CULTNE - Seminário Memórias e Heranças - Lelia Gonzalez - UERJ
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- Опубліковано 9 лют 2025
- O video apresenta a palestra do "Seminário Memórias e Heranças" sobre a militante histórica Lelia Gonzalez realizado na UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi realizado em 29 de julho de 2004 pela COINTER - UERJ (Coordenadoria de Interação Comunitária) através do trabalho de João Costa Batista que dirigiu em 2004, o III Curso de Atualização em Historia Negra na UERJ. João Batista, é antigo militante na construção de uma ponte entre a universidade e os temas da luta anti-racismo. O curso foi organizado em cinco módulos temáticos abrangendo aspectos culturais, históricos, religiosos e sociais do negro na áfrica e diáspora, passando pela escravidão e movimentos de contestação no Brasil, até a historia do movimento negro brasileiro, incluso aí os quilombolas, e os indicadores sociais da população negra no Brasil. Os módulos foram: Diáspora; Resistência, Cultura e Cidadania.
Iniciativas como esta tem estimulam um rico debate entre o conhecimento produzido na academia e aquele produzido nas práticas sociais de sujeitos militantes e intelectuais não acadêmicos, solidificando-se como um instrumento de formação e orientação das discussões travadas no âmbito das relações raciais, em vários ramos do conhecimento.
Lélia Gonzalez (Belo Horizonte, 1 de fevereiro de 1935 - Rio de Janeiro, 10 de julho de 1994) foi uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira. Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena era a penúltima de 18 irmãos, entre eles o futebolista Jaime de Almeida, que jogou pelo Flamengo. Nascida em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1942. Graduou-se em História e Filosofia e trabalhou como professora da rede pública de ensino. Fez o mestrado em comunicação social e o doutorado em antropologia política. Começou então a se dedicar à pesquisas sobre relações de gênero e etnia. Foi professora de Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde chefiou o departamento de Sociologia e Política. Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (UEG, atual UERJ), nos difíceis anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos.
Ajudou a fundar instituições como o Movimento Negro Unificado (MNU), o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga e o Olodum. Sua militância em defesa da mulher negra levou-a ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), no qual atuou de 1985 a 1989. Foi candidata a deputada federal pelo PT, elegendo-se primeira suplente. Nas eleições seguintes, em 1986, candidatou-se a deputada estadual pelo PDT, novamente elegendo-se suplente. Seus escritos, simultaneamente permeados pelos cenários da ditadura política e da emergência dos movimentos sociais, são reveladores das múltiplas inserções e identificam sua constante preocupação em articular as lutas mais amplas da sociedade com a demanda específica dos negros e, em especial das mulheres negras.
CULTNE e UERJ ✊👊💪
Um tesouro esse vídeo. 😍
47:20 o Abdias Nascimento chega.