Sou português e adorei este vídeo. Extremamente interessante entender as variações e algumas considerações históricas da nossa língua. Obrigado e adoraria ver mais detalhes ainda sobre o sotaque nordestino que tem características bem interessantes da língua portuguesa!
Sou paraibana e já vi pessoas do interior do Ceará falando igualzinho a paraibanos, eu sou apaixonada por sotaques. Acho que não consigo ouvir as pessoas falarem sem tentar identificar de onde elas são, eu simplesmente não consigo me desvencilhar dessa mania 😂😂😂
@@anajaquelinefernandes75 O pessoal do Cariri cearense fala igual ao do RN (incluindo eu mesmo), da Paraíba, Alagoas, Sergipe e do interior de Pernambuco.
Também sou português. Este canal é muito bom. Parabéns!. No Norte de Portugal, sobretudo no interior, ainda se diz assim: "u~a, algu~a, nenhu~a", como em galego. Em Trás-os-Montes, alguns dialetos não têm nasalização em "bom". Nessa pronúncia, é pronunciado "bô". Penso que também existe em dialetos do galego.
Sou de Mossoró, seu conterrâneo potiguar. Tenho orgulho de ver uma intelectualidade nossa se sobressaindo na internet. Se puder e tiver disponibilidade, poste mais vídeos. Abraço!
"aí se um nordetino começar a falar rápido e t- num tirrer prestanatenção, - rai entender nado quearrente tá dizen-não". Você é um craque. Abraço aqui de Salvador-Ba.
@@glossonauta "aí se um nordetino começar a falar rápido e t- num tivher prestan'atenção, vhai entender na'do que a ghente tá dizen' não". Gosto de transcrever assim nossos aspectos em comum do Nordeste. Sou do Maranhão.
Sou de Ouricuri-PE e moro há 6 anos em Recife, e é absurda a diferença de sotaque. Também já morei em Petrolina-PE e percebiam que eu não era de lá, sendo que são apenas 200km de distância. São diversos sototaques no mesmo estado, acho isso incrível.
Realmente a diferença do sotaque do interior pro de recife é muito engraçada de tão absurda, a família do meu pai é de Salgueiro no sertão de PE, só que fazia muito tempo que eu não ia visitar (nasci e cresci em recife) e era muito engraçado que as vezes eu sequer conseguia entender eles, daí que eu percebi que o sotaque do meu pai ficou bem suavizado com o tempo e olha que eu ainda noto (quando ele volta no interior parece que revive o sotaque) mas o que eu também achei interessante é que eles diziam que o meu sotaque recifense é muuito forte e engraçado e que eu chio muitokkk (não achei q fossem notar tanto porque mesmo eu sendo de recife meus amgs daqui dizem q eu falo com o sotaque forte)
@@kalineb.barboza1171 Oi, Kaline!!! Então com certeza alguém da minha família conhece a sua! Fala alguém que ainda more lá, ou que morou por muito tempo. Meus pais conhecem literalmente todo mundo.
Muito interessante, este vídeo. Não fazia ideia que no Brasil se conservava a forma "ũa". Em Portugal essa forma desapareceu completamente em todos os sotaques e só se mantém, hoje, numa pequena zona do nordeste português (curiosamente), nomeadamente em Miranda do Douro (cidade da região de Trás-os-Montes), onde se preserva uma língua que está quase a desaparecer, denominada Mirandês (alcançou o estatuto de língua em 1998).
@@g-ps o recurso ao grafismo "ũa" foi simplesmente para representação fonética. O vídeo deixou claro que a discussão era sobre fonemas e não formas gráficas.
@@gloriaobermark3410, por isso é que eu afirmei que é curioso que em Portugal seja também no nordeste que se verifica a permanência dessa forma fonética.
Vi um comentário de uma pessoa dizendo que países que já foram colônias tendem a preservar muita coisa do idioma falado antigamente, o português eu vejo assim também. O Nordeste foi a parte do Brasil que menos sofreu influência de outros povos como italianos, alemães, etc. como acontece na região sul e sudeste e por isso, pra mim, o sotaque nordestino é o que mais se aproxima do português de Portugal ou português antigo
@@madrugaobrabo9994E o curioso é que mesmo depois da ocupação holandesa, nós não absorvemos nada da língua desses colonos, pelo menos eu acho que não.
Eu gosto muito dos teus vídeos, mesmo não sendo nordestino. É raro em português encontrarmos um canal técnico sobre as características de nosso português brasileiro, a enorme maioria dos vídeos resume-se a curiosidades sobre gírias ou alguma etimologia. Os sotaques brasileiros são parte do que somos, e precisam ser valorizados. Um adendo, sobre o foi dito no vídeo. A conjugação "alternativa" do pronome "Tu" ocorre também em Santa Catarina. O "Tu Visse?" é uma expressão bastante comum, principalmente na região metropolitana de Florianópolis. O "qués" também existe, inclusive numa frase folclórica da região: "Se qués, qués. Se não qués, não tem quem qués". Eu creio que seja alguma característica arcaica do português ainda preservada, tanto no nordeste quanto no litoral catarinense.
"Visse", "Fizesse", "Falasse", "Dissesse" e outras ainda são bastante utilizadas no RS e SC. "Estás", "És/Eres" também são bem utilizados, mas esses creio que vem do proximidade com a região da Cisplatina.
Muito interessante! Eu sou de Recife, mas moro desde 1991 em Innsbruck - Áustria. Criei os meus filhos falando português e eles têm o sotaque de Recife! Kkkk Quando vim morar aqui, raramente falava português, então perdi os vícios de linguagem típicos do recifense, mas quando eu vou ao Brasil, depois de alguns dias, voltam naturalmente. Eu acho os sotaques de Recife, Natal, João Pessoa e Maceió bastante parecidos! Amo o nosso sotaque nordestino! 😊
Eu acho assim, falando das capitais, que João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Natal são muito parecidos. O de Fortaleza lembra alguma coisa do de São Luiz, e os de Teresina e Salvador são únicos, é algo realmente que só se explica naquela localidade.
@@DanielTaddone Você acha? Interessante ler seu comentário. Historicamente, Bahia e Sergipe já foram um só território até a separação em 1835, se não me falhe a memória. Há um intercâmbio e conexão entre esses 2 lugares e migração constante dos 2 estados de um lugar para o outro. Já ouvi dizer que no Espírito Santo, muito distante, os sotaques do recôncavo e do capixaba, muito, mas MUITO distante, há algumas franjas nos sotaques que se tocam, mas não sei dizer, pois nunca lá estive. Mas levarei em conta demais a sua observação.
@@rafaelpires778 Ser parecido não significa ser igual. Obviamente que são diferentes, mas compartilham diversas semelhanças. Para um ouvido não treinado é fácil confundi-los.
"Aí se o nordestino começar a falar rápido e tu não tiver prestando atenção, vai entender nada que a gente tá dizendo não". Muito massa o conteúdo que você traz pro UA-cam. Abraços de Mossoró.
Caí de paraquedas neste vídeo! Já me inscrevi no canal. Que maravilha! Quanta informação! Sou paulista, da grande SP, mas moro em MS. Já morei no interior de SP, onde o sotaque é bem diferente da capital. Já morei em MG, a família do meu esposo é de origem alemã, da região sul, tem um sotaque peculiar de colônia. Convivi e convivo com muitos nordestinos, todos meus amados amigos e eu acho lindo esse sotaque! ❤
Sou de Dourados/MS, já quase fronteira com o Paraguai, mas sou filha de pais e avós cearenses que migraram para a região na década de 50. Aqui no MS já falamos com influência de vários povos, estado novo. Fui no sertão cearense há pouco tempo, e é incrível como lá teve pouca mistura, falam exatamente como meus pais falavam. Lindamente cantado, amei o sotaque deles.
No primeiro vídeo que eu assisti, já cliquei de imediato em "Inscrever-se". E identifiquei de imediato o sotaque nordestino. Adoro o sotaque nordestino, porque também sou nordestino "da gema". E quando o professor desse vídeo elogiou o sotaque nordestino, eu fiquei muito feliz. Também sou formado em Letras pela UFPB. Tive um professor linguista que era da Bahia, além de ser também nordestino, ele não elogiava nosso sotaque, pelo contrário criticava. Fiquei o curso todo com raiva dele. Meus parabéns ilustre, muito obrigado por nos valorizar tanto.
Bah, nunca tinha percebido essa pronúncia ūa. Interessante que certa vez um amigo galego justamente me pediu pra mandar áudio de como eu pronunciava essa palavra.
Concordo plenamente contigo. Sou Potiguar, do Seridó. Convivi com pessoas de vários estados nordestinos, de cidades interioranas e capitais, e sempre prestei atenção nos sotaques. Acho lindo nosso "falar", oriundo de um português mais arcaico e antigo, dos ancestrais portugueses que aqui chegaram e adentraram nós Sertões. Parabéns pelo vídeo.
Sou filho de alagoano e amazonense e cresci em Manaus. Achei muito curioso quando ouvi a pronúncia de “fóme” de uma amiga de SP. É um esforço mesmo até imitar. Muito legal o vídeo!
Sou nordestino de sergipe que vivi muitos anos fora do nordeste. Mas foi muito prazeroso ouvir esse vídeo. Me identifiquei muito . Orgulhoso de ser nordestino
O que vc falou sobre o sotaque da região metropolitana do recife e do interior de Pernambuco está correto mesmo. É notório a diferença, tanto que quando as pessoas que moram na capital vai para um interior de Pernambuco, ja sabem que a pessoa é de Recife. Excelente vídeo!!
isso é muito real, nasci e cresci em recife, mas meu pai e a família dele são do sertão de pernambuco e apesar do sotaque dele já ter se suavizado por morar muitos anos aqui, sempre que ele vai no interior o sotaque volta mais forte e fazia muito tempo que eu não ia lá daí as vezes eu mal entendia o pessoal enquanto eles diziam que eu tinha o sotaque muito engraçado e forte de recife pq eu chio muitokkkk
Estou maravilhada...pq era algo que sempre percebi a diferença na nossa pronúncia e achava que não era correto.. Já compartilhei... Vou deixar salvo pra assistir novamente. O outro da harmonia vocálica tbm é incrível já assisti uãs (kkk) cinco vezes...
Sou de Recife, e a única exceção ao meu sotaque é as mudanças do v, g, z como "a gente" por "arrente". Quando falo em escrito com portugueses, mais de uma vez já me repreenderam por tentar "imitar" a escrita deles. Geralmente após um "estou bem, e tu tás bem?" Os recifenses conjugam o tu algumas vezes, principalmente nos verbos ser e estar. Mas na maioria é a conjugação "tu fizesse, cantasse, falasse"...
Sou sergipano e quando estive em Curitiba, uma senhora que atendia em um restaurante pediu para eu falar mais devagar pq ela não conseguiu entender e perguntou de onde eu era . Eu tava falando normal, kkkk.
Recentemente viralizou um vídeo de um japonês falando "pernambuquês" (ele aprendeu com recifenses que trabalharam com ele numa churrascaria no Japão)... Seria interessante vc fazer um vídeo reagindo e explicando as características do sotaque dele, bem como variações linguísticas
Vi esse vídeo. É impressionante não só a fluência dele,mas principalmente como ele assimilou o sotaque recifense. Posso dizer como recifense que ele fala idêntico a um nativo daquela capital. Incrível!
Sou de Juazeiro do Norte - CE, passei a te acompanhar em 2023, eu já me interessava por linguística antes, mas por sua causa passei a me aprofundar mais no assunto. E como nordestino cearense posso falar q tudo q ele falou aí é verdade. O artigo antes do nome próprio é algo q eu já notava, mas nunca tinha visto um estudioso falando sobre. Que venham mais vídeos, e parabéns pelo conteúdo, q é único no Brasil
Sou pernambucana e cresci em SP, uma vez fui comentar que os três sotaques que eu mais gostava eram o nordestino, o carioca e o mineiro. Só veio lacração dizendo que eu estava desrespeitando, eu explicando que era o sotaque geral da região e mesmo assim insistiam, galera não consegue reconhecer quando exagera, aí corrigi meu texto e coloquei todos os Estados pertencentes à Região em vez do termo "nordestino", foi quando a discussão terminou kkk
Sou de Feira de Santana, Bahia. Aqui tem uma mistura de sotaques. Me identifiquei com várias coisas, principalmente a pronúncia do "ua" e "algum a", mas também nas palavras "Bãnana" e "cãminho", apesar de não pronunciar o T e o D como na maior parte do nordeste.
Me identifico muito quando você grava um vídeo sobre os sotaques do Nordeste. Como sou do interior da Paraíba, me identifico com praticamente tudo. 21:56 Só não costumo falar "vais" ou "qués", mas já ouvi outras pessoas falando assim.
Sou Campinense (Campina Grande - PB) Um grande abraço! Agradeço seu empenho em explicar a origem do nosso sotaque. Acredito que muitos cresceram achando que falavam errado, pois, era diferente da fala do povo do sudeste, que são os que mais tinham destaque nas mídias televisivas e sociais há alguns anos. Isso tem mudado, e agradeço pela aula, pois nos ajuda a reconhecer nossas raízes e sotaques.
Nobre, se você notar, em muitos poemas em português mais antigo, o "ûa" (entenda "u" com til, pois não consegui ver como digitar isso) contaria como um sílaba, na métrica. Já o "uma" contaria como duas. Fazendo, assim, muita diferença para o poeta (no que tange à sonoridade/escansão). Apesar de, aqui no Sertão de Pernambuco, falarmos "ûa", no cotidiano, nós, os mais ligados ao "repente", tendemos a, glosando ou decantando, falar "û-ma", pois, nem queremos perder a rima com "ruma", "verruma", "apruma", como também não o desejaríamos em se tratando da contagem das sílabas, visto que, tanto dizer "ûa", como se fosse uma sílaba, soaria muito apressado e forçoso, bem como separar o "û" do "a", na recitação, soaria estranho (isso, sem o recurso articulatório da bilabial). Uma dúvida: Nas palavras como "arruma" (ou nas já citadas!), no português arcaico, o "m" se agregava à vocal subsequente?
Eu sou do interior de Pernambuco e falo ūa e suas variantes, quando não estou monitorando 😂 Parabéns pelo vídeo e por chamar a atenção para que existe regra no " sutaque" nordestino e que existe diversidade.
@@josemenck5417 porque percebia como desprestigiada, falada por pessoas que não têm estudo. Achava que era um erro meu , quando, na verdade, é uma marca linguística histórica presente em partes da região Nordeste do Brasil. Quanto ao monitoramento, de um modo geral, creio que ocorre com falantes de todas as línguas em situações mais formais, entendo como uma escala, quanto mais informal ,mais relaxado.
Video muito bão, aqui no centro-oeste paulista onde cresci, me lembro de falar CAHALO ao invés de cavalo quando criança. Devido a pressão de aprender a norma culta parei de fakar assim kkk
Sou do interior do RN e lá sempre associamos o "tu visse?" ao modo natalense de falar. Era comum escutar: "foi morar em Natal e já voltou falando tú 'pra' todo lado!" rsrsrsrsrsrs
Sou de Pernambuco, e acho que isso vale também para palavra CAMINHO, VINHO, CARINHO, ou o diminutivo, PENINHA, MÃOZINHA, ÁGUA. O H para gente é mudo e pro resto do Brasil tem som de Y, e a letra O sempre é um U. Também tem a palavra CONTIGO, a gente pronuncia CÕTIGU, e quando eu estava lendo as cartas de Duarte coelho percebi que eles tbm escreviam assim antes.
Muito interessante ver alguém com tanto interesse pelo sotaque nordestino. Sou paulista, mas minha família é lá do Seridó potiguar. Sempre que vou visitar meus parentes acabo percebendo algumas coisas interessantes da fala local: a troca do som de g/j por "x" (igreja sendo dita como "igrexa"), uma fala mais relaxada... Ótimo vídeo!
Sou do maranguape região metropolitana de Fortaleza e falo costa norte diferente do pessoal de fortaleza que anda perdendo o sotaque a galera mais do interior mantem o costa norte bem forte e é muito bom saber desses detalhes que o sotaque manteu do português ARCAICO. Sotaque nordestino no geral é uma coisa muito interessante
Se tem um lugar que mantêm o sotaque/dialeto costa norte, com certeza, é Fortaleza. O que acontece é uma enxurrada de novas gírias entre os mais novos (crianças e adolescentes), "mano", "cria", "brotar" etc. Sabemos que isso é por causa da internet, mas o sotaque costa norte continua. Me diga quais seriam as diferenças.
Sou do Seridó Potiguar e me identifiquei bastante com o vídeo. É tão interessante que enquanto assistia eu ficava repetindo as palavras ditas, só pra saber se era assim que eu pronunciava também (e realmente é). Muito bacana. É ótimo ver um potiguar aqui nessa rede tratando de assuntos tão interessantes
Cara conheci teu canal a uns 3 dias, por uma recomendação de um vídeo com um gringo no omegle, estou estudando italiano e acho que foi por isso que apareceu. Assistindo esse vídeo decobri agora que tu é de Natal, sou aqui de Parnamirim. Muito feliz em vê um canal com uma assuntos tão legais aqui da nossa terra, parabéns man! Sou do audiovisual se precisar de alguma ajuda pra alguma parada em relação a áudio e vídeo pode contar comigo.
Excelente vídeo. Meu pai é do interior do Piauí, perto da divisa do Piauí, Pernambuco e Bahia. Já nasci na capital, Teresina, mas percebemos claramente o sotaque da capital com a região do meu pai que tem o sotaque do interior de Pernambuco da região de Araripina.
Muito interessante vídeo! Sou de Floripa e também é muito comum conjugar o "tu" de maneira bem parecida, diria que no geral é a maneira mais comum no litoral mais central de Santa Catarina!
É muito importante perceber que as pronúncias de sotaques atuais mais parecidas com as antigas são as de locais portuários (principalmente se era/é a capital ou maior cidade da região). Exemplos: no nordeste, a maior parte das capitais são cidades costeiras. Assim como o Rio de Janeiro. Isso faz com que o povo da região mantenha (e tenha mantido) contato com povos de outros lugares com mais frequência. E ainda, no caso do Rio de Janeiro, que manteve uma pronúncia parecida com a forma com a qual a família real falava, só fala assim por conta da influência que os franceses tinham na família real. Ou seja, Cariocas falam de uma forma que tenta imitar os franceses porque a família real o fazia. Percebo que as pessoas que moram mais no interior do país evoluíram a pronúncia de uma forma diferente (eu mesmo falo *uma* e sou de SP, apesar de minha família vir de Pernambuco). Mas tudo influencia em tudo. Nada é puro, mas sim uma variação do que a história permitiu. Não me lembro se aprendi isso assistindo aos seus vídeos nos últimos anos, mas caso não seja, gostaria de contribuir. E caso eu esteja errado, já que idiomas são um _hobbie_ para mim, me corrija. Obrigado por mais um vídeo *muito interessante!*
Adoro seus vídeos! ❤ Sou paulistana (SãoPaulo/SP), filha de um maranhense (São Luiz/MA) - mas filho de Português - com uma taubateana (Taubaté/SP). Além disso, sou fonoaudióloga e amo estudar línguas e linguagem. Imagina como seus vídeos tem me ajudado a entender essa miscelânea! 😂😂😂😂 Obs.: Às vezes, quando atendemos algum ator, temos que dar instruções simplificadas e não exatamente linguisticamente precisas. Imagino que possa ter sido isso o que aconteceu com o ator citado e o/a profissional que o orientou, por que fonoaudiólogo bem formado sabe que sotaque não é erro. Ou, talvez, a personagem que esse ator fosse representar tivesse que apresentar o sotaque em que a regra seria falar "uma" e não "ūa" (como não encontrei U com til no meu teclado, tive que adaptar). 😉
Sou de Natal e minha namorada de Brasília e a gente sempre discutiu as diferenças de nossos sotaques, me identifiquei muito com o vídeo e agora com as explicações técnicas sobre essas diferenças que a gente identificava mas não compreendia muito bem o porquê. Foi uma ótima tima aula 👏🏽👏🏽👏🏽
Interessante o vídeo Glossonauta, parabéns pela explicação da origem do ũa. No caipira Paulista da região do médio Tietê também era falado assim, mas hoje em dia só as pessoas mais idosas que mantém esta forma de falar e atualmente está praticamente desaparecido na região!
Papai, que era de Juazeiro do Norte, e saiu do Ceará aos quinze anos, adorava ler, escrevia muito bem, mas ainda falava tóchico, e saam daqui. Quase não se notava o sotaque, mas estas duas palavrinhas ele nunca deixou de pronunciar deste modo que achávamos engraçado quando éramos crianças. Meu avô pernambucano usava aquelas expressões típicas do interior do nordeste. O que sei é que adoro sotaques de todos os lugares, todos me parecem muito saborosos, e tinha a tendência de me deixar influenciar a cada mudança que fazíamos. E foram muitas mudanças, como boa família de cearense e mineira. Por isso tudo adoro seus vídeos sobre idiomas, sotaques, origem dos sons e palavras.
Amigo, sou do interior de Pernambuco e percebi que seu sotaque tem umas diferenças nas palavras que terminam com “de” e “te”, vc não fecha tanto quando a gente que fala “di” e “ti”. Isso pode ser considerado alguma variação da sub-região? Em geral, tudo que você falou, tanto nesse quanto no primeiro vídeo, eu me encaixei. Amei as análises, fiquei bestinha hahaha
Na minha cidade, Felipe Guerra - RN, a gente fala do sotaque de Apodi - RN, nós costumamos dizer que eles cantam mais do que a gente. E em Mossoró a gente consegue notar uma diferenças, apesar da similaridade. Um amigo meu de Caicó - RN sempre dizia que quando chamamos alguém pelo nome, costumamos mudar a silaba tônica pro final. Por exemplo: su-sa-naa!
Seus vídeos são excelentes, amigo. Acompanho silenciosamente há algum tempo... como cearense me sinto muito bem representado pelo que traz, você faz jus até à denominação genérica de "sotaque nordestino". Com a arqueologia do léxico, faz sentido... e belo, um inculto cheio de cultura! Sobre o sotaque mineiro, sinto que é uma mistura muito evidente dos correspondentes nordestino e sudestino, no que o exótico aos do sul é o familiar aos que estão mais ao norte... ainda que possamos localizar a capital ao sul do Estado, é do norte seco, um continuum com o semiárido nordestino, que vem a formação das mais recentes gerações de Beozonte, cidade jovem e de crescimento muito rápido com as leva do interior. É daí que vem parte do âmago da alma do mineiro e de seu mineirês, e Minas é como o 10° estão da região (muito embora os da região Norte também se abolete de cearenses, potiguares, pernambucanos e seus descendentes).
Do desafio (que esqueci de comentar, tão animado em falar de mais coisas): AÍ SE O NORDESTINO COMEÇAR A FALAR RÁPIDO E NÃO TIVER PRESTANDO ATENÇÃO NÃO VAI ENTENDER NADA DO QUE A GENTE TÁ DIZENDO, NÃO. (entendi de primeira, difícil era lembrar tudo na hora de escrever, daí voltei 5 vezes... kkkk)
02:55 Glossonauta: Natal, Rio Grande do Norte (Tranquilo, escrevo o comentário para eu lembrar sempre, porque ainda não consigo distinguir tantos sotaques brasileiros que quero reconhecer)
Sou do triângulo e morei em Fortaleza, e escutava muito sobre essa associação com o sotaque mineiro. Adoraria um vídeo sobre os sotaques de Minas Gerais 🤍(mineiro, sertanejo, caipira, zona da mata, norte mineiro…)
Adorei que no minuto 23:29 você usou exemplos reais de pessoas que são próximas a você kkkkkk. "Rodrigo gosta de cantar" e "Luiza lê muito". Tá me devendo um exemplo com meu nome agora hehe
Mais uma vez fenomenal. Mantenha essa nova constância de vídeos, por favor. Eu falo uma mistura de sotaque mineiro e caipira. Num primeiro momento, ouvir UM-A, AL-GUM-A e NE-NHUM-A me causou estranheza. Isoladamente, eu certamente as pronunciaria unindo o M ao A, e não ao U. Mas, pensando bem, vejo que, quando falamos mais relaxadamente, a pronúncia tradicional também é usada. Por exemplo, tanto "não tinha NE-NHU-MA pessoa lá" e "não tinha NE-NHUM-A pessoa lá" me soam perfeitamente naturais. Nunca tinha parado para pensar nisso e, caso alguém me tivesse feito refletir sobre isso antes, eu infelizmente teria presumido que UM-A, AL-GUM-A e NE-NHUM-A fossem corrupções descompromissadas da pronúncia tradicional. Não poderia estar mais errado. E isso é triste porque, apesar de ambas as formas serem usadas nas conversas do dia a dia, num contexto mais formal, todo mundo opta pela pronúncia mais recente, pesando ser a mais "correta".
Me veio uma dúvida sobre a questão da conjugação de "tu". Você acha que essa forma "errada" de conjugação (por exemplo "tu foi", "tu falou" ou até "tu fosse" e "tu falasse") poderia se tornar uma forma correta, conforme fosse mais usada e comum pelas pessoas, criando uma evolução na língua (só nas partes do país em que o português é falado assim), assim como outras diferenças no sotaque? Considerando isso, será que um dia, daqui a muito tempo, o português com os vários sotaques pelo país, vai se dividir em línguas diferentes devido às várias diferenças, assim como as várias línguas vindas do latim? Acho a etimologia portuguesa muito interessante e conheci ela graças ao seu primeiro vídeo analisando o sotaque nordestino. Acho muito interessante também a questão dos "tis", "dis", "tchis" e "djis". Seus vídeos são muito interessantes.
eu amo quando você fala de assuntos que eu nem sabiam que eram possíveis de serem discutidos. Eu falo "uã" em contextos informais e eu nunca tinha percebido que isso era uma variação de "uma" kkkk
Que informações interessantes. Muito bom o vídeo. Sou paulista e paulistano. Confesso que tenho dificuldade de compreendet um sotaque nordestino quando muito coloquial e rápido.
Nessa esteira de vídeos sobre o português nordestino, acho que caberia um sobre o lheísmo para pessoas em discursos semiformais (você) e formais (o senhor/a senhora), fazendo comparações entre a norma padrão, o restantante do Brasil, o leismo espanhol, etc. e trazendo suas origens históricas. Seria interessante falar também sobre a pronúncia "li" (arcaísmo ou inovação?) Em Recife percebo duas diferenças, além da pronúncia e cadência em relação ao descrito no vídeo: 1. Diz-se "queres" e não "qués" 2. O diminutivo masculino popular "im" em lugar de "inho" é estigmatizado e não se ouve tanto assim
@@99temporal Sou recifense e realmente depende da frase, mas o queres é mais comum, o "queis" sai quase sempre o "que", capaz de sair até "quexqueu" kkkk
A família toda do meu pai é do RN. Meus avós se mudaram para o Rio de Janeiro e depois para Brasília. Os filhos foram juntos. Meus avós conservavam o sotaque impecavelmente e algumas tias também mantêm o sotaque marcado. Eu, porém, sou de Brasília e tenho o sotaque daqui (ou um dos sotaques), que se aproxima mais do padrão Globo de pronúncia (eu acho). Este vídeo me foi muito importante para quebrar preconceitos com a terra do meu pai. Viva a diversidade!
@@josibelpereira9643 Sim, tenho dificuldade de defini-lo. Se você for a algumas áreas onde várias famílias candangas foram assentadas, como Ceilândia, vai perceber um sotaque diferente daquele do Lago Sul, onde há famílias principalmente do Rio e SP
18:22 Eu iria além pra dizer que essas reduções acontecem em todo o Brasil (sou de GO) O mesmo vale pra harmonia vocálica (minínu) que em todo sotaque do português ocorre em algum grau. E também tem a dupla negação. Quando se fala de sotaque nordestino, realmente o que me vem à mente é a pronúncia de T e D, R aspirado, vogais átonas É e Ó abertas e  fechada. Eu também tendo a separar a Bahia, o Piauí e o Maranhão, pois pros meus ouvidos são os que mais se distanciam do "sotaque nordestino padrão"
Ceará contempla vários sotaques inclusive os semelhantes aos do interior da Paraíba e Pernambuco, na região centro-sul e Cariri. Na região metropolitana de Fortaleza, onde moro, e região norte, já tem o sotaque diferente, já semelhante a Piauí e Maranhão. E a Capital tem seu próprio sotaque.
14:57 Será que o vídeo já chegou ao actor aqui citado? Eu amei o conteúdo e já estou até considerando adoptar a pronúncia original “Hũa” aos meus irmãos e amigos. Grato, Glossonauta ))
Morei 10 anos em Alagoas e foi maravilhoso! Percebi muito essa diferença de sotaques entre algumas regiões e cidades, o litoral é diferente do interior. É muito mais complexo do que imaginava. Consigo de longe perceber um pernambucano de Recife falando, é bem chiado.
Sou de Recife e até os 14 anos falava chiado o s depois de t e no final das palavras, com o tempo devido à preferência linguística deixei de pronunciá-lo de maneira chiada e depois de muito tempo morando fora do país e mais de 4 anos de Espanha, desapareceu por completo, porém a pronúncia do ti, te, di, de sigue igual, essas jamais mudarei é a marca principal de pernambucanos, alagoanos, paraíbanos, potiguares e cearenses do Crato( Sul do Ceará), aqui na Espanha também a pronúncia do ti e te é igual, já o de, di não, pois pelo menos em Madrid é linguodental como o th inglês em this ou a letra islandesa ð ou o delta δ( minúsculo) , Δ ( maiúsculo) em grego moderno. Em português pt também noto esse som nas palavras nada e tudo, basta escutar as canções da excelente banda Madredeus.
Adoro seu canal. Muito conteúdo bom! Sou paraibana e apaixonada por sotaques, embora não seja da área linguística. Quando ouço alguém falar presto bastante atenção ao sotaque e tento identificar de que lugar ela é. Quase sempre acerto 😊
Fui criada em São Paulo e durante a educação básica os professores ensinavam “a forma correta” de se falar. Desconstruir essa forma de ver o mundo tomou alguns anos, mas valeu a pena já que agora posso apreciar um vídeo bom como esse 😊.
20:05 "Aí se o nordestino começar a falar rápido e não tiver prestando atenção, não vai entender o que a gente está falando não". Aqui em Sergipe, em alguns sotaques a gente também substitui a pronúncia do s pelo [h] quando aparece no final de um sílaba. Quando estou falando rápido, por exemplo, é comum falar "mas mesmo assim..." como "ma[h] me[h]mo assim..."
Hoje, dia de finados, percebi muita gente aqui na cidade (interior do RN) pronunciando "cemitério" como "cimitério", esse fechamento das vogais que precedem a sílaba tônica é uma marca do nosso sotaque tbm. No outro vídeo sobre o sotaque nordestino vc chegou a comentar algo a respeito. Ex: "pidir", "durmir", "tussir", "pulir"...
É verdade. Em verbos, a gente tem um sistema mais forte de harmonia vocálica, em que uma vogal tônica aberta abre as pré-tônicas, contudo, fora dos verbos, parece ser mais forte um outro fenômeno, que é o que você mencionou, uma tendência a fechar as vogais pré-tônicas, como em "cimitério", "tumate", etc.
O sotaque tradicional de florianópolis tem também a tendencia de suprimir o 't' em tipo "fizeste" e se fala tb fizesse. Outra coisa essa questão de dizer "qués" pra queres, entre outras semelhanças na pronuncia de algumas vogais, o caso da capital catarinense teve muito influência açoriana na formação do território.
Não sei se isso é só sotaque porque o povo escreve também fizesse. Então acho que é analfabetismo mesmo. Se falasse diferente e escrevesse corretamente, aí sim seria sotaque.
@@thiagomn03Analfabetismo é não saber ler e escrever. É normal que eventualmente a escrita acabe refletindo variações da fala, foi assim que o latim se transformou no português e nas demais línguas românicas. Em qualquer língua viva, sempre haverá assimetrias entre a forma culta/padrão e a forma coloquial de falar e escrever.
Professor, ainda hoje em Galego, que partilha a origem com a nossa língua, se usa u(~)a. Como, infelizmente, o carater /u/ com /~/ não está disponível nos teclados para português ou para espanhol, então eles escrevem /unha/ (grafia castelhanizada) ou /umha/ na grafia reintegrada com o português para evitar que se leia o som /nh/.
Cara, sensacional. Excelente conteúdo. Conteúdo bom é aquele que nos faz sentir eternos aprendizes. Aqui na cidade de São Paulo percebo diferença de pronúncia de um bairro para outro.
Maravilha, Glossonauta! Você é fera. Uma solicitação que eu teria seria compreender mais como e quando surgiu esse hábito do Centro-Sul do Brasil de pôr o artigo na frente dos nomes próprios. Falo outros idiomas, e me parece raro esse hábito --- mundialmente falando. Soube que no catalão eles também fazem isso, embora não saiba se é mesmo verdade. Sucesso com tudo. Abraço!
Sou fortalezense, fiquei surpresa com a primeira informação, nós também falamos assim por aqui. É também comum transformar o V, S e G em R, "ar coisas", ramo embora" etc. Sobre diminuir as palavras, também acontece aqui, eu mesma falo sempre "Tá dende casa", "tudim". E sobre usar os artigos antes dos nomes, nós usamos sim. Sobre vogais tônicas, eu vejo os sudestinos e sulistas sempre falando "fécha a porta", quando a gente fecha, eles abrem kkkk.
Mais um detalhe, nós chiamos também, somente com o "S" antes do "T", Estudar vira Ixtudar, Estado vira Ixtado. Como o exemplo anterior, o "E" se transforma em "I", o "I" sempre se evidência, como em "Mas", pronunciamos má(i)s, luz, sai Lú(i)s, com o I bem fraco, mas perceptível. Uma vez, uma Paulista achou que eu estava pronunciando Luiz ou invés de Luz.
Sobre vogais tônicas, som aberto e fechado: No período em que a Maju Coutinho apresentou o Jornal Hoje, reparei que, ao concluir uma notícia impactante com uma frase de efeito do protagonista do fato, ela diz: "Abre aspas:...", e, depois de dizer a frase, vem com "'Fêcha' aspas.". Assim mesmo, ela pronuncia "fecha" com o "e" fechado, enquanto eu e meus conterrâneos aqui em São Paulo falamos com "e" aberto. E ela, a Maju, é paulistana.
Sobre trocas de fonemas em certas palavras no "sotaque nordestino", cabe um vídeo à parte. Minha mãe era pernambucana, nascida no município de Bom Conselho. E ela falava trocando ou invertendo fonemas nos seguintes casos específicos: 1 - Ela dizia "registro", "registrar", pronunciando o "g" com som de "z" ("rezistru", "rezistrá"). Porém, ao falar sobre a atriz Regina Duarte, ela pronunciava o "g" de "Regina" com o som padrão, de "j". 2 - Ela não pronunciava o "s" chiado (parecido com "x") antes de "d" e "t", certamente foi influenciada nesse ponto pelo tempo já vivido em São Paulo. Mas, para dizer "esfregar" e suas formas conjugadas, trocava o "s" por um som nasal, próximo de um "n": "infregá". 3 - Trocava o "r" de lugar em algumas palavras. Além dos casos mais famosos, "largato", "largatixa", "iorgute" e "bicabornato", ela fazia o mesmo com "irmão/irmã"; colocava o "r" antes do "i" ("rimão/rimã") e emendava essa palavra no elemento que vinha antes - uma vogal sozinha ou qualquer palavra terminada com vogal. E assim saía o som característico do "r" intervocálico, com a ponta da língua tocando de leve o palato. "Você num pódi batê na 'suarimã'." "Você num sabia qui a Betânia 'erarimã' du Caitanu?".
Estranho, sou de Recife e falo fecha com ê ( E fechado) , porém admito que as duas pronúncias convivem, depende do estado mental ou da rapidez do discurso, acho que durante a maior parte, usei indistintamente as duas formas: fêcha e fécha!
Eu sou goiano, nascido e crescido em cidadezinha do interior, uns 5000 habitantes, e muitas coisas que o sotaque nordestino tem, eu também ouço aqui em Goiás. Também falo com as contrações que normalmente julgam ser coisa de mineiro, coloco o "não" depois do verbo, falo ũa. Inclusive, digo mais, lembro até do momento do segundo ano do fundamental da professora dizendo que o "m" após uma vogal era pra ler como se fosse um "tchiu", também lembro do momento em que aprendi que o "L" no final tem som de "u". O que me faz pensar que, por eu ser bem novo - 18 anos - tendo crescido com internet e vendo os criadores de conteúdo de todo o Brasil e até de Portugal, eu tenha adquirido trejeitos dos sotaques de outros estados. Sei que acabei pegando algumas gírias de tanto ouvir youtubers paulistas, cariocas e os nordestinos também. Acabo pensando: o quão goiano é o meu sotaque? Não que eu me importe muito com isso, dando pra entender, tá valendo. Mas eu penso muito: será que no futuro, devido a internet, vai haver uma diluição nos sotaques do Brasil, já que agora é muito fácil ouvir paulista, carioca, gaucho, mineiro, nordestino e assim vai, falando a qualquer hora e talvez até com mais frequência, a depender do tempo que a pessoa passa na internet, o sotaque de outras regiões do que a da própria. Gostei muito do vídeo. A cada vídeo que você posta, mais eu gosto de linguística e mais encantado fico com o Brasil e com o nosso português. Continue com o excelente trabalho
Aqui na divisa de Minas com a Bahia, é muito facil reconhecer alguem de fora pela forma que fala "vou para a casa de". Aqui nao existe ,"Vou para a casa da Ana ou do Miguel". Sempre será "casa de Ana ou de Miguel ". Percebi que pelo menos a região que eu moro, nós, os "baianeiros", temos varias semelhanças com as distinções que você destacou em seus vídeos sobre seu sotaque natural.
em 22:30 sobre a negação no final, só me dei conta que isso era algo peculiar do meu sotaquê quando comecei a conversar com uma amiga que mora no paraná, quando fui questionado do por que eu falava ao contrário coisas como "vi não" e etc.
O curioso é que no sotaque tradicional de Florianópolis e região, supostamente de influência açoriana, aparecem o Ti e o Di...e também o tu fosse/voltasse e o qués.
Interessante como algumas dessas características também são presentes no sotaque do litoral norte de Santa Catarina: O qués por exemplo é bem usado aqui, a pronúncia do "di" e "ti" seguindo a pronúncia original, cortar as palavras pra falar "den'de" em vez de "dentro de" (esse último acho que é mais associado com Minas porque lá existem pessoas que usam essa pronúncia E falam devagar, enquanto aqui por exemplo só se fala assim quando se fala rápido). Muito interessante o vídeo! Parabéns!
Olá meu amigo Muito obrigado por esse vídeo, fiquei muito feliz de entender um pouco mais sobre o sotaque nordestino! Sou do interior de SP mas morei por um ano em Natal na minha infância, portanto pude relacionar muitas coisas com essa experiência. Hoje em dia com mais maturidade e curiosidade sobre a linguística foi um prazer enorme ouvir um especialista falando sobre o assunto! Grande abraço
Seu conteúdo é mto da hr, mas seu ânimo "contagiante" é um mistério, se a mente fosse como em DivertidaMente, sua Alegria estaria amarrada numa cadeira num canto da sala.
Adoro nossos sotaques . Tenho um interesse neste assunto e possuo o costume de tentar adivinhar a origem da pessoa de acordo com o sotaque ou maneira de falar . Muito bom seu vídeo . E seu sotaque então ….. rsrsrs. Viva a diferença !
É sensacional como seus vídeos servem para dois propósitos opostos. Para remover certos preconceitos linguísticos como também para, nos comentários, percebermos esses preconceitos, a depender de quem assiste. Parabéns. Estou maratonando os seus vídeos.
Que Aula legal! Fantástica mesmo! Parabéns pelo canal! Falo de Fortaleza, moro aqui há muito tempo, mas nasci no sertão central do Ceará, e o que você falou aí no começo é uma realidade! O sotaque é completamente diferente! É um privilégio poder ter um contato mais profundo com a história da nossa língua! Parabéns mesmo!🙏🏻🙌🏻
Isso do sotaque de Recife é real. Eu moro no interior de Pernambuco e consigo identificar uma pessoa de Recife instantaneamente. Não fazia ideia que tinha gente que lia o m de uma! "Aí se um nordestino começar a falar rápido e não tiver prestando atenção não vai entender nada que a gente tá dizendo não "
O sotaque de Recife inconfundível, é bem diferente do jeito de falar do interior de Pernambuco mesmo haha Sobre o "m" de "uma", eu também só fui perceber que tinha gente que pronunciava como [m] mesmo quando já era adulto kkkk E parabéns pela transcrição do meu trechinho falando rápido ;) Abraço!
Tenho curiosidade de onde saiu o som tch depois de ditongos, por ex: oito, oitcho, deitar, deitcha, eita, eitcha, coito, coitcho. Senti muito esse som em Alagoas, principalmente no litoral.
Minha mãe (pernambucana como eu) fala muito assim. Outras pessoas da mesma família não, mas outros sim. Acho que é uma forma "concorrente" com o t "normal" que tá caindo em desuso.
Sou de Recife e de menino falava dessa maneira: otchu no lugar de oito, etc, li que alguém disse que era um fenômeno de pronúncia das classes mais pobres. Lembrando que na época já era alfabetizado e frequentava a escola, pode ser que eu imitava inconscientemente a pronúncia dos meus conhecidos do bairro.
Sou português e adorei este vídeo. Extremamente interessante entender as variações e algumas considerações históricas da nossa língua. Obrigado e adoraria ver mais detalhes ainda sobre o sotaque nordestino que tem características bem interessantes da língua portuguesa!
Sou paraibana e já vi pessoas do interior do Ceará falando igualzinho a paraibanos, eu sou apaixonada por sotaques. Acho que não consigo ouvir as pessoas falarem sem tentar identificar de onde elas são, eu simplesmente não consigo me desvencilhar dessa mania 😂😂😂
@@anajaquelinefernandes75 nao e so voce kkkk
@@anajaquelinefernandes75 Menina, pense numa mania... Sou do RN e também sou assim kkkkk
@@anajaquelinefernandes75 O pessoal do Cariri cearense fala igual ao do RN (incluindo eu mesmo), da Paraíba, Alagoas, Sergipe e do interior de Pernambuco.
Também sou português. Este canal é muito bom. Parabéns!. No Norte de Portugal, sobretudo no interior, ainda se diz assim: "u~a, algu~a, nenhu~a", como em galego. Em Trás-os-Montes, alguns dialetos não têm nasalização em "bom". Nessa pronúncia, é pronunciado "bô". Penso que também existe em dialetos do galego.
Sou de Mossoró, seu conterrâneo potiguar. Tenho orgulho de ver uma intelectualidade nossa se sobressaindo na internet. Se puder e tiver disponibilidade, poste mais vídeos. Abraço!
Que pertinho, eu sou de Limoeiro, cidade vizinha. ❤
também adoro esse cara professor!
🤗
Eu sou de Tabuleiro do Norte - CE. Já morei em Mossoró e Areia Branca - RN. 😊
Eu sou de Recife, e adoro ouvir os sotaques das diferentes regiões do nordeste. Eita povo lindo!
Concordo plenamente rsrs, fiquei sem palavras e orgulhosa desse poço de sabedoria.
"aí se um nordetino começar a falar rápido e t- num tirrer prestanatenção, - rai entender nado quearrente tá dizen-não". Você é um craque. Abraço aqui de Salvador-Ba.
Transcreveu com sotaque e tudo, gostei kkkk
@@glossonauta "aí se um nordetino começar a falar rápido e t- num tivher prestan'atenção, vhai entender na'do que a ghente tá dizen' não". Gosto de transcrever assim nossos aspectos em comum do Nordeste. Sou do Maranhão.
Sou de Ouricuri-PE e moro há 6 anos em Recife, e é absurda a diferença de sotaque.
Também já morei em Petrolina-PE e percebiam que eu não era de lá, sendo que são apenas 200km de distância. São diversos sototaques no mesmo estado, acho isso incrível.
Realmente a diferença do sotaque do interior pro de recife é muito engraçada de tão absurda, a família do meu pai é de Salgueiro no sertão de PE, só que fazia muito tempo que eu não ia visitar (nasci e cresci em recife) e era muito engraçado que as vezes eu sequer conseguia entender eles, daí que eu percebi que o sotaque do meu pai ficou bem suavizado com o tempo e olha que eu ainda noto (quando ele volta no interior parece que revive o sotaque) mas o que eu também achei interessante é que eles diziam que o meu sotaque recifense é muuito forte e engraçado e que eu chio muitokkk (não achei q fossem notar tanto porque mesmo eu sendo de recife meus amgs daqui dizem q eu falo com o sotaque forte)
Minha família é de Ouricuri-PE. Nasci e me criei em São Paulo-SP. Mas moro há 4 anos em Belo Horizonte-MG.
Realmente, moro em Paulista-PE quando fui para Serra talhada fiquei impressionado .
@@kalineb.barboza1171 Oi, Kaline!!! Então com certeza alguém da minha família conhece a sua! Fala alguém que ainda more lá, ou que morou por muito tempo. Meus pais conhecem literalmente todo mundo.
@@deikamaagoon5154 o sotaque de Recife é o mais lindo ❤
Muito interessante, este vídeo. Não fazia ideia que no Brasil se conservava a forma "ũa". Em Portugal essa forma desapareceu completamente em todos os sotaques e só se mantém, hoje, numa pequena zona do nordeste português (curiosamente), nomeadamente em Miranda do Douro (cidade da região de Trás-os-Montes), onde se preserva uma língua que está quase a desaparecer, denominada Mirandês (alcançou o estatuto de língua em 1998).
@@g-ps o recurso ao grafismo "ũa" foi simplesmente para representação fonética. O vídeo deixou claro que a discussão era sobre fonemas e não formas gráficas.
No nordeste
@@gloriaobermark3410, por isso é que eu afirmei que é curioso que em Portugal seja também no nordeste que se verifica a permanência dessa forma fonética.
Vi um comentário de uma pessoa dizendo que países que já foram colônias tendem a preservar muita coisa do idioma falado antigamente, o português eu vejo assim também.
O Nordeste foi a parte do Brasil que menos sofreu influência de outros povos como italianos, alemães, etc. como acontece na região sul e sudeste e por isso, pra mim, o sotaque nordestino é o que mais se aproxima do português de Portugal ou português antigo
@@madrugaobrabo9994E o curioso é que mesmo depois da ocupação holandesa, nós não absorvemos nada da língua desses colonos, pelo menos eu acho que não.
Pera, tem gente que pronuncia o "m" de uma? Essa é nova pra mim KKKKK, muito legal o vídeo.
Tem! Eu fiquei tão chocado quanto você quando descobri isso kkkk
@@glossonauta Já convivi com o povo de São Paulo e nunca dei fé que eles falavam "uma" pronunciando o "m". Pra mim que eles sempre falavam "un- ah"
@@kleytonmorais9350 O nosso ouvido escuta "ũa", porque pra a gente é inimaginável alguém dizer "u-ma", mas eles dizem haha
"um a" é feio demais, soa horrível!
Acho q no sul falamos o m de uma (oeste de SC)
Eu gosto muito dos teus vídeos, mesmo não sendo nordestino. É raro em português encontrarmos um canal técnico sobre as características de nosso português brasileiro, a enorme maioria dos vídeos resume-se a curiosidades sobre gírias ou alguma etimologia. Os sotaques brasileiros são parte do que somos, e precisam ser valorizados.
Um adendo, sobre o foi dito no vídeo. A conjugação "alternativa" do pronome "Tu" ocorre também em Santa Catarina. O "Tu Visse?" é uma expressão bastante comum, principalmente na região metropolitana de Florianópolis. O "qués" também existe, inclusive numa frase folclórica da região:
"Se qués, qués. Se não qués, não tem quem qués".
Eu creio que seja alguma característica arcaica do português ainda preservada, tanto no nordeste quanto no litoral catarinense.
"Visse", "Fizesse", "Falasse", "Dissesse" e outras ainda são bastante utilizadas no RS e SC. "Estás", "És/Eres" também são bem utilizados, mas esses creio que vem do proximidade com a região da Cisplatina.
Muito interessante! Eu sou de Recife, mas moro desde 1991 em Innsbruck - Áustria. Criei os meus filhos falando português e eles têm o sotaque de Recife! Kkkk
Quando vim morar aqui, raramente falava português, então perdi os vícios de linguagem típicos do recifense, mas quando eu vou ao Brasil, depois de alguns dias, voltam naturalmente. Eu acho os sotaques de Recife, Natal, João Pessoa e Maceió bastante parecidos! Amo o nosso sotaque nordestino! 😊
Eu acho assim, falando das capitais, que João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Natal são muito parecidos. O de Fortaleza lembra alguma coisa do de São Luiz, e os de Teresina e Salvador são únicos, é algo realmente que só se explica naquela localidade.
@@caiograco3427O sotaque de Aracaju já tem uma prosódia muito mais próxima do baiano.
@@DanielTaddone Você acha? Interessante ler seu comentário. Historicamente, Bahia e Sergipe já foram um só território até a separação em 1835, se não me falhe a memória. Há um intercâmbio e conexão entre esses 2 lugares e migração constante dos 2 estados de um lugar para o outro. Já ouvi dizer que no Espírito Santo, muito distante, os sotaques do recôncavo e do capixaba, muito, mas MUITO distante, há algumas franjas nos sotaques que se tocam, mas não sei dizer, pois nunca lá estive. Mas levarei em conta demais a sua observação.
NAAAO! o sotaque de Maceió e Recife são totalmente diferentes kk
@@rafaelpires778 Ser parecido não significa ser igual. Obviamente que são diferentes, mas compartilham diversas semelhanças. Para um ouvido não treinado é fácil confundi-los.
Esse canal é um daqueles que você termina de assisitir e vai filosofar a respeito. Faz os neurônios se movimentarem.
"Aí se o nordestino começar a falar rápido e tu não tiver prestando atenção, vai entender nada que a gente tá dizendo não". Muito massa o conteúdo que você traz pro UA-cam. Abraços de Mossoró.
Caí de paraquedas neste vídeo! Já me inscrevi no canal. Que maravilha! Quanta informação! Sou paulista, da grande SP, mas moro em MS. Já morei no interior de SP, onde o sotaque é bem diferente da capital. Já morei em MG, a família do meu esposo é de origem alemã, da região sul, tem um sotaque peculiar de colônia. Convivi e convivo com muitos nordestinos, todos meus amados amigos e eu acho lindo esse sotaque! ❤
Sou de Dourados/MS, já quase fronteira com o Paraguai, mas sou filha de pais e avós cearenses que migraram para a região na década de 50. Aqui no MS já falamos com influência de vários povos, estado novo. Fui no sertão cearense há pouco tempo, e é incrível como lá teve pouca mistura, falam exatamente como meus pais falavam. Lindamente cantado, amei o sotaque deles.
No primeiro vídeo que eu assisti, já cliquei de imediato em "Inscrever-se". E identifiquei de imediato o sotaque nordestino. Adoro o sotaque nordestino, porque também sou nordestino "da gema". E quando o professor desse vídeo elogiou o sotaque nordestino, eu fiquei muito feliz. Também sou formado em Letras pela UFPB. Tive um professor linguista que era da Bahia, além de ser também nordestino, ele não elogiava nosso sotaque, pelo contrário criticava. Fiquei o curso todo com raiva dele. Meus parabéns ilustre, muito obrigado por nos valorizar tanto.
Esperar o que da UFPB, né? ele criticava o que?
Bah, nunca tinha percebido essa pronúncia ūa. Interessante que certa vez um amigo galego justamente me pediu pra mandar áudio de como eu pronunciava essa palavra.
Concordo plenamente contigo. Sou Potiguar, do Seridó. Convivi com pessoas de vários estados nordestinos, de cidades interioranas e capitais, e sempre prestei atenção nos sotaques. Acho lindo nosso "falar", oriundo de um português mais arcaico e antigo, dos ancestrais portugueses que aqui chegaram e adentraram nós Sertões. Parabéns pelo vídeo.
Sou filho de alagoano e amazonense e cresci em Manaus. Achei muito curioso quando ouvi a pronúncia de “fóme” de uma amiga de SP. É um esforço mesmo até imitar. Muito legal o vídeo!
Mas como assim?! Existe outra pronúncia para fome?
No meu sotaque o ‘m’ empresta mais nasalidade pro ‘o’ que no da minha amiga. Eu digo ‘fõme’ e ela ‘fóme’. É meio sutil, mas dá pra notar a diferença
Caraca! Eu falo fóme! (Interior de SP)
@@joffrenetosim "fõmi"
@@joffrenetoSim, vcs dizem "fÓme" aí em SP rsrs
Sou nordestino de sergipe que vivi muitos anos fora do nordeste. Mas foi muito prazeroso ouvir esse vídeo. Me identifiquei muito .
Orgulhoso de ser nordestino
Pois é. Bate a saudade😊
O que vc falou sobre o sotaque da região metropolitana do recife e do interior de Pernambuco está correto mesmo. É notório a diferença, tanto que quando as pessoas que moram na capital vai para um interior de Pernambuco, ja sabem que a pessoa é de Recife.
Excelente vídeo!!
isso é muito real, nasci e cresci em recife, mas meu pai e a família dele são do sertão de pernambuco e apesar do sotaque dele já ter se suavizado por morar muitos anos aqui, sempre que ele vai no interior o sotaque volta mais forte e fazia muito tempo que eu não ia lá daí as vezes eu mal entendia o pessoal enquanto eles diziam que eu tinha o sotaque muito engraçado e forte de recife pq eu chio muitokkkk
Estou maravilhada...pq era algo que sempre percebi a diferença na nossa pronúncia e achava que não era correto.. Já compartilhei... Vou deixar salvo pra assistir novamente. O outro da harmonia vocálica tbm é incrível já assisti uãs (kkk) cinco vezes...
Sou de Recife, e a única exceção ao meu sotaque é as mudanças do v, g, z como "a gente" por "arrente". Quando falo em escrito com portugueses, mais de uma vez já me repreenderam por tentar "imitar" a escrita deles. Geralmente após um "estou bem, e tu tás bem?" Os recifenses conjugam o tu algumas vezes, principalmente nos verbos ser e estar. Mas na maioria é a conjugação "tu fizesse, cantasse, falasse"...
Sou sergipano e quando estive em Curitiba, uma senhora que atendia em um restaurante pediu para eu falar mais devagar pq ela não conseguiu entender e perguntou de onde eu era . Eu tava falando normal, kkkk.
Sou Alagoano mas cresci no Recife desde os 2, e o sotaque de Alagoas é muuuito diferente! que massa entender mais sobre! Valeuu
sim, tem uma sutileza gostosa no sotaque alagoano, em comparação com o de recife.
Hola genio! Sou da Argentina e estou tentando aprender português. Adoro o sotaque do nordeste e seus vídeos são ótimos.
Muito obrigado, Rocío!
Cuanto a mi, brasileño de Recife, amo el acento cordobés! Una pasada/ muy guay como se suele decir aquí en España.
@@Νορντεστινοταξιδευτής Sim! com certeza o sotaque cordobes é umos de o mais lindos e caracteristicos da Argentina.
Saludos de Neuquén 🤙
Recentemente viralizou um vídeo de um japonês falando "pernambuquês" (ele aprendeu com recifenses que trabalharam com ele numa churrascaria no Japão)... Seria interessante vc fazer um vídeo reagindo e explicando as características do sotaque dele, bem como variações linguísticas
Vi esse vídeo. É impressionante não só a fluência dele,mas principalmente como ele assimilou o sotaque recifense. Posso dizer como recifense que ele fala idêntico a um nativo daquela capital. Incrível!
Sou de Juazeiro do Norte - CE, passei a te acompanhar em 2023, eu já me interessava por linguística antes, mas por sua causa passei a me aprofundar mais no assunto. E como nordestino cearense posso falar q tudo q ele falou aí é verdade. O artigo antes do nome próprio é algo q eu já notava, mas nunca tinha visto um estudioso falando sobre. Que venham mais vídeos, e parabéns pelo conteúdo, q é único no Brasil
Sou pernambucana e cresci em SP, uma vez fui comentar que os três sotaques que eu mais gostava eram o nordestino, o carioca e o mineiro. Só veio lacração dizendo que eu estava desrespeitando, eu explicando que era o sotaque geral da região e mesmo assim insistiam, galera não consegue reconhecer quando exagera, aí corrigi meu texto e coloquei todos os Estados pertencentes à Região em vez do termo "nordestino", foi quando a discussão terminou kkk
Meu Deus haha
Pra mim é o carioca, pernambucano e gaúcho (não tem ordem) e da forma mais escrachada que um nativo pode falar
que te sirva de lição haha
Sou de Feira de Santana, Bahia. Aqui tem uma mistura de sotaques.
Me identifiquei com várias coisas, principalmente a pronúncia do "ua" e "algum a", mas também nas palavras "Bãnana" e "cãminho", apesar de não pronunciar o T e o D como na maior parte do nordeste.
Me identifico muito quando você grava um vídeo sobre os sotaques do Nordeste. Como sou do interior da Paraíba, me identifico com praticamente tudo. 21:56 Só não costumo falar "vais" ou "qués", mas já ouvi outras pessoas falando assim.
Sou Campinense (Campina Grande - PB) Um grande abraço! Agradeço seu empenho em explicar a origem do nosso sotaque. Acredito que muitos cresceram achando que falavam errado, pois, era diferente da fala do povo do sudeste, que são os que mais tinham destaque nas mídias televisivas e sociais há alguns anos. Isso tem mudado, e agradeço pela aula, pois nos ajuda a reconhecer nossas raízes e sotaques.
Nobre, se você notar, em muitos poemas em português mais antigo, o "ûa" (entenda "u" com til, pois não consegui ver como digitar isso) contaria como um sílaba, na métrica. Já o "uma" contaria como duas. Fazendo, assim, muita diferença para o poeta (no que tange à sonoridade/escansão). Apesar de, aqui no Sertão de Pernambuco, falarmos "ûa", no cotidiano, nós, os mais ligados ao "repente", tendemos a, glosando ou decantando, falar "û-ma", pois, nem queremos perder a rima com "ruma", "verruma", "apruma", como também não o desejaríamos em se tratando da contagem das sílabas, visto que, tanto dizer "ûa", como se fosse uma sílaba, soaria muito apressado e forçoso, bem como separar o "û" do "a", na recitação, soaria estranho (isso, sem o recurso articulatório da bilabial). Uma dúvida: Nas palavras como "arruma" (ou nas já citadas!), no português arcaico, o "m" se agregava à vocal subsequente?
sou do Pará e aqui falamos uma , mas acho lindo o teu sotaque, principalmente pronunciando o di e o ti, agradavel de ouvir
Eu sou do interior de Pernambuco e falo ūa e suas variantes, quando não estou monitorando 😂
Parabéns pelo vídeo e por chamar a atenção para que existe regra no " sutaque" nordestino e que existe diversidade.
¿E por que só quando não está monitorando?
@@josemenck5417 porque percebia como desprestigiada, falada por pessoas que não têm estudo. Achava que era um erro meu , quando, na verdade, é uma marca linguística histórica presente em partes da região Nordeste do Brasil. Quanto ao monitoramento, de um modo geral, creio que ocorre com falantes de todas as línguas em situações mais formais, entendo como uma escala, quanto mais informal ,mais relaxado.
21:24 Eu gostava de assistir a novela "Mar do Sertão" só porque ela era nordestina. Nela, eu ouvia esse "visse", que pra mim, é bonito!
Sou nordestino de Cajazeiras PB, com muito orgulho.
Olá conterrânea
Uma linda cidade. Terra do meu avô materno e da minha mãe, também.
Esse canal é muito maravilhoso! Meu sotaque do agreste de Pernambuco chega borbulha de felicidade! kkk
A rente rai la carra kkkk muito comum
"Dendicasa" é uma palavra só kkjkkk
Video muito bão, aqui no centro-oeste paulista onde cresci, me lembro de falar CAHALO ao invés de cavalo quando criança. Devido a pressão de aprender a norma culta parei de fakar assim kkk
Ah, então é o mesmo fenômeno que acontece no Nordeste. Não é uma coisa exclusiva só daqui :)
Abraço!
Sou do interior do RN e lá sempre associamos o "tu visse?" ao modo natalense de falar. Era comum escutar: "foi morar em Natal e já voltou falando tú 'pra' todo lado!"
rsrsrsrsrsrs
Sou de Pernambuco, e acho que isso vale também para palavra CAMINHO, VINHO, CARINHO, ou o diminutivo, PENINHA, MÃOZINHA, ÁGUA. O H para gente é mudo e pro resto do Brasil tem som de Y, e a letra O sempre é um U. Também tem a palavra CONTIGO, a gente pronuncia CÕTIGU, e quando eu estava lendo as cartas de Duarte coelho percebi que eles tbm escreviam assim antes.
Muito interessante ver alguém com tanto interesse pelo sotaque nordestino. Sou paulista, mas minha família é lá do Seridó potiguar. Sempre que vou visitar meus parentes acabo percebendo algumas coisas interessantes da fala local: a troca do som de g/j por "x" (igreja sendo dita como "igrexa"), uma fala mais relaxada... Ótimo vídeo!
"Igrexa" nunca ouvi por aqui pela PB ou RN.
Influência do galego
@@joselopes4709 notoriamente.
Sou do maranguape região metropolitana de Fortaleza e falo costa norte diferente do pessoal de fortaleza que anda perdendo o sotaque a galera mais do interior mantem o costa norte bem forte e é muito bom saber desses detalhes que o sotaque manteu do português ARCAICO. Sotaque nordestino no geral é uma coisa muito interessante
Se tem um lugar que mantêm o sotaque/dialeto costa norte, com certeza, é Fortaleza. O que acontece é uma enxurrada de novas gírias entre os mais novos (crianças e adolescentes), "mano", "cria", "brotar" etc. Sabemos que isso é por causa da internet, mas o sotaque costa norte continua. Me diga quais seriam as diferenças.
@@D0-bt3eyMalditos sudestinos, tbm arruinaram meu sotaque sulista
Fortaleza hoje caminha para um sotaque quase que "neutro" (sei que isso não existe). Similar ao sotaque da capital paulista.
Sou do Seridó Potiguar e me identifiquei bastante com o vídeo. É tão interessante que enquanto assistia eu ficava repetindo as palavras ditas, só pra saber se era assim que eu pronunciava também (e realmente é). Muito bacana. É ótimo ver um potiguar aqui nessa rede tratando de assuntos tão interessantes
Obrigado pelo comentário, meu conterrâneo. Fico feliz que tenha gostado do vídeo!
Cara conheci teu canal a uns 3 dias, por uma recomendação de um vídeo com um gringo no omegle, estou estudando italiano e acho que foi por isso que apareceu. Assistindo esse vídeo decobri agora que tu é de Natal, sou aqui de Parnamirim. Muito feliz em vê um canal com uma assuntos tão legais aqui da nossa terra, parabéns man! Sou do audiovisual se precisar de alguma ajuda pra alguma parada em relação a áudio e vídeo pode contar comigo.
Há uns 3 dias....
Feliz em ver
Assistindo a esse vídeo....... tu és
Excelente vídeo. Meu pai é do interior do Piauí, perto da divisa do Piauí, Pernambuco e Bahia. Já nasci na capital, Teresina, mas percebemos claramente o sotaque da capital com a região do meu pai que tem o sotaque do interior de Pernambuco da região de Araripina.
Sou potiguar nordestino de Natal, e tenho muito orgulho das nossas origens e raízes. Parabéns pelo vídeo e conteúdo ! 🦅🌴🌵
Eu amo o sotaque nordestino ❤
Muito interessante vídeo! Sou de Floripa e também é muito comum conjugar o "tu" de maneira bem parecida, diria que no geral é a maneira mais comum no litoral mais central de Santa Catarina!
É muito importante perceber que as pronúncias de sotaques atuais mais parecidas com as antigas são as de locais portuários (principalmente se era/é a capital ou maior cidade da região). Exemplos: no nordeste, a maior parte das capitais são cidades costeiras. Assim como o Rio de Janeiro. Isso faz com que o povo da região mantenha (e tenha mantido) contato com povos de outros lugares com mais frequência. E ainda, no caso do Rio de Janeiro, que manteve uma pronúncia parecida com a forma com a qual a família real falava, só fala assim por conta da influência que os franceses tinham na família real. Ou seja, Cariocas falam de uma forma que tenta imitar os franceses porque a família real o fazia.
Percebo que as pessoas que moram mais no interior do país evoluíram a pronúncia de uma forma diferente (eu mesmo falo *uma* e sou de SP, apesar de minha família vir de Pernambuco). Mas tudo influencia em tudo. Nada é puro, mas sim uma variação do que a história permitiu.
Não me lembro se aprendi isso assistindo aos seus vídeos nos últimos anos, mas caso não seja, gostaria de contribuir. E caso eu esteja errado, já que idiomas são um _hobbie_ para mim, me corrija.
Obrigado por mais um vídeo *muito interessante!*
Rapaz, me senti muito orgulhosa do meu sotaque nordestino com sua explicação. Muito obrigada 😊
Fico muito feliz por isso! :)
Abraço!
Adoro seus vídeos! ❤
Sou paulistana (SãoPaulo/SP), filha de um maranhense (São Luiz/MA) - mas filho de Português - com uma taubateana (Taubaté/SP).
Além disso, sou fonoaudióloga e amo estudar línguas e linguagem.
Imagina como seus vídeos tem me ajudado a entender essa miscelânea!
😂😂😂😂
Obs.: Às vezes, quando atendemos algum ator, temos que dar instruções simplificadas e não exatamente linguisticamente precisas. Imagino que possa ter sido isso o que aconteceu com o ator citado e o/a profissional que o orientou, por que fonoaudiólogo bem formado sabe que sotaque não é erro. Ou, talvez, a personagem que esse ator fosse representar tivesse que apresentar o sotaque em que a regra seria falar "uma" e não "ūa" (como não encontrei U com til no meu teclado, tive que adaptar). 😉
Sou de Natal e minha namorada de Brasília e a gente sempre discutiu as diferenças de nossos sotaques, me identifiquei muito com o vídeo e agora com as explicações técnicas sobre essas diferenças que a gente identificava mas não compreendia muito bem o porquê. Foi uma ótima tima aula 👏🏽👏🏽👏🏽
Interessante o vídeo Glossonauta, parabéns pela explicação da origem do ũa. No caipira Paulista da região do médio Tietê também era falado assim, mas hoje em dia só as pessoas mais idosas que mantém esta forma de falar e atualmente está praticamente desaparecido na região!
Papai, que era de Juazeiro do Norte, e saiu do Ceará aos quinze anos, adorava ler, escrevia muito bem, mas ainda falava tóchico, e saam daqui. Quase não se notava o sotaque, mas estas duas palavrinhas ele nunca deixou de pronunciar deste modo que achávamos engraçado quando éramos crianças. Meu avô pernambucano usava aquelas expressões típicas do interior do nordeste. O que sei é que adoro sotaques de todos os lugares, todos me parecem muito saborosos, e tinha a tendência de me deixar influenciar a cada mudança que fazíamos. E foram muitas mudanças, como boa família de cearense e mineira. Por isso tudo adoro seus vídeos sobre idiomas, sotaques, origem dos sons e palavras.
Amigo, sou do interior de Pernambuco e percebi que seu sotaque tem umas diferenças nas palavras que terminam com “de” e “te”, vc não fecha tanto quando a gente que fala “di” e “ti”. Isso pode ser considerado alguma variação da sub-região? Em geral, tudo que você falou, tanto nesse quanto no primeiro vídeo, eu me encaixei. Amei as análises, fiquei bestinha hahaha
Na minha cidade, Felipe Guerra - RN, a gente fala do sotaque de Apodi - RN, nós costumamos dizer que eles cantam mais do que a gente. E em Mossoró a gente consegue notar uma diferenças, apesar da similaridade. Um amigo meu de Caicó - RN sempre dizia que quando chamamos alguém pelo nome, costumamos mudar a silaba tônica pro final. Por exemplo: su-sa-naa!
Seus vídeos são excelentes, amigo. Acompanho silenciosamente há algum tempo... como cearense me sinto muito bem representado pelo que traz, você faz jus até à denominação genérica de "sotaque nordestino". Com a arqueologia do léxico, faz sentido... e belo, um inculto cheio de cultura!
Sobre o sotaque mineiro, sinto que é uma mistura muito evidente dos correspondentes nordestino e sudestino, no que o exótico aos do sul é o familiar aos que estão mais ao norte... ainda que possamos localizar a capital ao sul do Estado, é do norte seco, um continuum com o semiárido nordestino, que vem a formação das mais recentes gerações de Beozonte, cidade jovem e de crescimento muito rápido com as leva do interior.
É daí que vem parte do âmago da alma do mineiro e de seu mineirês, e Minas é como o 10° estão da região (muito embora os da região Norte também se abolete de cearenses, potiguares, pernambucanos e seus descendentes).
Do desafio (que esqueci de comentar, tão animado em falar de mais coisas):
AÍ SE O NORDESTINO COMEÇAR A FALAR RÁPIDO E NÃO TIVER PRESTANDO ATENÇÃO NÃO VAI ENTENDER NADA DO QUE A GENTE TÁ DIZENDO, NÃO.
(entendi de primeira, difícil era lembrar tudo na hora de escrever, daí voltei 5 vezes... kkkk)
Sim eu sou de Juazeiro do Norte e, o nosso sotaque tem claras diferenças do sotaque de fortaleza kkk
Sou de Pernambuco, recifense, e achei teu sotaque bem próximo do pernambucano. Teu conteúdo é massa!!
02:55 Glossonauta: Natal, Rio Grande do Norte
(Tranquilo, escrevo o comentário para eu lembrar sempre, porque ainda não consigo distinguir tantos sotaques brasileiros que quero reconhecer)
Sou do triângulo e morei em Fortaleza, e escutava muito sobre essa associação com o sotaque mineiro. Adoraria um vídeo sobre os sotaques de Minas Gerais 🤍(mineiro, sertanejo, caipira, zona da mata, norte mineiro…)
Adorei que no minuto 23:29 você usou exemplos reais de pessoas que são próximas a você kkkkkk.
"Rodrigo gosta de cantar" e "Luiza lê muito". Tá me devendo um exemplo com meu nome agora hehe
Aqui vai: "Gabriel é um noob"
(⌐■_■)
Belo trabalho.
Abraços de Moçambique 🇲🇿
Muito obrigado! É bom saber que há gente vendo o meu canal aí do outro lado do oceano também. Abraço! :)
Mais uma vez fenomenal. Mantenha essa nova constância de vídeos, por favor.
Eu falo uma mistura de sotaque mineiro e caipira. Num primeiro momento, ouvir UM-A, AL-GUM-A e NE-NHUM-A me causou estranheza. Isoladamente, eu certamente as pronunciaria unindo o M ao A, e não ao U. Mas, pensando bem, vejo que, quando falamos mais relaxadamente, a pronúncia tradicional também é usada.
Por exemplo, tanto "não tinha NE-NHU-MA pessoa lá" e "não tinha NE-NHUM-A pessoa lá" me soam perfeitamente naturais. Nunca tinha parado para pensar nisso e, caso alguém me tivesse feito refletir sobre isso antes, eu infelizmente teria presumido que UM-A, AL-GUM-A e NE-NHUM-A fossem corrupções descompromissadas da pronúncia tradicional.
Não poderia estar mais errado. E isso é triste porque, apesar de ambas as formas serem usadas nas conversas do dia a dia, num contexto mais formal, todo mundo opta pela pronúncia mais recente, pesando ser a mais "correta".
Me veio uma dúvida sobre a questão da conjugação de "tu".
Você acha que essa forma "errada" de conjugação (por exemplo "tu foi", "tu falou" ou até "tu fosse" e "tu falasse") poderia se tornar uma forma correta, conforme fosse mais usada e comum pelas pessoas, criando uma evolução na língua (só nas partes do país em que o português é falado assim), assim como outras diferenças no sotaque?
Considerando isso, será que um dia, daqui a muito tempo, o português com os vários sotaques pelo país, vai se dividir em línguas diferentes devido às várias diferenças, assim como as várias línguas vindas do latim?
Acho a etimologia portuguesa muito interessante e conheci ela graças ao seu primeiro vídeo analisando o sotaque nordestino. Acho muito interessante também a questão dos "tis", "dis", "tchis" e "djis". Seus vídeos são muito interessantes.
Muito bom... e eu tambem achava ate esta sua explicacao que HUA era errado.... mas tudo bem.... "vivendo e aprendendo"
Obrigado!
eu amo quando você fala de assuntos que eu nem sabiam que eram possíveis de serem discutidos. Eu falo "uã" em contextos informais e eu nunca tinha percebido que isso era uma variação de "uma" kkkk
Que informações interessantes. Muito bom o vídeo. Sou paulista e paulistano. Confesso que tenho dificuldade de compreendet um sotaque nordestino quando muito coloquial e rápido.
Nessa esteira de vídeos sobre o português nordestino, acho que caberia um sobre o lheísmo para pessoas em discursos semiformais (você) e formais (o senhor/a senhora), fazendo comparações entre a norma padrão, o restantante do Brasil, o leismo espanhol, etc. e trazendo suas origens históricas.
Seria interessante falar também sobre a pronúncia "li" (arcaísmo ou inovação?)
Em Recife percebo duas diferenças, além da pronúncia e cadência em relação ao descrito no vídeo:
1. Diz-se "queres" e não "qués"
2. O diminutivo masculino popular "im" em lugar de "inho" é estigmatizado e não se ouve tanto assim
Moro em Recife e já ouvi muito as duas formas
Por exemplo "queres ajuda no trabalho" ou "queis que eu vá aí mais tarde"
Acho que depende da frase
@@99temporal Sou recifense e realmente depende da frase, mas o queres é mais comum, o "queis" sai quase sempre o "que", capaz de sair até "quexqueu" kkkk
O diminutivo "im" creio que vem do Tupy Antigo.
A família toda do meu pai é do RN. Meus avós se mudaram para o Rio de Janeiro e depois para Brasília. Os filhos foram juntos. Meus avós conservavam o sotaque impecavelmente e algumas tias também mantêm o sotaque marcado. Eu, porém, sou de Brasília e tenho o sotaque daqui (ou um dos sotaques), que se aproxima mais do padrão Globo de pronúncia (eu acho). Este vídeo me foi muito importante para quebrar preconceitos com a terra do meu pai. Viva a diversidade!
O sotaque de Brasília é uma mistura do Brasil, tem nuances nordestino, do Sul, de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.
@@josibelpereira9643 Sim, tenho dificuldade de defini-lo. Se você for a algumas áreas onde várias famílias candangas foram assentadas, como Ceilândia, vai perceber um sotaque diferente daquele do Lago Sul, onde há famílias principalmente do Rio e SP
18:22
Eu iria além pra dizer que essas reduções acontecem em todo o Brasil (sou de GO)
O mesmo vale pra harmonia vocálica (minínu) que em todo sotaque do português ocorre em algum grau.
E também tem a dupla negação.
Quando se fala de sotaque nordestino, realmente o que me vem à mente é a pronúncia de T e D, R aspirado, vogais átonas É e Ó abertas e  fechada.
Eu também tendo a separar a Bahia, o Piauí e o Maranhão, pois pros meus ouvidos são os que mais se distanciam do "sotaque nordestino padrão"
Ceará contempla vários sotaques inclusive os semelhantes aos do interior da Paraíba e Pernambuco, na região centro-sul e Cariri. Na região metropolitana de Fortaleza, onde moro, e região norte, já tem o sotaque diferente, já semelhante a Piauí e Maranhão. E a Capital tem seu próprio sotaque.
14:57 Será que o vídeo já chegou ao actor aqui citado?
Eu amei o conteúdo e já estou até considerando adoptar a pronúncia original “Hũa” aos meus irmãos e amigos.
Grato, Glossonauta
))
Morei 10 anos em Alagoas e foi maravilhoso! Percebi muito essa diferença de sotaques entre algumas regiões e cidades, o litoral é diferente do interior. É muito mais complexo do que imaginava. Consigo de longe perceber um pernambucano de Recife falando, é bem chiado.
Sou de Recife e até os 14 anos falava chiado o s depois de t e no final das palavras, com o tempo devido à preferência linguística deixei de pronunciá-lo de maneira chiada e depois de muito tempo morando fora do país e mais de 4 anos de Espanha, desapareceu por completo, porém a pronúncia do ti, te, di, de sigue igual, essas jamais mudarei é a marca principal de pernambucanos, alagoanos, paraíbanos, potiguares e cearenses do Crato( Sul do Ceará), aqui na Espanha também a pronúncia do ti e te é igual, já o de, di não, pois pelo menos em Madrid é linguodental como o th inglês em this ou a letra islandesa ð ou o delta δ( minúsculo) , Δ ( maiúsculo) em grego moderno. Em português pt também noto esse som nas palavras nada e tudo, basta escutar as canções da excelente banda Madredeus.
Adoro seu canal. Muito conteúdo bom! Sou paraibana e apaixonada por sotaques, embora não seja da área linguística. Quando ouço alguém falar presto bastante atenção ao sotaque e tento identificar de que lugar ela é. Quase sempre acerto 😊
Fui criada em São Paulo e durante a educação básica os professores ensinavam “a forma correta” de se falar. Desconstruir essa forma de ver o mundo tomou alguns anos, mas valeu a pena já que agora posso apreciar um vídeo bom como esse 😊.
Estou feliz que estejas de volta!
Obrigado!
20:05 "Aí se o nordestino começar a falar rápido e não tiver prestando atenção, não vai entender o que a gente está falando não". Aqui em Sergipe, em alguns sotaques a gente também substitui a pronúncia do s pelo [h] quando aparece no final de um sílaba. Quando estou falando rápido, por exemplo, é comum falar "mas mesmo assim..." como "ma[h] me[h]mo assim..."
Um salve do RN!
Hoje, dia de finados, percebi muita gente aqui na cidade (interior do RN) pronunciando "cemitério" como "cimitério", esse fechamento das vogais que precedem a sílaba tônica é uma marca do nosso sotaque tbm. No outro vídeo sobre o sotaque nordestino vc chegou a comentar algo a respeito. Ex: "pidir", "durmir", "tussir", "pulir"...
É verdade. Em verbos, a gente tem um sistema mais forte de harmonia vocálica, em que uma vogal tônica aberta abre as pré-tônicas, contudo, fora dos verbos, parece ser mais forte um outro fenômeno, que é o que você mencionou, uma tendência a fechar as vogais pré-tônicas, como em "cimitério", "tumate", etc.
O sotaque tradicional de florianópolis tem também a tendencia de suprimir o 't' em tipo "fizeste" e se fala tb fizesse. Outra coisa essa questão de dizer "qués" pra queres, entre outras semelhanças na pronuncia de algumas vogais, o caso da capital catarinense teve muito influência açoriana na formação do território.
Não sei se isso é só sotaque porque o povo escreve também fizesse. Então acho que é analfabetismo mesmo. Se falasse diferente e escrevesse corretamente, aí sim seria sotaque.
@@thiagomn03Analfabetismo é não saber ler e escrever. É normal que eventualmente a escrita acabe refletindo variações da fala, foi assim que o latim se transformou no português e nas demais línguas românicas. Em qualquer língua viva, sempre haverá assimetrias entre a forma culta/padrão e a forma coloquial de falar e escrever.
@@Israel220500 Exato! Falou e disse!
Aliás usando o meu vernáculo recifense: falasse muito bem! visse?
@@thiagomn03 Você deveria ao menos usar vírgulas conforme a norma antes de taxar qualquer povo de analfabeto.
Minha conhecida manauara tem um sotaque nordestino e conjuga o verbo na segunda pessoa como disseste.
Isso me chamou a atenção.
Professor, ainda hoje em Galego, que partilha a origem com a nossa língua, se usa u(~)a. Como, infelizmente, o carater /u/ com /~/ não está disponível nos teclados para português ou para espanhol, então eles escrevem /unha/ (grafia castelhanizada) ou /umha/ na grafia reintegrada com o português para evitar que se leia o som /nh/.
Excelente vídeo! Muito aprendizado sobre a nossa língua tão bonita, tão rica, tão diversa! Parabéns e obrigada!
Muito obrigado pelo comentário! Abraço!
Cara, sensacional. Excelente conteúdo. Conteúdo bom é aquele que nos faz sentir eternos aprendizes. Aqui na cidade de São Paulo percebo diferença de pronúncia de um bairro para outro.
Quanta riqueza! Obrigado, abracos desde Amsterdam!
Maravilha, Glossonauta! Você é fera. Uma solicitação que eu teria seria compreender mais como e quando surgiu esse hábito do Centro-Sul do Brasil de pôr o artigo na frente dos nomes próprios. Falo outros idiomas, e me parece raro esse hábito --- mundialmente falando. Soube que no catalão eles também fazem isso, embora não saiba se é mesmo verdade. Sucesso com tudo. Abraço!
Sou fortalezense, fiquei surpresa com a primeira informação, nós também falamos assim por aqui. É também comum transformar o V, S e G em R, "ar coisas", ramo embora" etc. Sobre diminuir as palavras, também acontece aqui, eu mesma falo sempre "Tá dende casa", "tudim". E sobre usar os artigos antes dos nomes, nós usamos sim. Sobre vogais tônicas, eu vejo os sudestinos e sulistas sempre falando "fécha a porta", quando a gente fecha, eles abrem kkkk.
Mais um detalhe, nós chiamos também, somente com o "S" antes do "T", Estudar vira Ixtudar, Estado vira Ixtado. Como o exemplo anterior, o "E" se transforma em "I", o "I" sempre se evidência, como em "Mas", pronunciamos má(i)s, luz, sai Lú(i)s, com o I bem fraco, mas perceptível. Uma vez, uma Paulista achou que eu estava pronunciando Luiz ou invés de Luz.
Sobre vogais tônicas, som aberto e fechado: No período em que a Maju Coutinho apresentou o Jornal Hoje, reparei que, ao concluir uma notícia impactante com uma frase de efeito do protagonista do fato, ela diz: "Abre aspas:...", e, depois de dizer a frase, vem com "'Fêcha' aspas.". Assim mesmo, ela pronuncia "fecha" com o "e" fechado, enquanto eu e meus conterrâneos aqui em São Paulo falamos com "e" aberto. E ela, a Maju, é paulistana.
Sobre trocas de fonemas em certas palavras no "sotaque nordestino", cabe um vídeo à parte. Minha mãe era pernambucana, nascida no município de Bom Conselho. E ela falava trocando ou invertendo fonemas nos seguintes casos específicos:
1 - Ela dizia "registro", "registrar", pronunciando o "g" com som de "z" ("rezistru", "rezistrá"). Porém, ao falar sobre a atriz Regina Duarte, ela pronunciava o "g" de "Regina" com o som padrão, de "j".
2 - Ela não pronunciava o "s" chiado (parecido com "x") antes de "d" e "t", certamente foi influenciada nesse ponto pelo tempo já vivido em São Paulo. Mas, para dizer "esfregar" e suas formas conjugadas, trocava o "s" por um som nasal, próximo de um "n": "infregá".
3 - Trocava o "r" de lugar em algumas palavras. Além dos casos mais famosos, "largato", "largatixa", "iorgute" e "bicabornato", ela fazia o mesmo com "irmão/irmã"; colocava o "r" antes do "i" ("rimão/rimã") e emendava essa palavra no elemento que vinha antes - uma vogal sozinha ou qualquer palavra terminada com vogal. E assim saía o som característico do "r" intervocálico, com a ponta da língua tocando de leve o palato. "Você num pódi batê na 'suarimã'." "Você num sabia qui a Betânia 'erarimã' du Caitanu?".
Estranho, sou de Recife e falo fecha com ê ( E fechado) , porém admito que as duas pronúncias convivem, depende do estado mental ou da rapidez do discurso, acho que durante a maior parte, usei indistintamente as duas formas: fêcha e fécha!
Gente, como esse canal nunca me foi sugerido antes? Como não tem milhões de escritos!!?
Fascinante o seu trabalho e impressionante seu conhecimento. Parabéns e obrigado!
Muito obrigado, Renato! Um abraço!
Eu sou goiano, nascido e crescido em cidadezinha do interior, uns 5000 habitantes, e muitas coisas que o sotaque nordestino tem, eu também ouço aqui em Goiás. Também falo com as contrações que normalmente julgam ser coisa de mineiro, coloco o "não" depois do verbo, falo ũa. Inclusive, digo mais, lembro até do momento do segundo ano do fundamental da professora dizendo que o "m" após uma vogal era pra ler como se fosse um "tchiu", também lembro do momento em que aprendi que o "L" no final tem som de "u". O que me faz pensar que, por eu ser bem novo - 18 anos - tendo crescido com internet e vendo os criadores de conteúdo de todo o Brasil e até de Portugal, eu tenha adquirido trejeitos dos sotaques de outros estados. Sei que acabei pegando algumas gírias de tanto ouvir youtubers paulistas, cariocas e os nordestinos também. Acabo pensando: o quão goiano é o meu sotaque? Não que eu me importe muito com isso, dando pra entender, tá valendo. Mas eu penso muito: será que no futuro, devido a internet, vai haver uma diluição nos sotaques do Brasil, já que agora é muito fácil ouvir paulista, carioca, gaucho, mineiro, nordestino e assim vai, falando a qualquer hora e talvez até com mais frequência, a depender do tempo que a pessoa passa na internet, o sotaque de outras regiões do que a da própria.
Gostei muito do vídeo. A cada vídeo que você posta, mais eu gosto de linguística e mais encantado fico com o Brasil e com o nosso português. Continue com o excelente trabalho
Aqui na divisa de Minas com a Bahia, é muito facil reconhecer alguem de fora pela forma que fala "vou para a casa de". Aqui nao existe ,"Vou para a casa da Ana ou do Miguel". Sempre será "casa de Ana ou de Miguel ". Percebi que pelo menos a região que eu moro, nós, os "baianeiros", temos varias semelhanças com as distinções que você destacou em seus vídeos sobre seu sotaque natural.
em 22:30 sobre a negação no final, só me dei conta que isso era algo peculiar do meu sotaquê quando comecei a conversar com uma amiga que mora no paraná, quando fui questionado do por que eu falava ao contrário coisas como "vi não" e etc.
O curioso é que no sotaque tradicional de Florianópolis e região, supostamente de influência açoriana, aparecem o Ti e o Di...e também o tu fosse/voltasse e o qués.
Verdade, quando vieram amigos de Itajaí para cá (Natal) senti uma grande semelhança, falam sem chiados, belo sotaque.
Interessante como algumas dessas características também são presentes no sotaque do litoral norte de Santa Catarina:
O qués por exemplo é bem usado aqui, a pronúncia do "di" e "ti" seguindo a pronúncia original, cortar as palavras pra falar "den'de" em vez de "dentro de" (esse último acho que é mais associado com Minas porque lá existem pessoas que usam essa pronúncia E falam devagar, enquanto aqui por exemplo só se fala assim quando se fala rápido).
Muito interessante o vídeo! Parabéns!
Olá meu amigo
Muito obrigado por esse vídeo, fiquei muito feliz de entender um pouco mais sobre o sotaque nordestino! Sou do interior de SP mas morei por um ano em Natal na minha infância, portanto pude relacionar muitas coisas com essa experiência. Hoje em dia com mais maturidade e curiosidade sobre a linguística foi um prazer enorme ouvir um especialista falando sobre o assunto!
Grande abraço
Fico feliz que tenha gostado do vídeo! Obrigado pelo comentário. Abraço!
Seu conteúdo é mto da hr, mas seu ânimo "contagiante" é um mistério, se a mente fosse como em DivertidaMente, sua Alegria estaria amarrada numa cadeira num canto da sala.
Amei este vídeo!! Adoro o sotaque nordestino!
Adoro nossos sotaques . Tenho um interesse neste assunto e possuo o costume de tentar adivinhar a origem da pessoa de acordo com o sotaque ou maneira de falar . Muito bom seu vídeo . E seu sotaque então ….. rsrsrs. Viva a diferença !
É sensacional como seus vídeos servem para dois propósitos opostos.
Para remover certos preconceitos linguísticos como também para, nos comentários, percebermos esses preconceitos, a depender de quem assiste. Parabéns.
Estou maratonando os seus vídeos.
Que Aula legal! Fantástica mesmo! Parabéns pelo canal! Falo de Fortaleza, moro aqui há muito tempo, mas nasci no sertão central do Ceará, e o que você falou aí no começo é uma realidade! O sotaque é completamente diferente! É um privilégio poder ter um contato mais profundo com a história da nossa língua! Parabéns mesmo!🙏🏻🙌🏻
Muito obrigado pelo comentário! Abraço!
Isso do sotaque de Recife é real. Eu moro no interior de Pernambuco e consigo identificar uma pessoa de Recife instantaneamente.
Não fazia ideia que tinha gente que lia o m de uma!
"Aí se um nordestino começar a falar rápido e não tiver prestando atenção não vai entender nada que a gente tá dizendo não "
O sotaque de Recife inconfundível, é bem diferente do jeito de falar do interior de Pernambuco mesmo haha
Sobre o "m" de "uma", eu também só fui perceber que tinha gente que pronunciava como [m] mesmo quando já era adulto kkkk
E parabéns pela transcrição do meu trechinho falando rápido ;)
Abraço!
Tenho curiosidade de onde saiu o som tch depois de ditongos, por ex: oito, oitcho, deitar, deitcha, eita, eitcha, coito, coitcho.
Senti muito esse som em Alagoas, principalmente no litoral.
Minha mãe (pernambucana como eu) fala muito assim. Outras pessoas da mesma família não, mas outros sim. Acho que é uma forma "concorrente" com o t "normal" que tá caindo em desuso.
Sou de Recife e de menino falava dessa maneira: otchu no lugar de oito, etc, li que alguém disse que era um fenômeno de pronúncia das classes mais pobres. Lembrando que na época já era alfabetizado e frequentava a escola, pode ser que eu imitava inconscientemente a pronúncia dos meus conhecidos do bairro.