Quimioterapia dói? Saiba mais sobre a neuropatia causada pela quimioterapia.

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  • Опубліковано 5 жов 2024
  • Saiba mais sobre a dor neuropática que pode ser causada pela quimioterapia!!!
    Nós sabemos que a ocorrência de câncer no Brasil e no mundo tem aumentado muito nos últimos anos, e isso devido ao aumento da expectativa de vida da população, também com a piora dos hábitos de vida da mesma população ,como piora na alimentação, sedentarismo e o consumo de álcool e cigarro. Para vocês terem uma ideia, estima-se que no Brasil há mais de 400 mil casos novos de câncer por ano, somando aqui homens e mulheres. Nas mulheres os mais comuns são o mama, intestino, colo de útero e pulmão; e nos homens os mais comuns são: próstata, pulmão, intestino e estômago. E nós sabemos também que é a maioria dos pacientes com câncer vão ter o seu tratamento, pelo menos a base do seu tratamentom a quimioterapia. O medicamento quimioterápico, ele tem como objetivo a destruição das células cancerígenas, então cada tipo de quimioterápico tem um mecanismo de ação diferente, mas muitos deles não conseguem ser seletivos, ou seja, ele não danificam apenas a célula cancerígena, eles podem danificar algumas células sadias donosso corpo, em especial os neurônios.
    É mais ou menos isso que acontece, oquimioterapico, ele pode então degradar, ele pode destruir algumas camadas do neurônio e esse neurônio entra em curto circuito e acaba enviando para cérebro informações dolorosas, quando não deveria. Alguns quimioterápicos, sabidamente utilizados para alguns tipos específicos de cânceres, têm mais propensão, têm mais probabilidade de causar esse tipo de neuropatia, esse tipo de dor neuropática.
    Então aqui de forma bem técnica, esses são os quimioterápicos mais propensos, que tem mais
    chance de causar dores neuropáticas. Então aqui na coluna da esquerda o nome do quimioterápico e aqui a direita o tipo de câncer para o qual ele é destinado. Então exemplos: o paclitaxel ,para câncer de ovário, mama e pulmão; o docetaxel, para câncer de mama, próstata, estômago; a vincristina, tumores relacionados ao sangue principalmente; a cisplatina para câncer de pulmão, ovário e testículo; a carboplatina para pulmão e ovário; a oxiplatina para intestino e, eventualmente a eribulina para câncer de mama. Normalmente os pacientes que têm dores neuropáticas da quimioterapia sentem dores, principalmente na região das mãos e/ ou dos pés, nós chamamos isso de um padrão de luva e bota, tá bem? Dores do tipo, queimação que podem ser associadas a sintomas como formigamento e diminuição da sensibilidade, dormência. Sintomas motores como diminuição da força são muito mais raros.
    O tratamento do paciente com dores neuropáticas relacionados a quimioterapia pode ser feito com o uso de alguns medicamentos específicos, em especial os anticonvulsivantes podem estabilizar esses neurônios que estão em curto circuito e muitas vezes alguns tipos de antidepressivos que têm efeito na dor crônica. Em casos muito específicos pode ser necessário a substituição do quimioterápico em questão.
    Para os casos mais graves, que não melhoram com os medicamentos tradicionais, nós podemos lançar mão de técnicas chamadas de neuromodulatorias. Eu cito dois exemplos muito importantes: a primeira é a estimulação medular, onde nós colocamos um eletrodo atrás da medula do paciente e ligamos esse eletrodo a um pequeno gerador, que parece um marcapasso, que fica debaixo da pele do paciente emitindo impulso elétrico o tempo todo para inibir esse processo doloroso. O segundo mais recente, chegou no Brasil no final do ano passado, chama-se estimulação do gânglio da raiz dorsal. Nesse procedimento nós vamos colocar uma eletrodo bem fininho ao redor de uma estrutura nervosa bem específica chamada gânglio da raiz dorsal, esse eletrodo também vai ser ligado a um gerador como se fosse um marcapasso, que também vai ficar debaixo da pele emitindo impulso elétrico diretamente para essa estrutura nervosa para inibir o processo doloroso. É muito importante então que fiquemos atentos e façamos diagnósticos como esse que eu citei para que nós possamos então minimizar as dores do paciente e outros sintomas enquanto ele passa esse tratamento tão importante que é o tratamento do câncer.

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