RACISMO EPISTÊMICO, COLONIALIDADE DO SABER, EPISTEMICÍDIO E HISTORICÍDIO
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- Опубліковано 17 сер 2020
- Esse vídeo/aula do prof. Wallace de Moraes da UFRJ apresenta os conceitos de racismo epistêmico, epistemicídio, colonialidade do saber e de Historicídio. Desta maneira, a aula colabora para divulgar um saber antirracista, decolonial e libertário. Nessa aula o professor mostra como as categorias de colonialidade do saber, de epistemicídio, de racismo epistêmico e de historicídio se retroalimentam na justificativa e legitimidade do eurocentrismo/ocidentalismo, que em seu conjunto subordina e apaga o saber produzido por negros, indígenas e anarquistas.
O prof. Wallace nos apresenta uma crítica profunda dos pilares da Modernidade/Colonialidade, apontando como esses pilares estão baseados no racismo, na discriminação e na exploração de indígenas e negros. Mais uma vez, ele apresenta o seu lugar de fala e produz uma crítica ácida à universidade branca, autoritária, hierarquizada, estadolátrica e com um currículo eurocentrado/ocidentalizado. Por conseguinte, são disponibilizados os resultados das pesquisas acadêmicas realizadas pelo Laboratório “Coletivo de Pesquisas Decoloniais e Libertárias da UFRJ”. Esse vídeo/aula explica os conceitos de colonialismo, colonialidade do poder, colonialidade do saber, de racismo, de anarquismo, atravessando os temas no interior das seguintes disciplinas: 1) História Moderna e Contemporânea; 2) Filosofia Moderna; 3) Filosofia Contemporânea; 4) Filosofia anarquista; 5) Perspectiva Decolonial; 6) Filosofia Africana e negra; 7) Filosofia indígena. Trata-se de um saber preocupado com a construção de uma sociedade justa, fraterna, democrática, com ajuda mútua, horizontal, antirracista, anticapitalista, antipatriarcal, quilombista e igualitária. Faz-se uma crítica profunda à Estadolatria, reinante no pensamento moderno, colonialista.
Assim, apresenta teses, hipóteses, metodologias e pesquisas de autores decoloniais, negros, indígenas e anarquistas. A aula parte da convicção de que podemos ajudar na construção de uma sociedade melhor, sem preconceitos e discriminações, através da educação e da troca de conhecimento.
Em resumo, a aula busca colaborar para a superação do eurocentrismo e suas categorias: racismo, patriarcalismo, militarismo, igrejismo e capitalismo. Pretendemos assim contribuir para a tão necessária luta antirracista. Teremos um olhar especial para o papel que determinados conceitos exercem para negros, indígenas e seus descendentes. Seus saberes, culturas e resistências são tratados de forma prioritária. Esse vídeo busca, do ponto de vista teórico, proporcionar conhecimento histórico e crítico de determinados conceitos que tanto ajudaram a escravizar e continuam oprimindo negros, indígenas e anarquistas, quanto entender seus próprios conceitos que visem a emancipação social. Com base nestes termos, o vídeo apresenta as categorias que justificam e sustentam a Modernidade/Colonialidade que subalternizam e discriminam negros, indígenas, analfabetos, LGBTQIA+, vendedores de força de trabalho, mulheres independentes e revolucionários de modo geral, adeptos de outras religiões que não sejam judaico-cristãos. Por fim, três princípios fundamentais guiam nossas análises: liberdade, igualdade e amor.
#racismoepistemico #decolonial
Transcrição e bibliografia disponível em:
otal.ifcs.ufrj.br/racismo-epi...
Parabéns profesdor , me ajudou muito !
Professor parabéns pelo trabalho. Continue sempre postando videos como esse. Os exemplos que vc deu não define o racismo. São consequências do racismo. O racismo é um sistema sustentado pelos eixos econômico, social, político e cultural. Acredito que enquanto não entendermos esse fenômeno na sua amplitude ficaremos definimos esse sistema como casos aparentemente isolados.
Excelente professor Wallece de Moraes. Obrigado por compartilhar.
professor muito didatico excelente! to adorando
Muitíssimo obrigado. Esse nos dá força para continuar!
Esse canal é a síntese da resposta que queríamos ter como educação universal e gratuita !Ainda mais na quarentena Parabéns a todxs pela sua realização!
Isabel Gomes valeu! Ficamos felizes! Por uma educação antirracista Decolonial e libertária!!
Há também a invisibilidade das lutas populares. Não são estudadas e são desqualificadas como " menores", fadadas ao insucesso.
Trazer para o centro dos debates, academicos e virtuais, compreenções de mundo que não são aquelas impostas pelos colonizadores torna-se cada vez mais urgente e necessário! Além disso nos faz pensar fora da caixa. Nos mostra que tudo aquilo que aprendemos até hoje é apenas uma dentre tantas e tantas explicações e compreenções de mundo!! É tão bom saber que não existe só uma versão dos acontecimentos, só uma História a ser contada, só uma Filosofia a ser entendida, só um conhecimento a ser estudado... Obrigada CPDEL, por trazer essa discussão, por ajudar a desmistificar esses outros saberes e conhecimentos tão ricos, tão maravilhosos, que merecem tanto o nosso respeito!!
Ficamos muito felizes com seu comentário Isadora! Você faz parte dessa história! Vamos ajudar na descolonização do saber!! !
Boa tarde
O senhor pode comentar sobre IEMANJA BRANCA
Excelente aula
Muitíssimo obrigado! Seguimos juntos!
Professor qual e o tipo de shampo que vc usa ?
A importação de modelos europeus e norte-americanos para a educação brasileira é um sinal de colonialidade do saber? Tem algum livro para indicar nesse sentido? Estou estudando no doutorado esses temas. Parabéns pelo vídeo!
Sim. Exatamente isso. Esse conceito é trabalhado por autores como Edgardo Lander e Maldonado-Torres e demais teóricos da perspectiva decolonial.
Único problema no vídeo é que ele acaba. Excelente abordagem e explanação de um tema tão urgente e fundamental. Agradecido por tal compartilhamento.
Nós que agradecemos!
Saudações, prof. Adorei a aula!
Parabéns, Professor! Que aula!!!
Muitíssimo obrigado pelo carinho! Seguimos juntos!
Nem dá para discordar. As estatísticas oficiais dão conta disso.
Excelente a sua aula.
Parabéns pela aula! A produção teórica libertária também sofreu e sofre bastante com o epistemicidio. Ocultou-se da história as lutas populares do século XIX bem como a repressão dos Estados Nacionais. Saudações Libertárias e Decoloniais.
J M Sim. Você está certíssimo! Todas as lutas anarquistas sofreram de Historicídio. Elas não são tratadas nem nos currículos escolares nem nos universitários.
Você também faz parte dessa histórica luta contra os epistemicídios e Historicídios!
Muito bom Wallace! Um amigo compartilhou seu vídeo. Não o conhecia. Realmente são questões cruciais a serem refletidas que infelizmente ainda estrutura a sociedade atual. No aguardo do próximo vídeo. Tudo de bom.
Vinícius Gouvêa Valeu! Até terça-feira vamos carregar mais vídeos. Saudações libertárias e Decoloniais!
Excelente aula prof. Precisamos ainda falar de racismo, principalmente no chão da escola!!! Esse é meu maior interesse. Para promover uma educação antirracista é preciso reconhecer que a sociedade é pautada no racismo estrutural. Se a sociedade é racista e a escola é uma instituição dessa sociedade, logo o racismo perpassa a escola.
Infelizmente, professores, pedagogos, diretores e toda comunidade escolar insistem em dizer que não existe racismo na “SUA” escola. Exato. Desse jeito imagino a escola dessa professora ou professor dentro de uma redoma de vidro, mas a escola não é um local imune, ou seja, segmentado da sociedade. ela é constituída por pessoas que transitam os espaços sociais, portanto torna-se inevitável que não haja racismo no espaço escolar.
LAVINI BEATRIZ VIEIRA CASTRO sim. O racismo atravessa todas as partes sociais inclusive as escolas. É necessário enfrentar esse problema de frente. Fico feliz que tenha gostado das aulas.
Muito boa a aula, Wallace! Saudades dos tempos de ifcs.
Grande Guilherme! Saudades também. Vamos nos encontrando por aqui durante essa pandemia. Grande abraço !
É preciso por em evidência pensadores negros(as) e indígenas nos currículos universitários e escolares. Viva a pluralidade epistêmica.
Maravilha! É exatamente isso que estamos propondo. Saudações libertárias e Decoloniais!
É interessante ver como há, ainda, todo um esforço para manter esse domínio epistemológico da raça branca ocidental. Sou formada em filosofia, e não tive acesso a nenhum autor que fosse de outra etnia que não a branca. Assim como também é o caso da rara referência epistemológica feminina nas academias.
Danubia Almeida é exatamente isso que vamos debater hoje. Racismo epistêmico, epistemicídio,
Historicídio e Colonialidade do saber. Na aula da semana que vem vamos debater também sexismo epistêmico. Excelente seu comentário!
@@quilombodaufrj sou africano e gostaria k falasses sobre o cientista africano cheik anta diop k lutou contra o eurocentrismo e provou k o antigo egipçto era negro
@@luandolunda7825 Sim. É nosso objetivo no futuro abordar suas teses que foram muito importantes para o pensamento africano. Agradecemos a dica. Saudações libertárias e antirracistas!
não sou muito entendedor mas a historia não precisa da língua escrita para "começar" tanto q o período antes da escrita se chama pré-historia??
Essa é uma visão amplamente difundida nas nossas universidades e ignoram por completo a tradição da História oral dos povos.
Concessão a alguns com " voz" serve para falsear o racismo, o historicidio, ó epistemicidio.
Sobre o conceito de "historicído" que o senhor trabalhou na aula, nessa perspectiva de que a história do "Brasil" só começa quando os portugueses chegam na costa. Fico me questionando sobre o que caracteriza algo como histórico ou não? Se a particularidade da tradição escrita é quem faz da história história, e nesse caso uns povos tem história e outros não, tomando a história como sempre na perspectiva daqueles que organizam os registros e discursos sobre o "outro"? Se de fato, o "Brasil" como produção europeia, realmente começou com a chegada destes, e antes da chegada, como podemos pensar a presença (histórica?) daqueles que povoavam esta terra? Quais são os mecanismos de definir uma história? Será sempre um discurso a posteriori nos modos europeus de narrativas da história dos povos?
Oi Diego, a História normalmente é contada pelos vencedores. Não se trata apenas da não existência de registros. A História do Brasil, do ponto de vista eurocentrado, começa com a chegada dos Europeus por uma questão de racismo epistêmico. Isto é, não interessa a essa perspectiva a história dos diversos povos que aqui habitavam simplesmente porque existia a dúvida se eles seriam humanos. Então, quem conta a História são os “sábios” e humanos europeus. Por fim, o conceito de Historicidio que estou propondo deve ser entendido sob essas condições supracitadas, pois para minha perspectiva, Decolonial e libertária, é óbvio que as sociedades indígenas tinham História que foi apagada pelos dominadores. Espero ter respondido. Grande abraço!
Assisti a aula. Muito bom. A Literatura de cordel sofre o historicídio?
Wander de Oliveira Siqueira valeu! Sim. Ela não está nos currículos escolares. A literatura de cordel ensina mais que muitos livros acadêmicos ocidentalizados. Abraço
Tem vezes que o saber acadêmico utiliza conceitos que reduzem pessoas, conhecimentos e práticas às categorias do conhecimento estabelecido.
Sim. Essa é a lógica com negros e indígenas. Mas estamos aqui para lutar contra isso. Tmj!
Professor podemos dizer que nós estudos das histórias das "religiões", no esptemicidio nega-se o reconhecimento de uma ancestralidade?
Epistemicidio**
Oi Julio! Bom dia! Podemos dizer que as religiões de matriz africana sofrem de profundo epistemicídio e também de historicídio pelo pensamento moderno dominante.
Um dos melhores canais do UA-cam.
Professor, definir o anarquismo como esquerda seria uma forma de colonialidade do saber?
Não diria exatamente dessa maneira. O problema de definir o anarquismo como de esquerda é a associação que se faz direta dele por dois simples motivos: 1) o conceito de esquerda nasceu na Revolução Francesa e para exemplificar quem estava no Parlamento daquele momento. Por isso, a esquerda nasceu institucional; 2) a associação com os partidos institucionais, portanto, oficiais, que se defendem de esquerda. O anarquismo não tem nada a ver com o parlamento e muito menos com partidos institucionalizados que aceitam o capitalismo e/ou defendem o Estado e, portanto, são autoritários. Pelo descrito, dizer que o anarquismo é de esquerda é um desserviço ao movimento revolucionário anti-institucional e anti-autoritário que somos. Temos vergonha de nos associar aos partidos da esquerda institucional, oficial, ocidentalizada. Mas não podemos fazer disso um cavalo de batalha. Existem muitos anarquistas de luta que se dizem de esquerda. Devemos respeitá-los. O mais importante é focarmos na ação direta, no federalismo, na ajuda mútua , na Revolução Social etc. Espero ter respondido. Abraço !
@@quilombodaufrj Sua resposta foi muito satisfatória e tirou minha dúvida.
Quando a respeitar os anarquistas que se colocam na esquerda, eu enxergo que não é um problema nosso. Sempre que falo pra algum deles que não enxergo o anarquismo como nem esquerda e nem direita, eles me tratam com desdém e arrogância. Já falaram que esse discurso de anarquismo não ser de esquerda é coisa de gente ignorante... olha o nível, prof. Eu não sei se o senhor já passou por isso, mas é muito complicado, ainda mais dentro de uma ideia que defende a liberdade. Há a defesa da liberdade, mas eu não posso pensar diferente? Tem que ter muita paciência, prof. Enfim... De minha parte eu não quero arrumar guerra com ninguém, só queria que houvesse mais respeito de quem discorda. E é isso que o senhor falou, manter o foco!
Muito obrigado, parabéns pelo trabalho, prof.
Deixar claro que eu negativei o vídeo pela edição do mesmo.
Só não ficou legal a mudança de câmera constante. De resto, parabéns!
Invisibilidade de culturas indígenas e negras.
Professor, eu não sou daltônico, e, se o meu monitor não estiver me traíndo, o senhor não é negro, o senhor é vermelho. Portanto, tem mais sangue indígena do que negro. Entre o branco e o negro tem o vermelho.