Ai Altamiro que sensibilidade você transmite nesse video, eu chorei junto lembrando de todas as experiencias compartilhadas, até hoje eu sonho com Vrinda e com todos esses seres iluminados!! Sem sombra de duvidas que vou voltar, Vrinda e Krshna roubaram meu coração haha Muito grata por poder ver essa demonstração de carinho em forma de video, que saudade
Fiquei apaixonada por essa maravilha!!! Já vivenciei parte da sua narrativa em Vajra Bhumi, próximo ao centro de Teresópolis. Passei 4 anos de minha vida indo todos os feriados pra lá. É realmente gratificante. Obrigada por compartilhar. Amei esse lugar!!!
GRATIDÃO adorei seu vídeo! O meu objetivo é ter uma vida 100% conectada com a natureza! Que o Amor esteja no Leme de nossas vidas sempre! Namasté e HARI OM 💎🦋🌿🌷💐🍀🤩🤩🤩🤩🤩
Eu acredito que sim! Se você passar um tempo lá e quiser servir na fazenda eles te aceitariam. Mas lá ninguém recebe pra fazer as tarefas, são uma comunidade mesmo
@@lopes.altamiro Que interessante! Mas há algum processo para isso? Ou basta entrar em contato com o responsável da casa? Se puder ajudar-me, agradeço. 🙏
Durante cerca de uma década fui presença regular numa quinta muito bonita para as bandas de Idanha-a-nova. Os proprietários eram alemães e, como é típico, geriam-na como se esta fosse uma embaixada rural-alternativa da Alemanha. Certo dia, quando os donos estavam ausentes, apareceu um bando de putos “iluminados”, estilo ariano Hare Krishna. Deveriam fazer algum trabalho voluntário (como combinado), mas só ficavam meditando e enchendo a barriga à custa do meu árduo trabalho na horta (o calendário acabara de anunciar a chegada do Verão e as temperaturas beiravam os 40Cº!) e com os animais (havia muita variedade de bichos domesticados; e eu mesmo ordenhava as ovelhas, fazia o queijo e curava-o por meses, para apreço de todos). Durante uma semana fiquei calado com tamanho abuso dos folgados pseudoesotéricos. Até que o “meu sangue ferveu”! Mesmo procurando manter a calma, dei-lhes um ultimato: eu deveria sair no dia seguinte e só regressaria à noite; e eles teriam que fazer algum trabalho na horta (rega e monda manual, basicamente) durante a minha ausência. Se não fizessem isso, eu pegaria na mochila e partiria, deixando-os entregues à sua sorte. Pois bem, ao crepúsculo do dia seguinte, mal cheguei à quinta, fui direto verificar a horta, constatando que nenhum trabalho tinha sido ali feito desde a última vez que eu lá estivera. Fiquei agastado! Percorrer as restantes duas centenas de metros que separam a horta da casa principal (depois de uma prazenteira caminhada que me ocupou o dia inteiro), por entre um denso montado, àquela hora vibrante de encantadores cantos da avifauna e de insetos, permitiu-me acalmar. Mesmo assim, reuni-me com os jovens em causa (todos burguesinhos que se achavam demasiado especiais para trabalhar duro). Mal eu tinha começado a dar-lhes conta do meu desapontamento, eles interromperam-me, atestando (com sinceridade quase lacrimejante) que tinham mondado a horta. Tal mentira agravou de sobremaneira o meu estado de espírito, convencido de que me achavam o maior imbecil do mundo. Mas eles explicaram-me que se tinham reunido, sentados em posição de lótus, ao redor da horta, e rezaram em uníssono para que a Mãe Natureza não fizesse brotar ervas daninhas naquele espaço. E logo se foram embora com a sensação do dever cumprido, a caminho de assaltar a bem suprida dispensa. Palhaçada! Depois ri-me bastante, mas naquele dia, não vendo a utilidade de me envolver em acaloradas discussões, cumpri a minha palavra, deixando-os por conta própria num local bem remoto e praticamente sem comunicação com o exterior (foi num tempo pré telemóveis e eles não falavam uma palavra de português). Saindo dali, resolvi visitar uma comunidade alternativa no nordeste do Alentejo. Também eram alemães. Só lá fiquei um dia... As suas crianças não eram autorizadas a dormir dentro de casa. Ao invés, forçavam-nas a pernoitar - mesmo no Inverno! - em extremamente rudimentares choças de pastores, feitas de giestas e alguns paus amarrados com sisal. A teoria era que assim enrijeceriam e cresceriam saudáveis. Porém, tinham acabado de construir uns bangalôs bem giros e confortáveis para fins turísticos. Não pude deixar de reparar que quase todos naquela comunidade apresentavam uma enodoada coleção de dentes cariados. E isso devia-se a que grande parte de sua dieta era constituída por mel, com a agravante das suas lideranças se oporem duramente à lavagem dos dentes e nem pensar em visitar um dentista! Esses profissionais de saúde eram demonizados! Mal cheguei, o patriarca-guru submeteu-se a um interrogatório pleno de bizarria desconfortável. Nem vou entrar em detalhes. Mas vale a pena referir uma parte do diálogo em que o velhote revelou algo sobre ele, a fim de perceberem que tipo de chalupa eu estava a lidar. Disse-me que precisava regressar à Alemanha e ficar por lá um par de meses. Estava a adiar essa viagem porque não conseguia encontrar uma mulher lactante que o acompanhasse o tempo todo. Não resisti em perguntar (embora no fundo soubesse a desconcertante resposta) a razão de ele ter como acompanhante especificamente uma mulher lactante. “ É que fora da minha quinta a comida está quase toda contaminada. E na Alemanha, sobretudo depois do desastre de Chernobyl, todos os produtos agrícolas estão radioativos e tóxicos. Por isso, só lá vou se puder chupar leite de uma mulher daqui como única fonte de alimento” - respondeu-me com um apodrecido sorriso de gula concupiscente. A seguir, durante um par de semanas, fiz trabalho voluntário noutra quinta alternativa em Ferreira do Alentejo. Fugindo ao padrão, desta feita o dono (por mera herança) e metade dos seus habitantes eram portugueses. Mas também ali o ambiente humano deixava muito a desejar. Foi penoso assistir à decadência desleixada da quinta e aos conflitos internos dominados principalmente por ciúmes que corroíam severamente as relações interpessoais, assim como qualquer projeto de vida rural que tentaram germinar. As crianças resultantes dessas relações mal resolvidas eram desprovidas de existência legal, pois os respectivos pais não quiseram registrar os seus nascimentos. Neste ponto, a ninguém será difícil deduzir que aquela malta estava dominada por teorias da conspiração das mais imbecis e danosas, opondo-se à vacinação, tornando os gaiatos não só demasiado vulneráveis a doenças graves e facilmente evitáveis através da inoculação profilática, mas também incubadoras ambulantes de novas estirpes patogénicas que vão boicotando os esforços da vacinação maciça. Apesar de pregarem o vegetarianismo, uma das principais fontes de rendimento dessa quinta (onde metade tinha uma existência parasitária) era a venda de carne de porco. Esses animais eram mortos com tiros de carabina e esquartejados ao ar livre, desrespeitando regras basilares de higiene (configurados em Lei). De alguma forma, tinham convencido um veterinário amigo (e criminosamente irresponsável) a fornecer-lhes certificados de que os porcos em causa tinham sido vacinados, quando aqueles animais eram criados e comercializados como ameaças à saúde pública, desvirtuando completamente os benefícios e as regras da pecuária biológica.
Cansado de procurar a “minha tribo” nesse meio, e precisando de sobreviver economicamente, fui trabalhar (remuneradamente) para o Gerês. Por lá fiquei uns meses, até o frio afugentar os turistas que gostam de atividades de considerável esforço físico ao ar livre. Na volta, decidi visitar a quinta duns ingleses. Fiquei apenas um fim de semana e deu-se a infeliz coincidência de assistir a uma discussão familiar triste, mas interessante. A filha, no final da adolescência, manifestou toda a sua vergonha irada por ter um pai cabeludo, ameaçando sair de casa e sumir no mundo se ele não cortasse o cabelo. O coitado resignou-se a perder a farta guedelha rastafári que simbolizava grande parte da sua identidade. Como é comum entre “alternativos” neo-rurais, essa família fazia um bom pecúlio organizando e ministrando cursinhos onde quase nada de minimamente relevante se aprende, mas cuja admissão custa uma pipa de massa. É uma variante mais sacana de explorar mão de obra... Chegava a ser quase divertido como tomavam todas as decisões consultando um baralho de cartas que acreditavam ser a forma dos anjos comunicarem com eles... (Não, não era o Tarot, mas daria no mesmo.)
Independente da religião/cultura, a vida em sintonia com a natureza é a melhor e a mais certa a ser seguida. Nossos avós que moravam na roça, sem internet, sem essas loucuras da vida moderna, eram mais felizes e saudáveis do que o resto das pessoas de hoje em dia
@@alisson149 perfeitamente colocado. Eu acredito que todas as doenças, principalmente as da mente que temos hoje são um sintoma da separação do homem com a natureza.
"aqueles que tem fé em mimsao os melhores" QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ
Tem que visitar também ecovila Govardana em Santa Isabel e a Fazenda Nova Gokula.
Queria visitar....paga -se algo? Grata🙏
Que bacana sua experiência! Obrigada por compartilhar. Estou me programando para ir em breve 🙏🏽
Ai Altamiro que sensibilidade você transmite nesse video, eu chorei junto lembrando de todas as experiencias compartilhadas, até hoje eu sonho com Vrinda e com todos esses seres iluminados!!
Sem sombra de duvidas que vou voltar, Vrinda e Krshna roubaram meu coração haha
Muito grata por poder ver essa demonstração de carinho em forma de video, que saudade
AHHHH que saudade que dá né Kris, vamos voltar ainda hehe
Muito obrigado por assistir
Lindo registro e experiência! Vrinda Bhumi é muito especial mesmo! Hare Kṛṣṇa 🪷
Ficou maravilhoso, foi possível viajar com vc nessa experiência. Amei.
Que bonito seu relato. ❤
Parabens por documentar sua experiência em Vrinda Bhumi de forma tão sensível!!!! 🥰🙏💙 Hare Krishna!!!
Muito Obrigado! Hare Krishna
QUE LINDO
Excelenmte produção: em um tempo curto, conseguiu nos apresentar a proposta do lugar, além de sensibilizar TB. Parabéns 🎉
Muito obrigado! Fico feliz em saber que gostou
Meu amigo eu amei esse vídeo, me senti lá dentro. Como se tivesse lá nessa vila. Que maravilha! Passa pra gente o endereço dessa vila
Queria conhecer...moro.no RJ....mas estou dura demais....e amei a música que escolheu...amo esta música...🙏👏🤝🙏
E É gratuito? E não tenho barraca.....Qualquer um.pode ir?GRATA 🙏🤝🙏
Dá uma olhadinha no insta deles, lá explicam tudo sobre os valores. Recomendo demais
Que vídeo incrível! Vrinda Bhumi é um lugar muito especial mesmo. Deu saudade demais de estar lá! Gratidão 🌼 Hare Krishna!!! 🐄
Haribol Haridev! Lugar maravilhoso né hehe
Fiquei apaixonada por essa maravilha!!! Já vivenciei parte da sua narrativa em Vajra Bhumi, próximo ao centro de Teresópolis. Passei 4 anos de minha vida indo todos os feriados pra lá. É realmente gratificante. Obrigada por compartilhar. Amei esse lugar!!!
Nossa que bacana Rita!!! Fico feliz que tenha gostado do vídeo.
Que descrição linda dessa experiência maravilhosa. Encontrei por acaso o vídeo. Krshina sempre nos surpreende. Hari Haribol 📿
Que lindo. Amei. Haribol!!!
Lindo vídeo meu amigo, e muito obrigado por compartilhar essa maravilha com nosco
Que lindo ! Hare Krsna!
GRATIDÃO adorei seu vídeo! O meu objetivo é ter uma vida 100% conectada com a natureza! Que o Amor esteja no Leme de nossas vidas sempre! Namasté e HARI OM 💎🦋🌿🌷💐🍀🤩🤩🤩🤩🤩
Jayahoo 🙌🏽 que lindo irmão essa sua experiência ✨ Haribol!!!
🙏
Nossa... Como eu aguardei esse vídeo! Que lindo que ficou, Altamiro! 💛💛💛
Fico muito feliz que tenha gostado 😁😁
Já estou ansiosa para conhecer esse lugar !!!
Você vai gostar demais
Experiência incrível e inspiradora, parabéns!
Hare Krishna 🙏🙏
Lindo video querido hermano saudade
muito obrigado 🙏😁
@@lopes.altamiro sou o madhumangala.
Krishna é um grande ladrão de corações!
Hare Krishna
Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare
Que lugar bonito! É possível viver e trabalhar permanentemente ali?
Eu acredito que sim! Se você passar um tempo lá e quiser servir na fazenda eles te aceitariam. Mas lá ninguém recebe pra fazer as tarefas, são uma comunidade mesmo
@@lopes.altamiro Que interessante! Mas há algum processo para isso? Ou basta entrar em contato com o responsável da casa? Se puder ajudar-me, agradeço. 🙏
Passe uns ias primeiro e conheça o lugar. No insta mesmo você consegue falar com eles@@Gottesknecht
Hari Hari bol Hare Krishna Jay Prabhupada
Jay! Hari bol
Deu até vontade de voltar lá viu
É perto de Caxambu?
Sim! bem perto
poderia min passar o contato do voluntariado? gostaria de conhecer.
Sempre quis uma vida simples, estou quase conseguindo, em um lugar onde se respeita todo ser vivo
Bom dia, quanto paga pela hospedagem ?
Não conheço essa comunidade!
só 2 refeições, não fica com fome no restante do dia?
Não fica! É só comer bastante hehe
Não tive uma boa experiência nessa comunidade
O que ninguém fala é que essas ecovilas são para um grupo seleto da sociedade. Principalmente essas comunidades Hare krishna.
Durante cerca de uma década fui presença regular numa quinta muito bonita para as bandas de Idanha-a-nova. Os proprietários eram alemães e, como é típico, geriam-na como se esta fosse uma embaixada rural-alternativa da Alemanha.
Certo dia, quando os donos estavam ausentes, apareceu um bando de putos “iluminados”, estilo ariano Hare Krishna. Deveriam fazer algum trabalho voluntário (como combinado), mas só ficavam meditando e enchendo a barriga à custa do meu árduo trabalho na horta (o calendário acabara de anunciar a chegada do Verão e as temperaturas beiravam os 40Cº!) e com os animais (havia muita variedade de bichos domesticados; e eu mesmo ordenhava as ovelhas, fazia o queijo e curava-o por meses, para apreço de todos).
Durante uma semana fiquei calado com tamanho abuso dos folgados pseudoesotéricos. Até que o “meu sangue ferveu”! Mesmo procurando manter a calma, dei-lhes um ultimato: eu deveria sair no dia seguinte e só regressaria à noite; e eles teriam que fazer algum trabalho na horta (rega e monda manual, basicamente) durante a minha ausência. Se não fizessem isso, eu pegaria na mochila e partiria, deixando-os entregues à sua sorte.
Pois bem, ao crepúsculo do dia seguinte, mal cheguei à quinta, fui direto verificar a horta, constatando que nenhum trabalho tinha sido ali feito desde a última vez que eu lá estivera. Fiquei agastado! Percorrer as restantes duas centenas de metros que separam a horta da casa principal (depois de uma prazenteira caminhada que me ocupou o dia inteiro), por entre um denso montado, àquela hora vibrante de encantadores cantos da avifauna e de insetos, permitiu-me acalmar. Mesmo assim, reuni-me com os jovens em causa (todos burguesinhos que se achavam demasiado especiais para trabalhar duro). Mal eu tinha começado a dar-lhes conta do meu desapontamento, eles interromperam-me, atestando (com sinceridade quase lacrimejante) que tinham mondado a horta. Tal mentira agravou de sobremaneira o meu estado de espírito, convencido de que me achavam o maior imbecil do mundo. Mas eles explicaram-me que se tinham reunido, sentados em posição de lótus, ao redor da horta, e rezaram em uníssono para que a Mãe Natureza não fizesse brotar ervas daninhas naquele espaço. E logo se foram embora com a sensação do dever cumprido, a caminho de assaltar a bem suprida dispensa. Palhaçada! Depois ri-me bastante, mas naquele dia, não vendo a utilidade de me envolver em acaloradas discussões, cumpri a minha palavra, deixando-os por conta própria num local bem remoto e praticamente sem comunicação com o exterior (foi num tempo pré telemóveis e eles não falavam uma palavra de português).
Saindo dali, resolvi visitar uma comunidade alternativa no nordeste do Alentejo. Também eram alemães. Só lá fiquei um dia...
As suas crianças não eram autorizadas a dormir dentro de casa. Ao invés, forçavam-nas a pernoitar - mesmo no Inverno! - em extremamente rudimentares choças de pastores, feitas de giestas e alguns paus amarrados com sisal. A teoria era que assim enrijeceriam e cresceriam saudáveis. Porém, tinham acabado de construir uns bangalôs bem giros e confortáveis para fins turísticos.
Não pude deixar de reparar que quase todos naquela comunidade apresentavam uma enodoada coleção de dentes cariados. E isso devia-se a que grande parte de sua dieta era constituída por mel, com a agravante das suas lideranças se oporem duramente à lavagem dos dentes e nem pensar em visitar um dentista! Esses profissionais de saúde eram demonizados!
Mal cheguei, o patriarca-guru submeteu-se a um interrogatório pleno de bizarria desconfortável. Nem vou entrar em detalhes. Mas vale a pena referir uma parte do diálogo em que o velhote revelou algo sobre ele, a fim de perceberem que tipo de chalupa eu estava a lidar. Disse-me que precisava regressar à Alemanha e ficar por lá um par de meses. Estava a adiar essa viagem porque não conseguia encontrar uma mulher lactante que o acompanhasse o tempo todo. Não resisti em perguntar (embora no fundo soubesse a desconcertante resposta) a razão de ele ter como acompanhante especificamente uma mulher lactante. “ É que fora da minha quinta a comida está quase toda contaminada. E na Alemanha, sobretudo depois do desastre de Chernobyl, todos os produtos agrícolas estão radioativos e tóxicos. Por isso, só lá vou se puder chupar leite de uma mulher daqui como única fonte de alimento” - respondeu-me com um apodrecido sorriso de gula concupiscente.
A seguir, durante um par de semanas, fiz trabalho voluntário noutra quinta alternativa em Ferreira do Alentejo. Fugindo ao padrão, desta feita o dono (por mera herança) e metade dos seus habitantes eram portugueses. Mas também ali o ambiente humano deixava muito a desejar. Foi penoso assistir à decadência desleixada da quinta e aos conflitos internos dominados principalmente por ciúmes que corroíam severamente as relações interpessoais, assim como qualquer projeto de vida rural que tentaram germinar.
As crianças resultantes dessas relações mal resolvidas eram desprovidas de existência legal, pois os respectivos pais não quiseram registrar os seus nascimentos. Neste ponto, a ninguém será difícil deduzir que aquela malta estava dominada por teorias da conspiração das mais imbecis e danosas, opondo-se à vacinação, tornando os gaiatos não só demasiado vulneráveis a doenças graves e facilmente evitáveis através da inoculação profilática, mas também incubadoras ambulantes de novas estirpes patogénicas que vão boicotando os esforços da vacinação maciça.
Apesar de pregarem o vegetarianismo, uma das principais fontes de rendimento dessa quinta (onde metade tinha uma existência parasitária) era a venda de carne de porco. Esses animais eram mortos com tiros de carabina e esquartejados ao ar livre, desrespeitando regras basilares de higiene (configurados em Lei). De alguma forma, tinham convencido um veterinário amigo (e criminosamente irresponsável) a fornecer-lhes certificados de que os porcos em causa tinham sido vacinados, quando aqueles animais eram criados e comercializados como ameaças à saúde pública, desvirtuando completamente os benefícios e as regras da pecuária biológica.
Cansado de procurar a “minha tribo” nesse meio, e precisando de sobreviver economicamente, fui trabalhar (remuneradamente) para o Gerês. Por lá fiquei uns meses, até o frio afugentar os turistas que gostam de atividades de considerável esforço físico ao ar livre.
Na volta, decidi visitar a quinta duns ingleses. Fiquei apenas um fim de semana e deu-se a infeliz coincidência de assistir a uma discussão familiar triste, mas interessante. A filha, no final da adolescência, manifestou toda a sua vergonha irada por ter um pai cabeludo, ameaçando sair de casa e sumir no mundo se ele não cortasse o cabelo. O coitado resignou-se a perder a farta guedelha rastafári que simbolizava grande parte da sua identidade.
Como é comum entre “alternativos” neo-rurais, essa família fazia um bom pecúlio organizando e ministrando cursinhos onde quase nada de minimamente relevante se aprende, mas cuja admissão custa uma pipa de massa. É uma variante mais sacana de explorar mão de obra...
Chegava a ser quase divertido como tomavam todas as decisões consultando um baralho de cartas que acreditavam ser a forma dos anjos comunicarem com eles... (Não, não era o Tarot, mas daria no mesmo.)
Só faltou falar do lado ruim que tudo tem
Independente da religião/cultura, a vida em sintonia com a natureza é a melhor e a mais certa a ser seguida. Nossos avós que moravam na roça, sem internet, sem essas loucuras da vida moderna, eram mais felizes e saudáveis do que o resto das pessoas de hoje em dia
@@alisson149 perfeitamente colocado. Eu acredito que todas as doenças, principalmente as da mente que temos hoje são um sintoma da separação do homem com a natureza.
"aqueles que tem fé em mimsao os melhores" QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ QUÁ-RÁ-QUÁ-QUÁ