Geografando 35 - Eu também vou reclamar (crise na geografia)

Поділитися
Вставка
  • Опубліковано 17 кві 2024
  • A geografia está em crise: preguiça, falta de criatividade, falta de coragem e comodismo intelectual são suas características.
    Por fim, a geografia se tornou uma crítica da economia política, de Marx resgataram o Marx economista, dos novos marxistas como Lukács, Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, Marcuse, apenas poucos como Milton Santos, Armando Correia da Silva e Antônio Carlos Robert Moraes, se aventuraram na análise, sem serem seguidos pela nova geração.
    Milton Santos continua sendo um autor póstumo, fora de seu tempo, ainda não compreendido. A filosofia não tem vez, por isso mesmo há um mal estar na leitura do filosofo que é Milton Santos.
    Novas publicações se resumem a livros organizados, pouco aventurados, repetitivos. Esse é o panorama da geografia brasileira hoje.
    Diante deste cenário, resta apenas a questão de ordem marxista-leninista: que fazer?

КОМЕНТАРІ • 8

  • @tanicekormann7677
    @tanicekormann7677 17 днів тому +1

    Boa reflexão! São sintomas mórbidos. Parece que o velho morreu e o novo ainda não nasceu... se é que nascerá

  • @JoabsonSantos-io4po
    @JoabsonSantos-io4po 3 місяці тому +1

    Sou bacharel em Geografia (Ainda estou cursando) O vídeo me trouxe uma certa preocupação com o futuro kkkk, ótimo vídeo

    • @Geografando1103
      @Geografando1103  3 місяці тому +2

      Não se desanime não. Justamente porque está em crise é uma boa oportunidade para produzirmos a superação. Agora existem muitas linhas de pesquisas novas, muita coisa interessante. Mas isto depende, fundamentalmente, do nosso empenho.

    • @JoabsonSantos-io4po
      @JoabsonSantos-io4po 3 місяці тому +1

      @@Geografando1103 Seguirei o conselho.

  • @fillipediniz5304
    @fillipediniz5304 3 місяці тому +1

    Desde quando eu entrei no curso de Geografia, eu me deparei com alguns paradigmas acerca desta ciência: O que é a Geografia? A Geografia se enquadra em qual grupo de ciências (humanas, exatas e da terra, da natureza, etc...)? Recentemente, um professor meu de História do Pensamento Geográfico disse o seguinte: a graduação em Geografia vai te mostrar uma área do conhecimento que, se fosse comparada a um oceano, seria um oceano imenso em extensão, mas pouco profundo. Pensando nisso, eu passei a enxergar a Geografia como a ciência que se dedica a estudar a relação espacial entre os fenômenos naturais (climatológicos, geomorfológicos, ecológicos...) e sociais (econômicos, políticos, culturais...) que ocorrem na superfície terrestre. Desde então, ficou claro para mim que a Geografia, na condição de "Ciência de Fronteiras", acabaria por impor ao geógrafo um imperativo: a necessidade de superar a barreira que a formação generalista do curso de geografia nos impõe, buscando se arriscar no campo de conhecimento de outras ciências para, por meio da assimilação destes conhecimentos, criar uma correlação entre estes e o espaço geográfico. A ciência geográfica não pode continuar sendo vista como sinônimo de "tudologia" que faz tudo sem profundidade alguma, igual eu já vi colegas de outras áreas nos definindo. A sua contribuição neste vídeo é muito pertinente, professor!

    • @Geografando1103
      @Geografando1103  3 місяці тому +1

      Ótimo comentário, o problema é que, mesmo o que nós tomamos como nosso objeto, tratamos de maneira pouco profunda. A última de nossas aventuras com outras áreas do conhecimento, num movimento de grande magnitude, foi o marxismo, e mesmo assim ainda o tratamos muito mal.
      Acredito que o fundamental seja trabalhar com competência o nosso objeto, que e o espaço geográfico, isso fica muito mal trabalhado. Seria ainda necessária uma discussão ontológica, pois hoje trabalhamos o espaço geográfico como ser, e não como categoria. Seria necessário que tomássemos o o homem como ser e o espaço como categoria, isso nos abriria grandes possibilidades. É um debate que eu vejo o professor Elvio Rodrigues começar a fazer, ainda de maneira muito tímida.
      Por fim, dada a noção de totalidade inserida na noção de espaço geográfico, acredito que a geografia deveria ser tratada como uma filosofia, e por isso mesmo, falta muito um conteúdo filosófico, de qualidade, para pensarmos o espaço geográfico. Basta ver o modo como a geografia fenomenológica tem produzido trabalhos ridiculamente fracos, pois o tempo todo pensa que a fenomenologia se resume ao fenômeno.
      Nosso objeto tem por característica uma grande interdisciplinaridade, daí a geografia precisa tomá-lo como seu objetivo específico: o espaço geográfico. Nesse processo, a geografia pura pode oferecer uma contribuição, mas como toda ciência e filosofia, devemos nos conectar com as outras áreas. Se o ser é o homem e o espaço é a categoria, então tudo que cruza o homem estará inserido na categoria de espaço, por ele produzida. Hoje eu resumiria a discussão geográfica fundamental em alguns eixos teóricos, sendo estes: a teoria crítica, a psicanálise, a geografia tomada como espaciologia, a epistemologia e a ontologia. Com base nesses cinco eixos podemos produzir uma firme definição de espaço geográfico, com grande possibilidade operacional. Algo que posso ir discutindo também nos próximos vídeos.
      Agradeço o comentário!

    • @fillipediniz5304
      @fillipediniz5304 3 місяці тому +1

      @@Geografando1103 Concordo. Um nicho que está em aberto, e que eu considero uma grande oportunidade para uma contribuição da Geografia enquanto ciência que estuda o espaço geográfico, tanto teórico-academicamente quanto de forma aplicada, são os estudos relacionados à crise (socio)ambiental. Não estou criticando outras áreas do conhecimento que também contribuem para este campo (tais como a química, a biologia ou mesmo as próprias engenharias), mas sinto falta de uma análise mais ampla e crítica do que representa a crise ambiental que estamos presenciando, sobretudo em uma sociedade de classes profundamente estratificada (algo que muita das vezes é tratado apenas como um recorte a ser analisado sobre como a degradação ambiental afeta diferentes grupos sociais, quando na verdade o modo de produção capitalista é a razão central do porque estamos diante desta crise). Mas enfim, penso a crise ambiental como uma crise, sobretudo, social-espacial, e que o geógrafo tem muito a contribuir neste debate. Agradeço a sua resposta, professor!

    • @Geografando1103
      @Geografando1103  3 місяці тому +1

      Compartilho de sua análise. Faltam boas análises, mas principalmente porque na base nossa teoria e método estão bem precarizados. Precisamos aprender, refinar o nosso objeto e os nossos instrumentos de análise. Um autor muito bom para pensar a crise ambiental é o Carlos Walter Porto Gonçalves. Mas é exatamente isso, esses grandes vieram, fizeram um excelente trabalho e a geração que os precedeu não trouxe grandes contribuições, no máximo, tentaram repetir as suas experiências intelectuais. A geografia está parada no tempo. Conto com todos vocês para abrir novos horizontes de pesquisa na universidade, em todas essas diversas áreas. Não podemos desistir nessa luta. Isso demanda muita leitura e coragem, e eu sei que esta nova geração está mais interessada que a anterior em criar algo diferente, é nisso que eu acredito.