Vi no cinema esse filme e chorei copiosamente. Que lindeza! É um inventário do diretor sobre a sua trajetória. Eu senti que foi uma carta de despedida de um artista. Que privilégio podermos dar adeus a um artista, quando tantos se foram sem se despedir. Mesmo que eventualmente ele lance outro filme, sempre vou lembrar desse com um calor no coração.
Achei esteticamente lindo, com aquela camada de mistério e de coisas não ditas que eu gosto nos filmes do Studio Ghibli; mas confesso que achei ele bem complexo pra entender ou acompanhar e o final é anticlimático - o que faz sentido para o caráter autobiográfico.
Tinha visto muitas análises, mas a sua sobre o filme foi a única que me fez realmente vê-lo por outros olhos devido a tantos dados e relações entre eles. Muito obrigada.
Muito obrigado pelo vídeo. Tenho Hayao Miyazaki como inspiração pessoal, na arte e na dedicação. Mas não sei muito bem o que pensar sobre o excesso de trabalho. Na nossa sociedade temos o excesso de trabalho com o fim de obter mais lucro. Aqui a questão de Hayao é outra, o excesso está ligado a um senso de propósito pessoal. Penso dessa forma mesmo considerando toda a cultura workaholic do Japão. Além disso ele é bem contraditório em certos pontos como no caso de fazer filmes infantis mas ter sido um pai ausente, se encaixa com a análise sobre os pássaros.
Irmão,que filme e que análise,assisti pela primeira vez a alguns minutos e ainda estou digerindo tanta informação,acho q não vai existir outra obra de arte ao nível dessa, Miyazaki é o melhor roteirista e animador q já vi
O tempo da gente. Um garoto e seu luto. Um Japão que lida com sua tragédia. Uma família em reconstrução. Miyazaki revisita o passado, constrói um presente de traumas e fantasia (sombrio e colorido ao mesmo tempo) e olha com esperança para o futuro. Visualmente é um filme absolutamente espetacular, hipnotizante. Uma obra sobre os labirintos da mente, da alma e da percepção de mundo. Fantasia e realidade jamais soltam as mãos nesta grande viagem onírica sobre escape das angústias, entendimento interior e reconciliação com o seu próprio universo. Aceitar o que foi vivido e perceber o amor recebido. Querer voltar, mas agora sabendo que pode dar mais em troca. Entender que a beleza em volta e a poesia que se vê, sente e não se pode explicar são acima de tudo uma questão de olhar. "Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia." - Já dizia Shakespeare. Li um comentário comentando que era o 8 1/2 de Miyazaki e achei engraçado, mas após assistir me parece uma descrição bastante precisa. O Menino e a Garça é uma história fantástica como esperado do Ghibli, mas também é um metafilme sobre o diretor, sua trajetória e despedida. Além de nítidos ecos a outras filmes do estúdio, como Túmulo dos Vagalumes, O Castelo Animado, Reino dos Gatos, A Viagem de Chihiro, Vidas ao Vento, entre outros, percebe-se que em vários momentos usa os personagens para tanto fazer uma reflexão sobre si. Ora ele é menino em seu luto silencioso, ora é o mago contemplando o fim de seu reino, ora é a garça oferecendo escapes tentadores. Ao fim, a mensagem é um adeus firme, mas necessário: nada dura para sempre, a fuga da realidade é uma ilusão e ninguém pode substituir outra pessoa. Contudo, se, em um nível simbólico, ele é excelente, em termos de narrativa, ele é bom, mas deixa a desejar em alguns aspectos. O que mais me incomoda é a falta de desenvolvimento dos próprios personagens e seus relacionamentos. Alguns momentos acabam sendo anticlimáticos por essas lacunas. O que é uma pena. Sei que quem assistir dentro do contexto da filmografia e da vida de Miyazaki vai ter uma experiência excelente, mas não posso ignorar que há outras leituras que terminam um tanto frustradas. O filme é lindo e em diversos momentos me lembrou de outros do studio como quem reverencia sua própria história. Para mim a mensagem deixada é a de que apesar de não podermos mudar parte da jornada ainda é possível aproveitá-la dando o nosso melhor, sendo honestos diante das nossas escolhas e assim construir uma vida com esperança em um mundo no qual valha a pena estar porque aqueles que amamos, inclusive nós mesmos, também fazem parte dele. Escolher o amor numa realidade de cicatrizes, turbilhões e inevitáveis dores. Não poderia ser mais Miyazaki. Ao fantástico diretor: Obrigado por tudo! Seu cinema incrivelmente rico em detalhes, significados e beleza nunca será esquecido. Lembrei muito de ''Matrix'' assistindo essa animação, toda a história de Torre e tio-avô (arquiteto), as portas, descendente (escolhido), é um filme bem enigmático, mas sem deixar cair o padrão de qualidade de sempre, colorido, estranho, fantasioso e diferente.
muito maneiro!! tô maratonando seus vídeos, simplesmente não consigo parar de ver haha!! uma sugestão: uma análise psicológica do filme francês La Haine de 1995
Meudeus eu estou tão contente de ter encontrado o seu canal e principalmente agora, este vídeo. Excelente, contém informações que eu jamais fazia ideia sobre o diretor. Muita análise psicológica realmente neste e em outros filmes dele
Gratidão pela explicação, amo todos os filmes do Studio Ghibli sempre reassisto todos mas esse em particular não tinha conseguido entender, não tinha conseguido ver os ddetalhes de sempre do Miasaki, principalmente sobre o universo em volta da animação e agora entendi o porque. Tinha visto esse documentário dele e vi o quanto é dificil abrir mão de um legado, o quanto é dificil pra ele abrir mão de tudo que construiu. Me fez entender muito, ainda não é meu filme preferido, mas agora pelo menos faz sentido.
Estou lendo Criatividade: O flow e a psicologia das descobertas e das invenções, de Mihaly Csikszentmihalyi, e nunca havia lido algo tão interessante sobre o processo criativo ou mesmo algo especificamente dedicado ao tema. Esta sua análise de O Menino e a Garça é um maravilhoso presente neste momento em que leio o livro e reflito sobre minha própria criatividade. Ir além da sua costumeira e sempre criativa análise da obra para mergulhar na vida e na obra do diretor Hayao Miyazaki foi um presente duplo! Meus parabéns, como sempre! Forte abraço!
Dr. Hélio, que bom saber que esse livro é bom! Recentemente comprei o Flow Guia Prático, mas ainda não li. Recomendo o documentário do Miyazaki, tem disponível no UA-cam, é muito bom mesmo! Grande abraço!
Pode ser que minha análise esteja toda errada, assisti o filme sem pesquisar absolutamente NADA sobre mas conhecendo obras mais antigas do Studio. Concluí que a obra parece ter um tom saudozista tanto de Hayao quanto do Studio inteiro, trazendo desde angulos de câmera, a arquitetura, a trama e outros aspectos q lembra outros longas do Studio, em especial Chihiro e Mononoke. Também interpretei pela jornada do luto assim q Mahito passa pelo portão onde diz que quem anseia pelo conhecimento tem q estar morto, algo assim. Talvez uma forma de expurgarmos nossa criança interior pra enfrentar o mundo adulto e as responsabilidades futuras. Mas em contraponto; uma figura mais velha, possivelmente retratando o próprio Miyazaki ou semelhante como "Deus" daquele mundo, um senhor dono do imaginário e seu mundo imaginário. Quase como se a criança que quase morre afogada e passa por alguns vários momentos submerso na água tivesse sobrevivido. Acho que a ideia é ainda mais reforçada quando o menino >deve< ser da mesma linhagem sanguínea, quase uma reencarnação. Genial a sacada dos pássaros, o meteoro e a construção por sua volta, a dupla maternidade abordada também. A garça tive quase a mesma impressão porém podendo ir mais a fundo, no começo a mesma era mística, magestosa, enorma e amedrontadora, mas com o passar do filme ela se mostra mais humana tanto fisicamente quanto seu comportamento. Adorei o fato de mesmo sem poder voar ela se esforça em salvar, diversas vezes, "a criança" que quase cai e muito durante o filme. E por último, voltando um pouco do filme, quando Mahito e Kiriko estão navegando com o peixe passam por muitas pessoas sem rosto que analisei por serem o público a analisar a obra, e mesmo podendo conter críticas, Kiriko diz "eles não podem matar", podendo se referênciar ao artista ou a obra. E os Warawara por se passar durante um período de guerra, em especial a segunda, refleti como se fosse o "Baby boom" ocorrido no final da época após o fim da guerra. Mas pode ser sim que estivéssemos falando de ideias e talvez as garças nesse caso reprentasem a insegurança e a vergonha de expor elas ao mundo de cima, este podendo representar o "ego" e o "superego".
Uma reflexão da própria psique do autor, também possivelmente interpretada como uma carta de despedida e conformação com o futuro, e que ao mesmo tempo, analisando pelo contexto histórico apresentado, abre até interpretação pra mentalidade do Japão Showa. - Senhor, temos o diagnóstico. - Diga logo, doutor. - É kino.
O tio do filme deve ser o autor, ele deve está procurando o sucessor, um descendente e o fato do tempo, deve ser o tempo de procura que teve ate agora. Seus filmes(mundo)são lindos, mas tambem existe a dor, o sofrimento. A torre desmoronando pode que ele nunca encontrei um sucessor que veja o mundo como ele ver.
Uma obra complexa de fato, como que um filme de poucas horas pode ter tanto simbolismo atrelado, isso hoje em dia é algo muito raro se comparar com outros filmes da atualidade. Acho que não é exagero dizer que a análise dessa é de outras obras do Miyazaki podem virar tema de TCC
*Contém Spoiler* Assistir esse filme me deixou em prantos (positivamente) já que nas cenas finais mahito entende que sua mãe faria tudo novamente, agora, como uma espécie de suas reencarnações. Isso me fez refletir bastante sobre a jornada individual de minha própria mãe, e as feridas emocionais que carrego com tudo isto. Esse é o verdadeiro poder da arte, Hayao Miyasaki jamais será capaz de entender a dimensão de seu trabalho, pois curou e continuará curando vidas e mais vidas, assim como a minha.
Cara, legal sua análise. Mas quase tudo que vc disse ai nunca foi mostrado ou sinalizado, é apenas uma suposição sua, e vc precisa supor tantas coisas porque o filme não cumpriu a função de te apresentar elementos ou informações suficientes. A animação pode ser muito bonita e bem feita em quesito visual, mas o roteiro ficou muito ruim, a construção ficou toda jogada com muito tempo de tela gasto em cenas sem utilidade pra história principal. Ficou até óbvio que queriam algumas partes queriam fazer uma cena bonita de tal jeito num tal lugar, foram lá e fizeram, mas não tinha como conectar aquilo na história principal e virou uma passagem sem utilidade. Só que metade do filme é isso. Agora as pessoas precisam ficar analisando entrelinhas e cada pixel na tela dessas cenas pra achar uma explicação pra alguma coisa fazer sentido pra dizer que um roteiro ruim na verdade é bom pq deixou uma pista aqui e outra ali, quando na verdade ele só foi mal feito mesmo. Não dói admitir isso. Eu acho que o as pessoas tem medo de assumir isso. Que o roteiro é mal feito e ficam arrumando desculpas e explicações mirabolantes para o filme fazer sentido, porque o filme em si não foi capaz de entregar essa satisfação pro telespectador. Essa mitologia toda em cima do autor e de ser a última obra dele, ou dele ter baseado os personagens em tais pessoas, tudo isso faz as pessoas ficarem procurando sentido em coisas que não existem, pq o roteiro simplesmente não cumpriu sua função.
Muito bem colocado. O filme deve se encerrar em si mesmo. Que ele tenha outras camadas é valoroso, mas se puder apenas ser compreendido a partir de fatores externos aí ele se perdeu, o que acredito ser o caso desse filme. Apesar de toda explicação/teorização apontada no vídeo ser plausível.
Filme não tem função de explicar nada amigo, abstração sempre foi válida e expressão e sentimento conta muito mais pra esse tipo de obra, essa mania de querer entender tudo só afasta de qualquer experiência que foge do padrão todo mastigado e expositivo.
Seu comentário é bem prepotente, "medo de assumir" o que exatamente? Pessoas discordam de você e cada um com seus motivos, ninguém precisa fingir o que acha e sua opinião não é parâmetro nenhum.
Vi no cinema esse filme e chorei copiosamente. Que lindeza! É um inventário do diretor sobre a sua trajetória. Eu senti que foi uma carta de despedida de um artista. Que privilégio podermos dar adeus a um artista, quando tantos se foram sem se despedir. Mesmo que eventualmente ele lance outro filme, sempre vou lembrar desse com um calor no coração.
Achei esteticamente lindo, com aquela camada de mistério e de coisas não ditas que eu gosto nos filmes do Studio Ghibli; mas confesso que achei ele bem complexo pra entender ou acompanhar e o final é anticlimático - o que faz sentido para o caráter autobiográfico.
6:32 - incrível!!!
O filme é uma narrativa da história do próprio estúdio, miazaki e outros conceitos psicológicos! Incrível!!!!
Tinha visto muitas análises, mas a sua sobre o filme foi a única que me fez realmente vê-lo por outros olhos devido a tantos dados e relações entre eles. Muito obrigada.
Esse foi o último filme que vi no cinema com minha amada mãezinha. 💔
meu diretor favorito, ninguém consegue fazer nada igual a ele
Muito obrigado pelo vídeo. Tenho Hayao Miyazaki como inspiração pessoal, na arte e na dedicação. Mas não sei muito bem o que pensar sobre o excesso de trabalho.
Na nossa sociedade temos o excesso de trabalho com o fim de obter mais lucro. Aqui a questão de Hayao é outra, o excesso está ligado a um senso de propósito pessoal. Penso dessa forma mesmo considerando toda a cultura workaholic do Japão. Além disso ele é bem contraditório em certos pontos como no caso de fazer filmes infantis mas ter sido um pai ausente, se encaixa com a análise sobre os pássaros.
Análise precisa. É bem legal ver como ele é gente que transfere sua humanidade para sua arte com tanta autenticidade. Muito obrigado pelo comentário!
Irmão,que filme e que análise,assisti pela primeira vez a alguns minutos e ainda estou digerindo tanta informação,acho q não vai existir outra obra de arte ao nível dessa, Miyazaki é o melhor roteirista e animador q já vi
Era esse o vídeo que estava procurando. Obrigada por seu trabalho 🙏
O tempo da gente.
Um garoto e seu luto. Um Japão que lida com sua tragédia. Uma família em reconstrução.
Miyazaki revisita o passado, constrói um presente de traumas e fantasia (sombrio e colorido ao mesmo tempo) e olha com esperança para o futuro.
Visualmente é um filme absolutamente espetacular, hipnotizante. Uma obra sobre os labirintos da mente, da alma e da percepção de mundo.
Fantasia e realidade jamais soltam as mãos nesta grande viagem onírica sobre escape das angústias, entendimento interior e reconciliação com o seu próprio universo.
Aceitar o que foi vivido e perceber o amor recebido. Querer voltar, mas agora sabendo que pode dar mais em troca.
Entender que a beleza em volta e a poesia que se vê, sente e não se pode explicar são acima de tudo uma questão de olhar.
"Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia." - Já dizia Shakespeare.
Li um comentário comentando que era o 8 1/2 de Miyazaki e achei engraçado, mas após assistir me parece uma descrição bastante precisa.
O Menino e a Garça é uma história fantástica como esperado do Ghibli, mas também é um metafilme sobre o diretor, sua trajetória e despedida. Além de nítidos ecos a outras filmes do estúdio, como Túmulo dos Vagalumes, O Castelo Animado, Reino dos Gatos, A Viagem de Chihiro, Vidas ao Vento, entre outros, percebe-se que em vários momentos usa os personagens para tanto fazer uma reflexão sobre si. Ora ele é menino em seu luto silencioso, ora é o mago contemplando o fim de seu reino, ora é a garça oferecendo escapes tentadores.
Ao fim, a mensagem é um adeus firme, mas necessário: nada dura para sempre, a fuga da realidade é uma ilusão e ninguém pode substituir outra pessoa.
Contudo, se, em um nível simbólico, ele é excelente, em termos de narrativa, ele é bom, mas deixa a desejar em alguns aspectos. O que mais me incomoda é a falta de desenvolvimento dos próprios personagens e seus relacionamentos. Alguns momentos acabam sendo anticlimáticos por essas lacunas. O que é uma pena. Sei que quem assistir dentro do contexto da filmografia e da vida de Miyazaki vai ter uma experiência excelente, mas não posso ignorar que há outras leituras que terminam um tanto frustradas.
O filme é lindo e em diversos momentos me lembrou de outros do studio como quem reverencia sua própria história. Para mim a mensagem deixada é a de que apesar de não podermos mudar parte da jornada ainda é possível aproveitá-la dando o nosso melhor, sendo honestos diante das nossas escolhas e assim construir uma vida com esperança em um mundo no qual valha a pena estar porque aqueles que amamos, inclusive nós mesmos, também fazem parte dele.
Escolher o amor numa realidade de cicatrizes, turbilhões e inevitáveis dores. Não poderia ser mais Miyazaki.
Ao fantástico diretor: Obrigado por tudo! Seu cinema incrivelmente rico em detalhes, significados e beleza nunca será esquecido.
Lembrei muito de ''Matrix'' assistindo essa animação, toda a história de Torre e tio-avô (arquiteto), as portas, descendente (escolhido), é um filme bem enigmático, mas sem deixar cair o padrão de qualidade de sempre, colorido, estranho, fantasioso e diferente.
Que comentário maravilhoso 💖
@@amandacardosoms Feliz em ajudar
muito maneiro!! tô maratonando seus vídeos, simplesmente não consigo parar de ver haha!! uma sugestão: uma análise psicológica do filme francês La Haine de 1995
Seja bem vindo, Felipe! Ótima sugestão!
Foi a melhor análise que vi do filme!
Muito obrigado!
Meudeus eu estou tão contente de ter encontrado o seu canal e principalmente agora, este vídeo. Excelente, contém informações que eu jamais fazia ideia sobre o diretor. Muita análise psicológica realmente neste e em outros filmes dele
Gratidão pela explicação, amo todos os filmes do Studio Ghibli sempre reassisto todos mas esse em particular não tinha conseguido entender, não tinha conseguido ver os ddetalhes de sempre do Miasaki, principalmente sobre o universo em volta da animação e agora entendi o porque. Tinha visto esse documentário dele e vi o quanto é dificil abrir mão de um legado, o quanto é dificil pra ele abrir mão de tudo que construiu. Me fez entender muito, ainda não é meu filme preferido, mas agora pelo menos faz sentido.
Esse video é incrivel.
Obrigada por ter feito.
Eu que agradeço seu comentário!
Estou lendo Criatividade: O flow e a psicologia das descobertas e das invenções, de Mihaly Csikszentmihalyi, e nunca havia lido algo tão interessante sobre o processo criativo ou mesmo algo especificamente dedicado ao tema. Esta sua análise de O Menino e a Garça é um maravilhoso presente neste momento em que leio o livro e reflito sobre minha própria criatividade. Ir além da sua costumeira e sempre criativa análise da obra para mergulhar na vida e na obra do diretor Hayao Miyazaki foi um presente duplo! Meus parabéns, como sempre! Forte abraço!
Dr. Hélio, que bom saber que esse livro é bom! Recentemente comprei o Flow Guia Prático, mas ainda não li. Recomendo o documentário do Miyazaki, tem disponível no UA-cam, é muito bom mesmo! Grande abraço!
@MinutosdeSanidade sério! Vou assistir agora
eu achei mtt lindo e cheio de paradigmas psicologicos, sou estudante de psico e adorei teu video parabens.
Excelente análise
Primeira vez no Canal, que analise incrível
Nossa parabéns pela sua análise! Achei sensacional! Agora vou querer ver o filme mais vezes tbm tendo sua análise como referência!
adorei o vídeo e as referências ao jung
Grata pela sua análise.
Muito bom!
Muito obrigado, Sophia!
que video maravilhoso viu
Pode ser que minha análise esteja toda errada, assisti o filme sem pesquisar absolutamente NADA sobre mas conhecendo obras mais antigas do Studio.
Concluí que a obra parece ter um tom saudozista tanto de Hayao quanto do Studio inteiro, trazendo desde angulos de câmera, a arquitetura, a trama e outros aspectos q lembra outros longas do Studio, em especial Chihiro e Mononoke.
Também interpretei pela jornada do luto assim q Mahito passa pelo portão onde diz que quem anseia pelo conhecimento tem q estar morto, algo assim. Talvez uma forma de expurgarmos nossa criança interior pra enfrentar o mundo adulto e as responsabilidades futuras. Mas em contraponto; uma figura mais velha, possivelmente retratando o próprio Miyazaki ou semelhante como "Deus" daquele mundo, um senhor dono do imaginário e seu mundo imaginário. Quase como se a criança que quase morre afogada e passa por alguns vários momentos submerso na água tivesse sobrevivido. Acho que a ideia é ainda mais reforçada quando o menino >deve< ser da mesma linhagem sanguínea, quase uma reencarnação.
Genial a sacada dos pássaros, o meteoro e a construção por sua volta, a dupla maternidade abordada também. A garça tive quase a mesma impressão porém podendo ir mais a fundo, no começo a mesma era mística, magestosa, enorma e amedrontadora, mas com o passar do filme ela se mostra mais humana tanto fisicamente quanto seu comportamento. Adorei o fato de mesmo sem poder voar ela se esforça em salvar, diversas vezes, "a criança" que quase cai e muito durante o filme.
E por último, voltando um pouco do filme, quando Mahito e Kiriko estão navegando com o peixe passam por muitas pessoas sem rosto que analisei por serem o público a analisar a obra, e mesmo podendo conter críticas, Kiriko diz "eles não podem matar", podendo se referênciar ao artista ou a obra. E os Warawara por se passar durante um período de guerra, em especial a segunda, refleti como se fosse o "Baby boom" ocorrido no final da época após o fim da guerra. Mas pode ser sim que estivéssemos falando de ideias e talvez as garças nesse caso reprentasem a insegurança e a vergonha de expor elas ao mundo de cima, este podendo representar o "ego" e o "superego".
Uma reflexão da própria psique do autor, também possivelmente interpretada como uma carta de despedida e conformação com o futuro, e que ao mesmo tempo, analisando pelo contexto histórico apresentado, abre até interpretação pra mentalidade do Japão Showa.
- Senhor, temos o diagnóstico.
- Diga logo, doutor.
- É kino.
Vídeo incrível 👏👏. Filme complexo mesmo, com animação nível Oscar 🏆.
Adorei o vídeo 🐦🧒🏻
Nossa que video ótimo ❤👏👏👏
Muito obrigado 😊
O tio do filme deve ser o autor, ele deve está procurando o sucessor, um descendente e o fato do tempo, deve ser o tempo de procura que teve ate agora. Seus filmes(mundo)são lindos, mas tambem existe a dor, o sofrimento. A torre desmoronando pode que ele nunca encontrei um sucessor que veja o mundo como ele ver.
Esse filme é uma bagunça sem fim. Mas percebi vários pontos profundos e estou buscando analisar. Mas a animação é linda demais.
Uma obra complexa de fato, como que um filme de poucas horas pode ter tanto simbolismo atrelado, isso hoje em dia é algo muito raro se comparar com outros filmes da atualidade.
Acho que não é exagero dizer que a análise dessa é de outras obras do Miyazaki podem virar tema de TCC
*Contém Spoiler*
Assistir esse filme me deixou em prantos (positivamente) já que nas cenas finais mahito entende que sua mãe faria tudo novamente, agora, como uma espécie de suas reencarnações. Isso me fez refletir bastante sobre a jornada individual de minha própria mãe, e as feridas emocionais que carrego com tudo isto. Esse é o verdadeiro poder da arte, Hayao Miyasaki jamais será capaz de entender a dimensão de seu trabalho, pois curou e continuará curando vidas e mais vidas, assim como a minha.
Não consegui pegar o conceito de anima...
Cara, legal sua análise. Mas quase tudo que vc disse ai nunca foi mostrado ou sinalizado, é apenas uma suposição sua, e vc precisa supor tantas coisas porque o filme não cumpriu a função de te apresentar elementos ou informações suficientes. A animação pode ser muito bonita e bem feita em quesito visual, mas o roteiro ficou muito ruim, a construção ficou toda jogada com muito tempo de tela gasto em cenas sem utilidade pra história principal.
Ficou até óbvio que queriam algumas partes queriam fazer uma cena bonita de tal jeito num tal lugar, foram lá e fizeram, mas não tinha como conectar aquilo na história principal e virou uma passagem sem utilidade. Só que metade do filme é isso. Agora as pessoas precisam ficar analisando entrelinhas e cada pixel na tela dessas cenas pra achar uma explicação pra alguma coisa fazer sentido pra dizer que um roteiro ruim na verdade é bom pq deixou uma pista aqui e outra ali, quando na verdade ele só foi mal feito mesmo. Não dói admitir isso.
Eu acho que o as pessoas tem medo de assumir isso. Que o roteiro é mal feito e ficam arrumando desculpas e explicações mirabolantes para o filme fazer sentido, porque o filme em si não foi capaz de entregar essa satisfação pro telespectador. Essa mitologia toda em cima do autor e de ser a última obra dele, ou dele ter baseado os personagens em tais pessoas, tudo isso faz as pessoas ficarem procurando sentido em coisas que não existem, pq o roteiro simplesmente não cumpriu sua função.
Muito bem colocado. O filme deve se encerrar em si mesmo. Que ele tenha outras camadas é valoroso, mas se puder apenas ser compreendido a partir de fatores externos aí ele se perdeu, o que acredito ser o caso desse filme. Apesar de toda explicação/teorização apontada no vídeo ser plausível.
Filme não tem função de explicar nada amigo, abstração sempre foi válida e expressão e sentimento conta muito mais pra esse tipo de obra, essa mania de querer entender tudo só afasta de qualquer experiência que foge do padrão todo mastigado e expositivo.
Seu comentário é bem prepotente, "medo de assumir" o que exatamente? Pessoas discordam de você e cada um com seus motivos, ninguém precisa fingir o que acha e sua opinião não é parâmetro nenhum.
Tive, infelizmente, a mesma impressão. Tá longe de ser uma obra prima típica do Studio Ghibli e do nível do autor.
AMO MIYAZAKI, AMO STUDIO GHIBLI, mas que filme RUIM! Desorganizado do início ao fim!
O bait véi