Acho que ele deixa claro que a questão da memória afetiva é um fio condutor no filme. Mas não vejo aversão a mundanças como um todo. Mostra, sim, que essas mudanças específicas foram ruins, basta ver a situação dos centros das cidades nos dias de hoje. Abandono total. E acho que a melancolia se dá não só pelo passado que existiu, mas pelo pontecial desperdiçado nesses espaços atualmente, entende? Minha interpretação foi essa.
O Kleber não afirma que ele acha mudanças ruins.. Essa é uma leitura minha do que estaria motivando o tom melancólico do documentário. Pois pra uma pessoa que aceita de maneira madura que a vida está sempre mudando.. nem ocorreria se lamentar de um cachorro que morreu, de mudanças físicas na cidade (algumas que refletem até progresso).. pois não há o que se fazer a respeito disso. Se a pessoa já aceitou esse processo, ela sabe que é impróprio se rebelar contra.. ela vai "reclamar" só de coisas que poderiam ter sido evitadas, deveriam ter sido evitadas.. Mas como o Kleber se mostra triste/perturbado por essas coisas inevitáveis da vida, isso é o que pra mim indica essa aversão a mudanças.. que aliás é um sentimento muito comum entre as pessoas, principalmente entre conservadores (que teoricamente ele não é hehe).
Kkk, desisti dos cinemas dos shopping quando cumprimentei a bilheteira juvenil e emit a opinião sobre o sucesso do filme e ela chamou os seguranças 😂😂😂. Jamais voltarei.😂
O filme acaba sendo interessante para um debate sobre saudosismo e comparativo, mas desbalanceia para um apego emocional ao ambiente do cinema de antigamente com o atual. O tema e interessantíssimo e dá para explorar ele mais a fundo, só que se torna algo limitado pela mente criativa do diretor passional com detalhes com justificativa pessoal.
Sim, é um saudosismo mais material.. por isso há um ar pessimista, de que não há o que fazer quanto às mudanças, basta aceitar que as coisas que gostamos não podem durar. O "saudosismo" que eu costumo expressar nos meus textos/vídeos já tem mais a ver com valores.. e esses podem sempre ser resgatados e colocados em prática - pela cultura ou por um indivíduo em sua vida pessoal, se ele quiser.
Ah, é xenofobia então! Tá explicado.. ignore todos os argumentos. Que o Kleber brilhe lá na Califórnia... Considerando o que ele diz nos filmes dele, não esperava que ele tinha essa vontade de ser aceito pelos americanos 🙌👏
@@amaralcaio Que tal sair do pensamento binário? Criticar a postura arrogante e colonizadora dos EUA e criticar as mazelas do extremismo capitalista não significa que devamos nos fechar totalmente à cultura norte-americana (muito menos a grandes filmes lá produzidos, apesar da carga ideológicade alguns), nem que não tentemos democratizar os frutos das riquezas materiais produzidas pelo modo de produção capitalista. Claro que há contradição nisso. As artes, a economia e a política são complexas e contraditorias como nossos sentimentos. Ah, não acho que seja xenofobia, mas talvez um ciuminho role...
Acho que ele deixa claro que a questão da memória afetiva é um fio condutor no filme. Mas não vejo aversão a mundanças como um todo. Mostra, sim, que essas mudanças específicas foram ruins, basta ver a situação dos centros das cidades nos dias de hoje. Abandono total. E acho que a melancolia se dá não só pelo passado que existiu, mas pelo pontecial desperdiçado nesses espaços atualmente, entende? Minha interpretação foi essa.
Em relação a cena final, achei engraçada, com uma pegada que tá mais pra: somos passageiros nas memórias das pessoas, algo assim.
Mas seria algo mais ligado a esses espaços que ao cinema em si.
O Kleber não afirma que ele acha mudanças ruins.. Essa é uma leitura minha do que estaria motivando o tom melancólico do documentário. Pois pra uma pessoa que aceita de maneira madura que a vida está sempre mudando.. nem ocorreria se lamentar de um cachorro que morreu, de mudanças físicas na cidade (algumas que refletem até progresso).. pois não há o que se fazer a respeito disso. Se a pessoa já aceitou esse processo, ela sabe que é impróprio se rebelar contra.. ela vai "reclamar" só de coisas que poderiam ter sido evitadas, deveriam ter sido evitadas.. Mas como o Kleber se mostra triste/perturbado por essas coisas inevitáveis da vida, isso é o que pra mim indica essa aversão a mudanças.. que aliás é um sentimento muito comum entre as pessoas, principalmente entre conservadores (que teoricamente ele não é hehe).
Kkk, desisti dos cinemas dos shopping quando cumprimentei a bilheteira juvenil e emit a opinião sobre o sucesso do filme e ela chamou os seguranças 😂😂😂. Jamais voltarei.😂
O filme acaba sendo interessante para um debate sobre saudosismo e comparativo, mas desbalanceia para um apego emocional ao ambiente do cinema de antigamente com o atual. O tema e interessantíssimo e dá para explorar ele mais a fundo, só que se torna algo limitado pela mente criativa do diretor passional com detalhes com justificativa pessoal.
Sim, é um saudosismo mais material.. por isso há um ar pessimista, de que não há o que fazer quanto às mudanças, basta aceitar que as coisas que gostamos não podem durar. O "saudosismo" que eu costumo expressar nos meus textos/vídeos já tem mais a ver com valores.. e esses podem sempre ser resgatados e colocados em prática - pela cultura ou por um indivíduo em sua vida pessoal, se ele quiser.
O terceiro paulistano que vejo falar mal do filme do pernambucano que vai pro Oscar. Beijinho no ombro
Ah, é xenofobia então! Tá explicado.. ignore todos os argumentos. Que o Kleber brilhe lá na Califórnia... Considerando o que ele diz nos filmes dele, não esperava que ele tinha essa vontade de ser aceito pelos americanos 🙌👏
@@amaralcaio Que tal sair do pensamento binário? Criticar a postura arrogante e colonizadora dos EUA e criticar as mazelas do extremismo capitalista não significa que devamos nos fechar totalmente à cultura norte-americana (muito menos a grandes filmes lá produzidos, apesar da carga ideológicade alguns), nem que não tentemos democratizar os frutos das riquezas materiais produzidas pelo modo de produção capitalista. Claro que há contradição nisso. As artes, a economia e a política são complexas e contraditorias como nossos sentimentos. Ah, não acho que seja xenofobia, mas talvez um ciuminho role...
Eu perdoo kkkkk. Eu a vc não!. Cada uma
você disse tudo quando observa que o filme, na abordagem do tema, deixa de lado o intelectual e foca excessivamente no emocional
Boa análise! O filme talvez tenha uma poesia, uma intenção boa, mas com muitas contradições pela própria visão política do diretor. Valeu!