Parabéns pela entrevista com o Capitão ! Eu já peguei em Angra dos Reis no início do Canal da Ilha Grande uma ventania as 16:30 da tarde de um vento absurdo. Estávamos no veleiro ".Lady Lee " e tivemos que lançar as duas Âncoras : bombordo e estibordo. Sendo cada uma com 300 metros, uma com corrente e outra de cabo.Sendo ainda que o Capitao manteve o motor ligado em posição avante durante a ventania.Mas não tinha previsão e durou 20 minutos.O barco com 150 toneladas parecia de papel a tripulação ficou ativa com um possível " mayday " canal 16. Foi terrível
Realmente foi uma grande fatalidade, não só pelo evento climático mas acontecer justamente com os donos e convidados a bordo. Esses barcos são muito pouco usados. Vi em outro canal que a “ quilha” estava corretamente retraída assim como está no manual . O capitão explicou corretamente
Acredito que o que pode mudar é a obriga ao em ter simulado para situações de emergência para convidados a bordo. Isso já acontece em navios de cruzeiros. Em navios desse nível de luxo, isso não acontece. Talvez 15 min de treinamento, saber qual a saída mais próxima, vestir o colete, seguir o corrimão já ajudasse nessas condições. O relatório das autópsias indicam que morreram por falta de ar e não por afogamento ou lesão. Ficaram concientes no bolsão de ar por algum tempo. Triste, que Deus conforte a família.
Sim, este iate tem várias bombas para esgotar a água do porão. Porém, a capacidade destas bombas é limitada, pois foram projetadas para drenar um pouco da água que poderia entrar pelas entradas de ar do motor e gerador e, eventualmente, por vazamentos na linha de eixo do motor e registros abaixo da linha d'água. Alguns barcos têm bombas maiores de esgotamento, as quais funcionam com o gerador e/ou motor ligado. As bombas menores são alimentadas pelas baterias. No entanto, pelas imagens gravadas por câmeras mostrando o veleiro Bayesian sendo movimentado violentamente de um bordo para outro, supõe-se que grande quantidade de água tenha entrado principalmente pela porta de acesso ao salão, além dos dutos de ventilação da sala de máquinas. Neste caso, as bombas a bordo não têm serventia
A quilha retratil , com o barco parado , não deve ficar recolhida . 😮😮😮😮😮😮😮😮A quilha recolhida , muda o centro de gravida drasticamente. Principalmente com um mastro de 75 metros . Acredito que quilha recolhida , com ventos laterais de 20 k , já seria suficiente pra deitar esse barco . 😮😮😮😮😮 E tirar o efeito de estabilidade . Mesmo sem as velas , o arrasto do mastro , pode deitar barco .
No manual de operação deste veleiro consta que a quilha deve ser abaixada somente em duas ocasiões: usando as velas ou navegando a mais de 60 milhas da costa. Este veleiro, Bayesian de mastro único, tem 30 toneladas a mais de lastro que outro veleiro similar, mas com dois mastros, construído pelo estaleiro. Porém, é altamente provável que se o capitão soubesse que seria atingido por uma tromba d'água ou uma explosão (downburst), na madrugada de 19 de agosto na Sicília, teria abaixado totalmente a quilha.
Com certeza não foi uma “fatalidade”. Foram um conjunto de erros da tripulação e do fabricante. Fabricante: tentou fazer um barco luxuoso comprometendo a segurança. 1) Angulo de perda de estabilidade - barcos a vela tem geralmente 120 graus, esse tinha 75 2) mudança no projeto do barco para contrapor o mastro único (projeto original tinham 2) 3) mastro gigante diminui estabilidade 4) a quilha deveria estar abaixada. O fabricante diz que deveria estar erguida quando ancorado, porém obviamente estavam errados 5) pontos de entrada de água, há outros locais onde se podem ser colocados a saídas de ventos que não seja o casco. 6) portas do deck pesadas de vidro que se abrem com facilidade Tripulação: ainda muito cedo para comentar
Estas colocações são pertinentes, mas não há dúvida que o Bayesian foi atingido por rajadas de ventos fortíssimos que, apesar das limitações deste iate veleiro, no tocante ao ângulo máximo de adernamento, tanto em relação ao alagamento quanto a estabilidade, fez a embarcação deitar e ir pro fundo. Algumas questões relativas a estanqueidade, garantida pelas anteparas e portas internas impermeáveis, ainda não foram respondidas. Porém, obviamente, com as mudanças climáticas em curso em nosso combalido planeta, temos que ser mais precavidos em tudo e aprender com nossos erros para tornar nossa navegação mais segura. Mesmo em relação aos fenômenos climáticos extremos que estão cada vez mais presentes
Vamos a lógica dos fatos: foi uma fatalidade. O barco estava na hora e local errado. Ele foi colhido por uma rajada de vento extremamente forte pelo costado e o mastro atuou como vela/pendulo. Sabendo-se a velocidade da rajada e a área vélica do mastro se sabe a força que atuou sobre ele. O video mostra como e quão rápido ele emborcou e isso é a resposta ao motivo do naufrágio.
Um litro de diesel não tem um quilograma. Campo do Jordão fica em São Paulo e não em Santa Catarina. Graus Celsius, centígrados não se usa. Atenção capitão.
Sim, tem razão. No caso do exemplo do peso do combustível que o capitão comentou foi feito um arrendamento para facilitar. Porém, a densidade de um litro de óleo diesel é cerca de 0,853 kg/l, o que significa que 50.000 litros de diesel equivale a 42.650 kg e não 50 toneladas. Também o correto é mencionar a temperatura em graus Celsius e não mais em centígrados como já se usou no passado. Obrigado pelas correções
Parabéns pela entrevista com o Capitão ! Eu já peguei em Angra dos Reis no início do Canal da Ilha Grande uma ventania as 16:30 da tarde de um vento absurdo. Estávamos no veleiro ".Lady Lee " e tivemos que lançar as duas Âncoras : bombordo e estibordo. Sendo cada uma com 300 metros, uma com corrente e outra de cabo.Sendo ainda que o Capitao manteve o motor ligado em posição avante durante a ventania.Mas não tinha previsão e durou 20 minutos.O barco com 150 toneladas parecia de papel a tripulação ficou ativa com um possível " mayday " canal 16. Foi terrível
Conversa bacana. Esclareceu bastante.
Excelente explicação
Parabéns 👏
Excelente contribuição para o entendimento da tragédia. Muito obrigado!
Excelente entrevista, muito bem explicada. Nessa, Márcio, vc foi perfeito como entrevistador.
Perfeita a explicação, uma FATALIDADE !!
Abraço marcio , abraço capitao alvaro , uma triste trajedia
Parabéns pelo canal! Suas explicações são de fácil entendimento e esclarecedor!!!
Realmente foi uma grande fatalidade, não só pelo evento climático mas acontecer justamente com os donos e convidados a bordo. Esses barcos são muito pouco usados.
Vi em outro canal que a “ quilha” estava corretamente retraída assim como está no manual . O capitão explicou corretamente
Acredito que o que pode mudar é a obriga ao em ter simulado para situações de emergência para convidados a bordo.
Isso já acontece em navios de cruzeiros.
Em navios desse nível de luxo, isso não acontece. Talvez 15 min de treinamento, saber qual a saída mais próxima, vestir o colete, seguir o corrimão já ajudasse nessas condições.
O relatório das autópsias indicam que morreram por falta de ar e não por afogamento ou lesão.
Ficaram concientes no bolsão de ar por algum tempo.
Triste, que Deus conforte a família.
Boa noite a todos e bons ventos ⛵🇧🇷
Nossos sinceros agradecimentos ao canal
Enquanto os "Poderosos" quiserem se destacar, a lei da física agirá. O mar e misterio que o envolve as vezes são cruéis. Sempre alerta.
Excelente vídeo 👏🏻👏🏻👏🏻
Assiti em um canal internacional que sim esse veleiro tinha caixa preta sim.
Quanto tempo ele precisaria ficar adernado para entrar agua suficiente para afundar? Não teria bombas automáticas para colocar agua para agora?
Sim, este iate tem várias bombas para esgotar a água do porão. Porém, a capacidade destas bombas é limitada, pois foram projetadas para drenar um pouco da água que poderia entrar pelas entradas de ar do motor e gerador e, eventualmente, por vazamentos na linha de eixo do motor e registros abaixo da linha d'água. Alguns barcos têm bombas maiores de esgotamento, as quais funcionam com o gerador e/ou motor ligado. As bombas menores são alimentadas pelas baterias. No entanto, pelas imagens gravadas por câmeras mostrando o veleiro Bayesian sendo movimentado violentamente de um bordo para outro, supõe-se que grande quantidade de água tenha entrado principalmente pela porta de acesso ao salão, além dos dutos de ventilação da sala de máquinas. Neste caso, as bombas a bordo não têm serventia
A quilha retratil , com o barco parado , não deve ficar recolhida . 😮😮😮😮😮😮😮😮A quilha recolhida , muda o centro de gravida drasticamente. Principalmente com um mastro de 75 metros . Acredito que quilha recolhida , com ventos laterais de 20 k , já seria suficiente pra deitar esse barco . 😮😮😮😮😮 E tirar o efeito de estabilidade .
Mesmo sem as velas , o arrasto do mastro , pode deitar barco .
No manual de operação deste veleiro consta que a quilha deve ser abaixada somente em duas ocasiões: usando as velas ou navegando a mais de 60 milhas da costa. Este veleiro, Bayesian de mastro único, tem 30 toneladas a mais de lastro que outro veleiro similar, mas com dois mastros, construído pelo estaleiro. Porém, é altamente provável que se o capitão soubesse que seria atingido por uma tromba d'água ou uma explosão (downburst), na madrugada de 19 de agosto na Sicília, teria abaixado totalmente a quilha.
É duro. Tá cheio de sommelier de entrevista!
Com certeza não foi uma “fatalidade”. Foram um conjunto de erros da tripulação e do fabricante.
Fabricante: tentou fazer um barco luxuoso comprometendo a segurança.
1) Angulo de perda de estabilidade - barcos a vela tem geralmente 120 graus, esse tinha 75
2) mudança no projeto do barco para contrapor o mastro único (projeto original tinham 2)
3) mastro gigante diminui estabilidade
4) a quilha deveria estar abaixada. O fabricante diz que deveria estar erguida quando ancorado, porém obviamente estavam errados
5) pontos de entrada de água, há outros locais onde se podem ser colocados a saídas de ventos que não seja o casco.
6) portas do deck pesadas de vidro que se abrem com facilidade
Tripulação: ainda muito cedo para comentar
Estas colocações são pertinentes, mas não há dúvida que o Bayesian foi atingido por rajadas de ventos fortíssimos que, apesar das limitações deste iate veleiro, no tocante ao ângulo máximo de adernamento, tanto em relação ao alagamento quanto a estabilidade, fez a embarcação deitar e ir pro fundo. Algumas questões relativas a estanqueidade, garantida pelas anteparas e portas internas impermeáveis, ainda não foram respondidas. Porém, obviamente, com as mudanças climáticas em curso em nosso combalido planeta, temos que ser mais precavidos em tudo e aprender com nossos erros para tornar nossa navegação mais segura. Mesmo em relação aos fenômenos climáticos extremos que estão cada vez mais presentes
Pessoal esquece dos tripulantes! Quem eram e oque sabiam.... Enfim! Cada um acredita no que quer
Vamos a lógica dos fatos: foi uma fatalidade. O barco estava na hora e local errado. Ele foi colhido por uma rajada de vento extremamente forte pelo costado e o mastro atuou como vela/pendulo. Sabendo-se a velocidade da rajada e a área vélica do mastro se sabe a força que atuou sobre ele. O video mostra como e quão rápido ele emborcou e isso é a resposta ao motivo do naufrágio.
Um litro de diesel não tem um quilograma. Campo do Jordão fica em São Paulo e não em Santa Catarina. Graus Celsius, centígrados não se usa. Atenção capitão.
Sim, tem razão. No caso do exemplo do peso do combustível que o capitão comentou foi feito um arrendamento para facilitar. Porém, a densidade de um litro de óleo diesel é cerca de 0,853 kg/l, o que significa que 50.000 litros de diesel equivale a 42.650 kg e não 50 toneladas. Também o correto é mencionar a temperatura em graus Celsius e não mais em centígrados como já se usou no passado. Obrigado pelas correções