PARA ENTENDER SARTRE: O SER E O NADA

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  • Опубліковано 11 гру 2020
  • Apresentamos alguns fundamentos do pensamento existencialista de Jean-Paul Sartre a partir do livro "O Ser e o Nada", uma das mais importantes obras filosóficas do século XX.
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КОМЕНТАРІ • 40

  • @JosivanMsa
    @JosivanMsa 16 днів тому

    A relação com o outro nao é apenas de vergonha, de medos, que me leva à angústia, de valores negativos, um outro das relações de poder (que eu domino ou que me quer dominar) etc...o outro tb é aquele que me faz sorrir, traz alegria, assegura a minha liberdade, protege de agressões injustas, é fonte e anteparo de reflexões, o outro é aquele se interpõe entre o eu e a angústia, o outro tb não é somente corpo/matéria, pois não fica excluído o outro imaginário ou o outro do futuro (as gerações futuras, que não são corpo, pois ainda não existem nem tem garantia de existência) ou os outros do passado (que já não existem, não há mais corpo, mas continuam guiando nossas caminhadas...a tradição, a cultura, os filósofos, os sábios, os líderes religiosos etc), talvez dentro do Nada hajam tantos outros que nem mesmo Sartre conseguiu imaginar...

  • @DEOCLECIOALBUQUERQUE-xf3ch
    @DEOCLECIOALBUQUERQUE-xf3ch 2 місяці тому +1

    EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (II)
    EM BUSCA de uma trilha que me levasse à uma certa autonomia, à construção de minha dependência em relação a mim mesmo. Quem sou, para onde vou, são perguntas comuns a todo ser humano. Independente de classe social ou estrato cultural. Na tentativa de simplificar minha compreensão de mim, me defini como sendo minha própria Terra. Disciplinado pela influência exercida pela matriarca que me pariu, e pelo marido que a assumiu.
    A MULHER a quem eu deveria chamar de mãe, me soterrou por sob estratos, ou camadas, como se eu fosse um fóssil por baixo de várias unidades de rochas que representam, metaforicamente, as idades dela, no decorrer de suas várias e sucessivas formações ego lógicas. A geologia do ego dela se foi formando nos estratos de suas muitas gestações, as que se confirmaram com os partos dos filhos, também as que foram derivadas de abortos.
    COMPARO A formação fetal e o seu desenvolvimento até o parto, com o ambiente de formação da Terra. As camadas ego (geo)lógicas que se distinguem umas das outras pelas características físicas de conteúdo fóssil fetal. A evolução e suas intercorrências. Capítulos de desenvolvimento que contam tanto a história da Terra quanto a história do feto. O mistério do surgimento da vida, seu desenvolvimento. A mulher em questão vivia esse mistério cada vez que engravidava.
    EM CADA gravidez ela crescia em importância. Sentia-se doadora de vida. Partícipe da formação da terraplena do planeta. Sentia que era ela a povoar o território familiar. Considerava-se o próprio mistério da criação em curso. Dessa forma ela afirmava sua utilidade enquanto mulher, enquanto deusa doadora de vida. Vida familiar, social planetária. Ninguém poderia questioná-la. Julgava-se a dona da cocada preta de todas as razões e motivações. Simplesmente uma divindade.
    QUEM PODERIA, com razão, questionar uma deidade onipotente, onisciente, onipresente??? Uma mulher-deusa a povoar o mundo familiar de incertezas e adversidades??? Essa, a loucura da mulher que eu tinha de chamar de mãe. Eu ousava questionar sua onipotência. Ao tentar mostrar que a filiação precisava de recursos para alimentação, vestimenta e educação, ela se exaltava com minha argumentação e ameaçava esbofetear-me, quando não o fazia, literalmente. Seu rosto e corpo transmutavam-se em ameaças e fúria.
    ELA VIA que estava a me roubar oportunidades futuras, mas era esse seu objetivo: criar uma oferenda sacrificial à deusa oculta em suas entranhas de trevas, em seu coração de profundo negrume ancestral. Sem uma justificativa e subterfúgio, como poderia ela legitimar a abissal ambição de se tornar a empoderada rainha do lar??? Ela se tornava cada dia mais forte, mais assertiva, assustadora e unânime. O marido em nada a questionava. Havia se tornado um pequeno borra-botas. Ela se julgava uma gigante, em meio aqueles acanhados avestruzes aos quais dava saída pelo portal dos frequentes nascimentos, após nove meses de gestação. Por vezes antes, em casos de aborto.
    EU ERA o único que lhe contestava. E pagava um alto preço em espancamentos por isso. O marido, um cafajeste inútil, imprestável, exceto para fazer valer seu totalitarismo de matriarca vingativa. Sua ira incontrolável se manifestava contra o mundo familiar dela, que a havia feito passar fome, que não permitira que ela fosse a bailarina lépida, despachada, nos palcos dos balés que ela sonhara ser. Ela se vingava dos bullyings sofridos em família e na escola. Dizia ter cursado até o segundo ginasial.
    O MARIDO era o provedor do lugar do lar que servia para ela parir, comer, dormir, defecar, reinar e vomitar filhos da barriga, após as contrações uterinas que os faziam sair pela vagina. Filhos para Jesus criar. Quanto mais provações e necessidades, mais ela se achava necessária no papel de mãe no espaço do larbirinto. Nele, a realidade criada roubava meu tempo de criança em meus estudos e do jovem que não teria como fazer um cursinho pré-vestibular, ou ter qualidade de vida para estudar.
    ELA, ESSA mulher saída do inferno de contexto familiar onde deve ter sofrido abuso sexual dos irmãos, de vizinhos, de parentes próximos com acesso à sua intimidade de criança carente de recursos, desprovida de afeto e proteção pelos seus. Ela se vingava parindo filhos para depreciá-los frente à falta de recursos do marido. Ela, uma deusa toda poderosa, empoderada pelos períodos de gestação nos quais estava a entrar em contato com as forças de criação da natureza por ela representada. Ela, que se rebelava da condição de sodomizada por aquele fiozinho de pintainho do marido.
    BENZA DEUS!!! E eu no vórtice desse redemoinho familiar, sem que ninguém pudesse fazer nada para me ajudar a sair do caldeirão fervente de traumas, complexos e recalques dessa bruxaria de necessidades rituais, do que se costuma chamar de família nordestina, marca registrada das vidas secas brasileiras. Mas, tal qual afirma o ditado popular: “Deus escreve certo por linhas tortas”.
    EU TINHA o capital da Fé. E PENSAVA: “Se existe mesmo um Deus, ele não vai para sempre me desamparar. Um dito ressoava em minha cabeça infanto-juvenil: “faz por ti e te ajudarei”. Eu, ingênuo, acreditava em muitas coisas milagrosas. Em coisas que só mesmo eu imaginava poder superar e, futuramente, controlar. Eu sobrevivi. Inacreditável, mas eu sobrevivi a essa realidade desumana sem me prostituir nem permitir me cooptar pela cultura sodomita vigente nesse país de indigentes. No momento, com um líder fascista totalitário prestes a Jair pra cadeia.

  • @eduardomunizbarreto3003
    @eduardomunizbarreto3003 Рік тому +4

    Melhor aula introdutória ao pensamento sartiano que eu já assisti.Vale a pena ser assistida umas 8 vezes!

  • @teresinhainvernizzi5986
    @teresinhainvernizzi5986 8 місяців тому +3

    Muito bom discurso sobre .O ser em si, para si e para o outro.

  • @gilmartrindadedossantos6241
    @gilmartrindadedossantos6241 Рік тому +3

    A tua emoção, no final, me deixou emocionado também. Parabéns, Danilo. 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

  • @marcioeliassilva1640
    @marcioeliassilva1640 2 роки тому +8

    Gostei do final pq parecia que o livro ia terminar em um existencialismo egocêntrico, apesar de auto responsável: o o homem está condenado a ser livre, entretanto, essa liberdade não o isenta das consequências das próprias escolhas. COMO se a finalidade da vida de um homem fosse fazer o que bem entendesse. Entretanto, a finalidade da vida é cultivar o amor, sem o qual não existe felicidade.
    Só acho importante destacar que para Sartre não existe predestinação, não existe essência humana, só existe a liberdade, logo o indivíduo só cultivará o amor e será feliz se quiser, ninguém está obrigado a nada, nem a amar e ser feliz.

  • @Qwertyuiopasdfghjklzxcv112
    @Qwertyuiopasdfghjklzxcv112 2 роки тому +4

    Legal, agora posso ler o livro que comprei há mais de 2 anos, posso compreender melhor agora.

    • @tavaaquipensandodanilobris5397
      @tavaaquipensandodanilobris5397  2 роки тому

      Que bom, Luciano! Ler Sartre é sempre uma oportunidade de ter contato com uma excelente e sistemática filosofia. O universo sartriano é vasto e encantador. Gosto muito do livro de literatura "A náusea", uma popularização de "O ser e o nada".

  • @edielsonxavierferreira7146
    @edielsonxavierferreira7146 3 роки тому +6

    resumão show ! Seria legal comentar por capítulos. Cada vídeo um capítulo do livro.

  • @nerdvideo1234
    @nerdvideo1234 Рік тому +1

    Ótimo didática

  • @ednaldamartins5052
    @ednaldamartins5052 10 місяців тому +1

    Gratidão conseguir entender agora, vou precisar apresentar Seminário sobre isso

  • @profilton9907
    @profilton9907 Рік тому

    Parabéns professor.

  • @suelycristina4426
    @suelycristina4426 2 роки тому +1

    Obrigada pela exposição! Sua didática é perfeita!

  • @valmorboeger2138
    @valmorboeger2138 9 місяців тому +1

    Excelente aula!

  • @DEOCLECIOALBUQUERQUE-xf3ch
    @DEOCLECIOALBUQUERQUE-xf3ch 2 місяці тому +1

    EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (I)
    EU TENTO incansavelmente vestir a roupa de meu juízo perfeito. Não que isto seja possível, mas gosto de acreditar que dele me aproximo mais que possa. Ir garimpando a natureza escatológica da realidade, sem que use obscenidades para me expressar nesse momento de fim de mundo. Busco as últimas coisas depois da extinção de minha própria vida.
    TAL QUAL afirma uma querida parceira de comentários neste Recanto, diante de mim enquanto meu paciente, frente a frente com minha própria crueldade e ignorância, diante de minha descoberta de mim mesmo, não cabem interpretações, conceitos, teorias. O modelo de minha mente não segue os padrões de outros modelos, de outras mentes. Cada história de vida possui seu traumatismo particular. Não é fácil olhar e analisar as próprias facetas.
    “O FARDO do autoconhecimento é pesado”. Um lugar de fala e de assimilação por si só é saudável para se desatar “os nós” e desamarrar os sentimentos. Eu tinha em mim a angústia de abismos que não eram meus. A parceria abissal de uma mãe com mil traumas, a carregar consigo o baú de muitas misérias ancestrais. E também de uma vida seca e de abuso sexual.
    EU TINHA em mim tártaros, vexames, vergonhas, desordens que não eram minhas. Um pai que se tornava cada dia mais impotente no convívio com uma mulher mais e mais carente, que ele não poderia dá conta de satisfazer na cama de excessivas humilhações. O cansaço e o cangaço de um filho atrás do outro. De uma prenhez incessante, de uma barrigada ou afetação que se divertia em ficar, amiúde, grávida. Jogando-lhe nos ombros uma e outra cruz para sustentar com uma estafa que não mais cabia em seu cansaço diário e mórbido calvário.
    O CANSAÇO o tornava vítima de uma regressividade de homem a moleque. Eu colecionava também os abismos dos irmãos: as angústias de suas vidas secas no deserto metafórico, existencial, descrito por Graciliano Ramos. A mulher, muitas vezes mãe, era uma baleia. Não no sentido da cadela do romance. No sentido do animal oceânico, imenso, com uma disposição para ingerir grandes quantidades de alimentos.
    MINHA EXISTÊNCIA não tinha nenhuma mínima importância para ela. Exceto no sentido de que ela exercitava em mim, uma perversidade abissal, ancestral. A mãe dela havia criado um sujeito humilhado e sem expectativas. Um tio Zé Mané. Se minha intuição está correta, a minha bisavó também criou seu retardado de coleira e de estimação. Talvez fosse uma rotina sacrificial de família. Ela tinha em mim, a dominação ancestral que teria o padrão: “assim minha mãe me ensinou”.
    AO ME tornar um rapaz latino americano, sem dinheiro no bolso e sem parentes importantes, tal qual afirmava a música e letra do cantor Belchior, eu teria de criar, aceitar e respeitar minha própria depressão. Eu teria de encarar o medo do abismo familiar sem ter medo de enfrentar e vencer a perversa exclusão. O marido dela, fraco e trêmulo, era a cachorra familiar, a baleia do romance de Graciliano Ramos.
    ERA TRISTE ver como aquela mulher, mãe de uma família de dez sobreviventes, se orgulhava na ignorância de dizer que, fosse por escolha dela, ela teria criado os vinte e cinco abortos, caso estivessem todos vivos. Ela não via, ou melhor, via, mas não se importava com a difícil vida que me reservava na adolescência. Ela fazia de conta não vê o abismo que abria diante de meus passos de jovem em busca de apoio financeiro para suprir as necessidades decorrentes do crescimento e estudos.
    MEU TEMPO estava sendo roubado por sua perversa teimosia em ter um filho atrás do outro. Mas ela dizia que foi assim que aprendeu a criar os filhos com a mãe, minha avó. Ela roubava meu tempo de juventude antecipadamente. Eu enxergava nitidamente o que ela estava a fazer. Mas ela tinha um grande prazer em boicotar minha existência. Seus abismos ela queria porque queria, que fossem também meus. Se a família dela fodeu com as possibilidades dela, por que ela não poderia fazer o mesmo comigo??? Era uma espécie de transferência de vingança de uma morbidez incrível.
    DESCOBRI O existencialismo, com ele, seus autores, Sartre e Kierkegaard, principalmente. Incluí minha mundanidade, minha angústia, minha sobrevivência difícil, diária, sem permitir que minha subjetividade fosse engolfada na perversidade e na fraqueza perversa dela e do marido de coleira. Um sujeito dependente de não poucas drogas, inclusive as do consultório dentário. O sujeito era dentista.
    PARA OS existencialistas a vida se elabora e é ordenada no absurdo, na angústia e na náusea da existência. Para mim, o existencialismo funcionava como compreensão de mim mesmo. Era uma psicanálise. Descobrir-me, a partir da psicanálise e do existencialismo foi, e ainda é, um exercício mental doloroso. Ambos me permitiram trans ferir minha raiva e revolta para a apreciação das artes.
    EU ME permitia ser um sujeito sobrevivente de empregos em empregos. Um outsider que usava do tempo útil que me sobrava para apreciar e compreender a arte das artes plásticas, da dramaturgia, do cinema, da música. Não me faltava energia PSI para frequentar museus, teatros, cinema, recitais, saraus, concertos. E ler. Ler muitos, muitos livros. O conhecimento, acreditava, talvez fosse um portal para universos inexplorados da mente. Dona Maria Joana me auxiliou, e muito, nesse processo de abrir as portas de minha percepção ampliada do mundo.

  • @roselimesquitapitalugaleme795
    @roselimesquitapitalugaleme795 Рік тому +1

    Essa aula é excelente!

  • @edielsonxavierferreira7146
    @edielsonxavierferreira7146 3 роки тому +2

    Faz um vídeo falando de Merleau Ponty, sobre o livro "Fenomenologia da percepção"

  • @Fernando13253
    @Fernando13253 2 роки тому +1

    Digamos que, em regra, o homem (ser-para-si) seja livre para fazer suas escolhas, mas se o único critério de escolha responsável guarda relação com as consequências de nossos atos, então a responsabilidade é avaliada unicamente em razão de efeitos benéficos ou maléficos, pouco importando o juízo de reprovação da conduta avaliada por si mesma.

    • @tavaaquipensandodanilobris5397
      @tavaaquipensandodanilobris5397  2 роки тому +1

      É isso mesmo. A decisão para o existencialismo distante de acreditar que seja apenas afeito ao cogito ou eu-mesmo, interfere na vida dos outros, por isso seu sentido de responsabilidade pelas próprias opções.

  • @AmandaSoares-mj3nj
    @AmandaSoares-mj3nj 3 роки тому +1

    Ótimo vídeo, bem esclarecedor =)

  • @Luizvc12
    @Luizvc12 11 місяців тому +1

    O que é o nada? Heidegger diz que o mundo e os entes são simplesmente dados. No entanto, o espaço, o tempo, o ser e o nada não o são. Como compreendemos que há mundo, imaginamos que há o fora do mundo, e nesse fora projetamos tudo aquilo que não é simplesmente dado.

  • @Atenas-xy2wj
    @Atenas-xy2wj Рік тому +1

  • @mariapauladesouzaturim6399
    @mariapauladesouzaturim6399 3 роки тому +1

    E a nadificação? E a angústia?

  • @Fernando13253
    @Fernando13253 2 роки тому +1

    Eu estou tentando ler O Ser e o Nada e resolvi assistir ao seu vídeo para melhor compreender a leitura que venho fazendo. Quanto à responsabilidade total pelas escolhas que fazemos, eu não pude deixar de pensar na coação moral irresistível - como Sartre explicaria esse fenômeno? -, bem como na aparente semelhança entre esse modo de pensar e o consequencialismo de Jeremy Bentham, que, se não me engano, decorre do utilitarismo, pois se apenas as consequências de nossos atos seriam balizas para aferir a responsabilidade o ser-para-si não se torna a medida de todas as coisas e o único limite de suas ações reside em um critério de utilidade?

    • @tavaaquipensandodanilobris5397
      @tavaaquipensandodanilobris5397  2 роки тому +1

      Olá, sugiro que antes de ler O ser e o nada aproxime de Sartre pelo Diário de uma guerra estranha e mesmo A náusea. Ali é mais leve, introdutório.

  • @dominussuissuis427
    @dominussuissuis427 2 роки тому +2

    Não sou livre para fazer o que quero, sou livre porque não sou obrigado a fazer uma única coisa, diante de mim sempre haverá no mínimo duas coisas das quais terei que escolher uma. É importante dizer que mesmo os que não escolhem, escolhem por não escolher (Ética para o meu filho, SAVATER). Essa liberdade é uma liberdade burguesa\europeia. A realidade da América Latina, entre outros lugares pobres\miseráveis, parece dizer\apontar para outra coisa. O homem é um caniço pensante, puxado para baixo por um saco\estômago que o arrasta, subjuga\humilha determinando função\salário a todos\todas que estão na faixa de miséria\exclusão. A vida é praticamente comer\se sustentar para a maioria esmagadora de pobres\miseráveis. A vida\sustento é muito cara. Precisamos de três refeições por dia nos sete dias da semana, mês a mês, para nos ater só no que diz respeito aos alimentos
    efeições. Trabalhamos para comer\manter o estômago\ o saco cheio. Parece que não é possível falarmos de livre arbítrio no campo da existência, mas unicamente no campo da essência ("não importa o que fizeram com você, o que mais importa é o que você vai fazer com o que fizeram com você", Jean-Paul Sartre ). Não conhecemos outro modo digno de nos mantermos fora do trabalho - ou trabalhamos para nos mantermos\para viver com a mínima decência ou somos mantidos\sustentados por alguém (no cristianismo não existe espaço para mágica). Na Bíblia Cristã temos a história do filho pródigo (esbanjador), que a Tradição Cristã reconhece como símbolo da misericórdia de Deus. Mas podemos avançar um pouco e pensar numa outra chave de leitura, depois que o dinheiro acaba, termina a liberdade de fazer o que bem\mau quiser, só lhe resta duas opções, ou aceita a caridade alheia\as bolotas que porcos comiam ou ele terá que trabalhar para se sustentar, o peso do saco\estômago arrastando pelo chão leva aquele homem, o obriga\força ele a voltar para o lar paterno. O Pai estava o esperando - sabia que herança acaba, o único dinheiro permanente é o oriundo do trabalho. As vezes me deparo com pessoas que não querem ganhar pouco, quem não vive\se sustenta com pouco vive com nada, viver com nada equivale a viver as custas dos outros. Só consigo pensar bem, organizado quando meu estômago está bem resolvido, isso é coisa para burguês - aquele jovem só pensava em comida. Sempre falo para as pessoas mais jovem, só estuda quem gosta de ganhar dinheiro, quem não estuda vai viver dos serviços rudes, bicos, trabalhos informais muitos fazem a opção pela malandragem\tirar o que é dos outros na mão grande. A escola é o meio seguro que o pobre tem com certeza de avançar\melhorar, se profissionalizar\posição essa que o melhora social\economicamente. Parece que é o saco\estômago que puxa para baixo, pesado como geralmente é\fica, que determina o quanto podemos ser livres ou não.

  • @michellysouza8418
    @michellysouza8418 Рік тому +1

    Professor,o que seria o ser-nada, não entendi muito isso.

    • @tavaaquipensandodanilobris5397
      @tavaaquipensandodanilobris5397  Рік тому +1

      Ser é o Para-si com seu cogito ou "Eu penso". O Nada é quando o Ser não se assume com sua liberdade de decidir e engajar-se no mundo.

  • @laurindocaluwasi8269
    @laurindocaluwasi8269 3 роки тому +2

    O mundo tornou-se estúpido quando o homem matou a filosofia e adoptou a tecnologia....