O que achei mais interessante na personagem é a sua grande contradição. Ao mesmo tempo de ser uma pessoa egocêntrica e maquiavélica, ela é, antes de tudo extremamente sensível e com um amor profundo a música. As vezes parece tão profundo, que ela esqueceu de como amar outras pessoas.
@@ravicaju4450 Acredito que ele sugeriu ela como tal pelos momentos em que ela faz as manipulações para tirar o Senhor (que não lembro o nome) do seu cargo... A forma que ela faz para colocar a nova Violoncelista como solo, talvez pelo talento, mas mais certo que fosse pela atração que sentia pela moça.
Eu gosto muito dessa expressão que você usa, que ela “desaparece” na personagem, e isso é muito verdade. Eu não a vejo, só vejo e me convenço que a Lídia Tár existe! Como ela convence que está realmente dando uma entrevista para aquele público enorme. A cena sobre Bach eu concordo plenamente, mas é interessante como se pode sugerir que ela, na verdade, estava advogando em sua própria defesa, porque ela sabia que, como Bach, ela era uma predadora, embora seja uma excelente artista. Que filme! Incrível, incrível.
Olha, sou músico de orquestra há pouco mais de 20 anos e posso dizer duas coisas: • a Cate REALMENTE vendeu um excelente papel como uma regente. Tanto nos movimentos *técnicos* quanto em alguns bons momentos da *persona* em si de um(a) maestro(maestrina). Ela fez um laboratório absurdo! Sob o ângulo da cadeira de um músico que toca num ambiente orquestral, ela realmente *me convenceu com muitos gestos e atitudes,* mas acredito que só os maestros de fato vão enxergar melhor as possíveis falhas e romantizações de forma mais específica, obviamente. • sobre o filme: o roteiro foi *feito praticamente pra músico ver e entender,* infelizmente. A linguagem cinzenta e obscura em alguns casos realmente existe na música de concerto _(principalmente quando é mostrada a trapaça bem elaborada - mais conhecida como as famosas máfias, queridismos ou panelinhas -)_ das audições dentro de uma orquestra. Porém, o filme *não aborda os inúmeros lados positivos* sobre o contexto da música sinfônica ou até o próprio prazer benéfico e otimista dos magistrais feitos de um(a) regente. Existe toda uma interação *radiante do corpo orquestral* para a sociedade que infelizmente boa parte das produções que se propõem a falar sobre o tema, não mostram. Fica parecendo que todo e qualquer ambiente de orquestra é algo ruim, negativo, vilanesco e deprimente. Infelizmente esse filme parece não ter sido feito com a proposta de abrangência e pode não atingir didaticamente a grande parte da população. Acreditem, pessoal: *música 'clássica' não é algo sombrio,* não. Juro! Hehehehe ♥
Mesmo com essa construção mais sombria do filme, quando sai do cinema fiquei completamente encantado com o universo. Poucos dias depois fui ao Theatro Municipal de São Paulo ouvir uma orquestra. Então acredito que o filme consegue construir uma separação do que a protagonista se tornou, do mundo da música clássica e sua beleza. Muito interessante saber um pouco mais sobre a opinião de alguém que respira essa universo. Obrigado. Grande abraço.
@@JoeKaye959 Exatamente o contrário. O filme trata profundamente sobre o universo da música de concerto, com a possibilidade metafórica de escolha interpretativa em relação às demais áreas da vida e profissão. Mas fica tranquilo que de qualquer forma, compreendi sua observação.
Simplesmente perfeito! Um filme cheio de camadas, de perguntas que não tem uma resposta somente. Fala do perigo do poder, da busca da perfeição, das relações humanas. E acho que existe a dúvida se do meio pra frente não era tudo da cabeça dela, uma loucura ou se realmente aconteceu daquele jeito… E aquele símbolo q apareceu no livro q ela ganhou, no marcador de compasso e na “massinha”da filha?
De olhos bem fechados é um filme que me marcou bastante. Mostra uma camada da sociedade obscura e isso me fascina. Não o que eles faziam em si, mas por existir coisas que nem sonhamos que existam.
Todd Field nos entrega uma cinebiografia fictícia extraordinária. "TÁR" é um filme filosófico, um drama psicológico que vai sendo construído com o passar do tempo e vai sendo desenvolvido com os acontecimentos que permeia a vida de Lydia Tár(Cat Blanchett). Realmente é um filme difícil de ser digerido e interpretado, principalmente em sua primeira hora, onde temos um roteiro mais centrado na apresentação e desenvolvimento da história da Lydia Tár, onde necessariamente vai exigir mais paciência e mais concentração do espectador, onde fatalmente pode cansar outros que não tenham essa paciência. Mas por outro lado temos um excelente drama biográfico, uma produção rica em temas pertinentes em nosso cotidiano, como é o caso da abordagem sobre a cultura do cancelamento, que atualmente está em bastante evidência. O filme é surpreendente! Inicie com uma expectativa e fui totalmente surpreendida ao longo da trama. Lydia Tár pode até ser um personagem fictício, mas que ele representa centenas de profissionais com alter ego, sobretudo, no mundo das artes não é brincadeira. Eu detestei o personagem até o último ponto. E adorei a utilização da música clássica como um fio condutor da história. A música, clássica, é elitista, por vezes, misógina e aquela que, infelizmente, determina classes sociais. Aceitemos ou não. Na cena final me veio a reflexão sobre: _até quando nos definiremos a partir das nossas profissões? e por que elas, sejam quais forem, são capazes de dominar os outros diversos papéis que desempenhamos? como filhos, aprendizes, que gostam de cinema, que tem manias?_ É um filme bem filosófico. Mas, para extrair muito do que ele diz é preciso se lançar a ele. Primeiro, sem a preocupação com o tempo, que aliás, dentro do cinema nem deveria ser pauta de discussão. Em segundo lugar sem deixar a temática da música ser um limitador ao invés de um novo mundo de possibilidade. Depois dessas duas barreiras quebradas só resta a prestigiar a atuação magistral da Cate é de tirar o fôlego mesmo. Vejo no Brasil uma força de vontade enorme de inserir este estilo musical no mainstream, mas ainda existem controvérsias ao respeito. Voltando ao longa, ele me fez refletir muito sobre espaços de poder, aqui representado pela Tár sendo uma maestro, com poderes de escolha, definição, e, principalmente, de estima. Repito, o alter ego é capaz de muitas coisas e dentre elas é a sua própria destruição. "TÁR" é um filme mais seco, mais cru, mais pesado, mais intimista, que aborda temas como o estudo de personagens e o alter ego entre suas mais variadas camadas, dentre elas a obsessão pela arte perfeita e a imposição corrosiva do perfeccionismo - algo que está ligado diretamente e me remete para duas obras-primas geniais - "Whiplash" e "Cisne Negro".
Quero muito vê esse filme. Além de parecer interessante e ter ouvido críticas boas, eu sou fascinada por essa atriz. Ela é tão maravilhosa e marcante. Boa análise querido 🥰 PS: Já assisti esse filme Blue Jasmine algumas vezes, porque não me canso da atuação dessa mulher. E aquele final, que poderoso 😊
Me lembro que a vi pela primeira vez em O Talentoso Ripley, num papel pequeno, mas a imagem dela, as aparições que fazia, enchiam a tela. Foi amor a primeira vista.
Adorei sua análise, Gustavo Cruz. Filme maravilhoso. Saí do cinema com a sensação de quero mais, talvez por desejar ver a personagem reger uma sinfonia inteira, foi bem interessante. Um outro aspecto que me chamou a atenção é poder separar o artista da obra: a personagem da Cate Blanchett revela-se excêntrica e exigente, portanto de difícil convivência e, ao mesmo tempo, há que reconhecê-la como um ícone dentro da arte que ela exerce. A impressão que esta personagem me causou é que a arte que exercia estava acima de tudo e de todos e daí a forma como ela lidava com a questão do poder. As pessoas do entorno dela se revelavam ressentidas e consequentemente com sede de vingança. Fiz aqui apenas um ínfimo recorte de algumas impressões que o filme me causou, mas acho que é um filme que se abre a muitas outras impressões e análises.
Brilhante seu comentario! Dá pra perceber o quanto conhece e á apaixonado por essa paixão que é a interpretação e o cinema! Parabens! Não conhecia seu trabalho, agora vou acompanha-lo e ver se sou brindado com mais analises brilhantes como essa! É incrível essa arte, já vi o filme 2 vezes e agora quero compartilhar, revive-lo na analise nas avaliações como se tivesse tomando um rico licor depois de um banquete! Muito bom! Essa filme também me brinda com a percepção que essa arte não esta morrendo estrangulada pelos stremins! Muito bom, viva a arte!
Sua analise é perfeita! Ajuda necessaria para mergulharmos ainda mais na complexidade do roteiro como nos deixar extasiados na ñ surpresos com a extraordinaria interpretação da Cate. Onde o tempo, o poder e o machismo se enfrentam!
Parabéns por sua análise 👏👏 Muito profunda e sem spoilers. Amei, pq moro em Campo Grande/MS e o filme nem deu sinal de estréia por aqui. Estou ansiosa para ver. Ganhou uma inscrita 😘
Grande análise vc fez desse filme magistral. Cate Blanchett é sim uma das maiores atrizes de todos os tempos. Assisto todos os filmes em q ela esteja atuando. E esse personagem Tár com tantas camadas e várias facetas encontrou a pessoa certa pra nos maravilhar. E refletir bastante sobre tudo o q nos foi mostrado e o q ficou meio q oculto, só insinuado.
Gostei bastante do seu modo de comentar.Filme belo,dentro doa horrores pessoais de um ser humano.Espremer até virar sangue e ossos.Aplauso para os dois.
Esse filme inicialmente não me atraiu por causa da temática, mas acompanhando a repercussão da atuação de Cate Blanchett e pesquisando mais sobre a obra, lendo as críticas, me despertou a curiosidade. E depois de assistir a esse vídeo, sinto que não vou me arrepender.
Obrigado Gustavo pela brilhante análise. Eu vi o filme e fiquei com uma sensação estranha logo quando acabou pois não tinha compreendido bem o porquê daquela mudança estilística no último terço do filme. Mas depois fiquei a pensar e cheguei à conclusão que essa mudança fazia todo o sentido e era absolutamente justificada. É um extraordinário filme para ser visto e revisto, muito pensado e muito analisado. Há muito tempo que não via um filme que me interpelasse tanto a nível intelectual.
Olá, Gustavo! Parabéns por sua inteligente exposição sobre o filme. Comecei a admirar Cate Blanchett desde sua atuação como Kate Hepburn em "O Aviador". É incrível como ela trabalhou o sotaque e os maneirismo desse ícone da dramaturgia. Daí que comecei a reparar a transformação dela a cada personagem ... Faça mais vídeos sobre atuação, Gustavo...
Estou louca para ver, mas ainda não estreou aqui em Vitória ES... Excelente análise do personagem. Deve render o Oscar para ela. Cate Blanchett é sensacional.
Cate Blanchett está magnífica no papel de Tár, a versão feminina do macho alfa, ela é mais machista que muitos machistas, isso é ainda pior... ela é mulher! Ela pega o "falo" na mão no alto do seu pedestal e balança para todos os lados mostrando quem manda, dizendo qual é o tom, qual é o ritmo que todos tem que seguir, esse filme absolve todos os "homens/machos" do papel de machista e diz que ser machista não é um desvio do gênero macho e sim do cargo e do poder que ocupa.
vídeo maravilhosooooo e análise impecável!!! assisti ao filme ontem e tive um impacto enorme, me afetou bastante, principalmente pela atuação da Cate rainha musa kkkkk obrigada pela sua contribuição gustavo!! adoro seus vídeos
Assisti ontem, curioso que quando vc cita a mitologia e em como os deuses desciam para a Terra e faziam o que queriam sem serem julgados e acontece algo parecido no comportamento da Tar, ao mesmo tempo o cancelamento, em algumas vezes é o ser humano revertendo isso, o ser que julga e que cancela passa a ter o poder sobre os "deuses".
Gustavo, uma sugestão: será que teria como aumentar o seu áudio? Digo isso porque estou num lugar barulhento, com o volume no máximo e não está sendo suficiente. O áudio dos seus vídeos costuma ser mais baixo que os outros. Obrigado!
Também me incomodou muito o quanto é uma mulher com poder absolutamente pessoal. Que não tem nenhuma concessão com o mundo ao seu redor, a menor consideração pelo Outro. Um retrato muito fiel (e cruel) da concepção de sucesso e poder neoliberal. Assustador.
Ele entrou em cartaz esta semana nas salas de cinema independentes aqui em Fortaleza. Eu adorei o filme. A temática não tem nada de novo, tive a impressão de já tê-lo assistido outras vezes, só que com um protagonista masculino: um personagem talentoso na sua área profissional mas que é um escroto sem necessariamente ser um mau caráter. Aqui no filme o protagonista é uma mulher lésbica que o filme insinua ter preconceito contra pessoas trans, além de não levar suas relações profissionais 100% de forma ética - e nem por isso ela é um monstro. (E qual o problema de uma protagonista feminina que não é maniqueísta, não é mesmo? Nem toda mulher precisa ficar sorrindo pra gente sentir simpatizar com ela...) Acompanharmos seu definhamento moral com momentos de suspense e tensão.
Hoje em dia a Hipocrisia impera mais do que nunca. E mostra como uma aula se transforma no linchamento de um professor e estamos fadados a ficar sem obras de arte por um julgamento moral e não estético
Gustavo, você mencionou ter assistido Blue Jasmine, que é um filme que gosto muito. Do mesmo direitor, tem O sonho de Cassandra, que também é um filme muito interessante. Seria muito bom uma análise sua sobre a história do filme. 😘
tá.. mas, e aquele ser presente na casa dela, uma mulher que fica estética em algum lugar ou sentada em frente a sua cama, eu n entendi nada.. mó coisa creepy do nada
Achei um bom filme, mas longe de ser um filme marcante. Cate Blanchett dá um show à parte com uma excelente atuação, sem dúvida, mas achei interessante vc mencionar que assistiu ao maravilhoso Blue Jasmine pois ainda persisto em dizer que é A melhor atuação da Cate. E você Gustavo, o que acha? Qual a melhor atuação da Cate Blanchett?
É impressionante como no Brasil as artes não dialogam. O que não acontece na Europa, por exemplo. Até o momento não consegui assistir a um crítico de cinema sequer citar Mahler, ou a importância de sua 5a sinfonia na narrativa do filme, ou o porque de Lydia ter deixado a gravação da 5a por último e ali se confrontar com a linha divisória da arte com a construção da persona artística. A sua avaliação sobre o filme deixa a desejar pq a sua avaliação da música, ou seja, da arte protagonista do filme, é no mínimo superficial, sem conhecimento. O que pouca gente percebe é o que lydia fala na entrevista que, basicamente a coloca já no limiar de seu primeiro grande erro, quando avalia o adagietto , citando inclusive, Visconti. No Brasil as artes não dialogam como na Alemanha onde Beethoven , Goethe e Schiller eram íntimos, ou na França onde Chopin e Delacroix trocavam experiências metafísicas de criação. Infelizmente raríssimas pessoas conseguiram penetrar na essência de Tar que jamais poderia ter sido concebida para descrever um CEO ou qualquer pessoa numa posição de mero poder. Há a música de Mahler e sua história que tem vários pontos em comum com Lydia. A visão dela sobre o adagietto tem tudo a ver com os acontecimentos posteriores e sua decadência. Cultura é uma rede interligada, aspectos técnicos podem soar pretensiosos e sem propósito, como ir a uma ópera avaliar a montagem, a cenografia e o figurino sem entender a música de Mozart, Puccini , Verdi ou Wagner. A mesma coisa aconteceu em Black Swan, com menos intensidade mas com a mesma ausência de conhecimento da arte protagonista e suas peculiaridades no psicológico da personagem.
Nivaldo Tavares, obrigada pela sua explanação. Sou uma ignorante em relação à música clássica, mas depois de ler o que você escreveu aqui fui pesquisar sobre a 5ª sinfonia de Mahler para ampliar minha compreensão sobre o filme.
O problema desse filme acompanha várias outras películas dos dias atuais: sua duração desproporcional. São longas, longuíssimas 2h38m que poderiam virar 1h38m sem que absolutamente nada de essencial fosse perdido. Infelizmente, pra mim, não valeu a pena assisti-lo justamente por essa necessidade atual do cinema de alongar demais as histórias, que ficam parecidas com aquelas fatias de pão em que se espalhou uma quantidade insuficiente de manteiga por um pedaço extenso demais. Ao invés de dar densidade e sabor ao filme, os cineastas e estúdios atualmente parecem preferir estendê-los, delgando e enfraquecendo as histórias ao longo do processo. Fica exaustivo, repetitivo e irritante. Pra dar um exemplo desse filme que não apenas salta aos olhos, mas chega a ser constrangedor: pra que mostrar todas aquelas reuniões do processo de investigação da Tár? As reuniões foram todas iguais e não acrescentaram nada à história. Nada, absolutamente nada. Antigamente, quem enchia linguiça eram os profissionais que trabalhavam com carnes. Hoje, são os que trabalham com cinema.
O que achei mais interessante na personagem é a sua grande contradição. Ao mesmo tempo de ser uma pessoa egocêntrica e maquiavélica, ela é, antes de tudo extremamente sensível e com um amor profundo a música. As vezes parece tão profundo, que ela esqueceu de como amar outras pessoas.
Total! Estava sentindo falta de personagens contraditórios e desafiadores.
Não achei ela maquiavélica não. Pelo menos não achei que o filme deu essa certeza.
@@ravicaju4450 Acredito que ele sugeriu ela como tal pelos momentos em que ela faz as manipulações para tirar o Senhor (que não lembro o nome) do seu cargo... A forma que ela faz para colocar a nova Violoncelista como solo, talvez pelo talento, mas mais certo que fosse pela atração que sentia pela moça.
Cate Blanchett é lendária. Vamos apreciar enquanto ainda atua!
Uma experiência!
A mulher tá inteirona, ainda vai atuar muito.
@@randomavenger3048 apreciemos!
Eu gosto muito dessa expressão que você usa, que ela “desaparece” na personagem, e isso é muito verdade. Eu não a vejo, só vejo e me convenço que a Lídia Tár existe! Como ela convence que está realmente dando uma entrevista para aquele público enorme. A cena sobre Bach eu concordo plenamente, mas é interessante como se pode sugerir que ela, na verdade, estava advogando em sua própria defesa, porque ela sabia que, como Bach, ela era uma predadora, embora seja uma excelente artista. Que filme! Incrível, incrível.
Olha, sou músico de orquestra há pouco mais de 20 anos e posso dizer duas coisas:
• a Cate REALMENTE vendeu um excelente papel como uma regente. Tanto nos movimentos *técnicos* quanto em alguns bons momentos da *persona* em si de um(a) maestro(maestrina). Ela fez um laboratório absurdo! Sob o ângulo da cadeira de um músico que toca num ambiente orquestral, ela realmente *me convenceu com muitos gestos e atitudes,* mas acredito que só os maestros de fato vão enxergar melhor as possíveis falhas e romantizações de forma mais específica, obviamente.
• sobre o filme: o roteiro foi *feito praticamente pra músico ver e entender,* infelizmente. A linguagem cinzenta e obscura em alguns casos realmente existe na música de concerto _(principalmente quando é mostrada a trapaça bem elaborada - mais conhecida como as famosas máfias, queridismos ou panelinhas -)_ das audições dentro de uma orquestra. Porém, o filme *não aborda os inúmeros lados positivos* sobre o contexto da música sinfônica ou até o próprio prazer benéfico e otimista dos magistrais feitos de um(a) regente. Existe toda uma interação *radiante do corpo orquestral* para a sociedade que infelizmente boa parte das produções que se propõem a falar sobre o tema, não mostram. Fica parecendo que todo e qualquer ambiente de orquestra é algo ruim, negativo, vilanesco e deprimente. Infelizmente esse filme parece não ter sido feito com a proposta de abrangência e pode não atingir didaticamente a grande parte da população.
Acreditem, pessoal: *música 'clássica' não é algo sombrio,* não. Juro! Hehehehe
♥
Mesmo com essa construção mais sombria do filme, quando sai do cinema fiquei completamente encantado com o universo.
Poucos dias depois fui ao Theatro Municipal de São Paulo ouvir uma orquestra.
Então acredito que o filme consegue construir uma separação do que a protagonista se tornou, do mundo da música clássica e sua beleza.
Muito interessante saber um pouco mais sobre a opinião de alguém que respira essa universo. Obrigado.
Grande abraço.
@@GustavoCruz 🙏🏼
@@JoeKaye959 Ou a minha compreensão simplesmente pode ter sido diferente da sua. :)
@@JoeKaye959 Exatamente o contrário. O filme trata profundamente sobre o universo da música de concerto, com a possibilidade metafórica de escolha interpretativa em relação às demais áreas da vida e profissão.
Mas fica tranquilo que de qualquer forma, compreendi sua observação.
Filme espléndido. Cate Blanchett top 10 maiores atrizes da historia fácil
Concordo!
Eu realmente invejo quem tem a vocação de atuar, é emocionante. Cate realmente está perfeita.
Cate Blanchett simplesmente encarnou a personagem ❤🔥Entreguem o Oscar de Melhor Atriz para ela!!!
Incrível
Infelizmente, ela perdeu o SAG. Agora ficou difícil!
Cate está consagradíssima! Deveria existir um prêmio de atriz com o nome dela.
Hahaha verdade!
Simplesmente perfeito! Um filme cheio de camadas, de perguntas que não tem uma resposta somente. Fala do perigo do poder, da busca da perfeição, das relações humanas. E acho que existe a dúvida se do meio pra frente não era tudo da cabeça dela, uma loucura ou se realmente aconteceu daquele jeito…
E aquele símbolo q apareceu no livro q ela ganhou, no marcador de compasso e na “massinha”da filha?
Pensei isso também… se boa parte não eram formações da cabeça dela. Achei que o vídeo fosse nos ajudar
Há quase vinte anos, ela contracenou com De Caprio, em The Aviator. Dois gigantes da atuação. Gostaria de rever os dois juntos, num novo projeto.
De olhos bem fechados é um filme que me marcou bastante. Mostra uma camada da sociedade obscura e isso me fascina. Não o que eles faziam em si, mas por existir coisas que nem sonhamos que existam.
Total! Grande obra de um mestre do cinema.
Particularmente falando seria meu melhor filme, direção e roteiro nas premiações. Além, óbvio, atriz.
Boa. ainda preciso conferir alguns, mas gostei muito!
Todd Field nos entrega uma cinebiografia fictícia extraordinária. "TÁR" é um filme filosófico, um drama psicológico que vai sendo construído com o passar do tempo e vai sendo desenvolvido com os acontecimentos que permeia a vida de Lydia Tár(Cat Blanchett).
Realmente é um filme difícil de ser digerido e interpretado, principalmente em sua primeira hora, onde temos um roteiro mais centrado na apresentação e desenvolvimento da história da Lydia Tár, onde necessariamente vai exigir mais paciência e mais concentração do espectador, onde fatalmente pode cansar outros que não tenham essa paciência.
Mas por outro lado temos um excelente drama biográfico, uma produção rica em temas pertinentes em nosso cotidiano, como é o caso da abordagem sobre a cultura do cancelamento, que atualmente está em bastante evidência.
O filme é surpreendente! Inicie com uma expectativa e fui totalmente surpreendida ao longo da trama. Lydia Tár pode até ser um personagem fictício, mas que ele representa centenas de profissionais com alter ego, sobretudo, no mundo das artes não é brincadeira.
Eu detestei o personagem até o último ponto. E adorei a utilização da música clássica como um fio condutor da história. A música, clássica, é elitista, por vezes, misógina e aquela que, infelizmente, determina classes sociais. Aceitemos ou não.
Na cena final me veio a reflexão sobre: _até quando nos definiremos a partir das nossas profissões? e por que elas, sejam quais forem, são capazes de dominar os outros diversos papéis que desempenhamos? como filhos, aprendizes, que gostam de cinema, que tem manias?_
É um filme bem filosófico. Mas, para extrair muito do que ele diz é preciso se lançar a ele. Primeiro, sem a preocupação com o tempo, que aliás, dentro do cinema nem deveria ser pauta de discussão. Em segundo lugar sem deixar a temática da música ser um limitador ao invés de um novo mundo de possibilidade. Depois dessas duas barreiras quebradas só resta a prestigiar a atuação magistral da Cate é de tirar o fôlego mesmo.
Vejo no Brasil uma força de vontade enorme de inserir este estilo musical no mainstream, mas ainda existem controvérsias ao respeito.
Voltando ao longa, ele me fez refletir muito sobre espaços de poder, aqui representado pela Tár sendo uma maestro, com poderes de escolha, definição, e, principalmente, de estima. Repito, o alter ego é capaz de muitas coisas e dentre elas é a sua própria destruição.
"TÁR" é um filme mais seco, mais cru, mais pesado, mais intimista, que aborda temas como o estudo de personagens e o alter ego entre suas mais variadas camadas, dentre elas a obsessão pela arte perfeita e a imposição corrosiva do perfeccionismo - algo que está ligado diretamente e me remete para duas obras-primas geniais - "Whiplash" e "Cisne Negro".
Adorei o comentário! 👏
@@GustavoCruz Feliz em ajudar.
PS: seria possivel fazer uma analise da serie Person Of Interest?
Filme estupendo neste ano foi o melhor até agora e ela merece o Oscar
This Is Cinema. - Scorsese, Martin
Quero muito vê esse filme. Além de parecer interessante e ter ouvido críticas boas, eu sou fascinada por essa atriz. Ela é tão maravilhosa e marcante.
Boa análise querido 🥰
PS: Já assisti esse filme Blue Jasmine algumas vezes, porque não me canso da atuação dessa mulher. E aquele final, que poderoso 😊
Obrigado! Blue Jasmine é impecável.
Gostei muito do filme. Sem palavras pra atuação de Cate. Simplesmente Perfeita.
Filme incrível!
Atriz perfeita.
Tem ritmo até na cena dela socando o saco de pancada. Grande obra, grande atriz.
Cate Blanchett é uma artista fantastica e a melhor artista de cinema atualmente e, propavelmente, por muito tempo!!!!👋👋👋👋👋👋👋👋👋👋👋❤❤❤
Sou fã também!
Excelente comentário!!!
Essa mulher é genial,só posso me lembrar da atuação dela como bob dylan
Excelente análise. Parabéns!
Me lembro que a vi pela primeira vez em O Talentoso Ripley, num papel pequeno, mas a imagem dela, as aparições que fazia, enchiam a tela. Foi amor a primeira vista.
Excelente resenha!!
"Não é um filme sobre a apresentação final".
Era isso que eu não conseguia por em palavras kkkkkkkkkkkkk
Filmaço, mereceu todas as indicações
Concordo!
Adorei sua análise, Gustavo Cruz. Filme maravilhoso. Saí do cinema com a sensação de quero mais, talvez por desejar ver a personagem reger uma sinfonia inteira, foi bem interessante. Um outro aspecto que me chamou a atenção é poder separar o artista da obra: a personagem da Cate Blanchett revela-se excêntrica e exigente, portanto de difícil convivência e, ao mesmo tempo, há que reconhecê-la como um ícone dentro da arte que ela exerce. A impressão que esta personagem me causou é que a arte que exercia estava acima de tudo e de todos e daí a forma como ela lidava com a questão do poder. As pessoas do entorno dela se revelavam ressentidas e consequentemente com sede de vingança. Fiz aqui apenas um ínfimo recorte de algumas impressões que o filme me causou, mas acho que é um filme que se abre a muitas outras impressões e análises.
passando só para dar apoio, ansioso para ver essa obra no cinema
Boa! O vídeo tá sem spoilers.
defendo a separação completa entre arte e artista
Brilhante seu comentario!
Dá pra perceber o quanto conhece e á apaixonado por essa paixão que é a interpretação e o cinema!
Parabens!
Não conhecia seu trabalho, agora vou acompanha-lo e ver se sou brindado com mais analises brilhantes como essa!
É incrível essa arte, já vi o filme 2 vezes e agora quero compartilhar, revive-lo na analise nas avaliações como se tivesse tomando um rico licor depois de um banquete!
Muito bom!
Essa filme também me brinda com a percepção que essa arte não esta morrendo estrangulada pelos stremins!
Muito bom, viva a arte!
Muito obrigado por esse comentário fantástico. Um grande abraço, Marco!
Queria ouvir você falar sobre a trama e o tema do cancelamento nas redes sociais. Acho que a personagem é secundária dentro desse enredo do filme.
Não concordo sobre ser secundária. Os temas são muitos, mas todos funcionam graças a sua protagonista.
Sua analise é perfeita!
Ajuda necessaria para mergulharmos ainda mais na complexidade do roteiro como nos deixar extasiados na ñ surpresos com a extraordinaria interpretação da Cate. Onde o tempo, o poder e o machismo se enfrentam!
Muito obrigado, Ana.
Cate é brilhantismo puro
É, eu sei que eu tô um pouco atrasada rsrs, assisti esse filme há poucos dias, gostei muito.
Parabéns por sua análise 👏👏
Muito profunda e sem spoilers. Amei, pq moro em Campo Grande/MS e o filme nem deu sinal de estréia por aqui. Estou ansiosa para ver.
Ganhou uma inscrita 😘
Muito obrigado 😁
Excelente análise, deu até vontade de rever o filme mais uma vez 😊
Muito obrigado! :)
Grande análise vc fez desse filme magistral. Cate Blanchett é sim uma das maiores atrizes de todos os tempos. Assisto todos os filmes em q ela esteja atuando. E esse personagem Tár com tantas camadas e várias facetas encontrou a pessoa certa pra nos maravilhar. E refletir bastante sobre tudo o q nos foi mostrado e o q ficou meio q oculto, só insinuado.
Muito obrigado, Marília! Cate é um espetáculo.
Gostei bastante do seu modo de comentar.Filme belo,dentro doa horrores pessoais de um ser humano.Espremer até virar sangue e ossos.Aplauso para os dois.
Esse filme inicialmente não me atraiu por causa da temática, mas acompanhando a repercussão da atuação de Cate Blanchett e pesquisando mais sobre a obra, lendo as críticas, me despertou a curiosidade.
E depois de assistir a esse vídeo, sinto que não vou me arrepender.
Boa! Depois me conta se curtiu.
Esse Oscar já é dela, podem me cobrar
Kkkkkkkkkkkkkkkk
Kkkkkk
Obrigado Gustavo pela brilhante análise. Eu vi o filme e fiquei com uma sensação estranha logo quando acabou pois não tinha compreendido bem o porquê daquela mudança estilística no último terço do filme. Mas depois fiquei a pensar e cheguei à conclusão que essa mudança fazia todo o sentido e era absolutamente justificada. É um extraordinário filme para ser visto e revisto, muito pensado e muito analisado. Há muito tempo que não via um filme que me interpelasse tanto a nível intelectual.
Muito obrigado, fico feliz que tenha gostado. Esse filme me desafio de muitas maneiras. Experiência fantástica.
Excelente análise!
Olá, Gustavo! Parabéns por sua inteligente exposição sobre o filme. Comecei a admirar Cate Blanchett desde sua atuação como Kate Hepburn em "O Aviador". É incrível como ela trabalhou o sotaque e os maneirismo desse ícone da dramaturgia. Daí que comecei a reparar a transformação dela a cada personagem ...
Faça mais vídeos sobre atuação, Gustavo...
Muito obrigado pelo elogio! 🙏
Ótima análise e crítica. Obrigado pelo vídeo!
no aguardo do vídeo de aftersun 🥹☝️
Em breve!
Meu filme favorito de 2022
Filmão!
Garoto, vc fala bem hein?! Elegante, suave, calmo...Parabens!
Muito obrigado! 🙏
👏🏻👏🏻👏🏻
Estou louca para ver, mas ainda não estreou aqui em Vitória ES...
Excelente análise do personagem.
Deve render o Oscar para ela.
Cate Blanchett é sensacional.
Muito obrigado! Minha torcida vai para ela.
Vídeo maravilhoso, Gustavo! Agora, eu tô pronta pra ver o filme!
Muito obrigado, Denise!
Que aula! 👏🏻👏🏻👏🏻
Muito obrigado! 🙏
Muito boa a sua análise, como sempre. Inteligente e delicado. ❤️
Muito obrigado!
Um dos 3 melhores filmes do ano
Depois eu tento assistir dnv, 20 minutos desse era equivalente a 60 de 2001
Que análise excelente. Sem dúvida alguma a minha atriz favorita. Ótima observação quando diz que a "Cate Blanchett consegue desaparecer".
Muito obrigado, João!
Cate Blanchett está magnífica no papel de Tár, a versão feminina do macho alfa, ela é mais machista que muitos machistas, isso é ainda pior... ela é mulher! Ela pega o "falo" na mão no alto do seu pedestal e balança para todos os lados mostrando quem manda, dizendo qual é o tom, qual é o ritmo que todos tem que seguir, esse filme absolve todos os "homens/machos" do papel de machista e diz que ser machista não é um desvio do gênero macho e sim do cargo e do poder que ocupa.
Parabéns pelo vídeo! Uma abordagem psicológica muito interessante!!
Muito obrigado, Elza!
Vídeo sensacional, Gustavo, à altura do filme!
Muito obrigado 😃
Cate B. tá incrivel!! Que gostoso ouvir a sua voz! +1 seguidor
O Oscar mais garantido em alguns anos.
E n foi...
@@Tomequifassa Sacanagem né
Nada contra a Michelle Yeoh, ela foi brilhante, mas a Cate Blanchett uma das maiores atuações do século.
vídeo maravilhosooooo e análise impecável!!! assisti ao filme ontem e tive um impacto enorme, me afetou bastante, principalmente pela atuação da Cate rainha musa kkkkk
obrigada pela sua contribuição gustavo!! adoro seus vídeos
Muito obrigado pelo elogio. Filme impecável e desafiador. Cate é brilhante.
Orra, que análise maravilhosa 👏👏
Muito obrigado!
Gustavo sera que sai um vídeo de the banshees of inisherin?
Oq q é um banshee e um inisherin? Ksksks
Vou conferir o filme essa semana e já preparo o vídeo para vocês!
@@GustavoCruz ahhh!!
soltou vídeo no momento que eu tava escutando o podcast do mandíbula slk
Uou!
Assisti ontem, curioso que quando vc cita a mitologia e em como os deuses desciam para a Terra e faziam o que queriam sem serem julgados e acontece algo parecido no comportamento da Tar, ao mesmo tempo o cancelamento, em algumas vezes é o ser humano revertendo isso, o ser que julga e que cancela passa a ter o poder sobre os "deuses".
E os deuses foram cancelados tb. Kkkkk
Gustavo, uma sugestão: será que teria como aumentar o seu áudio? Digo isso porque estou num lugar barulhento, com o volume no máximo e não está sendo suficiente. O áudio dos seus vídeos costuma ser mais baixo que os outros. Obrigado!
A propósito Cate Blanchett é um monstro ou melhor uma monstra!!!!!
Também me incomodou muito o quanto é uma mulher com poder absolutamente pessoal. Que não tem nenhuma concessão com o mundo ao seu redor, a menor consideração pelo Outro. Um retrato muito fiel (e cruel) da concepção de sucesso e poder neoliberal. Assustador.
Por favor!! Regentes!!!!
Ele entrou em cartaz esta semana nas salas de cinema independentes aqui em Fortaleza. Eu adorei o filme. A temática não tem nada de novo, tive a impressão de já tê-lo assistido outras vezes, só que com um protagonista masculino: um personagem talentoso na sua área profissional mas que é um escroto sem necessariamente ser um mau caráter. Aqui no filme o protagonista é uma mulher lésbica que o filme insinua ter preconceito contra pessoas trans, além de não levar suas relações profissionais 100% de forma ética - e nem por isso ela é um monstro. (E qual o problema de uma protagonista feminina que não é maniqueísta, não é mesmo? Nem toda mulher precisa ficar sorrindo pra gente sentir simpatizar com ela...) Acompanharmos seu definhamento moral com momentos de suspense e tensão.
Então tár...
Eu sou um partidário do pensamento da Lidya Tar. A obra deve ser separada do artista.
Hoje em dia a Hipocrisia impera mais do que nunca. E mostra como uma aula se transforma no linchamento de um professor e estamos fadados a ficar sem obras de arte por um julgamento moral e não estético
Gustavo, você mencionou ter assistido Blue Jasmine, que é um filme que gosto muito. Do mesmo direitor, tem O sonho de Cassandra, que também é um filme muito interessante. Seria muito bom uma análise sua sobre a história do filme. 😘
Queria muito ter gostado desse filme, adoro o trabalho da Cate, em alguns partes até gostei muito, mas não consegui me pegar envolvida na obra :s
É um filme que vai dividir opiniões.
@@GustavoCruz Faça um vídeo sobre "mãe!".
poderia ficar horas escutando você explicar
Muito obrigado!
tá.. mas, e aquele ser presente na casa dela, uma mulher que fica estética em algum lugar ou sentada em frente a sua cama, eu n entendi nada.. mó coisa creepy do nada
Era uma aluna que ela abus4va e que cometeu suici1dio
eu sou fã do Kanye, não tenho a opção de não separar o artista da obra kkkkkkk
Estou muito a fim de assistir esse filme.
Recomendo!
Achei um bom filme, mas longe de ser um filme marcante. Cate Blanchett dá um show à parte com uma excelente atuação, sem dúvida, mas achei interessante vc mencionar que assistiu ao maravilhoso Blue Jasmine pois ainda persisto em dizer que é A melhor atuação da Cate. E você Gustavo, o que acha? Qual a melhor atuação da Cate Blanchett?
Amo esta atriz. Mas me decepcionei em Tar. Quase saí antes do final. E se soubesse o final, teria realmente saído antes.🙄
À parte os ótimos comentários do crítico e não opinando sobre o filme em si - que verei com certeza - o áudio deste está muito baixo
Opa, obrigado! Vou conferir o áudio para melhorar. Grande abraço!
Olá ! Para ajudá-lo, a personagem interpreta uma maestrina e não uma regista (esse termo não existe na música) ou uma regente.
Pra mim copiaram a Marin Alsop da orquestra de Rotersan
É impressionante como no Brasil as artes não dialogam. O que não acontece na Europa, por exemplo. Até o momento não consegui assistir a um crítico de cinema sequer citar Mahler, ou a importância de sua 5a sinfonia na narrativa do filme, ou o porque de Lydia ter deixado a gravação da 5a por último e ali se confrontar com a linha divisória da arte com a construção da persona artística. A sua avaliação sobre o filme deixa a desejar pq a sua avaliação da música, ou seja, da arte protagonista do filme, é no mínimo superficial, sem conhecimento. O que pouca gente percebe é o que lydia fala na entrevista que, basicamente a coloca já no limiar de seu primeiro grande erro, quando avalia o adagietto , citando inclusive, Visconti. No Brasil as artes não dialogam como na Alemanha onde Beethoven , Goethe e Schiller eram íntimos, ou na França onde Chopin e Delacroix trocavam experiências metafísicas de criação. Infelizmente raríssimas pessoas conseguiram penetrar na essência de Tar que jamais poderia ter sido concebida para descrever um CEO ou qualquer pessoa numa posição de mero poder. Há a música de Mahler e sua história que tem vários pontos em comum com Lydia. A visão dela sobre o adagietto tem tudo a ver com os acontecimentos posteriores e sua decadência. Cultura é uma rede interligada, aspectos técnicos podem soar pretensiosos e sem propósito, como ir a uma ópera avaliar a montagem, a cenografia e o figurino sem entender a música de Mozart, Puccini , Verdi ou Wagner. A mesma coisa aconteceu em Black Swan, com menos intensidade mas com a mesma ausência de conhecimento da arte protagonista e suas peculiaridades no psicológico da personagem.
Nivaldo Tavares, obrigada pela sua explanação. Sou uma ignorante em relação à música clássica, mas depois de ler o que você escreveu aqui fui pesquisar sobre a 5ª sinfonia de Mahler para ampliar minha compreensão sobre o filme.
O problema desse filme acompanha várias outras películas dos dias atuais: sua duração desproporcional.
São longas, longuíssimas 2h38m que poderiam virar 1h38m sem que absolutamente nada de essencial fosse perdido.
Infelizmente, pra mim, não valeu a pena assisti-lo justamente por essa necessidade atual do cinema de alongar demais as histórias, que ficam parecidas com aquelas fatias de pão em que se espalhou uma quantidade insuficiente de manteiga por um pedaço extenso demais.
Ao invés de dar densidade e sabor ao filme, os cineastas e estúdios atualmente parecem preferir estendê-los, delgando e enfraquecendo as histórias ao longo do processo.
Fica exaustivo, repetitivo e irritante.
Pra dar um exemplo desse filme que não apenas salta aos olhos, mas chega a ser constrangedor: pra que mostrar todas aquelas reuniões do processo de investigação da Tár? As reuniões foram todas iguais e não acrescentaram nada à história. Nada, absolutamente nada.
Antigamente, quem enchia linguiça eram os profissionais que trabalhavam com carnes. Hoje, são os que trabalham com cinema.
Não curti o filme 🙃🙃🙃