LINK DA PLATAFORMA SYMPLA PARA VOCÊ SE INSCREVER NO CURSO "O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO: DIÁLOGOS ENTRE DOSTOIÉVSKI E FREUD SOBRE A MODERNIDADE" - Prof. Dr. Flávio Ricardo Vassoler: www.sympla.com.br/o-mal-estar-como-civilizacao-dialogos-entre-dostoievski-e-freud-sobre-a-modernidade__1183501
Professor, seu canal é um presente! “Cai de paraquedas” na leitura deste livro, e após ler uma parte estava receoso de não estar entendendo exatamente a ideia de Kierkegaard. Quando descobri que tinha uma resenha do livro no seu canal foi um bálsamo! Ajudou muito, seguirei a leitura agora com mais entusiamo! Um abraço! Siga firme professor, nós agradecemos!
O filho certamente ouviu quando se pai (Abraão) falou para os seus criados: "Fiquem aqui vocês, pois eu e o menino iremos , adoraremos e voltaremos!" ou seja num salto de fé o filho ouviu o seu pai romper com a razão na certeza que voltariam ao encontro dos criados, ilesos!
Que resenha, hein professor? Ótima, maravilhosa. Esses temas metafísicos são intermináveis, não obstante sejam, também, interessantes. Tomás de Aquino dizia, salvo engano, que Deus é o sumo bem. Imagina se não fosse... Um abraço, insigne mestre!
Flávio: Maravilha de resenha! Vão algumas questões: Javé parece se impor pela intimidação e pelo medo. (Além dos episódios que citaste, há o caso da adoração ao bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, quando Moisés, a mando de Deus, dizima o grande grupo de hebreus idólatras.) Tive essa mesma impressão diante do corolário do Livro de Jó. A pergunta de Jó me soa muito mais sublime do que a resposta de Javé. Aliás, salvo nesse livro, quase não há referência à figura de Satanás no Antigo Testamento, e, quando surge alguma remissão, é de forma muito difusa. É uma ausência loquaz. Não seria essa ausência explicada justamente pelo atributo essencialmente atribulador de Javé? A questão que eu faria a Kierkegaard é se não há um modo de fundamentar a prática da virtude sem que se recorra ao medo ou à retribuição ou ao absurdo de ambos. Uma fundamentação intrínseca, por exemplo, é possível verificar em "Os Analectos" de Confúcio. Outra questão: tu te referes muito à dialética hegeliana como um método que favorece a complexidade e a contradição analíticas. Há, no entanto, uma ampla discussão que identifica o sistema hegeliano como filosoficamente fechado e teleológico, e, de fato, tudo, mas realmente tudo, parece ser explicável em sua filosofia, o que a torna muito equiparável ao pensamento religioso em sua rigidez. Nesse sentido, a qual dialética te referes? A uma dialética ontológica (heraclitiana ou hegeliana) ou subjetiva (como a socrática)? Um grande abraço...
3 роки тому+1
Olá, Paulo! Tudo bem? Para Kierkegaard, Dostoiévski, Hegel e Kardec, com as afinidades eletivas e muitas diferenças que há entre eles, não é possível viver, essencialmente, sem um sentido transcendental. E, conforme discorri no curso sobre "Os irmãos Karamázov" e em meu livro sobre Dostoiévski, o fundamento da relação com Deus seria justamente o oposto do absurdo kierkegaardiano, isto é, a liberdade. Quanto a Hegel, me coloco em discordância em relação a essas leituras de fechamento. Hegel tem discussões interessantíssimas sobre totalização da Ideia/Zeitgeist e a liberdade (sempre determinada, isto é, vinculada ao todo) do indivíduo. Ainda falarei sobre a filosofia da história por aqui. Mas Hegel está, justamente, trazendo Deus de volta para a história em face do crepúsculo mesmo do judaico-cristianismo. Grande abraço, Paulo!
Flávio: Bem legal! Escrevi minha dissertação entre 1998 e 2000. O título dela é "A América e fim da história", e versa justamente sobre a concepção de Hegel a respeito do lugar do Novo Mundo na história universal. Naquele tempo eu defendi a interpretação segundo a qual Hegel, ao postular a América como a terra do porvir, expressaria a abertura intrínseca de seu sistema já constituído, isto é, após o percurso que a consciência imediata percorreu até o espírito absoluto. Mas hoje não estou tão convencido disso. A dialética hegeliana me parece conter uma noção demasiadamente progressista de história, e absolutamente tudo parece ser explicável a luz de uma espiral que, ao fim e ao cabo, mais parece conter uma circularidade fechada. A interpretação da abertura é muito interessante, mas tenho dúvidas quanto à sua sustentabilidade. Reconheço, contudo, que se trata de uma discussão inconclusa, e outras leituras podem sempre enriquecer nossos horizontes interpretativos. Um grande abraço...
O "trauma" passa para os descendentes ...Parece que sem trauma nemhum..teríamos somente humanos completos ou perfeitos. A propósito só se o próprio Deus "gerasse"..algum humano com aqueles atributos. Ou foi Jesus que não foi submetido à esses trauma humano
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Obrigado, professor, por mais uma reflexão 🤝
De nada, um abraço, amigo!
RESENHA FANTASTICA. PARABENS. LIMITES DA RAZÃO E FÉ
Maravilhoso - como sempre…🌹
Obrigada pelas indicações e pelo vídeo!!!
De nada, querida, grande abraço!
Muito obrigado pela resenha professor, um dos livros que me levou a profunda reflexão no absurdo.
Valeu, Waldir, um abraço!
Gostei demais 👏👏👏👏👏, grata 🙏
Muito obrigado, querida, forte abraço!
Professor, seu canal é um presente!
“Cai de paraquedas” na leitura deste livro, e após ler uma parte estava receoso de não estar entendendo exatamente a ideia de Kierkegaard.
Quando descobri que tinha uma resenha do livro no seu canal foi um bálsamo! Ajudou muito, seguirei a leitura agora com mais entusiamo!
Um abraço! Siga firme professor, nós agradecemos!
Valeu, Thomas! Um abraço!
O filho certamente ouviu quando se pai (Abraão) falou para os seus criados: "Fiquem aqui vocês, pois eu e o menino iremos , adoraremos e voltaremos!" ou seja num salto de fé o filho ouviu o seu pai romper com a razão na certeza que voltariam ao encontro dos criados, ilesos!
Que resenha, hein professor? Ótima, maravilhosa. Esses temas metafísicos são intermináveis, não obstante sejam, também, interessantes. Tomás de Aquino dizia, salvo engano, que Deus é o sumo bem. Imagina se não fosse... Um abraço, insigne mestre!
Muito obrigado, Wandercy, forte abraço, amigo!
Ja decorei o bordão!! E ainda falo junto...kkkkkkkkkkkkk
:-)
Admiro seu trabalho e toda a sua dedicação em desenvolver conteúdo.
Valeu, Airton, um abraço!
mestre!
Muito obrigado, um abraço!
Flávio: Maravilha de resenha! Vão algumas questões: Javé parece se impor pela intimidação e pelo medo. (Além dos episódios que citaste, há o caso da adoração ao bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, quando Moisés, a mando de Deus, dizima o grande grupo de hebreus idólatras.) Tive essa mesma impressão diante do corolário do Livro de Jó. A pergunta de Jó me soa muito mais sublime do que a resposta de Javé. Aliás, salvo nesse livro, quase não há referência à figura de Satanás no Antigo Testamento, e, quando surge alguma remissão, é de forma muito difusa. É uma ausência loquaz. Não seria essa ausência explicada justamente pelo atributo essencialmente atribulador de Javé? A questão que eu faria a Kierkegaard é se não há um modo de fundamentar a prática da virtude sem que se recorra ao medo ou à retribuição ou ao absurdo de ambos. Uma fundamentação intrínseca, por exemplo, é possível verificar em "Os Analectos" de Confúcio. Outra questão: tu te referes muito à dialética hegeliana como um método que favorece a complexidade e a contradição analíticas. Há, no entanto, uma ampla discussão que identifica o sistema hegeliano como filosoficamente fechado e teleológico, e, de fato, tudo, mas realmente tudo, parece ser explicável em sua filosofia, o que a torna muito equiparável ao pensamento religioso em sua rigidez. Nesse sentido, a qual dialética te referes? A uma dialética ontológica (heraclitiana ou hegeliana) ou subjetiva (como a socrática)? Um grande abraço...
Olá, Paulo! Tudo bem? Para Kierkegaard, Dostoiévski, Hegel e Kardec, com as afinidades eletivas e muitas diferenças que há entre eles, não é possível viver, essencialmente, sem um sentido transcendental. E, conforme discorri no curso sobre "Os irmãos Karamázov" e em meu livro sobre Dostoiévski, o fundamento da relação com Deus seria justamente o oposto do absurdo kierkegaardiano, isto é, a liberdade. Quanto a Hegel, me coloco em discordância em relação a essas leituras de fechamento. Hegel tem discussões interessantíssimas sobre totalização da Ideia/Zeitgeist e a liberdade (sempre determinada, isto é, vinculada ao todo) do indivíduo. Ainda falarei sobre a filosofia da história por aqui. Mas Hegel está, justamente, trazendo Deus de volta para a história em face do crepúsculo mesmo do judaico-cristianismo. Grande abraço, Paulo!
Flávio: Bem legal! Escrevi minha dissertação entre 1998 e 2000. O título dela é "A América e fim da história", e versa justamente sobre a concepção de Hegel a respeito do lugar do Novo Mundo na história universal. Naquele tempo eu defendi a interpretação segundo a qual Hegel, ao postular a América como a terra do porvir, expressaria a abertura intrínseca de seu sistema já constituído, isto é, após o percurso que a consciência imediata percorreu até o espírito absoluto. Mas hoje não estou tão convencido disso. A dialética hegeliana me parece conter uma noção demasiadamente progressista de história, e absolutamente tudo parece ser explicável a luz de uma espiral que, ao fim e ao cabo, mais parece conter uma circularidade fechada. A interpretação da abertura é muito interessante, mas tenho dúvidas quanto à sua sustentabilidade. Reconheço, contudo, que se trata de uma discussão inconclusa, e outras leituras podem sempre enriquecer nossos horizontes interpretativos. Um grande abraço...
Alguém sabe onde eu consigo comprar esta obra em um preço acessível? Ou até mesmo um ebook/pdf
Já tentou na Amazon ou na Estante Virtual, Matheus? O Sebo do Messias, geralmente, tem bons preços. Abraço!
O "trauma" passa para os descendentes ...Parece que sem trauma nemhum..teríamos somente humanos completos ou perfeitos. A propósito só se o próprio Deus "gerasse"..algum humano com aqueles atributos. Ou foi Jesus que não foi submetido à esses trauma humano