Tuoto, pensando em cinema político, lembrei de Eisenstein, suas escolhas formais e temáticas, coibidas pela imposição de fazer filmes de propaganda e economizar nos negativos (recorria a story board, não?)
Ao falar sobre "Democracia em Vertigem" no Facebook, também fui acusado de criticar o filme por causa do viés ideológico. Mas o meu problema com o filme é que senti certa ingenuidade por parte dela. Ainda a comparei ao Michael Moore, bem sarcástico e incisivo. A diretora me pareceu uma militante adolescente decepcionada.
Não importa uma obra ser ideológica, pessoal, com tendência a romantizar, nada disso é ruim ou bom. Mas temos de assumir essa postura francamente, senão a obra se torna inconsistente. Tuoto, está mais claro o que penso?
Excelente comentário. A abordagem da Petra é sim ingênua, fazer um documentário expondo uma ideologia demanda maturidade, senão se torna uma fantasia inconsequente, ou propaganda fútil, que não me parece ser o caso dela. Não acho que a intenção foi chamar a atenção, uma intenção, como se diz, apelativa. Nada disso. Seus filmes são sempre muito pessoais e percebo que há a busca de uma linguagem poética para narrá-los. O que é bacana, só que difícil e arriscado , tem-se de ser mais maduro e aprofundar a pesquisa do tema. Ela era muito jovem qdo realizou Democracia em Vertigem e se deixou levar pelo uso da imagem superficial. Qto ao 1964, não assisti nem tive vontade de.
Nos vídeos A MORAL DE UM FILME (linkado na descrição) e O CINEMA É IDEOLÓGICO? ua-cam.com/video/R_INI2fErA0/v-deo.html eu comento mais sobre isso. Talvez um vídeo especificamente sobre o assunto seja interessante também. Vou pensar!
Olá. Belo vídeo. Eu não assisti Democracia em Vertigem mas já deu pra entender o ponto. E nesse ponto eu ainda estou passando a mão na cabeça do responsável acreditando que a cultura precisa estar sendo produzida custe o que custar. Como deixar isso claro para a poulação consumidora e ao mesmo tempo fazer uma crítica que alcance esse mesmo consumidor é que é a questão. Acabei de te descobrir com a Joice do cinemascope e vou te acompanhar. De Leve...
O filme é uma opinião honesta da Petra. É bem particular, delicado, pouco objetivo e muito sentimental. O filme do Brasil paralelo tenta criar uma narrativa off da realidade...como uma segunda opinião...são propostas completamente diferentes.
Também acho que são propostas diferentes. Até comentei no vídeo que considero o da Petra mais honesto. Mas os dois tem vários problemas, cada um ao seu modo. E o da Petra também é uma narrativa ao seu modo, a diferença é que assume essa perspectiva pessoal.
Sou de esquerda e anticapitalista. Não consegui terminar "Democracia em vertigem". Acho muito choroso, sério. E infelizmente muito representativo, enquanto obra de arte, dessa eterna crônica da impotência petista. Como já disse o Jones Manoel, falta ao filme, como falta ao petismo, evoluir da perspectiva da vítima, eternamente vítima, e passar à perspectiva do derrotado, em que se olha objetivamente pra derrota, avalia-se como perdemos, mudamos e seguimos em frente. Não sei em que medida esse meu comentário fala mais da composição, do tema ou de ambos. Agora Arthur, não faz mal dizer qual o teu posicionamento político, aliás ajuda a deixar explícito o que está implícito
Gostei muito de sua crítica. Aliás, acho super importante ressaltar a noção de que nada é imparcial, pois todo o discurso é pautado por uma condição de (re) produção sócio-histórica e, por isso, todos produzem ideologias. Agora, sempre gostei das obras da Petra, sobretudo O OLMO E A GAIVOTA. Considero ELENA um pouco elitista também, mas com o tempo fui aceitando que ela performa a si mesma, transformando-se em uma espécie de personagem em seus documentários - o que é compreensível à proposição subjetiva abordada nos seus filmes. DEMOCRACIA EM VERTIGEM não se redime de uma postura elitista da própria diretora, sabendo que ela é branca, privilegiada e elitista...porém, parace muito ingênua em certos pontos, principalmente, ao não debater sobre as noções de poder que perpassam a todos os espectros políticos do país.
Exatamente. Eu não vejo problema algum no fato dela assumir essa posição privilegiada. Acho até bem honesto da parte dela. Inclusive seria muito interessante pro filme se ela tivesse explorado ainda mais a questão da construtura da família. O problema é que, ao tentar mediar o tema político a partir de um espectro maior, acaba revelando um olhar alienado.
Ela usa muito plongée, o que torna sua visão hierárquica e parcial, como um ditador olha de cima pra baixo e acaba até revertendo a lógica que quer passar.
Não sabia que "Brasil entre armas e livros" era peça de propaganda da regime empresarial-militar. Ainda bem que não vi esse lixo. Nesse caso, pra mim, o tema acaba com a composição
Arthur, você já fez vídeos sobre crítica de cinema, imparcialidade, ideologia, etc. Isso me fez pensar o seguinte: um filme deve ser levado a sério? Quando digo isso é querendo dizer que devemos ver um filme e levá-lo a sério para nossa própria vida? Devemos assumir aquele filme e incorporar aquelas lições e conteúdos em nosso próprio estilo de vida? Ademais, devemos levar um filme a sério quando ele trata de assuntos delicados e que refletem em ações, comportamentos e movimentos na sociedade? Retomando o que disse no início: devo, por exemplo, ver um filme do Rocky e incorporar aquela determinação em minha própria vida? Seria ótimo ver um vídeo ser sobre "Devemos levar um filme a sério?". Abraços!
Eu acho que isso depende completamente da sua relação com o filme. Quando um filme é realmente bom, eu nem sinto a necessidade de fazer essa pergunta, já que o trabalho me afeta naturalmente. Esse impacto, pelo menos na minha perspectiva, deve ser natural. E aí até que ponto isso vai afetar a sua vida depende muito da intensidade dessa experiência. Com certeza seria um tema bem interessante pra um vídeo!
Os filmes da Petra são mormacentos, uníssonos e sonolentos, mas eu gosto. Democracia em Vertigem tem o mesmo tom triste de Elena. É Petra compartilhando, mais uma vez, seu diário intimo de angustias e decepções. Nos creditos, o luxuoso e magnífico Canto de Ossanha de Baden Powell que gosto muito. Acredito que em algum momento surgirão outros filmes, mais cirúrgicos e sem tantos viéses, deste período histórico onde poderemos compreender melhor as forças obscuras e sombrias que movem esta republiqueta de bananas.🤪
Recomendo a leitura da crítica do Veneta sobre "A democracia em vertigem" achei uma puta crítica Sabe que eu lembrei daquela cineasta alemã que super elogiada , mas era nazista. Não sei o nome dela.
@@arthurtuoto sim, exatamente esse. Tem até no youtube. Eu tive a percepção que seguia essa ideia do 1964 omitindo algumas coisas e usando breguice. Apesar disso não achei ruim, mas também tenho pouca bagagem de documentário.
Fiquei um pouco intrigado com sua opinião, pois sai do vídeo com a impressão de que ela é a seguinte: "O Brasil entre armas e livros (2019) tenta legitimar a narrativa através de fatos isolados históricos, aos quais mais se adequa a ideologia dos produtores. Porem eles com isso são desonestos." "Democracia em Vertigem (2019) tenta legitimar a narrativa através de fatos isolados históricos, aos quais mais se adequa a ideologia e visão da Petra. Mas prefiro o dela pois ela foi honesta." Seguindo a forma que você abordou a critica, fico seguro que através dos seus olhos eu poderia afirmar que ambos tentam esconder fatos que divergem do que querem afirmar e legitimar.
Eu acho o filme da Petra mais honesto porque ela assume uma subjetividade. Logo assume o papel ideológico do filme a partir dessa visão pessoal. O Brasil entre armas não assume essa subjetividade, ele joga com uma pretensa legitimação histórica que, no fim das contas, é manipulativa. O filme da Petra é tb um pouco manipulativo, mas como é assumido como uma visão pessoal, me parece mais honesto.
Desculpa, mas no Brasil não há como pensar a temática sem analisar as intenções que a regem. Hoje a estética tem que dialogar com a ética. Não posso analisar um filme nazista falando apenas da montagem, da edição, etc. O fato de termos feito isto ao longo dos anos deu espaço à galera da Terra plana, do neonazismo.
Eu não suportei nem o trailer do "Democracia em Vertigem"... "(...) mas algo no nosso tecido social começa a mudar. O Brasil se divide em duas partes..." Ai ai... e a música... que música nojenta, cafajeste. Esse é um filme pra não-brasileiros. Nós que estávamos aqui quando as coisas aconteceram, sabemos que estão faltando uns detalhesinhos nesse resumo romantizado e bobalhão do documentário. Tenho vergonha alheia. É tão brega e parcial. Quem tem grana, manda na narrativa! Só pra deixar registrado: Eu sou de esquerda.
Haha fica à vontade. Eu também passei raiva com o filme. Especialmente por esse tom sentimental e autoimportante que ignora muita coisa. Mas pelo menos tem bastante gente criticando o filme justamente por essa abordagem alienada. Então no fundo é um bom sinal.
Achei a crítica do democracia em vertigem sua muito boa. Parece uma coisa comum na esquerda brasileira, se alienar em sua visao elitizada com argumentos vazios sem tentar entender de verdade o que está acontecendo no país.
Também acho. Mas boa parte da própria esquerda tem consciência disso. Muitas das críticas ao filme da Petra partiram da esquerda. Em último caso o filme serviu pelo menos pra evidenciar isso e gerar essa discussão.
Tuoto, pensando em cinema político, lembrei de Eisenstein, suas escolhas formais e temáticas, coibidas pela imposição de fazer filmes de propaganda e economizar nos negativos (recorria a story board, não?)
Ao falar sobre "Democracia em Vertigem" no Facebook, também fui acusado de criticar o filme por causa do viés ideológico. Mas o meu problema com o filme é que senti certa ingenuidade por parte dela. Ainda a comparei ao Michael Moore, bem sarcástico e incisivo. A diretora me pareceu uma militante adolescente decepcionada.
Eu acho o Michael Moore até um pouco pior. Porque ele tem um lado apelativo que beira o sensacionalismo até. Mas com certeza entendo a comparação.
@@arthurtuoto Ele é apelativo mesmo.
Não importa uma obra ser ideológica, pessoal, com tendência a romantizar, nada disso é ruim ou bom. Mas temos de assumir essa postura francamente, senão a obra se torna inconsistente. Tuoto, está mais claro o que penso?
Excelente comentário. A abordagem da Petra é sim ingênua, fazer um documentário expondo uma ideologia demanda maturidade, senão se torna uma fantasia inconsequente, ou propaganda fútil, que não me parece ser o caso dela. Não acho que a intenção foi chamar a atenção, uma intenção, como se diz, apelativa. Nada disso. Seus filmes são sempre muito pessoais e percebo que há a busca de uma linguagem poética para narrá-los. O que é bacana, só que difícil e arriscado , tem-se de ser mais maduro e aprofundar a pesquisa do tema. Ela era muito jovem qdo realizou Democracia em Vertigem e se deixou levar pelo uso da imagem superficial. Qto ao 1964, não assisti nem tive vontade de.
Um excelente vídeo como sempre, poderia fazer outros comentando sobre a questão da forma e conteúdo no cinema ?
Nos vídeos A MORAL DE UM FILME (linkado na descrição) e O CINEMA É IDEOLÓGICO? ua-cam.com/video/R_INI2fErA0/v-deo.html eu comento mais sobre isso. Talvez um vídeo especificamente sobre o assunto seja interessante também. Vou pensar!
@@arthurtuoto Que ótimo e obrigado pela atenção.
O filme Brasil entre armas e livros, um filme que implanta uma semente silenciosa na sua mente.
Achei o documentário muito bom! Sei que não vai ganhar um Oscar, por está concorrendo com gdes produções, mas estou na torcida!!!!!
Olá. Belo vídeo. Eu não assisti Democracia em Vertigem mas já deu pra entender o ponto. E nesse ponto eu ainda estou passando a mão na cabeça do responsável acreditando que a cultura precisa estar sendo produzida custe o que custar. Como deixar isso claro para a poulação consumidora e ao mesmo tempo fazer uma crítica que alcance esse mesmo consumidor é que é a questão. Acabei de te descobrir com a Joice do cinemascope e vou te acompanhar. De Leve...
Obrigado, Gilberto. Também acho essa questão essencial. Incentivar uma cultura informativa, mas também crítica.
O filme é uma opinião honesta da Petra. É bem particular, delicado, pouco objetivo e muito sentimental.
O filme do Brasil paralelo tenta criar uma narrativa off da realidade...como uma segunda opinião...são propostas completamente diferentes.
Também acho que são propostas diferentes. Até comentei no vídeo que considero o da Petra mais honesto. Mas os dois tem vários problemas, cada um ao seu modo. E o da Petra também é uma narrativa ao seu modo, a diferença é que assume essa perspectiva pessoal.
Sou de esquerda e anticapitalista. Não consegui terminar "Democracia em vertigem". Acho muito choroso, sério. E infelizmente muito representativo, enquanto obra de arte, dessa eterna crônica da impotência petista. Como já disse o Jones Manoel, falta ao filme, como falta ao petismo, evoluir da perspectiva da vítima, eternamente vítima, e passar à perspectiva do derrotado, em que se olha objetivamente pra derrota, avalia-se como perdemos, mudamos e seguimos em frente. Não sei em que medida esse meu comentário fala mais da composição, do tema ou de ambos. Agora Arthur, não faz mal dizer qual o teu posicionamento político, aliás ajuda a deixar explícito o que está implícito
Tuoto, qual o seu documentário favorito?
Favorito da vida? Cabra marcado para morrer e Sem sol.
Gostei muito de sua crítica. Aliás, acho super importante ressaltar a noção de que nada é imparcial, pois todo o discurso é pautado por uma condição de (re) produção sócio-histórica e, por isso, todos produzem ideologias. Agora, sempre gostei das obras da Petra, sobretudo O OLMO E A GAIVOTA. Considero ELENA um pouco elitista também, mas com o tempo fui aceitando que ela performa a si mesma, transformando-se em uma espécie de personagem em seus documentários - o que é compreensível à proposição subjetiva abordada nos seus filmes. DEMOCRACIA EM VERTIGEM não se redime de uma postura elitista da própria diretora, sabendo que ela é branca, privilegiada e elitista...porém, parace muito ingênua em certos pontos, principalmente, ao não debater sobre as noções de poder que perpassam a todos os espectros políticos do país.
Exatamente. Eu não vejo problema algum no fato dela assumir essa posição privilegiada. Acho até bem honesto da parte dela. Inclusive seria muito interessante pro filme se ela tivesse explorado ainda mais a questão da construtura da família. O problema é que, ao tentar mediar o tema político a partir de um espectro maior, acaba revelando um olhar alienado.
Ela usa muito plongée, o que torna sua visão hierárquica e parcial, como um ditador olha de cima pra baixo e acaba até revertendo a lógica que quer passar.
Não sabia que "Brasil entre armas e livros" era peça de propaganda da regime empresarial-militar. Ainda bem que não vi esse lixo. Nesse caso, pra mim, o tema acaba com a composição
Arthur, você já fez vídeos sobre crítica de cinema, imparcialidade, ideologia, etc.
Isso me fez pensar o seguinte: um filme deve ser levado a sério? Quando digo isso é querendo dizer que devemos ver um filme e levá-lo a sério para nossa própria vida? Devemos assumir aquele filme e incorporar aquelas lições e conteúdos em nosso próprio estilo de vida? Ademais, devemos levar um filme a sério quando ele trata de assuntos delicados e que refletem em ações, comportamentos e movimentos na sociedade?
Retomando o que disse no início: devo, por exemplo, ver um filme do Rocky e incorporar aquela determinação em minha própria vida?
Seria ótimo ver um vídeo ser sobre "Devemos levar um filme a sério?".
Abraços!
Eu acho que isso depende completamente da sua relação com o filme. Quando um filme é realmente bom, eu nem sinto a necessidade de fazer essa pergunta, já que o trabalho me afeta naturalmente. Esse impacto, pelo menos na minha perspectiva, deve ser natural. E aí até que ponto isso vai afetar a sua vida depende muito da intensidade dessa experiência. Com certeza seria um tema bem interessante pra um vídeo!
Arthur Tuoto Legal, meu caro. Eu ficaria muito contente de ver você falar sobre. Muito obrigado!!!
Alguém sabe me dizer quais são as duas ideológias existentes no filme da Petrea ? Obs: Não assisti
Os filmes da Petra são mormacentos, uníssonos e sonolentos, mas eu gosto.
Democracia em Vertigem tem o mesmo tom triste de Elena. É Petra compartilhando, mais uma vez, seu diário intimo de angustias e decepções. Nos creditos, o luxuoso e magnífico Canto de Ossanha de Baden Powell que gosto muito.
Acredito que em algum momento surgirão outros filmes, mais cirúrgicos e sem tantos viéses, deste período histórico onde poderemos compreender melhor as forças obscuras e sombrias que movem esta republiqueta de bananas.🤪
Que estranha a dicotomia entre forma e conteúdo em pleno século XXI.
Muito lúcido, esse vídeo deveria ser referência para críticas de conteúdo politicamente controvertido, parabéns!
Obrigado, Diego!
Recomendo a leitura da crítica do Veneta sobre "A democracia em vertigem" achei uma puta crítica
Sabe que eu lembrei daquela cineasta alemã que super elogiada , mas era nazista.
Não sei o nome dela.
Riefenstahl. Eu também gostei da crítica, porque... "Imparcial". Ou seja, tudo a ver com o discutido aqui.
Vou ler!
Você já viu "Doutrina do Choque" ? O documentário?
O filme baseado no livro da Naomi Klein? Nunca vi.
@@arthurtuoto sim, exatamente esse. Tem até no youtube. Eu tive a percepção que seguia essa ideia do 1964 omitindo algumas coisas e usando breguice. Apesar disso não achei ruim, mas também tenho pouca bagagem de documentário.
Vou assistir.
Fiquei um pouco intrigado com sua opinião, pois sai do vídeo com a impressão de que ela é a seguinte:
"O Brasil entre armas e livros (2019) tenta legitimar a narrativa através de fatos isolados históricos, aos quais mais se adequa a ideologia dos produtores. Porem eles com isso são desonestos."
"Democracia em Vertigem (2019) tenta legitimar a narrativa através de fatos isolados históricos, aos quais mais se adequa a ideologia e visão da Petra. Mas prefiro o dela pois ela foi honesta."
Seguindo a forma que você abordou a critica, fico seguro que através dos seus olhos eu poderia afirmar que ambos tentam esconder fatos que divergem do que querem afirmar e legitimar.
Eu acho o filme da Petra mais honesto porque ela assume uma subjetividade. Logo assume o papel ideológico do filme a partir dessa visão pessoal. O Brasil entre armas não assume essa subjetividade, ele joga com uma pretensa legitimação histórica que, no fim das contas, é manipulativa. O filme da Petra é tb um pouco manipulativo, mas como é assumido como uma visão pessoal, me parece mais honesto.
Excelente crítica! Gosto da Petra, mas achei o filme dela fraco.
Obrigado! Eu já não gosto muito do Elena, mas esse achei pior.
Excelente ideia
Amei! Sensato
bolsominion é o pior adjetivo
Desculpa, mas no Brasil não há como pensar a temática sem analisar as intenções que a regem.
Hoje a estética tem que dialogar com a ética. Não posso analisar um filme nazista falando apenas da montagem, da edição, etc.
O fato de termos feito isto ao longo dos anos deu espaço à galera da Terra plana, do neonazismo.
Realmente você não entendeu nada do que foi dito no vídeo!
Eu não suportei nem o trailer do "Democracia em Vertigem"... "(...) mas algo no nosso tecido social começa a mudar. O Brasil se divide em duas partes..." Ai ai... e a música... que música nojenta, cafajeste. Esse é um filme pra não-brasileiros. Nós que estávamos aqui quando as coisas aconteceram, sabemos que estão faltando uns detalhesinhos nesse resumo romantizado e bobalhão do documentário. Tenho vergonha alheia. É tão brega e parcial.
Quem tem grana, manda na narrativa!
Só pra deixar registrado: Eu sou de esquerda.
Desculpa o tom de desabafo, mas eu me sinto insultado por coisas assim. Parece que estão te chamando de burro só que de uma outra forma.
Haha fica à vontade. Eu também passei raiva com o filme. Especialmente por esse tom sentimental e autoimportante que ignora muita coisa. Mas pelo menos tem bastante gente criticando o filme justamente por essa abordagem alienada. Então no fundo é um bom sinal.
Achei a crítica do democracia em vertigem sua muito boa. Parece uma coisa comum na esquerda brasileira, se alienar em sua visao elitizada com argumentos vazios sem tentar entender de verdade o que está acontecendo no país.
Também acho. Mas boa parte da própria esquerda tem consciência disso. Muitas das críticas ao filme da Petra partiram da esquerda. Em último caso o filme serviu pelo menos pra evidenciar isso e gerar essa discussão.