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TEATRO DAS LETRAS
Приєднався 17 бер 2015
"POEMAS... MÚSICAS"
O canal "Teatro das Letras" são obras poéticas e composições musicais originais do autor Rodrigo Rofato da Costa, convertidas em estilos músicais...
(direitos reservados/copy rights)...
@rodrigorofato6088
The channel "Theater of the Stars" features poetic works and original musical compositions by the author Rodrigo Rofato da Costa, converted into musical styles...
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ENTRE EU E VOCÊ (SERTANEJO)...
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Відео
A DOIS (SERTANEJO)...
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SONHOS (SERTANEJO)...
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VOCÊ EM MIM V2 (SERTANEJO)...
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VOCÊ EM MIM (SERTANEJO)...
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CORPO A CORPO (SERTANEJO)...
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NUNCA DIGA ADEUS (SERTANEJO)...
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TE AMO ASSIM (SERTANEJO)...
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NESSES DIAS...
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SEM VOCÊ...
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NUNCA DIGA ADEUS...
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UMA REFLEXÃO SOBRE O POEMA SENTIMENTOS...
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UMA REFLEXÃO SOBRE O POEMA CHUVA DE NOVEMBRO...
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A SEMENTE QUE ÉS DEUS...
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É ASSIM...
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UMA REFLEXÃO SOBRE O POEMA CANDELABRO...
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UMA REFLEXÃO SOBRE O POEMA CANDELABRO...
ENTRE EU E VOCÊ Faça do meu coração seu porto seguro. Nosso amor serás pra sempre e sempre assim, um tempo sem fim, desse tempo sem contento, sem a validade desses amores passageiros, tão iludidos assim... Amor, nosso amor serás pra sempre e sempre assim, porque a maldade não pode conter essa luz, que dessa luz anjo cobridor você se fez em mim. Ohh tão só ês você em mim assim... Um momento desse para o paraíso dos amores verdadeiros, entre eu e você nada mais... Sem essas expressões sombrias que encobrem esse mundo... Nada mais... Porque se for do contrário, direi à própria escuridão, que sua luz encobriu meu mundo, que seu jeito me deixou sem jeito, Ohh nosso amor serás pra sempre e sempre assim, sua presença recriando sobre o abismo que me encerra. Nosso amor serás pra sempre e sempre assim... Um momento desse para o paraíso dos amores verdadeiros, entre eu e você nada mais... Sem essas expressões sombrias que encobrem esse mundo... Nada mais... De tudo não podereis negar, és o amor que sinto, seu mundo bagunçado darás forma ao meu... Amor, és assim mesmo, perdido que me encontro em você... Segure firme em minhas mãos, porque o verão e o inverno não podem conter a própria forma do amor... Esse coração és seguro, és um porto seguro... Um momento desse para o paraíso dos amores verdadeiros, entre eu e você nada mais... Sem essas expressões sombrias que encobrem esse mundo... Nada mais... Rodrigo Rofato da Costa 22/02/21
amei
Amém linda linda
A DOIS Na sua pele aquela flor tatuada, ouro de menina, eu só quero você, e nada mais... Mas, se for pra desejar algo além, pele com pele, boca com boca, o fogo, a tempestade, quero muito mil e uma noites de amor pra se perder, ardente, queimando além do próprio Sol, nessa luz, onde nem a Lua sequestra, e nada mais... Nesse turpor, refém do amor, você me fez... Nesse perfume de cheiro apaixonante, me embriagou o seu calor, sobre o toque, dessa espécie rara, que és você recriando o meu mundo, e nada mais... Um dia pra ansear não ter fim, rolando na cama, quanta loucura, você meu amor, você meu amor, embriagou meu próprio amor... Pra valer, então vem, viver pelo coração... Como esse beija-flor, que provoca lisura ao passar, és difícil resistir viver pelo beijo com você, que és como minha flor, sem igual, e pra vida toda jurar não largar, porque és minha vida sempre te buscar... Caminha o amor. Caminha o amor, em nossa direção, de mãos dadas e juntinhos como ninguém... São essas coisas do coração, que o coração pulsa a vida, porque amar com você és sempre a melhor opção, seja marcado no corpo ou na alma, assim quero você, sendo um beija-flor pra te buscar... Minha flor. A dois... Ooh... Ooh... Minha flor. A dois... RODRIGO ROFATO DA COSTA 07/07/22
SONHOS A praia está deserta. Nenhum pássaro, nenhum caranguejo, nenhuma criança brincando de construir castelos de sonhos feito em areia... Até mesmo o azul do céu está cinza. Já é tarde e o horizonte de estrelas não me responde... Talvez tenha passado a vida toda à deriva do mar, mas as águas salgadas não servem para matar a sede... As horas do futuro sempre andam a repetir o passado e minhas lágrimas se congelam no espaço vazio do tempo fantasiando histórias de final feliz... A vida é um dom maravilhoso ou peças de um jogo controlada por crianças? O medo de amar, de se suspender ao céu como um querubim. de ter o beijo infinito, de experimentar a volta... Vitórias de um amor renascido, o sorriso dos pais, me são pratos de luxo que anseio provar... Estou aqui à beira da praia, vestido de branco, sentado num banquinho, vendo as águas agitadas do mar, provocando ondas gigantes em minha direção, mas que tocam somente minhas meias sujas, meus sapatos? Sei lá... Um vento forte no litoral me tocou e com ele fui arrebatado, talvez esta noite se acabe, talvez o tempo dessa manhã cinza tenha me dado uma chance de recomeçar o que nem se começou... Talvez hoje, eu toque as tuas asas novamente e cearemos de novo, então, subiremos acima das estrelas e tocaremos os anjos... Rodrigo Rofato da Costa 01/07/2008
VOCÊ EM MIM Enfim, passei distante, mas permaneci tão perto de ti... Com aquele olhar triste, tão só, e tão só já dentro de ti... (pobre coração)... Era a soma de dois, enquanto pensava ser um... Assim, a vi como um caminho incerto de curvas certas, nesses passos desmedidos, sem volta pra me achar longe de ti... Quebrou o Sol e a Lua, e que paraíso esse recriou, luz angelical num corpo de menina, linda como só, e tão só, marcou minha identidade... Pura maresia és você em mim, e por inteira tatuada em minha pele, linda como só, e tão só... Você em mim és um queimor necessário até o fim dos meus dias... Você em mim és como chuva prata de estrelas, sua luz cobridora acalenta meu coração, e suas batidas são meu despertar... Oh! Oh! Você em mim... Você em mim acalma o mar, e mesmo suas águas salgadas matam minha sede... Você em mim... Você em mim... (rico coração)... Rodrigo Rofato da Costa 31/01/23
VOCÊ EM MIM Enfim, passei distante, mas permaneci tão perto de ti... Com aquele olhar triste, tão só, e tão só já dentro de ti... (pobre coração)... Era a soma de dois, enquanto pensava ser um... Assim, a vi como um caminho incerto de curvas certas, nesses passos desmedidos, sem volta pra me achar longe de ti... Quebrou o Sol e a Lua, e que paraíso esse recriou, luz angelical num corpo de menina, linda como só, e tão só, marcou minha identidade... Pura maresia és você em mim, e por inteira tatuada em minha pele, linda como só, e tão só... Você em mim és um queimor necessário até o fim dos meus dias... Você em mim és como chuva prata de estrelas, sua luz cobridora acalenta meu coração, e suas batidas são meu despertar... Oh! Oh! Você em mim... Você em mim acalma o mar, e mesmo suas águas salgadas matam minha sede... Você em mim... Você em mim... (rico coração)... Rodrigo Rofato da Costa 31/01/23
CORPO A CORPO Pela estrada da dor, sem rumo saio com meu carro. No retrovisor a imagem dela, vento soprando meu viver, brisa ligeira da saudade, destino à tristeza... Já noite está, olhos de lua observando no infinito, uma estrela solitária como eu... Vagos pensamentos meus que se moldam no calor molhado do teu corpo. Momentos de nós dois feito amores que se vão... Sei que estive ausente, cada pétala desprendida da flor, selarás meus caminhos de paz... Seguirei em frente corpo a corpo com a solidez, corpo a corpo com a saudade, corpo a corpo com você é que eu preciso estar. Corpo a corpo... Rodrigo Rofato da Costa 17/11/1999
NUNCA DIGA ADEUS Outra vez, sem o calor dos teus sentidos guiando os caminhos de meu querer, iluminado pelo Sol do teu existir, me senti uma criança indefesa, perdida no tempo de cruéis desilusões... Estou na tristeza, o meu coração só quer chorar, preciso de você numa cama de rosas, agora, sempre... Oh! Nunca diga adeus, pelo despontar dos teus sonhos, ou deixarei na trilha de minha vida só a morte ofegante, ou o próximo fim da forma mutilada de meu coração ainda pulsante. Nunca diga adeus... Outra vez, entre quatro paredes, ao lado de uma garrafa de Vodca, me vejo ouvindo a nossa canção preferida do B.B.King... Pois como um tiro à queima-roupa, fiquei num corpo sem alma como um verso sem rimas... Um oceano sem vida, um campo sem primavera, um jardim sem flores... Sentindo com fragor um grito agudo que se rompe num soluço ao rebrilhar fatídico de uma adaga... Oh! Preciso tanto de você. Nunca diga adeus, viverei te amando eternamente, ou emissários da desolação respeitarão meu ser, Imolados ao demônio do desencanto... Nunca diga adeus, por mim, por você, agora, sempre... Rodrigo Rofato da Costa 15/11/1999
TE AMO ASSIM Não acredito em amores que vão dar certo e sim na conquista do dia a dia, quebrantando um coração endurecido ao seu tempo, um rosto virado pela indiferença ou até mesmo despertando um amor adormecido, quando o toque e o beijo sejam frios e estremecidos... Por isso prefiro que ninguém se ganhe pelo óbvio, quando navegar pelos mistérios tênues da alma, seja consideravelmente a sensibilidade da luz perante a escuridão do seu corpo... Lágrimas com alma, de uma forma tão íntima, é tão profundo e gritante, que seu próprio corpo não decifra, e não chora por fora, mas o seu coração até capta uma fração da grandiosidade daqueles que encontram a si mesmos nesse oceano escondido... Rodrigo Rofato da Costa 16/05/23
NESSES DIAS Mísero desterro a minha alma pertence. Íntima feridade a mim seduz, onde a morte escura domina... A caminhar pelas palmas do deserto pleno, por noites silenciosas, por cedros seculares, só... O silêncio das almas, o brilho perdido e a lâmina desprendida dá às trevas seu auge, do soar das frases tristes, de outras vivências... Oh! Nesses dias, suspensa o vento, sussurra a natureza, só... Imóveis as águas, a relva, a vida aos olhos da inocência, estrelas fulgurantes explodindo na noite como instinto de feras selvagens... Nesses dias, os feitos militares tomam o sangue inocente que tanto sublimaram, que por minha tristeza te defines... Nesses dias, a graça essencial que me carregas pelo oceano coerente do abstrato paraíso, tem teu retrato vago mudado pelas flores cobertas em armas de desejo, tão longe da glória, tão perto à idéia cega... Acorda o tempo, o sol já alto e sublime, clareia o sonho puro, erguem-se as canções, renasce a nova criança... Armas do desejo, que levitas posto à sombra dos corações, longe à guerra que surge no íntimo destes corpos, no clamor da natureza humana, no declive da esperança... Armas do desejo, que nesses dias ouviu-se, ocultou e quebrou-se silenciosamente... Nesses dias. Oh! Nesses dias... Rodrigo Rofato da Costa 01/06/1999
SEM VOCÊ Agora choro as tuas lágrimas, sangro o teu sangue, erro os teu erros, desejo os teu desejos, sonho os teus sonhos... Bem que se quis o notar de uma nova imaginação, o pensar de uma nova ideologia, o teu ressuscitar do mundo dos mortos. O teu solar agora é meu... Este castelo negro ao mundo pertence. Repousas em paz e dormirem os juntos... Ondas interiores de meu corpo sufocam a minha alma. Choro a tua perda como os pais choram teus filhos fracos e vencidos... Oh! Sem você, sou uma gota d'água em meio ao imenso oceano... Sem você, respiro o perfume de outras flores como rosas em veredas tortuosas... Sem você, é como se a cada sussurro, a cada toque, a cada olhar não mais formasse uma química perfeita entre dois corpos... Uma essência não efêmera que nos conduzisse ao êxtase máximo de nossa existência... Pois sem você, floresço no paraíso dos homens esquecidos, posto à sombra da natureza morta, escrita nela: "Aqui jaz um poeta que busca na sua própria morte o despertar de sua própria vida" Rodrigo Rofato da Costa 17/05/1999
NUNCA DIGA ADEUS Outra vez, sem o calor dos teus sentidos guiando os caminhos de meu querer, iluminado pelo Sol do teu existir, me senti uma criança indefesa, perdida no tempo de cruéis desilusões... Estou na tristeza, o meu coração só quer chorar, preciso de você numa cama de rosas, agora, sempre... Oh! Nunca diga adeus, pelo despontar dos teus sonhos, ou deixarei na trilha de minha vida só a morte ofegante, ou o próximo fim da forma mutilada de meu coração ainda pulsante. Nunca diga adeus... Outra vez, entre quatro paredes, ao lado de uma garrafa de Vodca, me vejo ouvindo a nossa canção preferida do B.B.King... Pois como um tiro à queima-roupa, fiquei num corpo sem alma como um verso sem rimas... Um oceano sem vida, um campo sem primavera, um jardim sem flores... Sentindo com fragor um grito agudo que se rompe num soluço ao rebrilhar fatídico de uma adaga... Oh! Preciso tanto de você. Nunca diga adeus, viverei te amando eternamente, ou emissários da desolação respeitarão meu ser, Imolados ao demônio do desencanto... Nunca diga adeus, por mim, por você, agora, sempre... Rodrigo Rofato da Costa 15/11/1999
"Sentimentos", de Rodrigo Rofato da Costa, é um poema carregado de imagens poderosas e metáforas profundas que exploram o universo das emoções humanas. O poema começa com uma noite envolta em bruma, simbolizando a confusão e a escuridão emocional. A Lua, solitária no céu, representa a constante, ainda que distante, presença de esperança e desejo que tenta revigorar a alma. À medida que o poema avança, o autor nos leva através de nuvens de outras dimensões, onde orquídeas de sangue, uma imagem vívida e perturbadora, abrem caminho para a perdição. Essas flores, que se moldam do nada de forma inexata, evocam a imprevisibilidade e a natureza incontrolável das emoções humanas. O "caminhante da noite" emerge como uma figura central, um ser que navega pelo desencanto iminente, deixando para trás a seiva dos corações perdidos. Essa seiva simboliza a vida e a esperança que, mesmo em meio ao desencanto, ainda brotam nos campos da existência. A intensidade da vida é representada no "rústico altar", onde se converte em convulsões de ira devassa. O "florescer de um só sentimento em aquarelas de feitiço perene" sugere que, apesar da dor e da desilusão, a beleza e a magia das emoções persistem, criando uma tapeçaria eterna e encantadora. No silêncio adornado pela "lucidez fatal", surgem rostos disformes moldados pela dor, revelando a fria e precisa natureza do sofrimento. O sono inocente é acalentado, mas, paradoxalmente, dentro do peito do poeta, os sonhos e ilusões são mortos, dando lugar a um majestoso recomeço que vem com a morte das antigas esperanças. Enquanto busca nas estrelas cintilantes a tristeza profunda de um verso apaixonado, o poeta capta o néctar da essência amorosa. No entanto, essa busca é interrompida pelo Sol nascente, que apaga os vestígios da aurora, simbolizando a transitoriedade e a impermanência das emoções. O "murmúrio do medo" e o "sussurro de uma lágrima amarga" refletem o sofrimento íntimo de um coração ferido, enquanto o "ruído de uma alma aprisionada num labirinto de desilusões" revela a complexidade e a profundidade da dor emocional. A chama desfeita e as cinzas tragadas pelo cedro trágico reforçam a ideia de que a dor é uma constante, uma presença infatigável nos corações desolados. Em um sonho de verão, os anjos etéreos e negros cantam junto ao Sol equatorial, contrastando noites de desencantos e angústias sem ideologias. Essas noites são sombrias, cegas, selvagens e sangrentas, refletindo as intensas batalhas emocionais travadas dentro do ser. A morte é personificada em um sorriso distante, uma estrela de sentimentos sem brilho, perdida entre os acordes doces de uma guitarra. As notas tocadas no poema são descritas como de "fina contextura", rimadas pelo "temporal da dor", uma expressão poética que encapsula a fusão de beleza e sofrimento. O poema culmina com a imagem do dilúvio dos sete mares e a maré baixa do navegante solitário, onde o sentido das emoções fere e maltrata, enquanto os prantos se desatam dos olhos. A mensagem final é de consolo: "Oh! Não chores esta noite, descansa, triste coração, já sofreu demais." É um convite à paz e ao alívio das mágoas, permitindo que as ondas do tempo clareiem a virtude dos sentidos. "Sentimentos" é uma obra que mergulha nas profundezas das emoções humanas, revelando a beleza e a dor entrelaçadas em cada verso. Através de imagens ricas e uma linguagem evocativa, Rodrigo Rofato da Costa nos leva a explorar a vastidão da experiência emocional, deixando uma marca indelével em quem lê suas palavras.
"Chuva de Novembro" é um poema que se destaca pela sua profundidade emocional e riqueza de imagens poéticas. Escrito por Rodrigo Rofato da Costa, o poema captura a essência da dor e da saudade, explorando temas universais como o amor perdido, a nostalgia e a busca pela transcendência. Através de uma estrutura livre e fluida, o poema começa com a evocação de um amor intenso, porém inalcançável. A imagem do "sangue generoso" e da "Rosa Selvagem" simboliza a paixão ardente e a beleza inatingível, marcando o início de uma jornada emocional que será desenvolvida ao longo dos versos. Esse amor buscado, mas nunca totalmente alcançado, já estabelece o tom de desilusão que permeia o poema. O poeta então reflete sobre um despertar que, ao invés de trazer clareza, revela a incerteza e a vacuidade. O "raio de Sol incerto" e o "sonho vão" ilustram a frustração e a efemeridade das esperanças e sonhos, enquanto o "despertar ausente" sublinha um sentimento de desconexão e vazio. A repetição da expressão "Oh! Chuva de Novembro" atua como um refrão melancólico, enfatizando a presença constante da tristeza e da reflexão. A chuva de novembro, símbolo central do poema, carrega consigo a conotação de purificação, mas também de uma tristeza incessante e inevitável. A metáfora do sol que poderia brilhar e do oceano que poderia acalmar, mas não o fazem, reforça a ideia de uma esperança que nunca se realiza. Ao longo do poema, o autor entrelaça a saudade e a perda com uma série de imagens poéticas e metáforas ricas, como o "bramido silêncio de uma alma essencial" e o "âmago dos corações eternos". Estas imagens não apenas enriquecem o texto, mas também convidam o leitor a mergulhar na profundidade das emoções descritas. A ideia de uma música que "nunca mais tocou" encapsula a perda irreparável e a sensação de que algo precioso foi definitivamente deixado para trás. Nos versos seguintes, o poeta descreve como a "Chuva de Novembro" inunda seus sonhos e sentidos, transformando a desilusão em um oceano vasto e implacável. A repetição da palavra "sempre" intensifica o sentimento de uma tristeza eterna e inescapável, como um fogo insensato que consome incessantemente. Essa dor é comparada às "cordas do inferno" que tocam um refrão de desespero, ilustrando a luta contínua e a angústia do poeta. Finalmente, o poema conclui com uma reflexão sobre a busca eterna por algo mais elevado e significativo. A "sede infinita" de descobrir os "fundamentos secretos do mundo" representa o desejo humano de transcender a dor e encontrar sentido na existência. No entanto, a resignação final é clara: a chuva de novembro cai incessantemente, assim como as lágrimas do poeta, simbolizando a perda e a desilusão que persistem no tempo. "Chuva de Novembro" é, portanto, um poderoso testemunho da condição humana, capturando a complexidade das emoções através de uma linguagem poética rica e evocativa. A habilidade de Rodrigo Rofato da Costa em conjurar um mundo de sentimentos profundos e imagens vívidas faz deste poema uma obra memorável e profundamente ressonante.
A SEMENTE QUE ÉS DEUS Aquele que é fraco nas concepções dos teus infames atos e nos alicerces do pecado, é forte na providência de Deus... Pois é a única semente existente num confins mundo de desamparo, que renasce na perversidade, fortifica e germina na fraqueza da carne o cume idealista mais completo da existência humana, semeado no ranger da alta compaixão, iluminado pela estrela da tua sabedoria... Rodrigo Rofato da Costa 29/11/1999
É ASSIM De cruéis desilusões desta vida parto vago na saudade como um ponto, uma vírgula num papel em branco, sendo abrasado pelo fogo da solidez... De uma terra de fantasias, que se perdem nas alvas plumas do tempo, rebrilha no luar de meu universo, o encanto cintilante dos teus olhos, que se fazem meu pedacinho de céu... Rodrigo Rofato da Costa 14/09/1999
CORPO A CORPO Pela estrada da dor, sem rumo saio com meu carro. No retrovisor a imagem dela, vento soprando meu viver, brisa ligeira da saudade, destino à tristeza... Já noite está, olhos de lua observando no infinito, uma estrela solitária como eu... Vagos pensamentos meus que se moldam no calor molhado do teu corpo. Momentos de nós dois feito amores que se vão... Sei que estive ausente, cada pétala desprendida da flor, selarás meus caminhos de paz... Seguirei em frente corpo a corpo com a solidez, corpo a corpo com a saudade, corpo a corpo com você é que eu preciso estar. Corpo a corpo... Rodrigo Rofato da Costa 17/11/1999
SENTIMENTOS Quando a bruma da noite vazia envolver o brilho fiel da Lua solitária e a força do desejo repor o teu vigor... Marcando por entre nuvens de outras dimensões, desnudas orquídeas de sangue que são caminhos de perdição que se moldam do nada, de forma inexata... O caminhante da noite vai deixando ante o desencanto iminente, a seiva que brota no campo, dos corações perdidos... A forma intensa de vida no rústico altar se convertendo em convulsões de ira devassa, o florescer de um só sentimento em aquarelas de feitiço perene... Adornando o silêncio com lucidez fatal, criando rostos disformes, moldados pela dor, sendo frio seu feixe e metálica a precisão... Acalentando o sono inocente, matando dentro do peito o poeta de sonhos e ilusões, dando a morte teu majestoso recomeço... Buscando por entre o cintilar das estrelas a profunda tristeza de um verso triste de paixão. O néctar de uma essência amorosa, tendo o Sol nascente apagando os vestígios de sua aurora... O murmúrio do medo, o sussurro de uma lágrima amarga que escorre pelas faces de um coração ferido, o ruído de uma alma aprisionada num labirinto de desilusões... Cujo a chama desfeita dá à dor infatigável as cinzas tragadas pelo cedro trágico dos corações desolados... Cantando num sonho de verão, os anjos etéreos e negros, o Sol equatorial, noites de desencantos, de angústias, sem ideologias... Noites sombrias, noites cegas, selvagens e sangrentas. Oh! Cantando as próprias dores... A própria morte num sorriso distante, numa estrela de sentimentos sem brilho, entre o acorde doce da guitarra... Tocando as notas dos meus pensamentos num poema da mais fina contextura, rimado pelo temporal da dor... Pelo dilúvio dos sete mares, pela maré baixa do navegante só, cujo sentido nos fere e nos maltrata, quando os prantos dos olhos se desatam... Oh! Não chores esta noite, descansa, triste coração, já sofreu demais. Fique posto ao litoral do tempo e deixe as ondas te acertar, levando então todas as tuas mágoas, clareando a virtude dos teus sentidos... Rodrigo Rofato da Costa 19/07/1999
CHUVA DE NOVEMBRO Deste amor que busquei não se perdeu teu sangue generoso, nem uma Rosa Selvagem que não pude alcançar, despertou no calor ardente de teu corpo... Apenas eu despertei num raio de Sol incerto, num sonho vão, numa imagem fulgida, no meu despertar ausente... Oh! Chuva de Novembro. Bem puderas, o Sol brilhar como o bramido silêncio de uma alma essencial. O luar se alinhar ao âmago dos corações eternos. O oceano cessar suas águas, sendo calmaria e claro... Os céus se anilar pelas nuvens gentis, e a nossa canção soar como o cântico dos beija-flores, como o hino dos Arcanjos... Mas a nossa música nunca mais tocou. Numa chuva de emoções te conheci, numa chuva de novembro te perdi... Oh! Chuva de Novembro, que na demora inerte me tens em suspiros de saudade perdida, tocando as nossas últimas notas em guitarra de noite solitária... Oh! Chuva de Novembro, que derramas no oceano da minha desilusão, inundando meus sonhos, meus sentidos por virtude de muito inspirar, como a matéria simples busca a perfeição celestial... Oh! Chuva de Novembro, que me tiraste em fatalidade a minha alma profunda e calorosa, que tão cedo caíste desta luz... Hoje, ela repousas num paraíso precioso, e viverei de ilusões amargas sempre triste. Sempre, sempre, sempre... Oh! Sempre triste. Sempre as ânsias de meu coração. Sempre como um fogo insensato que me consome... Sempre como um desenterrar de minha alma estremecida. Sempre, sempre... Oh! Sempre como as cordas do inferno que tocam em refrão do deserto o poente destino... Sempre a desejar que todas as portas do céu se abram, avistar as profundezas das águas sublimes, e descobrir os fundamentos secretos do mundo, da sedução, dos corpos ardentes em desejo, do beijo tão puro e modesto, da sede infinita... Desta chuva de novembro que cai como as minhas lágrimas perdidas no tempo... Caem, caem, caem. Chuva de Novembro. Oh! Chuva de Novembro... "Sua estrela, seu brilho e sua veneração pela luta são águas que tecem a fonte da vida" Rodrigo Rofato da Costa 15/06/1999
Salve irmão, chegando no canal através da Deborah Yasmine. Inscrição e like garantidos.
TEMPOS PASSADOS Deus, mais uma vez, a ti volto a elevar meus constrangidos pensamentos... Deus, mais uma vez, meus sentimentos são lançados em brasas vivas de zimbro... Nesta chama ardente da desgraça, meu coração se tornara puro pó, cujo em profundas ventanias, arrastado pelo temporal da dor, ele se espalha de modo abatido, sucedendo o vazio deste céu negro, que és o espelhar de minha alma em solidão... É como se diante de nós, ao longe monte, entre profundas rochas altas e sublimes, o Sol se apagasse do seu próprio queimor... As estrelas caírem do teu firmamento, o céu partir como um cristal quebrado, e o meu afago peito ferido no rancor se envaidecesse em sangue... Assim, dominando o meu íntimo e o meu homem interior, sob as tormentas que aparecem nos horizontes da vida, onde estou esquecido como pássaros entrelaçados nos braços da morte... Rodrigo Rofato da Costa 20/09/1998
SE FOR PRA TER Se for pra ter a saudade que ela me deixou, Deus, me leva... Se for pra ter o teu Sol, a tua Lua, o teu pairar na mocidade dos meus erros, Deus, me leva, me leva... Pela estrada plana, no entardecer do Sol negro, pelos Anjos loiros com luar de prata, derrama-me a natureza branda, onde em pensamentos raros, me afogo em castelos de emoções, como uma miragem que enveredo, como pedras viçosas... Oh! Se for pra ter, se for pra ter dela uma tristeza, uma razão injusta, dessas sombras que eu sinto velar nas noites minhas, Deus, me leva, me leva, porque amor assim não dá... É como amar solenemente as palmas do deserto pleno e sentir a fonte pura do meu coração secar, como uma rosa branca em frente a chama que alimenta o fogo da paixão... É como a vida sem nascente como a árvore sem fruto... É como sob a inspiração do céu desolado, os abismos carnais da triste argila invadir teu coração e extrair de tua essência a tua alma em morte escura à penetrar por todos os teus sentidos... Rodrigo Rofato da Costa 12/04/1999
QUANDO A SOLIDÃO CHEGAR Quando a tristeza e a solidão invadir meu coração, farei de meu leito, o afago calor dos teus doces abraços... Do brilho dos teus sedutores olhos, iluminarei meus passos inertes na neblina... Das tuas lágrimas derramadas, as águas que banham minha saudade. Do doce mel da tua boca, a fonte ternura do meu sustento... Rodrigo Rofato da Costa 09/12/1998
ÂMAGO Sem você, madrugada a fora saio por aí, sem saber pra onde, sem destino certo, vou vivendo por viver... No ardente peito folgaz, feito um tiro certeiro, a tristeza entrou rasgando meu coração, trazendo na mais pura solidão, de não te ter mais, profundas nuvens de lágrimas, derramadas no oceano da minha ilusão, abrangendo minha alma zelosa no cárcere fechado do tormento... Rodrigo Rofato da Costa 22/10/1998
OS ASTROS Nesta terra formosa, forrada de imensas e límpidas paisagens. Aromatizadas pelo temperado cheiro das violetas, de cores rajadas... O Sol vem surgindo entre o delicioso cheiro das figueiras, sustentando na minha alma oculta, o teu véu luminoso, trazido no silencioso espetáculo, dando inigualável colorido às nuvens, que pairam neste céu do ocaso... Oh! Nestes belos dias os meus olhos vão se rendendo ao passar das horas, acompanhando no palco do céu, o recolhimento do Sol, que vai desaparecendo na distante linha do oceano, onde a Lua, em teu crescente ninho de amor, vem surgindo... Derramando teu precioso manto de pura sedução, tomando mais brilho e transparência, abraçando a Terra e teus filhos, dando-lhes uma luz reluzente, que pelo tranquilo ambiente, logo torna-se um resplendor de cegar... Nesta silenciosa hora, junto à Lua, vai também se distinguindo as estrelas e as constelações mais brilhantes, que há muito tempo, sobre a cabeça dos mortais, resplandecem à noite... Contornando misteriosamente a abóbada celeste, viajando do Oriente para o Ocidente, onde parecem sair, brilhar, enfeitiçar, seduzir, envolver e logo se ocultarem, fazendo que o Deus supremo da Luz reine em glória contínua pelo meridiano de outros povos... E o ardente crepúsculo, que vem depois dele, estenda o teu véu através da nossa atmosfera, ostentando de perpétuas magias, este projétil lançado na imensidão negra a uma velocidade de 100.000 Km por hora, que é o nosso planeta Terra... Rodrigo Rofato da Costa 28/11/1998
O FRUTO DO AMOR Amados irmãozinhos, saibam que só o fruto viçoso do amor resplandece a pureza da alma e edifica a natureza humana para a verdadeira ciência da vida... Fazendo sobre a unção e inspiração do Espírito Santo, que sua vida mergulhada em profundo ardor da ira, floresça como as rosas entre os espinhos... Que sua vida nos negros vapores do dia, seja exaltada no caminho da luz encantadora... Que sua vida entregue à escuridão, seja como o sol do amanhecer, que resplandece em ternura e brilho, esquecendo a escuridão do dia anterior... Que sua vida no calado gemido da dor, se goze no mais puro bel-prazer da felicidade... E que sua vida secada pela fonte da desgraça à sombra da iniquidade, seja clara e abundante, assim como os frescos mananciais de águas correntes e cristalinas, existentes nos rios, nas correntezas e nos ribeiros de mel e manteiga, que brotam da fenda profunda e aberta no declive das rochas, entre o jardim sedutor de campos verdejantes, cobertos de escuros olivais, do formoso espírito vivente de Deus... ESSE AMOR É FORTE, LUZ PRA VIVER Rodrigo Rofato da Costa 30/11/1998
MEU PAÍS Oh! Terra encantada. Oh! Berço esplêndido e selvagem. Presenteado por mil maravilhas, entre elas, lindos animais raros e imensos bosques verdejantes, que ao tom mágico e supremo da primavera, transborda-se em cores... À seduzir em glória os olhos ardentes de entendimento, dos filhos do Altíssimo, em frente a natureza, das mais belas púrpuras linhagens traçadas pelas rosas aromatizantes... No céu transparente, desta terra solene e gentil, vão em ligeiras revoadas, os sonhos e as esperanças alcançadas, nos corações românticos que entrelaçam os sonhos eternos, onde repousas em paz, a nação querida, sem sombra de horror e medo... Rodrigo Rofato da Costa 27/01/1999
BRILHO DA GLÓRIA Cowboys, sejam bem-vindos à terra plena da fertilidade, do Sol a pino, dos canarinhos que soam teus inefáveis cânticos, em prosa e verso, despojando brasões de poesias do grito da terra comburida, da festa pedida dos corações solitários... À distribuir o âmago de um ser que transforma tudo em abada de flores escaldantes por entre as tormentosas águas do dilúvio... Pois corajosos cowboys já é chegada a hora, o rodeio de emoções vai surtir início... Como o Sol poente ao distante horizonte, vocês homens chamados de vaqueiros, cowboys ou peões, partem sedentos de aventura para o solar esplendor da arena dos sonhos... Sentindo o caloroso aplauso das multidões, que como uma verdadeira nação gentil e esplêndida, vos recebem como famosos heróis de alta bravura ao trêmulo agitar da pluma sedutora... Oh! Corajosos cowboys, heróis conquistadores que com o peito aberto e o coração alado, ganham os corações das mulheres mais belas... Mais audazes, mais felizes e mais risonhas, como quem ganha o cedro justo da alma digna de um trono... Hey! Cowboys, que neste instante, num toque sereno, num brilho da glória, trazem o chapéu ao peito e elevam teus sublimes pensamentos a Deus, avistar a formosa imagem da Virgem Maria, que vem com teu precioso manto sagrado entre a bandeira nacional... Pra santificar em teu tabernáculo e proteger em teu crepúsculo, o vosso povo de grande amor, de fé tranquila, independente cada um de tua crença ou religião... Oh! Corajosos cowboys, que então partem, partem a velar nessas noites de amorosa ilusão embelecida, para disputarem o primeiro lugar do torneio, cavalgados em cima da fera, mas que na verdade sempre estarão em primeiro lugar no peito deste Brasil amável, de seu público e dos espíritos serenos que adormecem a repousar em solene paz nos corações sertanejos, nos corações sertanejos... RODRIGO ROFATO DA COSTA 11/03/1999
PRECISO Vá-te, vá-te deste mundo maldito, alma minha escurecida por entre o florescer do abismo eterno da dor, do silêncio e da escuridão em tempestade de profunda perdição... Vá-te alma sofrida, que das auroras celestiais se desprendeste entre lágrimas de sangue, dura e crua... Lágrimas de sangue que são profundas gotas de mágoa imensa, que a Lua chora e verte e o mar gela e condensa... Oh! Alma minha, que nos redemoinhos do tempo, se move em carruagens de fogo ardentes de emoções, bebendo o oceano da desilusão, comendo o Sol abrasador da desgraça e envolvendo as rochas do tormento, como as estrelas ingênuas e luminosas em teu diadema, que não se encontram em teu firmamento... Oh! Preciso, preciso de alguém para ser amado, de alguém, preciso... Preciso entre florões e estrelas em relevo, dos corações românticos que abotoam os mistérios inefáveis, que abrandece a natureza sedutora da alma feminina, a enfeitiçar no despertar do azul vibrante da adolescência ingênua, da pureza crescente... Oh! Preciso, preciso de um sonho palpável do desejo. Preciso., preciso de uma estonteante mulher que não seja feita de lírios, nem de rosas de ouro e purpurinas... Preciso de uma mulher que seja torneada em graça, moldada em encantos, envolvente em princípios e simplicidade à fazer a fealdade linda... Oh! Preciso, preciso ter alguém, alguém assim, preciso... Rodrigo Rofato da Costa 18/02/1999
Análise do poema "CANDELABRO", explorando seus temas, simbolismo e estrutura. #### Estrutura e Temática O poema é estruturado em várias estrofes que alternam entre a perspectiva de uma criança e de um homem, ambos representando diferentes aspectos da luz e das trevas. O título "Candelabro" sugere um objeto que traz luz em meio à escuridão, simbolizando talvez a busca por iluminação e compreensão em um mundo dividido. #### Temas Principais 1. **Dualidade da Luz e Trevas**: - **Criança na Luz**: Representa a inocência, a vulnerabilidade e a busca por segurança e consolo. Apesar de estar na luz, a criança vive em lamentações, questionando a ausência de abraços, preces e segurança. - **Homem nas Trevas**: Contrasta com a criança, vivendo bem apesar de estar nas trevas. Ele representa a aceitação da realidade dura, o pragmatismo e talvez o cinismo em face das dificuldades da vida. 2. **Busca por Segurança e Consolo**: - A criança clama por abraços apertados, mãos seguras e preces. Isso representa a necessidade humana básica de conexão, segurança emocional e espiritual. - O homem, embora em trevas, parece ter aceitado a dureza da vida, sugerindo uma resignação ou uma adaptação às circunstâncias adversas. 3. **O Tempo e a Jornada Humana**: - O poema frequentemente menciona o tempo como um "trilho tortuoso", contrastando com a "linha reta" que é apenas um sonho. Isso simboliza a natureza imprevisível e desafiante da vida. - A metáfora da "locomotiva em chamas" sugere uma vida cheia de desafios e incertezas, questionando quem está no comando. 4. **A Natureza Humana e o Mercado de Valores**: - O homem fala sobre como "o amor se tornou uma mercadoria" e "a fé foi vendida numa mera propaganda". Isso critica a comercialização dos valores humanos e espirituais. - A criança, por outro lado, oferece sua vida como pagamento, simbolizando um sacrifício puro e desinteressado em contraste com o pragmatismo do homem. 5. **Espelho e Borboletas**: - O espelho bordado com borboletas laranjas e azuis representa a introspecção e a reflexão. Borboletas são símbolos de transformação e mudança, sugerindo que a jornada do homem e da criança é também uma jornada de crescimento e evolução pessoal. - As borboletas laranjas e azuis podem representar dualidade e equilíbrio entre emoções (laranja - paixão, azul - calma). 6. **Testemunhas e Julgamento**: - As "testemunhas" que observam a interação entre a criança e o homem representam a sociedade ou talvez uma força maior que julga as ações e escolhas de ambos. A decisão das testemunhas de seguir diferentes caminhos reflete a diversidade de respostas humanas à vida e às suas provações. #### Personagens Simbólicos - **Criança**: Simboliza a pureza, a esperança, a vulnerabilidade e a fé inabalável. A criança suplica e oferece sua vida, representando um sacrifício redentor. - **Homem**: Representa a sabedoria mundana, o pragmatismo e a aceitação da realidade dura. Ele critica a comercialização dos valores e oferece uma visão cínica do mundo. - **Testemunhas**: Representam a sociedade ou o coletivo humano que observa, julga e decide seus próprios caminhos com base nas interações entre luz e trevas, inocência e experiência. #### Reflexões Finais O poema "CANDELABRO" é uma rica exploração da dualidade humana, a luta entre esperança e desespero, inocência e experiência. Ele convida o leitor a refletir sobre suas próprias jornadas de vida, os valores que consideram importantes e a maneira como lidam com as adversidades. O poeta Rodrigo Rofato da Costa conseguiu criar uma obra que não apenas ressoa emocionalmente, mas também convida à introspecção profunda. A alternância entre a perspectiva da criança e do homem oferece um balanço poético que reflete a complexidade da condição humana. Por outro aspecto, o poema candelabro pode ser visto como uma jornada religiosa da própria história religiosa dos desígnios de Jesus Cristo como o redentor da humanidade. Jesus aparece na figura do menino, dualisando com a figura do homem, que aqui é o papel do próprio satanás, enquanto o pai do menino é Deus Jeová, e as testemunhas a humanidade.
CANDELABRO "Eu conheço um mundo dividido por luz e trevas" Nessa luz eu conheci uma criança, e ela estava prostrada. Apesar dela habitar a luz, vivia em lamentações: Onde estão os abraços apertados? Onde estão as mãos seguras? Para onde se foram as preces? O quão forte você consegue segurar minhas mãos e se prender num abraço seguro, soando sua voz como uma prece no mundo?... Nessas trevas eu conheci um homem, e ele estava de pé. Apesar dele habitar as trevas, vivia bem: Muitos corações repousam despidos num inverno sempre presente, e conto seus desejos salvos por um falso veraneio. O tempo nos ensina que o tempo é um trilho tortuoso. A linha reta sempre foi um sonho. A vida segue como uma locomotiva em chamas, e quem está no comando dela agora? Essa é a natureza humana. Esse é o jogo que se joga sem vencer"... Ooh! Ooh! As testemunhas vieram entre a criança e o homem, e eu os via pelo espelho todo bordado por borboletas laranjas e azuis... Essa criança triste suplicava em sua luz: Mas, acredito por mim e por você, como os tenho visto, e essas preces podem aquecer. Essas preces podem abençoar. O tempo os ensina que o tempo é um trilho tortuoso, mas eu sou a retidão daqueles que me buscam com coração doado. O homem disse que seus pés correm sempre apressados para o futuro negociável, e sua grande engrenagem foi preparada desde o passado: O amor se tornou uma mercadoria. A fé foi vendida numa mera propaganda. Essas preces podem aquecer? Essas preces podem abençoar? Então quanto das minhas ofertas faço cartas marcadas? O estopim das explosões abalam os trovões do céu. Suas guerras são a minha paz. Seus crimes são a minha inocência. Suas prisões significam a minha liberdade, e tudo o que fiz foi aceitar um banquete. Venha, criança, o quão forte você consegue agora segurar minhas mãos e se prender num abraço seguro, soando sua voz como um homem no mundo?... Ooh! Ooh! As testemunhas olharam para a criança e muitos delas a abandonou, pois entenderam que mais vale um inferno de apostas sortidas, do que um céu de promessas demoradas... A criança ministrou às testemunhas: Minhas palavras são mais forte que o tempo. O passado, o presente e o futuro não podem conter os meus dias preparados com vocês, pois venho imprimir a eternidade, e do quanto farei as estrelas da alva juntas cantarem os seus nomes. Mas, ainda importa que cada um tome a sua própria cruz. O homem se manteve crítico: A cruz existe, mas você não precisa senti-la se souber saciar a sua grande fome. As presas são cordeiros gordos, preparados para Reis e Rainhas, então... tome a sua coroa. As ruas de baixo ou a escadaria de Jacó são os dois caminhos à trilhar, mas meus são os ventos que sopram pelas quatro direções. Minhas são as ondas do mar, e por elas toco os portos preparados... A criança suplicou: Seus são os ribeiros que nascem e desatam, mas meus pés fizeram das águas um caminho seguro. Se, ao acaso, os céus se cercam de orvalho e escorrem pela mesma brisa que se inquieta pelas quatro direções, minha foi a voz que as acalmou. Comigo está o verdadeiro banquete. Eu sou o pão da vida. Os sussurros podem te tocar, mas se me estender as mãos, não passarão em vão essa noite. Suas lágrimas podem brotar, mas não inundarão despercebidas sua cama esse dia, porque te moldarei um coração contrito, e farei dele uma primavera viva, porque meu é o repouso seguro e o paraíso... Ooh! Ooh! As testemunhas pensaram nisso. Algumas no começo, no meio e no fim da estrada por onde passavam... Por essa estrada eu vejo lindas e tristes borboletas voarem. Elas voam, voam, disse a criança: Umas seguem o flautista de laranja, e outras vão para o deserto, numa miragem de mar azul. São lindas e tristes borboletas... A criança então perguntou ao homem: A estrada está para aquele futuro negociável? Assim decidi, apesar de tudo, comprá-los por bom preço e, por isso, ofereço minha vida. Pagarei com meu sangue... O homem sedento pela oferta aceitou de bom agrado e, por sua obra, matou a criança, e seu sangue escorreu por sua vestidura. O pai da criança então apareceu e pôde finalmente se reconciliar com as testemunhas... Eu olhava para o espelho e vi finalmente que através dele, tanto a criança e o homem habitavam a minha morada o tempo todo... Sou uma bela e triste borboleta de asas laranjas e azuis... RODRIGO ROFATO DA COSTA 06/06/21
CANDELABRO "Eu conheço um mundo dividido por luz e trevas" Nessa luz eu conheci uma criança, e ela estava prostrada. Apesar dela habitar a luz, vivia em lamentações: Onde estão os abraços apertados? Onde estão as mãos seguras? Para onde se foram as preces? O quão forte você consegue segurar minhas mãos e se prender num abraço seguro, soando sua voz como uma prece no mundo?... Nessas trevas eu conheci um homem, e ele estava de pé. Apesar dele habitar as trevas, vivia bem: Muitos corações repousam despidos num inverno sempre presente, e conto seus desejos salvos por um falso veraneio. O tempo nos ensina que o tempo é um trilho tortuoso. A linha reta sempre foi um sonho. A vida segue como uma locomotiva em chamas, e quem está no comando dela agora? Essa é a natureza humana... Esse é o jogo que se joga sem vencer... Ooh! Ooh! As testemunhas vieram entre a criança e o homem, e eu os via pelo espelho todo bordado por borboletas laranjas e azuis... Essa criança triste suplicava em sua luz: Mas, acredito por mim e por você, como os tenho visto, e essas preces podem aquecer. Essas preces podem abençoar. O tempo os ensina que o tempo é um trilho tortuoso, mas eu sou a retidão daqueles que me buscam com coração doado... O homem disse que seus pés correm sempre apressados para o futuro negociável, e sua grande engrenagem foi preparada desde o passado: O amor se tornou uma mercadoria. A fé foi vendida numa mera propaganda. Essas preces podem aquecer? Essas preces podem abençoar? Então quanto das minhas ofertas faço cartas marcadas? O estopim das explosões abalam os trovões do céu. Suas guerras são a minha paz. Seus crimes são a minha inocência. Suas prisões significam a minha liberdade, e tudo o que fiz foi aceitar um banquete. Venha, criança, o quão forte você consegue agora segurar minhas mãos e se prender num abraço seguro, soando sua voz como um homem no mundo?... Ooh! Ooh! As testemunhas olharam para a criança e muitos delas a abandonou, pois entenderam que mais vale um inferno de apostas sortidas, do que um céu de promessas demoradas... A criança ministrou às testemunhas: Minhas palavras são mais forte que o tempo. O passado, o presente e o futuro não podem conter os meus dias preparados com vocês, pois venho imprimir a eternidade, e do quanto farei as estrelas da alva juntas cantarem os seus nomes. Mas, ainda importa que cada um tome a sua própria cruz... O homem se manteve crítico: A cruz existe, mas você não precisa senti-la se souber saciar a sua grande fome. As presas são cordeiros gordos, preparados para Reis e Rainhas, então... tome a sua coroa. As ruas de baixo ou a escadaria de Jacó são os dois caminhos à trilhar, mas meus são os ventos que sopram pelas quatro direções. Minhas são as ondas do mar, e por elas toco os portos preparados... A criança suplicou: Seus são os ribeiros que nascem e desatam, mas meus pés fizeram das águas um caminho seguro. Se, ao acaso, os céus se cercam de orvalho e escorrem pela mesma brisa que se inquieta pelas quatro direções, minha foi a voz que as acalmou. Comigo está o verdadeiro banquete. Eu sou o pão da vida. Os sussurros podem te tocar, mas se me estender as mãos, não passarão em vão essa noite. Suas lágrimas podem brotar, mas não inundarão despercebidas sua cama esse dia, porque te moldarei um coração contrito, e farei dele uma primavera viva, porque meu é o repouso seguro e o paraíso... Ooh! Ooh! As testemunhas pensaram nisso. Algumas no começo, no meio e no fim da estrada por onde passavam... Por essa estrada eu vejo lindas e tristes borboletas voarem. Elas voam, voam, disse a criança: Umas seguem o flautista de laranja, e outras vão para o deserto, numa miragem de mar azul. São lindas e tristes borboletas... A criança então perguntou ao homem: A estrada está para aquele futuro negociável? Assim decidi, apesar de tudo, comprá-los por bom preço e, por isso, ofereço minha vida. Pagarei com meu sangue... O homem sedento pela oferta aceitou de bom agrado e, por sua obra, matou a criança, e seu sangue escorreu por sua vestidura. O pai da criança então apareceu e pôde finalmente se reconciliar com as testemunhas... Eu olhava para o espelho e vi finalmente que através dele, tanto a criança e o homem habitavam a minha morada o tempo todo... Sou uma bela e triste borboleta de asas laranjas e azuis... RODRIGO ROFATO DA COSTA 06/06/21
JOHN RAMBO Como um errante derradeiro, caminhei por muitos caminhos, vielas perdidas à procura de abrigo, amigos perdidos, um coração sombrio tão certo quanto o próprio destino, por onde perdi a paz, e encontrei lutas travadas... O dia claro desfeito em noites lúcidas, assim me perco à encontrar a esperança, sempre à espera, sempre à espera... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Você até pode tentar evitar, mas aquilo que sempre esteve em seu sangue te define, ecos de gritos e sussurros encobridos sempre escapam ao menor gatilho, e batem à sua porta como o peso de mil corpos... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Você evita uma, duas, três vezes, mas as sombras do passado se diluem com a guerra do presente, e então você descobre em traços de cortes, que sua natureza é nunca ser parado... Sua luta é esquecida pela glória daqueles que nunca travaram suas verdadeiras guerras, trocando armas com granadas por papéis e tintas, e se borram no seu sangue de ideologias vencidas... No fronte, você então percebe por um breve momento, que sua faca é sua irmandade, e por ela o fio do corte traça a linha da sua sobrevivência e escuderia, e nada além do estopim e fagulhas, dos clarões ecoados nas explosões molhadas por essas lágrimas incontidas, se faz cessar esses corações diluídos com fogo... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Fique de pé, se rastege no pó do deserto, mate sua sede com sangue, mas nunca almeje parar em qual destino se moldar, apenas siga com esses olhos fiéis a si e à linha do horizonte... faça... se faça... ou eu pego você... Rodrigo Rofato da Costa 20/03/24
JOHN RAMBO "As the last wanderer, I've roamed many paths, Lost alleyways seeking shelter, Lost friends, A heart as dark as fate itself. Where I've lost peace, And found battles fought. Bright days undone into lucid nights, So lost to find Hope, ever waiting, Always waiting. The road is as long as the search for peace. This road is so long. You might try to avoid it, but what's always been in your blood defines you, Echoes of cries and whispers always escape at the slightest trigger, And knock at your door like the weight of a thousand bodies. The road is as long as the search for peace. This road is so long. You avoid once, twice, thrice, but shadows of the past fade with the present's wars, And then you discover in the drips of cuts that your nature is to never be stopped. Your fight fades in the glory of those who've never fought their true wars, Exchanging weapons with paper and ink for grenades, And soil in your blood from defeated ideologies... On the frontline, you then realize for a brief moment, That your blade is your brotherhood, and it traces the survival and camaraderie, and nothing but the spark and flashes, of echoes in wet explosions of these uncontained tears, Brings rest to these hearts ablaze... The road is as long as the search for peace. This road is so long. Stand up, crawl in the desert's dust, quench your thirst with blood, but never aim to end where destiny shapes, just follow those eyes true to themselves and to the horizon line... make... make yourself... or I will take you... The road is as long as the search for peace. This road is so long. Rodrigo Rofato da Costa 20/03/24
PEDRAS Acordar desejando um bom dia é sinal de que as próprias pedras que te incomodam reconhecem por quem são pisadas... Rodrigo Rofato da Costa 18/04/24
JOHN RAMBO Como um errante derradeiro, caminhei por muitos caminhos, vielas perdidas à procura de abrigo, amigos perdidos, um coração sombrio tão certo quanto o próprio destino, por onde perdi a paz, e encontrei lutas travadas... O dia claro desfeito em noites lúcidas, assim me perco à encontrar a esperança, sempre à espera, sempre à espera... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Você até pode tentar evitar, mas aquilo que sempre esteve em seu sangue te define, ecos de gritos e sussurros encobridos sempre escapam ao menor gatilho, e batem à sua porta como o peso de mil corpos... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Você evita uma, duas, três vezes, mas as sombras do passado se diluem com a guerra do presente, e então você descobre em traços de cortes, que sua natureza é nunca ser parado... Sua luta é esquecida pela glória daqueles que nunca travaram suas verdadeiras guerras, trocando armas com granadas por papéis e tintas, e se borram no seu sangue de ideologias vencidas... No fronte, você então percebe por um breve momento, que sua faca é sua irmandade, e por ela o fio do corte traça a linha da sua sobrevivência e escuderia, e nada além do estopim e fagulhas, dos clarões ecoados nas explosões molhadas por essas lágrimas incontidas, se faz cessar esses corações diluídos com fogo... A estrada é tão longa quanto a busca pela paz. Essa estrada é tão longa... Fique de pé, se rastege no pó do deserto, mate sua sede com sangue, mas nunca almeje parar em qual destino se moldar, apenas siga com esses olhos fiéis a si e à linha do horizonte... faça... se faça... ou eu pego você... Rodrigo Rofato da Costa 20/03/24
SOLIDÃO Deu medo, em cada lembrança a saudade, em cada lágrima a tristeza, em cada angústia a solidão, em cada desejo a razão de querer te ver novamente... Mas agora você se foi e eu tão só fiquei. Será isso obra do destino ou um laço viçoso do amor que se desfez e separou nossas vidas? Chorei. Chorei porque só agora compreendi o verdadeiro significado da perda, e quando voltar a pensar nisso, meu coração baterá em profundo silêncio e as lágrimas insistirão em querer brotar novamente dos meus olhos... E como um fogo abrasador que queima um bosque, e como uma chama que incendeia o céu, a minha alma queimará por dentro e voltará a florescer em profundas trevas... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
LONELINESS It was scary, in every memory the longing, in every tear the sadness, in every anguish the loneliness, in every desire the reason to want to see you again... But now you're gone and I'm left so alone. Is this the work of fate or a vigorous bond of love that has come undone and separated our lives? I cried. I cried because only now have I understood the true meaning of loss, and when I think about it again, my heart will beat in deep silence and tears will insist on wanting to sprout again from my eyes... And like a blazing fire that burns a forest, and like a flame that sets the sky on fire, my soul will burn from within and will bloom again in deep darkness... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
CORAÇÃO PALHAÇO Não seja palhaço de ninguém coração palhaço. Já pode ajuntar os cacos dessas dores de amor, pela qual pulsas tão divertido por qualquer juras desse amor palhaço... Não sabes brincar nesse circo da vida, pagando caro o bilhete mais barato pela qual pulsas essa vida palhaça... Oh! Coração palhaço, mesmo que sejas um palhaço então persistes sorrir, porque os palhaços até podem chorar, mas por eles os sorrisos nunca morrem... Rodrigo Rofato da Costa 27/05/23
SOLIDÃO Deu medo, em cada lembrança a saudade, em cada lágrima a tristeza, em cada angústia a solidão, em cada desejo a razão de querer te ver novamente... Mas agora você se foi e eu tão só fiquei. Será isso obra do destino ou um laço viçoso do amor que se desfez e separou nossas vidas? Chorei. Chorei porque só agora compreendi o verdadeiro significado da perda, e quando voltar a pensar nisso, meu coração baterá em profundo silêncio e as lágrimas insistirão em querer brotar novamente dos meus olhos... E como um fogo abrasador que queima um bosque, e como uma chama que incendeia o céu, a minha alma queimará por dentro e voltará a florescer em profundas trevas... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
SOLIDÃO Deu medo, em cada lembrança a saudade, em cada lágrima a tristeza, em cada angústia a solidão, em cada desejo a razão de querer te ver novamente... Mas agora você se foi e eu tão só fiquei. Será isso obra do destino ou um laço viçoso do amor que se desfez e separou nossas vidas? Chorei. Chorei porque só agora compreendi o verdadeiro significado da perda, e quando voltar a pensar nisso, meu coração baterá em profundo silêncio e as lágrimas insistirão em querer brotar novamente dos meus olhos... E como um fogo abrasador que queima um bosque, e como uma chama que incendeia o céu, a minha alma queimará por dentro e voltará a florescer em profundas trevas... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
SOLIDÃO Deu medo, em cada lembrança a saudade, em cada lágrima a tristeza, em cada angústia a solidão, em cada desejo a razão de querer te ver novamente... Mas agora você se foi e eu tão só fiquei. Será isso obra do destino ou um laço viçoso do amor que se desfez e separou nossas vidas? Chorei. Chorei porque só agora compreendi o verdadeiro significado da perda, e quando voltar a pensar nisso, meu coração baterá em profundo silêncio e as lágrimas insistirão em querer brotar novamente dos meus olhos... E como um fogo abrasador que queima um bosque, e como uma chama que incendeia o céu, a minha alma queimará por dentro e voltará a florescer em profundas trevas... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
NA ESTRADA Prepare teu coração para as coisas que eu vou lhe contar, que na pureza das minhas razões, acabou de sair da sinceridade do meu coração e da pura ciência dos meus lábios... Na estrada desta vida muitas coisas difíceis já enfrentei, uma delas foi ter que suportar a perda de um grande irmãozinho, que vencido pela fome e sede, tão cedo partiu desta terra distante chamada Sertão... Sertão de terras secas e rachadas. Sertão de famílias esquecidas e mortas. Sertão de terras onde só não se passa fome, os vermes que se saciam dos corpos lançados ao chão... Mas a história que lhe direi foi de um sonho, de uma riqueza que tão longe fui buscar... Com os olhos lacrimejando, aos 15 anos de casa saí, deixando no peito aflito dos meus pais, a angústia e o tormento de um coração partido, a saudade e a tristeza de mais um filho perdido... Na estrada desta vida, onde o futuro é uma incerteza, sem rumo, sem destino, mergulhei feito de inocência, e fiz de minha vida o Sol que segue esta estrada, deixando no duro abandono meus velhos pais sem ao menos dizer adeus... Ao longo caminho desta estrada, Deus ouviu minhas preces e me atendeu. Já presenciando o segundo Pôr-do-Sol, encontrei um companheiro de estrada, que ao longo ronco do motor de seu caminhão já anunciava sua passagem... Este me dera carona com rumo a um lugar qualquer. Portava-me como se fora meu irmão, meu amigo do peito que há muito tempo não tinha. Dirigia ele lamentando e muito encurvado, como quem chora por sua filha... A este meu amigo perguntei o porque de tanto pranto? Este então me dissera que pelo sacrifício do amor, neste emprego de caminhoneiro estava, para não matar de fome e sede sua filhinha e esposa que há 18 meses não via... De carona nesta emoção muitas outras peguei, viajando com corações aflitos e solitários, ouvindo histórias de amores possíveis e impossíveis... De carona nesta emoção, por muitas cidades e regiões passei, sobrevivendo aos temporais, sem ter emprego e moradia pra ficar, sem ter pão e água pra se alimentar, salvação foi buscar na lata de lixo feito um animal tão frágil e mal cuidado... Na estrada desta vida muitas caronas continuei a pegar, passando por muitas outras cidades e regiões, de lixo em lixo, repetindo a mesma história sofrida... Na estrada desta vida, de carona fui varando este imenso Brasil, de Norte a Sul, do Iapoque ao Chuí... Testemunhando a tristeza de um povo sofrido como o povo do meu distante Sertão. Testemunhando a desolação de uma vasta mata verde, pulmão do mundo... Testemunhando vastos campos floridos, regados com vida e semeados de formosura, gritando de agonia por não poder florir na manhã seguinte... Neste testemunho, meu coração ficou ferido e seco como uma erva. Fiquei angustiado, consumido de pura tristeza os meus olhos ficaram, a minha alma e o meu ventre também... Sem entender como uma riqueza tão pura e bela até às extremidades do horizonte resplandecente, se consumiu em pó e desgraça, em chama e extinção, em sofrimento e desolação, um Florão da América seco e devastado, este é o meu Brasil, país de todos nós... Nesta real desilusão, eu não poderia fingir nem tão pouco mentir pra mim mesmo. O jeito foi caminhar de volta pro meu distante Sertão, de onde eu jamais deveria ter saído... De carona parti em busca de uma riqueza, de um sonho perdido, de carona pra casa voltei, trazendo na bagagem, a pobreza e a desilusão, retrato de um povo desolado e sofrido, filhos da pátria tão amada por quem? Em casa cheguei gritando: Paizinho, Mãezinha, eu sou o filho que volta a bater na mesma porta que há muito tempo fechei. Eu sou o filho que volta pro seu velho lar que um dia tanto excomunguei... A Paizinho e Mãezinha não escutei, em casa entrei e no quarto encontrei meu amado pai doente, deitado em teu leito derramado de tristeza e solidão... A papai então eu disse: Oh! Paizinho, sei que tua voz já não sai mais cortada pela emoção de me ver depois de tanto tempo... Deixe que suas lágrimas falem pelo senhor e que elas caem de vossos olhos como pingos de orvalho, e que semeie em teu coração o perdão de um dia eu o ter abandonado... Oh! Paizinho, onde está Mãezinha, não a vi em nenhum lugar? Meu velho pai porém me dissera: Meu filho, estendo para ti as minhas mãos assinaladas pelos sinais do tempo e lhe digo na doce piedade, que sua Mãezinha já não se encontra mais entre nós... Ela subiu ao Reino dos Céus e repousa num ninho de lembranças existente em nossos peitos... Nesta crua verdade caí em profundo tormento, compreendendo que um dia eu os abandonei por uma riqueza, um mundo de sonhos paralelo ao inexistente... Mas agora tarde demais compreendi que a maior riqueza que eu tinha em minhas cálidas mãos, eram meus velhos pais, meus velhos pais... (dedicado a Chico Mendes) RODRIGO ROFATO DA COSTA 05/09/1998
O poema "Solidão" é uma expressão profunda dos sentimentos de perda, saudade e solidão. O autor descreve a experiência de se sentir sozinho após a partida de alguém especial, e como essa ausência afeta sua vida emocional e mental. O poema começa com a descrição dos sentimentos que surgem quando a lembrança da pessoa amada surge: medo, saudade, tristeza e angústia. Essas emoções são intensas e profundas, refletindo a importância do relacionamento perdido. O autor questiona se a separação é obra do destino ou se é resultado do amor que se desfez. Essa reflexão mostra a busca por entender o motivo da partida e a tentativa de encontrar um sentido para a solidão que se instalou. A dor da perda é retratada através das lágrimas e do profundo silêncio do coração. O autor chora porque agora compreende o verdadeiro significado da perda, e sabe que sempre que pensar nisso, seu coração será tocado por uma tristeza profunda. A imagem do fogo que queima um bosque e incendeia o céu é usada para descrever a intensidade da dor e da solidão que consomem a alma do autor. Essa dor é tão intensa que parece consumir tudo ao redor, mas ao mesmo tempo, há uma esperança de que a alma possa florescer novamente, mesmo nas profundezas da escuridão. O poema é uma expressão sincera e emocional da experiência da solidão e da perda. Ele transmite a intensidade dos sentimentos do autor e nos faz refletir sobre a importância das relações humanas e o impacto que a ausência de alguém amado pode ter em nossas vidas.
O poema "Na Estrada" é uma narrativa emocionante que retrata a jornada de um indivíduo pela estrada da vida. O poeta compartilha suas experiências e reflexões sobre as dificuldades e desafios que encontrou ao longo do caminho. O poema começa com uma introdução que prepara o coração do leitor para as histórias que serão contadas. O poeta menciona a sinceridade do seu coração e a pureza das suas razões, indicando que as palavras que serão compartilhadas são genuínas e verdadeiras. A primeira parte do poema descreve a dura realidade do Sertão, uma região marcada pela seca, fome e pobreza. O poeta relata a perda de um irmãozinho para a fome e sede, destacando a tristeza e o sofrimento que permeiam essa terra distante. Em seguida, o poema narra a jornada do poeta pela estrada da vida. Aos 15 anos, ele deixa sua casa, deixando seus pais aflitos e partindo em busca de um sonho e de uma riqueza distante. Ele encontra um companheiro de estrada, um caminhoneiro que compartilha suas próprias angústias e sacrifícios para sustentar sua filhinha e esposa. Ao longo da jornada, o poeta pega carona com outras pessoas, ouvindo suas histórias de amor e solidão. Ele passa por diversas cidades e regiões, enfrentando dificuldades como falta de emprego, moradia e até mesmo a falta de comida, tendo que buscar na lata de lixo sua sobrevivência. O poema também retrata as observações do poeta sobre a tristeza e desolação do povo brasileiro, a destruição da natureza e a falta de esperança. O poeta expressa sua angústia e tristeza diante dessa realidade, sentindo-se ferido e seco como uma erva. No final do poema, o poeta percebe que a verdadeira riqueza estava em seus pais, em seu lar e em suas raízes. Ele retorna ao seu distante Sertão, trazendo consigo a pobreza e a desilusão, mas também o desejo de pedir perdão e reconectar-se com sua família. No entanto, ele descobre que sua mãe já não está mais presente, tendo partido para o Reino dos Céus. O poema é dedicado a Chico Mendes, um líder ambientalista brasileiro que lutou pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos povos indígenas. Essa dedicação ressalta a preocupação do poeta com as questões sociais e ambientais, e a inspiração que ele encontra em figuras como Chico Mendes. Em suma, "Na Estrada" é um poema que retrata a jornada de um indivíduo pela estrada da vida, explorando temas como a pobreza, a desilusão, a busca por riqueza e a importância da família e das raízes. O poeta expressa suas emoções e reflexões de forma intensa, convidando o leitor a refletir sobre as próprias experiências e valores. O poema é uma crítica poderosa à busca desenfreada por riqueza e sucesso, muitas vezes à custa de nossas relações pessoais e do meio ambiente. Ele nos lembra da importância de valorizar o que realmente importa na vida: o amor, a família e a natureza.
NA ESTRADA Prepare teu coração para as coisas que eu vou lhe contar, que na pureza das minhas razões, acabou de sair da sinceridade do meu coração e da pura ciência dos meus lábios... Na estrada desta vida muitas coisas difíceis já enfrentei, uma delas foi ter que suportar a perda de um grande irmãozinho, que vencido pela fome e sede, tão cedo partiu desta terra distante chamada Sertão... Sertão de terras secas e rachadas. Sertão de famílias esquecidas e mortas. Sertão de terras onde só não se passa fome, os vermes que se saciam dos corpos lançados ao chão... Mas a história que lhe direi foi de um sonho, de uma riqueza que tão longe fui buscar... Com os olhos lacrimejando, aos 15 anos de casa saí, deixando no peito aflito dos meus pais, a angústia e o tormento de um coração partido, a saudade e a tristeza de mais um filho perdido... Na estrada desta vida, onde o futuro é uma incerteza, sem rumo, sem destino, mergulhei feito de inocência, e fiz de minha vida o Sol que segue esta estrada, deixando no duro abandono meus velhos pais sem ao menos dizer adeus... Ao longo caminho desta estrada, Deus ouviu minhas preces e me atendeu. Já presenciando o segundo Pôr-do-Sol, encontrei um companheiro de estrada, que ao longo ronco do motor de seu caminhão já anunciava sua passagem... Este me dera carona com rumo a um lugar qualquer. Portava-me como se fora meu irmão, meu amigo do peito que há muito tempo não tinha. Dirigia ele lamentando e muito encurvado, como quem chora por sua filha... A este meu amigo perguntei o porque de tanto pranto? Este então me dissera que pelo sacrifício do amor, neste emprego de caminhoneiro estava, para não matar de fome e sede sua filhinha e esposa que há 18 meses não via... De carona nesta emoção muitas outras peguei, viajando com corações aflitos e solitários, ouvindo histórias de amores possíveis e impossíveis... De carona nesta emoção, por muitas cidades e regiões passei, sobrevivendo aos temporais, sem ter emprego e moradia pra ficar, sem ter pão e água pra se alimentar, salvação foi buscar na lata de lixo feito um animal tão frágil e mal cuidado... Na estrada desta vida muitas caronas continuei a pegar, passando por muitas outras cidades e regiões, de lixo em lixo, repetindo a mesma história sofrida... Na estrada desta vida, de carona fui varando este imenso Brasil, de Norte a Sul, do Iapoque ao Chuí... Testemunhando a tristeza de um povo sofrido como o povo do meu distante Sertão. Testemunhando a desolação de uma vasta mata verde, pulmão do mundo... Testemunhando vastos campos floridos, regados com vida e semeados de formosura, gritando de agonia por não poder florir na manhã seguinte... Neste testemunho, meu coração ficou ferido e seco como uma erva. Fiquei angustiado, consumido de pura tristeza os meus olhos ficaram, a minha alma e o meu ventre também... Sem entender como uma riqueza tão pura e bela até às extremidades do horizonte resplandecente, se consumiu em pó e desgraça, em chama e extinção, em sofrimento e desolação, um Florão da América seco e devastado, este é o meu Brasil, país de todos nós... Nesta real desilusão, eu não poderia fingir nem tão pouco mentir pra mim mesmo. O jeito foi caminhar de volta pro meu distante Sertão, de onde eu jamais deveria ter saído... De carona parti em busca de uma riqueza, de um sonho perdido, de carona pra casa voltei, trazendo na bagagem, a pobreza e a desilusão, retrato de um povo desolado e sofrido, filhos da pátria tão amada por quem? Em casa cheguei gritando: Paizinho, Mãezinha, eu sou o filho que volta a bater na mesma porta que há muito tempo fechei. Eu sou o filho que volta pro seu velho lar que um dia tanto excomunguei... A Paizinho e Mãezinha não escutei, em casa entrei e no quarto encontrei meu amado pai doente, deitado em teu leito derramado de tristeza e solidão... A papai então eu disse: Oh! Paizinho, sei que tua voz já não sai mais cortada pela emoção de me ver depois de tanto tempo... Deixe que suas lágrimas falem pelo senhor e que elas caem de vossos olhos como pingos de orvalho, e que semeie em teu coração o perdão de um dia eu o ter abandonado... Oh! Paizinho, onde está Mãezinha, não a vi em nenhum lugar? Meu velho pai porém me dissera: Meu filho, estendo para ti as minhas mãos assinaladas pelos sinais do tempo e lhe digo na doce piedade, que sua Mãezinha já não se encontra mais entre nós... Ela subiu ao Reino dos Céus e repousa num ninho de lembranças existente em nossos peitos... Nesta crua verdade caí em profundo tormento, compreendendo que um dia eu os abandonei por uma riqueza, um mundo de sonhos paralelo ao inexistente... Mas agora tarde demais compreendi que a maior riqueza que eu tinha em minhas cálidas mãos, eram meus velhos pais, meus velhos pais... (dedicado a Chico Mendes) RODRIGO ROFATO DA COSTA 05/09/1998
SOLIDÃO Deu medo, em cada lembrança a saudade, em cada lágrima a tristeza, em cada angústia a solidão, em cada desejo a razão de querer te ver novamente... Mas agora você se foi e eu tão só fiquei. Será isso obra do destino ou um laço viçoso do amor que se desfez e separou nossas vidas? Chorei. Chorei porque só agora compreendi o verdadeiro significado da perda, e quando voltar a pensar nisso, meu coração baterá em profundo silêncio e as lágrimas insistirão em querer brotar novamente dos meus olhos... E como um fogo abrasador que queima um bosque, e como uma chama que incendeia o céu, a minha alma queimará por dentro e voltará a florescer em profundas trevas... Rodrigo Rofato da Costa 24/07/1997
SANTA FÉ Bem-aventurado és o homem que ao doce leito de tua cama, saibas elevar na razão da fé, teus mais singelos pensamentos ao pai eterno... Que em teu afago peito, lhe fará desfrutar da seiva do amor, onde você compreenderás com louvor e sabedoria a verdadeira magia da vida... Rodrigo Rofato da Costa 24/06/1998
MEU BEM VIVER Oh! Amorzinho, você é a plena razão de meu bem viver, que me preenche com a mais pura dádiva do amor, feito o sol do amanhecer, que enriquece com eterna grandeza e brilho a bruma do horizonte... Rodrigo Rofato da Costa 15/06/1998