A COMPENSAÇÃO da Natureza na DILATAÇÃO do TEMPO

Os buracos negros, como o Sagittarius A*, existente no centro da nossa galáxia, que possui 4,3 milhões de vezes a massa da Terra, possui um efeito gravitacional imenso sobre os observáveis que se encontram em suas proximidades. Fazendo um experimento teórico, imaginemos que um fóton de luz, acelerado a 300 mil km/s passe pela distância de um ano luz desse buraco negro. Devido a massa descomunal desse corpo celeste, o espaço em seu entorno é distorcido em x, y e z, o que faria com que o feixe de luz se curvasse e percorresse uma distância maior. Contudo, não ocorre uma variação na energia que o fóton tem, nem em sua massa e muito menos em sua velocidade. Ou seja, mesmo com o espaço sendo distorcido, o fóton percorre uma distância dilatada entre um ponto A e um ponto B, em um mesmo tempo que percorreria se não tivesse a distorção do espaço.
Obviamente que isso causa estranheza, uma vez que o espaço sendo alterado pela distorção, parece não causar diferença alguma na partícula, contudo estamos a falar de um fóton, que é uma partícula sem massa e que não interagem com o campo de Higgs. Dessa forma, devemos fazer o mesmo raciocínio que Einstein teve, acreditando percorrer o espaço do ponto de vista do fóton. Nesse caso, a partícula não experimenta a passagem de tempo, o tempo sempre é zero para ela. Esse fenômeno é provado pela equação de dilatação do tempo, que leva em consideração desde a constante gravitacional, a massa do objeto de maior gravidade, a velocidade do objeto em orbita e a velocidade da luz.
Aplicando essas informações na equação teremos um resultado que indica t = 0, uma vez que a velocidade do fóton é a velocidade máxima permitida pela natureza. Contudo, para quem observa de fora do referencial do fóton, o tempo se mostra diferente de zero. Logo, o tempo é relativo ao observador.
Voltando a ideia de que existe uma distância entre um ponto A e um ponto B a ser percorrida, mas agora por uma partícula com massa, e considerando que a velocidade, a massa e a energia do sistema não serão alteradas durante todo o experimento. Sendo assim, a única coisa que pode ser mudada, ou seja, fazer com que ocorra a compensação natural de alguma variável, só pode ser o tempo. Dessa forma, o sistema não tem somente a distorção dimensional em x, y e z, mas também na dimensão temporal. Sendo assim, para que o objeto, mantenha seu sistema compensado, assim como ocorre no princípio de Bernoulli, ou no princípio de Le Châtelier, existe a necessidade de que o tempo passe mais lentamente para ele, em relação a um observador.
Uma analogia a essa ideia se dá com o lançamento de duas bolas, que precisam percorrer 10 metros de distância. Entretanto, existem duas trajetórias, uma bola fará em linha reta e outra em uma parábola. A energia e a velocidade aplicada às duas bolas serão as mesmas, sendo assim, para que as duas se encontrem ao mesmo tempo, no ponto que corresponda 10 metros, alguma coisa no sistema tem que ser alterado, já que a parábola é uma trajetória mais longa. Tomando por base que não há atiro, a única variável que pode ser alterada é o tempo, ou seja, para que a bola que tem a trajetória dilatada, é preciso que ela experimente menos o passar do tempo. Somente assim os dois observáveis podem chegar em mesmas condições ao seu destino.
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