Paranoia - Geografando 34

Quais os novos rumos para geografia? Há tempos a teoria crítica pensa em conjunto com a psicanalise. Teoricos como Adorno, Horkheimer, entre outros, foram capazes de perceber a potencialidade crítica da psicanálise. A geografia por outro lado parece estagnada em antigas discussões. Como colocado por Claudé Raffestin, Ratzel não se chocaria ao abrir hoje um livro de geografia e encontrar seus mesmos conceitos sendo discutidos.
Vindo de um percurso que busca associar geografia e psicanálise, buscamos nos atentar a suas potencialidades críticas.
No vídeo de hoje debatemos o conceito de paranoia, buscando suas relações para o pensamento geografico. Retornamos assim ao famoso Caso Schreber, importante estudo de caso de Freud para pensar a paranoia em relação as suas especificidades para as formações sociais-espaciais contemporâneas.
Como destacado por Adorno em sua psicologia social, a paranoia é elemento central para compreender o século XX. Será que este conteúdo se mantém no século XXI?
E o bolsonarismo, trata-se de um movimento conduzido pela paranoia acerca da homossexualidade? Quais os contornos específicos da paranoia no bolsonarismo? Para isso retornamos à clássica formalção freudiana: eu não o amo - ele me ama - por isso eu o odeio. O que foi recalcado do consciente retorna como perseguição no inconsciente.
Para essas e outras questões, segue o vídeo.