Eu concordo com tudo o que a professora diz, mas ela esqueceu-se de explicar a cena de abertura do filme, que se passa durante a Festa da Tomatina, realizada na cidade de Buñol, em Valência, Espanha! Aliás, numa das primeiras cenas do filme, ela está sentada numa agência de viagens e, na parede, está pendurado um cartaz referente a esta festa espanhola, onde se lê Buñol! A festa consiste no arremesso de tomates entre os participantes e, pelos vistos, Eva, durante as suas viagens, também lá esteve, antes de se casar! Nesta cena inicial, os tomates têm o aspeto de sangue, e é tanto uma recordação, quanto uma antecipação ao que se vai passar na sua vida futura: uma vida marcada pelo terror do vermelho que o sangue significa! E, na Festa da Tomatina, a semelhança entre o sangue e o tomate, totalmente esmagado, é tremenda! Esta festa é um autêntico filme de terror, e a comparação é perfeita Excelente! Quanto ao restante filme, a explicação é-nos dada no final! Kevin, apesar de saber que é um psicopata, ama a sua mãe, da forma como um psicopata pode amar! Talvez aqui se consiga entender se existe amor no filme! Por que razão Kevin defende a mãe sobre o seu braço partido e todas as sua atitudes autênticas perante ela? Ele ama a mãe, sim, mais do que tudo na vida! Ele quer, apenas, chamar a atenção dela - de uma forma completamente exagerada -, mas é o seu amor por ela que faz com que ele reaja desta forma! E, após ver uma discussão entre Eva e Franklin, e ao perceber o possível sofrimento da mãe, Kevin pensa em “salvá-la” de todo o mal possível! Por mais que a sua cabeça não trabalhe direito, por causa do seu distúrbio psicótico, Kevin faz o que faz, para chamar a atenção e proteger quem ele mais ama: a sua mãe! E, no fim, ele tem aquilo que sempre quis ter! Ter a mãe só para si! A luta entre a sua doença (indiferença e falta de empatia) e o seu amor pela mãe, é uma batalha que ocorre somente na sua mente psicótica! Por fim, ambos ficam completamente sós, e à margem da sociedade; só resta o amor que os une! E é a descoberta deste amor que faz com que Eva, finalmente, encontre a paz, ao abandonar a cadeia, e ao sair por uma porta cheia de LUZ (símbolo de paz e liberdade)! Tudo está explicado! O elo entre uma mãe e um filho é indissociável, mesmo sendo este um psicopata! Desculpem por eu escrever muito! Eu sou assim mesmo! Parabém pelo vídeo e curtam o filme, pois é uma joia cinematográfica! Bjs de Portugal a todos!
Uau!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Amei a sua análise! Concordo totalmente com a leitura que fez da primeira cena. Se morasse no Brasil, te chamaria para palestrar comigo!
A cena inicial da festa do tomate é, também, uma metáfora do sangue do parto, da condição HUMANA de dar a luz submetida a dor, sangue e violenta mudança de ideais, às vezes parece uma alegoria do inferno. O filme é um alerta sobre a falácia do "natural desejo de maternidade". A incredulidade da mãe em descobrir que Kevin pressentia a falta de amor dela, é que a faz levar um tapa no rosto e dizer que mereceu. Usem camisinha.
Sim, este filme é muito angustiante, mesmo para quem não é mãe. O livro que o originou mexeu muito comigo. Acho que fiquei meio estranha por uns dois dias depois de lê-lo.
Ainda não, mas amo este filme. Amo de paixão! Em um evento que organizei ( o que analisei Cisne negro e Precisamos falar sobre o Kevin, um aluno brilhante meu o analisou). Se vc tiver interesse em ver a palestra dele , te passo o link. Quem sabe , num futuro próximo , não faço também a análise deste filme?
eu assisti esse filme ontem e fiquei pensativa . . . pensativa . . . mesmo! não posso falar muito por que eu estaria me expondo aqui pra desconhecido. . mas o filme me tocou. passei o pensando nisso. eu não estudo psicologia. . . nem entendo. sei de mim. ou penso que sei , na verdade . . . e é esse filme me deu medo. muito medo ..
Sim, ele é muito assustador. Eu li o livro também e fui tomada por uma grande melancolia. Mas acho que é uma leitura fundamental, principalmente para aqueles que pensam em ter filhos , mas possuem dúvidas.
Oi!!! Cinema e Psicanálise é a minha paixão... excelente análise!! Gostaria de perguntar sobre dois aspectos, o primeiro relaciona-se à rejeição do pai pela menina, que foi uma espécie de vislumbre, ao menos, de salvação para a mãe... e outra, lendo o livro, fica claro que já mais para o final, a Eva se permite pensar novamente em exercer sua libido junto ao marido, pensando nele, desejando-o, acho que como nunca o havia desejado antes... pois ela de certa forma o rejeitava antes mesmo de rejeitar o Kevin, porque o casamento e principalmente um filho significavam a perda da liberdade e da autonomia que ela tanto prezava. Como explicar esse retorno à libido? Vou continuar acompanhando suas análises!! Bjs!!
Nossa , Patrícia! Seu comentário é altamente complexo. Espero conseguir respondê-lo. Sim, a menina foi rejeitada pelo pai, o que permitiu um espaço maior à Eva em relação à filha. Ela se fez mãe com a filha. Numa análise mais simples, podemos deduzir que Franklin amava o kevin pois ele era dissimulado com o pai. Num segundo momento, podemos pensar que o pai precisava amar excessivamente o Kevin pois a mãe não o amava. Ele precisava preencher uma lacuna. De certa forma , o pai cumpriu a função materna em relação ao Kevin. Materna no sentido de respaldá-lo e acarinhá-lo. Sobre a segunda questão, em minha opinião, a Eva sempre amou e desejou o marido. A rotina tumultuada com o filho a afastou do marido, mas acho que ela nunca deixou de querê-lo. Não me parece que o casamentou tirou a liberdade de Eva. Me parece que foi a maternidade que a impediu de ser ela mesma. Acho que Eva se enquadra numa categoria feminina que se realiza por meio da parceria afetiva. Ela amava viajar e trabalhar , mas ao mesmo tempo, ela também queria um parceiro para acompanhá-la. Talvez, a a insistência do marido em criar um ambiente tipicamente familiar, tenha dado a impressão de que Franklin também a aborrecia. Não sei se consegui te responder RS
Com certeza Sílvia! Faz muito tempo que li o livro e assisti ao filme... algumas impressões minhas devem estar um pouco desfocadas por conta da memória distante. Obrigada por esclarecer!! Gente, como adoro essas análises rs... até a próxima!!
Eu li o livro no segundo semestre de 2015 e vi o filme pela última vez recentemente, mas talvez , a errada seja eu rsrs ou talvez não haja uma interpretação tão fechada...amo este tipo de obra que nos faz pensar! Grata pelos comentários!
Prof. Sílvia Marques, acabei de assistir o filme e realmente é muita coisa pra processar. Gostaria de saber se da pra definir qual era o real transtorno do Kevin. Outra coisa que me deixou muito apreensiva foi que ele não era corrigido quando fazia algo ruim (exceto quando a mãe quebrou o braço dele). Corrigido eu digo no sentido de explicar que era errado e as consequências dos atos dele e não de explodir do jeito que ela explodiu, claro. Outra cena que me chamou bastante atenção foi a de carinho dele com a mãe. Pareceu muito sincera. Será que ele se esforçava pra esconder aquele sentimento ou foi algo so momentâneo mesmo? Outra coisa é essa característica dele de provocar a mãe e mostrar pra ela que ele sabe jogar o jogo dela, mas joga somente quando quer. Tem várias cenas que mostram isso, como a que ele joga a bola pra ela uma vez e depois se recusa ou então quando ele mostra que sabe contar mas não responde as perguntas feitas por ela corretamente. Seria uma forma de desafia-la ou apenas um jeito de mostrar que ele gosta de controlar toda a situação? Geralmente dizem que psicopatas não sentem arrependimento (não sei se é totalmente verdade) mas Kevin parece se arrepender no final do filme quando diz que não tem mais certeza do real motivo de ter feito aquilo e se mostra preocupado em ir para uma prisão diferente. Teria alguma explicação? Parabéns pelo vídeo e muito obrigada por compartilha-lo com a gente. Desculpas por esse monte de perguntas haha esse filme realmente mexeu comigo!!
Olá Sarah! O Kevin é um psicopata. Em Psicanálise , nominamos os psicopatas como perversos. Eles são imunes à Psicanálise porque não sofrem com a culpa como os psicóticos e principalmente os neuróticos sofrem. Pelo filme e pelo livro também, o Kevin parece amar a mãe , mas de um jeito torto , doentio. Ele obviamente quer a atenção materna , Eva é o único ser que ele realmente deseja que olhe com carinho para ele. Por outro lado, parece incapaz de sentir amor. Os psicopatas se apaixonam, se sentem atraídos, porém, não conseguem sentir nenhum tipo de altruísmo. Quando Eva quebra o seu braço , ela não pretende ensiná-lo. Ela se enfurece , perde a cabeça e age no impulso. Por isso, aquele momento foi tão especial para Kevin: pois foi um momento sincero. Eva tenta cuidar bem do filho mesmo sem amá-lo. Mas me parece que ela não sabe exatamente como ensinar. Ela está completamente perdida na função de mãe e é este elemento que mais me encanta na trama. Quando Kevin adoece , ele se fragiliza. Talvez , por esta razão, ele baixe um pouco a guarda em relação à Eva. Sobre o arrependimento no final, podemos pensar que Kevin está mal porque suas atitudes levaram à consequências graves para ele mesmo. Podemos pensar também na possibilidade de um profundo tédio. A carnificina que trouxe uma emoção para Kevin perdeu o seu efeito com o decorrer do tempo na prisão. Psicopatas são incapazes de sentir culpa e amor, mas talvez possam sentir em uma medida muito pequena algum tipo de afeto , mesmo que superfical e passageiro. Espero ter conseguido responder bem às suas perguntas!
Ótimo, todos nós da área da saúde sabemos que pele e pela mãe e filho melhora o vínculo entre eles, amamentação também, ela era uma mulher muito distante, e nos pequenos detalhes perceber que ela contribuir para a personalidade dele. Parabéns, finalmente uma pessoa entendeu a Idea que o filme quis passar! Boa análise.
Tem a parte do divórcio dos pais, onde mostra descontentamento do Kevin e a partir daí o gatilho para a morte dos alunos, pai e irmã, para obter a presença da mãe.
Professora, uma dúvida: há casos de Transtorno de conduta que na falta de intervenção terapêutica transformam-se em Psicopatia, ou, no caso da Psicopatia, todos já nascem com a doença?
A sua pergunta é super interessante , mas não possui uma resposta fechada. Talvez, por isso mesmo seja tão interessante. Existe muita controvérsia na área médica. Alguns psiquiatras e psicólogos defendem a ideia de que a psicopatia é genética apenas. Outros profissionais dizem que é uma combinação de fatores genéticos e traumas , condições ambientais...inclusive , tem profissionais que distinguem psicopatia de sociopatia, colocando a primeira como algo genético. A pessoa nasce psicopata. A segunda é vista como decorrência de um trauma muito grande como um abuso sexual ou a convivência com pessoas muito violentas...
Com a temática da psicopatia ou com a temática do mito do amor materno? Se vc curtiu assistir Precisamos falar sobre o Kevin, talvez vc goste de ver The Babadock!
O final deste filme é um soco no estômago. Um dos desfechos mais comoventes que já vi. Kevin destruiu a vida da mãe integralmente. Tirou dela tudo o que ela amava: o marido, a filha, a carreira , a vida financeira confortável, a reputação, a paz de espírito. Me parece que ele fez isso para ter a mãe somente para ele. Sem nada e sem ninguém, Eva teria que voltar os olhos para ele. E no final, quando Eva e Kevin se abraçam, eles finalmente se encontram como mãe e filho.
Nem sobre ela arriscar ter um filho. Pois o marido dela antes deles terem relação pergunta: isso não é arriscado? Você tem certeza disso? Por que Eva agiu sabendo que iria engravidar e depois odiou a gravidez? Eu quero uma análise disso.
Thaís, se vc for de Sampa , no dia 16 de Julho, darei uma palestra mais aprofundada sobre este filme na Casa do Saber. O evento é gratuito. Esta pergunta que vc me fez será uma das questões mais trabalhadas na palestra. Por que fazemos o que não queremos?
![Дон ДОН, Алаудинов и СБЕЖАВШИЕ из под Курска ахматовцы 😁 [Пародия]](http://i.ytimg.com/vi/dEfCf5IK26Q/mqdefault.jpg)
Eu concordo com tudo o que a professora diz, mas ela esqueceu-se de explicar a cena de abertura do filme, que se passa durante a Festa da Tomatina, realizada na cidade de Buñol, em Valência, Espanha! Aliás, numa das primeiras cenas do filme, ela está sentada numa agência de viagens e, na parede, está pendurado um cartaz referente a esta festa espanhola, onde se lê Buñol! A festa consiste no arremesso de tomates entre os participantes e, pelos vistos, Eva, durante as suas viagens, também lá esteve, antes de se casar! Nesta cena inicial, os tomates têm o aspeto de sangue, e é tanto uma recordação, quanto uma antecipação ao que se vai passar na sua vida futura: uma vida marcada pelo terror do vermelho que o sangue significa! E, na Festa da Tomatina, a semelhança entre o sangue e o tomate, totalmente esmagado, é tremenda! Esta festa é um autêntico filme de terror, e a comparação é perfeita Excelente! Quanto ao restante filme, a explicação é-nos dada no final! Kevin, apesar de saber que é um psicopata, ama a sua mãe, da forma como um psicopata pode amar! Talvez aqui se consiga entender se existe amor no filme! Por que razão Kevin defende a mãe sobre o seu braço partido e todas as sua atitudes autênticas perante ela? Ele ama a mãe, sim, mais do que tudo na vida! Ele quer, apenas, chamar a atenção dela - de uma forma completamente exagerada -, mas é o seu amor por ela que faz com que ele reaja desta forma! E, após ver uma discussão entre Eva e Franklin, e ao perceber o possível sofrimento da mãe, Kevin pensa em “salvá-la” de todo o mal possível! Por mais que a sua cabeça não trabalhe direito, por causa do seu distúrbio psicótico, Kevin faz o que faz, para chamar a atenção e proteger quem ele mais ama: a sua mãe! E, no fim, ele tem aquilo que sempre quis ter! Ter a mãe só para si! A luta entre a sua doença (indiferença e falta de empatia) e o seu amor pela mãe, é uma batalha que ocorre somente na sua mente psicótica! Por fim, ambos ficam completamente sós, e à margem da sociedade; só resta o amor que os une! E é a descoberta deste amor que faz com que Eva, finalmente, encontre a paz, ao abandonar a cadeia, e ao sair por uma porta cheia de LUZ (símbolo de paz e liberdade)! Tudo está explicado! O elo entre uma mãe e um filho é indissociável, mesmo sendo este um psicopata! Desculpem por eu escrever muito! Eu sou assim mesmo! Parabém pelo vídeo e curtam o filme, pois é uma joia cinematográfica! Bjs de Portugal a todos!
Uau!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Amei a sua análise! Concordo totalmente com a leitura que fez da primeira cena. Se morasse no Brasil, te chamaria para palestrar comigo!
A cena inicial da festa do tomate é, também, uma metáfora do sangue do parto, da condição HUMANA de dar a luz submetida a dor, sangue e violenta mudança de ideais, às vezes parece uma alegoria do inferno. O filme é um alerta sobre a falácia do "natural desejo de maternidade". A incredulidade da mãe em descobrir que Kevin pressentia a falta de amor dela, é que a faz levar um tapa no rosto e dizer que mereceu. Usem camisinha.
Melhor interpretação do livro-filme. Parabéns , obrigado.
Sou eu que agradeço o comentário!
Esse filme, realmente para mim, foi daqueles que senti a angústia da personagem (a mãe)... Um misto de culpa e desespero. Tenso.
Sim, este filme é muito angustiante, mesmo para quem não é mãe. O livro que o originou mexeu muito comigo. Acho que fiquei meio estranha por uns dois dias depois de lê-lo.
Já analisou a pele que hábito? Gostaria de ver sua análise
Ainda não, mas amo este filme. Amo de paixão! Em um evento que organizei ( o que analisei Cisne negro e Precisamos falar sobre o Kevin, um aluno brilhante meu o analisou). Se vc tiver interesse em ver a palestra dele , te passo o link. Quem sabe , num futuro próximo , não faço também a análise deste filme?
Sílvia Marques Garota desbocada se puder me passe o link, obrigada.
Envio o link da página do Facebook com esta e outras palestras e textos sobre Cinema e Psicanálise.
facebook.com/freudfilmes/
É capaz que essa análise Seja a mais importante da minha vida, Obrigada.
Que lindo elogio!
eu assisti esse filme ontem e fiquei pensativa . . .
pensativa . . . mesmo! não posso falar muito por que eu estaria me expondo aqui pra desconhecido. . mas o filme me tocou. passei o pensando nisso.
eu não estudo psicologia. . . nem entendo. sei de mim. ou penso que sei , na verdade . . . e é esse filme me deu medo. muito medo ..
Sim, ele é muito assustador. Eu li o livro também e fui tomada por uma grande melancolia. Mas acho que é uma leitura fundamental, principalmente para aqueles que pensam em ter filhos , mas possuem dúvidas.
Oi!!! Cinema e Psicanálise é a minha paixão... excelente análise!! Gostaria de perguntar sobre dois aspectos, o primeiro relaciona-se à rejeição do pai pela menina, que foi uma espécie de vislumbre, ao menos, de salvação para a mãe... e outra, lendo o livro, fica claro que já mais para o final, a Eva se permite pensar novamente em exercer sua libido junto ao marido, pensando nele, desejando-o, acho que como nunca o havia desejado antes... pois ela de certa forma o rejeitava antes mesmo de rejeitar o Kevin, porque o casamento e principalmente um filho significavam a perda da liberdade e da autonomia que ela tanto prezava. Como explicar esse retorno à libido?
Vou continuar acompanhando suas análises!!
Bjs!!
Nossa , Patrícia! Seu comentário é altamente complexo. Espero conseguir respondê-lo. Sim, a menina foi rejeitada pelo pai, o que permitiu um espaço maior à Eva em relação à filha. Ela se fez mãe com a filha. Numa análise mais simples, podemos deduzir que Franklin amava o kevin pois ele era dissimulado com o pai. Num segundo momento, podemos pensar que o pai precisava amar excessivamente o Kevin pois a mãe não o amava. Ele precisava preencher uma lacuna. De certa forma , o pai cumpriu a função materna em relação ao Kevin. Materna no sentido de respaldá-lo e acarinhá-lo. Sobre a segunda questão, em minha opinião, a Eva sempre amou e desejou o marido. A rotina tumultuada com o filho a afastou do marido, mas acho que ela nunca deixou de querê-lo. Não me parece que o casamentou tirou a liberdade de Eva. Me parece que foi a maternidade que a impediu de ser ela mesma. Acho que Eva se enquadra numa categoria feminina que se realiza por meio da parceria afetiva. Ela amava viajar e trabalhar , mas ao mesmo tempo, ela também queria um parceiro para acompanhá-la. Talvez, a a insistência do marido em criar um ambiente tipicamente familiar, tenha dado a impressão de que Franklin também a aborrecia. Não sei se consegui te responder RS
Com certeza Sílvia! Faz muito tempo que li o livro e assisti ao filme... algumas impressões minhas devem estar um pouco desfocadas por conta da memória distante. Obrigada por esclarecer!! Gente, como adoro essas análises rs... até a próxima!!
Eu li o livro no segundo semestre de 2015 e vi o filme pela última vez recentemente, mas talvez , a errada seja eu rsrs ou talvez não haja uma interpretação tão fechada...amo este tipo de obra que nos faz pensar! Grata pelos comentários!
Melhor explicação!!
Obrigada, Franciene!
Muito massa. Adoro esse filme e livro. Adoraria participar de uma aula dessa. O problema é que eu iria perguntar demais! 🤣
RSRSRSRSRSRS
Me inscrevi no canal pq vejo como ela fala sobre todos os filmes e séries pelos quais me interesso!
Volta a postar vídeos, Prof. Please!!!!!!!!!!! Nunca te pedi nada
RSRSRS Coloquei três esta semana!
AMEEIII ❤❤❤ Posta mais ❤
Obrigada, Rayanne! Esta semana publicarei palestras sobre Black Mirror!
Sílvia Marques Garota desbocada AEEE ❤
Prof. Sílvia Marques, acabei de assistir o filme e realmente é muita coisa pra processar. Gostaria de saber se da pra definir qual era o real transtorno do Kevin. Outra coisa que me deixou muito apreensiva foi que ele não era corrigido quando fazia algo ruim (exceto quando a mãe quebrou o braço dele). Corrigido eu digo no sentido de explicar que era errado e as consequências dos atos dele e não de explodir do jeito que ela explodiu, claro. Outra cena que me chamou bastante atenção foi a de carinho dele com a mãe. Pareceu muito sincera. Será que ele se esforçava pra esconder aquele sentimento ou foi algo so momentâneo mesmo? Outra coisa é essa característica dele de provocar a mãe e mostrar pra ela que ele sabe jogar o jogo dela, mas joga somente quando quer. Tem várias cenas que mostram isso, como a que ele joga a bola pra ela uma vez e depois se recusa ou então quando ele mostra que sabe contar mas não responde as perguntas feitas por ela corretamente. Seria uma forma de desafia-la ou apenas um jeito de mostrar que ele gosta de controlar toda a situação?
Geralmente dizem que psicopatas não sentem arrependimento (não sei se é totalmente verdade) mas Kevin parece se arrepender no final do filme quando diz que não tem mais certeza do real motivo de ter feito aquilo e se mostra preocupado em ir para uma prisão diferente. Teria alguma explicação?
Parabéns pelo vídeo e muito obrigada por compartilha-lo com a gente. Desculpas por esse monte de perguntas haha esse filme realmente mexeu comigo!!
Olá Sarah! O Kevin é um psicopata. Em Psicanálise , nominamos os psicopatas como perversos. Eles são imunes à Psicanálise porque não sofrem com a culpa como os psicóticos e principalmente os neuróticos sofrem. Pelo filme e pelo livro também, o Kevin parece amar a mãe , mas de um jeito torto , doentio. Ele obviamente quer a atenção materna , Eva é o único ser que ele realmente deseja que olhe com carinho para ele. Por outro lado, parece incapaz de sentir amor. Os psicopatas se apaixonam, se sentem atraídos, porém, não conseguem sentir nenhum tipo de altruísmo. Quando Eva quebra o seu braço , ela não pretende ensiná-lo. Ela se enfurece , perde a cabeça e age no impulso. Por isso, aquele momento foi tão especial para Kevin: pois foi um momento sincero. Eva tenta cuidar bem do filho mesmo sem amá-lo. Mas me parece que ela não sabe exatamente como ensinar. Ela está completamente perdida na função de mãe e é este elemento que mais me encanta na trama. Quando Kevin adoece , ele se fragiliza. Talvez , por esta razão, ele baixe um pouco a guarda em relação à Eva. Sobre o arrependimento no final, podemos pensar que Kevin está mal porque suas atitudes levaram à consequências graves para ele mesmo. Podemos pensar também na possibilidade de um profundo tédio. A carnificina que trouxe uma emoção para Kevin perdeu o seu efeito com o decorrer do tempo na prisão. Psicopatas são incapazes de sentir culpa e amor, mas talvez possam sentir em uma medida muito pequena algum tipo de afeto , mesmo que superfical e passageiro. Espero ter conseguido responder bem às suas perguntas!
Ótimo, todos nós da área da saúde sabemos que pele e pela mãe e filho melhora o vínculo entre eles, amamentação também, ela era uma mulher muito distante, e nos pequenos detalhes perceber que ela contribuir para a personalidade dele. Parabéns, finalmente uma pessoa entendeu a Idea que o filme quis passar! Boa análise.
Grata pelo comentário! Vc disse que é da área da Saúde. Qual é a sua profissão?
Estudante de enfermagem :)
O vermelho da Geleia...
Muito boa análise, parabéns.
Obrigada!
Tem a parte do divórcio dos pais, onde mostra descontentamento do Kevin e a partir daí o gatilho para a morte dos alunos, pai e irmã, para obter a presença da mãe.
Amei !!!!!
Obrigada!
Amei, faz mais vídeos por favor
Já postei três vídeos esta semana!
Ela não queria ser mãe. Não queria amar o filho.
Professora, uma dúvida: há casos de Transtorno de conduta que na falta de intervenção terapêutica transformam-se em Psicopatia, ou, no caso da Psicopatia, todos já nascem com a doença?
A sua pergunta é super interessante , mas não possui uma resposta fechada. Talvez, por isso mesmo seja tão interessante. Existe muita controvérsia na área médica. Alguns psiquiatras e psicólogos defendem a ideia de que a psicopatia é genética apenas. Outros profissionais dizem que é uma combinação de fatores genéticos e traumas , condições ambientais...inclusive , tem profissionais que distinguem psicopatia de sociopatia, colocando a primeira como algo genético. A pessoa nasce psicopata. A segunda é vista como decorrência de um trauma muito grande como um abuso sexual ou a convivência com pessoas muito violentas...
Sinceramente , tenho medo de pessoas como o Kelvin!
Ele é realmente assustador!
adorei , +1 inscrita
Obrigada! Seja bem vinda!
alguém me indica livros com a mesma temática please ...
Com a temática da psicopatia ou com a temática do mito do amor materno? Se vc curtiu assistir Precisamos falar sobre o Kevin, talvez vc goste de ver The Babadock!
Queria analise do final =(
O final deste filme é um soco no estômago. Um dos desfechos mais comoventes que já vi. Kevin destruiu a vida da mãe integralmente. Tirou dela tudo o que ela amava: o marido, a filha, a carreira , a vida financeira confortável, a reputação, a paz de espírito. Me parece que ele fez isso para ter a mãe somente para ele. Sem nada e sem ninguém, Eva teria que voltar os olhos para ele. E no final, quando Eva e Kevin se abraçam, eles finalmente se encontram como mãe e filho.
e as flexas? não era uma paixão?
É um ponto de vista RS
Gostei mto da análise dela
Obrigada, Kelvia!
A professora não diz nada sobre a mãe tentar impedir dele nascer.
Nem sobre ela arriscar ter um filho. Pois o marido dela antes deles terem relação pergunta: isso não é arriscado? Você tem certeza disso?
Por que Eva agiu sabendo que iria engravidar e depois odiou a gravidez? Eu quero uma análise disso.
Se é que alguém pode explicar isso.
Thaís, se vc for de Sampa , no dia 16 de Julho, darei uma palestra mais aprofundada sobre este filme na Casa do Saber. O evento é gratuito. Esta pergunta que vc me fez será uma das questões mais trabalhadas na palestra. Por que fazemos o que não queremos?
É por que somos maus. Muito legal saber disso. Ficarei muito feliz se eu puder ir.
Sílvia Marques Garota desbocada pode me informar o endereço?
Dava pra sentir o Mêdo que a mãe de Kevin tinha dele,e a rejeição .