Adoro que meu cérebro aparentemente masoquista resolveu clicar nesse vídeo e agora eu ganhei uma crise existencial e vou passar a questionar literalmente qualquer decisão tomada na minha vida e possivelmente acabar deixando tudo pra lá como num episódio de Rick & Morty. Eu te amo Átila
O que entendi foi: Eu não cliquei no video por que eu decidi depois de considerar meu interesse nele, eu cliquei por que isso já havia sido decidido no meu subconsciente. Meu consciente se encarregou de trazer uma justificativa para isso.
Muito interessante. Será que as pessoas do experimento não agiram do jeito que agiram para serem "aceitas" pelo experimentador, ou por se sentirem intimidadas pela "autoridade" dele? Ou seja, elas sabiam muito bem que haviam escolhido outra foto, mas não tinham "coragem" de contradizer o que o experimentador lhes afirmava, ou porque achavam que assim o "agradariam" ou por "medo e timidez" mesmo. E, para "se protegerem psicologicamente" da covardia que haviam cometido, inventavam desculpas esfarrapadas, justificando, para si mesmas, uma preferência que não tinham. Isso sim pode jogar luz sobre o entendimento do comportamento social e as escolhas políticas pontuais das pessoas, como em eleições, por exemplo. Somos determinados de fora, mas a melhor chance que temos de nos auto-determinar é justamente aceitarmos que não existe livre-arbítrio, aprendermos como o mundo realmente funciona, como nós funcionamos e atuarmos sobre as condições externas, para que elas nos tornem o melhor que podemos ser, e assim possamos melhorá-las ainda mais, em um círculo virtuoso dialético, submetido às leis sociais, por sua vez submetidas às leis naturais. Tudo é ciência e ação política, muito além de eleições.
Glorioso Nerdcast - A Angustia da Realidade Simulada. Muito bom ver o detalhamento do exemplo dado no citado programa! "Não temos livre arbítrio, e sim livre justificativa!"
Essa explicação faz todo o sentido. Não penso para meus braços se moverem, andar, respirar ou pensar. Não tenho medo do cardiologista mas minha pressão sempre aumenta quando vou. E quando penso muito sobre um assunto a resposta só vem quando não estou pensando nele. Pensei muito para escrever isso e quando me dei conta já tinha apertado a tecla.
Livre vontade e livre arbítrio são ilusões pra mim. Tá aí um bom livro pra eu ler e ver o que o autor diz do tema, sempre quis ler um Schopenhauer mesmo.
Parece que na verdade não se trata de não podermos escolher por nós mesmos, parece mais que temos um entendimento equivocado sobre o que é escolher por nós mesmos e também sobre o que realmente é o "eu". Não sou eu quem escolhe? Então quem é esse eu que escolhe alguns segundos antes do eu que percebe essa escolha alguns segundos depois? Continua sendo "eu".
A limitação dos dois estudos na minha opinião é que elas analisam decisões irracionais devido ao curto período de tempo de decisão. Acredito que os estudos demonstram somente que nesses casos nós tomamos decisões "programadas" e não que isso possa ser extrapolados para decisões racionais em que temos tempo hábil pra analisar. No final temos livre arbítrio desde que não estejamos fazendo algo automaticamente ou de forma apressada.
A mente moralista - Jonathan Heidt- um livro incrível que trata das repercussões desta ilusão da escolha para o mundo da moral e da política. Recomendo a todos.
Muita gente interpretou como se o Atila tivesse falado que todas as decisões partem do subconsciente, e nós apenas justificamos essas escolhas pensando ser nós mesmos. Mas eu entendi o vídeo como exempleficando como as vezes tomamos decisões sem pensar, e apenas a justificamos para sentirmos seguros de ter controle de todas as situações. Quando você fica muito bêbado ou sob efeito de substâncias que pioram muito sua capacidade cognitiva, fica evidente que você não toma todas as decisões refletindo sobre elas previamente, na verdade toma pouquíssimas decisões assim, coisas simples como apertar um botão são feitas basicamente de maneira automática, como se tivéssemos um modo piloto automático, que é treinado pela gente, e por fatores externos durante nossa vida, mas no fim nossas decisões são muito mais que só uma reflexão sobre algo, mas sim um conjunto de camadas do nosso cérebro que arquitetou uma ação, e quem compõe essas camadas são nossos instintos, vivências passadas, vontades nosso subconsciente, somos complexos e interessantes demais
"Seu cérebro" é você. Decisões "inconscientes" são suas decisões (muito bem embasadas em você, fazendo sempre muito sentido). Essa de "você acha que tomou a decisão" é apenas você consciente DA SUA decisão, tempos depois. Seu consciente e inconsciente trabalham juntos, um devolve para o outro. Outra coisa: livre arbítrio, ao menos no meu entendimento, não é "eu tenho controle absoluto sobre tudo". É muito obvio que somos influenciados pelo ambiente, genética etc. Porém, você toma suas decisões. Se elas são previsíveis e influenciadas, não faz sua decisão ser ausente de livre arbítrio.
Aquele super direito individual de ser completamente usado, explorado, manipulado e por fim descartado...e achar que no fim, foi você mesmo que decidiu por essa vida de merda.
Vídeo incrível. Me fez perguntar se é por isso que a psicologia humanista e diversos outros estudos da mente não chamam mais de "eu" essa parte "consciente" que achamos que toma as decisões. O "eu" é formado por um todo, que inclui nosso inconsciente e nosso corpo. Se levarmos isso em conta, podemos considerar, em certo ponto, que somos sim os decisores, pois meu inconsciente também sou eu, e meu corpo também sou eu. Existir ainda mais uma camada de "eu" que é o consciente é mais uma prova de que temos controle, já que somos capazes de identificar as influências do "eu inconsciente" e do "eu corpo", retomando o controle. Isso, aliás, não é novidade, é basicamente a luta pelo controle completo do inconsciente e do corpo que move os monges budistas há milênios.
Tem mais coisa aí também, no próprio experimento (não entendo porque a maioria que fala do experimento, não fala sobre essa parte), ele pede pros voluntários decidirem apertar e depois "negarem" o que decidiram. Essa negativa não é possível ser visualizada ou prevista, ele mesmo chamou de "o livre não" porque é como se recebessemos o "impulso decisório" do sub consciente, mas podemos ou não acatar essa decisão, na maioria das vezes vamos fazer, mas não é obrigatório, e isso muda tudo.
As maiores implicações disso são do ponto de vista penal e religioso. Pq se a gente não decide... o corpo decide... e decide em função das coisas já vividas, experiências prévias, e estas em si também não foram escolhas... como a gente pune uma pessoa que simplesmente está na inescapável inevitabilidade de acontecimentos encadeados que é a vida? Do ponto de vista religioso, como a pessoa pode ser mandada pra inferno/céu, se ela nem tem controle sobre o que decide? Pros espiritas que defendem a ideia de vc passar dificuldade por conta de algo que fez em vida passada... pq vc tem q pagar por algo q vc não escolheu?
Há doutrinadores que enxergam a pena como prevenção, serve para impedir que novos crimes sejam cometidos. Então, não vislumbro como um grande problema penal. Aliás, dizer que isso é um problema é supor que as penas precisam de uma justificativa de retribuição, ou seja, que têm natureza "vingativa", olho por olho, dente por dente.
@@herculesjonathanmusic1094 é... se a gente pensar, a maneira como é aplicado também entra dentro dessa inevitabilidade. As leis são feitos pelos homens, e se os homens não tem exatamente controle sobre suas ações, elas tbem são apenas resultados de resultados. Mas que entra um debate sobre isso entra. Não temos como, mas se fossemos capazes de enxergar as variáveis que existem na mente humana - que são infinitas que começam antes do nascimento já, por herança genética - que causam um determinado comportamento/decisão, e pudéssemos prever quando um crime ocorreria...daria pra prender antes do crime ocorrer? Pq seria mesma lógica, é prender por algo que sem uma ação seria inevitável.
O que eu to propondo aqui, portanto, é uma conversa q não é sobre a função, não é um debate focado na legislação, na doutrina ou tanto faz. Eu to propondo um debate focado na parte neurocientífica da coisa. Seria legal antes de dar continuidade, que você tivesse entrado em contato com alguns conteúdos do Robert Sapolsky
Exemplo... Um assassinato que já ocorreu era inevitável. O encadeamento de acontecimentos não tinha como levar a outra coisa. Não existe um "e se", pq as pessoas tomaram suas decisões de o que fazer naquele momento não por querer, por puro resultado de variáveis físico/neuro/químicas. Da mesma forma, a prisão evita sim um novo acontecimento, mas a prisão (ou não) em si também foi inevitável, por conta da cadência de acontecimentos. Não há livre-arbítrio, ninguém decide nada. A gente só acha que decide. Então toda punição é uma inevitabilidade em cima de um ato que também era inevitável. A "decisão" começa antes da gente nascer, e o indivíduo em si não tem uma culpa sozinho, essa "culpa" é dividida com o nível de glicose no dia, o nível de cortisol, se ele teve algum estresse na semana anterior, como foi a criação, com quem ele se relacionou, como é a genética, como os pais foram criados, pq a criação vem de gerações anteriores... e se vc perceber isso não acaba nunca, se continuar voltando no motivo do motivo, a gente para na criação do universo kkk.
Sobre o primeiro experimento, não é fácil, e exige muita humildade, mas dá pra “vencer”. Vc tem que se treinar a sempre revisitar suas escolhas sempre com o olhar mais neutro possível, como se fosse um juiz de si mesmo. Por vezes, vc vai concordar com o eu do passado, em outras, vai mudar de ideia, de modo que apenas as ideias sólidas, baseadas em argumentos verdadeiros permanecem contigo.
Parando para pensar, de vez em quando eu entro numa dimensão despersonalizada do meu próprio corpo... É um sintoma de ansiedade mesmo. Mas é como se alguém estivesse vivendo a minha vida por mim e eu estou aqui dentro, em algum lugar, flutuando... É bem esquisito, mas com suas explicações, parece que meu sistema nervoso fica atrasado, como se esse tempo entre a decisão do subconsciente e a minha consciência sobre essa decisão não fosse conectado. Parece que eu sei que estou sendo controlada pelo meu subconsciente, percebe? Porque o momento de consciência da decisão não existe. Faz sentido? Pirando aqui... Bjs, Atila!
Quem é o cérebro perto da nossa Vontade? Um "mero" instrumento de materialização. Segundo a teosofia, o livre arbítrio real (a Escolha) vem do Plano Mental, que está interpenetrado no Plano Emocional (espiritual) e no Plano Físico... talvez isso explique o delay no órgão de impacto (corpo). Bom vídeo. Só mostra o quanto o livre arbítrio está muito além do que a Ciência é capaz de identificar e entender, ainda.
Isso me parece neoplatonismo. Parte de alguns pressupostos sem base material, atribuindo uma dimensão metafísica ao pensamento. Mas ... É interessante saber que esse debate retornou aos meios confessionais. Ele traz de volta um refinamento filosófico que o cristianismo moderno parecia ter abandonado desde a ascensão da teologia da prosperidade.
Graças a H.P.B podemos entender isso. Bem lembrado, a teosofia explica bem sobre o funcionamento das capacidades humanas, nesse caso, onde a Mente Pura age primeiramente a Mente de Desejos.
A ciência só se preocupa em estudar fenômenos e fatores naturais (real), algo que pode ser visto, medido ou quantificado. Se o conceito de livre-arbitrio ficar vinculado ao metafísico (como o conceito de mente), é melhor deixar de lado e nem estudar msm kkkk.
Confesso que fiquei muito surpreso do vídeo não mencionar a pesquisa do Roger Sperry e Michael Gazzaniga feita com pessoas que tiveram o corpo caloso do cérebro cortado pra tratar epilepsia. Quando vi o tema do vídeo tinha certeza de que você ia falar sobre isso hahahhahahaha Afinal, depois que eu li sobre esse experimento, ficou bem claro pra mim que a "voz" da nossa cabeça, que a gente julga ser a gente, ou a nossa consciência, não tem controle de absolutamente nada no nosso corpo.
Fascinante. Tanto o conteúdo quanto a forma de transmiti-lo, Átila.🫶 E a trolagem com a falsa mudança no plano de fundo me pegou mesmo! Até voltei o vídeo pra checar... 🤭 Parabéns e sucesso a todos da equipe 👏 🎉
Livre arbítrio não existe por lógica. Toda ação, desejo ou pensamento é uma consequência de uma ação, desejo ou pensamento anterior. Você não tem como saber o que vai pensar antes de pensar; quando você nota, o pensamento já brotou em sua mente. Mesmo "mudar de ideia" ou "ir contra nossos desejos" são consequências de processos mentais internos, a nível das nossas sinapses neurais. Nada na vida é uma escolha; existir é uma consequência, e o livre-arbítrio não existe.
Durante boa parte da minha vida venho dizendo que nossas escolhas são uma "ilusão". Escolhemos aquilo que entrou no nosso caminho. Se eu só conheço azul e rosa, só posso escolher entre azul e rosa. Como vou escolher Verde se não faço ideia da existência? Não há mágica.
Existe uma diferença entre possibilidades de escolha e escolha. Se conhece apenas duas cores, ainda assim poderia escolher entre elas. A única diferença seria ter mais escolhas disponíveis, mas continuaria escolhendo.
@@viniciusnoyoutubefaz mais sentido de outra forma. Se no momento de escolha entre azul e rosa eu passei por experiências que levam ao azul, não havia possibilidade de escolher o rosa.
Parafraseando o Kain, da série de jogos Soul Reaver: "Nossos futuros são predeterminados. Cada um de nós cumpre o que o destino escreveu para nós. Somos inevitavelmente empurrados em caminhos pré ordenados. Livre arbítrio é uma ilusão."
@@ledamarques4663 Todos tem uma escolha... Poderia não ter cuidado... até um escravo tem uma escolha a morte... Precisa entender sua escolha. Ao meu ver...sábia decisão.
a gente que estuda neurofisiologia é muito fácil saber que neurônios funcionam com um input, modula e dá o output, sempre é uma resposta ao que é externo, é apenas uma questão de custo-benefício para o cérebro durante a evolução e desenvolvimento
Átila, vc poderia fazer um vídeo sobre uma condição similar a AIDS só que causado pelo Long Covid? vi varias pessoas na gringa falando sobre, mas não cheguei a ver profissionais falando sobre isso
O usuário deste comentário não escolheu ver esse video, mas o algoritmo que escolheu por ele. Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento Átila. Atenciosamente Chat GPT. Siri discordou de vc mas mandou lembranças. Alexa tbm!
Ótima explicação, arrasou! Tenho muita sinergia com esse tipo de ideia, só acho que seria mais interessante que fosse melhor definido o que é esse “eu” ao qual você se refere. Da pra deixar a discussão bem mais sutil e complexa entrando mais na filosofia da mente. Sinceramente, acho que talvez livre-arbítrio vs determinismo nem é uma discussão tão relevante face ao que se pode considerar quando se pergunta o que é esse “eu”. Daria até pra dizer que não há diferença entre livre-arbítrio e determinismo, com um argumento que se baseia na ideia de “explosão combinatória”, que diz que seria não apenas fisicamente, mas também metafisicamente impossível prever o estado futuro de um sistema com acima de uma determinada precisão mais rápido do que simplesmente deixar que o sistema corra seu curso natural em tempo real. É uma forma de dizer que a maneira mais eficiente de prever o futuro é participando do processo da sua criação, e conhecendo o futuro em tempo real.
Mas, Átila, se é o consciente ou o subconsciente, ainda é a gente, não? Ela só não é consciente, então o nosso ser consciente precisa arranjar uma justificativa para a decisão. Não é como se houvesse algo pré-determinado (e que portanto quebraria de fato o livre arbitrio), a decisão só não fica aonde a gente pensava (ou até esperava que fosse)
Tinha um tempo que não via seus vídeos. Adorei essa explicação, eu estou escrevendo um livro com a minha visão da ateia da existencia, e comento sobre isso em um trecho que já escrevi. Vou ler a indicação de livro com certeza!
Revendo o vídeo eu concluo que o subconsciente que comanda nossas ações, e nosso consciente sempre vai achar razões e justificativas racionais para elas. Isso bate com a psicologia. O cérebro humano é fantástico! E muito traiçoeiro 😮
Uma dúvida, pelo o que eu interpretei no vídeo, as nossas decisões mais rápidas são tomadas fora da nossa conciencia e dps a gente só justifica elas. Mas e as decisões que tomamos a longo prazo, como decidir que vamos nos preparar para um mestrado ou que vamos perder x Kg indo na academia e fazendo dieta, essas decisões tbm são tomadas de forma inconsciente ou a nossa consciência que tem agência sobre isso?
Eu não posso responder pelo Átila, nem como alguém que tem conhecimento na área, apenas achismo Eu interpreto o pensamento a longo prazo como sendo algo direcionado, por exemplo o costume em pegar sempre o mesmo trajeto, a mesma faixa, andar sempre do mesmo lado da calçada, olhar sempre pro mesmo prédio, nós não pensamos nessas atitudes, porém nunca que nós vamos entender essa dúvida, por que isso dependeria de termos independência sobre tudo, nossos pensamentos, respiração, movimento da lingua, até controle do teu pé no acelerador (sendo que nós controlamos o embalo do veículo) Considero ter duas etapas, assim como em aprender um instrumento, a parte da coordenação motora, onde aprendemos como fazer, e da memoria muscular Hoje eu consigo tocar o baixo/bateria e saber o que eu quero fazer e como fazer, porém minhas ações são automáticas
Mesmo que na pratica isto não mude muito, afinal, a gente não tem mesmo esta escolha, é bem curioso e dá para voltar para aquela questão, quem é Você? Seu cerebro? Sua consciência? Sua "alma"? Ambos?
Átila, você poferia fazer um vídeo sobre a boxeadora nas olimpíadas desse ano que estão chamando de homem e poderia relembrar a atleta brasileira Edinanci Silva.
Acho que não necessariamente, mas entendo o que você quer dizer. Contudo, a questão é que tudo é necessário, aqui falando em termos lógicos. O sistema jurídico é racional na medida em que é parte da realidade, embora possa nos parecer falho.
Top demais ! Li " Comporte -se a biologia humana em nosso melhor e pior " do Sapolsky, e agora estou na metade do Determined, Sapolsky é uma referência sem igual no assunto.
Adoro esse tema, acho tão fascinante. Essa ilusão de escolha eu vejo constantemente nos padrões de relacionamentos amorosos. Naquelas pessoas que sonham encontrar a sua alma gêmea mas não conseguem entender porque vivem entrando e saindo de relacionamentos que nunca dão certo. Elas não percebem que estão "escolhendo" sem perceber parceiros que vão fazê-las repetir a história da família. Quando se dão conta, estão fazendo o mesmo que o pai ou mãe fazia. Aí têm os que dizem: " Imagina! Minha mãe não se parece nada com a minha mulher ou meu marido com meu pai!" Bom, a pessoa só não enxergou ainda onde estão as semelhanças. Mas elas existem, alguém de fora consegue ver isso facilmente. A fruta nunca cai muito longe do pé.😀
Com um pouquinho de filosofia saberia que essa discussão é antiga e já foi formuladas assim por Kant, Schopenhauer, Nietzsche, Freud e muitos outros há mais de 300 anos. Schopenhauer inclusive escreveu um texto que foi premiado na época com o título Sobre a liberdade da vontade, onde ele refuta a noção de livre arbítrio.
Eu estava pensando muito nisso esses dias chegando na academia, aquele movimento de pessoas chegando e saindo, com suas roupas iguais, tênis, fone de ouvido, garrafa de alumínio. Parecia um bando de NPC e eu lá no meio, no horário de pico, replicando o comportamento
As ações estão dentro de uma estrutura social do comportamento, as pessoas que por exemplo cometem um feminicidio se veem no direito de matar uma mulher por motivo fútil, o assassino tem essa atitude pq a estrutura ainda legitima de determinados modos culturais, é um fenômeno social normal
O crime é fenômeno social normal, por isso precisa de leis para restringir esse comportamento, pq é reprovável, mas é previsível, desde o século 19 Durkheim fala sobre, e desde a década de 70 behavoristas estudam esse tipo de fenômeno comportamental
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"Você não veio fazer a escolha. Ela já foi feita. Você veio entender por que fez esta escolha."
Oráculo
kkkkkk
Adoro que meu cérebro aparentemente masoquista resolveu clicar nesse vídeo e agora eu ganhei uma crise existencial e vou passar a questionar literalmente qualquer decisão tomada na minha vida e possivelmente acabar deixando tudo pra lá como num episódio de Rick & Morty.
Eu te amo Átila
Esquece isso e vamos assistir YT
O que entendi foi: Eu não cliquei no video por que eu decidi depois de considerar meu interesse nele, eu cliquei por que isso já havia sido decidido no meu subconsciente. Meu consciente se encarregou de trazer uma justificativa para isso.
@@rvian4 você decidiu. Seu subcontinente é você. 🤔
A Matrix está manipulando todas as nossas decisões
estamos todos enlouquecendo.
Muito interessante. Será que as pessoas do experimento não agiram do jeito que agiram para serem "aceitas" pelo experimentador, ou por se sentirem intimidadas pela "autoridade" dele? Ou seja, elas sabiam muito bem que haviam escolhido outra foto, mas não tinham "coragem" de contradizer o que o experimentador lhes afirmava, ou porque achavam que assim o "agradariam" ou por "medo e timidez" mesmo. E, para "se protegerem psicologicamente" da covardia que haviam cometido, inventavam desculpas esfarrapadas, justificando, para si mesmas, uma preferência que não tinham. Isso sim pode jogar luz sobre o entendimento do comportamento social e as escolhas políticas pontuais das pessoas, como em eleições, por exemplo. Somos determinados de fora, mas a melhor chance que temos de nos auto-determinar é justamente aceitarmos que não existe livre-arbítrio, aprendermos como o mundo realmente funciona, como nós funcionamos e atuarmos sobre as condições externas, para que elas nos tornem o melhor que podemos ser, e assim possamos melhorá-las ainda mais, em um círculo virtuoso dialético, submetido às leis sociais, por sua vez submetidas às leis naturais. Tudo é ciência e ação política, muito além de eleições.
"O homem é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer" - Schopenhauer.
Ser livre pra fazer e fazer são duas situações diferentes e, na maioria das vezes, impossível por em prática.
citação muito condizente com o vídeo. 👏
Obrigado Átila, botar a culpa nos "outros" sobre as minhas escolhas ruins nunca foi tão fácil
Glorioso Nerdcast - A Angustia da Realidade Simulada. Muito bom ver o detalhamento do exemplo dado no citado programa! "Não temos livre arbítrio, e sim livre justificativa!"
"O homem é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer"
Atila é o nosso Ouro olímpico da divulgação científica!!
Essa explicação faz todo o sentido. Não penso para meus braços se moverem, andar, respirar ou pensar. Não tenho medo do cardiologista mas minha pressão sempre aumenta quando vou. E quando penso muito sobre um assunto a resposta só vem quando não estou pensando nele. Pensei muito para escrever isso e quando me dei conta já tinha apertado a tecla.
Nada como uma crise existencial em uma Sexta-Feira.
Dê a ordem camarada Átila
🫡
🤢🤮
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
🚩
@@Fabriciomrtstá dodoi?
Isso é reconfortante, pq se minha vida tá uma merda não é culpa minha, pq não tenho controle das minhas ações 👏👏👏
Schopenhauer ja disse em O Livre Arbítrio (1838): "O homem pode fazer o que quer, mas não pode querer o que quer."
Livre vontade e livre arbítrio são ilusões pra mim. Tá aí um bom livro pra eu ler e ver o que o autor diz do tema, sempre quis ler um Schopenhauer mesmo.
O professor e cientista Miguel Nicolelis aborda esse tema mais a fundo no livro O Verdadeiro Criador de Tudo, recomendo a leitura
Fascinante! Isso está escrito nas linhas do tecido da realidade. Não com essas mesmas palavras, mas o sentido é o mesmo.
Camarada-ada Átila... ultimamente trazendo umas discussões bem aprofundadas, bem materializadas em seu movimento. Adorei
Parece que na verdade não se trata de não podermos escolher por nós mesmos, parece mais que temos um entendimento equivocado sobre o que é escolher por nós mesmos e também sobre o que realmente é o "eu".
Não sou eu quem escolhe? Então quem é esse eu que escolhe alguns segundos antes do eu que percebe essa escolha alguns segundos depois? Continua sendo "eu".
A limitação dos dois estudos na minha opinião é que elas analisam decisões irracionais devido ao curto período de tempo de decisão. Acredito que os estudos demonstram somente que nesses casos nós tomamos decisões "programadas" e não que isso possa ser extrapolados para decisões racionais em que temos tempo hábil pra analisar. No final temos livre arbítrio desde que não estejamos fazendo algo automaticamente ou de forma apressada.
Eu decidi apertar o botão do do like quando vc sugeriu e só depois movi o dedo. Foi uma decisão MINHA, viu!!!
Muito interessante pensar sobre isso, é uma discussão longa
Esse conteúdo foi demais. Original, interessantíssimo, curioso... Muito bom. Obrigado pelo ecelente trabalho.
A mente moralista - Jonathan Heidt- um livro incrível que trata das repercussões desta ilusão da escolha para o mundo da moral e da política. Recomendo a todos.
QUE VIDEO INCRÍVEL! EU QUE ESCOLHI ESCREVER ISSO?? INDEPENDENTE DISSO, É TOTALMENTE VERDADE
Muita gente interpretou como se o Atila tivesse falado que todas as decisões partem do subconsciente, e nós apenas justificamos essas escolhas pensando ser nós mesmos.
Mas eu entendi o vídeo como exempleficando como as vezes tomamos decisões sem pensar, e apenas a justificamos para sentirmos seguros de ter controle de todas as situações. Quando você fica muito bêbado ou sob efeito de substâncias que pioram muito sua capacidade cognitiva, fica evidente que você não toma todas as decisões refletindo sobre elas previamente, na verdade toma pouquíssimas decisões assim, coisas simples como apertar um botão são feitas basicamente de maneira automática, como se tivéssemos um modo piloto automático, que é treinado pela gente, e por fatores externos durante nossa vida, mas no fim nossas decisões são muito mais que só uma reflexão sobre algo, mas sim um conjunto de camadas do nosso cérebro que arquitetou uma ação, e quem compõe essas camadas são nossos instintos, vivências passadas, vontades nosso subconsciente, somos complexos e interessantes demais
"Seu cérebro" é você. Decisões "inconscientes" são suas decisões (muito bem embasadas em você, fazendo sempre muito sentido). Essa de "você acha que tomou a decisão" é apenas você consciente DA SUA decisão, tempos depois. Seu consciente e inconsciente trabalham juntos, um devolve para o outro.
Outra coisa: livre arbítrio, ao menos no meu entendimento, não é "eu tenho controle absoluto sobre tudo". É muito obvio que somos influenciados pelo ambiente, genética etc. Porém, você toma suas decisões. Se elas são previsíveis e influenciadas, não faz sua decisão ser ausente de livre arbítrio.
Perfeitamente colocado
Aquele super direito individual de ser completamente usado, explorado, manipulado e por fim descartado...e achar que no fim, foi você mesmo que decidiu por essa vida de merda.
E pior: achar que foi por falta de esforço seu!
Eu amo o Átila que,além de um biológo incrivel,vem conhecendo as humanas cada vez mais ❤
8:47 Existe um input lag na simulação da realidade.
Magnífico esse experimento. Possivelmente deve ter implicações até de física quântica sobre o mecanismo do pensamento. Muito interessante.
Chegamos a conclusão que esse vídeo é um paradoxo de escolhas. Baita vídeo!
É por causa de informações como essa, e a qualidade pedagógica como vc explica, Átila), que sou membro do canal com muita satisfação.gratidao
😂😂 Átila destruindo certezas!!! Adooooro!!! Agradeço!!!
Grandes e grupos fazem isso de forma profissional e intencional
Esse video precisa de uma segunda parte abordando as graves implicações da primeira
Vídeo incrível. Me fez perguntar se é por isso que a psicologia humanista e diversos outros estudos da mente não chamam mais de "eu" essa parte "consciente" que achamos que toma as decisões. O "eu" é formado por um todo, que inclui nosso inconsciente e nosso corpo. Se levarmos isso em conta, podemos considerar, em certo ponto, que somos sim os decisores, pois meu inconsciente também sou eu, e meu corpo também sou eu. Existir ainda mais uma camada de "eu" que é o consciente é mais uma prova de que temos controle, já que somos capazes de identificar as influências do "eu inconsciente" e do "eu corpo", retomando o controle. Isso, aliás, não é novidade, é basicamente a luta pelo controle completo do inconsciente e do corpo que move os monges budistas há milênios.
Tem mais coisa aí também, no próprio experimento (não entendo porque a maioria que fala do experimento, não fala sobre essa parte), ele pede pros voluntários decidirem apertar e depois "negarem" o que decidiram. Essa negativa não é possível ser visualizada ou prevista, ele mesmo chamou de "o livre não" porque é como se recebessemos o "impulso decisório" do sub consciente, mas podemos ou não acatar essa decisão, na maioria das vezes vamos fazer, mas não é obrigatório, e isso muda tudo.
Popularmente é o chamado "pensamento positivo", buscar satisfação por algo independente de ser ou não o que queremos ou o resultado esperado.
Átila, aproveite a "polêmica" da lutadora para dar uma aula sobre as variações biológicas.
Já tem um no canal, muito bom por sinal
@@mathias3331 qual?
@@mathias3331 hum, buscarei aqui então
O problema das mulheres nas olimpíadas @@rachelpalhares
Isso é atormentador! Ter a sensação de controle é que mais busco
Ah, amiga. Controle não existe! Sei o que vc sente. Terapia ajuda!
As maiores implicações disso são do ponto de vista penal e religioso.
Pq se a gente não decide... o corpo decide... e decide em função das coisas já vividas, experiências prévias, e estas em si também não foram escolhas... como a gente pune uma pessoa que simplesmente está na inescapável inevitabilidade de acontecimentos encadeados que é a vida?
Do ponto de vista religioso, como a pessoa pode ser mandada pra inferno/céu, se ela nem tem controle sobre o que decide? Pros espiritas que defendem a ideia de vc passar dificuldade por conta de algo que fez em vida passada... pq vc tem q pagar por algo q vc não escolheu?
Há doutrinadores que enxergam a pena como prevenção, serve para impedir que novos crimes sejam cometidos. Então, não vislumbro como um grande problema penal. Aliás, dizer que isso é um problema é supor que as penas precisam de uma justificativa de retribuição, ou seja, que têm natureza "vingativa", olho por olho, dente por dente.
@@herculesjonathanmusic1094 é... se a gente pensar, a maneira como é aplicado também entra dentro dessa inevitabilidade. As leis são feitos pelos homens, e se os homens não tem exatamente controle sobre suas ações, elas tbem são apenas resultados de resultados.
Mas que entra um debate sobre isso entra.
Não temos como, mas se fossemos capazes de enxergar as variáveis que existem na mente humana - que são infinitas que começam antes do nascimento já, por herança genética - que causam um determinado comportamento/decisão, e pudéssemos prever quando um crime ocorreria...daria pra prender antes do crime ocorrer? Pq seria mesma lógica, é prender por algo que sem uma ação seria inevitável.
O que eu to propondo aqui, portanto, é uma conversa q não é sobre a função, não é um debate focado na legislação, na doutrina ou tanto faz. Eu to propondo um debate focado na parte neurocientífica da coisa.
Seria legal antes de dar continuidade, que você tivesse entrado em contato com alguns conteúdos do Robert Sapolsky
Exemplo...
Um assassinato que já ocorreu era inevitável. O encadeamento de acontecimentos não tinha como levar a outra coisa. Não existe um "e se", pq as pessoas tomaram suas decisões de o que fazer naquele momento não por querer, por puro resultado de variáveis físico/neuro/químicas.
Da mesma forma, a prisão evita sim um novo acontecimento, mas a prisão (ou não) em si também foi inevitável, por conta da cadência de acontecimentos.
Não há livre-arbítrio, ninguém decide nada. A gente só acha que decide. Então toda punição é uma inevitabilidade em cima de um ato que também era inevitável. A "decisão" começa antes da gente nascer, e o indivíduo em si não tem uma culpa sozinho, essa "culpa" é dividida com o nível de glicose no dia, o nível de cortisol, se ele teve algum estresse na semana anterior, como foi a criação, com quem ele se relacionou, como é a genética, como os pais foram criados, pq a criação vem de gerações anteriores... e se vc perceber isso não acaba nunca, se continuar voltando no motivo do motivo, a gente para na criação do universo kkk.
Sobre o primeiro experimento, não é fácil, e exige muita humildade, mas dá pra “vencer”. Vc tem que se treinar a sempre revisitar suas escolhas sempre com o olhar mais neutro possível, como se fosse um juiz de si mesmo. Por vezes, vc vai concordar com o eu do passado, em outras, vai mudar de ideia, de modo que apenas as ideias sólidas, baseadas em argumentos verdadeiros permanecem contigo.
Parando para pensar, de vez em quando eu entro numa dimensão despersonalizada do meu próprio corpo... É um sintoma de ansiedade mesmo. Mas é como se alguém estivesse vivendo a minha vida por mim e eu estou aqui dentro, em algum lugar, flutuando... É bem esquisito, mas com suas explicações, parece que meu sistema nervoso fica atrasado, como se esse tempo entre a decisão do subconsciente e a minha consciência sobre essa decisão não fosse conectado. Parece que eu sei que estou sendo controlada pelo meu subconsciente, percebe? Porque o momento de consciência da decisão não existe. Faz sentido? Pirando aqui... Bjs, Atila!
Isso é basicamente o que acontece durante a meditação.
Quem é o cérebro perto da nossa Vontade? Um "mero" instrumento de materialização.
Segundo a teosofia, o livre arbítrio real (a Escolha) vem do Plano Mental, que está interpenetrado no Plano Emocional (espiritual) e no Plano Físico... talvez isso explique o delay no órgão de impacto (corpo).
Bom vídeo. Só mostra o quanto o livre arbítrio está muito além do que a Ciência é capaz de identificar e entender, ainda.
Isso me parece neoplatonismo. Parte de alguns pressupostos sem base material, atribuindo uma dimensão metafísica ao pensamento. Mas ... É interessante saber que esse debate retornou aos meios confessionais. Ele traz de volta um refinamento filosófico que o cristianismo moderno parecia ter abandonado desde a ascensão da teologia da prosperidade.
Graças a H.P.B podemos entender isso.
Bem lembrado, a teosofia explica bem sobre o funcionamento das capacidades humanas, nesse caso, onde a Mente Pura age primeiramente a Mente de Desejos.
Deus n existe não veyr KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
A ciência só se preocupa em estudar fenômenos e fatores naturais (real), algo que pode ser visto, medido ou quantificado. Se o conceito de livre-arbitrio ficar vinculado ao metafísico (como o conceito de mente), é melhor deixar de lado e nem estudar msm kkkk.
Boa noite Atila e seguidores do canal.
Acho que isso tudo prova que somos um The Sims dos ETs.
Em uma visão mais religiosa, somos The Sims de Deus
Confesso que fiquei muito surpreso do vídeo não mencionar a pesquisa do Roger Sperry e Michael Gazzaniga feita com pessoas que tiveram o corpo caloso do cérebro cortado pra tratar epilepsia. Quando vi o tema do vídeo tinha certeza de que você ia falar sobre isso hahahhahahaha
Afinal, depois que eu li sobre esse experimento, ficou bem claro pra mim que a "voz" da nossa cabeça, que a gente julga ser a gente, ou a nossa consciência, não tem controle de absolutamente nada no nosso corpo.
up
Esse vídeo é muito nescessario. Já escrevi e dissertei muito sobre esse assunto, concordo plenamente com as fontes citadas
Fui induzido a dar Joínha no vídeo!
Fascinante. Tanto o conteúdo quanto a forma de transmiti-lo, Átila.🫶
E a trolagem com a falsa mudança no plano de fundo me pegou mesmo! Até voltei o vídeo pra checar... 🤭
Parabéns e sucesso a todos da equipe 👏 🎉
De a ordem camarada Atila
Grande Mestre Átila! Obrigada
Livre arbítrio não existe por lógica. Toda ação, desejo ou pensamento é uma consequência de uma ação, desejo ou pensamento anterior. Você não tem como saber o que vai pensar antes de pensar; quando você nota, o pensamento já brotou em sua mente. Mesmo "mudar de ideia" ou "ir contra nossos desejos" são consequências de processos mentais internos, a nível das nossas sinapses neurais. Nada na vida é uma escolha; existir é uma consequência, e o livre-arbítrio não existe.
O livre arbítrio é uma dessas coisas que de livre não é...
Somos produtos de uma sociedade e nosso cérebro é quem comanda essa peça.
Durante boa parte da minha vida venho dizendo que nossas escolhas são uma "ilusão". Escolhemos aquilo que entrou no nosso caminho. Se eu só conheço azul e rosa, só posso escolher entre azul e rosa. Como vou escolher Verde se não faço ideia da existência? Não há mágica.
Existe uma diferença entre possibilidades de escolha e escolha.
Se conhece apenas duas cores, ainda assim poderia escolher entre elas.
A única diferença seria ter mais escolhas disponíveis, mas continuaria escolhendo.
@@viniciusnoyoutubefaz mais sentido de outra forma. Se no momento de escolha entre azul e rosa eu passei por experiências que levam ao azul, não havia possibilidade de escolher o rosa.
Parafraseando o Kain, da série de jogos Soul Reaver: "Nossos futuros são predeterminados. Cada um de nós cumpre o que o destino escreveu para nós. Somos inevitavelmente empurrados em caminhos pré ordenados. Livre arbítrio é uma ilusão."
Além de professora de escola pública, fui cuidadora familiar de meus pais demenciados por 8 anos.
Não tinha nenhuma escolha.
@@ledamarques4663
Todos tem uma escolha...
Poderia não ter cuidado...
até um escravo tem uma escolha a morte...
Precisa entender sua escolha.
Ao meu ver...sábia decisão.
Meu cérebro(coitado!) não conseguiu acompanhar este raciocínio louco!!!É muito surreal!!
Perturbador é o adjetivo mais ajustado para esse vídeo. To passada😱
Ja anotei o proximo tema que vou ter que tratar na terapia kkkkkkkkkkkkkkkkk.
a gente que estuda neurofisiologia é muito fácil saber que neurônios funcionam com um input, modula e dá o output, sempre é uma resposta ao que é externo, é apenas uma questão de custo-benefício para o cérebro durante a evolução e desenvolvimento
Eu escolho não comentar, essa decisão que eu tomo
Átila, vc poderia fazer um vídeo sobre uma condição similar a AIDS só que causado pelo Long Covid? vi varias pessoas na gringa falando sobre, mas não cheguei a ver profissionais falando sobre isso
Acho que a crise existencial que estou sentindo agora não foi escolha minha uahiauhaihua.
Senti falta das fontes listadas no saiba mais.
Eu tô há anos falando isso, mas ninguém me deu bola.
Agora não estou sozinha.
O usuário deste comentário não escolheu ver esse video, mas o algoritmo que escolheu por ele. Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento Átila. Atenciosamente Chat GPT. Siri discordou de vc mas mandou lembranças. Alexa tbm!
exatamente o que rolou por aqui, nem inscrito eu sou
Ótima explicação, arrasou! Tenho muita sinergia com esse tipo de ideia, só acho que seria mais interessante que fosse melhor definido o que é esse “eu” ao qual você se refere. Da pra deixar a discussão bem mais sutil e complexa entrando mais na filosofia da mente. Sinceramente, acho que talvez livre-arbítrio vs determinismo nem é uma discussão tão relevante face ao que se pode considerar quando se pergunta o que é esse “eu”.
Daria até pra dizer que não há diferença entre livre-arbítrio e determinismo, com um argumento que se baseia na ideia de “explosão combinatória”, que diz que seria não apenas fisicamente, mas também metafisicamente impossível prever o estado futuro de um sistema com acima de uma determinada precisão mais rápido do que simplesmente deixar que o sistema corra seu curso natural em tempo real. É uma forma de dizer que a maneira mais eficiente de prever o futuro é participando do processo da sua criação, e conhecendo o futuro em tempo real.
Átila MEU DEUS, PARA DE ME DAR TRAUMAAAAA 😭
num sô mais humano acabô tudo.
E tem gente que acredita que as pessoas tomam decisões conscientes enquanto consumidoras 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Toda economia liberal parte desse princípio, o "homo economicus". Esse vídeo basicamente destrói o liberalismo econômico.
Mas, Átila, se é o consciente ou o subconsciente, ainda é a gente, não? Ela só não é consciente, então o nosso ser consciente precisa arranjar uma justificativa para a decisão.
Não é como se houvesse algo pré-determinado (e que portanto quebraria de fato o livre arbitrio), a decisão só não fica aonde a gente pensava (ou até esperava que fosse)
Genial
Inútil
Concordo
Tinha um tempo que não via seus vídeos. Adorei essa explicação, eu estou escrevendo um livro com a minha visão da ateia da existencia, e comento sobre isso em um trecho que já escrevi. Vou ler a indicação de livro com certeza!
Somos livres para fazer o que quisermos mas não para querer o que quisermos.
Revendo o vídeo eu concluo que o subconsciente que comanda nossas ações, e nosso consciente sempre vai achar razões e justificativas racionais para elas. Isso bate com a psicologia. O cérebro humano é fantástico! E muito traiçoeiro 😮
bate com a psicanálise demais, é o inconsciente, a pulsão
@@AndressaLanns ?
Uma dúvida, pelo o que eu interpretei no vídeo, as nossas decisões mais rápidas são tomadas fora da nossa conciencia e dps a gente só justifica elas. Mas e as decisões que tomamos a longo prazo, como decidir que vamos nos preparar para um mestrado ou que vamos perder x Kg indo na academia e fazendo dieta, essas decisões tbm são tomadas de forma inconsciente ou a nossa consciência que tem agência sobre isso?
Eu não posso responder pelo Átila, nem como alguém que tem conhecimento na área, apenas achismo
Eu interpreto o pensamento a longo prazo como sendo algo direcionado, por exemplo o costume em pegar sempre o mesmo trajeto, a mesma faixa, andar sempre do mesmo lado da calçada, olhar sempre pro mesmo prédio, nós não pensamos nessas atitudes, porém nunca que nós vamos entender essa dúvida, por que isso dependeria de termos independência sobre tudo, nossos pensamentos, respiração, movimento da lingua, até controle do teu pé no acelerador (sendo que nós controlamos o embalo do veículo)
Considero ter duas etapas, assim como em aprender um instrumento, a parte da coordenação motora, onde aprendemos como fazer, e da memoria muscular
Hoje eu consigo tocar o baixo/bateria e saber o que eu quero fazer e como fazer, porém minhas ações são automáticas
@@renatomazaron4142 vc toca baixo a quanto tempo ? e quanto tempo até essa automatização acontecer ?
Mesmo que na pratica isto não mude muito, afinal, a gente não tem mesmo esta escolha, é bem curioso e dá para voltar para aquela questão, quem é Você? Seu cerebro? Sua consciência? Sua "alma"? Ambos?
Átila, você poferia fazer um vídeo sobre a boxeadora nas olimpíadas desse ano que estão chamando de homem e poderia relembrar a atleta brasileira Edinanci Silva.
Esse vídeo foi recomendado, não fui eu que procurei por ele.
Foi o que eu disse pro policial.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
😂😂😂
Esses estudos desconstroem vários princípios do sistema jurídico.
Acho que não necessariamente, mas entendo o que você quer dizer. Contudo, a questão é que tudo é necessário, aqui falando em termos lógicos. O sistema jurídico é racional na medida em que é parte da realidade, embora possa nos parecer falho.
Já assisti umas 5 vezes e sempre volto dias depois pra assistir novamente. Rs
Mas eu sempre acho que eu mesmo que decidi fazer. Rs
Vai vê elas só tavam com vergonha de dizer que tinham entregado a foto errada
Você não veio aqui para decidir...você já decidiu.
Você veio aqui para entender a sua decisão...horáculo matrix.
Top demais ! Li " Comporte -se a biologia humana em nosso melhor e pior " do Sapolsky, e agora estou na metade do Determined, Sapolsky é uma referência sem igual no assunto.
Estou estupefato, nunca um vídeo prendeu tanto a minha atenção, eu deixei meu trabalho de lado pra entender isso aí, que raiva.
Esse final kkkk muito bom!!! Excelente vídeo!
Sensacional! O final então....muito bom Átila.
Tava pensando na ilusão da escolha esses dias mesmo. Matrix 1 explora esse conceito maravilhosamente bem.
Quero saber quando vou poder usar essa informação em um tribunal a meu favor.....
Adoro esse tema, acho tão fascinante. Essa ilusão de escolha eu vejo constantemente nos padrões de relacionamentos amorosos. Naquelas pessoas que sonham encontrar a sua alma gêmea mas não conseguem entender porque vivem entrando e saindo de relacionamentos que nunca dão certo. Elas não percebem que estão "escolhendo" sem perceber parceiros que vão fazê-las repetir a história da família. Quando se dão conta, estão fazendo o mesmo que o pai ou mãe fazia. Aí têm os que dizem: " Imagina! Minha mãe não se parece nada com a minha mulher ou meu marido com meu pai!" Bom, a pessoa só não enxergou ainda onde estão as semelhanças. Mas elas existem, alguém de fora consegue ver isso facilmente. A fruta nunca cai muito longe do pé.😀
Eu: Vou dormir, tá tarde já.
Meu cérebro:
Ótimo Video, Átila! Obrigado!
O que é livre-arbítrio? Penso que antes de bater o martelo é preciso pensar nas definições de livre-arbítrio.
Este é o comentário que precisaria estar no topo de curtidas. Esse é um erro muito comum: debater ideias sem consenso conceitual.
Curti o vídeo antes de tomar a decisão 😮
"Como posso ter mudado coisas do cenário aqui atras" eu trabalhando só escutando 🫠
Com um pouquinho de filosofia saberia que essa discussão é antiga e já foi formuladas assim por Kant, Schopenhauer, Nietzsche, Freud e muitos outros há mais de 300 anos. Schopenhauer inclusive escreveu um texto que foi premiado na época com o título Sobre a liberdade da vontade, onde ele refuta a noção de livre arbítrio.
Eu estava pensando muito nisso esses dias chegando na academia, aquele movimento de pessoas chegando e saindo, com suas roupas iguais, tênis, fone de ouvido, garrafa de alumínio. Parecia um bando de NPC e eu lá no meio, no horário de pico, replicando o comportamento
Atila seguindo o assunto da tomada de decisão e escolha, fala sobre economia comportamental e neuro economia
como que as pessoas não perceberam que era diferente? parece tão diferente
Se não há livre arbítrio, como podemos punir alguém pelos seus atos?
Não é justamente o livre a base para o sistema judiciário?
As ações estão dentro de uma estrutura social do comportamento, as pessoas que por exemplo cometem um feminicidio se veem no direito de matar uma mulher por motivo fútil, o assassino tem essa atitude pq a estrutura ainda legitima de determinados modos culturais, é um fenômeno social normal
O crime é fenômeno social normal, por isso precisa de leis para restringir esse comportamento, pq é reprovável, mas é previsível, desde o século 19 Durkheim fala sobre, e desde a década de 70 behavoristas estudam esse tipo de fenômeno comportamental