Eu tô chorando copiosamente sem parar durante todo esse vídeo. Sendo eu mãe de 5 filhos, então as demais mães conseguem entender o porquê do meu choro. Todos os dias eu sinto vontade de fazer o mesmo que a Leda fez. A maternidade é TRAUMATIZANTE
Melhor análise mesmo. Sinto isso o tempo todo, em todos os lugares. A folga, a arrogância, a auto importância que eles se dão se se colocam como detentores prioritários e superiores quase sagrados de todos os serviços e espaços e incomodando aos outros e não estão nem aí. Tratam uma mulher sozinha com desdém, desprezo, desconfiança, ora pena ou a veem como ameaça. É muito desrespeitoso. Achei maravilhoso como ela se coloca na cena na praia de não querer mudar de lugar so para satisfazer um capricho de uma família chata e ruidosa atrapalhando as férias tranquilas dela. Afinal, ela pagou pela estadia no mesmo lugar e chegou até antes. Achei absurdo a humilhação e desrespeito na cena do cinema e ela foi a única que se manifestou os outros ficaram calados.
@@user-tq9mj3co5b e o risco que a mulher que se impoe corre, o medo que ela precisa enfrentar. Td isso muito claro na cena em que batem à noite no portão dela e ela se sente amedrontada.
@@user-tq9mj3co5bPois eu tive uma visão bem diferente, achei ela super amarga que me deu medo da velhice, e das escolhas que ela fez, em largas suas filhas por macho.. Tinha mais amor, no macho do que nas filhas acabou amarga e sozinha, velha e triste!!
Ontem encontrei uma amiga de infância. Ela com 2 filhos. Me perguntou se eu tinha filhos... qdo eu disse que ñ e ñ iria ter, deu pra ver o cérebro dela bugando. Como se ela nunca tivesse ouvido isso na vida.
Manuela do céu, você é maravilhosa!! "A maternidade deixa uma marca, um destino que se a gente cumpre é ruim e se não cumpre também é. O problema não é a maternidade, o problema é o sexismo, a misoginia." Essa frase me tocou de um jeito que eu não sei explicar.. Tu é fod@@@
Tenho 45 anos. Casei aos 40 e separei 1 ano e 3 meses depois. O ex era viúvo e tem 3 filhas maravilhosas (era maravilhoso conviver com elas). Eu ouvi muito depois do divórcio: "vc não prestou nem pra engravidar e ter um filho? Era sua chance." E pasme, ouvi isso de mulheres. Não me abalei, decidi não ter filhos biológicos e vivo bem com isso. Minha mãe (maravilhosa) mesmo com pouco estudo e tendo se dedicado a família, me ensinou a querer crescer, estudar e ser independente e não em encontrar um príncipe encantado. Fico feliz em me sentir bem com a decisão que tomei.
Privilégio é poder viver em uma mesma época que vc e ainda ter acesso ao seu conteúdo! Estava mega ansiosa pra ouvir a sua análise em especifico sobre este filme! Obrigaaada Manu
As renúncias são muito sufocantes, as redes realmente não existem, somos isoladas ao fardo de ser só, estou a 9 anos tentando concluir minha graduação em psicologia e dentre tantas angústias o isolamento é o pior. Temos que lutar para sermos nós. Gratidão...
Maravilhosa, eu observei q a Helena depois que teve a boneca roubada pela Leda, ficou inconsolável. A Helena tbm perdeu a filha dela e não conseguia viver em paz. A boneca é a filha perdida entre as 3 mães. Uma das coisas que me incomodou foi o quanto a Nina vivia cercada e vigiada pela família do marido. É uma maternidade bem problemática
Eu nunca quis ser mãe. Vi tanta sofrência das mães com seus filhos, sozinhas nessa minha jornada de vida, que eu disse, não quero isso pra mim. As pessoas dizem que eu sou uma pessoa ruim e não gosto de criança. Nada a ver uma coisa com a outra. Só acho que muitas mulheres não deveriam ter se tornado mães, ou pelo menos, não naquele momento ou pelas razões delas. As pessoas são mãe apenas porque acreditam que é o destino. Eu me identifiquei com a leda, e olha que nem mãe eu sou.
Manu, sou mãe solo e só eu sei como é difícil…ser mãe sempre foi meu sonho e é tão difícil, imagina quem nunca teve esse sonho… Sou vista com pena e preconceito por muitos, quando sou tão forte a maior parte do tempo p sobreviver, por mim e por minha filha. A sociedade precisa enxergar as mães verdadeiramente.
Eu li a tetralogia Napolitana da Elena Ferrante em 2020, e depois fui fazer terapia pra ver se queria ser mãe. Nunca tinha lido uma obra que representasse tanto o que é ser mulher... Sendo esse filme adaptado de uma obra da Elena Ferrante, não poderia esperar menos... Excelente analise, Manu
Eu acho ela MARAVILHOSA. Digo isso porque me identifiquei MUITO com ela. Quando vai chegando gente e ela começa a ficar desesperada. Isso é muito eu. Eu sou mãe e ODEIO. Eu tô num nível de cansaço e exaustão que meu marido precisou ir dormir já casa da mãe com meu filho pra eu poder DORMIR. Coincidentemente foi o dia que eu escolhi ver esse filme e me identifiquei demais com a cena do "foi maravilhoso". Chorei junto. Seu vídeo é maravilhoso. Obrigada!
Esse filme me moveu em tantos aspectos, olha… quero ler o livro e fazer o TCC em Letras sobre ele. Mil anos que um filme não me bagunçava tanto. PS: é normal ter assistido há 2 semanas e pensar no filme todo dia, Manu? 😂 Obg por esse presente de análise ❤️
Ainda não assisti a esse filme... Mas eu cheguei num ponto da minha vida que o desejo da maternidade veio. Porem tenho questionado muito se é um desejo MEU ou algo que internalizei. É uma pergunta difícil.
Sim, esse questionamento é difícil, mas extremamente necessário!!!! Sou EU quem quer?? Eu estou disposta ao que demanda?? Ou só estou copiando o que ouvi a vida toda???? Nos fazermos essa pergunta antes de decidir por ter filhos pode te salvar (e aos possíveis filhos) de um tanto enorme de frustração…
Ameiiii... super me identifiquei com a Leda... qndo eu descobri que estava grávida, foi um susto, depois que o meu filho nasceu foi pior ainda... eu me via só, eu queria sair e não podia pq tinha que cuidar da criança, sempre fui tachada de mãe ruim que não sabe cuidar do filho, que eu sou porca porque odeio fazer faxina, que eu sou preguiça porque não me esforço o suficiente... tudo isso cansa (eu sou mãe solo) e ver o pai do meu filho viver a vida como se nada tivesse mudado na vida dele, me revoltou demais... eu chorava, queria estar junto dele, mas hj eu vejo pq eu não queria cuidar do meu filho sozinha... hoje eu sou outra mulher (com muito custo) me tornei bem melhor, mas por mim mesma, não dou colher de chá para o meu filho não, faço com que ele dê o seus próprios pulos, até mesmo pra não me sugar tanto (o pai?) Mal fala comigo, fala mais com o meu filho (dou graças a Deus) um contato a menos pra eu ter... e também qualquer coisa que eu precisar eu vou até ele (é raro) mas ainda bem que moramos perto. Eu achei fantástico o filme... e a análise também
Eu salvei o post, e comecei a tentar ver o vídeo 3x e só consegui agora depois que minha filha dormiu. Essa é a vida de uma mãe, demanda, exaustão. Eu me identifiquei demais com a Leda e quando ela diz "Desculpa, ser mãe pra mim não é natural" , foi tocando pra mim, pq também sinto isso, não é natural, é um esforço sobrehumano que faço todos os dias. Obrigada por fazer essa reflexão.
Oi Manuela! Parabéns pelo seu trabalho e por esse vídeo! Queria comentar o que percebi sobre uma questão etária que notei. Se você puder dizer se faz sentido ou só viagem, eu agradeço! Pra mim, foi nítida a diferença dela lidando com pessoas mais velhas do que ela e com pessoas mais novas. E que eu me lembre, ela não lida com pessoas de sua idade no filme, a não ser seu marido. Com as pessoas mais velhas, ela podia performar como filha e ser cuidada, como na situação em que aquele homem cozinha pra ela e que quando diz que não foi um pai muito presente pros próprios filhos, a Leda deita a cabeça nele - na minha visão, como quem se convida a performar como uma filha naquela situação. Ele pagou o jantar dela. Que eu me lembre a visita que ela recebeu quando mais nova, que era uma mulher mais velha, deu conselhos. As pessoas mais velhas não tiravam nada dela, não esperavam nada dela e até cuidavam dela. Já o jantar com o rapaz mais novo foi pago por ela porque como ele disse, não tinha dinheiro pra tal. Ele também pediu as chaves da casa dela. As filhas dela demandavam atenção e cuidado. Os garotos no cinema lidaram como se ela fosse obrigada a aturar e ter paciência. Por pessoas mais novas, ela era exigida, ela tinha que se doar, até quando não queria. Acredito também que a boneca foi -nessa resignificação da maternidade- uma possibilidade de ela performar essa maternidade sem dor. Essa doação sem expectativas do outro. Ela se doar até onde ela pode e deseja sem que o outro peça e tudo que ela faça seja de bom grado, seja fruto da sua vontade. Abraço!
Vale lembrar que, mesmo com uma boa rede estruturada, a culpa não desacompanhará: "Nossa, você deixa sozinho com o pai?" "Ele é tão pequenininho você já vai poe na escola?" "Nossa, fulana não faz nada o dia todo e paga alguém pra cuidar da filha" "Ter menino e deixar com a vó pra sair, é fácil né?" Ou seja, mesmo com a " benção" da rede, ainda não teremos paz.
Eu considerei muito significativo q os trailers e teaser do filme dão muita ênfase à cena da Leda na cadeira de praia 🏖 tomando o sorvete 🍦. Ela está leve ali. Como uma criança num Divã. Considerei sob essa perspectiva q o filme se trata desse processo de cura dela.
Relacionei o tempo todo a boneca com a filha mais velha, Bianca. A que dava mais trabalho, exigia mais dela, riscou a boneca da mãe e sumiu na praia... Pensei também que ali havia projeção. Ela se via na Nina e a filha da Nina era a Bianca. Roubar a boneca seria também se vingar de Bianca e retomar a relação perdida com ela... Tentar cuidar de outra forma pra depois poder 'jogar a filha no mundo' de outra forma.
Nossa! Verdade! O tempo inteiro a família invade e a gente precisa ceder! Não tinha me dado conta disso e de tantas outras coisas ditas neste vídeo! Ainda bem que comprei o curso de psicanálise! Você é foda, Manu!
Família é o mesmo que uma vida de cárcere, te dominam, te controlam, te observam, te invadem, enfim, te imobilizam. É uma mistura de amor e ódio de fato.
Faz todo o sentido o ressignificar que ela faz com a boneca, o roubo da boneca a mantém perto de seu gatilho e com o tempo ela vai elaborando. Quando ela diz que ficou 3 anos longe das filhas eu pensei que foi o melhor que ela fez pelas filhas, pq de que adiantaria ela ficar ali sobrecarregada, exausta, em conflito com as meninas, como muitas mães fazem, ficam, mas não maternam.
A sua conclusão com relação à boneca parece casar perfeitamente com a última frase do livro. A filha da Leda liga pra ela e pergunta como ela está e ela responde: estou morta mas estou bem.
Você é necessária Manu!!!! Aprendo tudo isso, mas ainda assim tenho aqueles pensamentos que foram ensinados ainda na infância “você vai casar, vai ter filhos, precisa encontrar um marido bom, o amor romântico”. Cada vez mais aprendendo 🙌🏻
Sim. As pessoas hoje acham que quem não quer ter filhos é egoísta, pelo contrário, acho que atualmente temos consciência como é realmente criar e educar uma pessoa. E tbm as consequências de uma má criação que a criança recebe.
Manu! Amei quando você falou que” não há outra forma de construir sem transgredir … “ Fiquei muito interessada em ter um vídeo falando mais sobre isso!
Amei o filme. Entendi todos os simbolismos e metáforas. O passado da Leda veio à tona, quando ela se encontrou com a família no resort. A boneca e a laranja são incríveis. Claro que como mãe já abri mão de ótimos trabalhos profissionais. Depois, consegui conciliar a maternidade e o jornalismo. Gostei de seu vídeo. Parabéns!
Eu me sentia sozinha também na maternidade, embora meu marido participasse de muita coisa. Ele mesmo chegou a ter se arrependido da paternidade. Ele não dormia, assim como eu. Ter um recém nascido é uma ralação sem fim até os 4 meses é bem punk. Ninguém contava que não era um sonho dourado. Quando ela foi crescendo, o meu marido fazia muitas coisas também (como até hoje). Sempre buscou na escola e nas atividades, dias dos pais. Ele sempre foi presente, mas o vício de mãe era tamanho que ela chamava o meu marido de mãe. Eram 500 mamãe por dia. Hoje eu sinto falta até falta.
vi ontem e só conseguia pensar no que iria trazer pra terapia de hoje, na minha mãe/irmã/vó e o no quanto precisava de um vídeo da Manu sobre! obrigada, genial sempre!
Eu sou mãe de um casal, 21 e 11 e decidi desde setembro de 2021 que quero me mudar pra Portugal em maio de 2022, sem meus filhos, amo meus filhos mas ser mãe e dona de casa já não me basta mais, não estou feliz neste lugar, onde moro e na circunstância em que me encontro, tenho casa própria, carro, tudo aqui...porém sinto a necessidade de me dar a oportunidade de mais na minha vida, estaria mentindo que já não me passou na cabeça a " culpa" , o filme me instigou a me validar, a me enxergar! E já estou amando essa nova vida que me espera! Obrigada por este vídeo... ahhh e já senti vários ódios dos meus filhos sim! E tá tudo bem!
Nossa que riqueza de análise!! Quase chorei com a o processo do "roubo" da boneca. Transgredir pra construir. Tô mais apaixonada ainda por esse filme! E olha que nem mãe eu sou.
Eu ainda não vi o filme mas penso que a escolha da não maternidade também vem com culpa !!! Sei de onde, sei pq, mas ainda não consegui deixar para trás
Olá. Tenho 45 anos e aos 40 decidi que não seria mãe. Nunca foi algo que eu sonhei. Sinto-me bem com a decisão que tomei. Não foi fácil, mas aconteceram tantas coisas em minha vida e qdo fui ver, já tinha passado dos 40. A gente consegue. Temos muito pra viver e amar e sinto que sou plena mesmo não tendo filhos.
Somos sim!!! Plenas e felizes! E quando eu penso diferente, lembro do HOMEM que me disse uma vez que não ter filhos significava uma vida vazia, mas se você olhar pra ele, o verá com dois filhos bem problemáticos e uma esposa totalmente em frangalhos. Aí penso “ah tá, ãhã.. fica aí com seu discurso e não olhe pra sua vida” . e a vida segue ok!
27:13 Perfeita colocação!!!!!!! Ahhhh se todo mundo tivesse essa sobriedade, o mundo seria completamente diferente e melhor pra todo mundo, excepcionalmente pra nós mulheres!
Esse filme foi gatilho muito forte pra mim. Tanto que corri pra fazer psicanálise no dia seguinte. A Leda me incomodou por estar um pouco mais liberta, passos a frente num processo que eu quero pra mim. Sua transgressão incomoda foi um doloroso e necessário pé na minha bunda.
Eu AMEI esse análise, eu vi o filme é só agora coloquei os pontos que faltavam nos is. Nossa, Manuela! Nossa! Realmente, você é indispensável. Obrigada por se doar todos os dias a abrir os nossos OLHOS.
Manuela, que aula maravilhosa. Eu já tinha lido este livro e adorado (amo Ferrante e suas protagonistas complexas), mas você me mostrou muitos outros significados e camadas que eu não soube interpretar. Aprendi demais hoje. E o filme captou muito bem os sentimentos do livro, o que é sempre muito difícil. Obrigada, Manu.
Amei as diferentes possibilidades de análise sobre o lugar da boneca, especialmente a sua porque oferece a esperança de reconstrução e reorganização dessa experiência de maternar. O destaque para a existência da ambivalência tb foi bacana demais! Sucesso :)
Você poderia analisar a série big little lies e euphoria da HBO Tem muita coisa que vc poderia explanar a partir disso Na série BLL por exemplo tem o relacionamento da Celeste que é a personagem da Nicole kidman, que traz essa mesma questão de maternidade, ela é advogada e estava sem trabalhar pra cuidar dos filhos, e tem uma cena que ela desabafa com a amiga, depois de voltar ao trabalho e sair de uma audiência que ser mãe não chega nem perto de deixar ela realizada e essa cena é incrível e mostra muito do que vc trouxe nesse vídeo tbm Em eupohoria acho que a principal pauta que tem a ver com seu rolê é o relacionamento da Maddy e do Nate e tbm sobre a Cassie, que traz questões de relacionamento abusivo, aborto, rivalidade feminina e tals, queria muito que vc analisasse essa série!
Que vídeo necessário!!! Manu, esse livro é baseado na autora Elena Ferrante, que é maravilhosa. Se for possível, deixo a sugestão de analisar algum livro dela ou a série Napolitana (tem na HBO go).
Vou assistir o filme por conta dessa análise. Manuela descreveu a minha realidade quando fala da maternidade, ambivalência, aprisionamento... Maravilhosa!!!😘
Vídeo bastante esclarecedor, assim como todos os temas q vc explana . Parabéns ! Sobre a Leda ter uma maneira particular de cortar a laranja? Gostaria de saber seu ponto de vista sobre isso. Obg
Eu já amava tudo nesse canal. Quando vi o vídeo sobre a série MAID, foi muito impactante e até hoje lembro dos inúmeros comentários que li e quanta identificação houve na sua análise da vida da protagonista. Mas com esse... Meu impacto foi maior ainda, pois assisti o filme, me identifiquei com todos os detalhes e concordo com todas as supostas representações. Maternidade é sufocante, principalmente pela ambiguidade, muitas vezes. Excelente, maravilhoso o vídeo. Parabéns. 🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀
Assisti ao filme ontem e corri aqui para ver a sua análise, a Leda me pareceu uma mulher perturbada. Muito profunda, abriu meus olhos para várias cenas do filme. Mas uma coisa que não deixo de pensar é: As crianças? Como ficam essas crianças nesse momento q a mãe simplesmente as abandonam ? Qual impacto isso vai gerar na vida delas? Um grande abraço.
pensar que na análise falo muito sobre não querer ser mãe me impactou a ponto achar que eu tinha problemas sérios pra amar e ser uma pessoa ruim e incompleta por issi...., nunca quis e terminei uma relação de 6 anos pra nao ceder.
Avemarayaaaa Cliquei na mesma hora que apareceu aqui pq eu tenho sininho atyvadoh. Queria muito esse vídeo seu Manu, assisti ao filme no domingo e fiquei fritando a mente.
Manu, amei o filme e o video! Esse filme é baseado no livro da Elena Ferrante, que tem também uma série de livros (não sei se você já leu, a série Napolitana) que começa com o livro "A amiga Genial'. Estou lendo o quarto e último livro e lembro muito de temas que você trás. Essa tetralogia virou uma série da HBO, que estou começando a assistir e tô amando MUITO, muito fiel ao livro. Tem tanta conteúdo nessa serie que já quero um vídeo por temporada! hahaahahah Fica a dica pra conteúdo cinematográfico!
A parte da família na praia que pede o lugar, da rapaziada no cinema, a cigarra no travesseiro, o interfone no meio da noite que faz ela fechar as portas da sacada com medo... mostra acima de tudo que as mulheres são derespeitadas, não tem voz na sociedade, chamadas de mal amadas e de loucas quando se posicionam... se fosse um homem na praia seria aceito ele negar o lugar, seria respeitado quando pedisse para fazerem silêncio no cinema, a cigarra e o interfone mostram o quanto a sociedade nos ensina que precisamos de um homem do lado para nos proteger, seja para espantar o bicho ou para a segurança pessoal... ou seja, a mulher sem um homem do lado não vale nada e com um homem do lado, vale menos do que ele. Sim, ela materna a boneca em outra fase da vida, madura e sem o peso social. Se o homem se afasta pelo trabalho, se trai, é aceito. Se a mulher se stressa com as filhas, ainda é reprimida por outras mulheres.
Amei tudo o que vc escreveu. O que eu não me conformo é justamente a parte que vc disse: "é com tudo isso, ainda é criticada por outras mulheres." Eu diria mais, criticadas e boicotadas. Um abraço se cuida :)
Tenho uma filha, meu marido quer mais, eu não, ele me perguntou pq, eu disse "pq eu preciso viver, tenho sede de viver, de ler, de respirar..." Ele olhou pra mim com olhar de raiva e disse:"vc é muuuuuito egoista, vo te culpar pra sempre por isso". Fiquei chateada, mas não quero mais filhos... (amo minha pequena e não me imagino viver sem ela)
Manu, vc já viu a série Nove desconhecidos da Amazon? Conta sobre uma clínica de bem-estar, em que pessoas vão para se tornarem pessoas melhores. Muito boa e vc poderia fazer uma resenha dela também, por favor! Bjos
Estava ansiosa esperando esse vídeo porque eh sabia que seria o meljor e mais completo de todos !!! Muito obrigada por compartilhar seu conhecimento com a gente!
Nossa, achei o filme muito doido! Rs. Eu esperava outra coisa, um pouco mais dele, pelo que falavam. Mas as reflexões que vc trouxe foram muito legais, como sempre! 👏👏👏👏
Eu sou mãe e uma vez (na verdade, várias vezes) disse que querer ter filhos é tão ou mais egoísta do que não querer tê-los. Fui apedrejada, lógico. Os homens geralmente não comentam. Mas as mulheres vêm pra cima com tudo. Falam em amor, em escolha, que elas quiseram... confundem tudo. Acho mais lógico admitir que é pelo impulso de perpetuação da espécie do que falar em amor (antes do filho existir). Amor a quem? No "querer ter filhos" o objeto do amor ainda não existe. É possível que seja pela ideia desse amor? Que amor é esse? Na maioria das vezes é "cumprir tabela", seguir o que acham o curso natural da vida. Ou é só pra "curtir", em algum momento da vida tomou contato com criança e gostou, quer ter a experiência. Mas de uma forma ou de outra é pra atender um "desejo próprio". Pode ficar pior: tem as que dizem que querer ter alguém pra amar. Será que alguém que precisa fazer uma pessoa pra saber o que é amar vai amar mesmo? Não sei se estou sabendo me expressar. Espero que entendam que não estou contra a maternidade em si ou contra crianças. Estou falando do querer ter filhos em geral: toda a justificativa que apresentam pra esse querer ter filhos é sobre satisfazer os próprios desejos (desejo já pressupõe o "eu", o ego, o egoísmo) e aos anseios do grupo (sociedade, espécie). Não é nunca pelo filho. Queria que alguém mais apto elaborasse isso melhor... Quem sabe as pessoas vão entender.
Boa parte quer preeencher o vazio da própria vida, achar um sentimento para seguir em frente. Já ouvi muitas falas:"/ "preciso viver para criar meus filhos", como se a vida dela em si, tivesse pouco ou nenhum valor.
A Leda mostrou ter muitas crises de esquecimento - procurava a boneca e sempre a encontrava noutro lugar -, imagino que seja a demonstração da sequela do estresse e sobrecarga materna. Aqui amenizou quando passei a tomar sertralina. eu indicaria um psiquiatra pra ela pq a maternidade atual destrói com a nossa capacidade de manter a serotonina viajando por mais tempo no nosso corpinho.
Achei ótimo o vídeo. Minha Irma tem uma bebê de 5 meses e comenta mto sobre a solidão e julgamento. Não abriu mão da carreira, mas é todo um corre e só possível pq tem rede de apoio.
Ela se sente culpada? A família deixa ela ter lazer, ter descanso além de deixar estudar? Só questionamento. Porque precisar dos "outros", as vezes torna tudo mais estressante e sufocante ainda.
Manuela, queria fazer terapia com vc! É sério! O roubo da boneca me soou primeiramente como algo beirando a loucura. Depois fiquei horas refletindo e cheguei a conclusão que a culpa materna ainda caiu sobre a Lêda. Apesar dela ter transgredido as "regras" do que se entende por maternidade no patriarcado, ao deixar as filhas por três anos e viver as outras demandas, ao roubar a boneca, pra mim soou, como se ela quisesse resgatar o que "deixou" de fazer conforme essas "regras" do que nos é imposto socialmente enquanto mãe. O roubo pareceu um resgate, um refazer, um realinhamento da maternidade. E por qual motivo? CULPA. Considerando que se ausentar é algo completamente impensável para uma mãe na sociedade a qual vivemos, pra mim, o filme mostra que a culpa materna nos assola até mesmo quando pensamos que transgredimos. Será que faz sentido?
“por que que a gente se retira dos nossos espaços pra dar lugar à família?” PAAAAAAHHHHHHHH!!!!
Eu tô chorando copiosamente sem parar durante todo esse vídeo.
Sendo eu mãe de 5 filhos, então as demais mães conseguem entender o porquê do meu choro.
Todos os dias eu sinto vontade de fazer o mesmo que a Leda fez.
A maternidade é TRAUMATIZANTE
Concordo. No meu caso a maternidade é uma prisão perpétua.
Sinto muito! 😔
Ir para guerra também é traumatizante.
"A família invade todos os espaços das mulheres". Melhor análise sobre o filme até agora. 👏
Exato. Melhor análise, concordo em gênero, número é grau.
Melhor análise mesmo. Sinto isso o tempo todo, em todos os lugares. A folga, a arrogância, a auto importância que eles se dão se se colocam como detentores prioritários e superiores quase sagrados de todos os serviços e espaços e incomodando aos outros e não estão nem aí. Tratam uma mulher sozinha com desdém, desprezo, desconfiança, ora pena ou a veem como ameaça. É muito desrespeitoso. Achei maravilhoso como ela se coloca na cena na praia de não querer mudar de lugar so para satisfazer um capricho de uma família chata e ruidosa atrapalhando as férias tranquilas dela. Afinal, ela pagou pela estadia no mesmo lugar e chegou até antes. Achei absurdo a humilhação e desrespeito na cena do cinema e ela foi a única que se manifestou os outros ficaram calados.
@@user-tq9mj3co5b e o risco que a mulher que se impoe corre, o medo que ela precisa enfrentar. Td isso muito claro na cena em que batem à noite no portão dela e ela se sente amedrontada.
@@user-tq9mj3co5bPois eu tive uma visão bem diferente, achei ela super amarga que me deu medo da velhice, e das escolhas que ela fez, em largas suas filhas por macho..
Tinha mais amor, no macho do que nas filhas acabou amarga e sozinha, velha e triste!!
Nossa...a atuação da atriz Olívia Colman nos permite sentir toda a angústia da personagem principal.
Ontem encontrei uma amiga de infância. Ela com 2 filhos. Me perguntou se eu tinha filhos... qdo eu disse que ñ e ñ iria ter, deu pra ver o cérebro dela bugando. Como se ela nunca tivesse ouvido isso na vida.
Manuela do céu, você é maravilhosa!!
"A maternidade deixa uma marca, um destino que se a gente cumpre é ruim e se não cumpre também é. O problema não é a maternidade, o problema é o sexismo, a misoginia."
Essa frase me tocou de um jeito que eu não sei explicar.. Tu é fod@@@
Tenho 45 anos. Casei aos 40 e separei 1 ano e 3 meses depois. O ex era viúvo e tem 3 filhas maravilhosas (era maravilhoso conviver com elas). Eu ouvi muito depois do divórcio: "vc não prestou nem pra engravidar e ter um filho? Era sua chance." E pasme, ouvi isso de mulheres. Não me abalei, decidi não ter filhos biológicos e vivo bem com isso. Minha mãe (maravilhosa) mesmo com pouco estudo e tendo se dedicado a família, me ensinou a querer crescer, estudar e ser independente e não em encontrar um príncipe encantado. Fico feliz em me sentir bem com a decisão que tomei.
Privilégio é poder viver em uma mesma época que vc e ainda ter acesso ao seu conteúdo! Estava mega ansiosa pra ouvir a sua análise em especifico sobre este filme! Obrigaaada Manu
As renúncias são muito sufocantes, as redes realmente não existem, somos isoladas ao fardo de ser só, estou a 9 anos tentando concluir minha graduação em psicologia e dentre tantas angústias o isolamento é o pior. Temos que lutar para sermos nós. Gratidão...
Maravilhosa, eu observei q a Helena depois que teve a boneca roubada pela Leda, ficou inconsolável. A Helena tbm perdeu a filha dela e não conseguia viver em paz. A boneca é a filha perdida entre as 3 mães. Uma das coisas que me incomodou foi o quanto a Nina vivia cercada e vigiada pela família do marido. É uma maternidade bem problemática
Eu nunca quis ser mãe. Vi tanta sofrência das mães com seus filhos, sozinhas nessa minha jornada de vida, que eu disse, não quero isso pra mim. As pessoas dizem que eu sou uma pessoa ruim e não gosto de criança. Nada a ver uma coisa com a outra. Só acho que muitas mulheres não deveriam ter se tornado mães, ou pelo menos, não naquele momento ou pelas razões delas. As pessoas são mãe apenas porque acreditam que é o destino. Eu me identifiquei com a leda, e olha que nem mãe eu sou.
Que bom que vc já tem essa percepção. Te entendo perfeitamente. É escolha sua sim, vc tem todo direito!! E tá tudo certo dessa forma!!
Amei seu comentário e me identifiquei
Manu, sou mãe solo e só eu sei como é difícil…ser mãe sempre foi meu sonho e é tão difícil, imagina quem nunca teve esse sonho…
Sou vista com pena e preconceito por muitos, quando sou tão forte a maior parte do tempo p sobreviver, por mim e por minha filha. A sociedade precisa enxergar as mães verdadeiramente.
Eu li a tetralogia Napolitana da Elena Ferrante em 2020, e depois fui fazer terapia pra ver se queria ser mãe. Nunca tinha lido uma obra que representasse tanto o que é ser mulher... Sendo esse filme adaptado de uma obra da Elena Ferrante, não poderia esperar menos...
Excelente analise, Manu
Eu acho ela MARAVILHOSA. Digo isso porque me identifiquei MUITO com ela. Quando vai chegando gente e ela começa a ficar desesperada. Isso é muito eu. Eu sou mãe e ODEIO. Eu tô num nível de cansaço e exaustão que meu marido precisou ir dormir já casa da mãe com meu filho pra eu poder DORMIR. Coincidentemente foi o dia que eu escolhi ver esse filme e me identifiquei demais com a cena do "foi maravilhoso". Chorei junto.
Seu vídeo é maravilhoso. Obrigada!
Esse filme me moveu em tantos aspectos, olha… quero ler o livro e fazer o TCC em Letras sobre ele. Mil anos que um filme não me bagunçava tanto. PS: é normal ter assistido há 2 semanas e pensar no filme todo dia, Manu? 😂 Obg por esse presente de análise ❤️
Recomendo fortemente o livro canção de ninar, nessa mesma pegada
Tb me senti assim.
Ainda não assisti a esse filme... Mas eu cheguei num ponto da minha vida que o desejo da maternidade veio. Porem tenho questionado muito se é um desejo MEU ou algo que internalizei.
É uma pergunta difícil.
Estou exatamente com esse questionamento
Sim, esse questionamento é difícil, mas extremamente necessário!!!!
Sou EU quem quer?? Eu estou disposta ao que demanda?? Ou só estou copiando o que ouvi a vida toda????
Nos fazermos essa pergunta antes de decidir por ter filhos pode te salvar (e aos possíveis filhos) de um tanto enorme de frustração…
Ameiiii... super me identifiquei com a Leda... qndo eu descobri que estava grávida, foi um susto, depois que o meu filho nasceu foi pior ainda... eu me via só, eu queria sair e não podia pq tinha que cuidar da criança, sempre fui tachada de mãe ruim que não sabe cuidar do filho, que eu sou porca porque odeio fazer faxina, que eu sou preguiça porque não me esforço o suficiente... tudo isso cansa (eu sou mãe solo) e ver o pai do meu filho viver a vida como se nada tivesse mudado na vida dele, me revoltou demais... eu chorava, queria estar junto dele, mas hj eu vejo pq eu não queria cuidar do meu filho sozinha... hoje eu sou outra mulher (com muito custo) me tornei bem melhor, mas por mim mesma, não dou colher de chá para o meu filho não, faço com que ele dê o seus próprios pulos, até mesmo pra não me sugar tanto (o pai?) Mal fala comigo, fala mais com o meu filho (dou graças a Deus) um contato a menos pra eu ter... e também qualquer coisa que eu precisar eu vou até ele (é raro) mas ainda bem que moramos perto.
Eu achei fantástico o filme... e a análise também
Eu salvei o post, e comecei a tentar ver o vídeo 3x e só consegui agora depois que minha filha dormiu. Essa é a vida de uma mãe, demanda, exaustão. Eu me identifiquei demais com a Leda e quando ela diz "Desculpa, ser mãe pra mim não é natural" , foi tocando pra mim, pq também sinto isso, não é natural, é um esforço sobrehumano que faço todos os dias. Obrigada por fazer essa reflexão.
Oi Manuela! Parabéns pelo seu trabalho e por esse vídeo! Queria comentar o que percebi sobre uma questão etária que notei. Se você puder dizer se faz sentido ou só viagem, eu agradeço!
Pra mim, foi nítida a diferença dela lidando com pessoas mais velhas do que ela e com pessoas mais novas. E que eu me lembre, ela não lida com pessoas de sua idade no filme, a não ser seu marido.
Com as pessoas mais velhas, ela podia performar como filha e ser cuidada, como na situação em que aquele homem cozinha pra ela e que quando diz que não foi um pai muito presente pros próprios filhos, a Leda deita a cabeça nele - na minha visão, como quem se convida a performar como uma filha naquela situação.
Ele pagou o jantar dela. Que eu me lembre a visita que ela recebeu quando mais nova, que era uma mulher mais velha, deu conselhos.
As pessoas mais velhas não tiravam nada dela, não esperavam nada dela e até cuidavam dela.
Já o jantar com o rapaz mais novo foi pago por ela porque como ele disse, não tinha dinheiro pra tal. Ele também pediu as chaves da casa dela. As filhas dela demandavam atenção e cuidado. Os garotos no cinema lidaram como se ela fosse obrigada a aturar e ter paciência.
Por pessoas mais novas, ela era exigida, ela tinha que se doar, até quando não queria.
Acredito também que a boneca foi -nessa resignificação da maternidade- uma possibilidade de ela performar essa maternidade sem dor. Essa doação sem expectativas do outro. Ela se doar até onde ela pode e deseja sem que o outro peça e tudo que ela faça seja de bom grado, seja fruto da sua vontade.
Abraço!
Vale lembrar que, mesmo com uma boa rede estruturada, a culpa não desacompanhará:
"Nossa, você deixa sozinho com o pai?"
"Ele é tão pequenininho você já vai poe na escola?"
"Nossa, fulana não faz nada o dia todo e paga alguém pra cuidar da filha"
"Ter menino e deixar com a vó pra sair, é fácil né?"
Ou seja, mesmo com a " benção" da rede, ainda não teremos paz.
Exatamente o que pensei. Eu comentei que é um cárcere, e a família é invasão, cerceamento, controle, tudo o que nos sufoca e nos engessa.
Eu considerei muito significativo q os trailers e teaser do filme dão muita ênfase à cena da Leda na cadeira de praia 🏖 tomando o sorvete 🍦. Ela está leve ali. Como uma criança num Divã. Considerei sob essa perspectiva q o filme se trata desse processo de cura dela.
Esse filme me assombrou de várias formas, foi como olhar no espelho. Ele é lindo e duro de assistir. Obrigada, Manu!
Idem🙃
Relacionei o tempo todo a boneca com a filha mais velha, Bianca. A que dava mais trabalho, exigia mais dela, riscou a boneca da mãe e sumiu na praia... Pensei também que ali havia projeção. Ela se via na Nina e a filha da Nina era a Bianca. Roubar a boneca seria também se vingar de Bianca e retomar a relação perdida com ela... Tentar cuidar de outra forma pra depois poder 'jogar a filha no mundo' de outra forma.
No livro fica mais claro que ela não queria um segundo filho. Muito boa sua colocação
Nossa! Verdade! O tempo inteiro a família invade e a gente precisa ceder! Não tinha me dado conta disso e de tantas outras coisas ditas neste vídeo! Ainda bem que comprei o curso de psicanálise! Você é foda, Manu!
Família é o mesmo que uma vida de cárcere, te dominam, te controlam, te observam, te invadem, enfim, te imobilizam.
É uma mistura de amor e ódio de fato.
Faz todo o sentido o ressignificar que ela faz com a boneca, o roubo da boneca a mantém perto de seu gatilho e com o tempo ela vai elaborando. Quando ela diz que ficou 3 anos longe das filhas eu pensei que foi o melhor que ela fez pelas filhas, pq de que adiantaria ela ficar ali sobrecarregada, exausta, em conflito com as meninas, como muitas mães fazem, ficam, mas não maternam.
A sua conclusão com relação à boneca parece casar perfeitamente com a última frase do livro. A filha da Leda liga pra ela e pergunta como ela está e ela responde: estou morta mas estou bem.
É isso. Ser mãe exaure e renova, nos conforta e nos dá culpa de maneira cíclica. Vc foi perfeita!
Você é necessária Manu!!!! Aprendo tudo isso, mas ainda assim tenho aqueles pensamentos que foram ensinados ainda na infância “você vai casar, vai ter filhos, precisa encontrar um marido bom, o amor romântico”. Cada vez mais aprendendo 🙌🏻
Sim. As pessoas hoje acham que quem não quer ter filhos é egoísta, pelo contrário, acho que atualmente temos consciência como é realmente criar e educar uma pessoa. E tbm as consequências de uma má criação que a criança recebe.
Manu! Amei quando você falou que” não há outra forma de construir sem transgredir … “ Fiquei muito interessada em ter um vídeo falando mais sobre isso!
Esse vídeo deveria ser exibido como crédito do filme. Muito precisa e potente sua análise.
Amei o filme. Entendi todos os simbolismos e metáforas.
O passado da Leda veio à tona, quando ela se encontrou com a família no resort. A boneca e a laranja são incríveis.
Claro que como mãe já abri mão de ótimos trabalhos profissionais.
Depois, consegui conciliar a maternidade e o jornalismo.
Gostei de seu vídeo.
Parabéns!
"Não há outra forma de construir que não transgredir". Obrigada, Manu!
Eu me sentia sozinha também na maternidade, embora meu marido participasse de muita coisa. Ele mesmo chegou a ter se arrependido da paternidade. Ele não dormia, assim como eu. Ter um recém nascido é uma ralação sem fim até os 4 meses é bem punk. Ninguém contava que não era um sonho dourado. Quando ela foi crescendo, o meu marido fazia muitas coisas também (como até hoje). Sempre buscou na escola e nas atividades, dias dos pais. Ele sempre foi presente, mas o vício de mãe era tamanho que ela chamava o meu marido de mãe. Eram 500 mamãe por dia. Hoje eu sinto falta até falta.
Oi, gostaria de sugerir que vocês criassem uma playlist para as análises de filmes 🙂😉
Simplesmente amei o filme e a sua análise cirúrgica tb. Perfeita !!!!
vi ontem e só conseguia pensar no que iria trazer pra terapia de hoje, na minha mãe/irmã/vó e o no quanto precisava de um vídeo da Manu sobre! obrigada, genial sempre!
Eu sou doida para ler o livro. Não assisti o filme ainda, mas assistindo sua análise parece que está falando de mim em vários momentos!
Eu sou mãe de um casal, 21 e 11 e decidi desde setembro de 2021 que quero me mudar pra Portugal em maio de 2022, sem meus filhos, amo meus filhos mas ser mãe e dona de casa já não me basta mais, não estou feliz neste lugar, onde moro e na circunstância em que me encontro, tenho casa própria, carro, tudo aqui...porém sinto a necessidade de me dar a oportunidade de mais na minha vida, estaria mentindo que já não me passou na cabeça a " culpa" , o filme me instigou a me validar, a me enxergar! E já estou amando essa nova vida que me espera! Obrigada por este vídeo... ahhh e já senti vários ódios dos meus filhos sim! E tá tudo bem!
Nossa que riqueza de análise!! Quase chorei com a o processo do "roubo" da boneca. Transgredir pra construir. Tô mais apaixonada ainda por esse filme! E olha que nem mãe eu sou.
Eu ainda não vi o filme mas penso que a escolha da não maternidade também vem com culpa !!! Sei de onde, sei pq, mas ainda não consegui deixar para trás
Olá. Tenho 45 anos e aos 40 decidi que não seria mãe. Nunca foi algo que eu sonhei. Sinto-me bem com a decisão que tomei. Não foi fácil, mas aconteceram tantas coisas em minha vida e qdo fui ver, já tinha passado dos 40. A gente consegue. Temos muito pra viver e amar e sinto que sou plena mesmo não tendo filhos.
Somos sim!!! Plenas e felizes!
E quando eu penso diferente, lembro do HOMEM que me disse uma vez que não ter filhos significava uma vida vazia, mas se você olhar pra ele, o verá com dois filhos bem problemáticos e uma esposa totalmente em frangalhos. Aí penso “ah tá, ãhã.. fica aí com seu discurso e não olhe pra sua vida” . e a vida segue ok!
Eu sempre digo: ter filhos e ser mãe/pai são coisas diferentes. Eu gostaria de ter filhos. Porém não gostaria de der mãe.
De ser*
27:13 Perfeita colocação!!!!!!! Ahhhh se todo mundo tivesse essa sobriedade, o mundo seria completamente diferente e melhor pra todo mundo, excepcionalmente pra nós mulheres!
Manu, como vc é necessária! 👏🏼👏🏼👏🏼
A filha perdida somos nóizes! Amei sua análise, Manu!
Esse filme foi gatilho muito forte pra mim. Tanto que corri pra fazer psicanálise no dia seguinte.
A Leda me incomodou por estar um pouco mais liberta, passos a frente num processo que eu quero pra mim. Sua transgressão incomoda foi um doloroso e necessário pé na minha bunda.
Eu AMEI esse análise, eu vi o filme é só agora coloquei os pontos que faltavam nos is. Nossa, Manuela! Nossa! Realmente, você é indispensável. Obrigada por se doar todos os dias a abrir os nossos OLHOS.
Maravilhoso o filme
Maravilhosa a análise
Manuela, que aula maravilhosa. Eu já tinha lido este livro e adorado (amo Ferrante e suas protagonistas complexas), mas você me mostrou muitos outros significados e camadas que eu não soube interpretar. Aprendi demais hoje. E o filme captou muito bem os sentimentos do livro, o que é sempre muito difícil. Obrigada, Manu.
Muito bom! Comenta 500 dias com ela por favor
Eu gostaria mto de curtir umas MIL VEZES! Chorei de assistindo 😭 qua discurso perfeito!
Melhor vídeo dos últimos tempos. Todas as mulheres deveriam assistir. Muito obrigada pelo conteúdo 💓😘
Concordo plenamente. Esse vídeo somado ao da série MAID é o que todas nós precisamos.
Amei as diferentes possibilidades de análise sobre o lugar da boneca, especialmente a sua porque oferece a esperança de reconstrução e reorganização dessa experiência de maternar. O destaque para a existência da ambivalência tb foi bacana demais! Sucesso :)
A melhor análise de todos os tempos. Esse filme, sem palavras!!!
Você poderia analisar a série big little lies e euphoria da HBO
Tem muita coisa que vc poderia explanar a partir disso
Na série BLL por exemplo tem o relacionamento da Celeste que é a personagem da Nicole kidman, que traz essa mesma questão de maternidade, ela é advogada e estava sem trabalhar pra cuidar dos filhos, e tem uma cena que ela desabafa com a amiga, depois de voltar ao trabalho e sair de uma audiência que ser mãe não chega nem perto de deixar ela realizada e essa cena é incrível e mostra muito do que vc trouxe nesse vídeo tbm
Em eupohoria acho que a principal pauta que tem a ver com seu rolê é o relacionamento da Maddy e do Nate e tbm sobre a Cassie, que traz questões de relacionamento abusivo, aborto, rivalidade feminina e tals, queria muito que vc analisasse essa série!
Eu tb.👍
Que vídeo necessário!!! Manu, esse livro é baseado na autora Elena Ferrante, que é maravilhosa. Se for possível, deixo a sugestão de analisar algum livro dela ou a série Napolitana (tem na HBO go).
PARABÉNS
INCRÍVEL
Vou assistir o filme por conta dessa análise. Manuela descreveu a minha realidade quando fala da maternidade, ambivalência, aprisionamento... Maravilhosa!!!😘
CARAAA, VC ME AJUDOU TAAANTOO!!!! OBRIGADAAAA!🌻⚜️👏
Perfeito!!!! 👏👏👏👏
Amei a análise!! Maravilhosa! Obrigada ❤❤
Muito obrigada Manuela!!! Que riqueza, que profundidade. Que venham muito mais!
Vídeo bastante esclarecedor, assim como todos os temas q vc explana . Parabéns ! Sobre a Leda ter uma maneira particular de cortar a laranja? Gostaria de saber seu ponto de vista sobre isso. Obg
Muito bom o vídeo! Obrigada!!!
Eu já amava tudo nesse canal.
Quando vi o vídeo sobre a série MAID, foi muito impactante e até hoje lembro dos inúmeros comentários que li e quanta identificação houve na sua análise da vida da protagonista.
Mas com esse...
Meu impacto foi maior ainda, pois assisti o filme, me identifiquei com todos os detalhes e concordo com todas as supostas representações.
Maternidade é sufocante, principalmente pela ambiguidade, muitas vezes.
Excelente, maravilhoso o vídeo. Parabéns.
🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀
dormir pensando, acordei pensando, to o dia inteiro pensando nesse filme...
Manu. Obrigada. Seus vídeos são mais que necessários. Me senti completamente representada na sua fala. Chorei aqui. Você é incrível!
Assisti ao filme ontem e corri aqui para ver a sua análise, a Leda me pareceu uma mulher perturbada.
Muito profunda, abriu meus olhos para várias cenas do filme.
Mas uma coisa que não deixo de pensar é: As crianças? Como ficam essas crianças nesse momento q a mãe simplesmente as abandonam ? Qual impacto isso vai gerar na vida delas?
Um grande abraço.
Eu nem sou mãe e chorei essa análise quase toda!!
Incrível, Manu! 👏👏👏👏👏
pensar que na análise falo muito sobre não querer ser mãe me impactou a ponto achar que eu tinha problemas sérios pra amar e ser uma pessoa ruim e incompleta por issi...., nunca quis e terminei uma relação de 6 anos pra nao ceder.
Avemarayaaaa
Cliquei na mesma hora que apareceu aqui pq eu tenho sininho atyvadoh.
Queria muito esse vídeo seu Manu, assisti ao filme no domingo e fiquei fritando a mente.
Análise perfeita! O filme realmente é incrível.
Muito bacana essa análise! Faz mesmo a gente pensar! 😘
Está tudo incrível, cheio de aprendizado, autoconhecimento e reflexão. Obrigada mesmo ❤✨
Manu, vc arrasa nesses vídeos!
Quero um podcast seu...
ela ja tem
@@AnaPaula910801 eu me expressei mal...um desses canas de vídeocast em que são entrevistadas pessoas
Manu, amei o filme e o video!
Esse filme é baseado no livro da Elena Ferrante, que tem também uma série de livros (não sei se você já leu, a série Napolitana) que começa com o livro "A amiga Genial'. Estou lendo o quarto e último livro e lembro muito de temas que você trás. Essa tetralogia virou uma série da HBO, que estou começando a assistir e tô amando MUITO, muito fiel ao livro. Tem tanta conteúdo nessa serie que já quero um vídeo por temporada! hahaahahah Fica a dica pra conteúdo cinematográfico!
A parte da família na praia que pede o lugar, da rapaziada no cinema, a cigarra no travesseiro, o interfone no meio da noite que faz ela fechar as portas da sacada com medo... mostra acima de tudo que as mulheres são derespeitadas, não tem voz na sociedade, chamadas de mal amadas e de loucas quando se posicionam... se fosse um homem na praia seria aceito ele negar o lugar, seria respeitado quando pedisse para fazerem silêncio no cinema, a cigarra e o interfone mostram o quanto a sociedade nos ensina que precisamos de um homem do lado para nos proteger, seja para espantar o bicho ou para a segurança pessoal... ou seja, a mulher sem um homem do lado não vale nada e com um homem do lado, vale menos do que ele. Sim, ela materna a boneca em outra fase da vida, madura e sem o peso social. Se o homem se afasta pelo trabalho, se trai, é aceito. Se a mulher se stressa com as filhas, ainda é reprimida por outras mulheres.
Amei tudo o que vc escreveu. O que eu não me conformo é justamente a parte que vc disse: "é com tudo isso, ainda é criticada por outras mulheres."
Eu diria mais, criticadas e boicotadas.
Um abraço se cuida :)
Esse filme toca de uma forma surreal.
Manu, feliz aniversário boneca! ❤️♀️
Maravilhosa, como sempre!
Tenho uma filha, meu marido quer mais, eu não, ele me perguntou pq, eu disse "pq eu preciso viver, tenho sede de viver, de ler, de respirar..." Ele olhou pra mim com olhar de raiva e disse:"vc é muuuuuito egoista, vo te culpar pra sempre por isso". Fiquei chateada, mas não quero mais filhos... (amo minha pequena e não me imagino viver sem ela)
Eu achei o filme muito bom. E eu amei a sua análise sobre o filme.
Amei a análise, principalmente pq faz sentido ela ter "morrido" sobre o ferimento q a Nina causou nela
Análise perfeita, profunda! Amei demais!
Exata! Precisa! Cirúrgica!
Manu, vc já viu a série Nove desconhecidos da Amazon?
Conta sobre uma clínica de bem-estar, em que pessoas vão para se tornarem pessoas melhores.
Muito boa e vc poderia fazer uma resenha dela também, por favor! Bjos
Eu amei muito esse videooo! E sobre a cigarra, eu interpretei como sendo um choro de criança
Estava ansiosa esperando esse vídeo porque eh sabia que seria o meljor e mais completo de todos !!! Muito obrigada por compartilhar seu conhecimento com a gente!
Obrigada por esse vídeo 😥❤
ótima crítica! outra indicação de um filme sobre maternidade é Tully (2018). a cena final do pai sendo um pailhaço merece ser um viral.
Noooossaaaa esse filme vai tocar lá fundo na ferida!
Amei sua análise do filme!
A Elena ser bem apegada à boneca é também mais um exemplo da maternidade compulsória. 😅💆🏻♀️
Sensacional
Perfeita! Essa parte da boneca eu não tinha uma conclusão clara. Agora entendi. Valeeeu, Manu!
Tô impactada
Nossa, achei o filme muito doido! Rs. Eu esperava outra coisa, um pouco mais dele, pelo que falavam. Mas as reflexões que vc trouxe foram muito legais, como sempre! 👏👏👏👏
Eu sou mãe e uma vez (na verdade, várias vezes) disse que querer ter filhos é tão ou mais egoísta do que não querer tê-los. Fui apedrejada, lógico. Os homens geralmente não comentam. Mas as mulheres vêm pra cima com tudo. Falam em amor, em escolha, que elas quiseram... confundem tudo. Acho mais lógico admitir que é pelo impulso de perpetuação da espécie do que falar em amor (antes do filho existir). Amor a quem? No "querer ter filhos" o objeto do amor ainda não existe. É possível que seja pela ideia desse amor? Que amor é esse? Na maioria das vezes é "cumprir tabela", seguir o que acham o curso natural da vida. Ou é só pra "curtir", em algum momento da vida tomou contato com criança e gostou, quer ter a experiência. Mas de uma forma ou de outra é pra atender um "desejo próprio". Pode ficar pior: tem as que dizem que querer ter alguém pra amar. Será que alguém que precisa fazer uma pessoa pra saber o que é amar vai amar mesmo? Não sei se estou sabendo me expressar. Espero que entendam que não estou contra a maternidade em si ou contra crianças. Estou falando do querer ter filhos em geral: toda a justificativa que apresentam pra esse querer ter filhos é sobre satisfazer os próprios desejos (desejo já pressupõe o "eu", o ego, o egoísmo) e aos anseios do grupo (sociedade, espécie). Não é nunca pelo filho.
Queria que alguém mais apto elaborasse isso melhor... Quem sabe as pessoas vão entender.
Boa parte quer preeencher o vazio da própria vida, achar um sentimento para seguir em frente. Já ouvi muitas falas:"/ "preciso viver para criar meus filhos", como se a vida dela em si, tivesse pouco ou nenhum valor.
A Leda mostrou ter muitas crises de esquecimento - procurava a boneca e sempre a encontrava noutro lugar -, imagino que seja a demonstração da sequela do estresse e sobrecarga materna. Aqui amenizou quando passei a tomar sertralina. eu indicaria um psiquiatra pra ela pq a maternidade atual destrói com a nossa capacidade de manter a serotonina viajando por mais tempo no nosso corpinho.
Tami, Tami. Menina, que comentário necessário. É exaustamente como me sinto. Vou procurar saber mais. Muito obrigada.
Se cuida, um abraço :)
🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀🌻🍀
O melhor dos melhores vídeos desse canal!!!!!
Achei ótimo o vídeo. Minha Irma tem uma bebê de 5 meses e comenta mto sobre a solidão e julgamento. Não abriu mão da carreira, mas é todo um corre e só possível pq tem rede de apoio.
Ela se sente culpada?
A família deixa ela ter lazer, ter descanso além de deixar estudar?
Só questionamento.
Porque precisar dos "outros", as vezes torna tudo mais estressante e sufocante ainda.
Contribuição sempre necessária. Obrigada! Estou ansiosa pelo início do curso.
Manuela, queria fazer terapia com vc! É sério! O roubo da boneca me soou primeiramente como algo beirando a loucura. Depois fiquei horas refletindo e cheguei a conclusão que a culpa materna ainda caiu sobre a Lêda. Apesar dela ter transgredido as "regras" do que se entende por maternidade no patriarcado, ao deixar as filhas por três anos e viver as outras demandas, ao roubar a boneca, pra mim soou, como se ela quisesse resgatar o que "deixou" de fazer conforme essas "regras" do que nos é imposto socialmente enquanto mãe. O roubo pareceu um resgate, um refazer, um realinhamento da maternidade. E por qual motivo? CULPA. Considerando que se ausentar é algo completamente impensável para uma mãe na sociedade a qual vivemos, pra mim, o filme mostra que a culpa materna nos assola até mesmo quando pensamos que transgredimos. Será que faz sentido?