Freud apresentou muitos casos clínicos de histeria em homens.Essa foi uma das razões em que ele no início foi muito questionado pela psiquiatria da época já que a histeria estava associada ao útero feminino.Podemos dizer que Freud foi quem desvinculou a condição anatômica da estrutura histérica.
Ha pouco tempo tive meu primeiro contato com uma pessoa que estuda psicanálise e achei bacana no começo. Com o tempo via que aquela pessoa não estava sabendo realmente me ouvir, só me encaixar em coisas que leu ou ouviu. Esse processo de contato com esta pessoa me ajudou a entender meus processos, mas, também me ajudou a entender justamente o que você falou no video sobre entender minha história. Somos únicos. Sou do tipo de pessoa que realmente não gosto que me coloquem em uma caixa, nem eu mesma faço isso comigo. Incluisive por sincronicidade nesta mesma época achei seu canal. Grata pelos videos diários.
Meu ex psicólogo dizia que não podia jamais me dar diagnóstico. Eu imagino que ele fazia isso pois eu ficaria neurótica em cima dele... Lendo e viajando. Meio que presa no diagnóstico.. mas nunca nenhum psicólogo me deu diagnóstico. Foram quase 10 que eu me consultei.. E as vezes conversava com pessoas que tinham diagnósticos de doença, de personalidade e etc.. eu ficava querendo encontrar os meus na internet hahahaha. Mas eu sempre soube que não fazia sentido dar esses nomes. Você me ajudou a fortalecer essa ideia 😊 obrigada !! OBS: tenho só diagnóstico de TAG/SAG mas quem deu foi o psiquiatra há mtos anos. O mesmo que me deu diagnóstico de TDAH associado ao TAG.. mas nunca levei fé no TDAH.. algo sempre me disse que não tinha nada a ver. Hoje vejo que minha falta de foco e atenção é somente pela ansiedade. Como se eu quisesse fugir daquilo que me agonia. Me sinto muito bem de ter questionado o diagnóstico e ter me observado melhor
Se você vai em clínica, é que algo não vai bem. E não para ganhar um nominho alemão ou francês do que você tem. Nenhum analista gosta de psicopatologia. Você tem o direito de ter um psicodiagnóstico. Mas eu e n outros analistas não vamos dar.
Manu, brigada por esse vídeo. Eu faço análise há algum tempo e no início eu tinha mta necessidade de ter um diagnóstico fechado pra enquadrar os processos que eu vivia. Minha analista nunca fez isso e sempre tratou minhas questões com essa perspectiva de construção da história. Acho que faz mto sentido e essa necessidade anterior não me incomoda mais. Só me dei conta disso, vendo seu vídeo. Obrigada.
Oi Manu, bom dia!! Adorei esse vídeo, na verdade eu amo todos. Me identifiquei muito com suas palavras: "como posso ser/ter tudo isso?". Parece que a gente fica querendo se rotular, rotular nossos sintomas e nossa história. Esse video me tranquilizou bastante e aponta para uma necessidade maior de olhar pra minha história e entender melhor como funciono do que entender e rotular meus sintomas. Sou mega fã desse canal
Bom dia, Manu! Não tem como não concordar contigo. O histórico de cada um impossibilita uma classificação qualquer que seja, a priori. Acho também muito importante a auto análise. A primeira vez que fui a um psicólogo, só eu falei. Ele me fez só uma pergunta e ao final me disse, "você tem a resposta para todos os seus grilos, eu só vou te encaminhar, direcionar". Abraço
Manu, vc não tem ideia do bem que esse vídeo me fez! Desde que fui internada 19 dias em clínicas psiquiátrica em surto psicótico, episódio de mania, havia uma dúvida quanto ao meu diagnóstico, pois tomo muitas medicações devido ao fato de ser transplantada. O diagnóstico foi fechado em "transtorno bipolar", causa provável intoxicação medicamentosa. Mas eu desde então sofro para entender o que aconteceu, pois os sintomas vão e voltam, o medo de enlouquecer de novo é intenso. Muito grata por esse canal.
Acho de grande lucidez teus apontamentos, especialmente em pensar nesses conceitos postos hoje, na nossa contemporaneidade, com leitura crítica ao mesmo tempo que humilde. Seria/é anacrônico também transpormos via copia e cola essas formulações de lá pra cá. O mundo é outro, as pessoas são outras.
Também quebrei a cabeça com isso.. pra entender pessoas com diagnóstico e sintomas confusos como a de uma psicose bipolar mas que também é ansiosa; uma histérica com sintomas ansiosos de muito controle, bem tipico do obsessivo...e assim vai...eu mesma sou um mix e sempre tive pavor da psicose (estudando), uma ansiedade social que superficialmente poderia ser confundida com o espectro autista! Sem falar nos autistas (tomados pela psicanalise como psicóticos) com fobias (histeria) e sintomas obsessivos da pulsão anal como ter oito anos e não deixar a fralda por rigidez mental... Gosto muito de ouvir o Jorge Forbes sobre a segunda clinica de Lacan que é para onde a psicanalise deverá tomar o rumo para a análise do sujeito de hoje.
Manu, é impressionante a maneira como você consegue tratar dos temas, assisto aos vídeos e nem percebo quanto tempo passou, você consegue tratar de uma maneira muito agradável. Parabéns! Continue com o excelente trabalho.
Eu tenho uma teoria sobre a obsessão na histeria. O neurótico obsessivo tem medo da morte e por isso limita/organiza/controla. A histérica tem medo da morte e por isso se derrama, se entrega, prolonga a existência (obsessão pela não-organização). Será que as crises de Pânico da/o histérica/o não tem relação com o medo de ser atacada/o, já que não controla nada? Em vez de fobia, não são traumas? Penso que talvez histéricos e obsessivos sejam o reflexo um do outro...
Bom dia! Sim, Manu! As coisas não são preto no branco! Hahaha Lembro sempre de uma professora dizendo sobre os traços estruturais, inclusive perversos, que todos possuem em algum nível. E daí eu bem braba fazendo umas perguntas e querendo chegar em um enquadramento. Penso que essa necessidade de entender sobre o que se é, onde se está estruturalmente, possa muitas vezes acontecer por um tentativa de dar conta de uma autonomia que não se tem (claro que levando em conta as pessoas q estão buscando isso e menos dependência do outro.). Tentar se encontrar parece uma tentativa de manejo de si mesmo, uma mistura de auto-cuidado, controle e independência. Achei ótimo tbm tu ter citado sobre ler e estudar Freud, mesmo tendo ciência das falhas q ele cometeu. Parece q se um teórico tiver feito algumas cagadas, o pensamento dele não deve mais ser levado em conta. "Tu tem que estudar quem estiver sempre, ou quase sempre, certo."
Boa tarde Manu! Obrigado pelo vídeo, me esclareceu muito e o que você falou faz muito sentido, e abriu minha mente para não me limitar nas estruturas. Dose Diária fará muito falta, pois abriu um canal de dialogo que muitos precisam, principalmente para nos perceber e perceber o outro. Abraço!
Emanuel, você é a minha dose diária. Mas preciso de muitas doses diárias, trabalhar, fazer desporto, ler, aprender, conhecer. Aprendi com um grande psicanalista português que nada cai do céu. Os sintomas tem uma causa, existe uma causa que provocou o sintoma, se não for de origem química cerebral, é de origem com o exterior a relação com o meio, a interação com tudo o que nos rodeia. Nós seres históricos, e essa história pode ter provocado causa/efeito, é preciso descobrir a raiz do que deu origem ao sintoma. Quando conseguimos descobrir na nossa história a causa do sintoma podemos melhorar dos sintomas, alguns até podem ser curados, outros podem estar à espreita e quando algo do presente nos faz lembrar algo do passado o sintoma pode vir à tona. Acredito que muitos sintomas podem ser curados se forem descobertos a origem que os provocou, de outra forma também acho difícil curar alguns sintomas que ficaram gravados na nossa memória. Há traumas muito difíceis de curar, fobias, o nosso cérebro gravou isso na nossa estrutura psicológica e essa estrutura psicológica nem sempre conseguimos reestruturá-la, é como se fossemos reestruturar todo o esqueleto humano, não é que seja impossível, mas é muito difícil. A história, é a base de tudo. Todas as suas fobias Emanuel, contam uma história. E se contasse qual foi a sua história, qual foram as causas das suas fobias, isso seria um ato de coragem, e quem sabe talvez algumas dessas fobias fossem superadas aqui connosco. Eu conto uma história. Mas posso mudar, se na narrativa da minha história tiver outras narrativas diferentes daquela que causou muitas debilidades, fobias, traumas. Depois de entrar no mundo do inconsciente, no mundo que nos ensina os porquês, de sermos de uma forma e não de outra, acredito que podemos mudar. Eu, conto uma história. Eu sou um livro, e no nosso livro temos muitas narrativas.
Essa é a propria ideia de conceito na filosofia hoje. Ele não corresponde a realidade, mas é um instrumento de interpretação que tem que ser entendido assim, por isso tem de ser constantemente revistos e eventualmente discartados. A tipologia moral de Nietzsche é do mesmo modo. Ele fala em Moral do fortes e Moral dos fracos, mas deixa claro que ninguem corresponde a um tipo moral ideal. São só conceitos abstratos, mas eventualmente uteis. O mesmo se da na tipologia social de Max Weber, mas esse eu nunca li
Bom dia , Manú ! Concordo muito q colocar uma etiqueta nos encerra dentro dos “tipos puros” q são apenas uma metáfora ( e um recurso didático ) de como cada um de nós dá conta de seu desejo e de sua elaboração da falta . Nossas subjetividades , nossos “ estares no mundo “ são absolutamente singulares !! As teorias nos ajudam a pensar , são úteis como ferramentas pra cada caso . Porisso é tão difícil generalizar sobre encontros amorosos . Cada casal é um casal ! O q podemos ajudar é ver o quanto esse encontro é destrutivo pra cada um e pros frutos desse encontro ( filhos , projetos ) ou criativo, vital , erótico ( de Eros como vida) e apaziguado. Divergências , discussões , atritos são inevitáveis e podem ser dissolvidos pela conversa ou exacerbados e letais pela mesma conversa ... definir isto pela elaboração de cada um e muitas vezes por um terapeuta de casal é necessário para q se possa sair de um enlace destrutivo ... bjos pra vc e todos do canal 😘
Muito bom o seu vídeo, um bom tema para refletir... penso que classificar, julgar, nomear é algo essencial para podermos escutar o sujeito na sua subjetividade, já que, no nosso funcionamento mental e psíquico, isso faz parte dos nossos processos psicológicos básicos e cognitivos de sobrevivência e de ser no mundo. Já rotular o sujeito baseado apenas em características e aspectos dos tipos de personalidade, pode ser algo limitador e pobre. Daí a necessidade do estudo, da preparação, do exercício da escuta analítica, da análise pessoal e da supervisão, para o exercício da clinica. Gosto quando você olha para o sintoma como talvez um ponto focal para uma suposta hipótese diagnóstica da escuta e da abordagem clinica. A psicanálise desde Freud vem ampliando seus conceitos e todos ganhamos com as possibilidades dos novos tipos de abordagem, como por exemplo a psicoterapia breve psicanalítica onde o enquadre do sujeito é algo necessário e primordial para que o processo analítico aconteça.
Oi, Manu. Acho que uma questão que pesa é que, culturalmente, nós QUEREMOS fazer parte de um grupo, seja ele qual for. Quando alguém recebe um diagnóstico, ele pode "terceirizar" a culpa daquele comportamento e ainda se encaixar em um padrão, saber que não é o único. Faz sentido?
Para mim fez sentido, além disso, é uma tentativa de racionalização para entender nossos conflitos e angústias e uma tentativa de controlar os sintomas.
manu, faz sentido pro analista né, pra elaborar uma maneira de intervir. é por isso que não é comum que a gente saia distribuindo "diagnósticos", não é producente pro paciente, pro paciente é interessante olhar pra sua própria história como você disse.
Pelo o que vi em psicopatologia, quando a pessoa apresenta fobia à muitas coisas diferentes já não se trata de uma fobia, porque a fobia necessariamente se instala em um objeto específico, que não existe nesse caso - tudo trazia ansiedade: altura, lugar aberto, lugar fechado etc. Me parece mais um transtorno de pânico mesmo, o que também explicariam os sintomas fisiológicos somatoformes e não está totalmente fora da neurose obsessiva já que a própria obsessão causa a ansiedade e o pânico.
Muito legal essa questão da tentativa de não ficar categorizando o sujeito como isso, aquilo, assado, porque o sujeito é muito mais do que só uma estrutura fechada, e sim , passamos a negligenciar certos aspectos dele e de sua história quando fazemos essa categorização de Fóbico, Histérico e fechamos numa caixa. É interessante até como você mesmo disse, que tinha sintomas fóbicos, depois histéricos, eu também me compadeço disso, achava que era algo, depois outra coisa e no fim, vemos que todos sujeitos tem um pouco de cada, até como J. D-Nasio fala isso no seu livro sobre o Édipo, o sujeito sempre vai ter associado 2 ou 3 sistemas, sejam eles a Fobia, Obsessão e a Histeria, sempre vão estar ligados de forma que pode sim, haver um dominante, porém também um secundário ou até mesmo não haver dominante e o sujeito apresentar os 3 sistemas. Bom, no fim é a não categorização que vai nos permitir olhar para o sujeito de uma forma mais Humana e poder estar trabalhando com ele, ajudando ele a lidar com suas questões e angústias, considerando sua história de vida, trajeto e sentimentos para uma vida saudável e com um qualidade mental boa. Obrigado pelo vídeo, e um espaço para uma melhor elaboração e crescimento como profissional da área, ABRÇSS.
Exatamente! Detesto rótulos... Às vezes foi só um momento, uma fase de "sintomas" ou histeria, porém por trás disto, vai muito mais além, no decorrer de toda minha estória de vida...
Manu, fiquei com uma dúvida. Eu havia aprendido até aqui, que a gente entende a estrutura para poder justamente entender o comportamento e assim tratar cada pessoa de acordo com os traços que vão aparecendo. Então como seria o raciocínio clínico pensando nessa perspectiva?
O expositor parece confundir conversão histérica e somatização, quando o exemplo pessoal foi dado. A vinculação da estrutura não é direta com o sintoma, como foi colocado. Há que escutar no discurso do paciente, sob transferencia, o posição desse sujeito perante ao desejo e a falta.
Os sintomas não mudaram desde os primeiros inscritos de Freud , o que mudou foi a forma de abordar . A psicanálise foi se modernizando com relação a isso .
Manu você é foda!🖤 E tenho dito! Gostaria de colocar uma questão, concordo plenamente quando diz que esse enquadramento em relação ao outro ( sintomas) é simplicar muito! Porém, vc não acha que talvez esse " enquadramento" não auxiliaria no " tratamento"? Ou pelo menos, em um ponta pé inicial...? ( Sem claro, como vc bem coloca, definir toda a biografia do sujeito, a partir desse suposto diagnóstico). Apenas uma dúvida que surgiu aqui!
Manu, vc acha que a necessidade do diagnóstico é algo que o desenvolvimento farmacêutico acabou fomentando? Penso que a medicalização da vida e a promessa de "cura" tem muita relação com essa ânsia das pessoas por uma etiqueta.
Tenho impressão que algumas pessoas são hitericas (sintomas de dormência, dores) e compulsivas mas sempre colocam que ou vc é um ou outro. Não é possível ser os dois? Pq? Tenho o mesmo pensamento que vc pq sou histerico e obsessivo... inclusive já fui internado pelos dois...
Talvez esse Ted faça sentido nas suas elaborações: ua-cam.com/video/O_MQr4lHm0c/v-deo.html Essa tentativa de enquadrar, rotular e ficar preso a sintomas pode ser apenas uma muleta para caminhar pela vida. Uma simplificação para justificar e não elaborar, pensar sobre ou mudar atitudes, padrões e comportamentos. E impede a abertura de possibilidades e mudança de história sobre outro ponto de vista.
Freud apresentou muitos casos clínicos de histeria em homens.Essa foi uma das razões em que ele no início foi muito questionado pela psiquiatria da época já que a histeria estava associada ao útero feminino.Podemos dizer que Freud foi quem desvinculou a condição anatômica da estrutura histérica.
Joselle Couto sim!
muitos homens filhos de Maes histrionica ou fruto de uma gravidez turbulenta ???????
@@pink5275, o importante é a culpa ser da mulher, né. 😂 Socorro.
@@HelgaCavoli kkkkkkkk
"A gente nao é um sintoma, a gente é história. "
Viciada no teu trabalho, na tua fala.
Brigada.
Caramba! Que frase linda, verdadeira e carregada de sentido.
Ha pouco tempo tive meu primeiro contato com uma pessoa que estuda psicanálise e achei bacana no começo. Com o tempo via que aquela pessoa não estava sabendo realmente me ouvir, só me encaixar em coisas que leu ou ouviu. Esse processo de contato com esta pessoa me ajudou a entender meus processos, mas, também me ajudou a entender justamente o que você falou no video sobre entender minha história. Somos únicos. Sou do tipo de pessoa que realmente não gosto que me coloquem em uma caixa, nem eu mesma faço isso comigo.
Incluisive por sincronicidade nesta mesma época achei seu canal.
Grata pelos videos diários.
Mas a psicanálise é isso mesmo, é você encontrar suas próprias perguntas.
@@MarcusVinicius-jo2ke Respostas....
"Muda a demanda, muda o sintoma"
Tio Freud em algum momento aí.
Meu ex psicólogo dizia que não podia jamais me dar diagnóstico. Eu imagino que ele fazia isso pois eu ficaria neurótica em cima dele... Lendo e viajando. Meio que presa no diagnóstico.. mas nunca nenhum psicólogo me deu diagnóstico. Foram quase 10 que eu me consultei.. E as vezes conversava com pessoas que tinham diagnósticos de doença, de personalidade e etc.. eu ficava querendo encontrar os meus na internet hahahaha. Mas eu sempre soube que não fazia sentido dar esses nomes. Você me ajudou a fortalecer essa ideia 😊 obrigada !!
OBS: tenho só diagnóstico de TAG/SAG mas quem deu foi o psiquiatra há mtos anos. O mesmo que me deu diagnóstico de TDAH associado ao TAG.. mas nunca levei fé no TDAH.. algo sempre me disse que não tinha nada a ver. Hoje vejo que minha falta de foco e atenção é somente pela ansiedade. Como se eu quisesse fugir daquilo que me agonia. Me sinto muito bem de ter questionado o diagnóstico e ter me observado melhor
Se você vai em clínica, é que algo não vai bem.
E não para ganhar um nominho alemão ou francês do que você tem.
Nenhum analista gosta de psicopatologia. Você tem o direito de ter um psicodiagnóstico. Mas eu e n outros analistas não vamos dar.
Manu, brigada por esse vídeo. Eu faço análise há algum tempo e no início eu tinha mta necessidade de ter um diagnóstico fechado pra enquadrar os processos que eu vivia. Minha analista nunca fez isso e sempre tratou minhas questões com essa perspectiva de construção da história. Acho que faz mto sentido e essa necessidade anterior não me incomoda mais. Só me dei conta disso, vendo seu vídeo. Obrigada.
Oi Manu, bom dia!! Adorei esse vídeo, na verdade eu amo todos. Me identifiquei muito com suas palavras: "como posso ser/ter tudo isso?". Parece que a gente fica querendo se rotular, rotular nossos sintomas e nossa história. Esse video me tranquilizou bastante e aponta para uma necessidade maior de olhar pra minha história e entender melhor como funciono do que entender e rotular meus sintomas. Sou mega fã desse canal
Melhor Black Friday da vida....fiquei com vontade de pagar $! Gratidão pela doação 💖
Bom dia, Manu! Não tem como não concordar contigo. O histórico de cada um impossibilita uma classificação qualquer que seja, a priori. Acho também muito importante a auto análise. A primeira vez que fui a um psicólogo, só eu falei. Ele me fez só uma pergunta e ao final me disse, "você tem a resposta para todos os seus grilos, eu só vou te encaminhar, direcionar". Abraço
" a gente não é sintoma, a gente é história" que forte isso!
Manu, vc não tem ideia do bem que esse vídeo me fez! Desde que fui internada 19 dias em clínicas psiquiátrica em surto psicótico, episódio de mania, havia uma dúvida quanto ao meu diagnóstico, pois tomo muitas medicações devido ao fato de ser transplantada. O diagnóstico foi fechado em "transtorno bipolar", causa provável intoxicação medicamentosa. Mas eu desde então sofro para entender o que aconteceu, pois os sintomas vão e voltam, o medo de enlouquecer de novo é intenso. Muito grata por esse canal.
Acho de grande lucidez teus apontamentos, especialmente em pensar nesses conceitos postos hoje, na nossa contemporaneidade, com leitura crítica ao mesmo tempo que humilde. Seria/é anacrônico também transpormos via copia e cola essas formulações de lá pra cá. O mundo é outro, as pessoas são outras.
"A gente não é sintoma, a gente é história". Por isso respeito a psicanálise, mas acredito na Psicologia Cultural.
Maravilha achei lindo tudo que disse.
Também quebrei a cabeça com isso.. pra entender pessoas com diagnóstico e sintomas confusos como a de uma psicose bipolar mas que também é ansiosa; uma histérica com sintomas ansiosos de muito controle, bem tipico do obsessivo...e assim vai...eu mesma sou um mix e sempre tive pavor da psicose (estudando), uma ansiedade social que superficialmente poderia ser confundida com o espectro autista! Sem falar nos autistas (tomados pela psicanalise como psicóticos) com fobias (histeria) e sintomas obsessivos da pulsão anal como ter oito anos e não deixar a fralda por rigidez mental...
Gosto muito de ouvir o Jorge Forbes sobre a segunda clinica de Lacan que é para onde a psicanalise deverá tomar o rumo para a análise do sujeito de hoje.
Manu, é impressionante a maneira como você consegue tratar dos temas, assisto aos vídeos e nem percebo quanto tempo passou, você consegue tratar de uma maneira muito agradável. Parabéns! Continue com o excelente trabalho.
Eu tenho uma teoria sobre a obsessão na histeria. O neurótico obsessivo tem medo da morte e por isso limita/organiza/controla. A histérica tem medo da morte e por isso se derrama, se entrega, prolonga a existência (obsessão pela não-organização). Será que as crises de Pânico da/o histérica/o não tem relação com o medo de ser atacada/o, já que não controla nada? Em vez de fobia, não são traumas? Penso que talvez histéricos e obsessivos sejam o reflexo um do outro...
Bom dia! Sim, Manu! As coisas não são preto no branco! Hahaha Lembro sempre de uma professora dizendo sobre os traços estruturais, inclusive perversos, que todos possuem em algum nível. E daí eu bem braba fazendo umas perguntas e querendo chegar em um enquadramento. Penso que essa necessidade de entender sobre o que se é, onde se está estruturalmente, possa muitas vezes acontecer por um tentativa de dar conta de uma autonomia que não se tem (claro que levando em conta as pessoas q estão buscando isso e menos dependência do outro.). Tentar se encontrar parece uma tentativa de manejo de si mesmo, uma mistura de auto-cuidado, controle e independência.
Achei ótimo tbm tu ter citado sobre ler e estudar Freud, mesmo tendo ciência das falhas q ele cometeu. Parece q se um teórico tiver feito algumas cagadas, o pensamento dele não deve mais ser levado em conta. "Tu tem que estudar quem estiver sempre, ou quase sempre, certo."
Perfeito!!! Concordo com você, entender como cada um funciona, sua história, seus encontros e desencontros, desejos, fantasias e dores.
Brilhante, como sempre! Obrigada.
Muito obrigado!
Boa tarde Manu! Obrigado pelo vídeo, me esclareceu muito e o que você falou faz muito sentido, e abriu minha mente para não me limitar nas estruturas. Dose Diária fará muito falta, pois abriu um canal de dialogo que muitos precisam, principalmente para nos perceber e perceber o outro. Abraço!
Emanuel, poderia falar mais sobre a culpa? E de como alguém mergulha em culpas ...
Acho uma definição perfeita
Acho que o pior não é nos rotularem, mas usarmos do nosso rótulo para justificar nossas atitudes.
Eu tava mto ansiosa por esse video! Bom dia Manu
Vc nao deu voltas... vc foi bem claro e falou muito bem!!! Adorei o vídeo!
Emanuel, você é a minha dose diária. Mas preciso de muitas doses diárias, trabalhar, fazer desporto, ler, aprender, conhecer. Aprendi com um grande psicanalista português que nada cai do céu. Os sintomas tem uma causa, existe uma causa que provocou o sintoma, se não for de origem química cerebral, é de origem com o exterior a relação com o meio, a interação com tudo o que nos rodeia. Nós seres históricos, e essa história pode ter provocado causa/efeito, é preciso descobrir a raiz do que deu origem ao sintoma. Quando conseguimos descobrir na nossa história a causa do sintoma podemos melhorar dos sintomas, alguns até podem ser curados, outros podem estar à espreita e quando algo do presente nos faz lembrar algo do passado o sintoma pode vir à tona. Acredito que muitos sintomas podem ser curados se forem descobertos a origem que os provocou, de outra forma também acho difícil curar alguns sintomas que ficaram gravados na nossa memória. Há traumas muito difíceis de curar, fobias, o nosso cérebro gravou isso na nossa estrutura psicológica e essa estrutura psicológica nem sempre conseguimos reestruturá-la, é como se fossemos reestruturar todo o esqueleto humano, não é que seja impossível, mas é muito difícil. A história, é a base de tudo. Todas as suas fobias Emanuel, contam uma história. E se contasse qual foi a sua história, qual foram as causas das suas fobias, isso seria um ato de coragem, e quem sabe talvez algumas dessas fobias fossem superadas aqui connosco. Eu conto uma história. Mas posso mudar, se na narrativa da minha história tiver outras narrativas diferentes daquela que causou muitas debilidades, fobias, traumas. Depois de entrar no mundo do inconsciente, no mundo que nos ensina os porquês, de sermos de uma forma e não de outra, acredito que podemos mudar. Eu, conto uma história. Eu sou um livro, e no nosso livro temos muitas narrativas.
Essa é a propria ideia de conceito na filosofia hoje. Ele não corresponde a realidade, mas é um instrumento de interpretação que tem que ser entendido assim, por isso tem de ser constantemente revistos e eventualmente discartados. A tipologia moral de Nietzsche é do mesmo modo. Ele fala em Moral do fortes e Moral dos fracos, mas deixa claro que ninguem corresponde a um tipo moral ideal. São só conceitos abstratos, mas eventualmente uteis. O mesmo se da na tipologia social de Max Weber, mas esse eu nunca li
Bom dia , Manú ! Concordo muito q colocar uma etiqueta nos encerra dentro dos “tipos puros” q são apenas uma metáfora ( e um recurso didático ) de como cada um de nós dá conta de seu desejo e de sua elaboração da falta . Nossas subjetividades , nossos “ estares no mundo “ são absolutamente singulares !! As teorias nos ajudam a pensar , são úteis como ferramentas pra cada caso . Porisso é tão difícil generalizar sobre encontros amorosos . Cada casal é um casal ! O q podemos ajudar é ver o quanto esse encontro é destrutivo pra cada um e pros frutos desse encontro ( filhos , projetos ) ou criativo, vital , erótico ( de Eros como vida) e apaziguado. Divergências , discussões , atritos são inevitáveis e podem ser dissolvidos pela conversa ou exacerbados e letais pela mesma conversa ... definir isto pela elaboração de cada um e muitas vezes por um terapeuta de casal é necessário para q se possa sair de um enlace destrutivo ... bjos pra vc e todos do canal 😘
Que vídeo incrível, me ajudou a ligar muitas pontas soltas aqui, obrigadaa
Cada vídeo que vejo seu me encanto mais! Que elaboração e que comunicação!!
Realmente tem muito da sua opinião
Muito bom... esclarecedor
Parabéns pela clareza
Vc me ajudou muito
E hoje eu ajudei várias amigas
Muito obrigado
Seja sempre luz
No fim de um tunel
Muito bom o seu vídeo, um bom tema para refletir... penso que classificar, julgar, nomear é algo essencial para podermos escutar o sujeito na sua subjetividade, já que, no nosso funcionamento mental e psíquico, isso faz parte dos nossos processos psicológicos básicos e cognitivos de sobrevivência e de ser no mundo. Já rotular o sujeito baseado apenas em características e aspectos dos tipos de personalidade, pode ser algo limitador e pobre. Daí a necessidade do estudo, da preparação, do exercício da escuta analítica, da análise pessoal e da supervisão, para o exercício da clinica. Gosto quando você olha para o sintoma como talvez um ponto focal para uma suposta hipótese diagnóstica da escuta e da abordagem clinica. A psicanálise desde Freud vem ampliando seus conceitos e todos ganhamos com as possibilidades dos novos tipos de abordagem, como por exemplo a psicoterapia breve psicanalítica onde o enquadre do sujeito é algo necessário e primordial para que o processo analítico aconteça.
Perfeito!
Sensacional ❤
Oi, Manu. Acho que uma questão que pesa é que, culturalmente, nós QUEREMOS fazer parte de um grupo, seja ele qual for. Quando alguém recebe um diagnóstico, ele pode "terceirizar" a culpa daquele comportamento e ainda se encaixar em um padrão, saber que não é o único. Faz sentido?
Para mim fez sentido, além disso, é uma tentativa de racionalização para entender nossos conflitos e angústias e uma tentativa de controlar os sintomas.
“ A gente não é sintoma, a gente é história. “ Obg, Manu! Estou para começar a autoescrita logo logo.
Concordo plenamente
manu, faz sentido pro analista né, pra elaborar uma maneira de intervir. é por isso que não é comum que a gente saia distribuindo "diagnósticos", não é producente pro paciente, pro paciente é interessante olhar pra sua própria história como você disse.
Pelo o que vi em psicopatologia, quando a pessoa apresenta fobia à muitas coisas diferentes já não se trata de uma fobia, porque a fobia necessariamente se instala em um objeto específico, que não existe nesse caso - tudo trazia ansiedade: altura, lugar aberto, lugar fechado etc. Me parece mais um transtorno de pânico mesmo, o que também explicariam os sintomas fisiológicos somatoformes e não está totalmente fora da neurose obsessiva já que a própria obsessão causa a ansiedade e o pânico.
Os homens iam em menor quantidade a clinica de Freud, talvez por isso, a associação de algumas estruturas com o feminino.
E como sair dessa repetição obssessiva?
" sádico e histérica " Será esse o motivo da violência contra a mulher?
eu mesma chegando nesse video com a certeza que sairia dele pensando: "viu, maria, você é histérica, sabia!". no final, silêncio... é, manu. valeu.
Muito legal essa questão da tentativa de não ficar categorizando o sujeito como isso, aquilo, assado, porque o sujeito é muito mais do que só uma estrutura fechada, e sim , passamos a negligenciar certos aspectos dele e de sua história quando fazemos essa categorização de Fóbico, Histérico e fechamos numa caixa.
É interessante até como você mesmo disse, que tinha sintomas fóbicos, depois histéricos, eu também me compadeço disso, achava que era algo, depois outra coisa e no fim, vemos que todos sujeitos tem um pouco de cada, até como J. D-Nasio fala isso no seu livro sobre o Édipo, o sujeito sempre vai ter associado 2 ou 3 sistemas, sejam eles a Fobia, Obsessão e a Histeria, sempre vão estar ligados de forma que pode sim, haver um dominante, porém também um secundário ou até mesmo não haver dominante e o sujeito apresentar os 3 sistemas.
Bom, no fim é a não categorização que vai nos permitir olhar para o sujeito de uma forma mais Humana e poder estar trabalhando com ele, ajudando ele a lidar com suas questões e angústias, considerando sua história de vida, trajeto e sentimentos para uma vida saudável e com um qualidade mental boa. Obrigado pelo vídeo, e um espaço para uma melhor elaboração e crescimento como profissional da área, ABRÇSS.
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼😻 que baita aula.
Exatamente! Detesto rótulos... Às vezes foi só um momento, uma fase de "sintomas" ou histeria, porém por trás disto, vai muito mais além, no decorrer de toda minha estória de vida...
Manu... ouvindo-te pensei na diferença entre estrutura e sintoma.
emanuel aragao vc é TUDOOOOOOOOOOOOOOOO
Manu, fiquei com uma dúvida. Eu havia aprendido até aqui, que a gente entende a estrutura para poder justamente entender o comportamento e assim tratar cada pessoa de acordo com os traços que vão aparecendo. Então como seria o raciocínio clínico pensando nessa perspectiva?
O expositor parece confundir conversão histérica e somatização, quando o exemplo pessoal foi dado. A vinculação da estrutura não é direta com o sintoma, como foi colocado. Há que escutar no discurso do paciente, sob transferencia, o posição desse sujeito perante ao desejo e a falta.
Fiquei com uma sensação de estar lendo horóscopo "a mulher de virgem combina com o homem de touro..."
Estereótipos, né. 😂
Os sintomas não mudaram desde os primeiros inscritos de Freud , o que mudou foi a forma de abordar . A psicanálise foi se modernizando com relação a isso .
Nota 1000 é pouco. Muito bom!
Manu você é foda!🖤 E tenho dito!
Gostaria de colocar uma questão, concordo plenamente quando diz que esse enquadramento em relação ao outro ( sintomas) é simplicar muito!
Porém, vc não acha que talvez esse " enquadramento" não auxiliaria no " tratamento"?
Ou pelo menos, em um ponta pé inicial...? ( Sem claro, como vc bem coloca, definir toda a biografia do sujeito, a partir desse suposto diagnóstico).
Apenas uma dúvida que surgiu aqui!
Juliana de Paula claro. Mas eu acho que eu disse isso. Não?
@@floremanu, sim, falou.
Falou!! 😊
Moçadinha, já entendi q ele falou!😉
Amei 🥰
Culpa de que?
Manu, vc acha que a necessidade do diagnóstico é algo que o desenvolvimento farmacêutico acabou fomentando? Penso que a medicalização da vida e a promessa de "cura" tem muita relação com essa ânsia das pessoas por uma etiqueta.
Tenho impressão que algumas pessoas são hitericas (sintomas de dormência, dores) e compulsivas mas sempre colocam que ou vc é um ou outro. Não é possível ser os dois? Pq? Tenho o mesmo pensamento que vc pq sou histerico e obsessivo... inclusive já fui internado pelos dois...
vc é ótimo!
Meu pai e calado e obsessivo tímido.
nao ta muito simples compreender
Manu, eu não entendi o sentido de histérica. Pode ser mais claro quanto a isso?
Hummm
por favor, não acaba com o dose diária no ano que vem!!! ❤️
Talvez esse Ted faça sentido nas suas elaborações: ua-cam.com/video/O_MQr4lHm0c/v-deo.html
Essa tentativa de enquadrar, rotular e ficar preso a sintomas pode ser apenas uma muleta para caminhar pela vida. Uma simplificação para justificar e não elaborar, pensar sobre ou mudar atitudes, padrões e comportamentos.
E impede a abertura de possibilidades e mudança de história sobre outro ponto de vista.
👏
💙💙💙
putssssss boa
Histérica e a manipuladora obssessiva, minha mãe e super histérica!
Falou, falou e não disse nada.