9:11, simplesmente sensacional o trocadilho e também um exemplo pratico. Estou maratonando todos os seus vídeos porque me dei o desafio de criar não uma, mas 3 conlangs para o meu universo de fantasia, e estou abismado com a qualidade dos seus vídeos, sei como é difícil fazer esses vídeos que você faz mas espero que nunca pare de postar, cheguei pouco mais de 2 semanas e me apaixonei completamente pelo assunto e a forma que você aborda eles, que mais pessoas possam ver seu trabalho e se maravilhar com ele, desejo só sucesso a você.
Gosto de escrever desde criança, parei e voltei, mas voltei com potência máxima para criar um livro sci-fi. Ai decidi criar uma língua alienígena para minha história, que agora que descobri com seus vídeos, soa tão desnaturalizada. Não sabia nada de sílaba ou coisa do tipo, só fui criando as palavras que soassem português, estudei as regras gramaticais. Depois para distanciar um pouco, tornar mais estranha, ignorei a regra de Príncipio do Ataque Máximo, sem perceber. Eu uso apóstrofo para separar sílabas e assim uma palavra soa duas.
Realmente vr- é um ataque não tão raro no meio de palavras (palavra, livro...), mas não ocorre no começo de nenhuma. É a mesma coisa com tl- mas nesse caso são só termos emprestados do grego, como atlas e atleta.
As que consigo lembrar agora de outras combinações são "palaVRa" e "aTLeta", fora a junção de sons entre palavras: "aS Luzes" (formando uma combinação tipo zl)
Que vídeo maravilhoso. Uma dúvida: qual autor é o da escala de sonoridade ? 5:05 Gostaria de ler mais sobre ela. (ps: alguns links da bibliografia na descrição não abriram 😢)
Não faço ideia de quem propôs a escala originalmente. Procura pelo título dos livros que não abriram no libgen. Os links expiraram pq o site vive mudando de endereço. libgen.st/
No português palavras que terminam em ps como bíceps, tríceps , quadríceps, fórceps e palavras que terminam em x com som de /ks/ como tórax, fênix, xérox, fax, Félix, etc. também não seriam exemplos de consoantes que são possíveis na coda? Ou de maneira geral são palavras que também são possíveis de sofrerem a inserção de um /i/ epentético? Confesso que nunca ouvir ninguém pronunciar "bícepis, trícepis, quadrícepis, fórcepis, tórakis, fênikis, xérokis, fakis, Félikis".
Todas essas palavras, apesar de bem adaptadas ao português, são todas empréstimos de outras línguas. Nenhuma palavra que evoluiu dentro do português a partir do latim vulgar tem esses encontros consonantais finais. Eu imagino que haja quem insira esse i epentético mesmo nesses encontros, mas não sei dizer. Não são todos os falantes que incluem o i mesmo em outras situações. Eu mesmo nunca uso um i epentético em lugar nenhum.
No português o ataque de uma sílaba não pode ter /vr/?! E as palavras vrum (onomatopéia do barulho da aceleração de carro) e o vrau (palavra de conotação sexual frequentemente citada em músicas de funk) não contam?
Na verdade podem ter, mas só no meio das palavras, como em livro, por exemplo. Foi erro meu no vídeo dizer que não ocorre. =P Geralmente se uma sequência aparece só em onomatopeias ele não é considerado como parte da fonotática.
Por convenção a nasalização do ditongo "ui" na palavra "muito" não é escrita, provavelmente porque ela não tem origem etimológica e porque é a única palavra com esse ditongo no português.
Na verdade existem alguns ataques com VR em português que na hora do vídeo deixei passar, como em palaVRa, liVRo, mas todos em sílabas internas e oriundos de uma forma ancestral BR que sofreu lenição. No início de palavras vr só ocorre em algumas onomatopeias com "vrum". Em alguns casos, como esse, a ausência não se deve à fonotática da língua não permitir, mas apenas porque não existiram situações durante a evolução fonética da língua que permitiram que essas combinações surgissem.
@@PiterKeo Hahaha, eu lembrei de vrum também. Mas não de livro nem palavra, pois estava gocado no começo da palavra. Lembrei de vremia, mas isso é russo.
Só hj que fui perceber que no símbolo do canal o disco em volta é uma plenária também. Muito bom e ótimo vídeo, Piter
0:40 FONOTÁTICA: regras de combinação de fonemas numa língua .
9:11, simplesmente sensacional o trocadilho e também um exemplo pratico. Estou maratonando todos os seus vídeos porque me dei o desafio de criar não uma, mas 3 conlangs para o meu universo de fantasia, e estou abismado com a qualidade dos seus vídeos, sei como é difícil fazer esses vídeos que você faz mas espero que nunca pare de postar, cheguei pouco mais de 2 semanas e me apaixonei completamente pelo assunto e a forma que você aborda eles, que mais pessoas possam ver seu trabalho e se maravilhar com ele, desejo só sucesso a você.
Gosto de escrever desde criança, parei e voltei, mas voltei com potência máxima para criar um livro sci-fi. Ai decidi criar uma língua alienígena para minha história, que agora que descobri com seus vídeos, soa tão desnaturalizada. Não sabia nada de sílaba ou coisa do tipo, só fui criando as palavras que soassem português, estudei as regras gramaticais. Depois para distanciar um pouco, tornar mais estranha, ignorei a regra de Príncipio do Ataque Máximo, sem perceber. Eu uso apóstrofo para separar sílabas e assim uma palavra soa duas.
Q vídeo maravilhoso!!!!
E ainda tem de brinde uma fofa planarinha "truvisca" (ou seria "trovisca"?) com cara de Lapras! Um amor! Hahaha
Adorei muito suas explicações! Estou completando os ensinamentos da disciplina de Fonética e fonologia com seus vídeos!
Muito bom!
sempre videos incriveis!! Parabens!!!
15:07
"PalaVRa" (e seus derivados) e "aTLas" são exceções?
Realmente vr- é um ataque não tão raro no meio de palavras (palavra, livro...), mas não ocorre no começo de nenhuma. É a mesma coisa com tl- mas nesse caso são só termos emprestados do grego, como atlas e atleta.
@@PiterKeo E a palavra vrum (onomatopéia do barulho da aceleração de carro)????
Excelente
No português seria possível ocorrer palavras com as sequências DL e VL, mas não tem.
No caso de VL só me vem a cabeça o nome Vladimir.
VL é um usado em VLOG também 😌
DL é usado em gibis para representar a onomatopéia DLIM DLOM, que representa o som da campainha de porta. 😌
@@karlaboccaphemilisho6172 obrigado
As que consigo lembrar agora de outras combinações são "palaVRa" e "aTLeta", fora a junção de sons entre palavras: "aS Luzes" (formando uma combinação tipo zl)
Que vídeo maravilhoso. Uma dúvida: qual autor é o da escala de sonoridade ? 5:05 Gostaria de ler mais sobre ela. (ps: alguns links da bibliografia na descrição não abriram 😢)
Não faço ideia de quem propôs a escala originalmente.
Procura pelo título dos livros que não abriram no libgen. Os links expiraram pq o site vive mudando de endereço.
libgen.st/
No português palavras que terminam em ps como bíceps, tríceps , quadríceps, fórceps e palavras que terminam em x com som de /ks/ como tórax, fênix, xérox, fax, Félix, etc. também não seriam exemplos de consoantes que são possíveis na coda? Ou de maneira geral são palavras que também são possíveis de sofrerem a inserção de um /i/ epentético? Confesso que nunca ouvir ninguém pronunciar "bícepis, trícepis, quadrícepis, fórcepis, tórakis, fênikis, xérokis, fakis, Félikis".
Todas essas palavras, apesar de bem adaptadas ao português, são todas empréstimos de outras línguas. Nenhuma palavra que evoluiu dentro do português a partir do latim vulgar tem esses encontros consonantais finais.
Eu imagino que haja quem insira esse i epentético mesmo nesses encontros, mas não sei dizer. Não são todos os falantes que incluem o i mesmo em outras situações. Eu mesmo nunca uso um i epentético em lugar nenhum.
No português o ataque de uma sílaba não pode ter /vr/?! E as palavras vrum (onomatopéia do barulho da aceleração de carro) e o vrau (palavra de conotação sexual frequentemente citada em músicas de funk) não contam?
Na verdade podem ter, mas só no meio das palavras, como em livro, por exemplo. Foi erro meu no vídeo dizer que não ocorre. =P
Geralmente se uma sequência aparece só em onomatopeias ele não é considerado como parte da fonotática.
@@PiterKeo Ok.
Viajei imaginando as combinações do georgiano.
Por.tal é assim porque abrimos a boca e soltamos Por e fechamos a boca e abrimos e soltamos tal
🔥🔥🔥🔥🔥🔥
-vr- no ataque é possível: palavra, lavrar, livre...
Sim. Foi um lapso meu. Na verdade só não é possível no começo das palavras.
Ta, mas onde fica o “n” em “muito”?
Por convenção a nasalização do ditongo "ui" na palavra "muito" não é escrita, provavelmente porque ela não tem origem etimológica e porque é a única palavra com esse ditongo no português.
Uma consoante sozinha NUNCA forma uma sílaba, Piter.
No português não. Em outras línguas pode sim.
@@PiterKeoMuitas línguas devem ter palavras com vogal.
Realmente não lembro de ataque com vr, mas não diria que é impossível. Os outros certamente são estranhos ao português.
Na verdade existem alguns ataques com VR em português que na hora do vídeo deixei passar, como em palaVRa, liVRo, mas todos em sílabas internas e oriundos de uma forma ancestral BR que sofreu lenição. No início de palavras vr só ocorre em algumas onomatopeias com "vrum". Em alguns casos, como esse, a ausência não se deve à fonotática da língua não permitir, mas apenas porque não existiram situações durante a evolução fonética da língua que permitiram que essas combinações surgissem.
@@PiterKeo Hahaha, eu lembrei de vrum também. Mas não de livro nem palavra, pois estava gocado no começo da palavra. Lembrei de vremia, mas isso é russo.