária que tente explicar esse fenômeno que você conheça para indicar?
Ótimo vídeo como sempre camarada! ✊
Muito bom, parabéns pelo conteúdo.
Vídeo maravilhoso, Jones! Parabéns!
Já dizia o Legião Urbana " Meu filho vai ter nome de Jones "
Só para avisar, Jones: estava revendo esse vídeo e, de repente, começou um ad do documentário do Jessé Souza para a Globoplay sobre racismo estrutural. Kkkkkkkk.
jesse souza e representante do partido democrata dos eua
Excelente o vídeo, Jones. Muito obrigado!
Eu aplico muito esse raciocínio que você desenvolve naquelas falas comuns de Twitter de "tal opressão vem antes da outra"...
"É carro de Velozes e Furiosos agora, pra um chegar primeiro do outro?" MANOEL, Jones
Ė dose assistir o debate de Jonas e ser interrompido por propaganda do Brasil Paralelo com um revisionismo de uma direita colonialista. Mas sigamos na luta.
MUITO. OBRIGADO. muito obrigado.
Vc é demais. E seu sotaque maravilhoso
Mais um vídeo incrível camarada Jones
Parabéns pelo novo livro! Muito bom esse vídeo pra trocar ideias com os outros.
Solidariedade de classe
Perspicaz como sempre camarada
Gostei Jones, esclarecedor!
Debate fundamental e muito bem discutido, Jones. Contudo, importante não apagar, já que estamos falando de Brasil, a nossa história de construção da categoria "negros" enquanto a junção de pretos e pardos a partir do estatuto da igualdade racial, da militância histórica do Movimento Negro Unificado, etc. Deixar essa discussão à margem sendo que materialmente o IBGE atualmente usa as categorias pretos e pardos para compor a noção de negritude no país me parece perigoso para a composição do letramento racial e da consciência de classe e de raça.
Grande Jones Manoel sempre muito didático.
Sou um não-branco e entendo empiricamente as diferentes formas de discriminação e opressão social/racial que sofro no dia a dia. Em lugares tradicionalmente brancos e de classe média, sou olhado dos pés a cabeça com olhar de desaprovação, no meio da minha família (a parte preta no caso), sou só o primo "cor de cuia".
É que nem diz o Rapper Coruja Bc1: "Coruja é branco demais pra ser preto e preto demais pra ser branco"
Não-branco é categoria importada da Europa. Tente ler a literatura das relações raciais brasileiras antes de copiar terminologias alheias à nossa REALIDADE CONCRETA, alheias à nossa MATERIALIDADE HISTORICA DIALÉTICA.
Você é pardo, igual 90% da população brasileira, só que muita gente quer pertencer ao grupinho de pretos ou brancos...
e os indígenas que se fodam como sempre :/
@@LiuLoki Eu acho tudo a mesma coisa, me auto intitulo sarará até. Porém nós sabemos que, tanto nós pardos quanto indígenas, carregamos traços fenótipos e culturais que são vistos como não-brancos pelos próprios brancos. Estamos muito mais pra negros pela nossa ascendência e pelo olhar social que nos categoriza, do que pra brancos.
a maioria que se diz "pardo"
São negros negando sua negritude
se agarrando em qualquer traço
de miscigenação
@Zkiitter Vallantines quando vem com esse papo , já sei que é branco querem dividir os negros por categoria
Liberdade fraternidade e igualdade, só na história e no período da revolução da França, pois, na prática a exploração e expropriação correu forte a todo vapor.
Muito inteligente e muito lindo. Como pode?
pqp, que aula maravilhosa. brabo demais.
Muito esclarecedor. Obrigado Jones.
Massa demais camarada, respondeu demais a minha pergunta interna kkk você e o Chico Filho, valoroso camarada do Minervino ✊🏽
Muito bom Jones !
Adoro a ironia do Jones
Jones Manoel... Marx o sauda, com certeza... Obrigada por emprestar clareza, inteligência e bom senso. 💝
Debate muito bem explorado e exposto, camarada! Excelente explicação.
Vc é genial camarada, tem a nossa linguagem. Facilita pra gnt entender.
Lembrando que essa racialização não é só sobre branco, negro e o """pardo"""" como um meio termo ou algo assim (não que todo pardo seja sobre pessoas com ancestralidade negra embora tenha sido englobado pelo termo negro no IBGE). E a luta antirracista não é só sobre pessoas negras. Sempre bom lembrar a existência de indígenas, amarelos, marrons. Raça não é (só) sobre tom de pele.