The problem with identity politics (part 1) | 038
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- Опубліковано 29 вер 2024
- Part 1 of two videos discussing identity demands, identity politics, anti-oppression struggle, how the left deals with it, and what we can improve on it. Please check out both videos, as the questions you may have about one video may be solved by the other.
PART 2: • Resolvendo o identitar...
Reading suggestions and References:
ALMEIDA, Silvio Luiz de. "O que é racismo estrutural." Belo Horizonte (MG): Letramento (2018).
Massoumi, Narzanin. Muslim Women, Social Movements and the ‘War on Terror.’ Palgrave Macmillan, 2015.
Brown, Wendy. "States of injury: Power and freedom in late modernity." (1995).
Fernandes, Sabrina. "Dilma Rousseff and the challenge of fighting patriarchy through political representation in Brazil." Journal of International Women's Studies 13.3 (2012): 114-126.
Fernandes, Sabrina. "Pedagogia crítica como práxis marxista humanista: perspectivas sobre solidariedade, opressão, e revolução." Educação & Sociedade 37.135 (2016).
Dean, Jodi. Solidarity of strangers: Feminism after identity politics. Univ of California Press, 1996.
Hennessy, Rosemary, and Chrys Ingraham. Materialist feminism: a reader in class, difference, and women's lives. Routledge, 2014.
Davis, Angela. Mulheres, raça e classe. Boitempo Editorial, 2016.
Guimarães, Antonio Sérgio Alfredo. "A recepção de Fanon no Brasil e a identidade negra." Novos Estudos-CEBRAP 81 (2008): 99-114. (It’s a very good article on how Brazilian Marxists ignored Fanon's discussion at frist)
Roncato, Mariana Shinoara, Murillo van der Laan, and Rafael Dias Toitio. "Dossiê:" Marxismo e feminismo no debate de gênero e sexualidade"." Cadernos Cemarx 10 (2018).
Wendy Z Goldman talks about her book on women's struggles after the 1917 revolution: • Wendy Goldman: As mulh...
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Vc é uma das melhores vozes da resistência atualmente. Gosto muito do seu conteúdo, me fez abrir muito a cabeça em relação ao marxismo e esquerda radical
Isso não é resistência, isso é movimento burgues lutando por privilégio, enquanto dão "poder de fala" criando negro, mulheres e gays profissionais, lesam o Brasil vendendo sua riqueza. Não caia no dividir para conquistar, Eles criam briga entre mulheres negras e mulheres brancas para nos manter em perpetuo conflito enquanto roubam na mão grande.
Todos estamos no mesmo barco e indo para o mesmo lugar, mas tem gente insistindo em criar uma área vip.
Obrigado por esclarecer muitas dívudas que eu tinha sobre esse assunto, de fato, tem muita ambiguidade solta nesse meio.
Para ser revolucionário devemos ser anti-opressores e não próximos opressores.
E olha q fui xingado de burro, de bolsominion numa live ontem por falar q o Paulo Guiraldelli tem uma historia, de misoginia e textos muitas vezes dúbios na melhor das possibilidades, xingado pelo próprio. Fui xingado de "lambedor do salto da Sabrina" é mole ?!
Esse senhor Paulo si acha o dono da verdade !
Todo mundo quer só xingar não argumentar com o diferente
Alguém avisa pra ele então que eu gosto mesmo é de sapatilha e chinelinho e que seguidor desse canal aqui tem que ser tratado com respeito que aqui não tem seita não ;)
@@TeseOnze bom trabalho
@@TeseOnze ,para minha melhor compreensão, o Paulo diz que o feminismo que ele defende é o da Judith Butler. Até que ponto o seu feminismo se identifica ou não com ela?
Genial análise. Tive dificuldade em acompanhar no início mas vou rever o vídeo. 👏👏👏😘
Eu estava pensando exatamente isso esses dias, e como eu não consigo me identificar com o movimento lgbt, mesmo sendo, por sentir que fica nas pautas identitárias , buscando um espaço ao sol na estrutura capitalista, vejo que o objetivo da representatividade fica como um fim para certos "militantes". É isso, dar voz é importante, visibilidade é importante, mas pra quebrar estruturas e não ser cooptado pelo sistema e assim aquietar a luta. (estou falando do identitarismo liberal)
Professora Sabrina, é possível equilibrar a social democracia com um mercado livre sem tantas restrições?
Obrigado pelo canal,você é incrível, inteligente e educada!
Eu tava tão ansiosa por esse vídeo ❤
Sabrina, vc arrasa como sempre. Meu marido, ao ouvir aqui seu video, lembrou da seguinte referencia: "Antiracism: a neoliberal alternative to a left" do Adolph Reed Jr. Vou ler e ver qual a conexao, mas deixo aqui a referencia tb.
O feminismo fala de algo profundo, tao profundo quanto a questao de classe, a opressao contra a mulher esteve presente em todos os modos de produção, esteve presente em toda a história. Mas como conciliar a luta? Ao invés de brigar deveríamos estar pensando nisso.
Ah gente, editem a legenda desses dois videos, por favorrrrrr.
Sou Surda bilíngue, mestranda em Serviço Social é acompanho aqui o canal da Sabrina, mas infelizmente nem todos os videos tem legenda... então, só consigo assistir os que tem.
A legenda automática é muito ruim, devido aos erros e falta de pontuação.
Super quero entender bem esse vídeo sobre as questões identitárias. Me interesso muito por isso.
Então, ficarei na torcida pra que legendem o mais rápido possível.
Gente, não sei quem editou a legenda. Queria avisar que já assisti as duas partes do vídeo e agradecer pela legenda.
Feliz 2019 com muita resistência.
Muito feliz por vc ter conseguido 😍
Coração ficou aquecido ❤️
@@horaassurda que bom que legendaram, bom ver que as pessoas possuem essa preocupação
Isso, apoiar as questões das pessoas surdas, também é luta antiopressão.
"Identitarismo é aquele que fica falando para os outros checarem seus privilégios, mas faz pouco pra pautar a transformação social que mexe com as estruturas!" É ISSO
Falou a branca
@@polianealvesdeoliveira7373 óh um reflexo do que a Sabrina fala no vídeo que provavelmente tu não tenha assistido.
Muito do feminismo radical acabou se perdendo nisso e agora em muitos lugares do centro do capitalismo chegam a marchar do lado de neo-nazistas contra direitos de pessoas trans.
A identificação com o sofrimento é tão grande que ao invés de lutar pelo fim da opressão, elas lutam para que outras pessoas tenham seus sofrimentos negados porque só a elas é permitido sofrer
@@polianealvesdeoliveira7373😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂.
Olha se nao é a mulher que me inspira a terminar meu mestrado e ser doutora!
Maytê Ovalle idem!!! Meu mestrado tá sendo tão difícil, sem apoio e orientação. Todo dia assisto um vídeo da Sabrina para me inspirar, para retomar o sentido.
E sinto que a minha argumentação melhorou sabe!?
Simmm... eu nao sei quanto a argumentação, pq meu tema é mto diferente disso e tb acho q se deve a carga de leitura que vai aumentando e etc, mas eu olho pra ela falando e penso “pqp eu quero mto chegar nesse nivel”.
Tô aqui na mesma que vcs, @May e @Carolina BS. Ela é inspiradora mesmo.
@@RyanGregorio8 Hoje sou mestre em Direito Público!
Por causa da Sabrina to querendo fazer um canal do UA-cam e dar minha contribuição por aqui... Maravilhosa!
Ela me inspirou a criar o meu! 💚
Faça!
Vem que a gente assiste!
Por favor!
Faz mesmo. Este espaço carece de vozes que provoquem o pensamento humano.
Eu gosto do termo "luta anti-opressão" também até porque engloba a luta contra a opressão humana e animal. Obrigada por mais esse, Sabrina!
Termo vago e não abrange abordagens mais vanguardistas.
Eu acredito que o termo seja amplo, mas não vago. Pelo contrário, ele descreve bem a ideia geral, agora claro, isso não implica impedir a adjetivação. Até porque já temos a nomeação dos "sujeitos" (feminismo, racismo, homofobia, transfobia e gordofobia)
Eu já me punha a escrever até que vi que tinha dito. Haha obrigado, Leonardo
Isso não passa de disfarce, é identitarismo mesmo, fazer concurso publico cujo pré-requisito é ser travestir, ou dar privilégios para uma minoria indígena "manter" seu povo na idade neolítica é jogar os índios para o garimpo ou fome.
ora ora se não é minha inspiração
Tão bom ver esses caras se incomodando com seus vídeos e discurso.
Parabéns pelos vídeos, você é foda 👏
Sugestão de vídeo para a playlist do dicionário: R de Revolução
Que alívio intelectual essa seu vídeo, Sabrina. Até que enfim uma introdução do assunto minimamente sistemática.
Queria apenas comentar algo: Identidade não se constitui meramente pela forma com a qual você enxerga a si mesmo, mas envolve a maneira como o Outro recepciona a sua autoimagem. O identitarismo liberal peca justamente por entronizar o Eu em detrimento do Outro, o que acaba por gerar uma pulverização desconexa de inúmeras identidades que se impõem egoicamente na política. Tanto a Malabou, com sua "plasticidade" devoradora, como o Chul, com a eclipsagem da noção de alteridade, apontam para essa realidade nada alvissareira. E nós, marxistas, sabemos a que isso se deve: o aprofundamento do processo de mercantilização da vida feita pelo Capital.
Dito isso, gostaria de perguntar uma coisa: O que acha do Mark Lilla? Ele é um estadunidense apontado como da "esquerda" de lá e que, em seu último livro, esboçou uma crítica sobre o identitarismo. Gostaria de saber sua opinião (ou quem mais que queira falar) sobre isso.
Agradeço!
Você tá falando bem mais pausado, tá bem mais legal sim!
amo uma fada didática marxista. eu bem me senti culpado pelo "fracasso" da esquerda jogando a culpa na luta anti-opressão LGBT.
mas a que esquerda abre mão e negligencia essas pautas não está muito interessada em acabar com as opressões e sim ganhar o poder a qlqr custo.
``...ganhar o poder a qlqr custo.```
Exatamente!!
Mds, que tudo saber que a loba assiste a Sabrina (mesmo qu3e esse comentário tenha sido feito 4 anos atrás haha) ❤️❤️
Sabrina Fernandes, sou ativista de esquerda e estou gostando imensamente do seu contéudo intelectual e compromisso contra a opressão
"Neo-marxismo-gaysista-feminista, que é praticamente algo que o Jordan Peterson diria se ele falasse português".
Kkkkkk. Ganhei minha noite.
Parabéns pelo vídeo, Sabrina!
Toda vez que o Peterson crítica os pós-modernos eu me ofendo kkkk
Quando eu comecei a assistir videos no youtube, acompanhava seu canal e cheguei a comprar o "Open Society", do Popper, por indicação sua. Tu foi abandonando o canal e eu fui ficando muito marxista pro seu liberalismo ahahahaha Vi que você voltou a postar algumas coisas. Vou reinscrever no seu canal.
Nossa, tenho alguns amigos absorvendo massivamente o que o Jordan B. Peterson diz e tô só com cara de q?????????
ua-cam.com/video/buD2RM0xChM/v-deo.html
Tem mais links ua-cam.com/video/9arXKu_1p9I/v-deo.html esses debates do Jordan Peterson sãoo muito bons, ele vence todas as vezes nesses debates.
Sabrina, obrigada por esse vídeo. Eu te mandei direct pedindo para abordar essa questão aqui no canal. Fico feliz por atendido nossos pedidos, e como sempre, de uma forma muito esclarecedora. Gratidão.
Na minha humilde opinião, não tem o que por nem tirar! Mais um vídeo importante e muito bem feito! Parabéns!
O melhor canal da "onda progressista" do UA-cam"! Traz conteúdo, com qualidade. Sou fã.
Sei que tô no caminho certo, quando acompanho e gosto muito de dois canais tão bem produzidos, cheio de conteúdos e informativos. Vocês são demais.
Ela é da Esquerda Radical
Bom dia. Poderia postar os links dos canais nacionais e internacionais da "onda progressista" do UA-cam ? Obrigadissimo!
'Gayzismo' é dose, e o cara ainda se diz intelectual pf.... assisti uma entrevista da primeira trans eleita em SP e entendi que a pauta do gênero não pode sair da bandeira da esquerda só para amenizar o confronto com a direita, foi por essas e outras que a esquerda perdeu a identidade e levou caldo na eleição. Sabrina, qdo fiz mestrado em educação, um dos autores que estudei foi o autor de "Ciladas da diferença", do Antonio Flávio Pierucci, onde ele afirma que ao se diferenciar demais, acaba se criando um fosso com os demais grupos sociais, acho que tem a ver com o vc falou sobre o identitarismo puro e simples sem tocar na questão econômica da exploração, que é um lance mais universal
Que? Como assim foi por essas e outras que a esquerda levou caldo nas eleições? Levou caldo nas eleições justamente porque grande parte do eleitorado é conservador e cristão e, graças a uma mega propaganda dos reacionarios, conseguiram jogar essa parte da classe trabalhadora contra a esquerda dizendo que a mesma queria diluir seus valores e quer saber? A esquerda marxista quer mesmo, mas jamais pode escancarar isso. Nem precisa da esquerda marxista, progressistas em geral pensam que determinados valores conservadores devem ser combatidos por conservatem determinadas pautas e costumes nocivos há as minorias. Há única coisa que se deve ter mente e que é comprovadamente verdade, é que o PT ganhou quatro eleições seguidas longe de discursos identitarios e voltados de uma maneira externa e 100% para a classe trabalhadora sendo esta conservadora. Defendendo pautas como aborto ou casamento gay de maneira implícita para não jogar eleitores cristãos para os opositores tucanos. Façam isso novamente ou dificilmente uma esquerda terá espaço no Brasil pois de maneira alguma a esquerda vence defendendo explicitamente um progressismo que uma sociedade conserva despreza. O discurso deve ir para a economia pois lá a esquerda atrai os trabalhadores e assim foi nos ultimos 12 anos com Lula sabendo muito bem o anseio do brasileiro comum. Afinal, ele ja foi um deles.
Renata, Realidade material miseravel produz consciências miseráveis. O conservadorismo de uma sociedade vem das classes dominantes e da realidade material na qual ela esta inserida. Pois ela não apenas é dominante na economia como também na cultura e em diversos outros setores sociais. Por isso se chama DOMINANTE. Agora, o que se deve ter em mente e que a esquerda ainda não percebeu, é que, diferente dos países europeus, o Brasil NUNCA passou por uma revolução burguesa, dirigida por uma burguesia industrial e laica como ocorreu em diversos países europeus. As elites daqui são diferentes de lá. O conservadorismo de lá não foi desconstruido apenas graças a esquerda e sim graças as próprias revoluções burguesas de carater secular, o que não houve no Brasil. Quando digo que o conservadorismo de lá foi desconstruido, me refiro a menor influência que a religião exerce na sociedade comparado a do Brasil. E claro que tal influência está sendo exercida em campos que afetam gays, mulheres e mesmo os negros. Mas, como dito também, as revoluçoes que as burguesias europeias fizeram foram de carater secular e isto contribuiu para que os sociais democratas tivessem mais espaço para combater a influência religiosa que antes era exercida sobre as minorias excluidas, resultando em um maior grau de tolerância a estas pessoas. Mas nada disso ocorreu no Brasil. Essa questao identitaria - burguesa - liberal - a esquerda ainda não entendeu. Pensam que basta vencer eleições com um partido progressista para construir uma sociedade progressista, tá errado. Isso é idealismo, o espírito dominante na sociedade não provém dela mesma mas da realidade material sob a qual ela vive.
Mas o capital não governa apenas pelo conservadorismo mas também pelo liberalismo e outros "ismos" que possam ser usados para sabotar a luta da classe operária. O PT nunca foi um partido que almejou o socialismo e sim uma social democracia tal como hoje o PSOL e mesmo o PCdoB almejam. Eles pensam(e de certa forma estao corretos) que hoje uma revolução socialista no Brasil é impossível cabendo os partidos lutarem por pequenas reformas tal como Eduard Beinstein há muito sugerira lutando com as ferramentas que possuem em mãos; com a democracia burguesa. Essa é uma análise revisionista mas esta será a taticas da esquerda como há muito o é, mas os marxistas não perceberam isso, pois hoje os mesmos vivem em um idealismo pensando que somente através da educação conseguirao despertar a consciência da classe operária mas tal consciência só pode ser despertada quando os mesmos analisarem sua própria realidade material. A esquerda deve ficar no campo da economia e esquecer a questao da moral e cultural pois estas provém da questão de classe e, portanto, da economia. Essas mudanças podem vim quando a esquerda estiver realmente com o poder político na mão, mas não antes.
@@lukasmatheus4777 a Sabrina fala no vídeo sobre esse movimento da classe trabalhadora em direção ao conservadorismo e nisso eu concordo com ela. O povo está defendendo pautas conservadoras porque o trabalho não foi feito.
@@lukasmatheus4777, sinto muito, mas isso é um balanço bem idealista dos governos petistas. O Lulismo obteve sucesso eleitoral dado a sua argúcia na arbitragem de interesses, aproveitando uma conjuntura econômica favorável para administrar mudanças pontuais, porém importantes, na estrutura oligárquica desse país.
Depois, não há um átomo de verdade na afirmativa de que "O PT se manteve afastado das pautas identitárias". Pelo contrário: a veia liberal dilatada do petismo transformou a própria classe trabalhadora, em sua complexidade concreta, numa identidade, num processo que ficou conhecido como "pobretologia": uma defesa moral dos mais pobres, cuja principal preocupação e pauta de reivindicação é a inclusão pela via do consumo. Além disso, no período Dilma I, prezou-se, a meu ver acertadamente, pela representatividade de mulheres, indígenas, negros, etc (além claro da defesa das cotas, que vem desde de Lula). Portanto, o PT abraçou contraditoriamente ambas as vertentes da luta identitária.
E quanto à economia, por favor, né? Reformismo conservador e imobilismo político não são os melhores instrumentos de atuação tendo, de fato, a centralidade na classe trabalhadora.
@@lukasmatheus4777 a tua posição é conservadora, estás a pensar dentro do pragmatismo do PT e nas estruturas do capitalismo. Ganhar eleição não é ter o poder nas mãos, pois as estruturas socais, jurídicas, ideológicas, midiáticas e afins são todas burguesas. Governa com as regras deles ou te derrubam. Visto que os partidos de esquerda liberal não têm em perspetiva a derrubada do capitalismo por meio da revolução. O PT precisar cair na realidade, radicaliza as suas lutas ou cairá na vala comum que os grande partidos dessa esquerda liberal caiu (as esquerdas europeias). Por outro lado, reconheço que a esquerda precisa pensar e desenvolver uma forma de falar e provar consciência na classe trabalhadora acerca dessas estruturas de opressão. Esse Ananás somos nós que temos que descascar.
@@CarlosHortmann, se brincar, camarada, já caiu faz um tempinho.
Pelamor de Deus eu amo essa mulher e esse canal. É uma benção poder assistir uma mulher inteligente como vc falando sobre marxismo e lutas anti opressão no UA-cam 💖
Menina! Olavo veio comentar merda no seu vídeo!!! Tá incomodando hein gata??? Que sucesso!!!
Conheci o canal hoje
Sabrina vc é inspiração!!!!
Sua aula muito esclarecedora,
Muito consistente seu conhecimento
Obrigada por compartilhar
11:55 sempre que converso com a turma do identitarismo principalmente a galera decolonial esse tema é abordado de forma muito enfática, a primazia do sofrimento, a impressão de que a minha comunidade sofreu mais ou é ou foi mais explorada, como que no período escravista americano não tivessem europeus sofrendo também e em grande intensidade, e com isso esse turma desdenha fo marxismo dizendo que um ciência social europeia não pode ser usada em lutas periféricas, que se precisa de uma teoria nova e periférica e eu considero isso um erro, eu vejo gente repetindo o que já foi dito mas pensando ter inventado a roda.
Bem, assistindo este vídeo mais de dois anos depois de publicado. Lamento lhe informar mas a "luta identitária" é somente para dar visibilidade para alguns ou algumas. O identitarismo colou na pauta neoliberal de "liberdades", então, no final das contas os identitaristas ingenuamente defendem que a luta de classes não faz mais sentido.
me incomoda demais o uso do termo identidade pra lutas de mulheres e da negritude. em que momento nos foi dado a oportunidade de nos identificarmos com essas categorias de opressão? a mulher que fica grávida, faz um aborto e morre por causa do estado não se identifica com a mulheridade. ela é mulher e por conta de sua condição material biológica engravidou e por causa maneira que o estado trata questões das mulheres morreu. por isso apoio a luta anti-opressão e não identitária.
Então o empoderamento individual deveria vir acompanhado obrigatoriamente do empoderamento coletivo né?
"Em geral, o debate de identidade não nega nem substitui a discussão de classe". Isso aì, Sabrina!
"A vivência é tão limitada e tão sujeita a ideologia dominante quanto a teoria é separada da prática." Sabrina você é brilhante.
Olha, acompanho muita coisa do Rui Costa Pimenta e do PCO e, sinceramente, não conheço nada no sentido do que o astrólogo falou. O que vejo por parte do Rui, ao meu ver, é uma crítica àqueles que fazem o debate das questões identitárias dissociadas do conceito de luta de classes. Acho que é isso.
Exatamente, e é fato que a maioria desses movimentos ignora a luta de classes.
é exatamente isso pois por sua vez engloba a luta de todos os oprimidos
Sim, e também ignoram que neste momento estamos sob golpe de estado fascista e portanto é hora da luta maior a de classe.
PCO é um partido lotado de machistas e Homofóbicos, seus dirigentes homens pouco se importam com essas questões. O próprio site deles tem conteúdo de prova disso.
É muito bom ver alguem como você que entende de marxisismo falando sobre isso e não ter vergonha de ser marxista.
Sabrina, gostaria que fizesse um vídeo sobre o Nacionalismo Trabalhista. Há uma parte da esquerda que se identifica como tal.
Pauta identitaria nada mais é q: Dividir para conquistar,é isso q R
COSTA quiz dizer e Eu acho q ele tem razão!
Rainha sensata, vídeo maravilhoso e necessário ♥️
Vou comentar antes de ver o vídeo. Sendo hiper sincera este é o primeiro vídeo seu que vou assistir. Cheguei em vc por indicação do Samuel Borelli, que eu também conheci após as eleições por indicação se não me engano do PC Siqueira.
Quando eu vi o nome do Paulo Ghiraldelli nos vídeos do Samuel eu torci o nariz, parei de seguir essa pessoa desde 2013 quando deu lá o bafafa do protesto dos alunos. Mas pensei, vai que ele mudou..... Passou umas 2 semanas descobri que ele não mudou e o pior a resistência está povoada de esquerdomacho com aquelas antigas posturas de protecionismo. Falaram que era piada, falaram que vc deveria ter resolvido em privado, falaram que loira burra não é machismo.... falaram até que ele teve motivos pra te chamar de burra......
E muitos falavam assim "temos coisas mais importantes do que pauta identitária". Olha, não sei pra você, mas pra mim pauta feminista é discutir sobre maternidade compulsória, violência obstétrica, equiparação salarial, etc, etc, etc.
Não reproduzir o machismo praticado pela sociedade conservadora não é pauta é o mínimo de respeito que se espera daqueles que se dizem progressistas.
A resposta do Paulo era algo que eu já esperava, o que me chocou foi ver tantos caras amenizando e te criticando, mesmo enquanto homens estavam te defendendo. Foi decepcionante, porém não surpreendente....
Achei legal seu posicionamento. Concordo com ele, principalmente quando vc aborda sobre o acompanhamento pelos seguidores do PG em um quase linchamento dele contra as idéias da Sabrina.
Concordo com sua fala!!!
Com relação a Paulo G. deixei de seguir há anos!!!
Identitarismo já derrubou a guerra de classes,
Hahahaha
Ainda nem vi o vídeo mas já sei que vai ser 10/10. Inclusive ouvi sua participação no podcast Filosofia Pop sobre ecossocialismo e eu tô simplesmente apaixonado pelo conteúdo incrível que você sempre traz, tem me ajudado demais na construção da minha militância. Muito obrigado
Exponho aqui o trecho de um texto de um filósofo marxista cujas ideias concordo em grande parte.
"A ética contemporânea faz grande alvoroço em torno das diferenças culturais. Sua concepção do outro tem em vista essencialmente esse tipo de diferenças. E seu grande ideal é a coexistência tranquila das comunidades culturais, religiosas, nacionais etc., a recusa da “exclusão”.
Mas é preciso sustentar que essas diferenças não têm qualquer interesse para o pensamento, não são mais que a evidente multiplicidade infinita da espécie humana, a qual é tão flagrante entre mim e meu primo de Lyon como entre a comunidade xiita do Iraque e os cowboys do Texas.
O embasamento objetivo (ou à maneira de historiador) da ética contemporânea é o culturalismo, a fascinação verdadeiramente turística pela multiplicidade dos hábitos, dos costumes, das crenças. E especialmente pela inevitável bizarria das formações imaginárias (religiões, representações sexuais, formas de encarnação da autoridade...). Sim, o essencial da “objetividade” ética provém de uma sociologia vulgar, diretamente herdada do espanto colonial diante dos selvagens, ficando entendido que os selvagens estão também entre nós (drogados dos subúrbios, comunidades religiosas, seitas: todo o aparato jornalístico da ameaçadora alteridade interna), ao que a ética, sem mudar o dispositivo de investigação, opõe seu “reconhecimento” e seus trabalhadores sociais.
Contra essas descrições fúteis (tudo o que nos contam ali é uma realidade ao mesmo tempo evidente e por si mesma inconsistente), o pensamento verdadeiro deve afirmar o seguinte: sendo as diferenças o que há, e toda verdade sendo o vir-a-ser do que ainda não é, as diferenças são precisamente o que toda verdade deposita, ou faz aparecer, como insignificante. Nenhuma situação concreta é esclarecida em razão do “reconhecimento do outro”. Em toda configuração coletiva moderna, há pessoas de toda parte, que comem diferentemente, falam múltiplos idiomas, usam diferentes chapéus, praticam diferentes ritos, têm uma relação complicada e variável com a coisa sexual, amam a autoridade ou a desordem; e assim segue o mundo."
(A. Badiou. Ética: um ensaio sobre a consciência do mal. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995, p. 40-1)
A luta para garantia de todas as pautas deve ser a luta da classe trabalhadora, luta pela tomada do poder, por um governo operário, socialista. Movimento, pautas identitárias, só dividem a luta do proletariado e isso é tudo o que mais quer o sistema capitalista opressor.
Eu acho as lutas identitarias extremamente importantes, entretanto acho que a esquerda gasta muito mais energia nisso do que deveria, já que a luta de classes deveria ser nossa principal bandeira.
Sabrina, por que algumas mulheres afirmam que não são feministas e sim marxistas?
O vídeo está maravilhoso como sempre
Excelente vídeo Sabrina, muito bem explicado. Adorei!
Vc é muito foda.. Aprendo muito!
E venho trazer um recomendação vc já leu a Jose Carlos Mariategui?
Peruano e um dos fundadores del marxismo latinoamericano... Ele propõe uma construção do marxismo "sem calco nem copia, se não creaçao eroica" (não consigo trazudir vem essa frase) fala sobre o problema del indígena e sua relação com o capitalismo pos colonial..
Procure ele, e muito bom.
HORA DA AULA. ♥♥♥
Fico tão feliz em ouvir essas posições. É bom saber que a gente não está só
Segundo o intelectual americano Mark Lilla a militância da nova esquerda trocou a luta por solidariedade e igualdade de direitos pela defesa do identitarismo individualista (entenda-se também, as demandas por privilégios) e os jovens se melindram facilmente com essas questões, em detrimento das causas coletivas e universais.
Fora Bolsonaro! Ninguém aguenta mais esse desgoverno!🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Penso que o verdadeiro identitarismo está na direita porque qualquer diferença o desqualifica do grupo deles. Exemplo: no culto ao Bolson, demonstrar algum questionamento é o mesmo que traição, e você vira "petista infiltrado"; no machismo, se um homem fizer um gesto considerado "feminino", é o suficiente para desconsiderar toda a masculinidade dele. e etc..
(eu sei que o identitarismo original é um movimento racialista de extrema-direita, mas aqui a palavra é noutro contexto)
Sim, existe muito mais identitarismo na Direita do que na Esquerda. Só que a esquerda nunca pode ser comparada pra direita de igual pra igual - A direita tem todas a ferramentas de poder político na mão, a esquerda não. Quando ambos erram em algo, a direita leva vantagem.
Sabrina, eu te agradeço muito por esse vídeo! Eu vi no "ilha de barbados" esses dias o Ciro Gomes dizendo que a pauta identitária tem que acabar, que a gente tem que parar de falar de feminismo, racismo e lgbtqifobia e voltar a falar de emprego e salário. E eu fiquei com um mau estar quando ouvi isso. Você fez por mim o que a minha terapeuta faz: organizou o meu pensamento e me fez entender por que eu fiquei com a sensação de que isso não era verdade. Foi providencial!
Mas o Ciro Gomes está certo. Quanto mais a esquerda falar de pautas identitárias e esquecer a classe trabalhadora irá perder todas as eleições. Maioria dos brasileiros tá pouco se lixando pra feministas que mostram peitos na rua ou gays que fazem suas paradas anuais. Povão quer emprego e salários maiores.
O fato de você (e a Sabrina, como toda boa PSOLista) não aceitar essa verdade é mais um motivo que fará o Bolsonaro ser reeleito em 2022. Só o Lula tem alguma chance de ganhar, justamente porque não fica falando de pautas identitárias e foca o seu discurso no pobre e no trabalhador.
O mundo não fira em torno do DCE da sua faculdade, Lika Lemos.
@@Nimbereth haha adorei seu comentário
Vai trabalhar, sustentar uma família com salário mínimo e tu vai entender porque a pauta identitaria é secundária
@@96jsmta organizado pelo menos pra apontar dedo na militância da coleguinha ou é só comentador da luta de classes?
A classe trabalhadora é a mais importante, desculpa.
O problema do identitarismo é seu divisionismo. Particulariza/reduz tanto questões universais de acordo com perspectivas TÃO reducionistas que gera: 01 - mutilamento do Humanismo (sou mais igual que você) 02 - Interpretação de mundo enviesada distorcida tomando o particular como todo, logo não-científico e sem legitimidade "para fora" e por consequência 03 um novo ETNOCENTRISMO, ou seja: Uma nova opressão.
26 minutos, parte 1. Pera que eu vou pegar a pipoca
Eu sigo o Rui ha algum tempo. Nao me recordo exatamente qual foi o vídeo, mas a critica dele sobre as lutas identitárias aqui no Brasil foi o "timing", pois, segundo ele, prejudicou a luta da esquerda contra o golpe de 2016
0:07 O Olavo de Carvalho já não tá comentando mais os vídeos, estanho isso kkkkk
Estava esperando esse vídeo! Muito bom, seguindo pra parte dois.
Silvana Vituriano fiquei a semana toda entrando para ver se já estava no ar!
Sabrina, "Luta anti-opressão" é a idéia! E vou aderir o caderninho para assistir seus vídeos também rs.
Certíssima, Sabrina! Não interessa sua posição política, nível intelectual ou argumentatividade: o que importa é ser honesto, decente e ter humildade para reconhecer seus erros. De que adianta uma tonelada de diplomas se eles não nos tornam pessoas melhores? Fica a lição: ser uma boa pessoa não significa apenas defender uma boa causa. Feliz ano novo!!!
É o que venho falando para meus amigos que se dizem de esquerda. Quando eles falam com pessoas que têm menos com conhecimento, se comportam com ignorância. Por isso que o povo se afastou.
@@Haysh7 pena. Algo que Leonardo da Vinci dizia era: "nunca conheci um homem tão ignorante que não pudesse aprender algo com ele". Já agi assim e me arrependo muito, hoje busco dar exemplos por conduta. É fácil? Não. Mas vale a pena. Obrigado por responder! Abraços ;)
Vídeo incrível Sabrina! Já nem sei se é aqui nessa parte 1 que você fala dos Panteras Negras, mas é interessante ver o que aconteceu com a figura do próprio Martin Luther King ao longo da história: King era um anticapitalista e nunca acreditou que apenas a liberdade formal bastaria, mas ele foi “liberalizado” depois da sua morte e hoje poucas pessoas conhecem esse lado dele. O Le Monde fez uma matéria muito interessante sobre, vale a pena ler: diplomatique.org.br/o-ultimo-combate-de-martin-luther-king/
qual é o livro que ela menciona de massoumi??
Ah, esqueci de colocar, é: Muslim Women, Social Movements and the ‘War on Terror’
Identitarismo é o novo facismo
se o Olavo ta falando Alguma coisa, alguma coisa sempre vai estar errada.
Sabe aquelas aulas que a gente não faz pergunta porque na verdade não entendeu nada??
Eu acho que entendi, mas o nível de dificuldade foi alto. hehe
Eu acompanho o PCO assiduamente (e assim o Rui Costa Pimenta) e já sei pq Olavo disse o q disse. Basicamente pq o Rui tem a mesma critica que vc sobre as pautas identitarias liberais. Porém não fica nunca claro se o própio Rui entende as nuances dos movimentia identitarios que estão aqui. Eu quando ouço ele falar vejo que ele precisa se atualizar nesse quesito sim. PORÉM o vejo completamente atento à interseccionalidade da questão classe, ainda que ele mesmo não entenda que essa sim é uma pauta identitaria porem com leitura marxista (como a que você fez).
Vendo esse video depois que você recomendar nos stories do insta e daquela treta daquele cara do pt que não sei o nome. Nem sabia o que era identitarismo e parece que o povo realmente usa o termo de forma pejorativa.
Sendo de esquerda, é visível que o maior problema dela é não ter tanto engajamento e não destacar questões sérias dentro dela. Tem gente de esquerda que acha que feminismo é mimimi, que pautas raciais podem ser deixadas de lado, que questões lgbts são dispensáveis, que homens da esquerda não são machistas...
Em pleno 2022, a esquerda realmente deveria ser mais inclusiva e parar de descartar questões interseccionais.
Esclareceu muito o que eu ja imaginava sobre p identitarismo, ela desloca a lita do coletivo pro individual, criando uma ilusão. Muito bom. Pra ir alem né... vamos do identitarismo ao sectarismo, muito simbiótica essa relação..."eu que sofro, então eu tenho a verdade".
Estou retomando agora meus estudos sobre socialismo, esquerda etc...me formei em economia em 2006 e nunca mais me debrucei com afinco nestes textos. Na época que eu estudava era mais facil...era classe opresora contra classe oprimida. Esquerda liberal? identitarismo? pergunta de leigo...isso não fragmenta ainda mais a luta da esquerda?
Podíamos trocar o termo identitarismo liberal por capitalismo power rangers. Acho mais apropriado...
acabar não, mas precisamos rever isso como discurso politico .. porque a maioria do povo é convergente com a esquerda em quase todos os assuntos ligados a politica de estado, quando o debate é sobre identitarismo, nós somos divididos e o bolsonaro ganhou com isso, além do anti-petismo.
Inclusive, quando vc fala que abandonou-se a luta de classes, o que se cria, em contrapartida, é o ódio de classes.
"acaba objetificando a figura do opressor, e encontra dificuldade em encontrar aliados" acho que estou começando a entender.
Já chego no like.
Primeiramente, achei positivo o tom de autocrítica do vídeo, mas gostaria de levantar mais algumas dúvidas e espero conseguir colocar pulgas atrás das orelhas. Quero dizer que, minha base de pensamento aqui é mais voltada para o anarquismo, mesmo que não faça questão alguma de ser visto como tal, acho importante por uma questão de transparência.
Você fala sobre a esquerda marxista trabalhar numa luta contra todo tipo de opressão. Ao meu ver, isso é contraditório, uma vez que o marxismo, ao contrário do anarquismo, não enxerga que, onde houverem poderes e hierarquias, haverá, necessariamente opressões. Inclusive, o marxismo vê hierarquias e tomada de poder como meios para se atingir esses fins. Me pareceu uma tentativa de purificar o marxismo de algo que faz parte de sua própria natureza. Essa é uma das críticas básicas de Bakunin à Marx. Logo, se o marxismo está sendo apagado pelo capitalismo, o anarquismo tem sido apagado pelo capitalismo e pelo marxismo, justamente porque não separa fins de meios, não enxerga o fortalecimento de uma opressão como forma de combater outra que considera mais "urgente". A própria estrutura do marxismo não abre espaço para o fim de todas as opressões. Isso apenas se mostra presente nos discursos da esquerda, discursos estes com os quais eu concordo, mas que ao observar as práticas enxergo algo completamente oposto.
Logo, o camarada que ataca um discurso homofóbico do Bolsonaro, mas passa um super paninho pra discurso homofóbico do Lula, afinal de contas, Lula tem origem operária e humilde. Não está sendo incoerente com o marxismo, na verdade, está sendo bem coerente. Isso que você aponta e chama de incoerência dentro marxismo, eu acredito que seja o próprio fracasso do marxismo, e não digo isso por mero achismo meu, digo por experiências diversas que tive com marxistas e principalmente pelo pouco que li de Bakunin.
Bakunin pôde prever o fracasso das ideias de Marx porque apontou para o fato de que, mesmo que a origem do camarada seja proletária, a partir do momento que tomasse o poder, passaria a enxergar o mundo por cima. Portanto, enquanto houver poder, haverá opressão e o marxismo como não combate o poder em essência, pelo contrário, o vê como um meio para seus objetivos, jamais será capaz de superar esse sistema opressivo, está fadado a se tornar, ele próprio parte do que em discurso, diz combater.
É isso! Existe a classe trabalhadora e nela, inevitavelmente, existem recortes
Muito bom esse vídeo
Ler Mao acabou com a minha fé em todo tipo de identitarismo nisso. Se não resolver os pepino por meio de revolução, toda luta só vai servir pra tampar sol com a peneira
*Michlle Bolsonaro, é você?*
O marxismo deve estar alinhado com a questão racial..
E se a disputa for entre uma mulher liberal e um homem socialista que não encampa a pauta feminista?
as pessoas pedem pra falar mais de vagar? ahsuahus eu to assistindo em 1.5
Você me ajuda muito, obrigada!! Não tive acesso a informações acadêmicas, e assistir seus vídeos me leva a reflexões que jamais fui capaz de imaginar. Agradeço
P. S: vi recentemente um vídeo em que Fernando Gabeira dizia que "Olavo cresceu porque a esquerda não compreendeu como o brasileiro comum pensa". Não concordo, porque em geral a população não se preocupa com ideologia, e as faculdades públicas sempre foram atrás da população. O que fez Olavo crescer foi o fato de que o brasileiro gosta de uma voz de comando que o faz pensar que está agindo contra um inimigo - e vem sendo assim desde muito tempo.
@Sabedoria Filosofia mas vincular isso como ideia da "esquerda" é culpar um inimigo. É claro que não defendo bandido, quero criminosos sendo punidos. Mas a coisa vai bem além. Um exemplo é o caso da Marielle Franco. Uma das primeiras coisas que ela fez, ao ser eleita, foi procurar a PM e perguntar ao comandante: o que posso fazer como vereadora para ajudar vocês? O próprio comandante se emocionou quando ela morreu:
www.revistaforum.com.br/homenagem-a-marielle-de-um-coronel-da-pm-do-rio-os-sinos-dobram-por-ti/
Então, não é assim; não podemos generalizar. É importante sempre pensar: o que podemos fazer para impedir um crime? Podemos também pensar que, no tempo da ditadura, houve crimes escabrosos que foram acobertados pela polícia e o governo. Em todo caso, seria bom a Sabrina fazer um vídeo sobre isso. Abraços ;)
Ronaldo, agora com o papo da 'ideologia de gênero' e 'doutrinação marxista/comunista', a esquerda tende a sofrer muito ainda nesses próximos anos. A maioria da direita já tem feito crescer a hipótese agora de criminalizar a esquerda brasileira.
@@abnermsramos essas picuinhas tolas com certeza não ajudam em nada. Pena.
Ciro gomes mesmo já largou de mão o identitarismo. Ele disse que não quer mais ''ofender a moral popular''.
Eu gosto da ideia.
A questão é que o discurso se deslocou para onde realmente a esquerda não possui autoridade e influência, que é o dos valores de uma sociedade. A esquerda é progressista e não pode atrair o brasileiro medio com discursos que afrontem valores básicos que eles possuem. A esquerda deve voltar o centro do discurso para a economia pois é a economia e a realidade material que determina o resto.
No final fico sempre muito grato pela aula. Obrigado por mais esse vídeo 💙
e vamos de neo-marxismo-gayzista-feminista kkkkkkkkkkkkk
14:30 você diz que alguns marxistas são contra as cotas pois afirmam que as universidades devem ser gratuitas. Logo em seguida, você diz que concorda que as universidades devem ser gratuitas mas que agora as cotas são necessárias. Pragmatismo, certo?
Seria correto apoiar os sociais-democratas/reformistas como pragmatismo também? Uma vez que a revolução proletária está longe de ser colocada em prática? Gostaria que você me respondesse. Aliás, adoro seu conteúdo.
Também queria saber!
Só um questionamento:
O que é e o que não é opressão?
Oq faz uma estrutura ser opressiva?
Vc é um pérola do youtube
O que a Angélica lovatto chama de transgressão resignada é também um ótimo termo pra entender essa questão da rebeldia individual de ser contra opressões de maneira "despossuida" e liberal.
Meu sonho é que ao terminar 2019 esse canal esteja com 1M de inscritos
Utopia hehe 💖
Vamos trocar uma idéia sobre o anarquismo hoje!
Coloquei em 1,25x pq tava meio devagar.
Outro recurso útil é a mudança de velocidade. Funciona bastante bem.
Sabrina, conhece o canal: o mundo segundo Ana Roxo? Vale muuuito a pena!
Adoro esse canal
Dei um pause aos 15min, só pra fazer algumas considerações, vou tentar depois olhar um pouco a discussão, quando terminar de assistir.
Sobre pautas identitárias, e melhor, antes, sobre identidade, eu focalizo a questão de um modo um pouco diferente.
Primeiro, as identidades são sociais, logo arbitrárias, logo questionáveis e historicamente transformáveis, o que não significa que elas devam ser necessariamente desativadas. Se pensamos no humano como mercadoria, reificada, equacionada qualitativamente para troca e quantificada (pesada e vendida) e por ai vai, então temos um monte de experiencias econômicas, que nos emprestam categorias para nós nos pensarmos, mas, principalmente, nos impõem dinâmicas sociais próprias do metabolismo do capital que se impõem sobre nós materialmente. Dessa forma, de modo geral eu acho que pensar de forma impessoal no ser humano, como geleia de coisa igual, como trabalho abstrato, etc, como algo ausente de identidade, e que pela própria ausência se preenche por um padrão masculino branco hétero, me parece um certo vício que vem de considerar que toda identidade se expresse em relações de opressão por si sós. Enquanto, identidade é dominação simbólica, mas não só dominação, também é um conteúdo positivo e humanizador, de um vazio que ao se esvaziar, pelos apagamentos, serve à dominação muitas vezes mais. Então, quero dizer que os seres humanos precisam de conteúdos positivos para sua identidade, que todo conteúdo abre portas e fecha outras (nos incluindo ou excluindo de grupos sobrepostos, ou refletindo na forma como pensamos aspectos do mundo e ignoramos outros, etc), nos historiciza, deve sempre estar aberto à mudanças, o que inclui o abandono de uma categoria, a adesão de outra, etc.
Segundo, é por meio dos nossos conteúdos positivos, as características que damos significado e incorporamos a nossa identidade e a identidade dos demais, que podemos pensar nossas necessidades materiais, que não se limitam ao fisiológico (e mesmo o fisiológico é suprido já em um processo que coloca, também, cultura no prato). E como pensar economia, acesso a recursos, sem pensar em quais necessidades cada ser social, grupo, cultura possuí? O federalismo já trás muito da pluralidade que precisamos pensar para falar de novos mundos possíveis.
Terceiro, a própria igualdade é uma noção própria de uma sociedade conflituosa e com alguma escassez, então a medida em que se tem uma relativa abundância de acesso a igualdade perde certa aplicação. Não que seja possível superar toda e qualquer disputa, mas não faz sentido falar de igualdade sem questionar propriedade privada, a vida para o trabalho, e toda lógica material dentro da qual, e nos limites dela, existimos enquanto seres sociais no sistema capitalista. Então, quando lincamos identidade com igualdade, precisamos problematizar a estrutura de dominação, por a noção de igualdade pode ser muito mais adaptativa do que crítica e revolucionária. Quando se tem abundância em certos aspectos da vida, quando alguns tipos de conflitos são superados, o antagonismo das relações miseráveis de propriedade privada perde espaço, e a igualdade sobre um assunto que não gera conflito é tão útil quanto uma igualdade da quantidade de oxigênio que se pode respirar. Claro que a desigualdade de status não se resume apenas ao nível material de consumo, mas a produção de subjetividades, o que é feito pelo investimento de grandes capitais, por mais que os "indivíduos" produzam/subvertam certos símbolos e identidades, é o grande capital que permite instituições para pensar e fazer pensar (quem promove a ideia do racismo promove porque tem os meios materiais para promover, assim como o racismo estrutural é praticado através dos meios materiais).
Dá pra ir até o infinito nessas conversas, mas em quarto lugar, a vida não é feita só de consumir produtos, mas de produzir, de ações que não são apenas meios para outras coisas, e sim são finalidades que permitem nos realizar pelo próprio executar ritualizado de algo, e não apenas pelo que é produzido. Então, podemos automatizar muitas atividades que sejam meios, e enquanto elas são meios, mas precisamos de interesses e identidades para termos símbolos que nos permite preencher de significado aquilo que estamos fazendo, pelo menos parte das atividades da vida. O trabalho assalariado é a grande expressão das atividades que não importam enquanto momento de execução, ao contrário, servem apenas para obter um fim diferente, um dinheiro, que se checasse antes dispensaria a atividade, usada como meio, de existir.
Essa subjetividade toda que nos permite valorizar coisas, nos identificarmos com um mundo que nós identificamos, e no qual passamos a existir, implica em transformar em luta, em revolução a sociedade atual que nos limita a nos realizarmos, porque em nossa limitação criamos essa sociedade e/ou tivemos outras sociedades esmagadas e fomos engolidos (e provavelmente passamos a existir precariamente sem referenciais próprios). Eu concordo muito que ao corporificar o coletivo no corpo individual, muitas identidades deixaram de designar grupos para falar de indivíduos que vão deixando de se relacionar, solidarizar, para se representar da forma mais abstrata e idealista possível (numa vitória capitalista individual que motiva quem explora). Existe limitações muito amplas na sociedade capitalista, que vai desda forme, até toda uma estrutura que produz identidades limitadas à existência do humano como mercadoria (enquanto recicla toda uma tradição etnocêntrica sem se dar por consciente ou se problematizar. Por isso, não dá para falar de identidade sem falar de dominação, sem pensar em como que a identidade pode assumir a dominação e ser conservadora ao dar significado a uma vida dominada, logo, como que para falar de identidade de forma emancipadora tem que contextualiza-la na realidade concreta das relações sociais e ambientais. No plano abstrato, é fácil identificar na vida de um negro rico a superação do racismo estrutural, mas a prática da identidade e da existência do povo negro segue material e subjetivadamente marginalizada e esquecida, ao mesmo tempo que o coletivo passa a se ver no individuo e assumir ideias de uma identidade possível no e para o capitalismo (até o debater sobre celebridades deixa de pensar como que não temos espaços organizados por nós e tempos para debatermos em nossas vidas as questões que num clipe são extremamente simbólicas). Apesar disso, da necessidade de falar de identidade como relação de dominação e como superação da dominação, as identidades não deixam de existir após a luta, elas se transformam, mas a diferença permanece, e as relações entre os diferentes precisam ser pensadas também em utopias, em outras dinâmicas sociais. Falar de novos mundos possíveis como superação do capitalismo não pode ser pensar em um mundo ideal calculado com o humano excluído da equação, partindo do universalismo padronizador para conceber uma utopia para seres humanos genéricos no lugar de pluralidades.
Vou continuar assistindo aqui. É que o tema me base sempre em reflexões recorrentes.
To aqui vendo essa playlist sobre feminismo pra trazer uma abordagem mais holística e inclusiva para o comitê da empresa que trabalho pois vi uma oportunidade de fazer alguma diferença significativa em um mundo capitalista através da sua visão, Sabrina.
O comitê é voltado para o feminismo mas nota-se que não vai além de um feminismo branco e arcaico. Então to indo sacudir o conforto das moças classe média lá.
Não é "feminismo" mais... é *IDENTITARISMO*, que ajudou a eleger Bolsonaro...
Sabrina, faz um vídeo falando sobre a fragmentação da esquerda no país.
Acho muito importante a alternância da esquerda no poder, pois o PT já deixou seu legado fez bem ao país, mas também tem seus erros.
Acho essa alternância saudável para nossa democracia. Além de quebrar a polarização.
Tu sabe que o livro que a Sabrina vai lançar tem como tema justamente essa fragmentação?
@@igorsantos8316 não estou por dentro.. vou buscar mais informações. Obrigada
@@deniseferreira6130 De nada. Esse livro é baseado na tese que ela fez para o doutorado,se não me engano. Tô muito ansioso para ver a visão da Sabrina sobre isso.
O vídeo ficou muito bom! Uma pena a Sabrina não abordar a pauta das pessoas com deficiência, pois a esquerda sempre se esquece que nós somos minoria também. Nós sofremos com o capacitismo, o machismo, o racismo e a homofobia. Precisamos falar sobre esses assuntos, tendo em vista essas falhas históricas.