Colonialismo e Frantz Fanon | Christian Dunker | Falando nIsso 273
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- Опубліковано 7 жов 2024
- O quadro #FalandonIsso propõe uma conversa entre os diversos inscritos do canal #ChristianDunker e o próprio sobre temas escolhidos através de comentários. Participe você também da conversa e se inscreva no canal para receber os novos vídeos!
A imagem da miniatura é parte do quadrinho "Indivisível", de @mariliamarz
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Bibliografia
Pele Negra, Máscaras Brancas
Frantz Fanon
amzn.to/2LxITUE
O racismo e o negro no Brasil: Questões para a psicanálise
org. Noemi Moritz Kon Maria Lúcia da Silva e Cristiane Curi Abud
amzn.to/3cBIUT9
Crítica da razão negra
Achille Mbembe
amzn.to/2WyndOg
(Post)Apartheid Conditions: Psychoanalysis and Social Formation
Derek Hook
amzn.to/2Z8T4XM
Hegel e Haiti
Susan Buck-Morss
amzn.to/2WYyoir
Fanon, Education, Action: Child as Method (Concepts for Critical Psychology)
Erica Burman
amzn.to/2Z8pSA6
Os condenados da Terra
Frantz Fanon
amzn.to/2WALP93
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Captação e tratamento de som e vídeo, edição, fotografia e direção são feitas por lucas buli
buli@hotmail.com.br
A arte do canal é feita por Caroline Mura
/ muxra
A trilha sonora é de autoria de Thommaz Kauffmann
www.thommazk.ba...
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2020
Christian, a Grada Kilomba faz uma análise sobre o discurso racista sob uma perspectiva psicanalítica. Faz um vídeo pra nós sobre o livro “Memórias da plantação”. Adoro você e seus vídeos!
seria incrível, esse livro é ótimo!
Seria incrível mesmo! Por favor, Dunker!
Acho que as mulheres, psicanalistas negras falariam melhor: Isildinha Nascimento, Maria Lucia Silva, Clélia Prestes etc etc etc
Exato
ótima sugestão! esse livro é incrível
Fanon é uma leitura obrigatória para nós, condenados da terra, sobretudo no campo das ciências "psi", onde o colonialismo se faz sentir tão fortemente. Que tal abordar agora o pensamento de Ignácio Martin-Baró e a Psicologia da Libertação? Abraços!
Obrigado pela informação.
Seria muito bom! São autores muito importantes e, infelizmente, esquecidos em boa parte das graduações de psicologia pelo Brasil. Quando aparecem, não aparecem com o devido prestígio.
Martin-Baró Excelente sugestão! Que tal um episódio sobre a vida e a Psicologia de Baró, prof. Christian?
Estou muito feliz por ter visto você falar sobre Fanon e o pós colonialismo, Christian! Por favor traga mais intersecções entre a psicanálise e a luta antirracista e decolonial! Um abraço.
Muito necessário esse vídeo. É importante a Psicanálise não se abster dessas discussões. Parabéns, professor!
Aahhhhhh meu coração ❤❤❤ fala de Neusa Santos Sousa tbm!!! "Tornar-se negro "
Que interessante! Enquando ouvia o Christian me passava pela mente a questão das mulheres (por ser mulher sempre vejo um paralelo quando ouço sobre a questão do negro na sociedade (perdão se as questões não deveriam ser pensadas assim, se há algo que não alcanço... são parcos meus recursos)). "Tornar-se negro" aborda o mesmo aspecto do "não se nasce mulher, torna-se mulher" da Simone?
Como recomendação, o livro "Lugar de negro, lugar de branco? Esboço de uma crítica à metafísica racial" de Douglas Barros é magnífico também!!
Esse mano é mt brabo!
Hoje, 585 likes e 0 deslikes. O Dunker é outro nível. 210 milhões de inscritos não mereceriam este canal, mas o Brasil sim. E Precisa.
Abraço!
Professor Dunker, você poderia, por favor, fazer um vídeo analisando o filme Persona, do Ingmar Bergman? Sobre a necessidade da fala, do silêncio, a metalinguagem do filme. A importância da arte. O significado do uso ou não uso de máscaras. Um filme que tem um forte viés psicanalítico.
Fico muito feliz de saber quee a psicanalise está falando do Fanon é do racismo. Durante anos de estudo na psicanalise eu nunca tinha visto um trabalho acadêmico sobre essa problemática.
Valeu Christian
Adorei o vídeo sobre Fanon, autor necessário em todos os tempos, mas me incomoda essa expressão "vamos dar voz ao Fanon". É fato que ele não precisa desse artifício, pois seu legado está aí para as áreas do conhecimento evidenciando a potência de sua produção.
Fora isso, vídeo excelente como sempre são suas produções, Christian.
Quando ele diz "vamos dar voz ao Fanon" pode ser compreendido como "vamos citar Fanon" ou "vamos escutar o que o Fanon diz pontualmente". Não é em sentido de um homem branco dando ou permitindo a fala a um homem negro. Trata-se apenas de uma expressão que introduz a fala ao autor.
Professor Dunker, será que você poderia dedicar um programa às relações entre a psicanálise e o feminino segundo as intelectuais francesas (Kristeva, Irigaray, Cixous)?
Christian, mas nesse sentido, não teríamos nós psicanalistas, umas tarefa urgente de desembranquecer a psicanálise e a nossa escuta?
Cristian ouvindo seu comentário sobre como Franz Fanon, aborda a questão do racismo no livro pele negra, máscaras brancas.. me provocou o pensamento de que o sofrimento da população negra (não branca) já seria um sintoma social provocado sim pela colonização de nossos corpos falas culturas.. enfim, no nosso modo de ser agir e pensar o mundo.. muito obrigada professor Cristian Dunker.. aguardando ansiosa comentários dos livro os condenados da terra (Franz Fanon) sobre a visão da psicanálise.. aqui no seu canal UA-cam.. abraço daqui de casa eu Nilza Helena..
Fanon... Essencial para o estudo das mentalidades na sociedade ocidental.
que vídeo bacana e importante!
detalhe da camisa!.. dentre tantas interpretações possíveis, me vem a imagem do cordão preto na camisa branca, como vasculatura de todos nós brasileiros, em que corre sangue africano. Nos une a ziguezaguear pelo contraste.
Muuuiito feliz de vc falar sobre Franz Fanon
Li somente "Os condenados da terra", mas já pude perceber que Fanon é profundo/necessário para descontruir os mecanismos da subjtividade normativa. Obg professor Dunker.
Professor Dunker, faz um vídeo sobre Lélia Gonzalez! E parabéns pelo canal. Acompanho sempre e gosto muito.
fanon é maravilhoso! grava um vídeo sobre a grada kilomba, por favor
Professor, essa semana o Brasil ficou estarrecido com a morte de Miguel, garoto de cinco anos, que foi morto por negligência da patroa de sua mãe, uma mulher branca de classe média. Os detalhes dessa história expõe as camadas do racismo à brasileira. Há inúmeros trabalhos sobre a branquitude, pensada como uma relação de poder, à luz da psicanálise, gostaria de ouvi-lo sobre o tema.O que a psicanálise brasileira tem a dizer sobre a forma como o racismo afeta as pessoas brancas?
Muito feliz com esse vídeo, Dunker e equipe, sugiro algum comentário sobre o texto racismo e sexismo no br e a interpretação do nome do pai que a autora, Lélia González faz.
Beijos de luz
obrigado, Dunker, pela resposta, nunca pensei que vc responderia, se soube teria sido mais especifico, mas, mesmo assim vc foi exato ao responder. Outra vez muito obrigado
Muito feliz em assistir esse vídeo, muito obrigada Dunker 😍😍
Muito obrigada pelo vídeo, muito interessante e a obra do Fanon já está na minha lista de leitura para a quarentena. Vou também acompanhar seu canal. Mas um detalhe ao final de sua fala me chamou a atenção. O senhor estava explicando como a experiência humana da branquitude seja tida como central, que o modelo de humano seja o da humanidade branca, estamos aí entre as ideias de Sartre e Fanon.... Mas para expressar isso, o senhor usou diversas vezes o termo "homem", "homem branco", "homem negro", para sintetizar o conjunto das experiências humanas, desconsiderando também que as experiências humanas são de homens, mulheres e pessoas de outros gêneros além desses. Nesse sistema, assim como o negro é o "outro" do branco, a mulher é o "outro" do homem e se não prestarmos atenção à nossa fala, acabamos reproduzindo esses conceitos desprevenidamente. Como disse Audre Lorde, "Não há hierarquia de opressões".
Acredito que deva ser um exercício de atenção constante para todos nós retirar o modelo de homem branco europeu e heterossexual da centralidade dos discursos, da centralidade da experiência humana.
Obrigada mais uma vez pelo vídeo e espero ter contribuído também com essa reflexão.
Ótimas explicações, professor!!! Li uma parte do livro de Fanon "Alienação e liberdade"...se entendi bem, é interessante notar como o autor quer mostrar a força das instituições sobre a subjetividade e a formação de doenças mentais...gostei bastante!
Obrigada Professor. Não conhecia o autor, estou lendo Brasil uma Biografia e Racismo Recreativo.Trezentos e oitenta e oito anos de escravidão e muitas histórias e fatos que explicam o Brasil desigual e seu racismo estrutural; Histórias que não gostaria de ler, nem como ficção, dado o absurdo e a crueldade. Abraço, Luciane.
OBRIGADA CHRIS!!!
Parabéns pela escolha. Também aprecio a fala de Deivison Nkosi no canal labexperimental.org e a entrevista de Neusa Santos Souza no Programa Espelho de Lázaro Ramos sobre as considerações do livro Tornar-se Negro após 25 anos de publicação.
Esse canal é tão agradável, esteticamente bem pensado (vídeos claros, musiquinha agradável na entrada), e conteúdo tão rico. Eu nem sou da área de saúde mental mas fico encantada com a forma como professor Dunker expõe os temas, tão claro e objetivo, e ao mesmo tempo tão atraente. É coisa fina.
Gostei do trecho que estimula a ação como forma de o sujeito se afirmar
Olá Dunker, sigo sempre os seus videos que me fazem pensar além. Vi o filme do Fanon tem uns 3 dias, num link que já expirou do Instituto Goethe. Gostei muito do material por ele exibido ali e até mesmo dos outros livros. Sempre muito boa as sua análises.
Obrigada, essencial. Ficamos em casa. 👋👋👋👋👋👋😽
Fanon é perfeito, ainda mais todo o tema que ele trabalha encima da subjetividade negra. Chegou muito tarde aqui nos centros acadêmicos brasileiros, mas graça aos Movimentos Negros que colocavam a leitura dos livros dele como essenciais, Pele Negra, Máscara Branca ganhou cada vez mais espaço e Condenados da Terra também. Tenho fé que um dia ele vai ter a notoriedade que merece, ainda mais em um país como o nosso.
Fanon foi extremamente importante na elaboração da minha dissertação! O cara é o máximo!
Perfeito, Excelente!
Muito Obrigado!
🤜🏿🤛🏿✊🏿👊🏿👏🏿👍🏿
Achei pouquíssimo explorado. Um conteúdo tão rico e importante desses! Fanon falando sobre o duplo narcisismo do colonialismo, sobre a dupla cisão no conceito de humanidade quando cria estereótipos ( reforçados pelos dispositivos do cientificismo racista) de negros como seres passivos, movidos por instintos e por isso incapazes de falar por si mesmos (infans), em contrapartida aos brancos vistos como superiores, racionais e capazes de pensamento e cultura. Tudo isso foi usado como justificativa para o colonialismo... Esses mesmos estereotipos ainda aparecem em textos juridicos, dentre outros modos institucionais.
E o mais importante de tudo que não foi mencionado: QUANDO FANON FALA QUE O COLONIALISMO SÓ SE EFETIVA QUANDO AS REFERENCIAS DOS POVOS COLONIZADOS SÃO DESESTABILIZADAS. essa é a parte mais importante e libertadora e nem uma menção, nem uma boa provocação? poxa, acheronta movebo que nada...
Ps: Christian eu adoro seu canal! Fico ansiosa pra quando lança os vídeos. Adoro você, mas nesse vídeo... Gostei não.
Eu concordo contigo! Apresentação longa e superficial do texto.
Eu sabia que ele estava blefando
Professor Christian, muito interessante olhar esse lado do Fanon pela emancipação e combate à alienação psíquica dos seres, principalmente os racializados. Seria muito legal um debate seu junto do professor e camarada Jones Manoel, que estuda muito o pensamento fanoniano dentro do marxismo anti-colonial, para pensarem justos essa interseção e interdisciplinaridade entre os debates que vocês dois levantam sobre este autor tão importante para nós aqui na América Latina.
Inclusive professor, esqueci de comentar que Jones está promovendo um curso de introdução ao pensamento de Frantz Fanon, Domenico Losurdo e o marxismo anti-colonial. Então este debate é um que o camarada está pautando e estudando muito recentemente.
Excelente vídeo sobre um autor fundamental!
melhor camisa, Dunker kkkkk
Camisa bonita, dr!
Muito boa reflexão professor!
Na era dos muros, Dunker se mantém um artífice de pontes! Muito legal, a conexão de sartre e fanon!
Amei o vídeo, professor! A Ubu Editora tá com um livro dele sobre psiquiatria, colonialismo, racismo, etc. Parece bem interessante e certamente conversa muito com esse vídeo, chama "Alienação e Liberdade: Escritos Psiquiátricos".
PARABÉNS! IMPORTANTES COLOCAÇÕES!
Christian, fale sobre como e se a biografia dos psicólogos que teorizaram sobre a personalidade humana, como Freud, realmente são importantes para compreendermos suas teorias. Obrigada, vc é maravilhoso!
Olá Dunker gostaria muito de ouvir você falando sobre a mãe narcisista. Obrigada. Amo seu canal 🤗
Maravilhoso
Excelente reflexão.
Um dos melhores programas que já fez por aqui, Dunker! O tema é pouco explorado (como seria de esperar...). Muito oportuno!!
Oi professor Cristian Dunker, muito bom o seu trabalho com o canal. Vc ficou certa vez de fazer um "Desejo em Cena" sobre "Dear Whita People" não rolou? Você poderia aproveitar e comentar o livro da Grada Kilomba tbm, Memória da Plantação. Obrigado
Só agradeço suas contribuições.Parabens
Dunker, você poderia falar um pouco da "transição" do Estado necropolítico ao Estado suicidário que o Brasil vive e que o professor Vladimir Safatle tem trabalhado?
Ótimo trabalho Excelente qualidade incrível fantástico extraordinário
Vou ler todos!!! Que video importante, Professor! Obrigada!
Caralhoooooo Dunker! Arrasou!
Excelente Professor! Se possível traga as reflexões sobre aproximações e distanciamentos de teorias pós coloniais e teorias decoloniais.
Christian, muito obrigada pela abordagem de Fanon. O seu canal é maravilhoso, mas a musiquinha de fundo atrapalha a compreensão. Tenho certeza que não sou a única a reclamar.
Sempre gosto das colocações do Dunker
Obrigado, professor! Estava buscando referências sobre Fanon. O vídeo foi uma ótima entrada
Obg pelo vídeo
Maravilhosa essa exposição! Obrigada!
Esclarecedor. Humano. Obrigado por produzir conteúdos tão relevantes.
DUNKER QUERIDO...QUAL ASSUNTO NÃO DOMINAS? ÉS INCRÍVEL.
Esse ele não domina
Sr Dunker, Como és divertido! Minha alma regozija com suas idéias aqui compartilhadas ,sou grato por acreditar no humano e nas humanidades, me tens ao lado na trincheira Sr, me recuso a não acreditar no humano, Avante !🤝👏
Adorei!!!! :))
Gostei desse autor, quero lê-lo num futuro breve. Valeu!
Ola Christian! Acompanho seu canal e seus videos ajudam a repensar e esclarecer muitas coisas, obrigada por isso! Poderia fazer um video, ou quem sabe uma live, sobre mae narcisista e a inveja lancada sobre os filhos, principalmente filhas? Tambem o ciumes do pai como impedimento da criacao de lacos com o mesmo sob forte repressao e as consequencias disso na vida adulta, como transtornos mentais que podem se originar ai? As saidas para esse tipo de "armadilha" e formas de conseguir separar-se desse carrasco tao amado? Por favor, voce nunca respondeu uma pergunta minha... Faz ai, vai... rs
Obrigada! Abraco!
Muito bom! Adorei sua explanação sobre o livro e Fanon e as outras indicações de leitura. Obrigada!
Que vídeo maravilhoso! Muito bom! Professor , se possível, você poderia falar sobre o livro "O uso dos corpos: Homo Sacer, IV " do Agamben. Abraços virtuais
Muito bom, professor!
Isso lembra o livro do Contardo Calligaris- Notas de um psicanalista europeu no Brasil
Excelente!!
Professor, tudo bem? Sou agorafóbico e temo que o isolamento dificulte ainda mais um retorno ao convívio social, o senhor acha que podemos viver uma epidemia de pânico diante desse tal retorno?
Muito bom!
Pele Negra Máscaras Brancas é excelente. Não vejo a hora da Boitempo publicar Condenados da Terra, pois é bem difícil de achar e caro.
professor, vídeo ótimo! Você poderia fazer um vídeo sobre como a psicanálise poderia conversar com o pensamento proposto pelo eduardo viveiros de castro?
Professor, o senhor poderia comentar a obra de Camus sobre a perspectiva da psicanálise?
Querido Dunker, eu estava querendo saber quem foi Fanon ao ver o nome dele no Blog da Boitempo. Daí achei seu vídeo sobre o Fanon e foi muito bom assistir porque você é confiável quanto as informações.
Professor, eu não tenho dois anos para esperar - estou com uma certa urgência na questão -, então vou fazer a pergunta em 100 vídeos:
Olá, professor Dunker!
Gosto muito do seu conteúdo...
Me chamo Marcela Mattar, sou escritora (curta minha página facebook.com/conicamente, seria uma honra 😉) e estava pensando em uma frase que eu mesma escrevi esses dias: “Não se combate violência com mais violência”.
Até onde isso é válido?
A reação agressiva de um sujeito frente a uma agressão que ocorre por décadas deveria ser considerada o quê?
Apontar o dedo e afirmar que violência não se combate com violência não seria reforçar/reafirmar toda a estrutura opressora?
Para as minorias sistematicamente violentadas acredito que podemos pensar que não estão cometendo violência, mas, sim, reagindo a uma violação que os persegue.
Será que não chegou o momento de rever esses conceitos, falácias e padronizações que perpetuam e encobrem a violência contra as populações marginalizadas, as minorias, para, como disse Malcolm X, “não confundir a reação do oprimido com a violência do opressor”?
Acho “engraçado” como o discurso “pacifista” quase sempre surge quando o oprimido reage. Fanon coloca isso em “Os Condenados da Terra” ao tratar da intelectualidade colonizada e da possibilidade de diálogo entre colono e colonizado quando este resolve se levantar contra o sistema de poder imposto pela colonização. O intelectual colonizado e o colono logo se aproximam do oprimido revoltado para lhe dizer que não é assim que as coisas devem ser, que devem conversar, ter calma e que tudo ficará melhor. Esta sistemática se repete com os marginalizados quando se rebelam em nossa contemporaneidade.
Temos também o paradoxo da tolerância, de Popper:
“Tolerância ilimitada culminará no desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada até para aqueles que são intolerantes […], então os tolerantes serão destruídos, e junto com eles a tolerância.”
Podemos considerar as frases: “Violência mnão se resolve com violência” e “Quem bate perde a razão” como falácias que devem ser combatidas ou como necessárias à manutenção da ordem?
Podemos, portanto, reivindicar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar os intolerantes?
amei!
Muito bom.
Tema interessantíssimo, obrigado Dunker!
Poderia falar sobre o vício em pornografia?
Que ótimo vídeo
IGUALDADE as raças somos todos humanos 👏👏👏👏
Fanon ❤
Mas qual é a dessa camisa saída do traje dos mosqueteiros? Hahaha
Professor, poderia falar sobre o rap como forma de expressão da dor?
Me fez lembrar do filme Imagens do Inconsciente de Leon Hirszman.
Principalmente o primeiro capítulo sobre Fernando. Fica claro a questão de cor para a esquizofrenia.
ua-cam.com/video/TJWVApX_dBk/v-deo.html
Obrigado pela informação.
Olá, querido professor, como vai? Gostaria de saber qual é o olhar da Psicanálise com relação aos abusos no ambiente de trabalho, mais especificamente nos ambientes de hierarquia e de relações extremamente verticais? Como trabalhar com o não reconhecimento, com o medo, com a angústia, enfim? Quem deve procurar a solução: o trabalhador "abusado" ou a instituição "abusadora", tendo em vista o número significativo de atestados médicos apresentados com CIDs de psicopatologias por seus trabalhadores"?SOS, abraço!
o quem sabe uma reflexão sobre mecanismos de controle, acorde pra o significado do confinamento, viu as pessoas na rua com uma focinheira de escravo, as ferraduras estão em brasa
Professor, estou vendo cada um de seus programas e no "Falando Nisso", número 8, "O que são e de onde vêm as fobias e os traumas?", você diz: "... há um segundo grupo de fobias, que tem a ver com a mãe, com o medo de ser levado: fobias de água, de por a cabeça debaixo da água, de mar, de lagoa, de multidões, de situações em que nos vemos envolvidos por algo que nos leva, às nossas expensas, independente de nossas vontades, para um lado ou para o outro. Então, essas fobias de engolfamento, elas têm origem num segundo elemento muito importante para a estruturação de nossa subjetividade que é a função materna"... Onde posso me aprofundar sobre essa especificidade relativa à relação com a mãe?
Olá, Isabela. Lacan fala sobre a mãe devoradora no seminário 4: A relação de objeto.
@@desgrazi , muito obrigada!
Quanto ao Fanon, é engraçado lembrar que a Nise da Silveira contava q o primeiro registro de conversa terapêutica é uma conversa entre o emissário do Faraó e a Princesa que se refugiara no deserto.
Professor, o senhor poderia comentar a crítica de Wittgenstein ao pensamento psicanalítico?
Dunker, você já falou sobre lookism (acho que se escreve assim)?Se não, sugiro o tema (penso que este termo deve ver melhor difundido).
E o processo de desfazer o pensamento racista na cabeça das próprias vítimas do racismo como herança colonial, e estou falando dos pretos de Direita especificamente, qual a melhor abordagem se eles acham que foi uma questão de "meritocracia"?
lágrimas e medicamentos antes antes de ir dormir
Walter Boechat, da Psicologia Analítica, faz uma leitura interessante sobre o que ele denomina de "Complexos Culturais" no Brasil: complexo cultural do colonialismo, holocausto indígena, escravidão e corrupção. Estes complexos podem ser compreendidos enquanto sombras da construção da sociedade brasileira, e que em última análise, tenta-se localizar a contínua incapacidade de promover uma industrialização nacional, vivendo de commodities; falta de construção de uma identidade brasileira e, importação de modelos gringos; racismo estrutural e a questão do racismo cordial, tirado da ideia de homem cordial de Sérgio Buarque de Holanda; e o "jeitinho brasileiro", sociedade baseada em um eros em favor da corrupção via diminutivos, malandragem, gestos corporais como os famosos tapinha nas costas e etc. Ao meu ver, vale a pena as psicodinâmicas buscarem um aprofundamento em tais traumas coletivos que atuam nos dias atuais.
Atualmente, estou fazendo uma pesquisa com estudantes da Psicologia em relação a estas categorias de acordo com a análise de discurso através dos discursos de posse presidencial desde FHC até o Bolsonaro.
Muito bom ver um homem privilegiado e beneficiado pelo colonialismo interessado por tal assunto
Professor, neste momento tb não estamos sendo vítimas de uma colonização, de imposições externas a nós, sem alternativas ou possibilidade de escolha, me refiro à quarentena, sem nos permitir reflexão ou possibilidade de crítica e nós, servidores voluntários, aceitamos de bom grado?
Mas Cesar, quando chove você tem a possibilidade de abrir um guarda-chuva e a de se molhar. Neste momento você também tem a possibilidade de escolha. Todas com suas consequências, umas mais difíceis de enfrentar que outras. A possibilidade de refletir sobre elas sempre existe, e certamente é utilizada por nós a cada instante. Na colonização a escolha de não aceitar a imposição era uma janela bem mais estreita, com consequências bem mais determinísticas e atrozes. Mas não tenho dúvidas de que sempre se refletiu sobre aquilo que estava ocorrendo. Também creio que seja muito importante considerar a duração dos eventos: minutos, meses ou séculos devem fazer toda a diferença no resultado do evento para as escolhas e as consequências na vida da sociedade como um todo.
@@adrianalucia5391 prezada, antes esta situação de controle extremo a que estamos sujeitos e nos sujeitamos fosse tão simples quando abrir ou não guarda chuvas diante da iminência de se molhar ou apenas refletir sobre uma determinada situação e seu tempo de atuação. Essa pandemia está apenas a jogar na nossa cara o quanto podemos ser mesquinhos e patéticos. Do ato de queimar as torres de transmissão de sinal 4g à determinação de assassinato de cães abandonados e vítimas de maus tratos, passando pelo bloqueio vil de estradas por populares para isolarem-se de outros humanos, estamos apenas provando o quanto somos individualistas, estas pessoas, ao reduzirem o outro a um vírus e tentarem livrar o próprio cu, regridem a um estado ainda mais anterior que o do virus. Sugiro a vc, se é que vc não já conheça, a leitura do livro a peste, de Albert Camus ou vigiar e punir, de Michel Foucault. Agradeço pelo comentário.
@@cesarsilva6909 Exato. Tudo isso mostra que temos escolha. Seu argumento original me fez entender que você achava que não tínhamos escolha na atual situação. Estamos de acordo então: estamos cada qual fazendo sua opção e, com isso, arcando com as respectivas consequências, para nós mesmos e para os demais.
@@adrianalucia5391 o.que motiva essas escolhas é onde reside o problema. Minha pura sobrevivência ou a sobrevivência como um todo? A segunda opção só é possível de ser alcançada pelo desenvolvimento humano para além do estado de unicamente natureza, pois podemos e devemos ser mais que natureza, mas pra isso precisamos de condições. Não podemos atuar reduzindo os outros ou agindo tal qual o vírus, senão estamos fadados a sucumbir como ele sucumbira. Enfim, temos que ultrapassar a vida nua, o estado de pura natureza, o individualismo ou, como dizia Marx, a pré história. Infelizmente, da forma que apenas vem sendo movidas para suas escolhas, parece-me que continuamos na fase em que citei. As condições da democracia liberal concorrencial são as da estrutura psíquica de uma criança que só pensa em si mesma e quer tudo para si, sempre saudosa de seu pai providencial.
César, você foi espetacular na sua argumentação. Vivemos uma colonização da desigualdade, do impedimento da livre escolha. Isso não e certo e muito menos democrático.
A história, se repetindo, sempre. Um NARCISISTA aparece, dita as regras, E temos que seguir las, pois as algemas e a surra,(caso da senhora sozinha no parque), nos perseguirao . Lamentável!
Com certeza, como na história, O BEM SEMPRE VENCE.
Dunker, tema e elaboração perfeitas !! Muito obrigado. Tenho uma dúvida. Eu seria aquele q em tempos de outrora, seria classificado (e fui) como moreno, moreno claro, cafuzo (dado a origem indígena) e outras inúmeras nomenclaturas. Meus irmãos sempre me chamaram de preto. Dado o carinho presente no termo familiar, sempre gostei do nickname. Rs. Enfim, minha dúvida é: quando falamos em PRETO e NEGRITUDE de qual PRETO E/OU NEGRO estamos falando? A conceituação passa por um processo biológico (pigmentação) ou subjetivo?? Se o Dunker não puder responder, alguém aqui me ajude?
Oi Lucas, acho que essa é uma descoberta longa e que demanda pesquisa. Aqui nos comentários tem alguns autores e autoras que discutem a questão da """""miscigenação""""" (bem entre aspas porque hoje tem um termo ~encruzilhada ~ que pode ser mais de acordo). Segundo a UFBA, por exemplo, em suas políticas raciais, pardo e preto são considerados negros (não sei se isso é uma política nacional). Vale a leitura de Lelia Gonzalez sobre o assunto. De certa maneira, é um tema ainda em construção, acho que também por nós mesmos, frutos de laçamento indígenas (falando abertamente, estupros), escravidão, e outras relações muito profundas dentro desse esquema colonial. Dá pra pensar na ressignificação e na apropriação de termos antes considerados pejorativos e que hoje são termos de visibilidade (vide "bixa", pela comunidade LGBTQIA+). Pessoalmente, entendo que a negritude passa pela observação, revisitação e nomeação de situações dolorosas, a partir de pensamentos racializadores. Tem alguns textos no portal Geledés também, fuça lá que o site é muito bom. E, VALE MUITO a leitura de Pele Negra, Máscaras Brancas, do próprio Fanon (tem na internet), como um caminho para a compreensão de quem se é (aqui o professor deu apenas uma pincelada no livro). Abraços, boas leituras e respire fundo, porque se despertar como negro é um caminho doloroso, mas também muito revelador de estruturas e que abre possibilidades para novos presentes e outros futuros. Tô aqui nesse processo também, citei só lugares pelos quais já passei, tomara que outras pessoas se manifestem para engrossar o caldo! Sigamos!
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