O paradoxo da pequena escala - T.02 EP.01
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- Опубліковано 4 жов 2024
- Acredito que quanto mais tivermos pessoas vivendo vidas dignas no campo, amando e cuidando de seus territórios, melhores serão nossas chances de voltarmos a atuar melhorando os lugares onde vivemos. Não acredito que consigamos reverter os estragos já feito até aqui pela elite financeira, mas paradoxalmente, quanto mais pessoas adotarem um estilo de vida frugal e autônomo voluntariamente, melhor conseguiremos amparar as pessoas quando a escassez energética causar ainda mais crises, controle e injustiças nos centros urbanos populoso.
Paradoxalmente também, quanto menos ligados nos movimentos homogêneos (de esquerda ou de direita), quanto menos capital investido nos bancos, quanto menos trabalho na sistema vigente e quanto menos consumo na economia ortodoxa, maior são nossas chances de inspirar mudanças na pequena escala e, em rede, esse desinvestir no modelo industrial talvez seja o suficiente para quebrá-lo (Holmgren, 2015).
É com sonho dispretencioso na escala e ambicioso no cuidado com as pessoas e os territórios que lanço a segunda temporada da Jornada do Jardineiro, dessa vez com os capítulos (relaxadamente) organizados em torno da Escala de Permanência da Linha Chave. Vamos conversar desde os desafios do 'clima da mente' (Doherty, 2017) e das mudanças climáticas, até a saúde do solo, passando pela autonomia hídrica (fundamental daqui para frente), pelas estradas, os sistemas de produção, de moradia e as cercas.
Receber e responder os comentários e emails vai ser um prazer (como foi na primeira temporada).
Sou professora na área de agronomia e percebo que os jovens querem e muito empreender no campo, ao invés de trabalhar para empresas no setor de vendas. Tanto que, alunos que tem família com posse de terras, em sua maioria ficam trabalhando com a família após formados. O problema é que, o preço da terra é inacessível a todos que não tem essa posse na família (ou que não tem abertura para isso dentro da família).
Enfim, sem uma política de crédito fundiário decente, não haverá mudança . Mas para isso dependemos do governo 😢
@@laismartinkoski o estado não tem poder para mudar o projeto de produção das corporações e não tem coragem para assumir isso para a população. Esperar por políticas públicas para plantar jovens no campo produzindo com ética ecológica é desperdício de fé ;) Abrcs! Obrigado pela audiência!
Obrigado por compartilhar o conhecimento.
@@euricovianna3419 qual seria a solução, então? O estado não quer e não vai resolver a falta de acessibilidade a terra, as grandes corporações também com certeza não vão, os produtores agroecológicos também não pagam salários que sejam suficientes para os que lá trabalham consigam terras...
@@euricovianna3419 eu acredito no poder das parcerias entre quem é dono da terra e quem tem mão de obra disponível, e em aluguel de propriedades, mas o fato é que as pessoas querem a segurança de trabalhar em algo próprio, isso é cultural no Brasil. Até porque, há casos em que as pessoas investem na área dos outros e depois precisam sair antes do combinado e acabam perdendo. Eu mesma comprei terra com recurso de salário a juros altíssimos, mas não me arrependo disso. No entanto, preciso continuar trabalhando para pagar a terra, e só depois poder quem sabe viver dela. E ainda assim vejo que sou privilegiada pois a maioria não tem um salário e crédito compatível para fazer nem isso, infelizmente. A política pública já existe, mas esta mal planejada e não condiz com a realidade do preço das terras, pelo menos não aqui no sul.
@@cassianodias508 a solução começa por não esperar que venha de outras pessoas. Vivemos, em termos energéticos, um tempo ladeira abaixo. A energia ampara a economia e é por isso que os Estados estão aparelhados para assegurar a energia para o projeto de civilização da elite financeira. Posso garantir que o projeto deles não é bom para a gente e já está adiantado (4a Revolução industrial, moedas digitais dos bancos centrais, agricultura de precisão, etc.). Cada um de nós precisa protagonizar as mudanças necessárias para assegurar o máximo possível de autonomia em nossas vidas.
Muito obrigado pelo conteúdo!
Um dos fatos da mecanização é todo o problema com mão de obra hoje.
Super importantes as questões levantadas, ótimas reflexões! Ao meu ver, para uma conscientização sobre a importância de se viver no campo o sistema educacional é um dos maiores entraves, e, claro, passa pela boa vontade política dos governantes. O alcance de uma escola de ensino fundamental é imenso, se a direção da escola se interessa. Geralmente o que acontece por aqui são professores que não questionam a forma de ensino, são escolas que nao interagem com a comunidade escolar (estudante, suas famílias e suas realidades). Vejo que os conteúdos nas universidades são colocados de forma a se encaixar no sistema de hipocrisia ambiental, falam de sustentabilidade, mas colocam a competitividade como fator imposto, sem alternativa. As escolas e todos os setores trabalham para a perpetuação de um sistema que destrói o ambiente. É preciso cooperar se quisermos mudar esse quadro, não competir. E também voltar ao campo é parte desta mudança. Estou estudando ciencias biologicas e me questiono se é isso mesmo que quero, pois esse conteúdo que afirma que a sociedade está evoluindo tecnologicamente tem um abismo, onde prati c amente a metade da população mundial nao faz parte. Então, qual o sentido de ter um curso de nível universitario? Não faço parte dessa sociedadde que vive numa bolha consumista, onde o que realmente tem valor é o dinheiro... por lo momento, parece que a sociedade está em plena mudança de paradigma, o que é bom. Mas precisa acelerar, pois as mudancas climática estão evidentes demais pra não levar em conta as ações humanas que são desprezíveis para uma vida digna a todos os seres. Quando vou pra cidade fico só observando, não vou mais morar na cidade, com toda certeza.
@@monicagoncalves9322 nada que de autonomia de verdade para as pessoas comuns e precise da boa vontade do governo tem muitas chances de acontecer. Educação e escolarização são coisas diferentes. O projeto atual cumpre bem suas funções e senhores…
Agradeço mais uma vez por compartilhar sabedoria que nos faz refletir em como olhar a natureza com mais consciência e respeito ,muito importante para as pessoas que estão levando a sério o resgate ancestral de conhecimentos do movimento de retornar ao campo
num perco um
@@l.henrique1212 obrigado pela companhia! Se inscreve, curte e compartilha, por favor. Ajuda muito!
Salve! 🫡
Eurico. Porque não cria corredale?
Gratidão!!
Quisera eu ter essa "inteligência ambiental"! Acabei de inventar!
Cite exemplos de "estragos já feito até aqui pela elite financeira" ? Seria o progresso?
@@alexandreguerreiro3734 define o que chama de “progresso” e em quais direções, quais áreas do viver humano, por favor.
@@euricovianna3419 primeiro me responda, com fatos, e não opinião. Na sequência eu te apresento os fatos relacionados a progresso!
@@alexandreguerreiro3734 para apresentar fatos preciso entender o que chama de progresso. Se não não entendemos nem se vale a pena vi versarmos não é mesmo? Mas se você quer defender o capitalismo, talvez nem precisemos conversar sobre isso e seja mais útil conversarmos sobre como construir autonomia. Ademais, bem vivemos o capitalismo mais… vivemos o tecno-feudalismo (segundo Varoufakis, e tendo a concordar com a análise dele). Abrcs!
So uma mente dormente pra acreditar que as elites FINANCEIRAS são os responsáveis pelo ‘progresso’. Cérebro fritou