Como os conceitos de marcado e não marcado explicam o masculino genérico?

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  • Опубліковано 3 лют 2025

КОМЕНТАРІ • 114

  • @PiterKeo
    @PiterKeo  Місяць тому +6

    Mais vídeos abordando o tema do gênero masculino como não marcado:
    Gênero Gramatical (canal Alomorfe): ua-cam.com/video/TaymLIpTLNw/v-deo.html
    Um grande MAL-ENTENDIDO? O problema do GÊNERO no Português (canal André Machado - Língua e Linguística): ua-cam.com/video/R9lABAYu5GE/v-deo.html

  • @Alomorfe
    @Alomorfe Місяць тому +17

    Muito bem explicado!
    Complementa muito bem o vídeo que eu fiz sobre gênero nas línguas há muuuuito tempo e um vídeo que vou lançar daqui um tempo ainda, vou lembrar de recomendar este vídeo. E isso ainda tem TANTAS aplicações na lingüística como um todo, é algo básico é muito bom de ter em mente.
    Belíssimo e conciso, Piter!

  • @andremachadolinguistica
    @andremachadolinguistica Місяць тому +13

    Eu genuinamente entendo e simpatizo com o incômodo de mulheres que, pra citar o exemplo da Raquel Freitag, terminam o doutorado e tinham "Doutor" em vez de "Doutora" escrito em seus diplomas. Mas eu me incomodo muito com certas linhas de raciocínio que, pra mim, não fecham. No meu vídeo sobre por que se guiar pela etimologia pra decidir quais palavras usar hoje em dia era bobagem, muita gente veio dizer que "é importante sim conhecer a origem, que o fato de hoje em dia não reconhecermos as palavras como ofensivas não muda a história delas". Então, seguindo essa lógica, por que para o masculino genérico a história da língua não importa? E eu me refiro aqui a questões morfológicas mesmo, não ao uso de masculino como "o Homem" em vez de "a humanidade" e "os seres humanos". Isso pra não mencionar os saltos lógicos de gente que acha que toda marcação morfológica na língua surge de uma necessidade dos falantes, quando muitas (talvez na maioria das) vezes, as características estruturais surgem quase que caoticamente, pipocando como variações genéticas não-motivadas. Mas os ânimos são tão inflamados que até mesmo perguntar e pedir pra alguém explicar melhor o ponto de vista acaba sendo tido como um ataque 😔

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +9

      A etimologia só importa quando convém para o discurso. É triste ver as pessoas usando da mesma desonestidade intelectual que elas tentam denunciam ao ser usada pela gente do outro lado. É mais um Brasil Paralelo que vai se formando.

    • @aloi4
      @aloi4 28 днів тому

      Ué?
      Tem como perquntar o mesmo para você, se você diz que a epistemologia não importa, para o masculino genérico a história da língua iria importa?
      (Eu concordo com você que a epistemologia de uma palavra não importa para saber se ela é problemática ou não.)

  • @LyegePrado
    @LyegePrado Місяць тому +26

    Queria muito mandar esse vídeo pra algumas pessoas, mas elas não entenderiam 1/3 dos termos técnicos.

    • @eric45005
      @eric45005 Місяць тому +9

      Manda mesmo assim

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +10

      Manda os outros que explicam os termos técnicos também. xD

    • @vini-hs1fw
      @vini-hs1fw Місяць тому +7

      Mesmo eu que não conheço muito esses termos consigo entender o vídeo porque tá bem estruturado, os exemplos também deixam claro. Não consigo extrair TUDO de valor do vídeo por não conhecer esse vocabulário, mas ainda é possível entender todos os argumentos, os quais são totalmente válidos.

    • @aloi4
      @aloi4 Місяць тому

      @@vini-hs1fw Os argumentos não são bons.
      O principal argumento é mostra que tem uma equivalência gramátical entre por exemplo usar o gênero masculino como não marcado com outros usos de não marcados (como flexão de número).
      Mas essa compração puramente gramátical não mostra que existe uma comparação etica/moral que seria necessária para mostrar que tem um dever de se mudar certos termos.
      Sério tipo dizer que chamar uma pessoa macaca e chamar uma pessoa de palmito ambas são metáforas, logo é linguísticamente equivalente e assim é moralmente equivalente. De modo que seria certo chamar uma pessoa de macaca caso seja certo chamar uma pessoa de palmito.
      Mas não. A questão de ser certo ou não usar tais termos, vais muito além da análise linguística sobre. A análise social, ética etc. são muito importantes e foram totalmente ignoradas pelo vídeo
      Ademais, momento algum é mostrado que não é machismo, mesmo concordando com a conclusão do vídeo. Dado que só mostrou uma equivalencia, não foi mostrando momento algum que por exemplo não é problemático usar singular como não marcado.

    • @questione-sem-medo
      @questione-sem-medo 21 день тому

      ​@@aloi4Não acha que focar em aspectos linguísticos acaba desviando a atenção dos problemas mais serios do machismo? Tenho impressão de que essa abordagem gera mais força contra do que conscientiza pessoas sobre a causa feminista.

  • @ThiagoFSR83
    @ThiagoFSR83 Місяць тому +11

    Esse vídeo vai ficar guardado para minhas aulas de morfologia ano que vem! Meus alunos o verão, com certeza!

  • @GabrielKaizer1
    @GabrielKaizer1 Місяць тому +37

    No catalão, como não costuma aparecer vogal temática nos substantivos, as palavras masculinas frequentemente são a raiz e terminam numa consoante (nen, fill, brasiler, gat, senyor). O feminino é feito com a adição de um -a (nena, filla, brasilera, gata, senyora). Mas existe uma série de palavras que têm como forma básica o feminino e o masculino é feito a partir da adição de -ot (bruixa - bruixot, abella - abellot, nina - ninot, merla - merlot). São casos bem raros.

    • @luizfellipe3291
      @luizfellipe3291 Місяць тому +11

      Mesmo no português, as palavras "bruxo" e "abelho" (que na verdade não existe em português, mas tem "abelhão") surgiram derivadas das originais femeninas

  • @annki-lm7rb
    @annki-lm7rb Місяць тому +5

    Isso me lembrou de uma menina inglesa que perguntou pro grok(uma ia capenga do twitter)como se falava "Non-binary" em espanhol. A reposta do grok foi algo como "nao binário, ou nao binária. depende do gênero da palavra" rs

  • @d12lados
    @d12lados Місяць тому +7

    Enquanto eu estava assistindo eu comecei a encarar a Planaria Azul e comecei a rir sozinho kkkkkk muito bom o video

  • @noahdubuis7897
    @noahdubuis7897 Місяць тому +13

    Em occitano provençal, o que achei curioso quando vi pela primeira vez, é que as palavras terminadas em "o" são na verdade as do gênero feminino, e se não me engano as do gênero masculino não são marcadas. Assim a palavra occitana "amigo" por exemplo significa "amiga" e "amigo" se diria "ami" em occitano.

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +6

      Não sei nada de occitano, mas olhando assim me parece que simplesmente o A final do latim acabou evoluindo pra O, enquanto o O do masculino se perdeu como em praticamente todas as línguas românicas dessa região.

    • @noahdubuis7897
      @noahdubuis7897 Місяць тому +5

      @@PiterKeo sim, tanto que isso afeta também a conjugação (pelo menos no presente indicativo) em que -o é a terminação da terceira pessoa do singular (nos verbos de primeiro grupo, como ama - "amar") ao invés da primera. Para a primeira pessoa é -e.

  • @feliperodriguesclaffnne8151
    @feliperodriguesclaffnne8151 Місяць тому +3

    Parabéns pelos teus vídeos professor.

  • @JoaoP.434
    @JoaoP.434 Місяць тому +5

    Um exemplo que deixa claro que o masculino não é sempre específico é “Alguém foi visto ali”. Não necessariamente foi um homem.

  • @victorgabrielzani8105
    @victorgabrielzani8105 Місяць тому +5

    Nomes de animais no masculino sao bem comuns de terem formas femininas, porem nomes de animais onde o generico é feminino sempre precisam do adjetivo "macho" a apartado da palavra para indicar o sexo

    • @aloi4
      @aloi4 Місяць тому +4

      Mas também precisa de femea.
      Esses são substantivo epicenos.
      Os nomes dos animais são i) biformes, com duas formas dependendo do sexo, sejam palavras diferentes (como boi/vaca) ou apenas flexão diferente (como gato/gata) ou ii) epicenos só possuindo um gênero gramátical mas acrescenta -macho ou -femea para espesificar o sexo.
      Mas nem sempre que são epicenos são do gênero gramátical feminino. Por exemplo o besouro, o crocodilo, o corvo, o escorpião, o peixe etc.

  • @Semideias6511
    @Semideias6511 Місяць тому +2

    Isso me lembrou muito de algumas criadoras de conteúdo da comuninade de fatos, geralmente usam um asterisco para forma forma sem especificar masculino ou feminino (já vi anjinh*s) se perguntarem o motivo, alguma possui chance de dizer que é machismo, mas o masculino é só a forma genérica para isso, mas não acho que isso vá para o idioma, pois provavelmente quebra toda a lógica do português da forma masculina ser a genérica (sem especificar se é masculino ou feminino) que como o próprio vídeo diz, isso acontece por conta dos substantivos do gênero gramatical masculino serem mais comuns do que o feminino, mas provavelmente isso só acontece da interpretação de que a forma masculina como genérica deixa o masculino "superior" ao feminino, mas isso facilita a comunicação, pois marcar uma das classificações como genérica é o suficiente (no caso, do português, é a masculina) por isso dizemos coisas como italiano(a) e não italiana(o)
    (Não sou machista, não tenho algo contra a comunidade de fatos, só me lembrou disso e decidi comentar sobre)

  • @gustavodearaujo3950
    @gustavodearaujo3950 Місяць тому +3

    Curiosamente no RS tem a palavra “guri” que não possui vogal temática, e no feminino só se acrescenta “a” e fica guria

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +2

      Sim, a regra geral é essa na ausência de uma vogal temática.

  • @emanuelkern
    @emanuelkern Місяць тому +3

    Bah, vídeo excelente! Muito didático.

  • @HugoHirt
    @HugoHirt Місяць тому +6

    Seus vídeos são de ótima qualidade. Nesse vídeo em específico vc abordou bem a questão da marcação morfológica.
    No entanto, a questão envolvendo o machismo do masculino genérico não envolve só a área da morfologia, e tentar discuti-la só nesse âmbito deixa muita coisa de fora. Dentre outras áreas da linguística, essa questão envolve a semântica, a pragmática e acima de tudo a sociolinguística. As decisões coletivas dos falantes sobre quais categorias são marcadas e não-marcadas não acontecem em um vácuo cultural, mas sim influenciadas pela cultura e pelas relações sociais. Se a língua evolui numa sociedade machista, as escolhas sobre o que é considerado o padrão e o que é considerado um desvio do padrão (e consequentemente marcado morfologicamente) serão informadas por esse machismo. Pode-se discutir quais abordagens são ou seriam mais eficazes em combater o machismo, mas não dá simplesmente afirmar que o masculino genérico é isento de machismo, como se fosse apenas um dado neutro da natureza sem motivação social.
    No mais, continue fazendo o bom trabalho que vc faz de divulgação de conceitos linguísticos.
    P.S. Sou linguista formado na Alemanha (digo isso não pra chamar a atenção pra mim mesmo, mas pra demonstrar que não estou argumentando fora da minha área)

    • @Hartpad
      @Hartpad Місяць тому +1

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +12

      Eu concordo que o feminino ser marcado pode ter evoluído por questões de uma sociedade patriarcal no proto-indo-europeu, já que as teorias são de que o gênero feminino surgiu posteriormente por uma marcação extra no gênero animado. No entanto não consigo ver como possa fazer sentido que sua manutenção até hoje seja por questões machistas. As pessoas não definem conscientemente como vão flexionar sua língua e nem usam o masculino de forma genérica com intenção alguma de beneficiar homens de alguma maneira. Pode ser um vestígio de machismo na cultura ancestral, mas não é uma marca do machismo na cultura moderna.
      Na minha outra língua materna, o hunsriqueano, os gêneros feminino e neutro estão em vias de se fundir, e eles em geral não possuem marcação morfológica, diferente do masculino. (Dizemos, por exemplo, meinE Mann, mas mein Fraa, mein Kind, ou en grosE Mann, mas en gros Fraa, en gros Kind). Numa eventual fusão completa do neutro e feminino, o masculino se manterá claramente como o gênero marcado, e o neutro/feminino provavelmente se tornará o gênero não-marcado, genérico. Se a escolha de qual é o gênero marcado é reflexo de sexismo, como isso é explicado numa sociedade altamente machista como a dos falantes dessa língua?

    • @Hartpad
      @Hartpad Місяць тому +1

      @@PiterKeo Mas acho que justamente quando se fala em machismo ou sexismo da língua, é nesse sentido mesmo, de algo socioestrutural/histórico, ao invés de atitudes individuais dos falantes que, claro, não conscientemente flexionam cada palavra, mas que refletem até hoje na língua essa estrutura social que já existiu (Ou ainda existe? E é aí que entram outros debates acerca de desigualdades atuais, etc).

    • @HugoHirt
      @HugoHirt Місяць тому

      @@PiterKeo Não se trata de uma relação simples de causa e efeito, mas sim de uma questão multifatorial. Não é porque uma sociedade é patriarcal que a língua necessariamente vai desenvolver gêneros gramaticais, ou - se devenvolver - que o sistema de gêneros vai ser masc. e fem. Existem processos fonéticos, e fonológicos também em jogo, claro.
      No exemplo que vc apresentou do Hunsrückisch, essa fusão em andamento do fem. e do neu. provavelmente se dá pela perda da vogal final que marcava o feminino (provavelmente o schwa), e o R final que marcava o masculino sendo perdido, mas preservando a vogal anterior (E, não sei se vc pronuncia como /e/ ou como schwa) de tbm ser perdida. Isso faz com que essas formas do fem. e do neu. fiquem idênticas. Se isso começar a acontecer em todas as formas do fem. e do neu., pode ser que se fundam completamente. Processos fonéticos semelhantes resultaram na fusão do masculino com o neutro do latim para o masculino do português. Já em algumas línguas escandinavas, o que se fundiu foi o mas. com o fem., sendo preservado o neu. separado.
      Mas o uso do masculino como forma capaz de se referir a grupos mistos ou a uma pessoa hipotética indefinida não é um processo fonológico, nem puramente morfológico. A necessidade pragmática de se marcar o gênero feminino de humanos e animais surge de um contexto social e cultural. Como vc mesmo disse, o proto-indo-europeu provavelmente não começou já com esse sistema. Anteriormente é possível que tenha tido um sistema de gêneros animado/inanimado. Marcar um elemento gramaticalmente tem um custo cognitivo adicional, e normalmente só é feito quando há uma necessidade pragmática, por causa das máximas de Grice. Se pegarmos o Alemão como exemplo, nem sempre a forma fem. é a mais marcada (embora pra maioria dos substantivos pras profissões ela o seja), fica difícil estabelecer qual é a forma mais marcada em palavras mais frequentes no entanto (como determinantes). Mesmo assim, da mesma forma como o português, por muito tempo se reforçou socialmente e por meio de gramática prescritivista que o masculino poderia abarcar o feminino em grupos mistos.
      Veja que essa é uma escolha social, mesmo que a motivação por traz seja reduzir o custo cognitivo de ter que usar os dois genêros (deixando a frase mais extensa e mais marcada). Veja também que o Alemão ainda possui 3 gêneros, e mesmo assim é preferível socialmente tratar uma mulher no masculino, do que tratar um homem ou uma mulher no neutro (talvez por ser associado a coisas inanimadas), mas essa poderia muito bem ter sido a escolha dos falantes pra lidar com o problema cognitivo de falar sobre grupos mistos. Mas não, os falantes escolheram usar o masculino, mesmo que morfologicamente o neutro se comporte de forma menos marcada do que o masculino. Essas escolhas não são aleatórias. Elas resolvem um custo cognitivo, mas têm consequências de percepção e manutenção de papeis sociais.
      Como as sociedades estão em mudança, novas necessidades se apresentam, de modo que a solução de usar o masculino pra se referir a grupos mistos talvez já não atenda às necessidades dos falantes e não reflita mais a sua hierarquia de valores, por isso se discute tanto isso. Aqui na Alemanha há um debate intenso sobre como se referir a grupos mistos, porque a solução anterior de simplesmente usar o masculino já não serve mais a todos os falantes.

    • @eric45005
      @eric45005 Місяць тому +1

      No latim, o neutro era muito parecido com o masculino, por isso que se fundiram. Tem um video do professor Noslen falando sobre isso

  • @diegoreis1272
    @diegoreis1272 Місяць тому +3

    Este é um dos melhores vídeos que já vi sobre o tema. Será que há um estudo que compara o grau de consideração igual entre homens e mulheres em relação ao gênero gramatical? Porque tenho a impressão que, para muita gente, se não houver distinção gramatical entre masculino e feminino, a sociedade tenderá a ser mais igualitária (ou vice-versa). Agora se o feminino for o genérico, a sociedade será mais femista?

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +3

      Muita gente acha isso, mas existem muitas culturas extremamente machistas com línguas sem gênero gramatical.

    • @aloi4
      @aloi4 Місяць тому +1

      @@diegoreis1272 Tem alguns, mas nunca vi um sobre diferença de línguas com gênero gramátical masculino não marcado vs masculino marcado.
      Um que conheço que compra línguas sem gênero gramátical, com gênero gramátical (tipo português) e com gênero gramátical só em algumas palavras sem ser flexão (tipo o inglês) e mostra que esse último tem menos desigualdade de gênero.
      “The Gendering of Language: A Comparison of Gender Equality in Countries with Gendered, Natural Gender, and Genderless Languages”
      Tem outros estudos também, mas ainda não me aprofundei em pesquisa-los.

    • @aloi4
      @aloi4 Місяць тому

      @@PiterKeo Mas isso seria evidências anedotica.
      No caso tem estudo q reforçar isso, como citei acima, contudo o mesmo estudo ver que lingua com o gênero somente em pronomes e tals como inglês são com menos desigualdade de gênero.
      Mas não conheço ainda um estudo sobre espesificamente a diferença de desigualdade de gênero/machismo/sexismo/exorsexismo em línguas com gênero gramátical mas que diferençia entre possuir neutro ou não.

    • @lucasrinaldi9909
      @lucasrinaldi9909 18 днів тому

      ​​@@aloi4Esse estudo segue o rigorosíssimo método da associação livre, muito utilizado por ciências cujos estudos vivem uma crise de reprodução científica.

  • @showdojoaomarco471
    @showdojoaomarco471 Місяць тому +1

    Fale sobre os Dialetos Hachijō

  • @steniowoneyramosdasilva9238
    @steniowoneyramosdasilva9238 Місяць тому +4

    7:58 e o escambau kkkkkkk

  • @showdojoaomarco471
    @showdojoaomarco471 Місяць тому +5

    Você tem filhos? = Você tem um filho?
    As Avós gostam dos netos = Uma avó gosta dos seus netos

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +3

      No primeiro caso pode-se dizer também "Você tem filho?". Não é necessário usar o plural. É preciso deixar claro que quando o singular é usado de forma genérica ele obviamente não vai vir acompanhado de um determinador de quantidade como "um". No segundo caso, usa-se isso porque evidentemente se refere a um plural. Não existe a possibilidade de essa frase se referir a apenas uma avó no planeta inteiro.

  • @showdojoaomarco471
    @showdojoaomarco471 Місяць тому +3

    Pode fazer um vídeo sobre contador gramatical como Ri

  • @VictorHugoVasconcellos
    @VictorHugoVasconcellos Місяць тому +1

    Excelentes vídeos! ❤

  • @vivianschrank7614
    @vivianschrank7614 Місяць тому +4

    As argumentações pseudocientíficas aqui nos comentários são de doer.

  • @gigg01-p5e
    @gigg01-p5e Місяць тому +1

    Piter, você poderia fazer Conlang Showcases, não?

  • @showdojoaomarco471
    @showdojoaomarco471 Місяць тому +3

    Uma coisa que achei estranha foi um tradutor me traduzir children pra filhos sendo que estava ligado à palavra people então é filhas

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +8

      Inglês não têm gênero. People não é uma palavra feminina como pessoas em português.

    • @showdojoaomarco471
      @showdojoaomarco471 Місяць тому

      ​@@PiterKeoEu achei estranho a tradução de children estar como filhos pois quebraria a lógica do português

  • @guernica5413
    @guernica5413 Місяць тому

    Gostaria muito de ver o vídeo das outras formas não marcadas

  • @joserobertoespiritosanto2270
    @joserobertoespiritosanto2270 Місяць тому +2

    Americano no Brazil: Eu quero comprar uma carro .😂

  • @suelirodrigues1972
    @suelirodrigues1972 Місяць тому +1

    Expica como seria essa lógica em línguas que não possuem marcadores de gênero ou não tanto assim como o Inglês e outras línguas asiáticas. Uma vez eu fui traduzir médica pro árabe, e quenda fui traduzir devolta pro português a palavra dada deu médico, coloquei enfermeiro, fiz o mesmo processo e deu enfermeira

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +5

      Nesse caso não tem nada a ver com a lógica da língua, mas sim com problemas do tradutor. Os tradutores sempre usam o inglês, que não tem gênero, como intermediário. Então o que você vai fazer é traduzir português > inglês > árabe e depois árabe > inglês > português. O inglês não tem gênero, então não vai transferir a informação de gênero de uma língua para a outra. Como enfermeiro é uma profissão extremamente mais comum entre mulheres que entre homens, ele deve usar a forma feminina para traduzir "nurse" para outras línguas simplesmente porque a probabilidade de ser uma forma marcada na língua em questão é alta.

  • @Guilherme-m2o
    @Guilherme-m2o Місяць тому +2

    Senhor Keo,Cadê O Vídeo de Hierarquia entre Ouvintes e Falantes???

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +4

      Cadê o pix para ele passar na frente? Já respondi a você outras vezes.
      É um tema BEEEM COMPLEXO para conseguir aprontar um vídeo de uma hora pra outra. Preciso ler material a respeito para montar roteiro. Não é simplesmente fazer quando der na telha. O trabalho por trás de publicar o vídeo é imenso.
      A cada cobrança assim a partir de agora ele começará a regredir 10 lugares na fila.

  • @aloi4
    @aloi4 Місяць тому +2

    Eu genuinamente acho q deveria sim ter uma nova flexão numeral também, mas sei que seira muito mais complicado por causa dos verbos. Ja pensei nisso a muito tempo.
    O fato de ter o gênero gramátical masculino como não marcado ser útil para economizar esforço e não ser historicamente ligado a uma mascunormartivade ou machismo, não mostra que acaba não estando ligado de outra forma.
    Seria importante por exemplo ter estudos sociais como essas variações gramaticais podeira influciar ou não.
    Alem de usar o não marcado tanto para um genérico e um gênero gramátical em espesifico acaba-se gerando ambíguidade, independente da mascunormartivade ou do machismo.

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +4

      Os casos em que ambiguidade ocorre são tão raros que não levam à necessidade de uma forma específica que vai ser relevante apenas uma vez em mil ocasiões.

  • @Altos_Entretenimentos0955
    @Altos_Entretenimentos0955 Місяць тому +2

    Piter, quantas línguas você fala? Você já apresentou até Hunsriquiano no canal

    • @Semideias6511
      @Semideias6511 Місяць тому +2

      Pelos vídeos, 3
      Hunsriqueano (nativamente)
      Português (segunda língua)
      Inglês (terceira língua)

  • @marciacruz3867
    @marciacruz3867 Місяць тому

    Sim, eu quero!!!! Amo fonologia!

  • @jonasrla
    @jonasrla Місяць тому +1

    Me incomoda que se utilize um modelo descritivo sobre a organização dos tipos linguísticos para reduzir um incômodo, como se incômodos precisassem de base lógica para existir. Eu lembro desde criança que sempre me causou estranheza que o ponto crítico pra descrever um grupo de pessoas a gente utiliza o gênero não marcado mesmo que seja o caso de termos uma sala cheia de mulheres e um homem. Se cai na lei do menor esforço, também é algo pouco descritiva da situação real.
    E já que estamos falando de gêneros, gostaria de saber o que você acha do uso de "e" para denotar um gênero neutro.

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  29 днів тому

      Minha opinião sobre isso está aqui: ua-cam.com/video/WWZOQSlH1qM/v-deo.html

  • @carlosgabriel5140
    @carlosgabriel5140 Місяць тому

    Piter, se o caso nominativo é sempre o caso não marcado porque ele é considerado um caso? Isso não seria conceitualmente contraditório?

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +2

      @@carlosgabriel5140 não é contraditório. Ele tem uma função sintática. Ele só não é marcado. Como nas outras categorias, uma sempre é não marcada. O singular ainda é um número mesmo que não mercado. O imperfectivo ainda é um aspecto, o indicativo ainda é um modo etc. Não é presença de marcação que define, mas a função.

  • @MultiCarmelo2010
    @MultiCarmelo2010 Місяць тому +5

    Eu me identifico como homem cisgênero, o meu companheiro como pessoa não binária, e o nosso filho de 12 anos como demi boy, porém aqui em casa usamos pronomes no masculinos, porém sempre perguntamos as pessoas quais os seus pronomes!

  • @A.A.A12-p2h
    @A.A.A12-p2h Місяць тому +2

    O DÓ que você sente é diferente.
    O Dó dessa música é menor.
    O DO João é mais complicado

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +3

      Não entendi a relação disso com o tema do vídeo.

    • @A.A.A12-p2h
      @A.A.A12-p2h Місяць тому +2

      @PiterKeo masculino everywhere kkkk

    • @luizfellipe3291
      @luizfellipe3291 Місяць тому +1

      No dicionario, realmente "dó" no sentido de pena ou dor é masculino, mas eu sempre tratei "dó" como uma palavra feminina.
      Sempre ouvi pessoas dizendo "muita dó de..." e nunca "muito dó de..."

    • @A.A.A12-p2h
      @A.A.A12-p2h Місяць тому

      @@luizfellipe3291 sim! É masculina.

  • @luizfellipe3291
    @luizfellipe3291 Місяць тому +1

    7:17
    Sei que etimologicamente está errado, mas, se você levar em conta só o português como ele é hoje, a palavra "irmã" é uma letra O menor que a palavra "irmão"

    • @victorgabrielzani8105
      @victorgabrielzani8105 Місяць тому +1

      Da pra interpretar q o "o" é uma vogal temática q da lugar ao "a" tbm, mas pela letra anterior se "ã" o "o" decai pra semivogal /w/ e o "a" aglutina com "ã"

    • @luizfellipe3291
      @luizfellipe3291 Місяць тому

      @victorgabrielzani8105 Sim, exatamente. Por isso disse que era etimologicamente errado.
      Sei que "irmão" e "irmã" vêm de "irmano" e "irmana"

    • @fhz3062
      @fhz3062 Місяць тому

      Campeã(o)

    • @luizfellipe3291
      @luizfellipe3291 Місяць тому

      @@fhz3062 Mesmo esquema.
      Campeana Campeono
      Campeãa Campeõ
      Campeã Campeão

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +1

      É, a princípio pode parecer, mas como já discutido aí, a ideia é de que a forma feminina, que deveria ser irmãa, acaba simplificada para irmã. Agora casos de palavras femininas sem A no final cuja masculina receba um O existem?

  • @carolinalendino
    @carolinalendino Місяць тому +3

    Olha, seu vídeo é muito bem estruturado e demonstra um esforço enorme em desenvolver o tema (como todos os outros, claro). No entanto, acho importante considerar que a língua também é um reflexo das estruturas sociais e do contexto histórico em que ela se desenvolve.
    Talvez um matemático pudesse explicar melhor sobre isso, mas nosso referencial de "neutro" para usar plural ou não vem do fato de que, em nossa matemática moderna, o nosso referencial é o número um. Sendo assim, o uso ou não do plural é reflexo do desenvolvimento da matemática em nossa sociedade.
    Agora, por que o "neutro" em português é o masculino? Você mencionou o exemplo de "médica", que especifica uma mulher, enquanto "médico" pode se referir a um homem ou uma mulher. Será que isso é realmente neutro? A população que vem desenvolvendo a língua é isenta de qualquer juízo de valor? No passado, as mulheres tinham amplo acesso aos estudos? Era comum que fossem médicas? A primeira médica no ocidente, Elizabeth Blackwell, se formou em 1849 depois de ser recusada várias vezes. Enquanto a primeira Gramática da nossa língua foi publicada em 1536.
    O masculino é naturalizado como padrão porque, historicamente, os homens dominavam a maior parte dos espaços. Não apenas em áreas que demandam estudos, como no exemplo.
    Vale reforçar que apontar isso não significa que estou defendendo que devemos abolir o uso do masculino génerico ou criar imediatamente uma nova forma de falar. Contudo, acho importante apontar que não apenas devemos nos importar com "como" o falante fala, mas também "o que" e "o porquê" esse falante está falando. Ou seja, o conteúdo da fala.

    • @aloi4
      @aloi4 28 днів тому

      Isso seria falácia genética, independente da crianção da língua ser ou não machista ou mascunormartiva a língua poderia ser hoje. Pouco importa a intenção histórica, importa como ela hoje.
      Eu até acho que historicamente ela não era mascunormartiva/machista, aconteceu somente de juntar o "masculino" e "neutro" por uma semelhança fonética (na real talvez tenha um pouco de mascunormartiva aí, já que, seria importante diferenciar o "neutro" do "masculino" se as pessoas fossem pouco mascunormartivas, mas de modo que seria mais improvável que não se preocupasem com os termos estarem sendo misturados, a ponto de se tornar um só. Mas isso é puramente achismo meu, eu nem tenho conhecimento suficiente de evolução das línguas para saber se não estou falando algo absurdo), ao mesmo que tempo que acho que hoje em dia a língua é sim mascunormartiva.
      Eu sou da matemática e não sei doq vc está falando do nosso referêncial ser o número um. Ademais, eu também acho um pouco problematico usar o singular como neutro.

  • @aarondeoliveiraesousa3933
    @aarondeoliveiraesousa3933 Місяць тому

    Por que teus personagens são planárias?

    • @PiterKeo
      @PiterKeo  Місяць тому +4

      Porque sou zoólogo e faço pesquisa com planárias.

  • @showdojoaomarco471
    @showdojoaomarco471 Місяць тому +2

    Em Japonês é mais útil falar o número de coisas

  • @joserobertoespiritosanto2270
    @joserobertoespiritosanto2270 Місяць тому +1

    MACHO E FÊMEA .CABRA MACHO 😂 COBRO COBRA .MULHER GATO MULHER GATA O MARIO A MARIA 😂 ...

  • @somaisumaball-qu12p
    @somaisumaball-qu12p Місяць тому +2

  • @gatomutante666
    @gatomutante666 Місяць тому

    gostei muite de sei vide!! (''gostei muito do seu vídeo'' em línguagem neutra)

  • @joserobertoespiritosanto2270
    @joserobertoespiritosanto2270 Місяць тому +1

    Eu viela . Eu a vi 😂

  • @pedromendes335
    @pedromendes335 24 дні тому +1

    Pra mim o conteúdo todo do vídeo faz sentido, mas acho estranho tratar a escolha do masculino como não marcado como algo apenas do acaso. Será que realmente não tem uma motivação vinculada a aspectos históricos da nossa sociedade que tinha no homem uma figura mais importante? Existe uma grande quantidade de exemplos de línguas no qual o feimnino é o não marcado? Seria interessante um estudo comparando, nas línguas que tem propriedades parecidas com esta, em quantas delas é o masculino e em quantas é o feminino