Estou José, não sou José - Ocupação Nise da Silveira (2017)

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  • Опубліковано 23 лис 2017
  • José Alberto de Almeida, cliente do ateliê do Museu de Imagens do Inconsciente (MII) há 38 anos, fala de seu histórico e seu processo de criação artística, exemplificando com um quadro. Conta episódios da vida de Carlos Pertuis, cliente acompanhado por Nise a partir de 1946 e que produziu cerca de 21.500 obras. José Alberto trata ainda do conceito do “afeto catalisador”, desenvolvido por Nise para explicar a importância dos animais no tratamento psiquiátrico.
    A 37ª edição do programa Ocupação homenageia a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999), pioneira na renovação das estruturas do tratamento da saúde mental. Com a curadoria de Luiz Carlos Mello (diretor do MII) e da equipe do instituto, a exposição fica em cartaz entre os dias 25 de novembro de 2017 e 28 de janeiro de 2018, no Itaú Cultural, em São Paulo/SP.
    Depoimento gravado no Rio de Janeiro/RJ, em setembro de 2017.
    Saiba mais sobre a Ocupação Nise da Silveira: goo.gl/p2Qwvt.
    Créditos
    Presidente: Milú Villela
    Diretor-superintendente: Eduardo Saron
    Superintendente administrativo: Sérgio Miyazaki
    Gerente do Núcleo de Comunicação e Relacionamento: Ana de Fátima Sousa
    Coordenador do Núcleo de Comunicação e Relacionamento: Carlos Couto Costa
    Gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura: Claudiney Ferreira
    Coordenadora de conteúdo audiovisual: Kety Fernandes Nassar
    Produção audiovisual: Camila Fink
    Entrevista: Duanne Ribeiro
    Captação de imagem: André Seiti e Karina Bonini Fogaça
    Som direto: Tomás Franco (terceirizado)
    Roteiro e edição: Karina Bonini Fogaça
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КОМЕНТАРІ • 27

  • @alessandrafonseca2853
    @alessandrafonseca2853 6 років тому +34

    20% da população humana são seres de alta sensibilidade, importantissimos para o nosso mundo, onde podem nos ensinar sobre a beleza da vida, mas infelizmente sao tratados como loucos pois não se encaixam no nosso jeito limitado de ser e pensar. Que grandeza de conhecimento desse ser 👏

    •  5 років тому +1

      totalmente de acordo! que grandeza desse senhor

    • @carloshumbertomartins7712
      @carloshumbertomartins7712 3 місяці тому +1

      A loucura se aproxima muito da arte, o Professor Gillis Deleuze diz que na realidade o louco o artista o nômade são pessoas que funcionam como simulacro, ou seja, eles têm um jeito de dizer e de viver a vida, diferente das pessoas que funcionam como copias, que são os normais.
      Na arte, nós conseguimos traduzir o sentido do vivido, o experienciado, fazendo algo que seja doloroso, algo que seja compulsivamente inesperado seja traduzido em uma forma estética, bela, que seja familiarizado, mas reincorporando na nossa vida a obra de arte, como quem resgata as entranhas do próprio eu. Enquanto aquilo ficava atormentado nas entranhas, era um foco de pressão, era um foco de sofrimento, que sai criativamente reinventado na elaboração de uma obra de arte, o homem já se vê, admira e se familiariza com a natureza da própria existência humana, e vive dialeticamente dor e alegria trabalhando os sentimentos na perspectiva da própria finitude da vida.
      Então, todos nós carregamos inúmeros momentos da vida que se perderam no tempo, e que por terem se perdido no tempo soam distantes e distantes nos fazem saudosos, chorosos, sofridos e quando nós mergulhamos nestes eventos distantes buscamos eles para o cotidiano, para o presente, e os concretizamos em uma obra de arte, nós resgatamos na obra de arte o mais doído, que era a sensação de que parte de nós havia ficado naquilo que se passou, naquilo que foi perdido, e a obra de arte retrata a nossa inteireza a integridade do “Eu” que não se perde nos abandonos vividos, nas vitórias que se esfumaçaram, nas mudanças da vida.
      O homem se reintegra na obra de arte e se percebe presente, atualizado, em condição de falar de si em um tom diferente, no tom, onde a lagrima pela dor do perdido é apenas água que retempera a tinta da caneta que faz a escrita, que ao sofrer banha nos, como no poema do Senhor Carlos Drummond de Andrade: [“A lagrima limpa a alma”].
      Mas quando nosso choro não é choro é chororó, como diz a musica do Sr. Gilberto Gil, a gente repete, repete um sofrimento e não consegue sublimar, nem reinterpretar, e nem aprender com ele; mas se a gente traduz em arte, o nosso enlouquecimento torna se poeticamente uma dádiva de calmaria de serenidade, porque o desespero em uma obra de arte encanta, o desespero nas entranhas enlouquecidas do “Eu” assusta, atemoriza.
      [“Sozinho no escuro, qual bicho do mato, sem Teogonia, sem parede nua para se encostar, você foge José, para onde? Para onde”?] Carlos Drummond de Andrade.
      18° A Loucura a Cura.
      A loucura é isto?
      A cura!
      Porquê, o José que se reconhece em um quarto escuro sem paredes para se encostar, neste momento é retratado o momento mais profundo da solidão do ser humano.
      Nós precisamos de Deuses, paredes, de chão, de mitos, de companhia.
      “E agora José” depois que foi escrito, perder a sua solidão, porque ele conversa comigo, com vocês, conversa com os nossos amigos, ele passeia pela cidade, pelas livrarias. “O José” depois de obra de arte, ele descobre que pode conversar com quem tem Deuses, pode encostar na casa do vizinho, o José depois de escrito ele escora nas pedras de Itabira e se percebe como ser que tem território.
      A fragilidade ela é exposta na poesia, ela perde a maior dor, porque a dor da loucura, é a solidão, é o não poder compartilhar, é ser algo que o outro não entende, e que o outro não consegue atingir.
      Por mais que tenhamos algum conhecimento do Sr. Carlos Drummond de Andrade, “E agora José”, você consegue conversar.
      O José que não escreveu José, e agora é José, não vive mais no silêncio.
      Então, nós podemos compartilhar com o poema, com a pintura, com a escultura, com a poesia, com a literatura as próprias angustias, nós podemos nos igualar e ai acaba a diferença. Se estamos vivendo uma crise e a crise é diferença então nós acabamos encontrando um fator comum.
      E é por isso que o trabalho terapêutico em grupo ele funciona, porque “dor” compartilhada é “dor” que você desmistifica da condição infernal e faz ganhar estatuto de problema do cotidiano.

  • @artnishimoto
    @artnishimoto 11 місяців тому

    Sensacional!

  • @soulluar5436
    @soulluar5436 6 років тому +12

    É simples e vem do coração, a verdadeira linguagem da Alma. Que beleza de video, de Ser e da Nise da Silveira.

  • @toyataike
    @toyataike 5 років тому +9

    Depoimento maravilhoso!

  • @margaretesalmeida9241
    @margaretesalmeida9241 2 роки тому +4

    Sensacional, tive o prazer e tenho muita gratidão de ter contribuído com essa Instituição. Conheci Sr. José , homem muito sábio e de muitas histórias.

    • @carloshumbertomartins7712
      @carloshumbertomartins7712 3 місяці тому +1

      A loucura se aproxima muito da arte, o Professor Gillis Deleuze diz que na realidade o louco o artista o nômade são pessoas que funcionam como simulacro, ou seja, eles têm um jeito de dizer e de viver a vida, diferente das pessoas que funcionam como copias, que são os normais.
      Na arte, nós conseguimos traduzir o sentido do vivido, o experienciado, fazendo algo que seja doloroso, algo que seja compulsivamente inesperado seja traduzido em uma forma estética, bela, que seja familiarizado, mas reincorporando na nossa vida a obra de arte, como quem resgata as entranhas do próprio eu. Enquanto aquilo ficava atormentado nas entranhas, era um foco de pressão, era um foco de sofrimento, que sai criativamente reinventado na elaboração de uma obra de arte, o homem já se vê, admira e se familiariza com a natureza da própria existência humana, e vive dialeticamente dor e alegria trabalhando os sentimentos na perspectiva da própria finitude da vida.
      Então, todos nós carregamos inúmeros momentos da vida que se perderam no tempo, e que por terem se perdido no tempo soam distantes e distantes nos fazem saudosos, chorosos, sofridos e quando nós mergulhamos nestes eventos distantes buscamos eles para o cotidiano, para o presente, e os concretizamos em uma obra de arte, nós resgatamos na obra de arte o mais doído, que era a sensação de que parte de nós havia ficado naquilo que se passou, naquilo que foi perdido, e a obra de arte retrata a nossa inteireza a integridade do “Eu” que não se perde nos abandonos vividos, nas vitórias que se esfumaçaram, nas mudanças da vida.
      O homem se reintegra na obra de arte e se percebe presente, atualizado, em condição de falar de si em um tom diferente, no tom, onde a lagrima pela dor do perdido é apenas água que retempera a tinta da caneta que faz a escrita, que ao sofrer banha nos, como no poema do Senhor Carlos Drummond de Andrade: [“A lagrima limpa a alma”].
      Mas quando nosso choro não é choro é chororó, como diz a musica do Sr. Gilberto Gil, a gente repete, repete um sofrimento e não consegue sublimar, nem reinterpretar, e nem aprender com ele; mas se a gente traduz em arte, o nosso enlouquecimento torna se poeticamente uma dádiva de calmaria de serenidade, porque o desespero em uma obra de arte encanta, o desespero nas entranhas enlouquecidas do “Eu” assusta, atemoriza.
      [“Sozinho no escuro, qual bicho do mato, sem Teogonia, sem parede nua para se encostar, você foge José, para onde? Para onde”?] Carlos Drummond de Andrade.
      18° A Loucura a Cura.
      A loucura é isto?
      A cura!
      Porquê, o José que se reconhece em um quarto escuro sem paredes para se encostar, neste momento é retratado o momento mais profundo da solidão do ser humano.
      Nós precisamos de Deuses, paredes, de chão, de mitos, de companhia.
      “E agora José” depois que foi escrito, perder a sua solidão, porque ele conversa comigo, com vocês, conversa com os nossos amigos, ele passeia pela cidade, pelas livrarias. “O José” depois de obra de arte, ele descobre que pode conversar com quem tem Deuses, pode encostar na casa do vizinho, o José depois de escrito ele escora nas pedras de Itabira e se percebe como ser que tem território.
      A fragilidade ela é exposta na poesia, ela perde a maior dor, porque a dor da loucura, é a solidão, é o não poder compartilhar, é ser algo que o outro não entende, e que o outro não consegue atingir.
      Por mais que tenhamos algum conhecimento do Sr. Carlos Drummond de Andrade, “E agora José”, você consegue conversar.
      O José que não escreveu José, e agora é José, não vive mais no silêncio.
      Então, nós podemos compartilhar com o poema, com a pintura, com a escultura, com a poesia, com a literatura as próprias angustias, nós podemos nos igualar e ai acaba a diferença. Se estamos vivendo uma crise e a crise é diferença então nós acabamos encontrando um fator comum.
      E é por isso que o trabalho terapêutico em grupo ele funciona, porque “dor” compartilhada é “dor” que você desmistifica da condição infernal e faz ganhar estatuto de problema do cotidiano.

  • @carloshumbertomartins7712
    @carloshumbertomartins7712 3 місяці тому +1

    A loucura se aproxima muito da arte, o Professor Gillis Deleuze diz que na realidade o louco o artista o nômade são pessoas que funcionam como simulacro, ou seja, eles têm um jeito de dizer e de viver a vida, diferente das pessoas que funcionam como copias, que são os normais.
    Na arte, nós conseguimos traduzir o sentido do vivido, o experienciado, fazendo algo que seja doloroso, algo que seja compulsivamente inesperado seja traduzido em uma forma estética, bela, que seja familiarizado, mas reincorporando na nossa vida a obra de arte, como quem resgata as entranhas do próprio eu. Enquanto aquilo ficava atormentado nas entranhas, era um foco de pressão, era um foco de sofrimento, que sai criativamente reinventado na elaboração de uma obra de arte, o homem já se vê, admira e se familiariza com a natureza da própria existência humana, e vive dialeticamente dor e alegria trabalhando os sentimentos na perspectiva da própria finitude da vida.
    Então, todos nós carregamos inúmeros momentos da vida que se perderam no tempo, e que por terem se perdido no tempo soam distantes e distantes nos fazem saudosos, chorosos, sofridos e quando nós mergulhamos nestes eventos distantes buscamos eles para o cotidiano, para o presente, e os concretizamos em uma obra de arte, nós resgatamos na obra de arte o mais doído, que era a sensação de que parte de nós havia ficado naquilo que se passou, naquilo que foi perdido, e a obra de arte retrata a nossa inteireza a integridade do “Eu” que não se perde nos abandonos vividos, nas vitórias que se esfumaçaram, nas mudanças da vida.
    O homem se reintegra na obra de arte e se percebe presente, atualizado, em condição de falar de si em um tom diferente, no tom, onde a lagrima pela dor do perdido é apenas água que retempera a tinta da caneta que faz a escrita, que ao sofrer banha nos, como no poema do Senhor Carlos Drummond de Andrade: [“A lagrima limpa a alma”].
    Mas quando nosso choro não é choro é chororó, como diz a musica do Sr. Gilberto Gil, a gente repete, repete um sofrimento e não consegue sublimar, nem reinterpretar, e nem aprender com ele; mas se a gente traduz em arte, o nosso enlouquecimento torna se poeticamente uma dádiva de calmaria de serenidade, porque o desespero em uma obra de arte encanta, o desespero nas entranhas enlouquecidas do “Eu” assusta, atemoriza.
    [“Sozinho no escuro, qual bicho do mato, sem Teogonia, sem parede nua para se encostar, você foge José, para onde? Para onde”?] Carlos Drummond de Andrade.
    18° A Loucura a Cura.
    A loucura é isto?
    A cura!
    Porquê, o José que se reconhece em um quarto escuro sem paredes para se encostar, neste momento é retratado o momento mais profundo da solidão do ser humano.
    Nós precisamos de Deuses, paredes, de chão, de mitos, de companhia.
    “E agora José” depois que foi escrito, perder a sua solidão, porque ele conversa comigo, com vocês, conversa com os nossos amigos, ele passeia pela cidade, pelas livrarias. “O José” depois de obra de arte, ele descobre que pode conversar com quem tem Deuses, pode encostar na casa do vizinho, o José depois de escrito ele escora nas pedras de Itabira e se percebe como ser que tem território.
    A fragilidade ela é exposta na poesia, ela perde a maior dor, porque a dor da loucura, é a solidão, é o não poder compartilhar, é ser algo que o outro não entende, e que o outro não consegue atingir.
    Por mais que tenhamos algum conhecimento do Sr. Carlos Drummond de Andrade, “E agora José”, você consegue conversar.
    O José que não escreveu José, e agora é José, não vive mais no silêncio.
    Então, nós podemos compartilhar com o poema, com a pintura, com a escultura, com a poesia, com a literatura as próprias angustias, nós podemos nos igualar e ai acaba a diferença. Se estamos vivendo uma crise e a crise é diferença então nós acabamos encontrando um fator comum.
    E é por isso que o trabalho terapêutico em grupo ele funciona, porque “dor” compartilhada é “dor” que você desmistifica da condição infernal e faz ganhar estatuto de problema do cotidiano.

  • @marciaceciliabadkebadke2293
    @marciaceciliabadkebadke2293 2 роки тому +2

    muito bom.

  • @THCD12
    @THCD12 4 роки тому +2

    Grande Joaquim, humano impar que tive prazer em conhecer!!! Peça mais rara da UPA Eng de Dentro!!!!

  • @mariaantoniadeandradaserpa440
    @mariaantoniadeandradaserpa440 2 роки тому +2

    Esse homem é fantástico gelouco ele não tem nada

  • @RaquelADV
    @RaquelADV 3 роки тому +4

    Fiquei embasbacada quando ele começou a mostrar o quadro

  • @paugilmore
    @paugilmore 3 роки тому +3

    Apenas Genial

  • @neiaespiritosanto1605
    @neiaespiritosanto1605 5 років тому +3

    Excelente conhecimento a serviço de Nós enquanto nova unidade no mundo out.2018 JFM Parabéns.

  • @Mundogor
    @Mundogor 7 місяців тому

  • @kiedisaguiar1
    @kiedisaguiar1 4 роки тому +2

    Sensacional 💜 senti tanta identificação.

  • @camiladesouza9164
    @camiladesouza9164 4 роки тому +3

    Genial 💛

  • @dmonteiro5827
    @dmonteiro5827 2 роки тому

    Quanta sabedoria!!! Que alma grandiosa!!

  • @jonsosnjr
    @jonsosnjr 2 роки тому

    Sensacional!!! 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾🤩🤩🤩

  • @fabricioholanda2470
    @fabricioholanda2470 2 роки тому

    Simplesmente, Espetacular!

  • @alanasoares230
    @alanasoares230 4 роки тому +2

    adorei te conhecer!

  • @theoperes6214
    @theoperes6214 3 роки тому +4

    A loucura é o que torna a vida suportável

  • @thamiresnascimento2736
    @thamiresnascimento2736 5 років тому +3

    Nú,depoimento emocionante, incrível

  • @camilleboechat5297
    @camilleboechat5297 2 роки тому +2