Esta é a raiz do problema: habilidade social comprometida, dificuldade em participar de eventos sociais e ansiedade causada tanto pela falta de habilidade social quanto pelo fato de estar em lugares com vários estímulos que incomodam as pessoas com autismo. A história narrada pelo Dr. Thiago é a história vivida por muitos autistas. Excelente vídeo.
Eu não fui diagnosticada ainda mas me identifiquei muito. A solidão e o isolamento são uma tendência desde sempre. Eu iria entrar pro convento, quando era adolecente. E sofria bulling por nunca ter beijado nem ficado com ninguém....Detestava ver os jovens a minha volta " ficando", " se pegando", me parecia pavoroso. Eu sempre queria ficar só, vinha alguém e se interessava por mim, expressava até um ponto que eu percebesse. Pq eu dificilmente percebia. A pessoa insistia e ai eu tinha que ver se eu sentia afinidade , mental, fisica, ideológica e espiritual por ela também....E eu tinha que me acostumar com ela primeiro, com a ideia, me afeiçoar, criar laços de confiança e aí eu permitia que ela entrasse na minha vida. Até que desisti de ter um amor no mundo. E decidi entrar para a vida monástica, estou no processo para me tornar uma monja. É detesto este chamado jogo da conquista.
Escutar isso tendo passado por uma situação análoga é complicado. A história seguiu de maneira tão similar, do início ao fim, que penso seriamente em adotar o pseudônimo de Astrogildo 😔
Meu filho é o quarto, então. E ele está em sofrimento por isso. Depressão veio, faz terapia desde os 18 anos e agora passando pela psiquiatra há algum tempo. Não sei o que fazer por ele, que diz que a vida dele não tem sentido (academicamente falando ele é um espetáculo).
Manoooo, vc me descreveu, eu sou o Astrogildo todinho, na infância eu era igualzinho a ele, simplesmente, vc me descreveu... Eu já tive várias amigas aue marcaram a minha vida, desde sempre, e eu era igual o Astrogildo, normalmente a mais próxima de mim, era quem eu me ineteressava, vc me descreveu...
Nomoro com um autista a um ano e meio, agora ele está evitando falar comigo,eu o amo muito , é muito difícil, ele não consegue demonstrar os sentimentos dele. Deus nos abençoe.
A dois dias um autista se declarou e me pediu em namoro,depois disse que não está preparado....eu amo muito ele,mas não estou sabendo como lidar,vc tem algum conselho?eu tenho 32 anos e ele 25
@@Mayraaparecida-j4pSeja clara no que fala, não leve-o a interagir com outras pessoas ( família, amigos,) agora no começo e não imponha responsabilidades logo de cara.
Muito interessante a narração dessa história, pq tb ao mesmo tempo em que a demonstração de afeto no dia-a-dia pode ser um entrave, na hora que bate o desespero da perda da pessoa, as atitudes de reconquista tb podem acabar contribuindo mais ainda pra esse ponto final. Quando conheci o pai dos meus filhos, no ultimo ano da faculdade, ele não precisou ter todo esse trabalho. Eu quem o chamei pra sair, ficamos e eu mesma pedi em namoro. Pq identifiquei nele uma certa inocência e um excesso de honestidade que me diziam que ele jamais seria sacana comigo, assim como outros caras em outras experiências que eu tive. Entrei de cabeça. Onze meses de namoro e fui pedida em casamento! Nesse período fomos a festas, a churrascos de formatura, e quanto a disponibilidade pra isso, não identifiquei nenhum problema. Ele parecia ser tímido apenas com algumas pessoas desconhecidas, mas com a galera da turma, não. Depois que me casei, comecei a perceber algumas estranhesas. Fomos morar em Manaus no 1º ano de casamento e ele não queria sair para passeios na natureza, como turista. Ele só aceitava ir em shopping e a desculpa que dava era a preocupação com grana. Quando voltamos pra S. Paulo, fomos morar na casa dos pais dele, por um tempo. Aí percebi uma obsessão por jogos eletrônicos, foi quando eu comecei a sentir um pouco de afastamento dele. Nesse período engravidei do nosso primeiro filho, nos mudamos para uma casa só nossa e o bebê nasceu. Acho que deve ter sido muita mudança pra ele e então passou a ficar muito isolado e muito intolerante a pequenas coisas. O relacionamento começou a ficar muito ruim, me sentia sozinha e muito sobrecarregada com a casa e o filho pequeno. Ele praticamente chegava do trabalho e ia jogar vídeo-game até a hora de dormir. Pedi separação várias vezes, mas ele não aceitava e não entendia os motivos que me levavam aquela decisão. Até que apareceu uma pessoa no hospital onde eu trabalhava dando demonstrações de interesse. Um dia ele pegou as conversas no celular e resolveu mudar radicalmente, atendendo a tudo o que eu reinvindicava de atenção, ajuda, lazer... Bom, aos 7 anos meu filho foi diagnosticado com TEA nível 1 e TDAH. Tivemos mais 1 filho, tb no espectro com altas-habilidades. Quando fui estudar sobre o assunto, descobri que eu tenho TDA e muito provavelmente ele é autista, mas ele nunca aceitou. Depois tivemos muitos outros episódios como esse, sem que ele entendesse e respeitasse as nossas diferenças. Parece que ele não compreende o sentimento do outro, não entende que o outro pode pensar diferente. É muito reativo e se altera com facilidade. Eu, depois de tentar me adequar de todas as formas pra que ele ficasse regulado, estável, me encontrei numa sobrecarga tão grande, que não aguentei. Tive depressão. Foram 14 anos de casamento e hj estamos nos divorciando. Está um processo muito difícil, pq mais uma vez ele não entende. Não quero nenhum mal a ele, mas não consigo mais vê-lo como um homem, não possuo mais nenhum desejo sexual por ele.
Obrigado pelo seu relato, é uma realidade comum a outras pessoas. Importante estar cuidando da sua própria saúde mental, processos de separação costumam trazer estresse.
Primeira vez que vejo um conteúdo assim sobre autismo. Essa questão " romantica" parece não ser muito abordada. Eu me identifiquei muito. Apesar de não saber se sou autista tenho muitos sinais do autismo nível 1. Quando digo muito , é muito mesmo. Porém com relação a área amorosa estou me analisando agora os meio desse vídeo, é realmente me identifiquei muito. Já tenho mais de 50 anos e não casei. Minha vida sentimental foi muito prejudicada. Valeu por esse conteúdo, gostei bastante.
Gostei do vídeo. A grande maioria só ficam na teoria de " dificuldade pra isso e pra aquilo" e não dão exemplos práticos como esse que contam uma história muito real. Parabéns.
Parabéns! Foi o relato mais didático que eu já ouvi sobre as dificuldades românticas no autismo. Inclusive a idealização (amor platônico.) Sem dúvidas, de todos os relacionamentos sociais afetivos, o romântico é o mais complexo para um autista n1 (asperger.)
Penso que prefiro morrer a tomar alguma atitude. Flertar sempre foi um inferno p mim. Acabava me escondendo e fugindo. O cara tinha que saber adentrar o meu mundo, sendo meu amigo primeiro, me conquistando a confiança. Hoje sei que isso era assim, por causa do autismo. É libertador!
Me casei com uma pessoa e já se passaram 6 anos e ele é exatamente o que você descreveu na sua história. Estou tentando entender ele, pois nosso relacionamento é muito diferente dos outros que já tive. Ele não aceita que é Autista nível 1. Então estou buscando conhecimentos para procurar entender as atitudes dele e compreender pois tenho amor por ele e quero viver a minha vida com ele.
Meu namoro não busca muito ajuda. Ele prefere me culpar RS. Tenho tdah. Mais vamos ser amigos. Até ele sentir vontade de me entender e ao menos me culpar menos. Dois vjkvendo com depressão tdah e autismo só Deus na causa
Video perfeito. Quando eu era criança tiver varios amores platonicos. Foi dificil demais para mim conseguir chegar em uma mullher, morria de medo de chegar perto. Mas queria muito. já fui conseguir com 24 anos.
Bastante claro e elucidativo o vídeo ao abordar esse tema. Seria interessante um vídeo esclarecendo as dificuldades de um autista nível 1 (Asperger) no casamento com uma pessoa neuro típica.
E se eu disser que eu tive um amor platônico e que se tornou real? Só virou real porque, após 3 meses de eu me apaixonar e elogiar ela várias vezes, ela acabou pedindo pra eu prometer que não me apaixonaria por ela. No calor do momento em que ela pediu essa promessa, eu acabei dizendo que já estava apaixonado. Tudo isso em janeiro/2022. Passamos todo o ano de 2022 nos conhecendo e eu a pedi em namoro em 31/12/2022. Infelizmente terminamos em 14/06/2023. Mas acredito que os fatos que vivi após esse término, foram essenciais para eu descobrir o autismo.
Nossa.. eu passo por tudo isso, indo na terapia pra ver se melhora.. estive só por tanto tempo que nem libido tenho mais, me desculpa falar mas estou pica seca, é foda que o isolamento se tornou comum mas criar conexões é mais importante, estou tentando melhorar! valeu pelo vídeo Thiago Bezerrinho kkk
Eu quase fiquei assim também. Cai num relacionamento abusivo, tive uma filha, mas nem chegamos a viver juntos. Foi um ótimo acontecimento para mim engravidar, nem eu me imaginava mãe. Minha filha é TEA suporte 1
Legal ter gostado do vídeo! 😊 Os problemas relacionados a vida romântica no Autismo estão dentro do grupo de dificuldades de habilidades sociais. Então a forma mais robusta de melhorar é treinamento dessas habilidades num processo de psicoterapia comportamental. Mas paralelo à isso o adolescente precisa se inteirar ao máximo sobre os pormenores do seu funcionamento e das suas dificuldades para ir amadurecendo estratégias. Cada experiência não bem sucedida é uma oportunidade de aperfeiçoar o comportamento. Nesse sentido é muito válido ter pessoas de confiança que possam estar observando e analisando a atuação do individuo nessas interações românticas.
@@thiagobezerril sim. Parece que ele não entende, parece que é indiferente. Ele é extremamente provedor materialmente, porém, de afeto parece que não sabe expressar.
Me relaciono com mulheres e mulheres lesbicas são mt subjetivas, sofro mt com isso, acho que nunca vou conseguir me relacionar, as vezes a pessoa ate me acha bnt mas n desenvolve nada pq n consigo desenvolver e isso me causa mt ansiedade e insegurança
Meu namorado tem suspeita de autismo grau 1. Os sintomas são todos. Ele tem tdah. E eu também. Na comunicação tá dificil, pois me culpa por coisas q ele tem dificuldade. E q eu tamb tenho. Estamos quase terminando. Cada um vai p sua casa.. Busco psicólogo Gostaria q ele melhorasse ao menos essa empatia e não me criticar. Ter tdah e depressão não eh fácil. Ele vive a mesma situação e não entende. Difícil RS
Aí é que tá. Como o autista consegue criticar e não consegue elogiar, consolar? Parece uma maldição. Meu pai é assim, eu fui muito, melhorei e me esforço pra o ser.
Astrogildo ainda foi melhor que eu, tenho 26 anos doido pra casar e até hoje tudo que eu tive foi só paixão platônica como se ainda tivesse 16 anos e tenho uma dúvida inerente a minha última experiência: como seria um relacionamento entre alguém com autismo nível 1 e alguém com síndrome de borderline?
Pode ser um relacionamento difícil porque de um lado e do outro algumas demandas emocionais podem não ser atendidas. Tenho casos que acompanho com essa vivência.
Bom, eu não tenho diagnóstico, apenas especulações de uma médica que me encaminhou para o Caps com urgência por suspeita que tenho TEA. Meu relacionar com todos parece um tanto complexo, mais em especial o meu relacionamento amoroso com meu " parceiro ". Parece que não é como as outras pessoas, sinto desejo sexual apenas no período fértil ( ainda assim é bem pouco ). Mais parece que para os outros é atração sexual, se você é atraente fisicamente alguém vai lhe amar e tal, mais para mim isso não acontece, nunca amei alguém apenas pela aparência. A pessoa que me relaciono comenta comigo que eu não sinto tesão por ele, como ele senti por mim, ( talvez algo relacionado a autoestima ), não é sobre o desejo e sim ser desejado. Porque para mim é como um teatro para se chegar ao prazer sexual, as vezes cansa um pouco atuar, mais as vezes é divertido. E isso o deixa um tanto angustiado e frustrado as vezes, por não gostar que eu finja certos comportamentos. Ainda mais pq não sinto necessidade de o beijar, abraçar e fazer as coisas que casais românticos normais fazem. Me é mais sentimental encosta a testa na testa dele ou atos de serviço, dialogar sobre hobbies em comum. Por exemplo fomos no cinema e creio que ele quis me beijar e clichês do tipo..., mais em vez disso, fiz uma análise do filme e xinguei o produtor por ter escrito um roteiro péssimo ( não foi romântico ). Mais nisso eu já fui bem franca no começo, lhe pedi que se não aguentasse, saísse da minha vida o quanto antes, pois não gosto de perder meu tempo. E nisso ele cai em outra questão "apego emocional " que parece não existir em mim, assim ele comenta que não senti que o amo e que não sinto nada. E de novo, não o entendo, porque se estou ao lado dele, é porque o amo, se não, nem estaria perto dele. Porque quando não gosto de alguém nem se quer olho ou me dou o trabalho de interagir. Bom ele continua sem entender e eu também não o entendo... Bom, sabe lá se um dia irei descobrir oque existe de errado em ser eu mesma kkkkk
O seu relato é interessante. Entender a natureza dessas dificuldades requer uma análise mais ampla, de verificar como é seu funcionamento em outros padrões de relacionamento românticos, se existe algo específico do atual relacionamento que gere dificuldades e ainda outros aspectos sobre o seu funcionamento mental. Mas é importante estar refletindo sobre tudo isso.
Passo por isso. Sinto falta de carinho e de ser ouvida. Ele me ignora e não gosta de conversar. Só oq interessa ele. Tô pensando em me mudar de casa. Cada um no seu canto. Ele demonstra pelas atitudes q gosta. Mais depois joga na cara q a produção dele caiu depois q vim morar com ele. Não entendo. E vem atrás
Sou autista, até consigo (mesmo que pouco) ter parceiras sexuais porem quando começo a realmente a me atrair romanticamente eu travo e acabo preferindo ficar apenas no platonico
Esta é a raiz do problema: habilidade social comprometida, dificuldade em participar de eventos sociais e ansiedade causada tanto pela falta de habilidade social quanto pelo fato de estar em lugares com vários estímulos que incomodam as pessoas com autismo. A história narrada pelo Dr. Thiago é a história vivida por muitos autistas. Excelente vídeo.
Muito perspicaz sua análise. Obrigado!
Eu não fui diagnosticada ainda mas me identifiquei muito. A solidão e o isolamento são uma tendência desde sempre. Eu iria entrar pro convento, quando era adolecente. E sofria bulling por nunca ter beijado nem ficado com ninguém....Detestava ver os jovens a minha volta " ficando", " se pegando", me parecia pavoroso. Eu sempre queria ficar só, vinha alguém e se interessava por mim, expressava até um ponto que eu percebesse. Pq eu dificilmente percebia. A pessoa insistia e ai eu tinha que ver se eu sentia afinidade , mental, fisica, ideológica e espiritual por ela também....E eu tinha que me acostumar com ela primeiro, com a ideia, me afeiçoar, criar laços de confiança e aí eu permitia que ela entrasse na minha vida. Até que desisti de ter um amor no mundo. E decidi entrar para a vida monástica, estou no processo para me tornar uma monja.
É detesto este chamado jogo da conquista.
Escutar isso tendo passado por uma situação análoga é complicado. A história seguiu de maneira tão similar, do início ao fim, que penso seriamente em adotar o pseudônimo de Astrogildo 😔
E você certamente não está sozinho. Fiz essa narrativa com base em 2 pessoas que acompanho com histórias muito parecidas
KKKKKKK DOIS Astrogilda
😂😂😂 Três Astrogildos
Meu filho é o quarto, então. E ele está em sofrimento por isso. Depressão veio, faz terapia desde os 18 anos e agora passando pela psiquiatra há algum tempo. Não sei o que fazer por ele, que diz que a vida dele não tem sentido (academicamente falando ele é um espetáculo).
@@anaanalessacho que voces estão no caminho, continue apoiando vai dar certo
Manoooo, vc me descreveu, eu sou o Astrogildo todinho, na infância eu era igualzinho a ele, simplesmente, vc me descreveu... Eu já tive várias amigas aue marcaram a minha vida, desde sempre, e eu era igual o Astrogildo, normalmente a mais próxima de mim, era quem eu me ineteressava, vc me descreveu...
Nomoro com um autista a um ano e meio, agora ele está evitando falar comigo,eu o amo muito , é muito difícil, ele não consegue demonstrar os sentimentos dele. Deus nos abençoe.
Mesmo caso do meu marido. Não entendi entrelinhas,não entendi sarcasmo etc e não suporta usar calça cumprida , só shorts
Até descobrir porque ele era tão diferente sofri muito
@@elisangelamorais7879vamos conversar kkkkkk acho o que o meu esposo tbm tem
A dois dias um autista se declarou e me pediu em namoro,depois disse que não está preparado....eu amo muito ele,mas não estou sabendo como lidar,vc tem algum conselho?eu tenho 32 anos e ele 25
@@Mayraaparecida-j4pSeja clara no que fala, não leve-o a interagir com outras pessoas ( família, amigos,) agora no começo e não imponha responsabilidades logo de cara.
Muito interessante a narração dessa história, pq tb ao mesmo tempo em que a demonstração de afeto no dia-a-dia pode ser um entrave, na hora que bate o desespero da perda da pessoa, as atitudes de reconquista tb podem acabar contribuindo mais ainda pra esse ponto final. Quando conheci o pai dos meus filhos, no ultimo ano da faculdade, ele não precisou ter todo esse trabalho. Eu quem o chamei pra sair, ficamos e eu mesma pedi em namoro. Pq identifiquei nele uma certa inocência e um excesso de honestidade que me diziam que ele jamais seria sacana comigo, assim como outros caras em outras experiências que eu tive. Entrei de cabeça. Onze meses de namoro e fui pedida em casamento! Nesse período fomos a festas, a churrascos de formatura, e quanto a disponibilidade pra isso, não identifiquei nenhum problema. Ele parecia ser tímido apenas com algumas pessoas desconhecidas, mas com a galera da turma, não. Depois que me casei, comecei a perceber algumas estranhesas. Fomos morar em Manaus no 1º ano de casamento e ele não queria sair para passeios na natureza, como turista. Ele só aceitava ir em shopping e a desculpa que dava era a preocupação com grana. Quando voltamos pra S. Paulo, fomos morar na casa dos pais dele, por um tempo. Aí percebi uma obsessão por jogos eletrônicos, foi quando eu comecei a sentir um pouco de afastamento dele. Nesse período engravidei do nosso primeiro filho, nos mudamos para uma casa só nossa e o bebê nasceu. Acho que deve ter sido muita mudança pra ele e então passou a ficar muito isolado e muito intolerante a pequenas coisas. O relacionamento começou a ficar muito ruim, me sentia sozinha e muito sobrecarregada com a casa e o filho pequeno. Ele praticamente chegava do trabalho e ia jogar vídeo-game até a hora de dormir. Pedi separação várias vezes, mas ele não aceitava e não entendia os motivos que me levavam aquela decisão. Até que apareceu uma pessoa no hospital onde eu trabalhava dando demonstrações de interesse. Um dia ele pegou as conversas no celular e resolveu mudar radicalmente, atendendo a tudo o que eu reinvindicava de atenção, ajuda, lazer... Bom, aos 7 anos meu filho foi diagnosticado com TEA nível 1 e TDAH. Tivemos mais 1 filho, tb no espectro com altas-habilidades. Quando fui estudar sobre o assunto, descobri que eu tenho TDA e muito provavelmente ele é autista, mas ele nunca aceitou. Depois tivemos muitos outros episódios como esse, sem que ele entendesse e respeitasse as nossas diferenças. Parece que ele não compreende o sentimento do outro, não entende que o outro pode pensar diferente. É muito reativo e se altera com facilidade. Eu, depois de tentar me adequar de todas as formas pra que ele ficasse regulado, estável, me encontrei numa sobrecarga tão grande, que não aguentei. Tive depressão. Foram 14 anos de casamento e hj estamos nos divorciando. Está um processo muito difícil, pq mais uma vez ele não entende. Não quero nenhum mal a ele, mas não consigo mais vê-lo como um homem, não possuo mais nenhum desejo sexual por ele.
Obrigado pelo seu relato, é uma realidade comum a outras pessoas. Importante estar cuidando da sua própria saúde mental, processos de separação costumam trazer estresse.
Primeira vez que vejo um conteúdo assim sobre autismo. Essa questão " romantica" parece não ser muito abordada. Eu me identifiquei muito. Apesar de não saber se sou autista tenho muitos sinais do autismo nível 1. Quando digo muito , é muito mesmo. Porém com relação a área amorosa estou me analisando agora os meio desse vídeo, é realmente me identifiquei muito. Já tenho mais de 50 anos e não casei. Minha vida sentimental foi muito prejudicada. Valeu por esse conteúdo, gostei bastante.
Bom saber que está te ajudando a entender melhor seu próprio funcionamento
@@thiagobezerril sim, com certeza. Muito obrigada.
Gostei do vídeo. A grande maioria só ficam na teoria de " dificuldade pra isso e pra aquilo" e não dão exemplos práticos como esse que contam uma história muito real. Parabéns.
Incrivel doutor, parabens pelo conteudo espetacular! parabens
Parabéns! Foi o relato mais didático que eu já ouvi sobre as dificuldades românticas no autismo. Inclusive a idealização (amor platônico.) Sem dúvidas, de todos os relacionamentos sociais afetivos, o romântico é o mais complexo para um autista n1 (asperger.)
Penso que prefiro morrer a tomar alguma atitude. Flertar sempre foi um inferno p mim. Acabava me escondendo e fugindo. O cara tinha que saber adentrar o meu mundo, sendo meu amigo primeiro, me conquistando a confiança. Hoje sei que isso era assim, por causa do autismo. É libertador!
Me casei com uma pessoa e já se passaram 6 anos e ele é exatamente o que você descreveu na sua história. Estou tentando entender ele, pois nosso relacionamento é muito diferente dos outros que já tive. Ele não aceita que é Autista nível 1. Então estou buscando conhecimentos para procurar entender as atitudes dele e compreender pois tenho amor por ele e quero viver a minha vida com ele.
A possibilidade dele melhorar alguns comportamentos passa necessariamente pela conscientização das próprias dificuldades.
Meu namoro não busca muito ajuda. Ele prefere me culpar RS. Tenho tdah. Mais vamos ser amigos. Até ele sentir vontade de me entender e ao menos me culpar menos. Dois vjkvendo com depressão tdah e autismo só Deus na causa
Eu também sou casada a 10 anos e acredito que devido aos problemas que estão surgindo em casa ,meu marido tenha autismo mas nível de suporte 2
Faz mais vídeos sobre o assunto por favor. Tive diagnóstico tardio e recentemente e tenho interesse no assunto
Neste domingo está indo ao ar um vídeo sobre esse assunto, acho que você vai gostar.
Me identifiquei com o vídeo! Parece que contou minha história 😢
Impressionante o quanto me identifiquei com esse vídeo, nunca me identifiquei tanto com uma descrição, e também sou autista, TDAH e affs.
Video perfeito. Quando eu era criança tiver varios amores platonicos. Foi dificil demais para mim conseguir chegar em uma mullher, morria de medo de chegar perto. Mas queria muito. já fui conseguir com 24 anos.
Muito bom, Dr. Thiago!
Acho que sou esse tal Astrogildo até pq o Universo já foi meu HIPERFOCO .
Bastante claro e elucidativo o vídeo ao abordar esse tema.
Seria interessante um vídeo esclarecendo as dificuldades de um autista nível 1 (Asperger) no casamento com uma pessoa neuro típica.
Obrigado pela sugestão de tema, é uma boa ideia.
@@thiagobezerril faz um vídeo sobre namoro e ou casamento de um autista com uma pessoa típica.
E se eu disser que eu tive um amor platônico e que se tornou real? Só virou real porque, após 3 meses de eu me apaixonar e elogiar ela várias vezes, ela acabou pedindo pra eu prometer que não me apaixonaria por ela. No calor do momento em que ela pediu essa promessa, eu acabei dizendo que já estava apaixonado. Tudo isso em janeiro/2022. Passamos todo o ano de 2022 nos conhecendo e eu a pedi em namoro em 31/12/2022. Infelizmente terminamos em 14/06/2023. Mas acredito que os fatos que vivi após esse término, foram essenciais para eu descobrir o autismo.
Interessante a sua história e bom que a experiência vivida tenha resultado em aprendizados e descobertas.
@@thiagobezerril verdade. Só Deus sabe se um dia eu e ela retornaremos.
Que vídeo massa, praticamente uma mini novela rsrs. Se possível traga mais vídeos sobre esse tema
Achei muito interessante, e seria bom, saber como manter um relacionamento com um autista.
Nossa.. eu passo por tudo isso, indo na terapia pra ver se melhora.. estive só por tanto tempo que nem libido tenho mais, me desculpa falar mas estou pica seca, é foda que o isolamento se tornou comum mas criar conexões é mais importante, estou tentando melhorar! valeu pelo vídeo Thiago Bezerrinho kkk
Tenho 43 anos e nunca consegui namorar.
Eu quase fiquei assim também. Cai num relacionamento abusivo, tive uma filha, mas nem chegamos a viver juntos.
Foi um ótimo acontecimento para mim engravidar, nem eu me imaginava mãe.
Minha filha é TEA suporte 1
😢 que história triste.. tadinho.
❤❤❤❤
Eu vejo ele na minha cabeça. Fico extressada quando bagunça a minha cabeça. Acho linda a barba dele.
kkkk eu sou Astrogilda. Agora aos 27 anos correndo atrás do meu diagnóstico
Sou casada com um Astrogildo, porém não tem diagnóstico! Eu tenho uma dúvida de como lidar, tenho a impressão que tudo que eu faço está errado.
Eu sou o Astrogildo no feminino 😂😂😂😂
😂😂
Eu 😂😂😂
A possibilidade do autista ser traído é enorme.
Eu....
Muito bom esse vídeo! Como ajudar um pré-adolescente recém-diagnosticado nessas questões?
Legal ter gostado do vídeo! 😊
Os problemas relacionados a vida romântica no Autismo estão dentro do grupo de dificuldades de habilidades sociais. Então a forma mais robusta de melhorar é treinamento dessas habilidades num processo de psicoterapia comportamental. Mas paralelo à isso o adolescente precisa se inteirar ao máximo sobre os pormenores do seu funcionamento e das suas dificuldades para ir amadurecendo estratégias. Cada experiência não bem sucedida é uma oportunidade de aperfeiçoar o comportamento. Nesse sentido é muito válido ter pessoas de confiança que possam estar observando e analisando a atuação do individuo nessas interações românticas.
@thiagobezerril faz maus vídeos sobre o assunto. Adoooorei
você teria algumas dicas de como devo demostrar esse amor por ele ao ponto que ele consiga entender que é uma atitude de carinho e amor?
Explica melhor sua pergunta. Você acha que suas demonstrações de afeto não são com compreendidas por ele?
@@thiagobezerril sim. Parece que ele não entende, parece que é indiferente. Ele é extremamente provedor materialmente, porém, de afeto parece que não sabe expressar.
15:53 Ciúmes da concorrente rsrsrs a astrogilda 😮
Excelente ❤
Me relaciono com mulheres e mulheres lesbicas são mt subjetivas, sofro mt com isso, acho que nunca vou conseguir me relacionar, as vezes a pessoa ate me acha bnt mas n desenvolve nada pq n consigo desenvolver e isso me causa mt ansiedade e insegurança
Já não basta um problema é vc foi buscar mais?
@@ivandossantos9073qual é o problema?
Meu namorado tem suspeita de autismo grau 1. Os sintomas são todos. Ele tem tdah. E eu também. Na comunicação tá dificil, pois me culpa por coisas q ele tem dificuldade. E q eu tamb tenho. Estamos quase terminando. Cada um vai p sua casa..
Busco psicólogo
Gostaria q ele melhorasse ao menos essa empatia e não me criticar. Ter tdah e depressão não eh fácil. Ele vive a mesma situação e não entende. Difícil RS
Aí é que tá. Como o autista consegue criticar e não consegue elogiar, consolar? Parece uma maldição. Meu pai é assim, eu fui muito, melhorei e me esforço pra o ser.
Os cursos A.B.A estão disponível para pais de autistas??
Sim, sugiro procurar em iepsis.com.br/cursos/
Boa Noite o senhor faz atendimento pela Internet??
Faço sim
Astrogildo ainda foi melhor que eu, tenho 26 anos doido pra casar e até hoje tudo que eu tive foi só paixão platônica como se ainda tivesse 16 anos e tenho uma dúvida inerente a minha última experiência: como seria um relacionamento entre alguém com autismo nível 1 e alguém com síndrome de borderline?
Pode ser um relacionamento difícil porque de um lado e do outro algumas demandas emocionais podem não ser atendidas. Tenho casos que acompanho com essa vivência.
Um inferno na terra
Bom, eu não tenho diagnóstico, apenas especulações de uma médica que me encaminhou para o Caps com urgência por suspeita que tenho TEA.
Meu relacionar com todos parece um tanto complexo, mais em especial o meu relacionamento amoroso com meu " parceiro ". Parece que não é como as outras pessoas, sinto desejo sexual apenas no período fértil ( ainda assim é bem pouco ). Mais parece que para os outros é atração sexual, se você é atraente fisicamente alguém vai lhe amar e tal, mais para mim isso não acontece, nunca amei alguém apenas pela aparência. A pessoa que me relaciono comenta comigo que eu não sinto tesão por ele, como ele senti por mim, ( talvez algo relacionado a autoestima ), não é sobre o desejo e sim ser desejado. Porque para mim é como um teatro para se chegar ao prazer sexual, as vezes cansa um pouco atuar, mais as vezes é divertido. E isso o deixa um tanto angustiado e frustrado as vezes, por não gostar que eu finja certos comportamentos. Ainda mais pq não sinto necessidade de o beijar, abraçar e fazer as coisas que casais românticos normais fazem. Me é mais sentimental encosta a testa na testa dele ou atos de serviço, dialogar sobre hobbies em comum. Por exemplo fomos no cinema e creio que ele quis me beijar e clichês do tipo..., mais em vez disso, fiz uma análise do filme e xinguei o produtor por ter escrito um roteiro péssimo ( não foi romântico ). Mais nisso eu já fui bem franca no começo, lhe pedi que se não aguentasse, saísse da minha vida o quanto antes, pois não gosto de perder meu tempo. E nisso ele cai em outra questão "apego emocional " que parece não existir em mim, assim ele comenta que não senti que o amo e que não sinto nada.
E de novo, não o entendo, porque se estou ao lado dele, é porque o amo, se não, nem estaria perto dele. Porque quando não gosto de alguém nem se quer olho ou me dou o trabalho de interagir. Bom ele continua sem entender e eu também não o entendo...
Bom, sabe lá se um dia irei descobrir oque existe de errado em ser eu mesma kkkkk
O seu relato é interessante. Entender a natureza dessas dificuldades requer uma análise mais ampla, de verificar como é seu funcionamento em outros padrões de relacionamento românticos, se existe algo específico do atual relacionamento que gere dificuldades e ainda outros aspectos sobre o seu funcionamento mental. Mas é importante estar refletindo sobre tudo isso.
Passo por isso. Sinto falta de carinho e de ser ouvida. Ele me ignora e não gosta de conversar. Só oq interessa ele. Tô pensando em me mudar de casa. Cada um no seu canto. Ele demonstra pelas atitudes q gosta. Mais depois joga na cara q a produção dele caiu depois q vim morar com ele. Não entendo. E vem atrás
Tem video em relação a manter um relacionamento com autista?
especificamente com esse enfoque, ainda não. Mas tenho um vídeo recente sobre dificuldades no relacionamento: ua-cam.com/video/7pQulv5xi94/v-deo.html
é isso brasil
Como proceder num caso como esse? Se a mulher está a fim de um autista deve tomar a iniciativa?
Pode ser um caminho, mas de alguma forma para as coisas darem certo é necessário que a comunicação seja clara.
Sou autista, até consigo (mesmo que pouco) ter parceiras sexuais porem quando começo a realmente a me atrair romanticamente eu travo e acabo preferindo ficar apenas no platonico
Só faltou falar que sou o Astrogildo kkkkkk
Vc não, eu. Como ele adivinhou a minha vida.
Às vezes parece que não há um interessante, confunde muito
Eles dizem uma coisa e atitude eh outra. Nem eles se entendem eu acho.