Atenha-se à obra, ou você se decepcionará com os homens. Os americanos, que estão mais acostumados às celebridades, dizem "nunca se encontre com seus heróis" - já que em geral eles nos desapontam. Porém, já que se trata de literatura, procure compreender as limitações (principalmentente de críticos). A maior do Cândido, pelo pouco que sei, é a teleologia.
A entrevista se reveste de peculiaridade digna de nota. Primeiro, quem fala e de quem se fala. Quem fala é - sem favor - o maior dos críticos contemporâneos. Segundo, fala-se do mais genial escritor do século XX e um dos mais geniais da literatura universal. Interessou-me sobremaneira o depoimento de A. Candido, notadamente quanto aos detalhes sobre a pessoa de Guimarães Rosa, ou seja, o homem convencional, o abismo entre o homem e a obra e o homem encantador. Mais ainda: o resgate da conversa entre eles havida, na qual se resgata uma fala de Guimarães Rosa, para quem o único problema de monta, no universo da condição humana, é o de saber se Deus existe ou não existe. Em síntese, é de arrepiar ouvir de Antonio Candido, com ênfase, que o nosso Guimarães Rosa é universal. Muito obrigado pela postagem. Ficará ad perpetuam rei memoriam!
...caríssima +ione Barbosa , quem teve Grande Sertão na cabeceira, tentando, a fio e pavio, entender lhe o sentido sabe q ele nada temia, senão revelar se o íntimo. Gênio, cuja cifra ainda está longe do senso vão! __
Tive o privilégio de ter algumas longas e boas conversas com meu primo Antônio Cândido (ambos da família Pereira do Lago) em 2001, mas pouco falamos sobre Literatura, pois em nós dois o interesse pela História era muito forte. Falamos de Genealogia, de História, de Minas Gerais, de memorialismo e outros assuntos. Era homem de grande elegância e gentileza, fundamente racional e erudito. «Sagarana» e «Primeiras histórias» são coletâneas de contos magníficos, nos quais Guimarães Rosa dissecou com muita elegância os grandes problemas da humanidade. (Celso do Lago Paiva, Minas Gerais)
Acabei fazer a travessia do Grande Sertões:Veredas e ainda impactada com a obra, o que encontro? Esta maravilhosa entrevista com o brilhante crítico Antônio Cândido!!!Quanta cultura e sabedoria, sem arrogância!!!Amei a análise que ele fez!!!Este sim é o Brasil que queremos ver!Não este que despreza a Cultura, a Educação e a Arte!!!!Obrigada!!!!
Fiquei muito feliz dele eleger A Hora e a Vez de Augusto Matraga como um dos melhores contos de todos os tempos. A ler primeiro Sagarana e depois Grande Sertão, achei mais do mesmo que já havia em Sagarana
Acabei de comprar um Livro de António Cândido na feira do Livro de Lisboa.....a unica coisa que posso dizer é sobretudo que vou ler e ouvir TUDO o que possa de e sobre António Cândido...vai virar obsessão! Absoluto brilhantismo!
Sempre ouvia falar que era difícil ler Guimarães Rosa, qdo comecei ler grande sertões, fiquei encantada, pois era a língua que se falava no Tocantins, onde eu nasci... parecia que eu estava conversando com um conterrâneo, rrrsss.... adorei!❤
assisti umas cem x este depoimento. Acho que Cândido faz a melhor análise da obra do Guimarães Rosa. " Grande Sertão: Veredas" é uma obra muito além da temática sertaneja, há na estória uma abordagem do mal e o bem dentro da gente. Incrível! Curioso " Sagarana" ter sido preterida pela bancada do júri que incluía Graciliano Ramos, que votou em Luís Jardim no concurso Machado de Assis em fins dos anos 40, antes de Rosa ter diminuído todos os contos até sair pela José Olympio. Gosto particularmente da " fala " sertaneja de Riobaldo, da sabedoria da indagação que se repete e ninguém tem uma resposta. É, " viver é muito perigoso..."
O próprio Guimarães definiu Riobaldo como o Fausto no sertão. Guimarães era uma homem extremamente culto, e em Grande Sertão; Veredas pode-se ver todos os dramas dos maiores clássicos da literatura trazidos para o sertão, valendo-se de um meio rude com gente rude , como aliás gostava Guimarães.
Simplesmente espetacular, que aula de literatura!!!! Pena que o vídeo é muito curto, mas mesmo assim sensacional!!!! O mestre Antonio Cândido faleceu em 12 de maio de 2017. Mas a sua obra é eterna.
Crítica fabulosa!!! À altura do imenso livro criticado. Quem sabe fala com calma e sem pedantismos, fala de forma compreensível por mais difícil que seja o assunto. Excelente.
Penso no modernismo e mais particularmente em Mário de Andrade e sua valorização da cultura nacional. Outros tantos modernistas nas artes na poesia e na literatura o grande Guimarães Rosa.Aa mente me vem Monteiro Lobato com sua literatura infantil ambientada no vale do Paraíba.Eu vi na linguagem de Guimarães uma espécie de prestidigitação criativa da lingua.Para dar um exemplo a primeira que nunca esqueço: NONADA. "No começo" e outras tantas lembradas com curiosidade.
Depois de ler duas vezes percebi que deveria ter usado um marca texto, assinalando as passagens geniais, que são inúmeras. Li novamente pela terceira e quarta vezes, sempre descobrindo novas facetas, outras abordagens.
Vídeos como esse justificam o UA-cam. Olhem para o que é a comparação entre Os sertões e Grande sertão que ele faz em algumas poucas palavras... Por um Brasil que volte a ter nomes como Antônio Candido, Vinícius de Moraes e Guimarães Rosa na mesma frase.
Um dos poucos criticos bons do Brasil nas artes, no cinema ainda se engatinha, afinal literatura tem 5000 anos. Sem desmerecer, mas sociologia antropologia de hj nunca vao produzir esse tipo de criticoe, ate assusta ver o que produzem e pensam hj em dia.
A segunda travessia do liso do suassuarão se dá na época das chuvas. A explicação do pacto se junta ao momento das estações. Pouco antes da segunda travessia, ele descreve a saída das siriricas, que acontece no início das chuvas. As duas explicações são válidas
@@urucuiapescaeaventura3149 não. Tiririca é planta daninha que não depende das chuvas nem marca estações. O trecho fala de insetos voadores. Mas o ideal seria eu ter o livro em PDF ou outra versão digital pra localizar o trecho, né! 🙂 Fora de Minas Gerais as siriricas são chamas de aleluia. São a fase alada dos cupins.
@@urucuiapescaeaventura3149 legal! Sou de Bom Despacho. Minas é um estado heterogêneo mesmo né! E vc é conterrâneo do Riobaldo! 🙂 Urucuia faz parte das minhas memórias de infância porque meu bisavô contava que possuiu um boi do Urucuia. Dizia se que no início do século havia gado ferocificado (selvagem) no vale do rio Urucuia e boiadeiros iam pra lá se apossar de animais. Juridicamente eram res nulius. Meu bisavô contava que seu boi ainda tinha alguns comportamentos diferentes do gado doméstico e que quando trovejava o boi berrava muito longamente. Enfim, só um momento de nostalgia do meu querido vô Etelvino.
@Damião Alves de Azevedo, meu caro, anteontem dei uma palestra a respeito da vida e obra do João Guimarães Rosa, e falei sobre o Rio baldo. Meu bisavô, o saudoso Zé Nenê, foi um dos pioneiros aqui na região, o que meus tio avôs me contam contaram é que naquela época aqui só existia gado pé duro, ou lambe barranco, que deve ser restoio do primeiro gado trazido pelos colonizadores. me disseram que meu bisavô começou a reunir esse gado e levar tocado para Pirapora. Daí começou a comprar e trazer para cá o nelore, imagino que isso começou a ocorrer no inicio do século XX, certamente Pirapora já tinha o gado nelore que se criava desde 1868, se não me engano. Obrigado pela atenção.
Acabei de fazer esta travessia, absolutamente fantástica. Sem dúvida a Obra (com "O" maiúsculo mesmo) brasileira mais completa do século XX. Se houver uma outra que supere, desconheço.
Acho equivocada ver Grande Sertão como "universal". Toda obra é local. A não ser que se admita que "universal" é o europeu. Deus, bem e mal não são temas universais, são ocidentais. Grande Sertão é fortemente marcado pelo regionalismo e não há nada de mal nisso. O que o diferencia das outras obras ditas "regionais" é que Rosa, grande leitor, soube trazer os grandes temas da literatura europeia: o amor romântico, o pacto fáustico etc, de modo que o leitor ocidental possa se identificar com certos temas. Do mesmo modo, Dostoiévski falava do russo em conflito com valores ocidentais e não do Homem universal como se pretende ver. O universalismo é uma forma eurocêntrica de ver as culturas.
@@daimon00000 Se existem temas ocidentais ou europeus, então a sua afirmação de toda obra é local está errada. A ideia de Deus existe no oriente também, é óbvio, a questão é como isso é tratado por lá.
Antônio Cândido está parcialmente enganado ao dizer que nenhum caipira ou jagunço fala a linguagem de Guimarães Rosa. No interior de minas, que eu conheci, há formas de falar muito exóticas e praticamente incompreensíveis.
As falas, o jeito, o pensar, os ditados, as metáforas são transcritos fielmente pelo autor. O povo do lugar era assim, vivia assim, exatamente. Sou testemunha, pois minha avó, contemporanea de Rosa, nascida e criada em povoados distantes dezenas de km de cordisburgo, nas décadas de 60 e 70, já morando na cidade, sem ter contato com a literatura Roseana, falava literalmente assim. O quê me impressionou foi a semelhança. Num dos contos, o nome do fazendeiro é pronunciado de várias formas. É como o nome da cidade, ainda hoje: de Cordisburgo a Cósb, cada um pronuncia conforme a circunstância.
Não estou à altura de tecer qualquer comentário, mas homens como Guimarães Rosa e Antônio Cândido me fazem ter profunda esperança na humanidade.
Se pensasse assim mesmo não teria escrito o comentário.
Assuma o que tem desejo de falar.
eu nem me atrevo.
Atenha-se à obra, ou você se decepcionará com os homens. Os americanos, que estão mais acostumados às celebridades, dizem "nunca se encontre com seus heróis" - já que em geral eles nos desapontam. Porém, já que se trata de literatura, procure compreender as limitações (principalmentente de críticos). A maior do Cândido, pelo pouco que sei, é a teleologia.
Preciosidade!! Obrigado ao canal!!
A entrevista se reveste de peculiaridade digna de nota. Primeiro, quem fala e de quem se fala. Quem fala é - sem favor - o maior dos críticos contemporâneos. Segundo, fala-se do mais genial escritor do século XX e um dos mais geniais da literatura universal. Interessou-me sobremaneira o depoimento de A. Candido, notadamente quanto aos detalhes sobre a pessoa de Guimarães Rosa, ou seja, o homem convencional, o abismo entre o homem e a obra e o homem encantador. Mais ainda: o resgate da conversa entre eles havida, na qual se resgata uma fala de Guimarães Rosa, para quem o único problema de monta, no universo da condição humana, é o de saber se Deus existe ou não existe. Em síntese, é de arrepiar ouvir de Antonio Candido, com ênfase, que o nosso Guimarães Rosa é universal. Muito obrigado pela postagem. Ficará ad perpetuam rei memoriam!
Concordo.
...caríssima +ione Barbosa , quem teve Grande Sertão na cabeceira, tentando, a fio e pavio, entender lhe o sentido sabe q ele nada temia, senão revelar se o íntimo. Gênio, cuja cifra ainda está longe do senso vão! __
Excelentíssimo Antônio cândido
Sensacional e emocionante. Não só pelo Cândido, mas por Guimarães Rosa também. Obrigado.
Que voz calma, que privilégio deveria ser ter aula com Antonio Cândido
Que presente maravilhoso esse video!
Obrigada pela postagem! Como é bom ouvir Antônio Cândido falando!
Grandes momentos da vida. Com quem sabe nos guiar pela estrada
Que aula! Que espírito formidável!
Antônio Cândido e sua capacidade analítica literária incomensurável. Sem falar na sua cândida força expressiva. Saudade!😢
Ótimo esclarecimento. É lindo, então, perceber Grande Sertão Veredas como uma obra universalmente brasileira.
Tive o privilégio de ter algumas longas e boas conversas com meu primo Antônio Cândido (ambos da família Pereira do Lago) em 2001, mas pouco falamos sobre Literatura, pois em nós dois o interesse pela História era muito forte.
Falamos de Genealogia, de História, de Minas Gerais, de memorialismo e outros assuntos.
Era homem de grande elegância e gentileza, fundamente racional e erudito.
«Sagarana» e «Primeiras histórias» são coletâneas de contos magníficos, nos quais Guimarães Rosa dissecou com muita elegância os grandes problemas da humanidade.
(Celso do Lago Paiva, Minas Gerais)
Mestre prestidigitador da lingua.Ele valorizou o verdadeiro modo de falar coloquial
É emocionante escutar tanta sabedoria de mãos dadas com humildade. São raros os grandes.
Postem mais. Precisamos desta elegância sem pedantismo.
Verdade!
Muito bom, Grande Sertão é o melhor livro que ja li! É mais do que um livro, é um oráculo de vida e morte! obrigado pela postagem!
Antônio Cândido!!!! Que genial! Capturou a essência da obra: o é e não é - a ambiguidade e paradoxo que impulsionam toda a obra. 💕
Um literato notável, falando de um gênio da nossa Literatura!
Acabei fazer a travessia do Grande Sertões:Veredas e ainda impactada com a obra, o que encontro? Esta maravilhosa entrevista com o brilhante crítico Antônio Cândido!!!Quanta cultura e sabedoria, sem arrogância!!!Amei a análise que ele fez!!!Este sim é o Brasil que queremos ver!Não este que despreza a Cultura, a Educação e a Arte!!!!Obrigada!!!!
Passo agora pela mesma experiência.
Que maravilha!!! Muito obrigado pela postagem
comecei nessa leitura incrível de grande sertão veredas, absolutamente sensacional.
Quão prazeroso é ouvir Antônio Cândido falar, ainda mais sobre Guimarães Rosa...
Fiquei muito feliz dele eleger A Hora e a Vez de Augusto Matraga como um dos melhores contos de todos os tempos. A ler primeiro Sagarana e depois Grande Sertão, achei mais do mesmo que já havia em Sagarana
Muito interessante. Um deleite ouvir Antonio Cândido falando sobre literatura.
É uma pena que tenha morrido tão cedo. Certamente nos daria novas obras maravilhosas e talvez nosso primeiro Nobel.
Falar o quê? Bater palmas para fluir o encanto...😍👏👏👏
Por quê os autores se superam quando retratam o amor pulsando quase eterno
Grande e saudoso professor Antônio Candido!!
Acabei de comprar um Livro de António Cândido na feira do Livro de Lisboa.....a unica coisa que posso dizer é sobretudo que vou ler e ouvir TUDO o que possa de e sobre António Cândido...vai virar obsessão! Absoluto brilhantismo!
o livro da minha vida...
o sertão: o senhor sabe.
Lindo, estou chorando aqui. De verdade. Lindo.
Esse grande crítico e ensaísta sempre me emociona. Eu o vi uma vez na Sesc Pompéia. Fiquei emocionado. Falando de Guimarães no vídeo é demais!
Sempre ouvia falar que era difícil ler Guimarães Rosa, qdo comecei ler grande sertões, fiquei encantada, pois era a língua que se falava no Tocantins, onde eu nasci... parecia que eu estava conversando com um conterrâneo, rrrsss.... adorei!❤
Nossa n conhecia esse homem tão inteligente
assisti umas cem x este depoimento. Acho que Cândido faz a melhor análise da obra do Guimarães Rosa. " Grande Sertão: Veredas" é uma obra muito além da temática sertaneja, há na estória uma abordagem do mal e o bem dentro da gente. Incrível! Curioso " Sagarana" ter sido preterida pela bancada do júri que incluía Graciliano Ramos, que votou em Luís Jardim no concurso Machado de Assis em fins dos anos 40, antes de Rosa ter diminuído todos os contos até sair pela José Olympio. Gosto particularmente da " fala " sertaneja de Riobaldo, da sabedoria da indagação que se repete e ninguém tem uma resposta. É, " viver é muito perigoso..."
O próprio Guimarães definiu Riobaldo como o Fausto no sertão. Guimarães era uma homem extremamente culto, e em Grande Sertão; Veredas pode-se ver todos os dramas dos maiores clássicos da literatura trazidos para o sertão, valendo-se de um meio rude com gente rude , como aliás gostava Guimarães.
Perfeito Augusto.
Grande aula!
Uma senhora aula. Espetacular. Salve Candido.
Inteligência e alta cultura comentando uma obra monumental da literatura brasileira
Simplesmente espetacular, que aula de literatura!!!! Pena que o vídeo é muito curto, mas mesmo assim sensacional!!!! O mestre Antonio Cândido faleceu em 12 de maio de 2017. Mas a sua obra é eterna.
É um privilégio ouvir Antônio Cândido.
Crítica fabulosa!!! À altura do imenso livro criticado. Quem sabe fala com calma e sem pedantismos, fala de forma compreensível por mais difícil que seja o assunto. Excelente.
Que tudo!!! Que entrevista!!!
Como é bom ouvir alguém pessoas com autoridade e fluência.
Gratidão.
Perfeicao no dialogismo de Candido! Gostaria de ter mais tempo p aprimorar minhas leituras e certamente minhas criticas.
Moro em Riachinho aonde Guimarães Rosa falava Sagarana
GRANDE ENTREVISTA, GRANDE PENSADOR.
Adoro ouvir Antônio Cândido a inteligência maior. O Rosa é compreendido muito bem na sua força e ambiguidade.
Caralho, António Cândido. Brilhante ser. Ele ocorre. Grato, muito grato.
Parabéns pelo post, meu amigo, que maravilha
Um gênio comentando sobre outro gênio. Brasileiros que nos orgulham.Sem mais.
Excelente. ❤👏🏽
Penso no modernismo e mais particularmente em Mário de Andrade e sua valorização da cultura nacional. Outros tantos modernistas nas artes na poesia e na literatura o grande Guimarães Rosa.Aa mente me vem Monteiro Lobato com sua literatura infantil ambientada no vale do Paraíba.Eu vi na linguagem de Guimarães uma espécie de prestidigitação criativa da lingua.Para dar um exemplo a primeira que nunca esqueço: NONADA. "No começo" e outras tantas lembradas com curiosidade.
Homem lúcido e inteligente!
Excelente
nem terminei de ler ainda e já executo: grande serão é a maior obra criada pelo homem humano
Depois de ler duas vezes percebi que deveria ter usado um marca texto, assinalando as passagens geniais, que são inúmeras.
Li novamente pela terceira e quarta vezes, sempre descobrindo novas facetas, outras abordagens.
Que coisa linda, professor.
Como é bom ouvir um sábio.
Vídeos como esse justificam o UA-cam. Olhem para o que é a comparação entre Os sertões e Grande sertão que ele faz em algumas poucas palavras... Por um Brasil que volte a ter nomes como Antônio Candido, Vinícius de Moraes e Guimarães Rosa na mesma frase.
Essa é a minha vontade, de paz luz e amor pelo meu avô!
Bela entrevista. Obrigada pela postagem.
Um dos poucos criticos bons do Brasil nas artes, no cinema ainda se engatinha, afinal literatura tem 5000 anos. Sem desmerecer, mas sociologia antropologia de hj nunca vao produzir esse tipo de criticoe, ate assusta ver o que produzem e pensam hj em dia.
Uma obra excepcional e uma ótima entrevista!
Que critica! 😍
Belíssimo.
Muito bom! Obrigada
Máravilhoso!!!!!!!!
magnífico
Extraordinário! Brilhante! Abominoso...
"me deu a impressão de um abismo entre o homem e a obra" - vixe!
Obrigada mestre.
A segunda travessia do liso do suassuarão se dá na época das chuvas. A explicação do pacto se junta ao momento das estações. Pouco antes da segunda travessia, ele descreve a saída das siriricas, que acontece no início das chuvas. As duas explicações são válidas
não seria tiriricas? as plantas?
@@urucuiapescaeaventura3149 não. Tiririca é planta daninha que não depende das chuvas nem marca estações. O trecho fala de insetos voadores. Mas o ideal seria eu ter o livro em PDF ou outra versão digital pra localizar o trecho, né! 🙂 Fora de Minas Gerais as siriricas são chamas de aleluia. São a fase alada dos cupins.
@@damiaoalvesdeazevedo5635 ah tá. Não conhecia por esse nome. Moro no noroeste de MG, na cidade de urucuia.
@@urucuiapescaeaventura3149 legal! Sou de Bom Despacho. Minas é um estado heterogêneo mesmo né! E vc é conterrâneo do Riobaldo! 🙂 Urucuia faz parte das minhas memórias de infância porque meu bisavô contava que possuiu um boi do Urucuia. Dizia se que no início do século havia gado ferocificado (selvagem) no vale do rio Urucuia e boiadeiros iam pra lá se apossar de animais. Juridicamente eram res nulius. Meu bisavô contava que seu boi ainda tinha alguns comportamentos diferentes do gado doméstico e que quando trovejava o boi berrava muito longamente. Enfim, só um momento de nostalgia do meu querido vô Etelvino.
@Damião Alves de Azevedo, meu caro, anteontem dei uma palestra a respeito da vida e obra do João Guimarães Rosa, e falei sobre o Rio baldo. Meu bisavô, o saudoso Zé Nenê, foi um dos pioneiros aqui na região, o que meus tio avôs me contam contaram é que naquela época aqui só existia gado pé duro, ou lambe barranco, que deve ser restoio do primeiro gado trazido pelos colonizadores. me disseram que meu bisavô começou a reunir esse gado e levar tocado para Pirapora. Daí começou a comprar e trazer para cá o nelore, imagino que isso começou a ocorrer no inicio do século XX, certamente Pirapora já tinha o gado nelore que se criava desde 1868, se não me engano. Obrigado pela atenção.
Como José Cândido de Carvalho que criava uma linguagem para os livros que retratam o norte fluminense.
Que prazer!
Excelente!
Maravilhoso 💫
TÔDAS me chamam A$$IM !!!!
Análise interessante
Grande sertão é nosso dom Quixote e Antônio cândido o viu.
olá! gostaria de saber o ano desta entrevista! Agradeço desde já!
❤
RIP Antonio Candido, um Professor sem egual.
MAI NAAAAADA!!!!
Estou fazendo a travessia literária do sertão fluido de Guimarães.
Caro Ademar: eu fiz algumas vezes - é absolutamente recompensador. Abs
Concordo c Claudio e me preparo pra atravessar novamente. Brasil com B maiusculo.
Acabei de fazer esta travessia, absolutamente fantástica. Sem dúvida a Obra (com "O" maiúsculo mesmo) brasileira mais completa do século XX. Se houver uma outra que supere, desconheço.
Regionalismo Universal
Quisera eu ter essa cultura. E hoje em dia isso é considerado irrelevante, até mesmo no mundo acadêmico brasileiro.
Vi. Ótimo
Joinha!
JOINHA ,tambem me CHAMAM!!!
E «Minha JÓIA»!!!!
Quando essa entrevista foi feita? A quem o prof Antonio Candido deu a entrevista?
Também gostaria de saber, o texto de descrição do vídeo dá mil datas... menos essa.
De qualquer forma, ótima entrevista :~
é provavelmente dos anos 90 como a do haroldo e do décio
1974
Qual o nome do professor de BH que ele cita no final? Não consegui entender.
Sem dúvida, um intelecual até no modo de falar. Já não se faz erudito como antigamente.
Podemos sitar qualquer sertão!
Guimarães Rosa sensato
Alguem sabe o ano do vídeo?
Eta trem bao...Ce tá bao so uai ?
Acho equivocada ver Grande Sertão como "universal". Toda obra é local. A não ser que se admita que "universal" é o europeu. Deus, bem e mal não são temas universais, são ocidentais. Grande Sertão é fortemente marcado pelo regionalismo e não há nada de mal nisso. O que o diferencia das outras obras ditas "regionais" é que Rosa, grande leitor, soube trazer os grandes temas da literatura europeia: o amor romântico, o pacto fáustico etc, de modo que o leitor ocidental possa se identificar com certos temas. Do mesmo modo, Dostoiévski falava do russo em conflito com valores ocidentais e não do Homem universal como se pretende ver. O universalismo é uma forma eurocêntrica de ver as culturas.
Achar que universal é europeu é fruto de conhecimento muito limitado.
@@moisesparaibabrasil5079 por que?
@@daimon00000 Se existem temas ocidentais ou europeus, então a sua afirmação de toda obra é local está errada. A ideia de Deus existe no oriente também, é óbvio, a questão é como isso é tratado por lá.
Tô com os olhinhos molhados
"viver é muito perigoso"
Na opinião de vocês o prof. Candido é um pouco avesso à pessoa do Guimarães Rosa? Ou é apenas impressão minha?
Antônio Cândido está parcialmente enganado ao dizer que nenhum caipira ou jagunço fala a linguagem de Guimarães Rosa. No interior de minas, que eu conheci, há formas de falar muito exóticas e praticamente incompreensíveis.
As falas, o jeito, o pensar, os ditados, as metáforas são transcritos fielmente pelo autor. O povo do lugar era assim, vivia assim, exatamente. Sou testemunha, pois minha avó, contemporanea de Rosa, nascida e criada em povoados distantes dezenas de km de cordisburgo, nas décadas de 60 e 70, já morando na cidade, sem ter contato com a literatura Roseana, falava literalmente assim. O quê me impressionou foi a semelhança. Num dos contos, o nome do fazendeiro é pronunciado de várias formas. É como o nome da cidade, ainda hoje: de Cordisburgo a Cósb, cada um pronuncia conforme a circunstância.
Guimarães no escreveu sobre ideologia, mas o entrevistado a incluiu. Ou seja, reescreveu a obra. É F.
Você não entendeu nada do Candido. Ademais, Ideologia, enquanto meta-Ideia, existe em toda criação.
🤌