Resenha: Vida e proezas de Aléxis Zorbás, de Níkos Kazantzákis | TAG - Experiências Literárias
Вставка
- Опубліковано 6 лют 2017
- Este vídeo é destinado àqueles que já leram o livro. Portanto, contém SPOILERS!
---
Nesta edição do Resenhas e Reverberações, a Isa traz sua resenha sobre "Vida e proezas de Aléxis Zorbás", obra enviada ao clube em janeiro.
Compartilhe conosco suas impressões. :)
Para associar-se, acesse www.taglivros.com.br
Facebook: / taglivros
Instagram: @taglivros
Twitter: @taglivros
Vídeo: Isa Vichi
A parte do machismo nos deixa desconfortáveis com certeza. Mas também a pedofilia, a homofobia, a loucura e a tortura de tantos outros livros. Um aspecto social da história não necessariamente desmoraliza toda a obra. Pra mim, o ponto e passagens mais fortes foram as discussões sobre a liberdade e o papel do homem no mundo e na vida. Excelente livro TAG.
Gostei bastante do livro, apesar do machismo, pq agente tem que levar em conta a época em que foi escrito, e a cultura de quem escreve. Assim como quando agente lê sobre a tortura, como foi citado, e sobre racismo.
Gostei particularmente do final, achei que fechou bem o total da história.
Ótimo vídeo! bjus
Li o livro inteiro e fiquei feliz com a minha primeira experiência com a tag. Confesso, porém, que não gostei muito do livro. A história é, claramente, sobre Zorbás. O "patrão" escreve tudo para relatar a "experiência mágica" de conviver com um homem, para ele, tão fascinante. Acho que o que me incomodou no livro foi, justamente, não ter compartilhado desse fascínio que o patrão sente por Zorbás. Não consegui vê-lo como a força da natureza que o autor o pinta. Claro, há, sim, atos louváveis de sua parte, descritos no livro, ao mesmo tempo em que se valoriza o homem prático, que não vive somente de sonhos. O que me passou, porém foi um Zorbás que vive de prazer, sem se importar com os demais (principalmente com as mulheres, mas não somente com elas - como com a família ou com o próprio patrão).
Acho que o machismo ou misoginia que muitos apontaram no livro como um ponto incômodo se deve ao próprio livro/autor não ver aquilo como um problema. É algo normal. Algo que não deveria ser discutido ou notado. E não era, pelo visto, no contexto histórico e social em que o autor vivia. Acho bom, na verdade, ver que há pessoas que se incomodam com isso. Que leem a história é identificam o machismo enraizado. O que preocupa, na verdade, é ver que há quem leu o livro é não viu problema nenhum (não viu a misoginia). Afinal, isso só mostra que as pessoas, em geral, evoluíram, não aceitando o comportamento narrado como algo normal.
Gostei bastante de ler o livro de janeiro. Foi um pouco incômodo, claro, mas há leituras que são assim. Elas nos ensinam. Provocam-nos. Não indicaria o livro, porém, para qualquer pessoa. :) não vejo a hora de ter em mãos os próximos livros escolhidos pela tag. Abraços
Eu concordo que como leitores devemos entender que o autor é também um produto de seu tempo, maaaas no caso desse livro o que me incomodou foi o fato de que a cada duas páginas uma tinha um comentário absurdamente machista, então não dava pra dar aquela esquecidinha sabe? Quando li Benjamin Button, logo no primeiro capitulo o Fitzgerald diz algo como: 'preferia que meu filho tivesse nascido negro', só que depois ele não toca mais no assunto. Como você isso ficou marcado pra mim, mas eu consegui ignorar isso no resto da leitura, quanto a Zorbas, existe um único capitulo que não tem comentários misóginos, um capitulo que eu fiquei aliviada. Terminei a leitura, mas daria 2 de cinco estrelas pra ele por isso, foi um livro que me incomodou de um jeito ruim, não como Lolita me incomodou (porque a proposta do livro é incomodar e muuuito), mas de um jeito que não era intencional. Inclusive, acho inválida a comparação com 'Ainda estou aqui', esse livro é um relato de um período muito cruel da nossa história, Nikos, por outro lado, é um filosofo do século passado que no quesito igualdade de gênero não estava a frente de nenhum outro grego.
O livro é inesquecível. A sensibilidade de Zorbás e também do patrão, que percebia tudo aquilo que nós, leitores, vimos por seus olhos, é profunda. Ele sofreu uma grande mudança durante a história. E Zorba era um mestre, embora não tivesse cultura. Seu amor ao ser humano era muito bonito. Não vi nada de machismo. Quando a gente lê um livro é preciso contextualizar. Vale procurar uma crítica antes da leitura para entender um pouco sobre seu tempo e algumas particularidades que fazem diferença.
Oi Isa, eu simplesmente AMEI esse livro. É claro que tem partes do livre que nos deixam chateadas, mas é absolutamente compreensível , nada que desestimulassem a leitura.Várias foram as minhas passagens favoritas, mas aquela que me tocou, foi a permanência de Zorbas ao lado da Bubulina no leito de morte.
O livro é uma ficção, dentro de um contexto histórico, geográfico e cultural real. Se Zorbás não fosse machista, não seria Zorbás..., não seria uma "ficção da realidade que o autor queria ilustrar. Queridos, a literatura é grandiosa o suficiente para nos fazer sentir , entender, vivenciar por ela as situações mais diversas e surpreendentes. O livro não é machista e nem "misogênico", a história humana é que tem sido.
Não esperava gostar deste livro, mas que delícia! Adorei e pretendo ler mais este autor... essa discussão sobre misoginia é tolinha... deixe-se levar por esta brisa, pelo período, pelas impressões ... que livro! Obrigada Tag por este presente.
Eu simplesmente adorei o livro, eu não conseguia colocar em palavras o que sentia depois de ler o livro, diferentemente de si que explicou muito bem. Adorei o vídeo. Adorei sua linha de raciocínio e é uma linha que eu seguia mesmo antes de ver o vídeo.
Oi, Isa! Ainda estou lendo a obra, mas, como não me importo com spoilers, assisti à resenha até o fim! E simplesmente amei suas colocações. Concordo com você em gênero, número e grau! vc arrasa!!!!! Beijocas!!!!! s2
Eu amei esse livro...não me incomodou o machismo nem um pouco...são experiências.. .é a cultura da época. Enfim, foi uma leitura muito fluida. Parabéns TAG, sempre me surpreendendo!
Nathalia, adoramos saber que você gostou de ler a obra de janeiro :D
Parabéns. Falou tudo. temos que, ao ler um livro, levar em conta o momento histórico em que foi escrito a cultura da época. A misoginia era escrachada no começo do século passado, este fato não deve nos ater de apreciar uma obra tão bem escrita. O livro é uma obra prima! Parabéns à TAG.
Rafael, adoramos saber que você gostou da leitura! Realmente, é uma obra que foi muito bem escrita, e conta a história de uma grande amizade entre homens comuns! Quanto ao machismo, deve ser levado em conta a época em que a obra foi escrita e ser lido com uma visão mais crítica, como escrevemos na revista que foi enviada junto com o kit ;)
Não terminei o livro ainda, espero conseguir terminar. Já recebi o livro de Fevereiro e estou na metade dele, gostando muito da leitura.
Oi Isa! Eu gostei do livro. Foi uma experiência bem diferente para mim, principalmente em relação ao ritmo da leitura, que foi mais lento. Aliás, essa é exatamente a proposta da TAG: diversificar, e eu estou adorando! Confesso que tenho um pouco de preguiça de tanta politização de tudo. O livro é bem escrito, sensível e traz lições de vida, ao relativizar a intelectualidade e o sentimento de realização pessoal. Sobre o machismo, na minha opinião, é tão somente uma questão de contexto, da época, não sei porque tanto barulho.... Como vc disse, se o leitor for interromper a leitura de tudo que o incomoda, realmente vai ficar difícil diversificar.... Acho que a maneira como encaramos cada leitura, como cada uma nos afeta, certamente revela algo sobre nós mesmos, não acha? E se uma leitura é capaz de trazer tantos incômodos... Bom, aí é pauta para terapia! kkkk Obrigada pelo vídeo e pelas reflexões! Adorei! bjs
Marianne, adoramos saber que você está gostando de participar do clube e vivenciar novas experiências literárias! Adoramos saber que você gostou da obra e que ele lhe trouxe lições de vida. É um livro que deve ser levado em conta a época em que ele foi escrito, principalmente por causa do machismo. É importante lermos a obra com uma visão mais crítica nesse aspecto, mas acreditamos que é uma leitura que vale a pena :D
adoro seus vídeos! e concordo com tudo o que vc disse! um beijo enorme!
O livro é ótimo, bem escrito, como a Isa disse é um livro muito sensorial sim, e eu consegui adentrar nessa história.
E que ótimo que a grande maioria percebeu o machismo que perpassa todo o livro, isso demonstra a criticidade dos leitores.
Eu gostei muito, muito!
Claro que o machismo incomoda, mas o tempo todo eu trazia a memória a época histórica e o contexto do autor.
Mas, as reflexões e princípios filosóficos, sociológicos que o livro traz são riquíssimas!
Mais uma vez parabéns a TAG pela escolha desse clássico!
Melissa, adoramos saber que você gostou da obra de janeiro! Realmente, é um livro que traz lições de vida importantes, mas que deve ser lido com uma visão mais crítica em relação ao machismo, que era muito presente na época em que a obra foi escrita.
SOU ESCRITORA, AS PESSOAS FICARAM BURRAS... LEEM UM LIVRO E LEVAM PRO LADO PESSOAL. É FICÇÃO.
Não entendo como conseguir abandonar esse livro. Tratar preconceito com intolerância gera radicalismo, e em nenhum momento da história mundial isso um dia foi saudável. Ler essa obra e resumi-la a machista me parece também de uma resumida experiência literária e de percepção de mundo. A obra vai muito além da fala de Zorbás e do tio Anagnósis. À TAG fica aqui o meu MUITO OBRIGADA (de coração) MT OBRIGADA
Adorei o livro tmb!! Difícil escolher uma só passagem, mas o Zorba sacaneando os monges é sensacional! Pra mim, Zorba e o patrão são uma só pessoa. "Zorba, o Buda" (Osho).
Amei o livro...Isa seu vídeo está maravilhoso...Estudei Historia, Sociedade e Cultura e acredite suas colocações foram brilhantes...bjsss
Chorei demais com esse livro. Poderia ser uma história sem fim que eu continuaria lendo. Esse machismo aí eu vejo todo dia no meu trabalho, na rua, no mercado e me horrorizo muito mais com estes. Nenhuma pessoa é 100% boa, todos temos submundos que às vezes nem mesmo conhecemos e achamos que somos perfeitos. Mas não se enganem, totalmente bom é só o Superman, daí é melhor ler DC comics (que não acho ruim também).
Ótima resenha, Isa! Quero muito ler esse livro! 😘
Livro Maravilhoso! Bem escrito e com muitas reviravoltas! Terminei com os olhos cheios de lágrimas!
Adoramos saber que esse livro lhe emocionou, Bruno! Ficamos super felizes que você gostou :D
eu me apaixonei pela história.
Recebi meu kit lindíssimo da TAG e li o livro em poucos dias. Gostei da alegria do personagem, só não gostei do meio como Zorbás fala das mulheres. Mas o livro todo em si tem uma grande lição de vida.
Fiquei triste quando os dois se separam e da mesma forma que o patrão, pressenti o que ia acontecer com Zorbas
Isa, parabéns por mais um ótimo vídeo e pelas ótimas análises! Sobre o machismo, na minha opinião apenas adiciona mais valor ao livro. Ao mostrar repetidamente o pensamento do Zorbás, um brutamonte como o autor cita, fazer todas as colorações machistas a todo momento, apenas mostra um pensamento predominante na época. E quantas vezes não li algum desses comentários e refleti se já não havia escutado algo parecido. E já havia sim, diversas vezes. De maneira mais branda mas com a mesma essência. Que incomoda, incomoda muito mas apenas adiciona mais a análise crítica. Como no livro "Estreito Caminho Para Os Cofins do Norte", onde as situações que os prisioneiros passavam me causavam embrulhos no estômago. Mas como leitor também se é necessário ler isso para se adicionar conhecimento. Isso se obtêm com a contextualização e etc.
Cristiano, adoramos saber que você gostou da obra de janeiro! Como falamos na revista que veio junto com esse kit, realmente é um livro que necessita ser lido com uma visão crítica, considerando que foi uma obra escrita durante a Segunda Guerra Mundial! Ficamos super felizes que esse livro agregou no seu conhecimento :D
❤
Isa, Isa, dona Isa.... Esse vídeo me fez ter a certeza de que precisarei reler o livro no futuro... Realmente, não gostei do livro. Achei meio fraco e lento quase parando... Claro que tiveram passagens interessantes, como a do teleférico e também a de D. Bubulima (acho que era esse o nome...?). Achei hilário o patrão inventar pra senhorinha que o Zorbás iria se casar com ela.. Deu um ar pro livro, pena que não houve um clímax nesta aventura... Queria que o autor tivesse trabalhado melhor esse "causo". Mas, um dia, quem sabe, ainda não direi: Isa, esse livro é genial! ???? Bjo, sua lindona!
Fernando, adoramos saber que você irá dar uma nova chance para o livro do intenso Zorbás no futuro! Esperamos que você aprecie mais a leitura no futuro :D
Realmente é um livro muito machista, mas tentei contextualizar com o período histórico em que foi escrito, não tem como escapar a maioria dos clássicos tem sua cota de machismo. Continuo não gostando de muitas partes, outra me incomodam sim, e isso não é pecado, mas o livro tem partes ótimas e com muitos ensinamentos.
Oi Isa, eu também me diverti bastante com aquela passagem do teleférico. Concordo plenamente com relação ao fato de termos sempre que conhecer o contexto em que o livro foi escrito. Agora, é a morte dá viúva? Vc disse que ia comentar.
Saulo Gomes oi saulo! eu comentei mas acho que ficou pra fora do video durante a edição... a morte da viúva foi impressionante pra mim! o que prova mais uma vez a grande diferença cultural que existe entre nós e a história! fiquei muito tocada e até me emocionei nessa parte! achei a passagem mto forte e Zorbas foi o único que tentou ajudar... e lembrando da vida de glamour da viúva durante sua juventude da mto aperto no coração saber que ela ficou nessa situação... se não fosse Zorbas ela teria morrido sozinha... ai que triste! -isa
Olha, eu entendo que esse é o canal da TAG e lógico que não vai ter um vídeo detonando o livro. Mas a questão do machismo não é apenas questão de "tirar o leitor da zona de conforto". Como já escreveu uma menina aqui, a cada duas páginas o tal Zorbás faz um comentário babaquinha. "as mulheres são tolas", "as mulheres são frágeis"... "as mulheres são seres humanos, afinal?"....
É esse tipo de coisa que diferencia um verdadeiro clássico de um livro simplesmente velho. Este livro envelheceu mal. Existem trocentos livros tratando de relações amorosas, escritos há seculos, que continuam clássicos. Porque o autor foi além da sua época, tratou de sentimentos, de pensamentos universais, que continuam atuais até hoje. Não é o caso aqui.
E comparar isso com a tortura de "Ainda estou aqui" é absurdo, não faz nenhum sentido. Um é uma denúncia de um crime. O outro é a pura repetição de uma mentalidade que pertencia à época e hoje está ultrapassada.
Concordo plenamente, Gabriel! Trata-se, na minha opinião, de ótima literatura a serviço da misoginia! Decepcionada com o Patch, com a TAG e agora com a Isa...
Gabriel, obrigada por compartilhar com a gente a sua opinião sobre o livro! Acreditamos que livros representam uma época. Em Vida e Proezas de Alexis Zorbás, Kazantzákis retrata a sociedade grega no início do século passado, ainda calcada numa cultura machista, na qual a mulher é menosprezada e depreciada. Há cenas que agridem, enojam e irritam o leitor, e isso gerou discussões riquíssimas entre os nossos associados! Para complementar as discussões, enviaremos em março uma obra que é totalmente o oposto da de janeiro, pois foi escrito por uma polêmica autora inglesa que buscou reimaginar o papel das mulheres em contos de fadas. Será uma experiência de leitura totalmente diferente, que é o que buscamos proporcionar :)
Melhor comentário! Não importa se o livro foi escrito na Idade Média! Se ele não é aceito hoje, é por que seu tema não é universal e o livro envelheceu. Abandonei a leitura, por que não sou obrigada e ler esses absurdos. Além disso, os conselhos dele pareciam tirados de livros de auto ajuda. E que narrador chato... Deus do Céu!
Joana Garfunkel oi joana! nao é porque gostei do livro que penso como os personagens ou que concordo com eles! A misoginia aqui incomoda sim e muito! Sou engenheira, mulher, lido com isso o tempo inteiro! mas voltando ao livro, o conjunto da obra, considerando todo o contexto histórico que citei no vídeo, está muito acima dos problemas citados! se o autor colocasse zorbas sem ser machista, nao seria zorbas, nao estaria refletindo o homem rustico daquela época, daquela ilha especifica no meio do mar egeu. e tivemos dois momentos no livro de extrema violência contra a mulher, e o unico que tentou ajudar foi zorbas! até mesmo as mulheres foram inquisidoras, atiraram pedras e atacaram as outras mulheres! essas partes foram bem importantes pra mim pra diferenciar um "puro" machismo de uma questão histórica e cultural. o machismo da obra nao estava somente em zorbas mas em todos daquela ilha! aliás, está na humanidade! -isa
Imagino que você não pense como os personagens (senão não seguiria seu canal, com toda certeza)… nós não pensamos como muitos dos personagens (e autores!) dos livros que lemos e gostamos. A questão pra mim é o patamar no qual foi colocada esta obra, cujo autor em si, tem uma visão bem complicada da mulher e ela está presente em tudo no livro, a todo tempo - e sem qualquer questionamento. A idealização do personagem Zorbàs me incomoda muito. Zorbàs defende a viúva e quando ela morre, ele fica muito triste e menciona algo relativo "ao tempo que a natureza levou/levará para fazer um corpo como aquele". Apesar de haver alguma crítica em relação à brutalidade do assassinato da personagem, os personagens se comportam e fazem reflexões misóginas, o tempo todo. Não acho um bom momento pra que esse livro seja distribuído em larga escala. Li comentários que enalteciam Zorbàs caracterizando-o como um romantico! Em outro, uma pessoa dizia que Z. tratava a mulher como um flor. Enfim, muitos e muitos leitores acham graça e aprovam Z. em sua totalidade... A obra não deixa espaço pra crítica desse personagem que fica completamente idealizado (e pra mim é bastante infantilizado, isso sim!). Essa leitura foi intragável para mim - não consegui ter qualquer empatia por nenhum dos personagens. O autor foi incapaz de construir um diálogo sequer entre o patrão e a viúva… muito limitado! Eu sou uma leitora contumaz, já li de tudo e nunca tive dificuldade de contextualizar uma obra - de Nelson Rodrigues a Tchekov, passando por Vinicius de Moraes, Bukowski, Balzac, Baudelaire, Tolstoi entre muitos outros.
Zorbàs, a meu ver, com todo o "carisma" desse personagem e a covardia e passividade de seu narrador-personagem, é um livro que pode reforçar certos comportamentos e pensamentos machistas, quando ele vem com essa chancela de qualidade Patch Addams/TAG. Acho bem complicado alguém ter esse livro como o preferido da vida e indicá-lo a Deus e ao mundo, quando ele contem tamanho conteúdo agressivo contra a mulher (mulher não tem cérebro, "será que mulher é um ser humano?", mulher é uma vaca, vagabunda, e assim por diante). Não acho que esse livro não deva ser lido, de forma alguma! Sou contra a censura de qualquer obra. Só acho que a escolha dele pra uma edição exclusiva,com tiragem gigantesca, no Brasil, de hoje, é muito complicada… (Imaginei que você tivesse alguma crítica a respeito disso tudo, também… enfim..)
pô Isa, senti você muito mais preocupada em defender a escolha da tag que em comentar o livro. não falou nada sobre a viúva :/ Pra mim a parte mais interessante da história
Alessandra Anyzewski ola! eu não estava defendendo a escolha de tag... estava mesmo defendendo o livro e a leitura de clássicos! fiquei com pena que muitas pessoas abandonaram o livro exclusivamente por causa do machismo. E eu falei mais sobre a viúva e outras coisas, mas algumas partes acabam se perdendo durante a edição do vídeo... -Isa
mas sobre a viuva... a morte da dela foi impressionante pra mim! o que prova mais uma vez a grande diferença cultural que existe entre nós e a história! fiquei muito tocada e até me emocionei nessa parte! achei a passagem mto forte e Zorbas foi o único que tentou ajudar... e lembrando da vida de glamour da viúva durante sua juventude da mto aperto no coração saber que ela ficou nessa situação... se não fosse Zorbas ela teria morrido sozinha... nossa só de lembrar disso fiquei trsite rs -isa
Quem quiser me vender o livro... estou aqui. Moro em Brasília.
AS PESSOAS NÃO PODEM LER E LEVAR PRO LADO PESSOAL.
Eu ainda não terminei de ler esse livro, mas não achei que ele tenha um contexto machista!
olha, ainda bem que chegamos num ponto onde as pessoas odeiam um livro pq o autor é machista! claro que é preciso levar em conta o tempo e a cultura, mas que coisa boa é ver que o machismo incomoda! isso mostra como o mundo está mudando :)
terminei o livro hoje. não foi lá essas coisas de bom, só não é ruim.
Sara, realmente é muito bom ver que o machismo presente na obra incomodou, isso resultou em discussões riquíssimas entre os nossos associados! É muito importante levarmos em conta a época em que o livro foi escrito para percebermos as mudanças de pensamento da sociedade. Além disso, em março, será enviado um livro que será bem diferente da obra enviada em janeiro, pois a autora buscou reimaginar o papel das mulheres em contos de fadas!
A história que vocês querem:
Era uma vez homens e mulheres, e todos eles se comportavam muito bem. Não tinham preconceitos, não eram machistas nem racistas nem nada. Todas as suas opiniões e ações eram completamente aprováveis pelo GENIAL LEITOR que tudo sabe. E assim viveram felizes para sempre. Fim.
Isa, gosto muito de suas resenhas, mas acho que você poderia controlar as risadinhas. Elas me parecem um tique nervoso.
Vera Menezes hahaha não é tique nervoso não, sou assim mesmo! vou tentar rir menos então 😊 -isa
O machismo é uma característica do personagem, não necessariamente do autor. Temos que perceber que Zorbás é um personagem ignorante, com pouco sabedoria, carregando apenas uma bagagem do que viveu na vida. E sabemos que a maioria das pessoas assim naquela época tinha essa visão msm. Qual de nós não tem na família um avô, bisavô que tem ou teve esse tipo de pensamento? Sei que incomoda ler sobre isso em um livro mas se essa característica fosse omitida em Zorbás, não seria verdade.
eu estou um pouco atrasado... eu nem sabia que o youtube da TAG existia (sou arcaico) hahahahha
Eu devo ser bem machista pois não notei tantas passagens assim no livros... talvez pq acabe sendo normal escutar hoje tanta merda... mas vamos... primeiro vamos ver a época em que o livro foi escrito, segundo a cultura do pais... e outras se formos ver pesamentos dos nossos avôs, bisavôs poderiam ser o mesmo das ideias do livros... e ainda hoje são... não só com mulheres... mas eu tenho amigos gays que se ferram na vida pq seus familiares nao aceita sua sexualidade e expulsa de casa, e eles tem q se desdobrarem em 2 empregos para se sustentar, amigas q tem q trocar de roupas pq o namorado acha a roupa não "adequada" entre outras coisas... então mesmo com todo machismo do livro... o livro não muda nada os pensamentos de dias atuais então devemos nos apegar a literatura do livro que é incrível e libertadora para quem entende